35
Iv^> o o tiü;o^ _ _.. PREÇOS: No Rio $500 Nos Estados. . . $600 ANNO XXiíl SEMANÁRIO DAS CREANÇAS PUBLICA-SE AS QUARTAS FEIRAS RIO DE JANEIRO, 28 DE MARÇO DE 1928 O grande vôo do "Bahú" NUM. H73 * (Continuação) Entretanto uma rajada de vento ^AsAEA Al t_9\V/ "Bahú" e o aeroplano. dcsgovcr- contraria agitou violeatamen te o... \Tl A _^f)\ / ^-J%./ nado. fez explodir o motor, lançando... ••¦uma tribu de selvagens; gritando e agitando as suas armas e eer- H ^m\ ^^^*^-^ mE... açoitadas pelo vento nas lagoas. Eram pretos antropophagos. •Saram os recem-vindos desconhecidos que tremiam como varas... V^ ^*"\Falavam uma lingua desconhecida e amarraram com cipós as... *•• mãos dc Carrapicho, Jujuba e Goiabada Depois levaram os tres desventurados á presença de um preto grande que, a julgar pfclc aspecto autoritário, devia ser o »<íi daquella gente toda.(Continua)

o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

Iv^>oo tiü;o^ _ _.. PREÇOS:

No Rio $500Nos Estados. . . $600

ANNO XXiíl

SEMANÁRIO DAS CREANÇAS PUBLICA-SE AS QUARTAS FEIRASRIO DE JANEIRO, 28 DE MARÇO DE 1928

O grande vôo do "Bahú"NUM. H73 *

(Continuação)

Entretanto uma rajada de vento ^AsAEA Al t_ \V/

"Bahú" e o aeroplano. dcsgovcr-contraria agitou violeatamen te o... \Tl A _^f)\ / ^-J%. /

nado. fez explodir o motor, lançando...

••¦uma tribu de selvagens; gritando e agitando as suas armas e eer- H ^m\ ^^^*^-^ mE ... açoitadas pelo vento nas lagoas. Eram pretos antropophagos.•Saram os recem-vindos desconhecidos que tremiam como varas... V^ ^*"\ Falavam uma lingua desconhecida e amarraram com cipós as...

*•• mãos dc Carrapicho, Jujuba e Goiabada Depois levaram os tres desventurados á presença de um preto grande que, a julgar pfclc aspecto autoritário, devia ser o»<íi daquella gente toda. (Continua)

Page 2: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

O T I Ç O - T I Ç O — 2 -• 28 — Março « 1923

?|

PAE Â VOSSOS FILHOS §LICOR deCACAU pVermifuso de Xavier é o

melhor lombrigueiro porque1 não tem dieta, dispensa o

purgante, não con*Tar expellir os íém 0|eQf £ gOStOSO

(il flEURASlriENI/i W

fsANGueX lliâffittllifilv/ TONIFICA 03 * MJPflfiMl ""¦¦ ': '

i 'jFQRTALeCEQ.3 y

XSEXOS tTODBS AS ED8DEM V*fl"^BfcÍK /rir^>^.

H^^ J\^fÍ^d^7 /<ZlO!7L

"Çjneart&y

Page 3: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

I Bh________-^ •'r'"ll_6_í_\___^L^ L___^i_i!BHM í_ _Ie_-_II__,' Hh '*

' _t\__^l^ _f \$ <_ví^______f"1-i^^^

'Í_ [___n__Hl__ÉÉâ_____'\-Í fllf l"-'' cer°es'.Hlrmi nados do ieitecru y^j|< j/a| [^"X/I^^^JS^ ---VJ [:- JBp] -

¦ ^V _"t

' ^-* 1 -í ^^/ .-• ^/ IM lIlIlBMilillrflI^íl. Igii.ftv^v - --tVl» J)

~Jj jllj _ tusisotadosccp-cessoocn»-! .úf| |Ss tfmm?'Sy- B&n bH '

B L_/l»/l/)í/í / I t I i 1 ft fl f\ 1. _-L-1 ''"".''lif'- V-ig EllníBr-í^-EI Ig sa-evo|»rodu5emúpparc_« a* .33 .XSCT.Mfc a. I <H»WjJ\_'I %? I\U í I 11 I l\ I I I IM I '^-T- :/.-* »«/)_Jr, , ^jjKjaESESlillÇx^ 15 I K ™tuO«nitBi_>límptra(ura*.>. !l| .^V?I lllMT I Ml»- 39

'^--^ -^ _* /%/%/% iO/l^/f/l/il ¦ ^Dm S/Hífl" 1.1 •«u-Mlojt /süípéVÍüw^ CMHü-mi.miiuiJt £/ -, r rn ''.flíl ^V¦í-rN^W^.P

I*wy- H

.

/V»/?/"''/í^_r# ///" _>#1/lÁ.Vl l/r I JJwTCSmlCVJÍSEj! '.li.

«&!_ •fMOUW ¦"'»™»»™>5 HH S Mihulo numono í ffil_* mÍÍooi? /Jl W !_!>_«. 3^1 F^ ¦

¦ /fyUÍZ'* ''J ^<_T«"_"i'"_,_. _i'_ílj »_."m"i»m»w»ri! """'^'"1; I 3 Wn'Kte^_'in_l_5s .r^íS WS : 'i^^n r '1 .-, I* ^-j 'y/7/Tf/J _r/__r _» isrSTf^KKS ¦""""" I llll 5' [imulínlt to <-'*-** "»i«_a» — jyB I vi v)tK ÍA.'nr..AiJ 10? v. H"

\\\ _*- ''^^^^'?Í*Ç^fe í """"V'^^»».;/! 1 ^^^HIGIENICO.BNTISEPTiCO PERPUME NATu».. OU 1HYMOV. \ud|Gf

^*> * - jl" '""' '"' "" fI1" ~ '"' "'" u " lilL 1IM "^ 'm L'" -rrsS^r^^

COi-O)

CO

o:h_.oo.I

.O

Page 4: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

O TICO-TICO 28 — Março — 192.

*xj _'«•-&- uBIJ?_dl;fe_Ti

PARA A SYPHIL1S ESUAS TERRÍVEIS CON-

SEQÜÊNCIASUSAE, O

PODEROSO DEPURATI-_-J VO DO SANGUE

ELIXIR DE NOGUEIRADO PHARM. CHIM.

JOÃO DA SILVA SILVEIRAMilhares de attestados médicos e

de curados!50 annos de prodígios!

GrandeDEPURATIVO DO SANGUE

AS TOSSES, BRONCHI-TES, CATHARROS DOPULMÃO E FRAQUEZA

I GERAL DESAPPARECEM

COM O TÔNICO DOS

PULMÕES

VINHO CREOSOTADODO PHARM. CHIM.

JOÃO DA SILVA SILVEIRA

fjvtiJriiiíl

•^iúf- 1 ['tf.'*'* I V

b_-Éjt

LUsem o sabonete de tòiletté EUCALOLá base de essência de Eucalypto — O melhor

para a belleza da cutis_„Fabricantes: PAULO STERN & Cia. — RIO

ILLUSTRAÇAO BRASILEIRA, órgão da cultura artística

e intellectual do paiz, e o mais luxuoso mensario da

America do Sul.

"O PAPAGAIO"

A's terças-feiras não deixem de ler estarevista de agradável humorismo.

Preço: 400 réis

São assim disputados em todo o mundo os deliciosos chocolates de Sonksen Irmãos ô Cia.

Page 5: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

PTJCO-TICO*íü8_«__w. <\\_a l_j: címifC*_^'l/2i^bsm« @^i&4lL_>tO>>^^

Sede; Ouvidos. lo4Pffxcinas: Visconde dí ItaüN-S. 419

ANNO XXiil Klü Di. jainEIRO, QUARTA FEIRA, 2S DE MARÇO D£ li

Redaciok-chefe: Carlos ManhãesDirector-Gerente: Antônio A- DE Souza e Silva

928 N. 1.173

LIÇÕES DE VOVÔAS ARVORES GIGAN" TES — OS CACTU

Meus netinhos.

Nos paizes tropicaes da America e daÁfrica, principalmente, existem regiões —como o grande deserto arenoso do Sahara— onde o Sol é tão quente e o solo de talmodo resequido que nenhuma especie vege-tal nasce ou vive em semelhantes logares.

O viajante, no emtanto, atravessaaquellas paragens desertas e escaldantesde onde a onde ha plantas que parecem terresistido ao calor do Sol ardente e mesmose desenvolvido muito melhor ali, ondequalquer outra especie de vegetai teriavida, apenas, por horas.

— Mas que plantas serão essas queresistem aos rigores do Sol abrasador edo solo eternamente aquecido, — pergun-tarão vocês.

São plantas e de grandes dimensões,que crescem a ponto de se tornarem aivo-res gigantes. Pertencem todas á famíliavegetal dos "cactos?.

O aspecto dessas plantas é deverascurioso, porque são desprovidas de folhase seus ramos ou ramificações, que crês-cem em sentido vertical e sob a fôrma dccone ou de um guarda-chuva aberto, sãogrossos e como que cheios de ar.

Estudando-se essas plantas, chega-seá conclusão de que a forma que lhes é pro-pria se origina das suas condições de exis-.tencia, e que a obesidade que apresentamnas ramificações é causada pela abundan-cia do sueco que as enche.

Não recebendo água senão muito ra-ramente, logo que chove ou faz tempo hu-mido, essas arvores absorvem toda a por-ção dágua que lhes cáe em cima, atravésde poros largamente abertos, e a armaze-n a m , inchando-se desmesuradamente,transformando-se, por assim dizer, em es-ponjas embebidas de água, transformadalogo após a absorpção num sueco especial.

A casca, bem espessa, e a ausênciaabsoluta de folhas impedem, quando nàoha chuva, a evaporação do liquido internoque essas arvores armazenam.;

Além disso, esses "cactus" terminamem pontas aceradas que lhes protegem areserva d'agua que contêm e as tornamindemnes dos ataques dos animaes herbí-voros.

São taes plantas, meus netinhos, comoacabam de ver, muito curiosas.

A própria'estruetura, como se obser-va, corresponde nos menores detalhes ásnecessidades de seu viver e progresso.

Testemunham taes arvores a admira-vel adaptação de todas as creações da Na-tureza sábia ás condições em que são obri-gadas a viver,

£' a obra grandiosa do Ser Supremo,dando-nos o exemplo de seu poder majes-toso, fazendo nascer e viver o vegetal eraum meio onde a existência parece incapazdc ser admittida.

VOVÔ

Page 6: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

O T I c O - T « c o — 6 — 28 — Março — 1928

/^,

OTICOTICO•~V^ • * ** *i *V'.»"--»"-»^»":-»~^~__ .

NASCIMENTOS

¦$> <$> O lar do Dr. Antônio Mariz e de sua esposaD. Hortencia de Magalhães Mariz, foi enriquecido com onascimento de uma menina, que receberá o nome de Nilza.

<S> ¦$¦ O Sr. Adalberto Correia de Souza e sua esposatêm o lar em festa pelo nascimento de uma menina que sechamará Maria do Carmo.

<S> 3> O lar do Sr. Adalberto Sobrosa Valladão e desua senhora D. Pallnyra Azevedo Valladão, foi enriquecidoa 10 do corrente, com o nascimento de um menino querecebeu o nome de Francisco.

<3> «¦ O lar do Sr. Arthur Gouvêa do Carmo ede suaesposa D. Maria Rosa do Carmo, acha-se enriquecido como nascimento de uma menina que receberá na pia baptismalo nome de Walkyria.

ANNIVERSARIO S

<S> <S> Antônio de Almeida, nosso intelligente amiguinho,completou doze annos quarta-feira ultima.

<$> <í> Passou ante-hontem a data natalicia da meninaIrene, filhinha do Dr. Lauro Pereira.

<$> <S> Hélio, galante filhinho do Sr. Luiz de CarvalhoCoutinho, completou o seu primeiro anniversario no dia15 do mez fluente. . .

<í> <í> Marina Magalhães, nossa prendada amiguinha,festejou sabbado ultimo a passagem de sua data natalicia.

<í> <s> Faz annos hoje o menino Nestor, filhinho doSr Francisco Machado de Almeida.

•$> <S> Viu passar hontem a data de seu anniversarionatalicio a graciosa senhorinha Mercedes Cunha, nossa ami-

guinha residente em Campos.

NA BERLINDA...

<S> <*> Estão na berlinda os seguintes alumnos do 6o e

7° annos da Escola Cesario Motta: Adelayde, por ser amorena mais bella da escola; Ayrina, por ser agradável;Dinah, por não usar mangas; Zilah, por ser risonha; Hay-dée Faillace por ser modesta; Mariamelia, por ser engraça-dinha; Gelría, por ser bondosa; Yvette, por ser elegante;Annette, por ser camarada; Marola, por ser retrahida;Céres, por ser bonita; Iracema P., por ter boa voz; ElzaL., pòr ser altiva; Ruth, por ser sympathica; Helena B.,

por ser boazinha; Mario, por ser meigo.3> <» Estão na berlinda os seguintes

meninos, meninas e senhorinhas do bairrode Botafogo: Paulo Guajará, por ser in-telligente; Haydée Sodré, por ser meiga;Déa Camará, por ser elegante; Cory,por ser gorda; Filhinha S., por ser tris-te; Laura, por ser espirituosa; Annita,ser retrahida; Lili. por ser morena;Waldyr, por ser esquecido, e eu, por sertagarella. — C. S.

