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O uso da web na corrida eleitoral Convivaware p. 8 Nº 52 - julho/agosto/setembro de 2010 - ANO XI Associação de Deficientes Visuais e Amigos Dez anos desenvolvendo talentos Editorial p. 2 Homenagem da ADEVA à Dorina Nowill Especial p. 9 Alunos de informática na Adeva Arquivo ADEVA fundacaodorina.org.br www.tse.gov.br

O uso da web na corrida eleitoral - Adeva _conviva.pdf · 2012. 2. 8. · O Grupo Mondial Assistance, presente em diversos países dos cinco continentes, é líder mundial em assistência

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O uso da web na corrida eleitoral Convivaware p. 8

Nº 52 - julho/agosto/setembro de 2010 - ANO XI Associação de Defi cientes Visuais e Amigos

Dez anos desenvolvendo

talentosEditorial p. 2

Homenagem da ADEVA à

Dorina NowillEspecial p. 9

Alunos de informática na Adeva

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Hoje, dez anos depois, temos a comemorar os

frutos colhidos.Mais de 3.000 pessoas com deficiência visual foram capacitadas e 60% delas, atuando

no mercado de trabalho, são cidadãos

que conseguiram independência

econômica e, mais do que isso, dignidade

Dez anos desenvolvendo talentosFoi numa noite de junho de 1999, na casa da amiga Maria Helena Scavone,

que nasceu a ideia de oferecermos cursos livres e contínuos de informática e telemarketing. Os dias que se seguiram, passamos discutindo como seriam. Definidos os objetivos, todas as propostas foram para o papel e enviadas à Fundação Vitae. À época, essa ONG atuava no Brasil apoiando projetos sociais, culturais e educacionais, priorizando a integração de portadores de deficiências e a assistência a crianças e adolescentes de baixa renda.

Semente plantada, nasceu a árvore. Em maio de 2000, o projeto foi aprovado. Depois de todas as medidas

burocráticas atendidas, a ADEVA recebeu uma verba que permitiu a compra de dez computadores, de uma impressora para impressão em braille e a capacitação de instrutores. Alugamos um imóvel na praça da Bandeira e o primeiro centro de treinamento foi ali instalado.

Ao mesmo tempo, o então governador de São Paulo, Mário Covas, de saudosa memória para nós, assinava um Decreto permitindo o uso de salas de aula ociosas da EE Profª Marina Cintra, na Consolação. A adaptação desse espaço para receber os alunos com deficiência visual levaria um bom tempo. Então, iniciamos os cursos no conjunto 61 da praça da Bandeira nº 61, no centro da cidade. E, no dia 30 de outubro de 2000, entrava em funcionamento o projeto Desenvolvendo Talentos.

Hoje, dez anos depois, temos a comemorar os frutos colhidos. Mais de 3.000 pessoas com deficiência visual foram capacitadas e 60% delas, atuando no mercado de trabalho, são cidadãos que conseguiram indepen-dência econômica e, mais do que isso, dignidade.

Atualmente, o centro de treinamento da ADEVA ocupa uma área da EE Lasar Segall, na Vila Mariana. O projeto Desenvolvendo Talentos se mantém por meio de convênios e contratos com empresas públicas e privadas, atentas à Lei de Cotas (Lei nº 8.213/91), que dispõe sobre a obrigatoriedade de as empresas, com cem ou mais funcionários, preencherem uma parcela dos cargos com portadores de deficiência.

A cada ano, renovamos com os alunos, os associados, os colaboradores, amigos e parceiros o compromisso de dar conhecimento, orientação e confiança para que essas pessoas possam deixar, produzindo, sua assinatura no mundo.

Lei de Cotas: bem ou mal?Aproveitando o momento democrático e porque o assunto é polêmico, o CONVIVA

convida seus leitores a um debate sobre a Lei de Cotas. A partir dela, as empresas públicas e privadas com mais de 100 funcionários estão obrigadas a preencher uma parcela dos cargos com pessoas com deficiência. Promulgada em 1991 e quase atingindo a maioridade, é tempo de pensar na sua conveniência.

Para as empresas é apenas uma obrigação legal ou um item importante da política de responsabilidade social?

Para a pessoa com deficiência é a oportunidade de mostrar sua capacidade profis-sional ou um meio garantido de conseguir emprego?

Opine, proponha, faça a diferença. Escreva para [email protected]

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Por Markiano Charan Filho Diretor-Presidente

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Jogo rápido com Miryan Regina

Uma amiga de longa dataNa ADEVA, um talento. Em família, mãe e esposa por completo

“Obrigada, ADEVA!” Foi com essa frase que Miryan Regina Berti Marcussi encerrou a entrevista dada ao Conviva sobre sua relação com a entidade.

