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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
O USO DE UM SOFTWARE DE GESTÃO NO GERENCIAMENTO DE OBRAS
DA CONTRUÇÃO CIVIL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Mateus José Barbosa Silva
Santa Maria, RS, Brasil
2016
O USO DE UM SOFTWARE DE GESTÃO NO GERENCIAMENTO DE OBRAS
DA CONTRUÇÃO CIVIL
por
Mateus José Barbosa Silva
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Civil, da Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para a obtenção do grau de Engenheiro Civil
Orientador: Prof. Dr. Eng. Denis Rasquin Rabenschlag
Santa Maria, RS, Brasil 2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
A comissão examinadora, abaixo assinada, aprova o trabalho de conclusão de curso
O USO DE UM SOFTWARE DE GESTÃO NO GERENCIAMENTO DE OBRAS
DA CONTRUÇÃO CIVIL
elaborado por Mateus José Barbosa Silva
Como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Civil
COMISSÃO EXAMINADORA:
_______________________________ Prof. Dr. Eng. Denis Rasquin Rabenschlag
(Presidente/Orientador, UFSM)
__________________________________ Prof. Dr. Daniel Gustavo Allasia Piccilli
(Avaliador, UFSM)
___________________________________ Prof. Dr. Carlos José Antônio Kümmel Félix
(Avaliador, UFSM)
Santa Maria, 19 de julho 2016
RESUMO
Trabalho de Conclusão de Curso Curso de Engenharia Civil
Universidade Federal de Santa Maria
O USO DE UM SOFTWARE DE GESTÃO NO GERENCIAMENTO DE OBRAS
DA CONTRUÇÃO CIVIL
Autor: Mateus José Barbosa Silva Orientador: Prof. Dr. Denis Rasquin Rabenschlag
Santa Maria, 19 de julho de 2016
A construção civil é um mercado cada vez mais competitivo, onde os
lucros estão diretamente dependentes da gestão da obra, e para que não
ocorram perdas, se faz necessário o uso de ferramentas que ajudem na
eficiência do serviço. Nesse sentido, o presente trabalho busca apresentar de
uma maneira didática, o uso de softwares de gestão integrada aplicado a
obras da construção civil, baseado em revisões bibliográficas sobre os
sistemas ERP (Enterprise Resource Planning), em uma tradução melhor
aplicada: Sistemas integrados de gestão empresarial. O estudo demonstra as
funções que um “software” de gestão pode ajudar no aperfeiçoamento dos
serviços de gerenciamento e redução de custos de uma obra. Neste trabalho
utilizemos o software SIENGE como estudo de caso, limitando aos módulos e
sistemas mais pertinentes às construtoras de pequeno e médio porte.
Palavras Chave: Gestão. ERP. Sistemas integrados de gestão empresarial.
SIENGE. Gerenciamento.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – ILUSTRAÇÃO DO SISTEMA ERP .................................................................... 18
FIGURA 2 - MÓDULOS E SISTEMAS DO SIENGE ................................................................ 27
FIGURA 3 – FLUXOGRAMA DA INTEGRAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS DO SIENGE. .................... 28
FIGURA 4 – IMAGEM DA EDIÇÃO DE UM ORÇAMENTO NO SIENGE ....................................... 30
FIGURA 5 – IMAGEM DE UM RELATÓRIO DE CRONOGRAMA GERADO NO SIENGE .................. 31
FIGURA 6 – IMAGEM DO CADASTRO DE UMA SOLICITAÇÃO DE COMPRA NO SIENGE ............. 33
FIGURA 7 – IMAGEM DO CADASTRO DE UM PEDIDO DE COMPRA NO SIENGE ....................... 34
FIGURA 8 – IMAGEM DE UM RELATÓRIO DE PEDIDO DE COMPRA GERADO NO SIENGE .......... 35
FIGURA 9 – IMAGEM DO CADASTRO DE CONTRATO NO SIENGE ......................................... 36
FIGURA 10 – IMAGEM DO CADASTRO DE TITULO A RECEBER NO SIENGE ............................ 39
FIGURA 11 – VALOR TOTAL DO ORÇAMENTO DA OBRA ..................................................... 56
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 - BENEFÍCIOS E PROBLEMAS DOS SISTEMAS ERP ........................................... 22
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – LEVANTAMENTO MATERIAL RADIER ............................................................... 48
TABELA 2 – LEVANTAMENTO MATERIAL PAREDE .............................................................. 49
TABELA 3 – COMPARATIVO REVESTIMENTO CERÂMICO .................................................... 50
TABELA 4 – COMPARATIVO CONCRETO AUTOADENSÁVEL ................................................. 51
TABELA 5 – COMPARATIVO TELA SOLDADA Q 61 – PAREDES ........................................... 52
TABELA 6 – COMPARATIVO CONCRETO FCK 25MPA ....................................................... 53
TABELA 7 - COMPARATIVO TELA SOLDADA Q 138 - RADIER ............................................. 54
TABELA 8 – COMPARATIVO OBRA COM ERP X SEM ERP ................................................. 55
TABELA 9 – LEVANTAMENTO DE MATERIAL DE RADIER ..................................................... 56
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BID - Banco Internacional do Desenvolvimento
BI – Inteligência de Negócios (Business Inteligence)
BDI – Benefícios e Despesas Indiretas (Budget Difference Income)
ERP – Planejamento dos Recursos da Empresa (Enterprise Resource Planning)
FGV - Fundação Getúlio Vargas
Finep - Financiadora de Estudos e Projetos
IBM - INTERNATIONAL BUSINESS MACHINES
ISO – Organização Internacional de Normalização (International Organization for
Standardization)
MCMV - Minha Casa Minha Vida
MS - Microsoft
NF - Nota Fiscal
NBR - Norma Brasileira aprovada pela ABNT
OHSAS – Serviços de Avaliação de Segurança e Saúde Ocupacional (Occupational
Health and Safety Assessment Services)
PAC - Programa de Aceleração do Crescimento
PBQP-H - Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat
SEFAZ - Secretaria da Fazenda
SIENGE – Sistema Integrado de Engenharia
TI - Tecnologia da informação
XML - Linguagem Extensível de Marcação Genérica (eXtensible Markup Language)
SUMÁRIO
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................. 10
1.1 OBJETIVOS ............................................................................................ 11
1.1.1 Objetivo Geral ............................................................................... 11
1.1.2 Objetivo Específico ....................................................................... 11
2. GESTÃO DE OBRAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL................................... 12
2.1 GERENCIAMENTO ................................................................................... 12
2.2 ORÇAMENTO .......................................................................................... 13
2.3 PLANEJAMENTO ..................................................................................... 14
2.3.1 Planejamento Físico ..................................................................... 14
2.3.2 Planejamento Financeiro .............................................................. 15
2.4 CONTROLE............................................................................................. 15
2.4.1 Controle Físico .............................................................................. 15
2.4.2 Controle Financeiro ...................................................................... 16
2.4.3 Controle de materiais .................................................................... 16
3. SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO – PLANEJAMENTO DOS
RECURSOS EMPRESARIAIS .................................................................................. 17
3.1 CONCEITOS DE ERP ............................................................................... 17
3.2 BENEFÍCIOS DE UM SISTEMA DE GESTÃO ................................................... 20
3.3 DIFICULDADES DE UM SISTEMA DE GESTÃO ............................................... 21
3.4 BENEFÍCIOS X DIFICULDADES .................................................................. 22
4. METODOLOGIA ..................................................................................... 25
5. ESTUDO DE CASO: SIENGE................................................................. 26
5.1 A EMPRESA SOFTPLAN/POLIGRAPH .......................................................... 26
5.2 O SOFTWARE SIENGE ........................................................................... 26
5.2.1 Módulo Engenharia ....................................................................... 29
5.2.2 Módulo Suprimentos ..................................................................... 33
5.2.3 Módulo Financeiro ........................................................................ 37
5.2.4 Módulo Gestão de ativos .............................................................. 41
5.2.5 Módulo Suporte a decisão ............................................................ 42
5.2.6 Módulo Gestão da qualidade ........................................................ 44
5.2.7 Módulo Segurança ........................................................................ 46
5.3 INTEGRAÇÃO COM MICROSOFT PROJECT ........................................... 46
5.3.1 O Software MICROSOFT PROJECT ............................................ 46
5.3.2 Exportação de dados .................................................................... 47
5.3.3 Elaboração do planejamento ........................................................ 47
5.3.4 Importação de dados .................................................................... 47
6. APLICAÇÃO DO MÓDULO ENGENHARIA ........................................... 48
6.1 COMPARATIVOS ENTRE MATERIAIS ORÇADOS X CALCULADOS X COMPRADOS 48
6.1.1 Cerâmica ...................................................................................... 50
6.1.2 Concreto fck 20MPa autoadensável – Parede casas ................... 51
6.1.3 Tela soldada Q-61 – Paredes ....................................................... 52
6.1.4 Concreto fck 25MPa – Radier ....................................................... 53
6.1.5 Tela soldada Q-138 – Radier ........................................................ 54
6.2 COMPARATIVO ESTIMADO: OBRA COM SISTEMA ERP X OBRA SEM SISTEMA DE
GESTÃO INTEGRADA .................................................................................................. 55
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 58
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................... 60
9. ANEXOS ................................................................................................. 61
9.1 ANEXO A - MODELO DE PLANILHA DE VERIFICAÇÃO DA QUALIDADE ............. 62
9.2 ANEXO B - MODELO DE PROCEDIMENTO ................................................... 63
10
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O mercado da construção civil está cada vez mais competitivo e exigente, em
busca de qualidade com os menores valores. Para que as empresas consigam
sobreviver nesse mercado, mantendo os lucros, é necessário investimentos no
planejamento e gerenciamento de uma obra.
E para uma boa gestão, é imprescindível não comprometer as finanças com
problemas inesperados, provenientes de erros cometidos por falta de comunicação,
informações desencontradas ou imprecisas, ou até por negligência. Comprometendo
além da lucratividade, a qualidade do empreendimento.
Segundo Paulson Jr. (1976 apud BERNARDES, 1996), ao fazer uma análise
do custo do planejamento, indicou que representa menos de 1% do valor total do
empreendimento, enquanto que os resultados da tomada de decisão antes de se
iniciar a construção podem trazer uma economia na ordem de 25% do custo total da
construção.
A melhor opção para o melhor gerenciamento de uma obra da construção civil
é o auxílio de softwares no planejamento e controle, dentro deste contexto, existem
ferramentas desenvolvidos especificamente para a construção civil. Podem-se citar
alguns como o PLEO da Franarin, o Versato, Volare e Orçacasa da Pini, e o
SIENGE da Softplan/Poligraph.
Neste trabalho, buscam-se apresentar de uma maneira didática, os recursos
que as ferramentas de gestão auxiliam no planejamento e gerenciamento de uma
obra da construção civil, usando como estudo de caso o software SIENGE.
O interesse por esse assunto surgiu com a experiência do aluno, no uso do
software na empresa onde trabalhou. Visto o grande potencial que as ferramentas
auxiliam no gerenciamento da construção. Onde é possível garantir controle,
eficiência e dinâmica na gestão da obra com o planejamento e acompanhamento da
mesma.
11
Neste sentido surgiu a proposta que norteou o presente estudo, através de
pesquisas, revisões bibliográficas e experiência com o software, demostrar as
principais ferramentas para auxílio no gerenciamento de uma obra.
1.1 Objetivos
1.1.1 Objetivo Geral
Demonstrar como um software de gestão permite o gerenciamento de uma
obra de forma organizada, mantendo o máximo controle do orçamento, do
planejamento e acompanhamento físico.
1.1.2 Objetivo Específico
Realizar análise de literatura de gestão de obras, com o objetivo de capacitar-
se sobre os assuntos planejamento e controle de obras;
Realizar análise de literatura de Planejamento de Recursos Empresariais
(ERP), de modo a capacitar-se sobre os assuntos de sistemas integrados de
gestão empresarial;
Analisar as ferramentas do software escolhido e apresentá-las.
12
2. GESTÃO DE OBRAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
2.1 Gerenciamento
A construção civil é considerada uma indústria altamente fragmentada em um
grande número de empresas de pequeno porte, envolvendo uma enorme variedade
de intervenientes e, comparativamente a outros setores, apresenta um atraso
tecnológico na área da gestão.
Estas características justificam a implementação de um planejamento,
interligado a um controle gerencial, que permita as pequenas empresas competir
com sucesso e adaptar-se às mudanças do ambiente competitivo, conforme Jungles
comenta.
A gerência na construção civil tem sido um ponto muito visado na
crescente busca por qualidade, baixo custo e maior rapidez nos processos
de implementação de um empreendimento. Mas por dispor de estruturas
gerenciais enxutas, as empresas deste setor encontram maiores
dificuldades em se adaptar às técnicas e inovações gerenciais (JUNGLES
et al, 2006).
Segundo Netto (1988), os principais objetivos que se deve ter ao adotar um
sistema de gerenciamento são a garantia do cumprimento de todas as metas
durante a execução, a otimização dos desempenhos técnicos e de produção e a
compatibilização dos custos em função do empreendimento.