«• $ Estão na berlinda as seguintesmeninas e meninos da Ilha do Gover-nador: Isabel, por ter os olhos'lindos;01»a por ser bella; Eduardo, por sersympathíco; Carolina, por ver amável;Egleig por ser esperta; Geralda, por seragradável; Elzira, por ser querida; Es-ther, por ser elegante; Erice, por ser

\ gentil; Lila, por ser bonita; Nisia, porboazinha- Albertina, por ser tnàgrínhaj

wq .o-W. J^Q (£-5»k.

I / \fo -r-7 Jr*" \r~^

J /A-i-7 iy \ \

Victoria, por ser a rainha da ilha; Lucinda, por ser linda:Lúcia, por ser graciosa; Sylvia, por ser bonita; Dulce, porquerer ser moça, e eu, por ser a faladeira da ilha. '— Z. Z.

EM LEILÃO.,.;

®Q> Leilão de meninas, meninos e senhorinhas de diversosbairros: Quanto dão pela belleza da Elsa Assumpção? pelaamabilidade da Haydée Sodré? pela vivacidade da Ivonne?pelo sorriso bondoso do Paulo Guajará Saldanha? pelassaudades da Celina S.? pela gordura da Déa Camará? pelorosto do Waldyr? pelas graças da Cory? pelas gostosas ri-sadas dá Laura? pelos modos da Annita? pela infantili-dade da Lili? e quanto dão pelos olhos da leiloeira? — C. S.

<S> <S> Estão em leilão as meninas das Ruas Goulart,Belfort Roxo e Suzano: Quanto dão pelas bonitinhas Va-canes? pelos cabelios de Yone? pela boasinha Rosa? pelaaltura de Arlette? pela simples Renê? pela côr de Lelé?pela levada Maria de Lourdes Amaral? pela miúda Car-minha? pelos olhos de Belkiss? pela gordura de LourdesJatahy? pela elegância da Helia? pela Gaby? pela engraça-dinha Sylvia? pela alta Lourdes Graça? e, finalmente, quantodão pelo meu serviço?

NO JARDIM.-..-® 3- Para armar uma corbeille, colhi as seguintes fio-

res em diversas ruas de Cascadura: Clarinda, um jasmin;Zaira, uma rosa; Zilka, uma dahlia; Cléa, uma margarida;Lilica, uma camelia; Gelta, um amor-perfeito; Condessa, ummal-me-quer; Arlette, uma açucena; Hylma, uma palma deSanta Rita; Noquinha, um lyrio; Consuelo, uma hortencia;Manoela, uma saudade.

^ 3- Fiz annos o mez passado, por isso dei um jantarás senhoritas e rapazes de São Christovão: Roosevelt, umpequeno giló; Norival, um xuxú; Edison, um dente de alho;Ruth, uma folha de alface; Ida, o molho de pimenta; Al-zira, a laranja; Oswaldo, o cheiro verde; Nozinho, ummaduro pepino; Mafalda, a cebola; Abigail. uma rama decenoras; Zuleika, um molho de bertalha; Rubem, um re-dondo repolho; Esmeralda, uma raiz de aipim; Joaninho,um toco de lenha; Martha, uma batata doce; Olga, a batataingleza; Américo, um pé de agrião; Elvino, um queijo doreino; Luciano, um bonito tomate; Gil um pé de couve;

Ruth M., uma penca de bananas; Chapinha,um gostoso mamão; Maria, o fubá doangu, e eu, o caldeirão do bom cozido.

NO CINEMA...

<í> <§> Para fazer um lindo film, con-tractei as seguintes meninas e meninosda Rua General Caldwell: Joanna, porser a Dolores Del Rio; Lourdes, a Vil-ma Banky; Joanna. a Jane Lee; Haydée,a Baby Peggy; Milton, o Milton Sills;Amaury, o William S. Hart; Wilson,o Tom Mix; Theodomiro. o Buck Jones;Danilo, o Carlito; José. o Art Accord;e eu, o admirável Douglas Fairbanks. —Um amiguinho d'"0 Tico'Tico".

"$ ® Foram contractados para fazerum film os seguintes meninos e meninas:

Devanaghi, a Betty Bronson; Joel, o Ro-nald Colman; Jacy, a Bebe Daniels; Wal-ter, o Richard Dix; Zézé, a Corinne Grif-íith; Paulo, o H. Lloyd; Geraldo, o T. Mix.

Page 7: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

28 Março — 1923 — 7 o t - c o; - t i c o

S VEZES.TANTAANTAS vezes ^vae â porca ao moinho que

um dia lá deixa o focinho. E assim foi cque aconteceu a uma porca que vivia fé-liz com seus bacorinhos. Ella andava pe-los pastos, solta, com o seu séquito de in-teressantes porquinhos. As gallinhas, os

cavallos, bois etc. admiravam a sua prole numerosa e,com excepção das gallinhas, os outros até lhe tinhaminveja. Um dia a porca achou estreito e curto aqueliepasto e poz-se a caminhar mais longe, ihvadindo até osterrenos dos vizinhos, visitando outros'chiqueiros, ou-trás cocheiras, indo até o moinho, de onde ihe veio aofocinho,o saboroso cheiro de milho. Não se conteve, ap-proximou-se do moinho e poz-se a comer alguns grãos

que encontrou. Muito

ÍrfrP^i I

——_—__.—_

contente, voltou ãli muitasyezes. Um bello dia, nãoachando mais aquellas mi-galhas chegou-se ao moí-nho, viu a mó a rodar es-magando os grãos, desa-fiando-lhe o appetite. Não se conteve, metteu o focinhoe zás^. . .^ foi apanhado pela mó que o esmagou.

Sahiu d'ali em disparada a gruiiliir, deixando aprole espalhada pelo campo. '

Tantas vezes foi ao moinho que lá deixou o focinho.

lÊÊF?

Page 8: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

/// Primeira ín%asão \\\ \ ^w^^.Ci^ ÍWfiSíW ^wNSs^É»estrangeirai no I . yK K~^\£^ . •cJ/ft)]]\ wÊiÈimfc y^^^^^^V

Na primeira metade do século XVI, no tem-po em que a Europa era dominada por luetas re-ligiosas, o velho almirante Nicolau Durand deVillegagnon concebeu a idéa de tundar na Ame-rica uma espécie de França Antarctica, onde ellereinasse como único senhor.

Foi procurar o almirante Coligny, um dos maio-res calvinistas, a quem expoz os seus planos.Coligny admirou e approvou os planos de Ville-gaçnon e viu na colônia futura um abrigo segu-ro para os seus companheiros de religião, hu-guenotes ou reformados, pelo que favoreceu...

.... a concepção. Mezes depois, partiu do Ha-vre, sob o commando supremo de Villegagnon,uma poderosa expedição que chegou á bahia doRio de Janeiro, onde desembarcaram em umailhota a que denominaram Raíier (hoje Lage).Transportaram-se depois para uma ilha maior(que hoje tem o nome de Villegagnon) e coma alliança e amizade dos Tamovos. ahi se ...

... estabeleceram e construirá mum forte aque deram o nome de Coligny, communi-cando o chefe esses suecessos ao seu pro-tector e directores da igreja protestante deGenebra, aos quaes pediu ministros e theo-logos para instrucçào religiosa do seupessoal. Villegagnon, porém, era um ca-racter inconstante e não era sincero em ...

i

...suas idéas religiosas. "Accendia. uma velaa Deus e outra ao Diabo", como diz o prover-bio. Comsigo trouxera um frade franciscanoe já esperava os theologos protestantes que bre-ve chegaram. Procurava estar bem com o reifrancez, catholico, e com Coligny, protestante.Acabou entrando em discussões religiosas comos taes theologos e mandando-os sahir da ilha...

I

.. para a praia que é hoje a do Flamengo, dondeembarcaram de novo para a Europa. Desgostoso eodiado pelos seus próprios capitães e soldados, pai-tlu finalmente Villegagnon para a França, ondemorreu.

A' sua memória ficou ligado otriste nome de Caim da America., .«Quando se soube em Portugaldo estabelecimento dos francezesno Rio de Janeiro, mandou...

... El-Rey que Mem de Sá, nomeado governa-dor do Brasil, dahi os desalojasse. E atacada ailha, foi destruída a fortaleza, fugindo os trance-zes para o continente, internando-se pelas tribusindigenas suas amigas.

Page 9: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

AÉ^mmmm.

Francisco cTAlbu-querque PajuabaNetto —Recife

_H __W ¦

Fernando GomesCorrêa

OS NOSSOSAMIGUINHOS

st' I

^V ^^Vl mTW "^P" ./

Alice, filhinhado Sr. Camillo Lellisde Souza — Dobrada

———mmmmmmmm-ém-.m-m-m-^-------------.

. -

Milton RoldolfoCraldi — S. Paulo

i

mm^LmmmmmÀm^r m\\'

_B_K a%- ^rW 'I t>- /__§

Maria GemignaniCapão Bonito —

São Paulo

Djalma Robertson-tti Mk3bI--! ** -— y_y___j_\

_t aa%.^^

r ? I I

/

I

Leda, filhinha doSr. Euthymio Eloyda Silva —Aracaju

Antoninho, filhinhodo Sr. Moysés Tor-res — Nova Granada

Page 10: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

A solidariedade dos homens pelos pequeninos

¦ -"^^^^^^^^-S tt^_ _B ____*^'^'wé___í¦».

'. »*•» flj M_ ¦_ _t _. -mi-T™* ^^T_i ____

- - ^-*'..^»**>_^'..

"*¦ fe

V ^^ * *-' .f ^S^ iTl*^*- in "7 * ^^mjam\

____ ^^Htafc ^^ * _* -___ ""^ -^_Sl____i~* ¦ -A.- • _. •____¦ ^mW79a _¦_0 3_*~ *'' _. >^_t _H IVt^ _t 1 __r

- ^^ V_ I ' *" I H 1__

• ^_»JI __r_f _íf «**"^ í*_ ""^ *_r ' ~t_i\ 11 I IR

Hp. /^__i ' ^_p ___¦. j-íi*—» ~~w: .#¦ ^.""* ¦-¦ _»«¦ / 4 \ i 11 i J ______

*ffjmV&~ " _ ¦ "**¦* -**a« '' W***—«v .____ k. *^í j_»_t_r_ |j__ltta_ flj

"* __ ¦£-___***'^KT ¦ ¦__ ¦"¦*""í^7 _?____¦ _______ ™^^T^ / x - Sr _T ** ¦ a^_. *_—___ __í __<*¦_—(" -ÍT _Z__S" -V .-iw_í_T-_^B Sul ' >-;'M - _J_ - _a*_9 HHNiL '- V;-^^ 7j?T^ * ' -T~amw\:'' a& ___P__I

*__&_¦ ' \_ '-^fc * *0 ,j& v , / _(S§S _PSfe3lÈ_i _S W^'~'

_kr "— ^"" ___h_K__ __________**^- - _?-^Í_____| ___E_^ ^|B*S_tftfi*^J*ítpt_rrt-^ _¦__.*

________________________ ___iífl_l p___l ff-fey*^ 't: '.jjjáj___B

__Bi^^^^HB__ív. _^Bn_nv_r^_L _______B_i ff"^__-^ ___SH HBflffV^9_ * Vrf**t** jé^i"íp_ _T ¦_. *^ln^HHHf jHHC.4-¦¦

B—__ B__l___i___¦ U_NI ___*¦-*»'_i__*!lr___—» __» 'f-:3tmmmW^~mYmm _^~i-fll-_âl -_ _K_K -•.ry/ff., B '.____ft*__e_t__fi_ar —1_>' ________ ___-—^'''- '^F&r' ^ * ____ ¦_!rfá_f |H_»v< _H ' ___H*?' :' ¦ ¦¦¦¦• ^m+mmYÍ\W*9^~ ___T • ^* ^_____^___ ___£__

mmmmm¥&*^ ¦ «_ft~ __B ______¦!—¦—bV_B_H----W' _—¦_¦».-

oS:<'- '^r^LmmmW _\

"•-**, '' J_P^:-

A preoccupação de assistênciaaos animaes é virtude que ohomem deve cultivar. Nestapagina, o artista Alfred Abel,da Ufa, distribue bkcoutos aoscysnes e patos de umlago allemão, dandoaos nossos amigui-nhos um exemplode amor aos ani-mães, amor que éuma retribuiçãoao encanto queas aves dãoaos nossosolhos com amaravilha desua pluma-gem.

ARTHUR LAKE — umartista de Cinema que vocêsconhecem — segura um "bébé"

que foi ao Cinema. . . paradormir.