Miryan está na ADEVA há quase dez anos. Conheceu seu presidente, o Markiano, e a vice-presidente, Sandra Maciel, quando todos trabalhavam na Companhia Energética de São Paulo (Cesp). “Tivemos contato por razões profissionais e eles me convidaram para as reuniões que aconteciam na casa da Sandra. Aos poucos fui ficando, até que me propuseram compor a Diretoria. Aceitei porque considero o trabalho da ADEVA sério, competente e compromissado. A ética é seu cunho mais forte e a tenacidade frente às dificuldades financeiras é um exemplo. Aprendi muito sobre a natureza humana nessa convivência.”

Como diretora-secretária, ela está sempre presente às reuniões, sugerindo e anotando as decisões tomadas para o registro em ata. Nos eventos da entidade, também marca ponto, seja antes, na organização e na divulgação,

ou durante, prestigiando com sua presença.

Miryan é psicóloga, formada pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Casada com o Gualter, tem uma filha, “meu orgulho”, a médica Bianca Berti Marcussi, que atualmente faz especia-lização em UTI pediátrica no Instituto da Criança da USP.

Filha de Nelson Berti e Yvonne Russi Berti, tem mais três irmãos. “Nasci numa família amorosa, brinquei na rua, tinha

muitos amigos e uma grande turma de primos”, recorda. “Minha infância foi privilegiada e por isso sou muito grata.”

Uma de suas marcas registradas é a sinceridade. Com voz firme e hábil nas palavras, ela diz o que pensa, se gosta ou não, encarando qualquer situação ou pessoa, mas sempre com o seu jeito psicóloga de ser, a fim de não magoar ninguém. No dia a dia, dificilmente se irrita, mas alerta: “Não queiram me ver brava!”

Por Lúcia Nascimento, jornalista

Signo: Leão.Cor: Salmão.Hobby: Palavras cruzadas, ler, fazer tapete, cozinhar.Um filme: Ran, do diretor japonês Akira Kurosawa, baseado em adaptação de Rei Lear, de Shakespeare.Um livro: Don Quixote, do escritor espanhol Miguel de Cervantes.Estilo de música: “Quase todos. Só não gosto de pagode.”Uma música: O Messias, de Handel (1685-1759).Cantora: Elis Regina.Banda preferida: Beatles.Sobre os deficientes: Exemplo de superação.Religião: Católica.Deus: Supremo criador.Amigos: “Ando meio em falta com eles.”Amor: “Quanto mais, melhor.”Esporte: “Não tenho preferência, mas faço caminhada e yoga.”Time de futebol: Palmeiras.Família: “É a prioridade da minha vida.”Sonho: Assistir a uma apresentação ao vivo, na Europa, de O Messias, de Handel.Para viver melhor: “Faça yoga!”Frase: “Obrigada, ADEVA!”

Aceitei porque considero o

trabalho da ADEVA sério, competente e compromissado.

A ética é seu cunho mais forte e a

tenacidade frente às dificuldades

financeiras é um exemplo

Miryan trabalha como voluntária na ADEVA

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http://www.garilli.com.brtel.: 11 2696-3288

MANUEL11 9683-9040

GRAVAÇÃO Grava-se em áudio, no

formato MP3, livros, apostilas, manuais, jornais, revistas, ou qualquer outro material

impresso em tinta. Para mais informações ou orçamento sem compromisso, ligue

11 9205-1185, com Jumara.

Para quem quer ser atendido com cortesia e hora marcada, fazer o melhor trajeto, viagens, levar o filho à escola ou ir às compras fale com o Manuel. Desconto especial para os associados da ADEVA em dia com o pagamento da anuidade.

O Grupo Mondial Assistance, presente em diversos países dos cinco continentes, é líder mundial em assistência 24 horas e assistência viagem.

Atua no Brasil desde 1996 e, há três anos, a ADEVA é sua parceira na captação e capacitação de pessoas com deficiência visual para a inclusão na sua equipe de colaboradores. Cerca de setenta profissionais com necessidades especiais já participaram dos cursos de informática e de atendimento ao cliente oferecidos pela ADEVA em seu centro de treinamento.

Segundo a supervisora de treinamento operacional, Patricia Tozei, a ADEVA foi selecionada para essa tarefa, entre outras entidades, pois está alinhada à estratégia de inclusão e diversidade da Mondial, que vai além do cumprimento da Lei de Cotas. “Nossa tarefa é incluir e desenvolver, de forma correta e séria, pessoas com deficiência, oferecendo

Uma líder mundial que aposta na inclusão Mondial Assistance quer contratar cem deficientes visuais até o final do ano

Vaga de emprego

Para admissão imediata.Cargo: analista de atendimento júnior.Idade: 18 a 50 anos, ambos os sexos. Escolaridade: de preferência, ensino médio completo. Jornada: seis horas diárias, folga por escala. Salário: R$ 520,00.Benefícios: vale-transporte, vale-refeição (que poderá ser trocado por vale-alimenta-ção), convênio médico (plano básico sem desconto em folha), convênio odontológico e seguro de vida. Local dos cursos: r. São Samuel, 174, Vila Mariana (próximo à estação Santa Cruz do metrô). Local de trabalho: r. Tomé de Souza, 15, Centro, São Bernardo do Campo. Observação: Quem recebe amparo assisten-cial (Loas) ou aposentadoria por invalidez só pode concorrer a uma vaga se comprovada-mente abrir mão desses benefícios.