Falar em gerenciamento na construção civil é chamar a atenção
para as etapas do ciclo do empreendimento, que são as fases de
concepção, projeto, execução e operação. Especialmente na fase de
execução, somos desafiados a promover a integração e desenvolvimento
com eficiência do projeto, suprimentos, construção e aplicação dos recursos
financeiros. É função do gerenciamento superar estas dificuldades,
buscando soluções adequadas para cada situação (NETTO et al, 1988).
Pode-se dividir o gerenciamento da construção em etapas mais específicas,
que são: planejamento executivo da obra, planejamento do canteiro de obras,
programação e controle qualitativo e quantitativo.
Profissionais da engenharia - que muitas vezes consideram-se
eminentemente técnicos por não gostarem ou não entenderem muitos
processos contábeis, tributários e econômicos - acreditam não ser de sua
atribuição conhecimentos nestas áreas e não as consideram corretamente
em suas decisões técnicas. Chegam, inclusive, a desconsiderar
13
informações importantes disponíveis na empresa para o desempenho de
suas atividades. E passam a tomar decisões com reduzida visão global do
processo, prejudicando a boa evolução dos sistemas produtivos,
principalmente sobre a formação de seus preços (JUNGLES, 2006).
Um dos principais objetivos almejados no gerenciamento de
empreendimentos é o potencial de gerar economia de recursos. Dentro de uma
organização, uma obra bem gerida, trás inúmeras vantagens, que se refletem tanto
na motivação do corpo de funcionários envolvidos, quanto na melhoria do produto
oferecido.
2.2 Orçamento
Na engenharia, de uma maneira simplificada, pode-se dizer que orçamento é
o levantamento dos custos diretos e indiretos para executar uma obra ou um
empreendimento. Os custos são compostos basicamente de Materiais, Mão de
Obra, Verbas, Encargos Sociais e Benefícios e Despesas Indiretas (BDI). Para
valores mais aproximados do custo real, mais detalhado deve ser o orçamento.
“Documento onde se registram as operações de cálculo de custo da
construção, somando todas as despesas correspondentes à execução de
todos os serviços previstos nas especificações técnicas e constantes da
discriminação orçamentária apresentada no anexo D.” (NBR 12721/2000, p.
24, item 4.5.2.1).
Segundo Librelotto (2000 apud MUTTI, 2006), dependendo da precisão do
orçamento, este pode ser denominado como: avaliações, estimativa de custos,
orçamento preliminar, orçamento detalhado e orçamento analítico, sendo este
último, o mais preciso.
Em resumo, para se elaborar o orçamento, montam-se as composições
unitárias, que é feita a partir das quantidades dos serviços. Estas composições
juntam tudo o que será necessário para executar uma unidade de determinado
serviço, inserindo os preços de cada item (insumo), teremos o custo para fazer cada
unidade de serviço.
As composições unitárias podem ser elaboradas com o auxílio de softwares,
como Volare (Editora PINI), o SIENGE (Softplan), software este que é um sistema
gerencial completo com módulo de orçamentos, e será abordado neste trabalho
como estudo de caso.
14
2.3 Planejamento
É o estabelecimento de uma sequência lógica, entre as diversas etapas ou
fases de execução de um empreendimento, definindo o que, quando e como fazer. É
o estudo detalhado de uma obra, em função de um intervalo de tempo, partindo-se
de um orçamento base.
“A função do planejamento prévio é a de planejar os trabalhos da
obra antes de seu início, de tal forma que sejam escolhidos os métodos
construtivos e os meios de produção mais adequados e estes sejam
coordenados entre si, considerando-se todo quadro de condicionantes
internos e externos à empresa. O objetivo deste planejamento é obter o
maior rendimento possível com custos de execução os menores possíveis.”
(Fritz Gehbauer et all, 2002, p. 271)
O planejamento se inicia bem antes do projeto, continua durante e depois. É o
fator que condiciona todas as fases, distribuindo-as durante o tempo. Neste intervalo
de tempo, propõe-se o andamento da obra, dos serviços, dimensionando a equipe e
os suprimentos, em subintervalos pré-determinados.
Como resultado desta programação, obtém-se um cronograma financeiro, que
comparado ao orçamento prévio, gera as possíveis variantes do planejado, ou os
replanejamentos.
Durante todos os processos de gerenciamento de um projeto, os softwares
têm grande utilidade e apresentam uma importante otimização nos processos diários
que envolvem um projeto de engenharia civil.
2.3.1 Planejamento Físico
O planejamento físico constitui-se em definir o prazo para a execução da
obra, criando então um cronograma físico, que será a base para todas as
informações que virão a seguir.
O Cronograma físico pode ser de vários modos, como: Cronograma de Barras
Horizontais (Gant), Cronograma de Barras Inclinadas (linha de balanço), Pert/CPM
e/ou Project, software que será descrito na seção 5.3 desse trabalho como uma
ferramenta que se pode trabalhar junto ao ERP do estudo de caso.
15
2.3.2 Planejamento Financeiro
O planejamento financeiro baseia-se no cronograma físico e na
disponibilidade financeira, para um empreendimento específico. Ou seja, a obtenção
dos custos do empreendimento ao longo do prazo da execução do mesmo.
Para agilidade do processo, softwares, como o que será abordado no
presente estudo, geram relatórios para facilitação do processo.
2.4 Controle
O controle vem após o planejamento, consiste na verificação do que foi
executado. Pode-se dizer que no caso de uma obra, é o método no qual o
engenheiro verifica se os recursos financeiros apropriados a determinado serviço,
estão sendo executados de acordo com o planejado.
“Tradicionalmente, por dispor de estruturas gerenciais enxutas, as
empresas deste setor [da construção civil] encontram maiores dificuldades
em se adaptar às técnicas e inovações gerenciais em ritmo igual ao
conseguido por outros setores da indústria” (JUNGLES, 2006).
Existem dois tipos de controle, pelo princípio de execução é onde o
engenheiro só toma conhecimento da divergência em relação ao planejado quando
estas realmente acontecem; e o princípio de previsão, onde o engenheiro obtém
informações de modo a estar permanentemente a par dos resultados obtidos,
independente do ponto que anda a obra, o que é o adequado.
Nesse contexto, existem softwares que auxiliam o processo de controle,
desenvolvidas especificamente para a indústria da construção civil. Além do
SIENGE (Softplan), que será abordado neste estudo, existem outros como o PLEO
(Franarin), o Versato, Volare e Orçacasa (Pini) e o Tron-Orc (Tron Informática).
2.4.1 Controle Físico
Ligado às datas limites calculadas para cada etapa de serviço, podendo ser
executado em duas linhas de raciocínio, tendo como base as composições unitárias
ou os índices médios de produtividade.
16
No primeiro caso, teremos uma previsão de equipe baseada no orçamento
proposto. Já no segundo, a equipe dimensionada será o espelho da necessidade
real da obra, desde que os índices de produção sejam confiáveis.
A comparação entre os mesmos nos permite corrigir as nossas composições,
evitando-se erros futuros, no cálculo da mão-de-obra e encargos dos orçamentos.
Para tanto devemos ter claro o conceito de horas efetivas trabalhadas, que difere do
conceito sindical de 220 horas mês, onde são incluídos descansos remunerados.
2.4.2 Controle Financeiro
Ligado ao movimento financeiro do empreendimento, visa monitorar a entrada
e saída de receitas. Este acompanhamento permite obter o equilíbrio financeiro
desejado, mantando os pagamentos de acordo com a entrada de receita,
programando e executando um fluxo ideal.
Um cronograma financeiro bem elaborado, não é suficiente se não for bem
executado e controlado, ou seja, apropriando corretamente os custos. Hoje as
construtoras trabalham com margens de lucro extremamente pequenas, não
havendo tolerância para incompetência, gastos desnecessários e fora de hora.
Este processo deve ser separado por empreendimento e por custos
diferentes, dado à sua extrema relação com o resultado final, à sua complexidade e
à enorme variedade de dados a apropriar em diferentes itens do orçamento.
Com isso, este sistema deve ser necessariamente informatizado, o uso dos
softwares de gestão faz isso com muita praticidade e controle de informações
precisas e em tempo real.
2.4.3 Controle de materiais
Aborda-se o controle de material por sendo a verificação tanto dos materiais
diretos usados na construção da obra, quanto os indiretos, como o combustível
utilizado no maquinário e veículos.
Na maioria das empresas, esse controle é feito por fichas, onde acabam
gerando pilhas de arquivo morto, e que não são eficientes. Este caso também pode
ser gerenciado pelo software, onde ainda pode ser consultada a diferença entre o
previsto e realizado. De posse das informações o engenheiro pode ver se precisa
tomar alguma ação corretiva.
17
3. SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO – PLANEJAMENTO DOS
RECURSOS EMPRESARIAIS
O ERP é um sistema de informações elaborado para integrar e sincronizar as
diversas áreas de uma empresa em um único banco de dados. De tal forma, que
todos os setores e departamentos da organização, e do empreendimento, estejam
de uma forma estreitamente interligada.
Esse é justamente um dos maiores diferenciais do ERP, acabar com os
pacotes de softwares específicos para cada setor dentro da mesma empresa,
existentes há décadas, que não se comunicam entre si, ou que não estejam
interligados, com todas as suas informações, em um mesmo lugar.
Porém, convém lembrar que mesmo que o objetivo dos ERPs seja integrar os
processos dos negócios da empresa, a fim de permitir decisões mais rápidas e
precisas, seria pretensão afirmar que estes sistemas possam ser considerados como
modelo de gestão, isso não o torna um padrão de gerência perfeita. Visto que, ao
tempo que ele agrega muito positivamente, ainda assim, ele em si depende de
inúmeros outros fatores, que não serão abordados aqui por não ser o foco deste
trabalho.
3.1 Conceitos de ERP
A sigla ERP (Enterprise Resource Planning), traduzida literalmente significa
“Planejamento dos Recursos da Empresa”. No entanto, vale ressaltar que esse
não é a def in ição que efetivamente um sistema ERP é capaz de fazer.
Os sistemas ERP também são denominados no Brasil por: Sistemas
Empresariais Integrados, Sistemas Integrados de Gestão Empresarial ou Sistemas
Integrados de Gestão, este último, será o utilizado no presente trabalho.
Vários são os modos de abordar os termos de ERP, com seu real significado.
Em essência, o que diferencia e caracteriza um ERP, de outros pacotes de
softwares tradicionais, é a sua integração de vários setores, em um único banco de
dados, tudo isso em tempo real.
Os ERPs são sistemas de informação que visam à sincronização
em tempo real dos processos de uma empresa, pelo emprego de
18
tecnologia de informação avançada. [...] São conjuntos de módulos pré-
formatados, integrados, abrangendo todas as áreas da empresa e que
podem ser configurados para atender necessidades específicas (Riccio et
al, p.7, 2001).
No Infowester (2015), encontra-se a definição de ERP como sendo:
[...] Em sua essência, ERP é um sistema de gestão empresarial.
Imagine que você tenha uma empresa que conta com vários sistemas, um
para lidar com as contas a pagar, um para gerar folhas de pagamento, um
para controlar vendas, um para gerenciar impostos, um para analisar metas
e desempenho, entre outros. Em vez de existir um ou mais softwares
isolados para cada departamento da companhia, não seria melhor contar
com uma integração entre eles, de forma que todos fizessem parte de um
sistema unificado? É justamente isso que uma solução de ERP oferece.
Figura 1 – Ilustração do sistema ERP
Fonte (portalerp.com)
19
Um fator muito importante, que deve ser enfatizado, é que a integração
proporcionada pelo ERP torna possível à sede da empresa estar conectada
permanentemente com todos os canteiros, mantendo um banco de dados único,
evitando erros e eliminando as redundâncias.
Alguns conceitos como funcionalidade, módulos, parametrização,
configuração, customização, localização e atualização de versões, são também
significativos e importantes quando o assunto é sistema ERP. Aspectos relevantes
relacionados a cada um deles:
Funcionalidade: É o conjunto de funções embutidas no sistema ERP, suas
características e diferentes possibilidades de uso. O termo também é normalmente
utilizado para representar os diferentes processos que podem ser executados no
sistema e o conjunto total de diferentes situações que podem ser contempladas.
Módulos: são os menores conjuntos de funções que podem ser adquiridos e
implantados separadamente em um sistema ERP. Os sistemas normalmente são
divididos em módulos para que as empresas possam implantar somente os que
serão utilizados, ou para implantá-los gradativamente ao passo que for necessário.
Parametrização: Processo de conformação da funcionalidade do sistema a
uma determinada empresa, através da definição de valores aos parâmetros já
disponibilizados no ERP. Quanto maior a parametrização, maior a possibilidade de
realização dos processos contemplados pelo sistema sem a necessidade de
alterações, com isso, aumento da possibilidade de ganho para o fornecedor.