_^______ _____

___ ___'- -__) ^^^,-""'-',>"1xv

_. t sám K

Page 11: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

28 — Março — 1928 __. 11

O bolso grande do lado direito do alçapão,vimos um grande tubo de ferro, ligadoa uma grossa peça de madeira, maior queo tubo, com peças de ferro em relevo, que

seguravam uma pedra talhada emcunha e, no bolso esquerdo, outrodo mesmo gênero.No bolsinho do lado direito .imos va-

rias rodellas de metal vermelho e branco, de tamanhos differentes;algumas d'ellas nos pareceram de prata e com tal diâmetro e peso.que nós tivemos difficuldade em levantal-as. Item, dois sabres dealgibeira, cujas folhas se oceultavam numa ranhura da ma-deira e tinham o fio muito cortante; estavam mettidosnuma grande caixa ou estojo. Faltava inspeccionardois bolsinhos, porém nada nelles pudemos vêr porestarem muito unidos, por effeito do ventre. Dadireita pendia uma grande cadeia de prata com umacousa muito exquisita na extremidade. Pedimos-lheque tirasse para fora tudo que estava preso á cadeia,que nos pareceu um globo de prata.

Do outro lado vimos uns signaes desconheci-dos, traçados num círculo branco, suppuzemos podertocar-lhes, porém os nossos dedos foram detidos poruma substancia transparente.

Encostámos o ouvido ao dito globo; produzia-se umrumor continuo e semelhante ao ruido d'uma azenha; conje-cturámos que fosse algum animal desconhecido, ou a divin-dade que elle adora.

Inclinámo-nos, porém, para a ultima hypothese, por-quanto elle nos assegurou que raras vezes fazia uma cousasem consultar primeiro aquelle globo; chamava-o o — seuoráculo, e dizia que elle marcava o tempo de cada actoda sua vida.

Da abertura esquerda tirou uma rede de tamanhosufficiente para servir aos pescadores, mas que se abriae fechava : dentro encontrámos muitas rodelas de metalamarello; que se fossem de ouro verdadeiro, teriam umvalor incalculável.

(Continua)

O TI CO-TI CO

•VIAGE-Hâ-AAfAVILTO. AS-•DE-

. ÜJW^Continuação)

?Ol

[ ry*^g§SSSÈÊbsJContinuação) \ -r /

_^f^^^k y1^V1^B flfflp_____m___fi__k. vPcl!R-0

J^OT^^^IgiB^^^^^^^^^^^^SSSS^ ^^L L-4 O/AR ES.

i?flH___H___.

Page 12: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

0-TICO-XIC *-, 12 i-m 28 — Março — 1928

!_fc_*?í*«»

N-f"_>«_«--»*

O ESPANTALHOPermanecia immovei aquelle homem encar-

tolado no meio da seara. Pudera, si elle era um

espantalho feito de gravetos e vestido com um

paletot e uma cartola velha para espantar um ban-

do de macacos ladrões. Neste bando, porem, ha-

via um velho macaco, destes que não mettem mão

em combuca. O velho mono falou aos outros: —

Sigam as minhas, ordens que tudo farei para der-

rota daquelle vigia. O espertalhão atirou uma pe-

dra ao "espantalho e viu que elle não se moveu.

Disse então aos companheiros: — Tudo vae mui-

to bem! Depois sahiu a communicar a todos os

burros e cabritos que o milharal estava guardado

por um feitor iracundo e sagaz. Tivessem cui-

dado, não fossem lá porque elle matava a tiros ou

a páo a todos os bichos que lá iam roubar milho.

Os ingênuos animaes acreditaram naquella

mentira. Era isso que o macacão queria: afãs-

tal-os de Iá.:

— Agora! disse elle, agora nós.. Ao milho,

companheiros! O velho partiu na frente do ban-

do. Mal, porém, deu alguns passos, cahiu numa

armadilha. Poz a gritar e os outros fugiram.

Aos seus gritos, acudiram os burros que, diante

do que viam, disseram: — Nós não somos os uni-

cos burros, os sabidos também são burros.,

A moralidade desta historia avisa que nem

sempre as previsões dos que se julgam sábios são

certas e felizes.-

^^n^^^"

¦ '- - \_JH____." _—_ _*-- '¦ -4 ^-<S __5—^W^W ^Cf___ l^^00'-'^- *-™ r--— —x_í|lx

Page 13: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

28 — Marco — 1928 — lei —i O TICO-TICO

JvIODfl ÍUFAHTII'1° — Lindo vestido de Toill:ka-

slia salmorr. Saia plissada. Golla denanzouk bordada.Ü( X / / \ / í.'v________~ ~^\

- \ i I V "T_>

2° — Vestido para mocinha,de voile de vários tons e devrnia só côr. Botões de nacare laço azul marinho.

3" — Veslidinho de linhoverde de dois tons, com moi-rnhos bordados á linha de côr.Préguinhas no corpinho.

4o — Vestido de popelinaencarnado, com a frente plissa-da. Franzidos nos hombros.

5 — Vestido de musselinarosa com adorno de fitas azulescuro.

BORDADOS

Letras para roupa branca.Ramos e flores para bordadode cores.

x^x/i\ /,\ #<, Cú çp q\w-4/—7 ^Au^] — ¦ ^ ^

¥f ^vll^l <& T/l ' (n7®

(ST

Page 14: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

O T I C O - T 1 C O - 14 - 28 — Março — 1928

fl\ jákm\ v. rjA ^ "^WfcT* & WWh^ "Z^-"1 - ^- Jw^s á

o MAL ASSOMBRADOVosmece nao prometteu, na vez passada, contar

a historia do "mal assombrado" que havia no sobrado ve-lho? perguntaram ao "tio" André as crianças, que sereuniam quasi todas as noites em volta delle, ouvindo-lheas historias phantasticas de almas do outro mundo e as-sombrações.

Não me lembro disso, não.De que? Da historia ou da promessa?Da promessa de contar a historia, explicou o ve-

thote.Pois prometteu, sim.Si prometti está proinettiüo, continuou elle.E tem de cumprir o que prometteu, exigiu a me-

ninada.E ha de ser agora.Pois vá lá, embora eu não esteja muito bom para

contar historias hoje.E por que? Por que? indagaram, cm coro, as

crianças.Porque estou com tosse, respondeu o tio André,

pigarreando e "puxando uma tosse" fingida._^ p0is tome lá um caramello de leite, disse uma

menina offerecendo o quadrinho de dcoe.Muito obrigado, agradeceu o velho, acceitando e

dispondo-se a contar a historia: Eu era menino, e aquellesobrado já era velho. Dizem que foi feito pelos hollan-dezes e que depois serviu de hospital aos padres jesui-tas, quando elles andaram por aqui.

Desde aquelle tempo que tem fama de "mal assom-brado", e passou muitos annos sem ninguém querer mo-rar nelle, nem de graça, pois quem ia para ali morria, ouperdia uma pessoa da familia.

Não havia quem pudesse dormir de noite ali, di-ziam todos. Era um abrir e fechar de portas, um arras-tar de cadeiras e de correntes que não acabava senãoquando o dia vinha amanhecendo. Além disso eram gemi-dos tristes que se ouviam toda a noite...

E vosmecê chegou a ver alguma cousa, tio An-dré?

Eu vi e ouvi uma noite para nunca mais.Conte como foi. Conte! pediram.Esperem ahi que eu já lhes conto, disse elle pi-

garreando outra vez e fingindo novo accesso de tosse.Tome lá outro caramello.Muito obrigado. O caso foi assim, recomeçou

elle, chupando o caramello.

Quando eu era menino, tinha medo do "mal assom-brado"; mas quando fiquei rapaz, o medo passou, e eutinha vontade de passar uma noite sozinho no tal sobradovelho.

Fiz até uma aposta com o Serapião, — um rapazforte alto e muito corajoso, aue morava aqui, tendo de-

pois morrido na guerra do Paraguay, combatendo contrao Lopez.

E qual era a aposta? perguntaram, curiosos, osouvintes.

Era ver quem passava uma noite inteira sozinhono sobrado velho. Eu fui.

Armei-me de uma garrucha de dois cannos, carre-gada até a bocca, um facão de matto e um bom cipó-pau.Como estava disposto a dormir, levei também um traves-seiro e um lençol. Botei ainda no bolso um cotôco de velae uma caixa de phosphoros.

Assim que escureceu fui pra lá. Entrei, subi pelaescada, já se desconjuntando toda, e fui para o 1° an-dar. A noite era de lua e estava muito clara. Fiquei per-to de uma janella e esperei o "mal assombrado". Deu 8,9, 10, 11 horas no relógio da egreja e nada delle appa-recer.

Com a fresca da noite veio chegando o somnoO travesseiro estava no chão, perto da janella e eu

me deitei ali mesmo, pondo a pistola no parapeito dasaccada ao alcance da mão, o facão ao meu lado e o cipó-pau prompto pra entrar na dansa.

Cobri-me com o lençol porque parece que estava ne-blinando e creio que adormeci.

E o "mal assombrado" não appareceu? indagoulogo um mais impaciente.

Espere um pouco que eu já digo: Quando des-pertei, a lua já tinha se escondido, mas a noite ainda es-tava um pouco clara.

Acordei ouvindo um barulho na escada, como si fossealguém que subisse devagarinho...

Levantei-me de um pulo, com os cabellos já arre-piados, ainda embrulhado no lençol, e "bati logo mão"á pistola, esperando que o "mal assombrado" apparecessepara lhe dar um tiro em cima. Com o pulo que dei parame levantar, derrubei o cipó-pau, e o facão de mattotambém foi arrastado, fazendo barulho no assoalho.

Parece que o "mal assombrado" teve medo, porqueparou de subir a escada.

Eu é que fiquei firme á espera delle. Não tardouque ouvissse um gemido muito triste, como si fosse umcão uivando.

E não era cachorro, não?Eu sei lá! Só sei que pouco depois appareceu

um vulto escuro, alto, na porta do corredor. Era o "malassombrado". Apezar de toda a minha coragem, senti umfriosinho pelas costas, e minhas pernas começaram a tre-mer. Fiz-me forte, avancei um passo, com a garruchaapontada e puxei o gatilho. A espoleta bateu em secco enegou fogo. Puxei com medo o outro gatilho: Pá!...Negou fogo também. Olhei para o lugar onde estava ovulto escuro e não vi mais. Na escada continuou o mes-

Page 15: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

28 — Março 1928 15 — O TI GO -TIC Q

ORAÇÃO OO ESTUDANTEEu vos invoco, oh! Senhor do

Amor!Irradiae a vossa bondade por todo

o Universo. Vós que banhaes, como influxo do vosso amor, o debiie o poderoso, que transformaes aurze bravia e o cardo espinhoso emflores que sé abrolham perfumadas,vinde illuminar com a vossa presençao tabernaculo da minha alma.

Dae suavidade e doçura ás minhaspalavras. Tornae a minha mentelímpida como o céo azul e polida co-mo um espelho! Que nella se refli-ctam todas as cousas bellas e boa; davossa manifestação.

Que eu tenha o desejo de me ins-truir e vencer, para conquistar osmais nobres emprehendimentos.

Que eu ame a todos os momentos

a vossa divindade e que seja eu pro-prio um pequeno reflexo dessa gran-deza.

;-_^rlg__?_irSk \V ^^"Sr^^^Í_fiv /sLÈ W

_M -{^GZ^jTf^w JF I

Vigiae a todo instante o meu pen-samento para que seja puro e são!

Que eu considere todos os seres.

de religiões differentes e raças diver-sas — meus irmãos na Humanidade!

Ajudae-me para que eu não dêguarida em meu coração ao ódio eá inveja.

Dae-me, Senhor! ensejo de aUKi-liar a outrem e de ser recto e justo.

Vós, que penetraes em minha alma,sabeis do respeito e carinho que euguardo pelos meus pães e mestres.

Senhor! não me deixae tropeçarna longa estrada da vida e fortalecei

a minha alma com a luz vivificadoradó vosso amor!

Dae-me discernimento para acataro bem e fugir do mal!

Illuminae-me, oh! Senhor» — Reido Mundo!

Rachei. Prado „

mo barulho de passos. Ouvi portas que se abriam e fe-chavam. Quiz correr e não pude. Estava com as pernasinteiriçadas de medo. Não sei quanto tempo passei as-sim tremendo, batendo os queixos que nem porco domatto: tréco, tréco, tréco, tréco...

Quando tornei a mim, o dia vinha amanhecendo...Estava tudo em silencio. Desci as escadas ainda commedo e dei graças a Deus quando me vi fora dali. Eu-trei em casa onde contei depois que tinha passado a noiteno sobrado velho.

Ninguém quiz acreditar. Mostrei a garrucha com asduas espoletas amassadas e que tinham negado fogo. Ri-ram-se de mim.

E o Serapião?Esse foi o primeiro a fazer caçoada da minha co-

ragem, dizendo que tinha passado tambem a noite inteirano sobrado velho e não me tinha visto.