No próximo dia 3 de outubro, das 8h às 17h, os brasileiros maiores de dezoito anos escolherão, pelo voto, o Presidente da República, seus governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Para os eleitores com deficiência, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permite a abertura de seções eleitorais especiais desde que antecipadamente solicitada ao Juiz Eleitoral.

Mas, tendo ou não essa seção, ao votar, todas as pessoas com necessidades especiais podem contar com o auxílio de alguém de sua confiança. E, em todo o país, as urnas eletrônicas têm identificação numérica em braille e dispõem de um sistema sonoro (com fones de ouvido).

Por falar nisso, como algumas não estarão com esse recurso habilitado, a ADEVA enviou representação ao Ministério Público Eleitoral questionando dessa decisão.

Eleições 2010

também oportunidade de crescimento dentro da companhia.”

“No início, o desafio foi grande, pois nossos sistemas não estavam 100% adaptados, nem nossas instalações. Depois de feitas todas as adequações necessárias, bastou o contato com a primeira turma para termos certeza do sucesso desse trabalho.”

Hoje, a Mondial Assistance tem 64 colaboradores com deficiência visual contratados: 41 estão em treinamento e 22 trabalham como analistas de atendimento júnior. “Um desses colaboradores, por meio de processo seletivo interno, foi recentemente promovido a analista de treinamento”, anota Patricia. “E, até o final deste ano, planejamos ter cem deficientes visuais trabalhando conosco.”

Para fazer parte da Mondial Assistance, marque uma entrevista pelos telefones: 5084-6693 e 5084-6695.

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No planetárioNo dia 27 de maio, pela primeira vez desde sua inauguração em

1957, o Planetário do Ibirapuera ofereceu em sua sala de projeções uma exibição para pessoas cegas. A narração foi feita ao vivo pelo chefe da Escola Municipal de Astrofísica, prof. Marcos Rogerio Calil, com a colaboração de sua esposa, a jornalista Fernanda Calipo, organizadora do evento. Cerca de 100 pessoas com deficiência visual puderam “ver” o céu de São Paulo por meio da audiodes-crição. Recentemente reformado, o Planetário ganhou um sistema de projeção de fibra óptica que permite que todas as estrelas sejam reproduzidas em cor e brilho reais, em uma cúpula interna que é uma grande tela de projeção.

SERVIÇOPlanetário Prof. Aristóteles Orsini, av. Pedro Álvares Cabral, s/n, Parque Ibirapuera. Informações sobre eventos e apresentações: www.prefeitura.sp.gov.br/astronomia. Ingressos: R$ 5,00 e meia entrada para aposen-tados, crianças até 12 anos, visitantes acima de 65 anos e defi cientes físicos. Vendas: www.ingressorapido.com.br ou pelo telefone 4003-1212, até três horas antes da sessão pretendida.

AGENDAOutubro

Dias 16 e 17, das 10h às 17h. Bazar de novos e usados. Centro de Treinamento Mário Covas, à r. São Samuel, 174, Vila Mariana.

NovembroDia 10, às 20h. Jantar em

comemoração aos 32 anos da ADEVA, com show da Banda Comitatus.

Convites à venda pelos telefones: 5084-6693 / 6695 e 3824-0560. Bar Brahma, av. São João, 677, esquina com a av. Ipiranga, Centro.

PALESTRASCom o objetivo de promover o desenvol-

vimento pessoal e profissional de empregados e empregadores, e conscientizar a sociedade sobre o potencial da pessoa com deficiência, a ADEVA oferece palestras sobre temas como estresse, etiqueta empresarial, o trabalho e o valor do trabalhador, mitos e realidades sobre o deficiente.

Para agendar dia e horário, entre em contato com Sandra Maciel, pelo tel.: 11 3824-0560 ou pelo e-mail: [email protected]. As palestras podem ser ministradas na empresa e seu valor abatido do imposto de renda de pessoas jurídicas.

Acompanhe a ADEVA!

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No Brasil, o mercado de trabalho ainda é restrito para os profissionais com necessidades especiais, mesmo na vigência da Lei de Cotas que, desde 1991, dispõe sobre a obrigatoriedade das empresas com cem ou mais empregados preencherem uma parcela de seus cargos com pessoas com deficiência.

No entanto, sempre existirão aqueles que decidem enfrentar as dificuldades, derrubar as barreiras, ultrapassar os limites ou, simplesmente, se comportar como se eles não existissem.