Configuração: É o conjunto total dos parâmetros, já definidos de acordo com a
necessidade da empresa. Compreendendo todas as opções de funcionamento das
diferentes funções do sistema ERP.
Customização: Modificação de um sistema ERP para adequar às
necessidades da empresa que está implantando-o. Esta remodelagem pode ser feita
tanto pelo fornecedor, como pelo cliente, a fim de complementar a funcionalidade
necessária.
Decorre disto, dois grandes problemas que as empresas que customizam
acabam tendo de enfrentar: o aumento dos custos de implantação e de
manutenção visto o aumento das modificações realizadas a um pacote. Segundo
Souza (2000), rotinas altamente customizadas normalmente não recebem o suporte
dos fornecedores. O segundo grande problema aparece quando das atualizações do
20
sistema, pois, a cada implementação de uma nova versão, a empresa deverá rever
todo o trabalho das customizações já realizadas, refazendo-as ou adaptando-as
para a utilização adequada da nova versão implementada.
Além disso, muitas vezes quando os fornecedores atualizam o pacote,
inutilizam essas alterações feitas, o que gera um alto custo para mantê-los, fator
esse que deve ser avaliado antes de iniciar as modificações.
Com isso, a fim de evitar as customizações, as empresas acabam optando
adaptar-se ao sistema ERP, invés adaptar o sistema à empresa.
Localização: Também chamado no Brasil por “tropicalização”, corresponde à
adaptação do sistema ERP desenvolvido em outro país, para sua utilização em
outro, a fim de se enquadras nas leis e procedimentos locais, como: impostos, taxas,
legislações específicas, etc.
Atualização de versões: Também chamado de “upgrade”, é o processo em
que a empresa fornecedora do software, disponibiliza correções de problemas e
erros na versão atual ou implementação de funcionalidade ao sistema.
3.2 Benefícios de um sistema de gestão
Visto o alto custo de implantação, e a complexidade envolvida na sua
implementação e manutenção, muitos são os benefícios esperados dos sistemas
ERP.
Entre os principais estão: a integração das diversas áreas da empresa,
possibilitando o controle de gestão como um todo, com disponibilização de
informação de qualidade e dados confiáveis e atualizados, em tempo real, para a
tomada de decisões.
A redução de custos com tecnologia da informática, com diminuição do
quadro funcional, assim também diminuindo a mão de obra com a simplificação de
processos administrativos e geração de relatórios gerenciais.
Atualização de tecnologias e disponibilização de indicadores que permitem
avaliar o real desempenho do negócio.
21
3.3 Dificuldades de um sistema de gestão
A implantação de sistemas ERP, além de possibilitar vantagens e benefícios
às empresas que optam por sua utilização, pode, também, trazer algumas
desvantagens e potenciais problemas. Essas barreiras impedem o sucesso em
empresas da construção civil, dentre elas pode-se ressaltar: a resistência dos
trabalhadores às inovações, devido às incertezas que qualquer processo de
mudança acarreta; a cultura e a formação dos profissionais de TI; as metodologias
de gestão ultrapassadas; a falta de padronização na comunicação.
Souza (2000), “[...] Isso leva as empresas e departamentos de TI a
comprometerem-se com um novo modelo de disponibilização de sistemas de
informação e que traz consigo uma série de novos desafios”.
Chung et al. (2009) elenca quatro fatores de sucesso na implementação do
ERP: gestão de suporte ao planejamento, treinamento e contribuição da equipe;
esforços na seleção do software; participação da área de sistemas; e capacidade de
suporte e consultoria.
Os sistemas ERP requerem além de grandes investimentos em tecnologia,
alterações fundamentais no modo de operação das organizações. Elas necessitam
reformular seus processos para fazer com que a informação transcorra
naturalmente entre eles. Os funcionários precisam assumir novas funções e
responsabilidades.
As empresas que não se convencerem de que essas mudanças serão
necessárias ou que não consigam fazê-las, terão problemas para implementar
sistemas integrados ou não conseguirão atingir um elevado nível de integração entre
processos funcionais e empresariais.
Como geralmente os sistemas ERP, são implementados em empresas onde
já existem outros, a integração total entre eles, muitas vezes acaba sendo
extremamente complexa, em função da necessidade de uma série de interfaces
entre eles. Tais interfaces são extremamente complexas e totalmente afetadas
pela abordagem geral de integração de TI na empresa.
Apesar dos pacotes ERP serem descritos e promovidos como
‘conjunto integrado’, eles enfrentam sérios problemas de integração [...] os
pacotes ERP não são projetados para ligar outros sistemas autônomos.
Como resultado, um número relevante de aplicativos incomparáveis entre si
22
co-existem com os sistemas ERP nas companhias e os pacotes ERP
fracassam em fornecer-lhes uma infra-estrutura integrada de TI. (PEREIRA
et al, 2002)
Note-se que o planejamento inadequado da implantação, assim como a
mudança organizacional, com uma equipe experiente para executar a
implementação, aparecem como as dificuldades mais relevantes.
3.4 Benefícios x Dificuldades
Visto as grandes vantagens e benefícios que a implementação de um sistema
ERP agrega à empresa. É preciso levar em considerações as dificuldades
relacionadas à implantação que podem trazer problemas.
Alguns problemas que devemos considerar foram reunidos por Souza (2000),
no quadro onde caracterizou os sistemas ERP, correlacionando benefícios e
problemas consequentes.
Quadro 1 - Benefícios e problemas dos sistemas ERP
(continua)
Características Benefícios Problemas
Pacotes Comerciais
•menores custos de informática; •foco na atividade principal da empresa; •permanente atualização tecnológica; •ganho de escala em desenvolvimento e pesquisa; •redução do backlog de aplicações.
•dependência do fornecedor; •empresa não detém o conhecimento sobre o pacote; •tempo de aprendizagem de interfaces não desenvolvida especificamente para a empresa.
Modelos Padrões de Processos de
Negócio
•difusão de conhecimento sobre melhores práticas; •acesso a experiência de outras empresas; •facilitam a reengenharia de processos; •imposição de padrões.
•adequação do pacote a empresa; •necessidade de mudança nos processos empresariais; •necessidade de consultoria na implementação •resistência a mudanças.
Bancos de Dados Corporativos
•padronização de informações e conceitos; •eliminação de discrepâncias entre informações de diferentes departamentos;
•mudança prática administrativa, da visão de "dono da informação" para a de "responsável pela informação"; •mudança prática administrativa para uma visão de disseminação de informações dos departamentos por
23
•melhoria na qualidade da informação; •acesso a informações para toda a empresa; •facilidade para extração de informações
toda a empresa.
Grande Abrangência Funcional
•eliminação da manutenção de múltiplos sistemas; •padronização de procedimentos; •redução de custos de treinamento; •interação com um único fornecedor; •entrada única da informação no sistema.
•dependência de um único fornecedor; •se o sistema falhar pode parar toda a empresa.
Características de Integração
•redução de mão de obra; •integração dos processos permitindo maior controle sobre a operação; •maior velocidade nos processos; •aumentar a competitividade da empresa por meio da integração das atividades; •atender a integração global (pacotes internacionais); •disponibilização em tempo real de informações alimentadas no sistema.
•mudança cultural da visão departamental para a visão de processos; •as decisões devem ser tomadas em conjunto por todos os departamentos envolvidos; •entrada de dados incorretos pode ser imediatamente propagada pelo sistema; •altos custos e prazo de implementação; •possível incompatibilidade entre a estratégia da empresa e lógica do ERP.
Fonte: Desenvolvido pelo Autor
O ERP pode ser um aliado no desenvolvimento organizacional ao
integrar sistemas, controles e processos, possibilitando, inclusive, que um
colaborador interfira diretamente no resultado do trabalho do outro, em
tempo real. Entretanto, os gestores de pequenas e médias construtoras
ainda não estão cientes dos benefícios que a utilização da TI pode trazer
para seu negócio (MICHALOSKI; COSTA et al, 2010).
Os problemas que podem acontecer na implantação de um sistema, se não
corrigidos, podem ocasionar o insucesso da operação. Porém são muitos os
benefícios que o sistema ERP pode trazer à empresa, o que faz com que esses
problemas sejam insignificantes, porém, não devem ser ignorados, e sim superados.
A maioria das dificuldades na implantação do software são relacionados ao
fator colaborador, ou seja, a partir do momento que a equipe aceitar que as
mudanças são necessárias para o ganho da empresa, e feito os treinamentos
24
devidos, as dificuldades são praticamente eliminadas, ficando somente fatores
isolados, como fator financeiro de adaptações.
25
4. METODOLOGIA
Primeiramente foi realizada uma análise da literatura de gestão de obras, com
o objetivo de capacitar-se sobre os assuntos pertinentes a este estudo, como o
planejamento e o controle de obras;
Em seguido uma leitura de bibliografia específica sobre ERPs, softwares
abordados como tema principal do trabalho.
Após o levantamento conceitual, foi seguido um roteiro genérico de um de
acordo com o objetivo do trabalho. Limitando-se a abordar os módulos e sistemas do
software, mais pertinente a uma construtora de médio porte.
Após a revisão, para a conclusão ficará a análise do uso do software no
gerenciamento de uma obra da construção civil.
26
5. ESTUDO DE CASO: SIENGE
5.1 A empresa Softplan/poligraph
A Softplan é uma das maiores empresas do Brasil no desenvolvimento de
softwares de gestão. Atualmente suas soluções estão presentes em todos os
estados brasileiros, em países da América Latina e nos Estados Unidos, fazendo a
diferença na vida das pessoas. Desde 1990, a companhia atua de modo a tornar a
gestão pública e privada no Brasil mais transparente, eficiente e ágil com o uso de
tecnologias modernas e inovadoras. Ao longo desses anos, a Softplan se
especializou no desenvolvimento e na implantação de softwares de gestão para os
segmentos de Justiça, Infraestrutura e Obras, Gestão Pública, Projetos
Cofinanciados por Organismos Internacionais e Indústria da Construção.
(SOFTPLAN/POLIGRAPH, 2015).
Para desenvolver soluções inovadoras, com alta qualidade, confiabilidade e
segurança, a Softplan firma parcerias com os maiores fornecedores mundiais de
tecnologia e com as mais reconhecidas instituições de ensino. Como: IBM, Oracle,
Microsoft, FGV, Finep entre outras. (SOFTPLAN/POLIGRAPH, 2015).
A Softplan/Poligraph oferece atualmente, além do SIENGE, mais quatro
produtos que são: SAJ (Sistema de Automação da Justiça); SIDER (Solução para a
área de transportes e obras de infra-estrutura); SOLAR (ERP para Gestão Pública);
SAFF (Gestão de Projetos com financiamento do BID/BIRD).
Neste trabalho será abordado o uso do SIENGE (Sistema Integrado de
Engenharia).
5.2 O software SIENGE
O SIENGE é um software de gestão integrada voltado especificadamente
para a construção civil, foi desenvolvido considerando todas as particularidades que
o segmento exige. Com ele é possível ter o controle total das obras em andamento,
e a partir da disponibilidade de informações em tempo real, tomar as decisões
rapidamente, reduzindo os custos e aumentando a produtividade.
O programa tem como objetivo padronizar processos, estabelecer rotinas,
evitar retrabalhos, reduzir os custos na administração das construções e das
empresas de construção civil. Com o sistema, a empresa pode gerenciar os
27
processos de forma totalmente integrada e 100% web, otimizando o trabalho e
agregando diferencial competitivo ao seu negócio.
Estes objetivos são alcançados por meio de dez módulos que compõe o
programa, que são: engenharia, suprimentos, financeiro, contabilidade-fiscal,
comercial, gestão de ativos, suporte a decisão, gestão da qualidade, recursos
humanos, segurança. Além de disponibilizar aplicativos que dão maior mobilidade e
melhora nos resultados, eliminando o retrabalho e o atraso na obra.
Figura 2 - Módulos e sistemas do Sienge
Fonte: (http://www.SIENGE.com.br)
O desenvolvimento em módulos do sistema permite que ele seja adquirido e
adaptado conforme a necessidade e o porte da empresa. O SIENGE trabalha com
sistemas customizados, em que é possível integrar todas as pessoas que trabalham
com o software, bloqueando o acesso às informações de acordo com a
necessidade.
Os módulos que compõe o SIENGE e seus sistemas são interligados entre si,
proporcionando uma ótima produtividade, já que a informação colocada dentro do
programa é aproveitada em vários sistemas, evitando os retrabalhos.
28
Figura 3 – Fluxograma da integração entre os sistemas do Sienge.
Fonte: (http://www.SIENGE.com.br)
Pode-se observar que todos os sistemas estão ligados com o sistema Suporte
a decisão, direta ou indiretamente. É através desse módulo que é possível a
geração de relatórios de fluxo de caixa, análise de resultados, comparativos entre o
financeiro e os custos de obra, emissão de orçamentos empresariais, verificação da
disponibilidade financeira das contas bancárias, entre outros relatórios.