Lá pela madrugada, disse elle que tinha ido até oprimeiro andar, porque ouviu barulho de passos no so-brado e viu um vulto branco que correu quando elle avan-çou pra segural-o á unha.

E nunca mais ninguém foi á noite no sobradovelho ?

Nunca mais. Todo mundo tinha medo até de pas-sar ali por perto, depois que batia as trindades...

Pra mim o vulto escuro que vosmecê viu no cor-redor, foi o Serapião, disse um rapazola mais incrédulo,e o vulto branco que elle viu foi vosmecê enrolado nolençol.

Qual nada, rapaz! Pois então eu não havia deconhecer logo o Serapião?

E' que no escuro não se reconheceram, e um tevemedo do outro.

Medo? Isso é o que vocês pensam. Eu tremi, masnão corri. Fiquei firme ali, de garrucha em punho...Si ella não negasse fogo eu tinha matado o bicho...Dizem que esse "mal assombrado" apparecewque tem ali uma panella enterrada cheia de moedasJe ouro, não é?

Eu acho que é. Já houve até quem fosse desen-terrar á meia-noite...

Conte isso, tio André. Conte.Não. Essa historia é muito comprida e fica pra

outra vez.A essa voz, dispersaram-se os ouvintes do tio André,

já prelibando. as emoções da historia da panella de di-nheiro, enterrada no sobrado velho.

Rio — II — 1928.WANDERLEY.

> •>

Page 16: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

O TICO-TICO 16 r-4 28 — Março — 1928

A lição'de patriotismo dado porPaulo aquelle estrangeirozinho, nodia em que o vira misturando nosseus brinquedos, em completo des-respeito, a bandeira do Brasil, foicompleta.

Dias depois, pazes feitas, elles no-vãmente se confundiam em alegresbrinquedos. E, a uma referencia aoincidente da véspera, o estrangeiro-zinho confessou haver feito aquillosem maldade. Fizera-o por ignoran-cia. Não conhecia a bandeira doBrasil.

Então, cheio de orgulho, Paulofoi buscar o "seu thesouro". Era oestojo onde guardava, todinha emsédã, a bandeira de sua terra querida.

Com os maninhos reunidos, emcontinência, todos os feriados, numgrande culto de civismo, elle a has-teava á cabeceira de sua caminha.

E transbordando de enthusiasmo,com palavras inspiradas, desdobra-adeante do estrangeirozinho e expli-ca-lhe a significação das cores e obello symbolismo que encerra.

O ouvinte, attento aqueilas belle-zas que desconhecia, faz a Paulo,deixando-o embatucado e sem res-posta, a seguinte pergunta?

— Por que tem ella uns desenhostão differentes dos desenhos das ou-';ras bandeiras? E as bandeiras dasnações, por que não são todas egual-mente desenhadas, variando apenasas cores em suas combinações?

Entretanto, Paulo, que não seaperta, desviou a.- conversa e ficou apensar como adquirir elementos pararesponder em outra occasião.

Valeu-lhe a lembrança do seu ami-go, o pintor, que justamente paraáquella semana pedira o desenho dabandeira brasileira. Tavez elle mepossa esclarecer, pensou....

>K

* *

De facto, quando Luizinha e Pauloforam ao seu encontro, na quarta-feira, o menino levava, além do de-

senho da bandeira, o coraçãosinhoansioso e o cérebro ardendo, no dc-sejo de aprender o que queria.

Depois das saudações, o pintor foilogo"pedindo os trabalhos.

Ao vel-os, achou-os muito bempintados, de cores muito certas, maslamentou que os dois priminhos,com o enthusiasmo de colorir, tives-sem se descuidado do desenho.'

— A fôrma do losango está im-perfeita, disse elle, deslocaram o cen-tro da circumferencia; e a faixa,onde se lê "Ordem e Progresso",está ao contrario.

A surpresa que viu estampada nosolhinhos de Paulo e Luizinha deu-lhe a certeza de que, para falar da-quelle modo, precisaria dar algumasexplicações sobre elementos de geo-metria.

E começou então: A geometria,sciencia que vocês aprenderão maistarde, baseia todo o seu estudo emfiguras resultantes da combinação de

linhas. Por estas figuras, sempre dif-ferentes, nós comprehendemos quese pôde fechar um espaço, variando-lhe a fôrma.-

Com duas linhas, fazemos as maissimples de todas as combinações.

E as variações, que podemos f.a-zer, são sempre de dois modos. Aslinhas encontram-se e as linhas nãose encontram. Quando se encontram,formam ângulos, quando não se en-contram, são parallelas.

. Formando ângulos, ellas podem to-mar tres posições principaes, que sãoas da figura 1 (angulo recto, anguloagudo e angulo obtuso). Sendo pa-rallelas, têm o aspecto da figura 2,não se encontram, portanto.

Nestes casos, isto é, com duas li-nhas, não podemos nunca fechar umafigura.

Mas com tres, já isto é possível;e as tres linhas formam triângulos*cujas principaes variações de aspectoestão desenhadas na figura 3, e têm

Paraiíeljy efcnuiónò \r

/ \^ / . -/triângulo . >.-\ / yS IS05CELES X».

j ^ãtvüuIo/ obtv;*e> ^v / v N.^^""s. ^v ©v rtíANOuio^.—^"©©^

I i-fK© "1 *%5

AB^nDüRRçgttdnUferx» ^IIIIW».

SARADO J> MS.O-EIXC5BtCIANGULO

1 %6

ZPARAU.lJMMni-iO / / 4^© i-' ~©>>>1....// -,. -•^-f/>/iD*>AriCiO *l£ ' -^\ ' <*-¦ iFftN. LOSAN&O

*-&&£*..

Page 17: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

28 — Março — 1928 17 0 X I C 0 - V I c o

_____

HOjVÍE-SS ILItüSTHES DA jíOSSA PÁTRIAOs meninos, não devem esquecer que foi

a vontade excepcional e o gosto estheticoe artístico, de um illustre cidadão brasi-leiro que se chamou Dr. Francisco Pe-reira Passos, que transformou magicamen-te o Rio de Janeiro, na cidade feérica,salubre, de avenidas largas, arborisadas,de palácios sumptu-osos, como hoje a ve-mos deslumbrante, encantando o estrangei-ro que nella aporta.

A cidade, outr'ora, era feia, suja e des-agradável. As ruas asymetrioas, tortuosas,eram beccos e viellas, onde jamais pene-trava a luz do sol.

O espectaculo triste da cidade influíano animo do povo e do commercio quenão se podiam expandir devido ás ruasestreitas e á falta de meios apropriadospara transporte.

As bellezas naturaes que são o nossoorgulho, a cintura verde da cidade nãose podia contemplar.

Depois... foi a apparição desse mago

fantástico Pereira Passos, 0 maravilhosotransformista que fez de'uma cidade an-ti-hygienica, triste, deformada, a cidadeelegante, modernisada, com as 'sUas

bcllasavenidas, asphaltadas e optimas estradas.

Por instrucções suas, uma companhiaadoptou na subida da serra de Petropolis,depois da cremalheira, — a tracção electri-ca por meio de cabos.

A sua extraordinária capacidade profis-sional e administrativa, se revelou nas mui-tiplas emprezas ferro viárias que elle con-struiu. Foram: — as de Petropolis, doParaná, que é um assombro de arrojo ebelleza, obra que honra a engenharia bra-sileira. A do Corcovado, a de Santos áJundiahy, a da Bahia á Atagoinhas, Ma-cahé á Campos, Sapucahy e a Central doBrasil.

Foi elle que fez conhecer os bellos es-pecimens da nossa majestosa flora, trans-plantando-os para os jardins públicos.

Esse homem foi extraordinário no seutrabalho de remodelar a cidade.

Sol á pino, ou sob chuvas torrenciaes,, elle estava no seu posto, fiscalisando, ob-

servando, dando ordens, para a mais bellae útil execução do seu delineamento. Ellesó conhecia um ideal: trabalhar pela Pa-tria.

E quando alguém o advertia do seu la-bor. insano, .vertiginoso e ousaão, elle comserenidade replicava:

— " Como vê, estou velho, preciso ter.minar antes que a penumbra desça defini-tivamente".

Receiava que a morte o surprehendesseantes de terminar a grande obra.

E assim aconteceu.Porém, a majestade da sua obra gran-

diosa ficou e até hoje, não tivemos, ou-tros " Passos" o mágico maravilhoso queembellezou a cidade em pouco tempo, comose fosse um milagre.

RACHEL PRADO

os^ nomes de triângulo rectangulo,triângulo isosceles e triângulo esca-leno. Quando as tres

" linhas são

eguaes, chama-se triângulo equila-tero.

Com quatro linhas, formamos osquadriláteros. São cinco, estão de-senhados na figura 4 e são os se-guintes: quadrado, rectangulo, pa-rallelogrammo, losango e trapezio.

Destas figuras, a mais interessanteé o quadrado. Tem os quatro ladoseguaes e perpendiculares, isto é, for-mando ângulos rectos.

Portanto, as diversas bandeiras dosvários paizes, que vocês conhecem,têm sempre a fôrma de um rectan-guio. Na nossa, especialmente, ha,além do rectangulo, um losango euma circumferencia, que é aquellaparte azul. E, outra vez, explicareio que é a crcumferencia. Vamos ver,agora, os cuidados que precisamostomar para desenhar bem a nossabandeira.

Marcamos primeiro o meio das la-dos maiores e menores do rectangulo,ligando-os por linhas rectas (fig. 5).Estas linhas cortam-se exactamenteno meio do rectangulo, e sobre ellas

ficam os bicos cio losango (fig. 6\O circulo desenha-se, tendo sempre amesma distancia para as quatro linhasdo losango. Resta-nos a faixa ondese lê "Ordem e Progresso", que sedirige de baixo para cima e da es-querda para a direita.

Jurandyr Paes Leme.

MIMOSOSi em vez de eu ser, Mãe, o teu filho,

fosse porventura um cãozinho, dir-me-iastu que — não —. quando cubiço comerno teu prato?

E_______v3 E______iL__* ^**t_______BaBftaT - «______-._-.'- k-J-lT- jJHpB_______.-__.. B

M&SÊÊ&<^\ ___^_P-S-_-

cãozinho do demônio!" Sim? Então, vai-te, Mãe, também tu! Si me chamares, nãote ouvirei, nem mais, de certo, consentireique me offereças ou me venhas dar decomer.

Si eu fosse um verde papagaio, em vei¦de ser o teu filhinho, tu, minha Mãe, ter-me-ias preso por que, a voar, não me es-capasse? Ralhar-me-;'as com o dedo, di-zendo-me: " Oh, mas que maldito pássaro!Todo o santo dia e a santa noite remor-dendo a sua corrente?..." Ah! é isto?Pois, vai-te, Mãe, vai-te. Eu irei para oscampos voar, e nunca mais me apertarásnos braços.

RABINDRANATH TAGORE

SOLUÇÃO DA 3» CARTA ENI-GMATICA

Dize-me! Tu me expulsarias de ao pé deti, com esta fala: "Vai-te daqui, já, jál

Chiquinho, meu bom amigo.Recebi tua cartinhaQue veio n'0 Tico-TicoE achei muito bemfeitinha.Espero agora que escrevas.Outro bilhetinho afina!Dizendo-me onde pretendesIr passar o carnaval.Do teu de sempre, Jujuba.

Page 18: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

O MARTYR DO CALVÁRIO- PAGINA DE ARMAR N. 1

Collem todas as peças em cartolina e recortem cuidadosamente. (Continua no próximo numero)

Page 19: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

O TICO-TICO ku — 28 — Março — 1928

_J-_-l_ 1^ -"' ^"V ___—_'" MB

JORGE, PATRONO DOS ESCOTEIROS

São Jorge é o campeão da chrislan-dade, é o cavalleiro heróico que passou avida a fazer o bem, a distribuir a justiça,merecendo a veneração do mundo.

Os escoteiros elegeram-no seu pa-trono.

Conta a lenda que S. Jorge foi rou-bado pela fada Kaliba, a quem conseguiuvencer pelas suas virtudes.

Libertando-se, libertou também oscavalleiros: S. Diniz, S. Thiago, S. An-tonio, S. André, S. Patricio, S. David.que com elle, S. Jorge, foram chamadosos sete campeões da christandade. Aban-donando os reinos de Kaliba, seguiramjuntos por uma larga estrada, até umponto onde havia uma encruzilhada comsete caminhos. Separaram-se, cada qualenveredando por um delles.;

O caminho de S.: Jorge levou-o aoEgypto. Como anoitecesse, foi pedir abri-go numa choupana, apparecendo-lhe umyenerando ancião que lhe contou, entre la-grimas, a historia de um dragão temivelque assolava o paiz e que só se acalmavadevorando uma virgem cada dia. No diaseguinte seria o sacrifício da filha do rei,joven de divina belleza, a única que aindasobrevivia ao terrível hospede.,

S. Jorge resolveu combater o dragão,

e por mais que o ancião o tentasse converi-eer do contrario, mal madrugou, o herói-co cavalleiro seguiu para o valle onde ha-bitava o monstro. Este, vendo S. Jorge,sahiu, rugindo, de sua caverna, atirando-se contra o cavalleiro que no seu corcel ecom a armadura que lhe dera Kaliba, lu-tou heroicamente, conseguindo matar qdragão .*

Como prêmio do seu valor foi-lheconcedida, em casamento, a mão da prin-ceza.