Estamos falando do sociólogo Fernando Botelho, deficiente visual, especialista em estratégias de baixo custo para uso em grande escala, que gerencia projetos nas áreas de redução de pobreza, aliando tecnologia e deficiência. Para ele, diante dos desafios, “você precisa se comportar como se fosse capaz de ser o presidente do Brasil ou dos Estados Unidos”.

Nascido em Londrina, Paraná, em 25 de março de 1970, Fernando perdeu a visão aos 16 anos por causa de uma retinose pigmentar congênita. O que poderia ter sido um problema transformou-se na solução da sua vida profissional. Levado pelo pai para um tratamento em Miami, aproveitou para tentar uma vaga em quatro univer-sidades, “duas mais fáceis e duas para as quais achei que não teria chance”. Apostava nas escolas britânicas, que o rejeitaram. As outras, norte-americanas, mais exigentes, o aceitaram, e Fernando ficou nos Estados Unidos.

Formado pela Universidade de Cornell, em Ithaca, no estado de Nova York, é mestre em relações internacionais com especialização em comércio internacional pela Universidade de Georgetown, de Washington DC. Fernando conta que, mesmo com melhores condições de estudo e uma tecnologia mais avançada do que teria aqui no Brasil, precisou brigar por seus direitos, como acesso a um leitor de tela, e teve de negociar com os professores em relação aos procedimentos de avaliação. Mas, ciente de que aqui os desafios seriam ainda maiores, se esforçou para não voltar.

Um sociólogo a serviço da tecnologiaFernando Botelho inova com estratégias de baixo custo para reduzir a pobreza e a exclusão

Não existe ciência nem pessoa que pode afirmar do que você é ou não capaz. Eu me comportava sempre como se fosse competente para fazer tudo, me esforçando, mas nunca com medo. Tive derrotas, porém não desisti

“Estudava muito, inclusive nos finais de semana, fiz diversos estágios, além de trabalhos extras na faculdade.”

Quando ingressou no mercado de trabalho, Fernando começou a colecionar sucessos: liderou o desenvolvimento do eSightCareers.net, a primeira comunidade virtual da Internet focada no desenvolvimento profissional de pessoas com deficiência, em Nova York. Atuou, depois, no Centro de Comércio Internacional UNCTAD/OMC, agência da ONU em Genebra, onde desenvolveu a primeira metodologia para a inclusão de pessoas com deficiência na exportação de serviços.

Fernando Botelho, criador do Projeto F123.org

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Foi também diretor-adjunto do Banco UBS em Zurique, onde gerenciou a parceria latino-americana entre essa empresa e a Ashoka, organização mundial que atua no Brasil desde 1986 e apoia o empreendedorismo social como campo de trabalho.

Fernando Botelho credita seu sucesso à tenacidade, à persistência em atingir seus objetivos e nunca se recusar a fazer um serviço, sempre preocupado em mostrar responsabi-lidade e qualidade profissional, fundamentais para se posicionar adequadamente no mercado de trabalho.

“Não existe ciência nem pessoa que pode afirmar do que você é ou não capaz. Eu me comportava sempre como se fosse competente para o que me era solicitado, me esforçando o tempo todo, mas nunca com medo. Tive derrotas, porém não desisti.”

Atualmente, está à frente da Botelho & Paula Consultoria Empresarial Ltda., fundada em 2007, que presta serviços de consultoria e assessoria técnica em desenho e gestão de projetos nas áreas de redução de pobreza, tecnologia e deficiência, sediada em Curitiba, Paraná. E, por meio dela, desenvolve seu próprio Projeto, o F123.org.

“O F123 permite a instalação em um pen drive de tudo o que normalmente existe no computador – sistema operacional, aplicativos Office, Firefox, leitor de tela, entre outros programas e arquivos. Mesmo que a pessoa com deficiência visual esteja trabalhando num computador inacessível, sem leitor de tela e até sem o disco interno, inserindo o pen drive, ele pode usar a máquina como se fosse seu PC.”

A idealização desse projeto com softwares livres foi motivada por dados alarmantes.

“Nos países em desenvolvimento, nove em cada dez crianças não tem acesso à educação. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) calcula que, nesses mesmos países, 99% das mulheres com deficiência são analfabetas. E de toda a população de cegos do mundo, somente de 1% a 5% tem acesso ao leitor de tela.”

“Nós usamos essas estatísticas porque são muito simbólicas para o desafio que temos pela frente e é evidente para mim que as soluções atuais não estão funcionando. Pensamos que uma pessoa não pode ter um emprego e uma vida decente se não teve educação. Por isso, o nosso trabalho reduz a pobreza, porque estamos focando na educação”, declara Fernando.