O SIENGE aborda o processo da construção civil de forma integrada,
abrangendo desde a pesquisa de mercado, vendas de imóveis, qualidade, recursos
humana, elaboração de orçamentos, planejamento de obras, acompanhamento de
obras, estoque, até a gerência comercial e financeira de uma empresa de
Construção Civil, proporcionando desta forma a racionalização de tempo, materiais e
custos, identificando desvios para que medidas corretivas possam ser tomadas em
tempo hábil.
29
5.2.1 Módulo Engenharia
Este módulo do Sienge permite que a área de Engenharia desenvolva seu
trabalho de forma organizada, mantendo total controle do orçamento, do
planejamento e acompanhamento físico das obras. Outra vantagem nessa área é a
integração com os outros departamentos da empresa, como apenas um software de
gestão integrada consegue.
5.2.1.1 Custos unitários
O sistema Custos unitários agiliza o cadastro e a escolha de insumos e
serviços necessários para a elaboração de orçamentos de obras, compras de
materiais, contratação de mão de obra, gerência de estoque, entre outras
necessidades da empresa.
Permite o tratamento independente das tabelas de composições para cada
tipo de obra e a diferenciação por marcas e detalhes, tornando a base de insumos e
serviços organizada e de fácil atualização.
O Sienge já vem com um banco de dados com milhares de insumos e
composições já cadastradas, permitindo adições, alterações e organização por tipo
de obra.
5.2.1.2 Orçamento
O sistema Orçamento aumenta a velocidade na montagem do orçamento e
possibilita o reaproveitamento das informações já existentes no sistema. É fácil
elaborar a planilha de orçamento da obra, pois é possível configurar composições,
etapas e subetapas específicas para cada obra, orçando com maior ou menor
detalhamento de níveis. Além disto, é possível separar o orçamento em unidades
construtivas (bloco, fase, etc.), criar versões para cada planilha de orçamento e
manter o histórico de alterações.
Permite, ainda, orçar serviços com composições ou verbas dentro da mesma
planilha, e emitir relatórios de orçamento em mais de 30 formatos.
30
Figura 4 – Imagem da edição de um orçamento no Sienge
Fonte: (http://pt.slideshare.net/Sienge/)
5.2.1.3 Planejamento
O sistema Planejamento garante eficiência e dinâmica na gestão da obra,
pois possui relatórios de cronogramas físicos e financeiros, necessidades de
compras e dimensionamento de equipes. Além disto, é possível configurar a forma
de pagamento dos insumos representativos do custo da obra e gerar um
cronograma de desembolso mais aderente á realidade das obras.
Permite montar Calendários de Obras personalizados, de forma que se possa
estabelecer os dias de trabalho e feriado/folga dentro de cada obra.
Possibilita a montagem da lista de tarefas conforme a execução,
independentes da estrutura do orçamento, mas mantendo a vinculação de custos
com os itens de orçamento através de percentuais. É possível integrar com o MS
Project (software que será descrito na seção 5.3 deste trabalho), se necessário,
31
aumentando a produtividade, o detalhamento e a consistência das datas previstas
de execução. Esta integração será abordada neste trabalho posteriormente.
Figura 5 – Imagem de um relatório de cronograma gerado no Sienge
Fonte: (http://pt.slideshare.net/Sienge/)
5.2.1.4 Acompanhamento
O sistema Acompanhamento facilita o controle da execução da obra através
de registros de medições físicas e de relatórios comparativos entre o planejado e o
realizado, de forma a permitir uma resposta ágil caso haja atrasos ou imprevistos
nas obras.
É possível importar percentuais executados a partir de arquivos do MS-
Project, caso necessário. O software Project será apresentado na seção 5.3 deste
trabalho.
As medições podem ser registradas no sistema também a partir de tabletes
ou smartphones, ou mesmo através de planilhas impressas com layout que facilita o
registro, conferência e autorização manual.
32
5.2.1.5 Controle de mão de obra
O sistema Controle de mão de obra permite o registro e o acompanhamento
da produção de cada colaborador dentro da obra, detalhando as horas trabalhadas e
a produtividade em cada tarefa.
Permite também a determinação de preços de execução por serviço e a
emissão de boletins de produção e de controle dos apontamentos. Quando
necessário cada apontamento pode gerar automaticamente um título a pagar. Esta
funcionalidade é muito útil no caso de pagamento de tarefeiros ou complemento de
ganho por produtividade.
5.2.1.6 Diário de obras
O sistema Diário de Obra permite registrar o dia-a-dia da obra com
informações relevantes que ocorreram durante sua execução, como por exemplo:
tarefas realizadas, equipe e equipamentos envolvidos, condições do tempo, registro
de ocorrências, etc.
Através de gráficos, é possível obter estatísticas sobre o percentual de dias
trabalhados e de dias impraticáveis, por motivos como condições do tempo entre
outros. Esses dados podem ser informados para cada turno de trabalho e avaliados
através de gráficos estatísticos, o número de repetições de determinados tipos de
ocorrências. Estas funcionalidades transformam o Diário de Obras em uma
ferramenta gerencial e não somente em um registro feito para cumprir
determinações ou processos.
5.2.1.7 Exportação e importação de orçamentos
O sistema de exportação e importação de orçamentos facilita à implantação
do sistema e evita a perda de dados durante o processo de migração de orçamentos
de obras anteriores. Permite também a importação de tabelas de composições em
formato MS-Excel para dentro do cadastro do Sienge, evitando digitação de dados
no início da utilização do sistema.
A importação dos orçamentos é realizada a partir de planilhas do MS-Excel,
podendo ou não vincular os itens importados a serviços/composições existentes no
banco de dados.
33
5.2.2 Módulo Suprimentos
O módulo Suprimentos do Sienge permite gerenciar de forma simples os
fluxos de compras, estocagem, distribuição de materiais e a contratação ou
prestação de serviços. Para agilizar os processos, o módulo trabalha de forma
integrada com o Financeiro e confrontando sempre com os valores e quantidades
orçados.
5.2.2.1 Compras
Através do Módulo Compras do Sienge é possível enviar automaticamente a
cotação para todos os fornecedores selecionados, para que eles preencham as
cotações através do Portal do Fornecedor. O Cadastro de cotações de preços é feito
a partir das solicitações existentes, o que permite o agrupamento de solicitações
semelhantes de várias obras, aumentando o poder de barganha através do volume
concentrado das diversas solicitações.
O sistema também simplifica o planejamento de compra de materiais, pois
opcionalmente as solicitações (requisições) podem ser geradas de acordo com o
cronograma efetuado para a obra.
Figura 6 – Imagem do cadastro de uma solicitação de compra no Sienge
Fonte: (http://pt.slideshare.net/Sienge/)
34
A solicitação de compra pode ser feita direto do almoxarifado da obra,
conforme as necessidades. Após, o engenheiro responsável autoriza, dando
andamento no processo. A partir disto, o setor de compras da empresa efetua o
cadastramento de um pedido de compra, onde será enviado para todos os
fornecedores cadastrados, orçarem.
Figura 7 – Imagem do cadastro de um pedido de compra no Sienge
Fonte: (http://pt.slideshare.net/Sienge/)
A geração dos pedidos de compra ocorre de forma automática a partir dos
fornecedores eleitos nas cotações, sendo enviados por e-mail e gerando uma
previsão de desembolso no Financeiro.
35
Figura 8 – Imagem de um relatório de pedido de compra gerado no Sienge
Fonte: (http://pt.slideshare.net/Sienge/)
O registro das notas fiscais pode ocorrer a partir do pedido cadastrado,
agilizando o processo e confirmando a despesa já prevista no Financeiro, evitando
re-digitações e possíveis atrasos de pagamento pela demora na entrega dos
documentos para o setor de pagamentos.
Todo o processo descrito pode ser parametrizado para que ocorram
aprovações com diversas alçadas em todas ou algumas etapas, de acordo com a
estrutura e processos de cada empresa.
A partir do histórico de compras e cotações pode-se:
Acompanhar a qualidade e a conformidade dos materiais dos
fornecedores já utilizados.
Diminuir os gastos pós-obra causados por produtos de baixa qualidade
ou com defeito.
Melhorar o fluxo de caixa através da previsão financeira.
36
5.2.2.2 Contrato e medições
O sistema de Contratos e medições torna o controle dos serviços
terceirizados mais rigoroso em relação aos prazos e a pagamentos.
Figura 9 – Imagem do cadastro de contrato no Sienge
Fonte: (http://pt.slideshare.net/Sienge/)
É possível o relacionamento de medições com os contratos cadastrados e
com a liberação de pagamentos ou recebimentos. Essas informações serão geradas
automaticamente no sistema de contas a pagar e contas a receber, otimizando o
processo de faturamento ou pagamento das medições pelo setor financeiro.
O sistema também auxilia no controle do andamento da obra para a liberação
da verba na Caixa Econômica Federal (PAC, MCMV etc.). A maior rapidez no
recebimento da verba reflete na otimização do fluxo de caixa, que já foi alimentado
com as previsões no momento do registro dos contratos.
Cada contrato pode ser informado já com todas as regras relativas à caução,
impostos retidos em cada medição, descontos, faturamento direto, etc.
37
Todo o processo descrito pode ser parametrizado para que ocorram
aprovações com diversas alçadas em todas ou algumas etapas, de acordo com a
estrutura e processos de cada empresa.
5.2.2.3 Portal do fornecedor
O portal do fornecedor é um complemento do sistema de Compras, tornando
o processo de cotação de materiais mais ágil. O sistema permite o envio automático
de convite para os fornecedores participarem de cotações de preços cadastradas.
O fornecedor preenche a cotação no Portal e as respostas são enviadas
diretamente para o banco de dados do sistema para gerar o mapa de comparação,
eliminando a digitação manual das respostas dos fornecedores.
5.2.2.4 Estoque
Como os materiais representam cerca de 50% dos custos de uma obra, os
principais benefícios de um estoque bem gerido são a redução dos custos da obra e
o aumento da margem de lucro. O sistema Estoque do Sienge é eficiente no controle
de estoque do almoxarifado central e das obras, assim evita compras, pedidos,
manuseio e transportes desnecessários.
A alimentação das quantidades em estoque ocorre automaticamente a partir
das notas fiscais cadastradas no sistema de compras e o sistema Estoque permite o
registro dos consumos e transferências efetuadas. Cada transferência gera
automaticamente um incremento de custo na obra que recebeu o material e uma
redução de custo na obra que forneceu.
Com o registro dos movimentos de consumo, é possível informar exatamente
em quais tarefas ou etapas o material foi aplicado. Assim, o Sienge controla
automaticamente e fornece informações sobre quantidades orçadas x compras x
consumidas de cada insumo representativo. É a gestão total, necessária para
verificar possíveis tendências de estouro, desperdício ou sumiço de materiais.
5.2.3 Módulo Financeiro
O módulo Financeiro está preparado para gerenciar todas as atividades
financeiras necessárias às empresas da indústria da construção. As informações
dos outros módulos são refletidas automaticamente no módulo Financeiro, assim o
38
software garante que não haverá falha de comunicação, aumentará a produtividade,
reduzirá a quantidade de erros e controlará de forma confiável toda a empresa.
5.2.3.1 Contas a pagar
Este sistema torna o processo de Contas a pagar mais rápido, eficaz e
econômico, pois possui:
O controle de autorizações de pagamentos permite que a empresa faça
a gestão do seu fluxo de pagamentos e de impostos retidos.
Vinculação das baixas com contas bancárias e a emissão de cheques
para estes pagamentos.
Controle e registro dos adiantamentos e compromissos com
fornecedores.
Geração de pagamento escritural, com aprovação por alçadas e o
controle de impostos retidos com emissão automática de guias e
cadastro automático de títulos para pagamento dos impostos retidos,
com calendário de vencimento individualizado para cada imposto.
Relatórios operacionais completos, com dezenas de possibilidades de
visualização dos relatórios de contas a pagar, contas pagas, extrato
credor, saldos de adiantamento, etc.
5.2.3.2 Contas a receber
O sistema de Contas a receber do Sienge reduz em 90% o tempo para
verificação de baixas junto ao banco. Isso só é possível porque o software permite a
manutenção de um histórico de clientes integrado ao sistema Contratos e medições.
As receitas provenientes de medições são automaticamente apresentadas no
sistema de Contas a receber.
Além disso, o sistema gera relatórios de previsão de receitas em cada obra,
controle de inadimplência, cálculo de descontos, antecipações, entre outros.
39
Figura 10 – Imagem do cadastro de titulo a receber no Sienge
Fonte: (http://pt.slideshare.net/Sienge/)
5.2.3.3 Caixa e bancos
O sistema Caixa e bancos agiliza o processo de conciliação bancária e de
emissão de cheques, tornando os dois processos menos trabalhosos e mais
baratos. Pode ser trabalhado com diversas contas-caixa, assim terá maior controle
sobre adiantamentos para cobrir despesas dos engenheiros nas obras.
Possui também, conciliação bancária manual ou através de leitura de extrato
digital, emissão automática de cheques, com controle de numeração por lote,
operações de cancelamentos e exclusões de cheques controladas por senha e
relatórios de: cheques emitidos, cheques pré-datados, cheques não-conciliados,
saldos de contas correntes, mapas de contas correntes, etc.