Mais tarde voltou para a Inglaterra,sua pátria, e durante muitos annos per-correu o paiz, como cavalleiro andante, a;fazer o bem.

Chegando á sua cidade natal, depoisde uma das suas peregrinações, soube queoutro dragão assolava a região. Quinze ca-valleiros haviam já perecido sob suas gar-ras mortíferas. S. Jorge seguiu por suavez e, depois de uma grande luta, conse-guiu matar o monstro. Mas uma feridaque recebeu no combate foi-lhe mortal, e,perdendo muito sangue, veio a fallecer;nos braços dos filhos, á porta da cidade.,

O rei, em signal de pezar, decretouque em todo o reino houvesse luto por setedias e que o enterro do heróico cavalleirotivesse pompa real,

Page 20: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

os — Marco — 1928 21 — O TICO-TICO

^~ A. i ^7 ¦ P

í)j%j\mmà lútámiJploülcoYf. ^ QJ . ^ /fvS

\WH& MUITOÇAÜA. n.,rM0D» p. | ESTOU MELHO E Cf- N^\ N^\•¦ RAS N^TEMUWOÜ. ^t-J «r dor PEHMADO , A^iM MtJUO EH^^^AiP0 MENOi ARARA fOB^TE NM ^^ ^ V,V/^ ^LH0£-0 < 6^à\\SOU EU. FALO ^RoWTE MUlT^ ANVM - ^ ^ ^S^Vipouco t a PEb ^

^HiH-r—*

x 6QH PA«* \\.\ , 7U (A

"V ('-^r^: -

ATE Que /T \\ \\

UMftN° 1 \ & %^ ^\j pi»*U.M JAAU NEGOCIO

———¦—-1

FiZUM BOM M"E&0CI0 \ A-AA

/ /fs~< lE^UPlOO.iOtÕT^Tv /f"^ ^-VH ENTUPIDO f^fáfe

I k^^y^oNu.r jr// \aS-^x <^C^À ^antSt

Page 21: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

O TICO-TICO — 22 28 — Março — 192S

Um juiz que prendeu um principeQuando o rei Henrique V de Inglaterra era ainda

mocinho, elle e seus irmãos, fartos das praxes importa-nas da corte, aborreciam com as suas algazarras e lou-curas o rei seu pae e os graves cortezãos que o ro-deavam.

Muito a meude, e sempre que se achava rodeadopelos seus alegres amigos, desgostava os pães com oseu procedimento. Mascarava-se ás vezes de salteadore roubava os recebedores das rendas do seu pae. Emtroca tinha o costume de recompensar as pessoas hon-radas e valentes; pois parece que as suas travessuras in-sensatas eram devidas mais a um infantil prazer de in-commodar o próximo e divertir-se á sua custa, do quêpropriamente ao desejo de causar - fosse a quem fosse,verdadeiros prejuizos. Mas o certo é que o seu procedi-mento e o de seus irmãos não era de modo algum dignode príncipes de sangue real; e a familiaridade do herdei-ro da coroa com alguns dos seus futuros subditos des-agradava profundamente ao rei.

Aqui. está uma aneedota que se refere ao principeHenrique, ao principe Hal, como lhe chamava familiar-mente o povo. Esta aneedota não só lhe dá honra por-que prova que era capaz de amparar os seus amigos ca-hidos em desfavor e soffrer com resignação os casti-

gos que lhe impuzessem, como também nos apresenta um

juiz que fez justiça pondo o seu dever acima dos ca-

prichos de um principe.Os irmãos do principe Henrique, Thomaz e João,

ceiaram uma vez, altas horas da noite, com alguns dosseus alegres companheiros: a festa terminou por uniadiscussão que degenerou em rixa, na qual tiveram deintervir as autoridades da cidade. Zangaram-se os prin-cipes por este motivo e as autoridades, com o governa-dor á frente, tiveram de comparecer perante o rei, quelogo os mandou em paz apenas lhe explicaram que nadamais tinham feito senão cumprir o seu dever reprimiu-do a desordem.

Mas uma outra vez, depois de uma estroinice se-melhante, um dos amigos do principe Henrique íoiaceusado e condemnado á prisão. Quando o principesoube o que suecedera ao seu favorito, apresentou-se aojuiz presidente do Supremo Tribunal, chamado Gascoi-gne, intimando-o a que soltasse o seu amigo. Mas o juiz,que temia menos o principe do que as censuras da pro-pria consciência, fitou-o com firmeza e disse-lhe que a

justiça tinha de seguir o seu curso, se bem que, se orei assim o determinasse, elle pudesse perdoar ao preso.

O principe Henrique, ao ver que não conseguia in-timidar o juiz, enfureceu-se e desembainhou a espadacom tenção de o ameaçar. O juiz disse-lhe então queguardasse a devida prudência e fez-lhe notar que estavaali para cumprir com o seu dever representando o rei,seu pae, e que em seu nome o conjurava a que mudassede attitúde, dando assim um exemplo aquelles que umdia deviam ser seus subditos.

"E agora",accrescentou ao terminar esta pratica, "já

que vos tornastes culpado de desobediência e de despre-zo por este alto tribunal, envio-vos para a prisão do tri-bunal do rei. Alli permanecereis até que o vosso pae, sedigne indultar-vos."

O principe reconheceu quanto eram justas as pa-lavras do alto magistrado e, baixando a espada, fez umcumprimento ao homem destemido que acabava de pro-nunciar a sua sentença; e logo foi conduzido para a pri-são. Conta-se que, quando o rei soube o que suecedera,mostrou a sua satisfação por ter um juiz inflexivel naadministração da sua justiça e um filho que sabia sub-metter-se a essa justiça.

Shakespeare, que escreveu muito, nas suas obrastheatraes, acerca do principe Henrique, põe na boccado rei, seu pae, estas palavras:"Como estou contente de ter um homem audaz quese atreve a julgar o meu próprio filho! E não menos oestou de semelhante filho que depõe nas suas mãos asua grandeza".

Depois deste facto, o principe Henrique tratou sem-pre com o maior respeito o juiz Gascoigne, reconhecendoque. se elle era tão severo em manter as leis na nação,ainda que fosse contra o próprio herdeiro do throno,quando, no curso natural dos acontecimentos, fosse umdia soberano, não teria aquelle íunecionario em conside-ração o favor de homem algum, mas procuraria cumpriro seu dever relativamente a todos os seus subditos.

Quando o principe Henrique subiu ao throno, justi-ficou a confiança que o povo tinha nelle, e o juiz Ga.s-coigne contava-se entre os homens honrados que elle ameude consultava. Shakespeare põe estas palavras nabocca de Henrique V, dirigindo-se ao juiz:"Segurae ainda a espada e a balança da justiça, eque as nossas honras augmentem até que chegueis a verum filho meu offender-vos e obedecer-vos como eu fiz".

Page 22: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

28 — Março — 1928 23 — O TICO-TICO

VIRGEM (Põesia de Bocage)Oh Virgem formosa,One dornas o inferno,Creou-te ab eterno

Quem tudo creou.

IIlesa notasteDo mundo o naufrágio,Da culpa o contagioPor ti não' lavrou.

A grande victoria ,Do gênero humanoContra este tyrannoDe ti começou

ÂÂ F\> l^!\ ^^ ' ' eIp

et.ny.LoS'

Xossa Senhora do Brasil

Depois de lograresTriumpho completo,Cumprido o projectoQue o céo meditou,

Cresceram nos astrosOs vivas e os cantos,E as fúrias e os prantos,O abysmo dobrou

Oh Virgem formosa,

Que dornas o inferno.Creou-te ab eternoOuem tudo crenu.

ARCAQual é a creança que não conhece a historia do Di-

luvio? Quasi todas; mas para as que não conhecem voucontal-a. Já faz cerca de quatro mil annos. O caso sedeu na Arábia, que naquella época era o paiz mais im-

portante e adiantado do mundo. Vivia entre os homensmais sábios do paiz um agricultor muito rico e muito

previdente, chamado Noé. Com seus cálculos astronomi-cos, pelo aspecto do céo, espalhou a noticia que em bre-ve vir-se-ia o mundo completamente alagado. Reuniu

por isso toda a familia, parentes e empregados e disse-

lhes:'— Amigos e amigas, ahi vem uma chuva pavorosa;

precisamos arranjar um barco enorme para nos salvar.Alguns acreditaram; porém os outros não acredita*

ram, e o chamaram de velho tonto. Já desesperado, Noétanto falou, que convenceu a maioria. Quasi todos con-

vencidos, puzeram mãos a obra: em menos de oito me-

zes ficou prompta a Arca. Depois de terminada esta, Ncéordenou que fossem buscar um casal de todos os animaes

do mundo, para salval-os; vieram leões, tigres, jacarés,cobras, girrafas, emfim toda a espécie de bichos. Vieram

pessoas do mundo todo para verem a Arca; ficaram de

bocea aberta diante daquelle gigante fluctuante! Passa-

D E NOÉdos alguns dias, depois de tudo embarcado, Noé tratou daalimentação, porque quem saberia quantos dias duraria oDilúvio ?

Prudente, Noé mandou trazer alimento para trezmezes; vieram seiscentos saccos de lentilha (éra o queservia de feijão naquelle tempo), duas mil cenouras, ba-tatas e repolhos, mil ovos frescos, seiscentos molhos dealface, quatrocentas abóboras e assim por deante, em

grande quantidade. Para os animaes vieram cinco milfeixes de capim, mil e quinhentos saccos de milho, qui-trocentos molhos de couve etc.

O povo vendo tão grande despeza pensava que Noéestava maluco.

Começou finalmente a chuva; principiou em pingosgrossos e pesados e foi augmentando, augmentando sem-

pre, acompanhada de trovões, faíscas e raios. A agua co-briu até as mais altas montanhas. Passado mez-e pouco,Noé soltou uma pomba que num estante voltou com umlindo ramo de oliveira.

Muito contentaram-se as pessoas existentes na Arca.Era uma prova que havia terra. No fim de quarenta diasc quarenta noites, desceram elles em terra muito conten-tes. As pessoas e os animaes foram soltos, e até hojevivem os seus descendentes.

DE CAMARGO (11 ANNOS)

Page 23: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

í) TICO-TICO — 24 28 — Março — 1928

WÊÍ I1IB *

—V- __Js „___

HISTORIA DE EDIPO

Havia uma vez um rei de Thebas, a

quem tinham prophetizado que seria mor-to pelo seu próprio filho. For isto, cadavez que lhe nascia um filho era levado

para um bosque deserto e abandonavamali a pobre creaturinha para que morres-se. Mas tudo foi em vão, porque Edipo,um dos filhos abandonados foi encontra-do no bosque por um pastor que o levoupara Corintho, onde cresceu sem saberquem era seu verdadeiro pae, até que umdia encontrou o rei de Thebas e o matou,pensando que era um inimigo estrangeiro.

Edipo nao fazia idéa do grande cri-me que commettera e ficou surprehendi-do quando soube que o rei de Thebas ha-yia morrido e que a coroa era offerecidaao homem que conseguisse decifrar o eni-

gma da esphinge. A esphinge era ummonstro que causava grandes des-

graças. Tinha cabeça de mulher,corpo e garras de leoa, e vivia

numa collina, perto de The-bas, para matar todos os

_S__Si homens que passavam,porque nenhum delles

podia resolver o ei_t-

gma. Mas Edipo não teve medo e foi fa--lar com a esphinge a quem disse:

"Quero saber qual é o teu enigma.,Díze".

E ella respondeu:"Ha uma extranha creatura que não

tem igual na terra, no ar ou no mar. Aprincipio anda com quatro pés, depois,com dois, e por fim, com tres%

"O homem!" exclamou Edipo.. •

E assim era, porque o homem, na suainfância anda de gatas, depois com os doispés e quando chega a velho usa uma ben-gala para se apoiar. Quando viu o seuenigma decifrado, a esphinge precipitou-se do alto da collina e matou-se; e o povode Thebas, agradecido, deu a coroa a Edi-po. Mas um dia Edipo descobriu queera filho do homem a quem tirara avida, e isto causou-lhe tal tristezaque renunciou ao throno c au-dou pelo paiz, cego e esfairapado. O seu único con-solo era uma meiga e do-ce filhinha que o acom-panhava e ajudava.,

wI I I I I 1

Page 24: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

28 Março -» 1928 2ã — O TICO-TICO

OS FAKIRES

Fakir é o nome que se dá na In-

dia aos velhos mendigos, que vivem

da caridade publica, sem tecto, sem

família e que'procuram adquirir san-

tidade submettendo-se a mortificações

de toda a espécie. Esses homens pá-

recém ter perdido a sensibilidade,

fr? iv' ¦'_¦.''*-

parecem não ser tocados pela dor

physica. Passam dias inteiros deitados

em chapas de ferro, aquecidas pelo

sol, jejuam semanas a fio, susten-

tam-se num pé só durante mezes,

atravessam agulhas longas pelo cor-

po, rasgando as carnes ante o olhai

estupefacto do espectador. A mais

commum das mortificações dos fa-

kires é, sem duvida, a de permanece-

rem com a cabeça enterrada num fos-

so durante dias seguidos, realisando,

assim, o prodígio da ausência quasi

completa do phenomeno da respira-

ção.