O Projeto F123.org, implementado em Curitiba e em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, quer atingir, em breve, outras cidades, como São Paulo, por meio de organizações como a ADEVA.

www.tse.gov.br/internet/eleicoes/eleicoes_2010.htm

Portal do Tribunal Superior Eleitoral onde o eleitor consulta sua situação eleitoral, ter informações sobre todos os candidatos do Brasil e, por meio do simulador de votação, aprender como votar na urna eletrônica.

www.fichalimpa.org.br

Site de iniciativa da Articulação Brasileira contra a Corrupção e a Impunidade e do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, propõe um controle social sobre a Lei Ficha Limpa, aprovada em junho deste ano e que torna mais rígidos os critérios de inelegibilidade. Os eleitores têm acesso ao cadastro dos can-didatos que atendem à Lei e voluntariamente se cadastraram no endereço.

www.votenaweb.com.br

A proposta deste portal é dar a seus visitantes a oportunidade de serem ouvidos e exercitarem a democracia participativa. Projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional, apresentados de forma resumida e simplificada, podem ser acompanhados e votados simbolicamente – a favor ou contra.

Para gravar

A versão gratuita do software que cria o pen drive F123.org está disponível no endereço: http://f123.org/projeto-f123org-2.

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Como responsável pelo site da Prodam [Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo] sobre acessibilidade na web, recebo inúmeras mensagens diariamente no “Fale Conosco”. Dentre elas, chamou minha atenção o anúncio de um software que promete gerenciar a campanha política de candidatos a cargo público.

A propaganda diz: “[...] suprir a necessidade dos processos de marketing eletrônicos e digitais para as eleições de 2010, com 12 ferramentas de alto poder de abrangência e com qualidade inigualável. Faça como o presidente Obama, ganhe sua eleição com ferramentas modernas de marketing eletrônico e digitais de última geração e criados especialmente para o mercado brasileiro”.

Lembrei-me, então, do quanto a Internet foi bem usada por Barack Obama na última eleição à Presidência dos EUA, tema do Convivaware nº 44.

As últimas eleições americanas, associadas ao aumento da popularidade da Internet, levaram nossos presidenciáveis a enxergá-la como um meio de comunicação novo para atingir um público cada vez maior. Diferentemente do que aconteceu na última eleição no Brasil (2008), já podemos perceber uma mentalidade um pouco mais moderna quanto ao uso da internet enquanto ferramenta de discussão e propaganda política.

Mas, se refletirmos um pouco no desenvolvimento tecnológico dos últimos 20 anos, essa campanha eleitoral não promete ser muito diferente de tantas outras a que assistimos desde a redemocratização do país.

A força da Internet, para nossos políticos, parece estar ainda concentrada nos blogs e nas redes sociais. Em uma consulta rápida, pude constatar que partidários e apoiadores dos candidatos à Presidência disponibilizaram clipes publicitários, blogs e comunidades até antes da data estipulada pela legislação eleitoral (6 de julho) para a liberação de qualquer tipo de propaganda. Isto é, antes mesmo de se saber quem seria o escolhido de cada partido, já era possível especular sobre eles, defender e atacar, lançando mão dos mecanismos disponíveis na grande rede.

O Orkut, considerado um dos meios de interação mais populares na Internet, abrigava as comunidades do ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), contabilizando 52 espaços de apoio à sua candidatura, quase empatado com a ex-ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), que possuía 51. O ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), apareceu com 32 e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), com 22. Inclusive o presidente Lula tinha 74 comunidades torcendo pelo seu terceiro mandato. Algo parecido também ocorreu com José Serra em joseserrapresidente45.blogspot.com e euqueroserra.blogspot.com. Houve até quem correu na frente e registrou os domínios aecio2010.com, geraldoalckmin.com e lula2014.com. No início de junho, o vendedor, não identificado na propaganda online, oferecia esses endereços por R$ 500,00 cada, mas afirmava que “o preço pode chegar a R$ 5 mil, se for época de eleição”.

Na disputa por votos, candidatos usam pouco a web A força da internet, para nossos políticos, parece estar ainda concentrada nos blogs e nas redes sociais

Um universo ainda pequeno

Se levarmos em conta o número de eleitores usuários de Internet dos EUA com o do Brasil, não podemos esperar uma campanha com o mesmo sucesso da realizada por Obama. Nos Estados Unidos, em 2008, época das eleições presidenciais norte-americanas, o número de acessos girava em torno dos 70%.

No Brasil, segundo pesquisa do Ibope/Nielsen de dezembro de 2009, há 67,5 milhões de brasileiros de 16 anos ou mais, ou seja, 35% da população, com acesso à Internet, em qualquer ambiente, como casa ou trabalho. Do total de usuários, 31,7 milhões costumam navegar por redes sociais (como Twitter e Facebook), blogs e outros sites de relacio-namento. Em 1998, esse índice era inferior a 3% do total de eleitores.

Esses dados fazem a diferença e ajudam a entender porque a web ainda não tem o devido lugar nas disputas eleitorais deste ano.

Por Laercio Sant’Anna, analista de sistemas da Prodam

Mas, se refletirmos um pouco no desenvolvimento tecnológico dos últimos 20 anos, essa campanha eleitoral não promete ser muito diferente de tantas outras a que assistimos desde a redemocratização do país

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Dorina de Gouvêa Nowill

Faleceu na cidade de São Paulo, no dia 29 de agosto, Dorina de Gouvêa Nowill, presidente emérita e vitalícia da Fundação para Cegos que leva seu nome.