5.2.3.4 Integração folha de pagamento
A Integração da folha de pagamento aumenta a confiabilidade das
informações referentes à folha de pagamento com o sistema de Contas a pagar, a
40
automatização do processo e evita a redigitação de dados, facilitando o trabalho e
reduzindo o tempo da tarefa.
As informações importadas geram títulos a pagar de acordo com a
parametrização das verbas no Sistema de integração folha de pagamento.
5.2.3.5 Notas fiscais
Este sistema agiliza e reduz o trabalho manual no processo de preenchimento
e emissão de notas fiscais. Permite a configuração de modelos de notas
individualizados por empresa, simplifica o processo de manutenção das tabelas de
apoio à emissão das notas fiscais e permite a geração das notas a partir de
informações de títulos do sistema de Contas a receber.
5.2.3.6 Nota Fiscal Eletrônica
O sistema também permite a emissão de nota fiscal eletrônica de venda de
produto, nota fiscal eletrônica de serviço, nota fiscal eletrônica de transferência e
nota fiscal eletrônica de devolução. Permite também incluir, editar e excluir itens no
preenchimento de uma nota fiscal eletrônica, bem como conseguir vincular um item
da nota fiscal a um produto de venda.
O sistema Notas Fiscais também possui integração com balanças, que lê as
informações recebidas de um software de balança, permitindo calcular o peso da
carga com as informações da pesagem do caminhão vazio e carregado. Também
auxilia no preenchimento das informações para geração da nota no sistema de
Emissão de Nota fiscal.
No caso da emissão de Nota Fiscal Eletrônica na operação de venda, o
sistema permite vincular o preço do produto por cliente (tabela de preços), além de
fazer a comunicação com a SEFAZ (Secretaria da Fazenda) do estado para
requisitar a emissão desta nota e posteriormente gerar o XML e enviar para o
cliente. A geração de título a receber oriundo da NF também ocorre de forma
automática.
41
5.2.4 Módulo Gestão de ativos
O módulo Gestão de Ativos do Sienge permite controlar a movimentação e
baixa dos bens patrimoniais da empresa, frota de veículos e equipamentos em geral,
com acompanhamento contábil, planos e registros dos inventários de bens.
5.2.4.1 Patrimônio
O sistema Patrimônio permite gerenciar os bens patrimoniais da empresa,
suas movimentações entre centros de custo, avaliações e baixas. Ele auxilia na
prevenção de perdas de equipamentos por falta de conservação ou de informações
sobre a localização, diminui imprevistos durante o andamento de uma obra ou
processo, controla e detalha os bens da empresa por marca, modelo, placa, forma
de incorporação, estado de conservação, potência etc.
Possibilita ainda todo o acompanhamento contábil do patrimônio fazendo as
depreciações, bem como planos e registros dos inventários.
5.2.4.2 Frota e equipamentos
O sistema Frotas e equipamentos do Sienge permite o gerenciamento da frota
de veículos e equipamentos da empresa. Com esse sistema é possível a
programação de manutenções preventivas, registro de manutenções corretivas,
abastecimentos de combustível, utilizações de veículos e máquinas, entre outras
funções que ajudam a prevenção de imprevistos e atrasos nas obras.
O uso das máquinas pode ser associado às obras e centros de custos,
conferindo maior precisão ao controle de custos de um empreendimento.
5.2.4.3 Locação de equipamentos
O sistema Locação de Equipamentos permite a reserva, locação, controle de
localização e registro da utilização de equipamentos próprios nas obras. Dessa
forma, é possível planejar a utilização de cada equipamento, evitando que a obra e
seus funcionários fiquem parados.
Mas o mais importante, o sistema distribui o custo de utilização de cada
equipamento para obra onde ele foi utilizado. Assim sua empresa reduz os custos,
pois aumenta a produtividade das equipes através do planejamento de utilização dos
42
equipamentos e somente com a alocação do custo para cada obra, você chega ao
custo real do seu empreendimento.
5.2.5 Módulo Suporte a decisão
O módulo Suporte à Decisão dá rápido acesso a dados e relatórios que
auxiliam a gestão e decisão sobre várias áreas da empresa, permitindo uma visão
macro das áreas e ações preventivas ou corretivas.
5.2.5.1 BI – Business Inteligence (inteligência de negócios)
O sistema Gerencial financeiro ajuda na gestão financeira da empresa,
fornecendo as informações necessárias para tomada de decisões, pois permite a
visualização da situação financeira da empresa em tempo real.
Com o sistema é possível evitar decisões que prejudicam o fluxo de caixa ou
a lucratividade, através de análises de resultado considerando os valores
disponíveis nas contas correntes da empresa, demonstrativo dos pagamentos,
análises de fluxos de caixa e recebimentos ocorridos na obra ou na empresa como
um todo.
O BI disponibiliza informação para que seja analizado a causa e efeito entre
os diversos processos, o que auxilia no entendimento de situações, como impacto
das compras no cronograma de obras, velocidade de vendas X taxa de retorno,
distribuição da carteira de recebíveis e impactos dos departamentos no orçamento
corporativo.
Disponível na forma de ScS (software como serviço, 100% web), o SIENGE
disponibiliza as informações atualizadas da empresa na forma de gráficos,
indicadores e tabelas, interativos, podendo ser acessado pelo computador, tablet ou
celular.
5.2.5.2 Gerencial de obra
O sistema Gerencial de obras ajuda na manutenção da margem de lucro de
obras durante seu andamento, além de permitir a percepção em tempo real de
discrepâncias entre o orçado e valores comprometidos ou gastos.
43
O sistema fornece dados apurados para definição do preço de venda de cada
unidade construtiva e/ou modificação de tática em empreitadas que não estão tendo
o retorno desejado.
O Gerencial de Obras também possui relatórios com cálculo automático de
tendência para cada item orçado, com diversas fórmulas de cálculo da tendência.
5.2.5.3 Gerencial Suprimentos
O sistema Gerencial suprimentos fornece dados para combater o desvio de
materiais e consequentemente ajuda na redução de custos. Com esse sistema a
empresa tem uma visão macro do desempenho do departamento de compras e dos
estoques.
O Gerencial suprimentos permite ainda comparações entre quantidades e
preços orçados e apropriados e a identificação de diferenças entre os dados do
orçamento e do compras.
5.2.5.4 Orçamento empresarial
O sistema orçamento empresarial auxilia sua empresa na elaboração do
planejamento, diminuindo erros estratégicos que gerem prejuízos.
Permite a elaboração de planejamentos com base no plano financeiro e com
diferentes grupos de informações (por departamento, por centro de custo etc.). Além
disso, fornece dados reais e atualizados da empresa, permitindo a identificação de
áreas problemáticas, para que soluções sejam apontadas com mais velocidade.
5.2.5.5 Viabilidade econômica
Esse sistema torna o estudo de viabilidade econômica muito mais preciso,
pois permite cadastrar vários estudos para um mesmo empreendimento, simular
diferentes cenários econômicos (otimista, pessimista, entre outros) e incluir todas as
variáveis do estudo no sistema (custo de construção, compra de terreno, impostos,
corretagem, publicidade, entre outras).
5.2.5.6 Acompanhamento de viabilidade
O sistema Acompanhamento de viabilidade aumenta a efetividade dos
projetos da empresa permitindo o acompanhamento em tempo real e contínuo dos
44
resultados obtidos em um empreendimento, comparando-os com o projetado no
estudo de Viabilidade Econômica.
O sistema possibilita a tomada de ações preventivas para o alcance das
metas financeiras e planejamento de novas estratégias.
5.2.6 Módulo Gestão da qualidade
O módulo Gestão da Qualidade contém funcionalidades para a administração
integrada dos sistemas de gestão de sua empresa.
Todas as funcionalidades atendem às normas ISO 9001, ISO 14001, OHSAS
18001, AS 8000/NBR 16001 e PBQP-H.
5.2.6.1 Administração integrada
O sistema Administração integrada organiza o processo de estruturação de
programas de qualidade dentro da empresa, auxiliando em processos de certificação
como o PBQP-H, Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat, e a
ISO.
Suas funcionalidades envolvem definição de política, objetivos, processos de
qualidade e requisitos de clientes; controle de documentação; convocação, registro e
pauta de reuniões; controle de indicadores com planos de metas, medições e
desempenho dos indicadores.
5.2.6.2 Auditoria interna
O sistema Auditoria interna organiza a inspeção do programa de qualidade da
empresa, para verificar se as metas estão sendo alcançadas, elevando assim as
chances da empresa ser bem avaliada em auditorias externas. Permite também o
cadastro do plano anual de auditorias, planejamento detalhado de cada auditoria
com notificação aos envolvidos e criação de check-list para cada processo.
Modelo de Planilha de verificação da qualidade no anexo A.
5.2.6.3 Melhoria contínua
Este sistema monitora o processo de Melhoria contínua, o qual é um dos itens
avaliados em processos de certificações. Esse sistema possui o controle de
conformidades e não conformidades que podem causar prejuízos à empresa. Além
45
disso, ele também efetua análise crítica e define para cada melhoria, um plano de
atividades detalhado, acompanhando seu andamento e eficácia.
5.2.6.4 Controle de aquisições
O sistema Controle de aquisições permite implantar os conceitos de
padronização e de qualidade buscando a melhoria contínua diretamente nos
serviços das obras.
Para os serviços de obra controlados é possível definir o que deve estar
pronto para que o serviço seja executado; quais ferramentas, materiais e
profissionais devem ser utilizados; quais os itens de segurança devem ser
observados; qual a sequência de tarefas deve ser seguida e quais padrões de
qualidade devem ser atingidos considerando as particularidades de cada obra.
5.2.6.5 Normas e procedimentos
Este sistema permite implantar e controlar Normas e procedimentos para
diferentes tipos de obras, funcionando como um cadastro geral das regras de
execução de serviços da empresa. Isso previne que um serviço seja abandonado
em determinada etapa por falta de equipamento, falta de material ou porque foi
executado erroneamente.
Para os serviços controlados, é possível definir o que deve estar pronto para
que o serviço seja executado; quais os materiais, equipe e ferramentas a serem
utilizados; quais os itens de segurança a serem observados; a sequência de tarefas
para a execução do serviço e os padrões de qualidade a serem atingidos. O sistema
ainda reduz atrasos, retrabalhos e desperdício no canteiro de obras.
Modelo de procedimento no anexo B.
5.2.6.6 Controle ambiental
Este sistema melhora o Controle ambiental da empresa, auxiliando no
cumprimento da NBR ISO 14001. Possibilita o acompanhamento da legislação e dos
resíduos gerados pela empresa, o cadastro da procedência do resíduo, tipo de
acondicionamento para armazenagem e destinação.
46
Relaciona o setor/obra com os aspectos ambientais e com os requisitos
legais. Além disso, é possível informar os aspectos e impactos ambientais no local
onde a obra está sendo executada.
5.2.6.7 Responsabilidade Social
Este sistema viabiliza a responsabilidade social da empresa, auxiliando no
cumprimento da NBR ISO 16001. O sistema permite cadastrar as iniciativas – com
registro de atividades envolvidas – planejadas para atingir e manter a meta
cadastrada para cada indicador.
Há a possibilidade de especificar as despesas necessárias para executar as
atividades e também vincular os colaboradores responsáveis por realizá-las a partir
das iniciativas.
5.2.7 Módulo Segurança
O módulo Segurança gerencia permissões de perfis/usuários, em nível de
página, empresa e obra. É possível definir os acessos de cada colaborador, de
forma que as informações ficam restritas apenas a quem realmente deva ter
conhecimento delas. Você também poderá agendar a emissão automática de
relatórios, consultar a auditoria completa do sistema e definir a política de senhas e
avisos automáticos por usuário.
5.3 Integração com MICROSOFT PROJECT
5.3.1 O Software MICROSOFT PROJECT
Aplicativo da Microsoft, para elaboração de projetos e cronogramas,
caracterizando-se por ser uma excelente ferramenta de gerenciamento,
planejamento, controle e de atualização de informações. Trabalha as datas, tarefas,
vínculos, interdependência de tarefas e recursos, a serem alocados para o perfeito
andamento do empreendimento. Permite o acompanhamento do planejado com a
fase atual do empreendimento, detectando as divergências para que possam ser
solucionadas. Usa os princípios do PERT-CPM.
Por ser uma das ferramentas mais populares do mercado, optou-se, neste
trabalho, pela utilização do programa MS Project como exemplo de software que
47
pode ser integrado com o Sienge, para fins de planejamento, como foi mencionado
no item 5.2.1.3.
5.3.2 Exportação de dados
Para a realização do planejamento, primeiramente deve ser feita a exportação
dos quantitativos da planilha de orçamento do Sienge, para o MS Project. Os dados
exportados são:
Chave: é gerada pelo próprio sistema, com o objetivo de obter uma
comunicação entre os dois aplicativos por meio de um código, possibilitando assim,
a realização da integração entre eles;
Nível: representa os níveis da estruturação, com objetivo exclusivo de
organização, buscando obedecer a uma determinada hierarquia;
Referência: corresponde a uma codificação atribuída a cada nível
correspondente, que procura também obedecer a uma hierarquia;
Unidade construtiva: este dado é atribuído de acordo com cada unidade
definida no orçamento.