Os fakires existem em grande nu-

mero na índia e constituem mesmo

uma industria, bem compensado ra,

pois os viajantes pagam-lhes bem as

exhibições e os naturaes nunca lhes

negam o auxilio de alimento, de rou-

pas e até o de uma veneração quasi

cega.

Os leitores hão de estar formulan-

do, sem duvida, uma pergunta. Hão

de querer saber por que os fakires se

submettem a taes mortificações. Não

sentirão elles, como qualquer um de

nós, as dores physicas? Sentem, sim.

Mas, á força de repetir taes mortifi-

cações, parece que se habituaram a

supportar as dores com um stoicismo

que, á primeira vista, se, confunde

com insensibilidade.

r™^lR

Page 25: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

O TICO-TICO — 26 —

QUEBRAenigma d_ hoje é o 3o da série

de assignaturas annuaes d'0 Tico-Tico.

Para se obter uma assignatura gra-tis é bastante:

Decifrar exactamente o enigma, nodesenho publicado, remettendo-o á re-dacção no prazo

"de 40 dias. Decla-rar nome, edade e residência, commuita clareza.

Terminado o prazo taremos umsorteio entre os que decifraram exa-ctamente e d?.remos uma assignaturaannual de O Tico-Tico.

Toda a correspondência para a Re-dacção de O Tico-Tico — Secção de"Quebra-cabeças" — Rua do Ouvi-dor, 164 — Rio de Janeiro.

CHAVEHorizontacsx k

— Flor.— Artigo-,_ Lagoa do R. G. do Sul.

8 — Homem.11 — Letra.12 — Época.14 __ Delle ou delia.16 — Annel.19 — Tem caldo.20 — Animal.22 — Esportula.25 — Folha de ferro e estanho.26 — Fera.27 — Do verbo ir.

C A

28 — Março — 1923

BE Ç A SNome .Idade .Rua ..Cidade Estado

TICO-TICO — N. 3 — 28-3-928.

123679

10111314

Verticaes:

Resto.Suffixo.Afia.No juiz.Homem.Percebe.Conjuncção.Classe.Espaço.Tempero.

15171820212324

Offerece,Suffixo.Do verbo ir.Advérbio.Na policia.Nota.Artigo.

ATTENÇAO

O prazo para recebimento do ulti-mo enigma do 3o torneio termina nodia 3 de Abril.

COR AÇÃO

Coração, ó coração,Gostava que dissessesSe posto na minha mãoPesavas quanto pareces...

Saudades de amor, quem ha deApagar a sua luz?São como os signaes de sangueQue Christo deixou na cruz...

Tu és como a lua cheia,E's como a casa caiada,E's como a torre da igreja,De toda a parte avistada.,

Sino, coração da aldeia,Coração, sino da gente:Um a sentir, quando bate,Outro a bater, quando sente.

Ai triste de quem se ausentaDo seu amor, e receia;

Que a sua dôr, p'ra quem ama,Não passa de dôr alheia...

Corrêa de Oliveira.

$. _? •>

A ALDEIA DAS CREANÇAS

Dizem que existe na Rússia umacolônia de creanças. O seu nome éLcninsk e que acaba de celebrar oseu 3o anniversario. Conta a sua po-pulação mil habitantes, sendo 862creanças, 70 educadores, 70 techni-cos e 5 administradores.

Essa republica em miniatura estáadministrada por creanças, que sen-tem no seu trabalho o despertar deenergias novas que servem para des-envolver qualidades e serem bons di-rectores ou orientadores.

O Conselho Municipal de Ee-ninsk possue um "comitê" executi-

vo central que dirige todas as orga-nisações infantis da collectividadc

O joven que exerce o cargo depresidente occupa-se actualmente daelectrificação de Leninsk.

O FERROO ferro desempenha um papel

muito mais.importante do que se jul-ga, pois encontra-se em toda a par-te. Na terra cabem aerolithos de ferroquasi puro. O espectroscopio mos-tra-nos que o ha nas estrellas maislongínquas; a duodecima parte dacrosta terrestre é também de ferro;o pó d<i*s estradas está misturadocom ferro, e ferro ha egualmente noar que respiramos, na água que be-bemos e nos alimentos qué tomamos:é, finalmente, o grande colorista danatureza, e dá a côr vermelha aonosso sangue.

Page 26: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

os jkNOSSOS %

PEQUENOSLEITORES

mi ,__¦

IM I .-* _:j|J

E3f5 /!§%¦¦¦B!j|T.SBC.M ¦¦ ^^__ B_, # z j

Heitor J. Santos JjK Maria AuxiliadoraJunior J 1 Bertrand —

jmÀ Nova LimaI «

^* t*j H .^F.K Y&s • "" __v ' ""«*' "sk^

m^tmmm

m\% BfflOI'Edgard

da CostaBello

/ • _ l ; i i-

Amaury Vercillo,netinho do Sr. A. Rocha

Hermano, filhinho do Sr.Francisco Firmino Nobrega

Pombal — Parahyba do Norte

Page 27: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

E~*~^sPn '«jJ -.*! - - "v /. B PW;Wf^ + ^^MLmYEAívA} ~£yT*t 'fflps&ffâ

ff V > «.¦ ^P ^LmmW^ mmm i L _*¦»< '

>•*-

" ' >u9H BVSBVV^^^^àtflBvVA JB™*35*WfltÍa^»^flHoÉT'* "- "** —"*»* ¦

Alumnos do Pensionato Santo Antônio, em São Paulo, soba direcção da professora D. Therezinha Arruda Camargo

a.fk •i - *

-w

r

Waldemar Guedese sua priminha Dina

São Paulo

OS NOSSOSAMIGUINHOS

:. >*<«

"a» .Áf ¦ÀWm^

^.' ^r^n "SWr>

'

mt * *?'/ \WyAm\

Yone e NadyrNictheroy

Wanda, filhinha doSr. Dr. Vicente Bianco

Bicas — Minas

Page 28: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

28 — Marco 1928 20 O TICO-TICO

A NO S S A H I S T O R IAA' Maria de Oliveira

Sou ainda bem pequena!Mas. .. hei de crescer, quem sabe!"Não ha bem que sempre dure,'''Nem mal que se não acabe!

Mesmo assim, de nossa historia,Eu já sei o principal:O Brasil foi descobertoPor PedrAlvares Cabral.

Da Conjuração mineiraFoi o chefe, — Tiradentes;Por querer a pátria livre,Seus irmãos independentes,

Corajoso sobe á forca,No dia vinte e um de Abril,Deixando um nome gloriosoNo coração do Brasil

Ruv Barbosa, Rio Branco,Patrocínio, foram bravos!Muito, muito trabalharam,Pia libertar os escravos.

Quem gritou a independênciaDo Brasil, com muita zanga,Foi o D. Pedro Primeiro,Lá nas margens do Ypiranga.

Um tal Christovam Colombo,Mesmo a flor dos genovezes,A America descobriu,Mas. . . soffreu tantos revezes!

A republica- devemos,Ao destemido Deodoro:Elle cheio de heroísmoEntre um murmúrio sonoro,

Na praça da AcclamaçãoDeclarou republicano,O nosso caro Brasil,Ü floráo americano.

Dos feitos da nossa historiaJá conheço os principaes;Quando eu crescer, como espero,Hei de saber muito mais!

DULCE CARNEIRO

<m<vn\\ \.fW>TY*f *"y/^yy^ *v»*v*\ 'Vrjryvvy. _-><-v-J-_ <<~y>^ \wy-Vv^W^f^v* C-"^"^ \_>^¦»,y*,^>-'^/>r>fv^ >frf"vvV V*^^»^1*<*^rW4 -_^rv»r-"VW'HrV\_i

Page 29: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

O T í C O - T I C O — 30 28 — Março — 192S

OPACTO CO O DIABONaquella noite, como de costume, reuniram-

se os pequenos em volta do seu Zumba, que tinhasido feitor de engenho, afim de lhe ouvir a his-toria do homem que tinha "partes" com o diabo.

Eu repito o que o povo dizia, começouelle, porque nunca tive coragem de olhar de f ren-te pro Sinhô Quinca, tão carrancudo elle era.

Magro e alto, com um cavaignac grande, fa-zendo ainda mais pontudo seu queixo fino, a fi-gura delle era que nem a figura do "demo" quevem pintada nesses livros de historias que se com-pram na estação do trem.

Elle sof fria muito de puxado (1) e todoquarto de lua mais forte ficava sem poder tomarsuspiração, com o peito piando, como si tivesse ládentro uma ninhada de pintos... Pio... Pio!...PiO. . . Pio. .;.;

Diziam que elle já estava "tisgo" (2) e queera mação.

Nunca entrava numa egreja, deitava-se denoite e se alevantava de manhãsinha sem se ben-£er, nem rezar uma Àve-Maria de penitencia.

Contavam que elle, pra mór de ser sempremuito rico, tinha partes com o diabo, tendo ven-dido sua alma ao "fute" e assignado o papel como próprio sangue tirado do braço.

O caso é que uma noite, o preto velho Cosmc,irmão do Damião que andavam ás vezes fazendomandingas e catimbós, (3) encontraram SinhôQuinca á meia-noite numa encruzilhada da mattaem dia de sexta-feira e de lua criz (4).

Eu só sei é que numa Sexta-feira Santa, diada morte de Nosso Senhor Zus Christo, elle quizá força que o Benedicto, um molecote que trata-va das yaccas leiteiras, tirasse leite da malha-'dinha!

O moleque não quiz tirar e Sinhô Quincametteu-lhe o bengalão em cima, dando-lhe muitada pancada e depois tirou com as próprias mãos oleite que bebeu.

Com a força que fez pra dar no moleque ap-pareceu-lhe o puxado, e elle dahi a pouco lançoutodo o leite que tinha bebido, mas já virado emsangue!...

Foi castigo! exclamaram alguns dos ouvintes.

E então, não foi?Ouando elle morreu não fechou os olhos

nem a bocca, assim como quem ainda estava vi-yo e queria pedir uma coisa..-_

Estava ainda mais magro do que era. Sótinha a pelle cobrindo os ossos, mas dizem aspessoas que pegaram o esquife que estava maispezado do que chumbo.

Andou depois apparecendo a visão delle dcnoite por esses caminhos, assombrando a gente,até que os padres das Santas Missões vieram umdia por aqui, benzeram a cova delle, rezaram mis-sa e a alma descançou.

E você viu a alma, seu Zumba?Eu não. Felizmente ella nunca me ap-

pareceu.O peor foi o que seu Manézinho, covéiro

contou.E que foi que elle contou?Elle disse que uns cinco annos depois que

Sinhô Quinca morreu, uns parentes delle quize-ram mandar tirar os ossos pra mór de guardarna catatumba (5) da família.

Pois quando seu Manézinho cavou outra veza sepultura pra desenterrar o esqueleto não en-controu nada.

Nada encontrou, nada ?!'..'_¦— Nadinha. No fundo do buraco só tinha

pedra; muita pedra mesmo.E os ossos ?...Quem sabe lá? Não se dizia que elle ti-

nha partes com o demônio, que falava com elle ámeia-noite ?

Pois o "sujo" carregou com tudo.Credo! exclamou um dos mais medrosos.

E ainda ha quem queira negócios com o tinhoso?Si ha? Muita gente, só pela ambição de

ser rica e poderosa, vende sua alma em vida emtroca de dinheiro e posição.

Eu, por mim, antes quero ser pobre toda avida, do que rico e mandão, assim.

E com essa, vão dormir, que já deu nove ho-ras. Noutra noite me lembrem uma historia queeu sei de uma velha, pra contar a vocês.

E a meninada dispersou ainda sob a impres-são da historia do seu Zumba e já saboreando oprazer de ouvir outra da velha que elles não sa-biam ainda qual seria.

(i) Asthma.(2) Tuberculoso, tísico.(3) Brux«1os, bruxarias.(4) Lua cm eclipse.(5) Túmulo,

l^rancoso.j

Page 30: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

28 — Março — 1928 — 31 — O TI Çy-TICO

O T H EEra numa habitação solarenga, em lugar pittoresco

que se reuniam todos os annos os parentes mais proxi-mos d'aquella familia e ás veies amigos, vindos da ca-pitai.

Então, o velho solar se revestia de uma alegria fes-tiva.

Os campos verdejantes, matizavam-se de lindas flori-nhas, o céo serenamente azul, o rio tranquillo, o sói ar-dente, o ar puro e fresco, emfim era a Vida a palpitarem todas as suas manifestações.