Dorina Nowill deu início às atividades da Fundação em 11 de março de 1946, com um trabalho pioneiro no Brasil de inclusão e integração das pessoas deficientes visuais.

Dois anos depois, começou a produção de livros em braille, em larga escala, nas instalações de um parque gráfico que, hoje, é o maior da América Latina.

Por essa iniciativa, ela representa para os deficientes visuais a garantia do direito à leitura. Em nosso país, grande parte das pessoas com deficiência visual já teve em suas mãos um livro produzido pela Fundação.

Dorina lutou também com tenacidade pela prevenção da cegueira e pela inserção das pessoas com deficiência visual no mercado de trabalho por meio de iniciativas

de âmbito nacional.

No exterior, sua atuação foi notória como palestrante e membro de diversas entidades

internacionais de defesa das pessoas cegas e com visão subnormal.

Por tudo isso e igualmente pelo carinho que sempre pontuou sua relação com todos os que tiveram a alegria de conviver com ela, nosso MUITO OBRIGADO.

E nosso profundo sentimento de pesar a toda sua família e à equipe da Fundação Dorina Nowill para Cegos.

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Viviani estima que existam mais de 2.000 espécies de

vaga-lumes no Brasil, das quais somente cerca de 500 estão catalogadas e talvez muitas já tenham desaparecido. Um desastre ambiental silencioso

Homens, sapos e vaga-lumesO Brasil perde um patrimônio valioso com a redução da sua biodiversidade causada pela degradação ambiental

O que os seres humanos fazem no dia a dia para satisfazer suas necessidades em um mundo dominado pela tecnologia tem grande impacto sobre o planeta Terra. E, à medida que a natureza vai sendo degradada por conta dessas ações, outros seres vivos são afetados.

Exemplos? Muitos! Com o aumento da exportação de grãos, a soja invadiu o

cerrado (segundo maior bioma brasileiro, localizado no Brasil Central), tomando conta das pastagens. A consequência imediata foi a eliminação dos cupinzeiros, habitat natural dos pirilampos ou vaga-lumes. Há poucos anos, era possível apreciar os cupinzeiros luminescentes no entorno do Parque Nacional das Emas, em Goiás – milhares de minúsculos pontos luminosos, um espetáculo único, de muita luz em meio à escuridão. Tão magnífico que as emissoras de televisão NHK, do Japão, e BBC, do Reino Unido, além da Rede Globo, fizeram especiais sobre o assunto.

“O fenômeno se explica pela relação de mutualismo (ou simbiose, associação permanente entre espécies e indispensável à sobrevivência das partes, que não podem viver separadas) entre classes de cupins e de vaga-lumes da espécie Pyrearinus termitilluminans. As larvas dos vaga-lumes emitem as luzes em túneis na superfície do cupinzeiro”, explica o professor Vadim Viviani, coordenador do grupo de Bioluminescência e Biofotônica da Universidade Federal de São Carlos, em São Paulo. “As populações desses insetos diminuíram drasticamente na região”, constata Viviani. Os prejuízos são grandes, inclusive financeiros.

Com a redução da biodiversidade, nosso país perde um patrimônio valioso de substâncias presentes em espécies vegetais e animais, úteis em várias aplicações. Por exemplo, no Brasil e no Japão, há patentes registradas de produtos desenvolvidos pelo grupo de Viviani, derivados de pesquisas com os vaga-lumes. “Se nada for feito, não aproveitaremos mais esses recursos naturais importantes”, alerta o pesquisador.

Viviani estima que existam mais de 2.000 espécies de vaga-lumes no Brasil, das quais somente cerca de 500 estão catalogadas e talvez muitas já tenham desaparecido. Um desastre ambiental silencioso. Afinal, “poucos sabem da importância das moléculas de vaga-lumes em biomedicina e em biotecnologia nos dias de hoje”.

Os anfíbios são outro exemplo de seres vivos impactados pela degradação ambiental. A destruição da mata ciliar (vegetação das margens de rios e mananciais), causada por agricultores, além de provocar assoreamento, desconecta

a água da floresta. Isso é terrível para os anfíbios porque, bem no início da estação das chuvas, os sapos adultos descem das matas para os rios, riachos e lagoas para se reproduzir. Ao fim da estação chuvosa, os filhotes deixam as águas e sobem à procura de algum fragmento florestal. Mas como as áreas entre a água e a floresta têm deixado de ser contínuas essa migração torna-se perigosa. Afinal, os sapinhos precisam atravessar roças, pastagens inóspitas com gado e predadores, condomínios e estradas. Nesse cenário, muitos não sobrevivem. Se não bastassem as mutações causadas por chuva ácida, agrotóxicos e fertilizantes. Não é à-toa que cem espécies de salamandras, rãs, pererecas e sapos desapareceram nos últimos 30 anos.