Descrição: refere-se ao nome atribuído a todas as atividades, bem como suas
etapas e subetapas.
Quantidade: quantitativo do serviço associado;
Unidade: unidade referente aos serviços definidos anteriormente;
5.3.3 Elaboração do planejamento
Após exportados os dados do Sienge, para a criação do cronograma, são
definidos no MS Project, a duração do tempo necessário para a execução das
atividades, assim como as datas de início e término de cada atividade.
5.3.4 Importação de dados
Pronto o trabalho no MS Project, se faz a importação de volta ao Sienge. Este
tipo de interação entre os dois softwares, pode ser feito a qualquer momento e
quantas vezes necessário para atualização do planejamento.
48
6. APLICAÇÃO DO MÓDULO ENGENHARIA
Para a apresentação de alguns sistemas do módulo engenharia, será usado
dados de uma obra, cujo nome da construtora será mantido em sigilo para não expor
informações particulares.
Serão ilustrados serviços de maior relevância dentro de uma obra horizontal,
de casas concretadas in loco com formas metálicas, em condomínio fechado de
médio porte.
Para cada serviço de uma unidade habitacional, foi orçado uma quantidade
de material, este dado foi comparado com o valor calculado sobre o projeto e com as
quantidades compradas pela obra.
6.1 Comparativos entre materiais orçados x calculados x comprados
Para este estudo serão avaliados alguns materiais pontuais, que
correspondem a uma grande parcela do valor total do serviço.
Tabela 1 – Levantamento material radier
CASA 3 DORM CASA 2 SUITES Valor total Valor total CURVA ABC CURVA ABC CURVA ABC
por casa por casa 3 dorm. 2 suites 3 DORM. 2 SUITES MÉDIA 2 CASAS
PEÇA UNIDADE QUANTIDADE QUANTIDADEjoelho 90º x 40mm PVC classe 8 pç 2,00 3,00 0,44R$ 0,88R$ 1,32R$ 0,036% 0,053% 0,045%
joelho 45º x 50mm PVC classe 8 pç 0,00 1,00 0,81R$ -R$ 0,81R$ 0,000% 0,032% 0,016%
joelho 90º x 25mm PVC classe 8 pç 3,00 3,00 0,18R$ 0,54R$ 0,54R$ 0,022% 0,022% 0,022%
joelho 45º x 40mm PVC classe 8 pç 0,00 1,00 0,54R$ -R$ 0,54R$ 0,000% 0,022% 0,011%
joelho 90º x 50mm PVC classe 8 pç 5,00 5,00 0,55R$ 2,75R$ 2,75R$ 0,113% 0,110% 0,112%
joelho 90º x 100mm PVC classe 8 pç 1,00 2,00 1,83R$ 1,83R$ 3,66R$ 0,075% 0,147% 0,111%
luva 50mm PVC classe 8 pç 4,00 4,00 1,96R$ 7,84R$ 7,84R$ 0,321% 0,314% 0,318%
luva 100mm PVC classe 8 pç 2,00 4,00 1,46R$ 2,92R$ 5,84R$ 0,120% 0,234% 0,177%
ralo sifão 150x150x50 mm pç 1,00 2,00 7,57R$ 7,57R$ 15,14R$ 0,310% 0,607% 0,459%
redução 50x40 mm PVC classe 8 pç 2,00 2,00 0,51R$ 1,02R$ 1,02R$ 0,042% 0,041% 0,041%
caixa gordura sifão 250x250x75 mm pç 2,00 2,00 15,10R$ 30,20R$ 30,20R$ 1,238% 1,211% 1,225%
junção 45° 100x50 mm PVC classe 8 pç 1,00 2,00 5,46R$ 5,46R$ 10,92R$ 0,224% 0,438% 0,331%
tee 25mm PVC classe 15 pç 2,00 2,00 0,31R$ 0,62R$ 0,62R$ 0,025% 0,025% 0,025%
cap 25mm PVC classe 15 pç 3,00 3,00 0,28R$ 0,84R$ 0,84R$ 0,034% 0,034% 0,034%
prolongador 150mm PVC classe 8 pç 1,00 2,00 1,78R$ 1,78R$ 3,56R$ 0,073% 0,143% 0,108%
prolongador 250mm PVC classe 8 pç 2,00 2,00 5,10R$ 10,20R$ 10,20R$ 0,418% 0,409% 0,414%
cano 75mm PVC classe 8 m 4,50 4,50 3,01R$ 13,55R$ 13,55R$ 0,555% 0,543% 0,549%
cano 50mm PVC classe 8 m 8,50 11,67 2,36R$ 20,06R$ 27,53R$ 0,823% 1,104% 0,963%
cano 40mm PVC classe 8 m 4,00 5,50 1,32R$ 5,28R$ 7,26R$ 0,216% 0,291% 0,254%
cano 100mm PVC classe 8 m 22,00 25,00 4,07R$ 89,54R$ 101,75R$ 3,671% 4,080% 3,876%
cano 25mm PVC classe 15 m 18,33 25,00 1,10R$ 20,17R$ 27,50R$ 0,827% 1,103% 0,965%
ferro 8mm m 24,17 25,83 2,97R$ 71,78R$ 76,73R$ 2,943% 3,076% 3,010%
arame queimado nº18 kg 0,17 0,17 5,04R$ 0,84R$ 0,84R$ 0,034% 0,034% 0,034%
mangueira corrugada 3/4" laranja m 25,00 25,00 0,88R$ 22,00R$ 22,00R$ 0,902% 0,882% 0,892%
eletroduto PVC rígido 1" m 4,00 4,00 1,27R$ 5,08R$ 5,08R$ 0,208% 0,204% 0,206%
Joelho eletroduto 1" 90º pç 0,17 0,17 1,89R$ 0,32R$ 0,32R$ 0,013% 0,013% 0,013%
Caixa 40x40x45cm pç 2,00 2,00 34,00R$ 68,00R$ 68,00R$ 2,788% 2,726% 2,757%
Caixa 40x40x55cm pç 1,00 1,00 42,00R$ 42,00R$ 42,00R$ 1,722% 1,684% 1,703%
Areia grossa m³ 4,00 4,00 26,00R$ 104,00R$ 104,00R$ 4,264% 4,170% 4,217%
espaçador chapéu de bruxa pç 55,00 55,00 0,34R$ 18,70R$ 18,70R$ 0,767% 0,750% 0,758%
lona preta 200 micras m² 83,33 83,33 0,55R$ 45,83R$ 45,83R$ 1,879% 1,838% 1,858%
Malha de aço Q138 m² 69,17 69,17 2,77R$ 191,59R$ 191,59R$ 7,856% 7,682% 7,769%
concreto fck 20 MPa m³ 6,75 6,75 242,00R$ 1.633,50R$ 1.633,50R$ 66,979% 65,494% 66,237%
cola PVC l 0,28 0,28 14,50R$ 4,11R$ 4,11R$ 0,168% 0,165% 0,167%
cimento CP-IV kg 16,67 16,67 0,41R$ 6,83R$ 6,83R$ 0,280% 0,274% 0,277%
luva 1" pç 2,00 2,00 0,60R$ 1,20R$ 1,20R$ 0,049% 0,048% 0,049%
2.438,82R$ 2.494,12R$ TOTAL
LEVANTAMENTO MATERIAL
RADIER
M50 - RADIER
Valor unit.
Fonte: Desenvolvido pelo autor
49
Seguindo o mesmo modelo de levantamento, foi quantificado todo material necessário para execução de um radier, assim como o preciso para a execução das paredes de concreto armado.
Tabela 2 – Levantamento material parede
CASA 3 DORM. CASA 2 SUITES Valor total Valor total CURVA ABC CURVA ABC CURVA ABC
por casa por casa 3 dorm. 2 suites 3 dorm. 2 suítes Média 2 CASAS
PEÇA UNIDADE QUANTIDADE QUANTIDADEMalha de ferro Q061 pç 12,50 12,50 44,35R$ 554,38R$ 554,38R$ 14,797% 10,394% 12,596%
Concreto fck 4,5Mpa m³ 13,75 14,00 265,00R$ 2.165,11R$ 3.710,00R$ 57,791% 69,560% 63,676%
Bombeamento de concreto m³ 9,67 10,00 28,00R$ 270,67R$ 280,00R$ 7,225% 5,250% 6,237%
Ferro 8mm m 41,67 45,00 1,20R$ 50,00R$ 54,00R$ 1,335% 1,012% 1,174%
Areia fina m³ 0,10 0,10 40,00R$ 4,00R$ 4,00R$ 0,107% 0,075% 0,091%
Areia grossa m³ 0,08 0,08 26,00R$ 2,17R$ 2,17R$ 0,058% 0,041% 0,049%
Cimento CP- IV kg 41,67 41,67 0,41R$ 17,08R$ 17,08R$ 0,456% 0,320% 0,388%
Argamassa colante (arremate) kg 18,00 18,00 0,18R$ 3,24R$ 3,24R$ 0,086% 0,061% 0,074%
Mangueira corrugada 3/4" amarela m 78,00 83,55 0,90R$ 70,20R$ 75,20R$ 1,874% 1,410% 1,642%
Espaçador de tela DPV30 pç 398,00 412,00 0,07R$ 27,86R$ 28,84R$ 0,744% 0,541% 0,642%
Caixa tomada 4x2 pç 27,00 27,00 0,72R$ 19,44R$ 19,44R$ 0,519% 0,364% 0,442%
Caixa tomada 4x4 pç 4,00 4,00 1,27R$ 5,08R$ 5,08R$ 0,136% 0,095% 0,115%
Arame queimado nº18 kg 0,17 0,17 6,00R$ 1,00R$ 1,00R$ 0,027% 0,019% 0,023%
Joelho 90º 20mm PVC classe 15 pç 1,00 2,00 0,20R$ 0,20R$ 0,40R$ 0,005% 0,007% 0,006%
Joelho 90º az. Bucha latão 25mmx3/4" classe 15 pç 1,00 1,00 1,36R$ 1,36R$ 1,36R$ 0,036% 0,025% 0,031%
Adaptador 20mmx1/2" classe 15 pç 1,00 2,00 0,15R$ 0,15R$ 0,30R$ 0,004% 0,006% 0,005%
Joelho 45º 25mm PVC classe 15 pç 2,00 2,00 0,33R$ 0,66R$ 0,66R$ 0,018% 0,012% 0,015%
Tee 25mm PVC classe 15 pç 2,00 4,00 0,31R$ 0,62R$ 1,24R$ 0,017% 0,023% 0,020%
Bucha redução 25x20mm PVC classe 15 pç 4,00 6,00 0,09R$ 0,36R$ 0,54R$ 0,010% 0,010% 0,010%
Luva 25mm PVC classe 15 pç 2,00 2,00 0,18R$ 0,36R$ 0,36R$ 0,010% 0,007% 0,008%
Luva az. Bucha latão 20mmx1/2" classe 15 pç 1,00 2,00 1,15R$ 1,15R$ 2,30R$ 0,031% 0,043% 0,037%
Joelho 90º az. Bucha latão 20mmx1/2" classe 15 m 4,00 6,00 1,34R$ 5,36R$ 8,04R$ 0,143% 0,151% 0,147%
Tee az. Bucha latão 25mmx1/2" PVC classe 15 pç 1,00 2,00 2,15R$ 2,15R$ 4,30R$ 0,057% 0,081% 0,069%
Registro pressão bronze 1/2" pç 1,00 2,00 12,04R$ 12,04R$ 24,08R$ 0,321% 0,451% 0,386%
Joelho 90º 25mm PVC classe 15 pç 2,00 5,00 0,18R$ 0,36R$ 0,90R$ 0,010% 0,017% 0,013%
Joelho 90º 40mm c/ anel PVC classe 8 pç 3,00 4,00 0,91R$ 2,73R$ 3,64R$ 0,073% 0,068% 0,071%
Luva 40mm PVC classe 8 pç 2,00 3,00 0,29R$ 0,58R$ 0,87R$ 0,015% 0,016% 0,016%
Luva 50mm PVC classe 8 pç 2,00 2,00 1,96R$ 3,92R$ 3,92R$ 0,105% 0,073% 0,089%
Joelho 90º 50mm PVC classe 8 pç 1,00 1,00 0,55R$ 0,55R$ 0,55R$ 0,015% 0,010% 0,012%
Plug 1/2" PVC classe 15 pç 7,00 9,00 0,11R$ 0,77R$ 0,99R$ 0,021% 0,019% 0,020%
Plug 3/4" PVC classe 15 pç 1,00 1,00 0,16R$ 0,16R$ 0,16R$ 0,004% 0,003% 0,004%
Tubo 20mm PVC classe 15 m 3,83 4,00 0,63R$ 2,42R$ 2,52R$ 0,064% 0,047% 0,056%
Tubo 25mm PVC classe 15 m 6,33 6,50 1,10R$ 6,97R$ 7,15R$ 0,186% 0,134% 0,160%
Tubo 40mm PVC classe 8 p/ caixas da elétrica m 1,00 1,33 1,32R$ 1,32R$ 1,76R$ 0,035% 0,033% 0,034%
Tubo 50mm PVC classe 8 m 1,00 1,00 2,36R$ 2,36R$ 2,36R$ 0,063% 0,044% 0,054%
Distanciador de mangueira corrugada PT 3/4 pç 130,00 133,33 0,31R$ 40,30R$ 41,33R$ 1,076% 0,775% 0,925%
Perfil Clássico (sidding) m 72,00 72,00 4,88R$ 351,36R$ 351,36R$ 9,379% 6,588% 7,983%
Perfil de Arremate (sidding) m 20,67 20,67 4,20R$ 86,80R$ 86,80R$ 2,317% 1,627% 1,972%
Perfil de Partida (sidding) m 12,00 12,00 2,60R$ 31,20R$ 31,20R$ 0,833% 0,585% 0,709%
3.746,42R$ 5.333,51R$ TOTAL
Valor unit.