Os habitantes da circumvisinhança teceram lendasfantásticas da vida dos primeiros moradores e contavam ábocca pequena que ali existia um grande thesouro en-terrado.

Não sei, si era o mágico encanto das noites enlua-radas e récamadas de estrellas fulgentes ou o silenciomysterioso dos seus bosques que faziam aquella gentesimples architectar cousas«do outro mundo que parecia rarealidades.

A alma se inclina sempre ao mysterio — vê e ouve,o que não passa, ás vezes, de mera fantasia...

O dono do solar era um homem alto, magro, de olharsereno e investigador, os seus movimentos eram discre-tos e o falar pausado.

Era profundamente sábio e bondoso, como o podemser as pessoas que têem vivido em contacto com a Na-tureza; porém, era tímido e innocente como uma creança.

Quando vinham visitas á sua casa as recebia com omelhor dos sorrisos e dava-lhes uma hospitalidade prin-cipesca.

Amava melhor os simples que as pessoas de eleva-da importância.

Elle sentia que estas, com as palavras macias e at-titudes estudadas não eram sinceras; riam ás escondidasdos costumes e da vida dos sertanejos.

D. Diogo, era o nome deste homem e tinha o habitode ensilhar o seu cavallo e muito cedo correr para oscampos a visitar as suas grandes plantações, pois, era agri-cultor.

Constantemente, máos visinhos, arrebatavam comquestiunculas e rixas, pedaços de terras de D. Diogo queem vão protestava e assim pouco a pouco, o seu vastopatrimônio foi dizimado.

\ Mas, as lendas se succediam, de bocca em bocca, e,não havia quem não commentasse nos serões em familia,a historia de que no grande solar de D. Diogo, existiaUm grande thesouro enterrado e que á noite, ouviam ge-midos, abrir e fechar de portas, soluços de angustia, an-dar pausado de seres inviziveis que vinham perturbar atranquillidade das pessoas que ali viviam.

S OUROD. Diogo, interrogado, não asseverava e nem nega-

va os factos, sorria discretamente.Uma occasião, era seu hospede um casal joven eamigo do seu filho, doutorando em medicina, que viera-

passar naquelle sitio o verão.Qual não foi a surpreza para D. Diogo e as pes-soas da sua familia, quando começaram a observar queos phenomenos eram mais freqüentes.A noite, depois de certa hora, era uma barulhada

infernal, batidos e ruídos repetidos, ás vezes em sur-dina.

D- Diogo, alarmado, não podia explicar o motivoOs hospedes eram talvez, os causadores do tal pheno-meno.

De facto, os ruidos eram mais pronunciados.no lu-gar em que ambos se encontravam.

O casal estava á tremer quando ouviu uma voz quelhe disse:Em baixo dessa cama para o lado norte, jaz enter-

rado um thesouro fabuloso que vos pertence e viestcisaqui, chamado unicamente, para entrardes na posse des-ta fortuna.

Fazei pois o que vos vou ordenar.". O mando e a mulher apavorados deitaram á correr,

sem querer ouvir cousa alguma e contaram á D. Dio-go, o succedido.

No dia seguinte, embora os insistentes pedidos parapermanecerem no sitio, embarcavam assombrados de re-torno á capital. Tudo ficou numa quietude serena por a!-gum tempo mas, depois retornaram os factos, porém, sema intensidade da época em que lá estavam hospedados.

Uma noite D. Diogo, interrogou a tal entidade mys-teriosa e ella lhe disse: Este thesouro só poderá ser toca-do pov fulano e fulana e mencionou os nomes. Era o ca-sal, ex-hospede da Fazenda.

Mas, D. Diogo insiste por saber porque essa pre-f erencia. 'E o ente mysterioso explica:

- E' uma divida que quero saldar! Essa fortunalhes pertence.« Foi arrebatada em época remota desses dois -entes eeu quero lhes restituir, para poder descançar em paz'U Diogo comprehendeu todo o mysterio e desdeesse dia nao abriu mais lucras com os seus visinhos queforam pouco a pouco, se assenhoreando de todas as suasterras e dizia intimamente talvez, essas terras como omaravilhoso thesouro escondido não me pertencem.E assim, D. Diogo ficou resignadamente pobre.

Rachel Prado.

Page 31: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

O TICO-TICO -- 32 — 28 —. Março — 1928

m§m£ri).> jé_^i _-*-*-_y ^_y t __^-<»__bbp/^\. _í_l____5__iP"?'*ôk

> nT •** ^________i_c_H _____S_Bv_F^E»B__l___L«¦tiRESULTADO DO CONCURSO N. 3209

Solucionistas: — Danilo de Oliveira,José Alves Conceição, Antônio Pitanga G.da Silva, Octavio de Mello Carvalho, Ben-jamin Tiomno, Francisco Esnesto çle Bu-Ihõcs Carvalho, Moacyr Vechl Alvarenga,Luiz de Novaes, Luiz Rodrigues dos San-tos Netto, Maria José Lessa, Teimo JesusPereira, Bernardo de Almeida, Maria deLourdes, Freitas, Lucy Ribeiro Sobral, Ar-tliur H. A. Schmidt, Elmarina Maria Do-miflgues Lydia Ferreira de Brito, NinaLopes, Bujú de Mello, Hélio Carvalh..Lima, . Sylvio da Fonseca, João JacobTesch Furtado, Murillo Menezes, Mari 1do Carmo Martins Gomcz, João Piotto,

.Lourdes Carneiro dos Santos, Ernesto Ma-chado, Santinha Franco, Antônio Ananias,

TWa míf>as línòas(|5raaft^®afof

Iltlio Vai de Souza, Thadeu GonçalvesRocha, Octaviano Galvão, Bernardino M.Rocha, Rubem Musco, Otton Eugênio Me-nezes, Niette Lemos Duarte, Flza Macba-do, Ruy da Costa Mesquita, Wilson Duar-te Dutra, Zaira Scottolin, Thiers Barbo-sa, Valdevino Pinto, Carolina Firme, Isa-mar Bastos da Silva, Antônio ízidoro daSilva, Izaura Alves Rosa, Hélio B. Se-rejo, Jorge de Barros Barreto, Maria Go-mes Machado, Antônio de Barcellos, Ana-

dyr Moraes Niemeyer, Clotilde E. Ro-meiro, Nilo da Silva Pessoa, Arino de SáLinhares, Walter Hiniich, Miguel AngeliCosta Ozorio, Antônio Coelho, Edina doEspirito Santo, Guilherme Schotz, SylvioPortella,, Nicolma Rossi, Mario StellaTavares, Igilda Aguiar Lobão, Lúcia Sa."ponara, Htlvia Sica, Oswaldo DyonisioRaimo, Newton de Oliveira, Meras Bini,Paulo de Brito, Annita Gutermann, Wal-dyr Fraga Coelho, Cláudio Godinho Nay-lor, José da Silva Caldas, Ruth P. Bas-tos, Auxihio de Souza Valente, AureliaWilches, Alberto Zambelli, Hamilton U.Xavier, José da Silva Mangualdi, Nair deFreitas, Abdalla Abilio, Cecy Pereira, Ma-rina Graner, Carmen Sotelo, Paulo Gra-ner, Sérgio Graner, Antônio Guedes Mar-quês, Antônio Marialva, Henrique M.Penido Burnier, Rogério de Queiroz, Gil-dette Brandão. Ruben Dias Leal, Henri-que Manoel de Lima, I^eonisio Mattos,

TALCOBOROASSU

Paraassadurasdascre ancasIvonne Martins Ribeiro, Elza Pereira, Vi-cloría Ncumayer, José de AlbuquerqueGuilharducci, Ivolino Vasconcellos, Mu-rillo P. Carvalho, Renato Gonçalves Goo-<!a, Maria Amalia Gonçalves, Wilson San-tos Cabral, Ayrton Sá dos Santos, Fran-cisco Botelho Lopes, Lodovico Júlio Friz-zoni, Albino.Moura de Sá, Tomyrio La-cerda de Almeida, Álvaro Vieira Coelho,Maria das Victorias de Souza, Aristóteles

Concurso de São JoãoCoupon

dc Carvalho Santa Rita, Antônio MariaPenido Burnier, Gustavo Vallim, SylvioPessoa da Silva, Cândido Matheus, Wil-son Pegas da Silva, Hélio Vinícius Pires,Arnobio Borges Cunha, Florise Guarisc,Walter Alberto Wirgratz, Christovão PeraFelicio, Luiz Fionda, Antônio TarantoNetto, Edgard Baret Vianna, Geraldo Pc-reira Marques, Marilda Borges, OdetteOliveira Abrantes, Rita de Oliveira, Gui-lherme de Souza Ávila, Miguel Pernam-buco, Ztilcika de Oliveira, Haroldo Gui-,marães, Francisco Valle Filho, Tullio Hos-tilio Motta Garcia.

Foi o seguinte o resultado final do con-curso:

I" Prcmio-.

TULLIO HOSTILIO MOTTA GARCIA

de 8 annos de idade e residente á Traves-sa Harmonia n. 235, em Porto Alegre, Es-tado do Rio Grande do Sul.

2° Prêmio:

ANTÔNIO PITANGA G. DA SILVA

de 9 annos de idade e morador á Ladeirado Arco n. 6, em São Salvador, Estado daBahia.

OS PRIMEIROSBONS MOMENTOS DA VIDA

..

*'HATAflTOTEMPOQUEElLEESTÀ- J*JVA ESP.RAJ1D0O BOM MINGÁUoffarinha|a..eaNes.lé!«UJMENTO C-MWETO M FASÜICACAo ESMERA-aT"

FARINHA LÁCTEA NESTLÉNÀO «EM «IVAl PARA A ALIMENTAÇÃO INFANTIl. IA CÍNTÍND»«JJU-í,".** ' "ÍLT ">"»»*« UNICAMENTE COM ACUABN0OP0RI55O MAIS ECONÔMICA00 OUEQMUSÍll»OUTMF»

mAes* Ot-ujAM-se Ãt ÍJNMACOMPANHIA NESTL.E'fc-JXA BOSTAL r««>«o_.MMMI_TO U«t> e-VIAHA a_>U,ul>»A I uiui«Al SHATU1TA»

'

CASA WALDEMARBRINQUEDOS

Velocípedes 36$000 Automóveis 42$000 .41, RUA DA QUITANDA, 41 É

QUASI ESQUINA DE 7 SETEMBRO JF-Roupas de banho if

SC NA CASA WALDEMAR52 - RL'A 7 DE SETEMBRO - %2

&kM\mM\m\MXM>\

-..;

la_I

Page 32: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

?8 — Março 1928 _-. 33 — O TICO-TICO

Diz o doutor Richards:Em cada uma das minhas tamosas pastilhas ha dezingredientes differentes. Cada um cTelles é recom-mendado para a dyspepsia e indigestão. Pela com-{.inação de todas ellas nas

PASTILHAS do Dr. RICHARDSeu tenho feito as melhores pastilhas para doençasdo estômago que podem ser inventadas. Tomeestas minhas pastilhas se V- S. tem desordens esto-inacais. Ellas o alliviarão immediatamente, e curam-oradicalmente.

URANDE CONCURSO DE S. JOÃOQUALQUER LEITOR PODERÁ CONCORRER À

ESTE GRANDE CERTAMEN

Perguntam-nos alguns leitores se só os assignantey(es d'0 Tico-Tico podem concorrer ao Grande Con-curso de São João. Apezar de já estar bem escle-recido este ponto, declaramos ainda uma vez que,qualquer leitor, assignante ou não, poderá concorrera este grande certamen, com uma ou mais soluçõesdesde que, está visto, obedeça as condições estabeleci-das n'0 Tico-Tico de 7 de Março.

ta. HLSiz _?% 1 %_: ;

I? _ wl

Chiquinho: >~ Toma Puiais, en-gorda, robustece e depura.

B e _ j o m i m „; — E' gos-go-go*.to-so.

RESULTADO DO CONCURSO N. 3212

Resposta; certas:

1° — Unho — Linha.2> - Cobre,3* - Sara.4* — Sino — Sina.

.5" - Porta - Porto.