Preocupante? Pior! Isso nos afeta diretamente. Segundo o polêmico cientista e ambientalista inglês James

Lovelock, criador, nos anos 1960, da Hipótese Gaia, todos os seres vivos do planeta reagem às mudanças que provocamos e as amplificam. Sua teoria diz que todos os organismos, agindo em conjunto, formam um sistema ativo objetivando manter a Terra habitável. Algumas algas, por exemplo, utilizam o

carbono do ar no seu crescimento e liberam outros gases que formam nuvens sobre a atmosfera. As nuvens ajudam a defletir os raios solares. Sem elas, a Terra seria um lugar muito mais quente e seco. Com o aumento da temperatura dos oceanos, essas algas estão morrendo. “Este é apenas um exemplo”, diz Lovelock, “de como a capacidade autorre-guladora do sistema Gaia está sendo rompida.”

Será o início do caos? Será que atingimos um ponto irreversível da degradação ambiental como afirma Lovelock?

Por Sidney Tobias de Souza, analista de sistemas da Prodam

Para saber MAIS!

A vingança de Gaia, de James Lovelock. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2006. 159 p. Nesta obra, Lovelock aponta os pro-blemas e sugere como solução (polêmica) para salvar o planeta Terra a defesa da energia nuclear.

Antes que os vaga-lumes desapareçam ou A influência da iluminação artificial sobre o ambiente, de Alessandro Barghini. São Paulo: Annablume, 2010. 192 p. Você se lembra do caldo de cana que infectou 12 pessoas com o vírus do barbeiro em Navegantes, Santa Catarina, em 2005? Pois saiba que a causa foram as lâmpadas artificiais. É sobre isso e muito mais que Barghini escreve.

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Rei morto, rei posto. Fim de Copa e já é tempo de se pensar na próxima. Este ano, o evento futebolístico de maior apelo midiático aconteceu pela

primeira vez no continente africano, na África do Sul, com a vitória da Espanha sobre a Holanda em 11 de julho. Dentre as 32 seleções participantes, a brasileira era a única que lutava pelo hexacampeonato. Não “levou” e seu desempenho recebeu afetos e desafetos. Afinal, em matéria de futebol jamais se chega a consenso.

A próxima Copa do Mundo Fifa acontece em 2014 no Brasil, sediada em doze de suas capitais: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

E, em 2016, o país realiza mais duas competições mundiais: os Jogos Olímpicos e os Paraolímpicos, na cidade do Rio de Janeiro. Os Paraolímpicos acontecem de 7 a 18 de setembro e estima-se a participação de mais de 4.000 atletas, disputando provas em cerca de 20 modalidades.

Todos esses eventos trarão, sem dúvida, ganhos ao país e aos brasileiros. Esperamos também para as pessoas com deficiência, em questão de lazer, cultura e prática esportiva, bem como empregabilidade, informação, acessi-bilidade e tecnologia inclusiva.

Fica aqui como primeira sugestão copiarmos o que deu certo na África do Sul. Pela primeira vez na história das Copas do Mundo, seis estádios receberam um sistema de áudio que permitiu às pessoas com deficiência visual, instaladas em lugares especiais nas arquibancadas, acompanhar os jogos. Utilizando programas de audiodescrição, quatro narradores narravam em detalhes as partidas, a cor dos uniformes, a posição da bola no campo e as expressões dos atletas. Do total de 64 partidas, 44 puderam assim ser vistas por torcedores cegos.

Nas próximas edições do Conviva, esta seção vai ser ocupada com notícias, informações de interesse geral e dados históricos relevantes sobre a prática esportiva por pessoas com deficiência.

Copa 2014, Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2016Competições mundiais podem ser a oportunidade para o Brasil ter cidades acessíveis

Modalidades paraolímpicas

O esporte paraolímpico é possível de ser praticado mesmo por quem pensa não ter “dom” para isso.

Nos Jogos Paraolímpicos realizados na China em 2008, aproximadamente 5.000 atletas de mais de 100 países competiram em mais de 20 modalidades esportivas.

Os atletas paraolímpicos brasileiros fizeram em Pequim a melhor campanha brasileira na história dos Jogos. O país terminou em 9º lugar geral no quadro de medalhas, com 16 de ouro, 14 de prata e 17 de bronze.

São modalidades paraolímpicas: o atletismo, com provas de campo: arremessos, lançamentos e saltos; e provas de pista: corridas de velocidade e fundo, o basquetebol em cadeira de rodas, a bocha, o ciclismo, a esgrima, o futebol de cinco, o futebol de sete, o goalball (modalidade paraolímpica desenvolvida exclusivamente para pessoas com deficiência visual), o halterofilismo, o hipismo, o judô, a natação, o remo, o rúgbi em cadeira de rodas, o tênis em cadeira de rodas, o tênis de mesa, o tiro, o tiro com arco, a vela e o voleibol.