M50 - PAREDESLEVANTAMENTO MATERIAL
PAREDE
Fonte: Desenvolvido pelo autor
A curva ABC é uma classificação estatística, em que se considera a
importância dos materiais, baseada nas quantidades utilizadas e no seu valor, com
ela é possível identificar os itens de maior importância ou impacto, os quais são
normalmente em menor número.
As planilhas acima demonstram o quanto, apenas dois materiais, pesam na
curva ABC do referido serviço. Em ambos, concretagem de radier e de paredes, os
50
insumos: concreto e tela soldada, correspondem juntos a cerca de 75% do valor total
de todo material.
6.1.1 Cerâmica
Valores em m².
Tabela 3 – Comparativo revestimento cerâmico
ORÇADO Unidade Construtiva UC.3 UC.4 UC.5
Piso 6697,0 6503,0 4562,0
Parede 1328,0 1275,0 907,0
TOTAL 8025,0 7778,0 5469,0 21272,0
CALCULADO Modelo de casa 2 suites 3 dorm
Área total por casa 62,1 55,1
Número total de casas 166,0 200,0
TOTAL 10307,1 11014,3 21321,4
COMPRADO
Pedidos de cerâmica
7383,6 11491,2 3090,0 350,0 680,0 TOTAL 22994,8
Cerâmica comprada a mais 1722,8 % a mais 8,1%
Fonte: Desenvolvido pelo autor
Analisando os dados, verifica-se que o valor orçado corresponde à
quantidade a ser executada. Porém a quantidade comprada é 8% maior, isso pode
ser atribuído às quebras, recortes e retrabalhos.
51
6.1.2 Concreto fck 20MPa autoadensável – Parede casas
Valores em m³.
Tabela 4 – Comparativo concreto autoadensável
ORÇADO
Unidade Construtiva UC.3 UC.4 UC.5 TOTAL
Concreto Fck 20 Mpa Autoadensável
1747,0 1695,0 1190,0 4632,0
CALCULADO Modelo de casa 2 suites 3 dorm
Volume concretagem 28,0 27,5
Número total de concretagens
83 100
TOTAL 2324,0 2750,0 5074,0
COMPRADO
Pedidos de concreto Fck 20 Mpa Autoadensável
1701,0
3391,5
TOTAL 5092,5
Concreto comprado a mais 18,5 % a mais 0,4%
Fonte: Desenvolvido pelo autor
Neste caso, o quantitativo orçado difere do calculado devido à necessidade
de mudar o modo de execução após a elaboração do orçamento. A planilha
orçamentária seguiu o padrão dos outros empreendimentos de mesmo projeto, onde
os oitões eram construídos junto à estrutura do telhado através de revestimentos
siding vinílicos ou placas cimentícias. Porém para adaptar-se às exigências para a
cidade de Santa Maria, foi necessário executá-los junto às paredes das casas.
Comparando então o volume calculado e o comprado, houve uma mínima
diferença de 18,5m³ no montante total, justificado para repor em casos em que
52
houve problemas na concretagem, como por exemplo, a forma abriu e houve
vazamento pontual de concreto.
´
6.1.3 Tela soldada Q-61 – Paredes
Valores em Kg.
Tabela 5 – Comparativo tela soldada Q 61 – Paredes
ORÇADO
Unidade Construtiva UC.3 UC.4 UC.5 TOTAL
Tela soldada Q61 20252,0 19649,0 13798,0 53699,0
CALCULADO Modelo de casa 2 suites 3 dorm
Tela soldada Q61 por concretagem
425,0 415,0
Número total de concretagens
83 100
TOTAL 35275,0 41500,0 76775,0
COMPRADO
Pedidos de tela Q61
19251,0
1001,0
7761,0
10751,0
44514,0
TOTAL 83278,0
Tela comprado a mais 29579,0 % a mais 8,5%
Fonte: Desenvolvido pelo autor
Para este insumo temos o mesmo caso abordado no item 6.1.2, a quantidade
orçada não condiz com o calculado devido a ausência dos oitões quando elaborado
orçamento.
53
Comparando o calculado x comprado, chega-se a diferença de 8,5% que
corresponde ao mal aproveitamento das malhas em paginações pré estabelecidas.
6.1.4 Concreto fck 25MPa – Radier
Valores em m³.
Tabela 6 – Comparativo Concreto fck 25MPa
ORÇADO
Unidade Construtiva UC.3 UC.4 UC.5 TOTAL
Concreto Fck 25 Mpa 914,6 887,9 623,2 2425,7
CALCULADO Modelo de casa 2 suites 3 dorm
Volume concretagem 13,5 13,5
Número total de concretagens
83 100
TOTAL 1120,5 1350,0 2470,5
COMPRADO
Pedidos de concreto Fck 25 Mpa
156,0
2104,0
360,0
TOTAL 2620,0
Concreto comprado a mais 194,3 % a mais 6,1%
Fonte: Desenvolvido pelo autor
Os números do orçado e do calculado conferem, porém o comprado tem uma
quantidade significativa a mais. O que ocorre é que, um erro de 1cm a mais na altura
do radier, representa um aumento de cerca de 8% a mais no consumo de concreto.
Justifica-se então estes números a falta de conferência no nivelamento da cancha
pré concretagem.
54
6.1.5 Tela soldada Q-138 – Radier
Valores em Kg.
Tabela 7 - Comparativo tela soldada Q 138 - Radier
ORÇADO
Unidade Construtiva UC.3 UC.4 UC.5 TOTAL
Tela soldada Q138 24954,6 24233,0 16999,4 66187,0
CALCULADO Modelo de casa 2 suites 3 dorm
Tela soldada Q138 por concretagem
390,0 390,0
Número total de concretagens
83 100
TOTAL 32370,0 39000,0 71370,0
COMPRADO
Pedidos de tela Q138
24578,4
8408,4
6726,7
33180,8
TOTAL 72894,3
Tela comprado a mais 6707,3 % a mais 2,1%
Fonte: Desenvolvido pelo autor
Pode-se notar que o valor calculado supera o orçado, isso se deve ao método
adotado na execução da obra, onde foi usada a própria tela para armar as vigas de
borda.
Visto isso, comparando-se o calculado x comprado, chega-se a uma pequena
diferença de 2,1% que, similar ao item 6.1.3, refere-se ao aproveitamento das
malhas e sobras de recortes.
55
6.2 Comparativo estimado: obra com sistema ERP x obra sem sistema de
gestão integrada
Segundo informações da Softplan, desenvolvedora do Sienge, podemos
considerar que um dos principais benefícios do Sienge é a redução de desperdício.
E para isso, informam um número para um cálculo simples, segundo estudos, 10%
de todo o material é desperdiçado.
Com isso, considerarmos esses 10% para os materiais levantados no item
6.1, e obtemos os seguintes resultados:
Tabela 8 – Comparativo obra com ERP x sem ERP
Material Un.Quantidade
Comprada
Quant. Estimada
obra sem ERPValor Un. Valor total
Valor estimado
obra sem ERPDiferença
Cerâmica m² 22994,8 25294,3 9,48R$ 217.990,70R$ 239.789,77R$ 21.799,07-R$
Concreto Fck20
autoadensávelm³ 5092,5 5601,8 318,00R$ 1.619.415,00R$ 1.781.356,50R$ 161.941,50-R$
Concreto Fck25 m³ 2620,0 2882,0 290,40R$ 760.848,00R$ 836.932,80R$ 76.084,80-R$
Tela soldada Q61 Kg 83278,0 91605,8 4,27R$ 355.763,62R$ 391.339,98R$ 35.576,36-R$
Tela soldada Q138 Kg 72894,3 80183,7 4,14R$ 301.782,40R$ 331.960,64R$ 30.178,24-R$
325.579,97-R$
Fonte: Desenvolvido pelo autor
Na simulação com os insumos escolhidos, obteve-se um montante bastante
considerável para a situação proposta. Para efeito de comparação, retiraram-se
alguns dados da obra para dar dimensão desses números.
Primeiramente comparando ao orçamento total da obra, no valor exato de
R$22.862.988,25 (vinte e dois milhões oitocentos e sessenta e dois mil novecentos e
oitenta e oito reais).
56
Figura 11 – Valor total do orçamento da obra
Fonte: Orçamento empresa pesquisada
O valor total levantado representa 1,42% do orçamento da obra. Esta
porcentagem pode, em um primeiro momento, não transparecer o quanto isso
significa no valor total, com isso compara-se então com o valor total de material
utilizado para execução de um radier.
Tabela 9 – Levantamento de material de radier
CASA 3 DORM CASA 2 SUITES Valor total Valor total CURVA ABC CURVA ABC CURVA ABC
por casa por casa 3 dorm. 2 suites 3 DORM. 2 SUITES MÉDIA 2 CASAS
PEÇA UNIDADE QUANTIDADE QUANTIDADEjoelho 90º x 40mm PVC classe 8 pç 2,00 3,00 0,44R$ 0,88R$ 1,32R$ 0,036% 0,053% 0,045%
joelho 45º x 50mm PVC classe 8 pç 0,00 1,00 0,81R$ -R$ 0,81R$ 0,000% 0,032% 0,016%
joelho 90º x 25mm PVC classe 8 pç 3,00 3,00 0,18R$ 0,54R$ 0,54R$ 0,022% 0,022% 0,022%
joelho 45º x 40mm PVC classe 8 pç 0,00 1,00 0,54R$ -R$ 0,54R$ 0,000% 0,022% 0,011%
joelho 90º x 50mm PVC classe 8 pç 5,00 5,00 0,55R$ 2,75R$ 2,75R$ 0,113% 0,110% 0,112%
joelho 90º x 100mm PVC classe 8 pç 1,00 2,00 1,83R$ 1,83R$ 3,66R$ 0,075% 0,147% 0,111%
luva 50mm PVC classe 8 pç 4,00 4,00 1,96R$ 7,84R$ 7,84R$ 0,321% 0,314% 0,318%
luva 100mm PVC classe 8 pç 2,00 4,00 1,46R$ 2,92R$ 5,84R$ 0,120% 0,234% 0,177%
ralo sifão 150x150x50 mm pç 1,00 2,00 7,57R$ 7,57R$ 15,14R$ 0,310% 0,607% 0,459%
redução 50x40 mm PVC classe 8 pç 2,00 2,00 0,51R$ 1,02R$ 1,02R$ 0,042% 0,041% 0,041%
caixa gordura sifão 250x250x75 mm pç 2,00 2,00 15,10R$ 30,20R$ 30,20R$ 1,238% 1,211% 1,225%
junção 45° 100x50 mm PVC classe 8 pç 1,00 2,00 5,46R$ 5,46R$ 10,92R$ 0,224% 0,438% 0,331%
tee 25mm PVC classe 15 pç 2,00 2,00 0,31R$ 0,62R$ 0,62R$ 0,025% 0,025% 0,025%
cap 25mm PVC classe 15 pç 3,00 3,00 0,28R$ 0,84R$ 0,84R$ 0,034% 0,034% 0,034%
prolongador 150mm PVC classe 8 pç 1,00 2,00 1,78R$ 1,78R$ 3,56R$ 0,073% 0,143% 0,108%
prolongador 250mm PVC classe 8 pç 2,00 2,00 5,10R$ 10,20R$ 10,20R$ 0,418% 0,409% 0,414%
cano 75mm PVC classe 8 m 4,50 4,50 3,01R$ 13,55R$ 13,55R$ 0,555% 0,543% 0,549%
cano 50mm PVC classe 8 m 8,50 11,67 2,36R$ 20,06R$ 27,53R$ 0,823% 1,104% 0,963%
cano 40mm PVC classe 8 m 4,00 5,50 1,32R$ 5,28R$ 7,26R$ 0,216% 0,291% 0,254%
cano 100mm PVC classe 8 m 22,00 25,00 4,07R$ 89,54R$ 101,75R$ 3,671% 4,080% 3,876%
cano 25mm PVC classe 15 m 18,33 25,00 1,10R$ 20,17R$ 27,50R$ 0,827% 1,103% 0,965%
ferro 8mm m 24,17 25,83 2,97R$ 71,78R$ 76,73R$ 2,943% 3,076% 3,010%
arame queimado nº18 kg 0,17 0,17 5,04R$ 0,84R$ 0,84R$ 0,034% 0,034% 0,034%
mangueira corrugada 3/4" laranja m 25,00 25,00 0,88R$ 22,00R$ 22,00R$ 0,902% 0,882% 0,892%
eletroduto PVC rígido 1" m 4,00 4,00 1,27R$ 5,08R$ 5,08R$ 0,208% 0,204% 0,206%
Joelho eletroduto 1" 90º pç 0,17 0,17 1,89R$ 0,32R$ 0,32R$ 0,013% 0,013% 0,013%
Caixa 40x40x45cm pç 2,00 2,00 34,00R$ 68,00R$ 68,00R$ 2,788% 2,726% 2,757%
Caixa 40x40x55cm pç 1,00 1,00 42,00R$ 42,00R$ 42,00R$ 1,722% 1,684% 1,703%
Areia grossa m³ 4,00 4,00 26,00R$ 104,00R$ 104,00R$ 4,264% 4,170% 4,217%
espaçador chapéu de bruxa pç 55,00 55,00 0,34R$ 18,70R$ 18,70R$ 0,767% 0,750% 0,758%
lona preta 200 micras m² 83,33 83,33 0,55R$ 45,83R$ 45,83R$ 1,879% 1,838% 1,858%
Malha de aço Q138 m² 69,17 69,17 2,77R$ 191,59R$ 191,59R$ 7,856% 7,682% 7,769%
concreto fck 20 MPa m³ 6,75 6,75 242,00R$ 1.633,50R$ 1.633,50R$ 66,979% 65,494% 66,237%
cola PVC l 0,28 0,28 14,50R$ 4,11R$ 4,11R$ 0,168% 0,165% 0,167%
cimento CP-IV kg 16,67 16,67 0,41R$ 6,83R$ 6,83R$ 0,280% 0,274% 0,277%
luva 1" pç 2,00 2,00 0,60R$ 1,20R$ 1,20R$ 0,049% 0,048% 0,049%
2.438,82R$ 2.494,12R$ TOTAL
LEVANTAMENTO MATERIAL
RADIER
M50 - RADIER
Valor unit.