Solucionistas: — Sylvio Portella, Fer-nancio Octavio Gonçalves, Conceição Frei-re Capiberibe, José da Silva Mangualde,Ananias dos Santos Souza, Clotilde Es-tellita Romeiro, Arnaldo Graner. AnnaCosta, Baby Hord, Elza Figueiredo Fer-reira Cardoso, Iracema Guimarães, PedroLuiz Coüaeo, Sérgio Graner, Marina Gra-rer, Paulo Graner, Albino Moura de Sá,Dmah Mallet de Lima, Orlando Gonçal-ves Chagas, judith Guedes Marques,Ophelia Ferrari, Newton de Oliveira,Washington Fontoura, Otton Eugênio Me-nezes," Funice Yellozn Barroso, MiguelPernambuco, Cecy Pereira, Ruy da CostaMesquita, Braulinha de Souza, Bujú deMello, Carolina Firme, Luey Ribeiro So-bral, Fernando Ridel, Maria Amalia Gon-calvas, Guilherme Magalhães, ízaura daÇo;ta Fumfas. Nilo Guimarães de Souza.-

Hélio Carvalho Lima, Jorge de BarrosBarreto, Thais Neher, César' Augusto Fer-nandes, Carlos Peixoto Filho, Nevia Cam-pion, Alice de Barros'Mello, Geraldo Ma-jella de Martins' Castilho, Margarida Jo-sephina Horta, Maria Tinoco Coelho, Ene-dina de Oliveira, Geraldo Pereira Mar-quês, Laura Rocha, Antônio AIian[aS) r_.bem Dias Leal, Edmar Pillar Cordeiro,Danilo Bastos, Auxibio de Souza Valente,João Jacob Tesch Furtado, Aurélio Car-neiro Azevedo, Alfredo Alves de Farias,Ayrton Sá dos Santos, Odette M. Modes-to Leal, Maria Izabel de Assumpção,Florinda Corrêa Vellozo, Arnobio BorgesCunha.

GRiPPE-BROfleíllTÉSCOQUELUCflMOSSC

^GOTTAS-XAROPfLABORATÓRIO

MUTROTMERAPICODJ..R.L.&C.R10

Foi premiada a concorrente:

MARIA IZAREL, DE. ASSUMPÇAO[

de 10 annos de idade e residente á rua Vi-ctor Meirelles, n. ó8, Riachuelo, nesta Ca-pitai.

CONCURSO N. 3.222

Para os leitores desta capital e dcsEstados próximos

Perguntas:

t* — Qual o animal cujo nome é for-mado pelo advérbio de tempo, pelo adver.bio de logar e pela nota musical ?

(3 syllabas). Romulo Parboni

2." — Qual o mstrumento cortante que íformado pela nota musical e pelo animal;

(2 syllabas^I,. Scattolin

PI-TJUUAS_r____-«"^M______^fe'3lÍ___í|l"^íL^__f -'-»"T--B^__^^P9

(PÍLULAS DE PAPAINA E PODOPHYLINA);

Empregadas com suecesso nas moléstia»do estômago, figado ou intestinos. Estaspílulas além de tônicas, são indicadas nasdyspepsias, dores de cabeça, moléstias dofigado e prisão de ventre. São um pode-roso digestivo e regularisador das fun-cções gastro-intestinaes.

; A' venda em todas as pharmacias. De-positarios: J. FONSECA & UUIAO. —Rua Acre, 28. — Vidro 2$ooo, pelo correio3$ooo. — Rio de Janeiro.

3a — Qual a parte do navio que com ainicial trocada está no corpo?

(1 syllaba)Do mesmo

4a — Qual é a parte do corpo que coma inicial trocada é capital de um paiz Eu-ropeu ?

(2 syllabas) Rubem Silva

WamãeDIZ SEMPQE

que eu sou Foivre

^____/%e_ ROBUSTO

' /•^ÉH-tPOR.QUE TOMO

JCAMOMILMMÁ" JU y

I ,\

^^il^, _T\_^L ^^*—_. '40Y

O ÚNICO REMEDIOçueCVITA2 .CURA ** ACe/fiy/rTfSu

DENTIÇAX)A' venda em todas as pharmacias

-I

Page 33: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

O TICO-TICO — 34 — 28 — Março — 1928

5" — Qual o nome de mulher que co-mcça no rio e acaba na cascata?

(2 syllabas)André Vasques

As soluções, devidamente assignadas, de-vem ser enviadas a esta redacçao, acompa-iiliadas do vale 3.222, até o dia 22 deAbril vindouro. Para este concurso, dare-mos como prêmio, por sorte, entre as so-luções certas, um primoroso livro de bis-torias infantis,.

CONCURSO N. 3.223

Para os i.eitoriís oesta capital t dos Estados

paaa mCONCCJK.Í©

3.222

OS TRES!...

ACHA-SE A VENDA EM TODO OBRASIL E EM TODOS OS

JORNALEIROStra fasciculos illustrados semanaes, a 500réis no Rio e 600 réis nos Estados, a his-toria assombrosa de amor c mystèrio,rjue é o

Poder MysteriosoHistoria assombrosa que terá por sce-

nario a empolgante civilisação dos EstadosUnidos no anno de 1955!

Desta novella incomparavel, escripta porHans Dominik, o mais popular romancis-ta allemão, foram vendidos só na Al!e-manha, cerca de

CEM MIL EXEMPLARES!Poder Mysterioso

é a historia de uma força sobrenaturalenfeixada nas mãos de Tres Homens deraças diíferentes.

A obra ficará completa com 5 íascicu-los, que V. S. deve pedir desde já, >«.-mettendo a importância de 3$ooo em valepostal, carta registrada ou em síllos docorreio, á S. A. "O Malho", Rua do Ou-vidor, 164.

3 ^

Um concurso fácil. Formem com as li- tre as soluções certas, dois lindos livros denhas acima a fiartira de um lobo. historias infantis.

As soluções devem ser enviadas a estaredacçao, separadas das de outros quaes-quer concursos, acompanhadas das decla-rações de idade c residência, assignaturado próprio punho do concorrente e aindado vale que vae publicado a seguir e temo n, 3.223.

Para este concurso, que será encerradono dia 8 de Maio vindouro, daremos comoprêmios, de Io e 2° logares, por sorte, en- -*rov 3.223 ir

ParaCrianças"

Vermes -—*-* LACTOVERMILDiarrhéas - i'« CAZEON

ÀLIMENTO-MEDICAME NTtjSypHius ¦--¦-.' LACTARGYL

FERIDAS DESDE O NASCIMENTOCoqueluche -«=?* HUSTENILi

ITOSEES >OTTASVômitos ——* pEPSIL

DYEFEPSIAS TRI-DIGESTIVO

Fraqueza—»TONICO INFANTIL?ANEMIAS 6AB0R DE ASSUCAR

ÍUcHiTisMOr-»LEBERTRAN "A*

(no crescimento)Farinhas—-? CREME INFANTIL]

1 (14 variedades)

¦Latoatorio MrolerapicoPR. RAUL LEITE & CIA.

Rua Gonçalves Dias, 71 — Rio-

(Vimiverso num volume!Um pouco de .tudo, um pouco detoda parte, alguma cousa que a

todos interessa, no

ALMANACH DO"O MALHO"

Preços: no Rio, 4$000; nos Estados,4Ç500; pelo Correio, 4$500.

A' venda em todos os

Pedidos áSociedade Anonyma O MALHO

Rua do Ouvidor, 164 *— Rio

Para as horas de recreio a distracçãomais agradável é, sem duvida.

Leitura para Iodoso melhor magazine mensal editado eralingua portugueza.

Page 34: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

28 — Março — 1928 — 35 O TICO-TICO¦

^/¦* - *- ¦>. Que /Á/nAoBANHO? jvo- -^'W,

^__ ema ^crucie, &a/rJU ?X^\\ Idorly )

7^_____^5-^^_3 o ^_____^^^______^l^!^^\ <fer^ioj \ ; I ) /k%^'~7</^ fV^HC]|-"%i-zf^S/^---*^9/ ínt-v/ ÍT~£_/^*EAA--&%sximr *sa^ 1^^. fptr ^^-_-^^--^ iilv F<h*J| Ir\l 4^

_>i ~a)J •ccrrrL •JvKLY ta/nu>*€/m, I V T \ Tf****!

"" _. JBEIJA-FLOR-rio

-.t..;,.;..}..*..T^.;..;..>.;..i..;..H--l-^~K*«W-*l*-H-H**? -H-H-H- -M-. H-K -H-H-K-M^t-K-Í-K-S*' *..*—.-'--•.-í—*-r»*»"!*»"" ••^••%»*. ¦»*,,»J**r**'i*

CASA GUIOMARC A I. Ç A D O «• D. A B O •¦

A MAIS BARATEIRA DO BRASILAVENIDA PASSOS 120 — RIO «•*¦? TELEPHONE NORTE 4-424

O , BXfOBNlB MÁXIMO DOS PÚBICOS MÍNIMOSConhecld.sslma em todo o Brasil por vender barato, expõe modelos de sua creaçSo por preços excepcionalmente ba«

>-Rto, o aue mais attesta a sua gratidão pela preferencia aue lhe 6 dispensada petas suas Exmas. freguesas.,,

tz±IiÂX

s4«&vv< £é?AY) /

IV.

\**stA5A^ ^vXsA^ 1__?>í><__

jlcCftnft Elegantes e lindos sa-«tOs&UUU patos em fino couronaco cOr de Havana, transado, typofrancez, artigo de deslumbrante ef«feito caprichosamente confecciona-dos. Blgor da moda, salto cubano«lto

Custam em outras casas 75$.

Ainda o mesmo modelotambém em fino couro46$00Ò

naco Boi de Rose, avermelhado tiparte de baixo e em beije a partede cima, também transado, typofrancez, salto cubano medlo. Rigorda meda; este artigo 6 venítdo naanutras casas a 76$.

Pelo Correio malaliem. ttem-se

*3__<2!_.í.f_ Finos e Hiâos sapato»OOspUUU «m fina pelllca envernl»zada preta debruada de fina pelllcacôr de cinza, caprichosamente con-fecclonados, artigo multo vistoso, comIludo laço de fita, salto cubano mê-dio. Rigor da Moda — Custam nasoutras casas 60Í00O- '

.-rA C(_]-_¦.rir. ^ln3a • mesmo modelo"*J-Oljj)UUlJ em fina pellica envernl-«ada côr de cinza com lindo debrumde pelllca j>reta e vistoso laço de fitarigorosamente confeccionado. — RI.Kor da Moda, salto oubano alto, cus«tam nas outras casas 65$000„

2J600 por par.-catalogo» Ulu-trado» pa*» o Interior, a

Pedidos á JUU I O DE_i..T..i,,;..;..i_^.H-H~H-f-H-:**:*-:**i*-:-

3.S\ ^r^sf **_?

1XULTIMA NOVIDADE ±EM ALPERCATAS T

Superiores e finas alpercatas em Xíina pelllca envernizada, cOr cereja, »_••com pulseira toda debruada • toda "»*forrada, caprichosamente confecclo-' Xnadas e exclusivas da Cnsa Guiomar., ;3!Pe ns. 17 a 26.•>.-..,.......r 11J00O '.T\* «í 27 - 82 „ 13$000, ;3_,m f JS • 40 « 161000 '*

O mesmo modelo em fina pelllca; Xenvernizada preta, também debruada •_•è lo-rrada, com pulseira, artigo supe- 4*rior: TX>e ns. 17 a 26.,......__...„ 9)00» .*.

. * f 27 " 82 „ 111000 •_•¦*. » -8 • 40 .._.-_,_. 13J00O +Porte por par 1J500., X

quem o* solicitar. .;.

SOUZA %i..'.,;„;,.;-X*4"H*,l"!"I"'-^*>'

Page 35: o tiü;o^ Iv^> omemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1928_01173.pdf · O TICO-TICO 28 — Março — 192. *xj I_'«•-&- uB J?_dl;fe_Ti PARA A SYPHIL1S E SUAS TERRÍVEIS CON-SEQÜÊNCIAS

AS AVENTURAS DO CHIQUINHO - OS PKTINHOS

Chiauinho foi ao sal- --dois patos e levou- __- -<k:jf^£lL~- ;^^U^fc^^^^L de barCa Amarrou V*e embarcou. Benja-Chiquinho toi ao gai v —^^L"^^^^^^"-^^^^ os patos no caixão ... mim chegou com ...Iinheiro, apanhou ... ospara o no onae id... __ — /-^Tasf? ""-T-^^^^â"TT *---3=-^- \l _J

>—=>*«^- ¦— nN> -v *¦ _xV~~^-i -—y^^|*-f=£l-. «——*>- _ ,-Ê>t >—

- M^^g^^ "*- ~^~~ ""*" *~^í*r- _i^-£>***S-----'¦SnY**--. '

. .'.pequeno atrazo, porque ficara em casa a prenderJagunço. O cão, vendo-se só, arrebentou a amarra esahiu procurando os garotos que já iam longe no ba-tel improvisado e arrastado pelos dois patinhos.

Víff

£jS*sZ*SXMIMSm

Jagunço chegou á margem do rio e atirou-se n'agua.Nadou para o barco. Os garotos auguraram mao resul-tado e não se enganaram. O caixão já estava muito cheioe com aouelle contrapeso naufragou, pondo a tripujacão,..

>--*=-— \ *""*-**•*«¦.- w".-:»

—iC>- ¦¦¦¦.¦¦,¦, »-"-'",, -JSSsê**»«i^»»"|«I^Mtfií^ .¦«¦-.«¦wwiJMttrtwittWiiv.wHiil-wwn ;

""""""'irnfi 1

...cm sérios embaraços. Os patos, espantadoscom o Jagunço., voaram para terra e os garotos na-daram. Chegaram em casa molhados eva Mamãeseccou-os a varadas.