Por David Farias, presidente da CBDC

Mais!

Antônio Tenório é a personagem central do documentário Tenório em Pequim, em cartaz no Frei Caneca Unibanco Arteplex 6. O judoca paraolímpico brasileiro, da categoria até 100 kg para cegos, obteve um feito inédito para o país ao vencer Karim Sardarov, do Azerbaijão, por ippon, e conquistar o ouro nos Jogos Paraolímpicos de Pequim 2008. Com a vitória, Tenório se tornou o único atleta brasileiro tetracampeão na história da competição (conquistou medalhas também em Atlanta 1996, Sydney 2000 e Atenas 2004).

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EXPEDIENTE: Jornalista responsável: Liane Constantino (MTb 15.185). Colaboradores: Celso de Oliveira, David Farias, Laercio Sant’Anna, Lúcia Nascimento (MTb 29.273), Márcio Spoladore, Markiano Charan Filho, Sandra Maciel, Sidney Tobias de Souza. Correspondência: rua Brig. Tobias, 247, cj. 1.116, Santa Ifigênia, CEP 01032-000 - São Paulo (SP) - Telefones: 11 5084-6693 / 5084-6695 - Fax: 11 5084-6298 - e-mail: [email protected] - site: http://www.adeva.org.br. Editoração: Fernanda Lorenzo. Revisão: Célia Aparecida Ferreira. Fotolitos e Impressão: cortesia Garilli Artes Gráficas Ltda. - Tel.: 11 2696-3288 - e-mail: [email protected] Tiragem: 1.000 exemplares. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.

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CHEGA DE SAUDADEA história e as histórias da bossa nova. Baseado em fatos reais, o jornalista Ruy Castro reconstitui a história da Bossa Nova, um divi-sor de águas na MPB marcado por um jeito diferente de harmonizar, novos ritmos e poesia intimista. Companhia das Letras, 1990, gravado em CD MP3 (um). Disponível para empréstimo na Biblioteca Louis Braille, do Centro Cultural São Paulo, r. Vergueiro, 1.000, tel.: 3397-4088.

UMA NOITE EM 67Documentário brasileiro das apresentações antológicas e dos bastidores do III Festival de Música Popular da TV Record, em outubro de 1967. A noite do título é a final, que teve como vencedor Ponteio, de Edu Lobo, e, entre os concorrentes, Caetano Veloso (Alegria, Alegria), Chico Buarque (Roda Viva), Gilberto Gil (Domingo no Parque), Roberto Carlos (Maria, Carnaval e Cinzas) e um Paulo Ricardo arremessando o violão quebrado sobre a plateia. Direção: Renato Terra e Ricardo Calil. Em circuito comercial.

AS TRÊS VELHASEscrita pelo chileno Alejandro Jodorowsky, a tragicomédia conta a história de duas aristocratas octogenárias, gêmeas, cuidadas por uma velha criada centenária em uma mansão decadente. Para garantir um pouco de dignidade no fim da vida, elas rendem-se ao apelo do capitalismo e se transformam em garotas-propaganda. Com Luciano Chirolli, Henrique Stroeter, Willian Amaral e Maria Alice Vergueiro, que também assina a direção. Centro Cultural Banco do Brasil, r. Álvares Penteado, 112, tel.: 11 3113-3651, São Paulo. Sexta a sábado, às 19h30, domingo, às 18h. R$ 15. Até 30 de outubro.

ADONIRAN 100 ANOSCD em comemoração ao centenário de nascimento de João Rubinato (1910-1982), nome de batismo de Adoniran Barbosa, compositor que, com um estilo único, retratou os tipos urbanos de São Paulo, seu falar “italianado” e cheio de erros de português. Caubi Peixoto, Zelia Duncan, Arnaldo Antunes, Dominguinhos, Demônios da Garoa, e muitos outros, interpretam seus sucessos. Gravadora Lua Music, 2010.

MADRUGADA USPPara os notívagos ou insones, este programa apresenta, antes de tudo, música de boa quali-dade. Um painel musical da música popular brasileira com suas mais variadas tendências convive com um repertório internacional do barroco ao blues e o jazz, passando pelo rock. Segunda a domingo, das 24h às 6h. Rádio USP FM 93,7 MHz.

MÚSICA NO MASPSempre às terças-feiras, durante uma hora, a partir das 12h30, quem passa pela avenida Paulista está convidado a parar um pouquinho para ouvir boa música com os artistas e instrumentistas convidados do Museu de Arte de São Paulo. Entrada gratuita. Grande auditório, av. Paulista, 1.559, Bela Vista, tel.: 3253-9932.

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ECOPRÁTICOPrimeiro reality show da TV Cultura, apresentado com bom humor e sem ecochatices. A cada programa uma casa/família é escolhida para aprender a reciclar seus hábitos relacionados à prática da sustentabilidade no dia-a-dia. Domingo, às 19h.

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