Fonte: Desenvolvido pelo autor
Seguindo a tabela 1 no item 6.1 deste trabalho, obtém-se o custo médio entre
os dois tipos de casa: R$ 2.466,47 (dois mil quatrocentos e sessenta e seis reais).
57
Chegamos então ao incrível número de 132 casas, ou seja, o valor levantado seria
suficiente para comprar todo material para execução de 36% das fundações das
casas.
Por último, utilizaremos o valor inicial de venda de cada casa, R$ 89.000,00
(oitenta e nove mil reais), com o déficit levantado seria possível adquirir quase
quatro unidades.
58
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na realização deste trabalho de conclusão de curso, pôde-se adquirir uma
visão ampla de todos os processos que envolvem o planejamento e tudo que está
intimamente ligado à gestão de uma obra e de uma empresa como um todo.
Nos tempos atuais é notória a necessidade de uma empresa possuir
ferramentas tecnológicas modernas e funcionais, para assim manter-se competitiva
no mercado da construção civil. No entanto, mais importante do que dispor destas
ferramentas, é tirar o maior proveito da mesma, aumentando produtividade e
qualidade, necessitando com isso então, haver o total domínio do conhecimento
sobre o sistema.
O presente trabalho teve a proposta de fazer um estudo através de revisões
bibliográficas sobre software de gestão integrada, com objetivo de analisar as
ferramentas disponíveis e apresentar um pouco da importância e potencial dele para
uma obra.
Apesar das dificuldades de implantação dentro de uma empresa, as
vantagens são muitas, sobrepondo a estes problemas. É possível ajustar os
módulos de acordo com a necessidade da empresa ou até mesmo adaptar o
software à corporação.
A apresentação dos inúmeros serviços disponibilizados pelo Sienge,
colaborou para ilustrar o nível de ajuda que pode ser alcançado dentro de todos os
setores da empresa, padronizando processos e facilitando todos os tipos de
serviços.
Fica evidenciado que o seu uso contribui para os diversos setores da
empresa, reduzindo custos com desperdícios, quadro funcional entre outros. Visto
que funções como a emissão de relatórios podem reduzir em até 90% o tempo de
trabalho, entre outas vantagens, com isso aumentando a lucratividade.
Ao fim verifica-se que a aplicação dos conhecimentos de gestão, integrado ao
software, pode gerar um conjunto de ferramentas importantes para o melhor controle
do planejamento e orçamento da obra.
59
Em suma, pode-se dizer que o trabalho demonstrou o potencial de um
sistema de gestão integrada, e o quanto pode ser útil para um gerente de obra e em
consequência para mim, visto que na graduação pouco contato tive com
gerenciamento de obras, ramo este do mercado que escolhi para seguir na minha
profissão.
60
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PEREIRA, C. D. S. Sistemas integrados de gestão empresarial um estudo de caso de implementação de um sistema ERP em uma empresa seguradora brasileira. São Paulo: USP, 2002. CBIC. Camara Brasileira da Indústria da Construção. Disponível em: <http://www.cbicdados.com.br>. Acesso em: julho 2015. CHUNG, B. et al.. Developing ERP Systems Success Model for the Construction Industry. Journal of construction engineering and management, 2009. BERNARDES, M. Método de análise do processo de planejamento da produção de empresas construtoras através do estudo do seu fluxo de informação: proposta baseada em estudo de caso. UFRGS, Porto Alegre, 1996. MATTOS, A. D. Planejamento e controle de obras. São Paulo: Pini, 2010. BELTRAME, E. S. Avaliação do software SIENGE no orçamento e planejamento de uma obra. Florianópolis, 2007 NOCÊRA, R.J. Planejamento e Controle de Obras. São Paulo: RJN, 2014. VIEIRA NETTO, A. Como gerenciar construções . São Paulo: PINI, 1988 THOMAZ, E. Tecnologia, gerenciamento e qualidade na construção. São Paulo: PINI, 2001. FORMOSO, C. T.; SAURIN, T. A.. et al Planejamento de canteiros de obra e gestão de processos. Porto Alegre: ANTAC, 2006. BALARINE, O. F. O. Administração e finanças para construtores e incorporadores. Porto Alegre: EDIPUC-RS, 1990. FRITZ GEHBAUER. et al. Planejamento e gestão de obras: um exemplo prático da cooperação Brasil – Alemanha. Curitiba, CEFET – PR, 2002. NBR-12721. Avaliação de Custos Unitários e Preparo de Orçamento para Incorporação de Edifícios em Condomínio. ABNT, 1992. SIENGE. SIENGE Software de Gestão da Construção. Disponível em: <http://www.SIENGE.com.br>. Acesso em: julho 2015. SOFTPLAN/POLIGRAPH. SOFTPLAN/POLIGRAPH Sistemas Integrados. Disponível em: <http://www.SOFTPLAN.com.br>. Acesso em: julho 2015. JUNGLES, A. E.; AVILA, A. V. Gerenciamento na Construção Civil. Chapecó: Argos, 2006.
Referência / Arquivo:
ENG-016-PVQ
Data de emissão:
01/09/1999
Data da última revisão:
08/11/2012
Nome:
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Tipo de documento:
PLANILHA DE VERIFICAÇÃO DA QUALIDADE
Setores envolvidos:
ENGENHARIA Página:
1/1
Versão:
04
Obra: Mestre:
Etapa: Instalações hidrossanitárias Técnico:
Serviço: Instalações hidrossanitárias Engenheiro:
Lote:
Verificação 1 Verificação 2 Verificação 3 Verificação 4
1 Posicionamento das tubulações: 1.1 Posicionamento das esperas de AF e AQ 1.2 Posicionamento das esperas de esgoto 2 Fixações: 2.1 Traço 2.2 Fixações dos pontos de espera 2.3 Fixações das tubulações suspensas 3 Testes finais: 3.1 Teste AF e AQ 3.2 Teste do esgoto 3.3 Limpeza e Acabamentos
Observações:
Número de lotes básicos conferidos: Percentual de verificações conformes:
Nota do Lote: Detalhamento Rejeições
Referência / Arquivo:
ENG-016-PES
Data de emissão:
01/09/1999
Data da última revisão:
08/11/2012
Nome:
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Tipo de documento:
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO DE SERVIÇOS
Setores envolvidos:
ENGENHARIA Página:
1/2
Versão:
04
OBJETIVO
O objetivo desse procedimento é padronizar e fornecer diretrizes para a execução de instalações hidrossanitárias.
RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO
Empresa terceira.
DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Projeto de instalações hidrossanitárias;
Projeto arquitetônico;
Projeto estrutural;
Projeto de alvenaria;
Projeto de sprinklers.
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
Os materiais e equipamentos ficam a cargo da empresa terceira responsável pela execução dos serviços.
MÉTODO EXECUTIVO
Todas as tubulações, conexões, caixas e pontos de espera devem ser posicionados de acordo com o projeto. As fixações para as tubulações suspensas devem ser executadas com material adequado.
As tubulações de água fria e quente devem ser testadas com pressão por um período de, no mínimo, 24 h. As tubulações de esgoto deverão ser testadas com água corrente.
No caso de alvenaria com blocos cerâmicos, a fixação dos pontos de espera deve ser executada com argamassa de cimento e areia. No caso de alvenaria comum, a fixação das tubulações e pontos de espera deverá ser executada com a mesma argamassa de revestimento.
No caso de paredes em gesso acartonado a fixação dos pontos de esperas deve ser feita na estrutura da parede ou em travessas metálicas instaladas para este fim. Todos os pontos de esperas que furarem ou transpassarem as placas de gesso acartonado (em áreas frias) devem ser rejuntados com mástique elastomérico ou massa plástica.
Quando da instalação de tubulações PEX com “mani-folds”, estes devem estar fixados antes da conexão das tubulações PEX para evitar esforço na ligação entre o “mani-fold” e a coluna.
VERIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS
Preenchimento da planilha
Preencher a planilha ENG-016-PVQ inserindo o nome da obra, o lote verificado, a data e a situação de cada serviço (“A” – aprovado; “R” – reprovado; “AR” – aprovado, porém não conforme com os requisitos especificados, “-“ – não aplicável).
Referência / Arquivo:
ENG-016-PES
Data de emissão:
01/09/1999
Data da última revisão:
08/11/2012
Nome:
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Tipo de documento:
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO DE SERVIÇOS
Setores envolvidos:
ENGENHARIA Página:
2/2
Versão:
04
Nos casos em que há não conformidades, proceder conforme o procedimento para controle de produto não conforme (ADM-013-PG).
As verificações são feitas sucessivamente na mesma planilha, até que se alcance a liberação do serviço (todos os itens com “A”, “AR” ou “-“).
Após a verificação final de todos os itens da planilha, o responsável deve preencher o rodapé (índice de conformidade do processo), conforme descrito:
Lote básico: é o lote padrão de inspeção utilizado para o cálculo do índice de conformidade do processo;
Número de lotes básicos conferidos: é a quantidade (pode ser uma fração ou um múltiplo) de lotes básicos conferidos na planilha. Quando houverem verificações que serão feitas em frações de lotes básicos, o desdobramento deve estar definido e o registro deve ser mantido junto as PVQs;
Percentual de verificações totalmente conformes: é o número de verificações aprovadas na primeira inspeção dividido pelo número de verificações realizadas na primeira inspeção.
Nota do lote: é o percentual de verificações totalmente conformes multiplicado pelo número de lotes básicos conferidos.
Detalhamento das rejeições: Neste campo devem ser preenchidas as verificações que resultaram em rejeição na primeira verificação.
Após a planilha preenchida na íntegra, o responsável pela verificação deve rubricá-la no campo específico.
Essa planilha pode ter por responsável o mestre, o técnico, ou o engenheiro da obra.
Critérios de avaliação dos serviços
Item Item de Verificação Metodologia e Critério de Avaliação
1 Posicionamento das tubulações
Verificar o posicionamento das esperas de água fria
(tolerância de 3 cm).
Verificar o posicionamento das esperas de água quente
(tolerância de 3 cm).
Verificar o posicionamento das esperas de esgoto (tolerância
de 5 cm).
2 Fixações Verificar o traço da argamassa de fixação.
Verificar a fixação dos pontos de espera.
Verificar a fixação das tubulações suspensas.
3 Testes finais Verificar o teste de pressão das tubulações de água fria e água quente.
Verificar o teste do esgoto.
Verificar a limpeza final e os rejuntamentos dos pontos de esperas com mástique elastomérico ou massa plástica (quando em gesso acartonado).