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Disciplina: Ética na saúde Aula 10: Maus-tratos, abusos e sanções legais Apresentação Nesta aula, trataremos da humanização do ambiente hospitalar, veremos como o avanço nas tecnologias de saúde trouxe inicialmente o abandono de uma atitude mais humanista das relações com os pacientes. Entenderemos como a humanização destes ambientes depende também da humanização das relações institucionais internas e analisaremos alguns aspectos da legislação brasileira que garante os direitos dos pacientes. Em seguida, falaremos sobre maus-tratos, abusos e sanções legais -, analisaremos o conceito de violência e como os profissionais de saúde estão expostos diretamente às consequências das diversas formas de violências presentes na sociedade. Entenderemos porque idosos e crianças são as vítimas mais frequentes de abusos e de que maneira os profissionais de saúde têm responsabilidades na notificação destes casos. Para finalizar esta nossa última aula, faremos uma análise do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e veremos como ele tipifica e qualifica os diferentes tipos de violência contra a infância. Bons estudos! Objetivos Identificar a evolução histórica dos direitos humanos em relação à pacientes internados ou em tratamento ambulatorial; Reconhecer o conceito de humanização do ambiente hospitalar; Analisar a legislação sobre sanções legais a abusos e maus-tratos; Verificar as definições e conceituação de violência.

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Disciplina: Ética na saúde

Aula 10: Maus-tratos, abusos e sanções legais

Apresentação

Nesta aula, trataremos da humanização do ambiente hospitalar, veremos como o avanço nastecnologias de saúde trouxe inicialmente o abandono de uma atitude mais humanista dasrelações com os pacientes. Entenderemos como a humanização destes ambientes dependetambém da humanização das relações institucionais internas e analisaremos alguns aspectos dalegislação brasileira que garante os direitos dos pacientes.

Em seguida, falaremos sobre maus-tratos, abusos e sanções legais -, analisaremos o conceito deviolência e como os profissionais de saúde estão expostos diretamente às consequências dasdiversas formas de violências presentes na sociedade. Entenderemos porque idosos e criançassão as vítimas mais frequentes de abusos e de que maneira os profissionais de saúde têmresponsabilidades na notificação destes casos.

Para finalizar esta nossa última aula, faremos uma análise do Estatuto da Criança e doAdolescente (ECA) e veremos como ele tipifica e qualifica os diferentes tipos de violência contraa infância.

Bons estudos!

Objetivos

Identificar a evolução histórica dos direitos humanos em relação à pacientes internados ouem tratamento ambulatorial;Reconhecer o conceito de humanização do ambiente hospitalar;Analisar a legislação sobre sanções legais a abusos e maus-tratos;Verificar as definições e conceituação de violência.

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Humanização do ambiente hospitalarA valorização da ciência, a partir essencialmente do século XVIII, produziu muitasmudanças na vida e na rotina das pessoas, independente destas serem ou nãodiretamente interessadas em ciência.

Cientista manipulando alguns equipamentos | Fonte: Pixabay

Vejamos como se deu a evolução da humanização do ambiente hospitalar:

Antes do apogeu positivista da ciência, os hospitais eram locais de exclusão socialonde apenas os pobres recorriam (uma vez que os mais abastados traziam osmédicos e demais cuidados de saúde para o interior de suas residências) e, namaioria das vezes, a atenção assistencialista do hospital se direcionava para oscuidados materiais e espirituais, uma vez que a cura das doenças não aparecia comoalternativa prioritária aos ali internados.

(Fonte: Pixabay)

A partir do desenvolvimento da ciência, esta situação se altera em função do grandeinteresse experimental na análise de patologias e medicamentos. O hospital passa aser um local de estudo, de aprimoramento de meios de diagnóstico e tratamento.Assim, o foco passa a ser a abordagem técnica e científica das doenças.

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(Fonte: Pixabay)

Se por um lado esta nova perspectiva faz com que o hospital deixe de ser um localde morte e passe a ser visto como uma instituição de recuperação, por outro,condutas associadas ao conforto espiritual ou ao assistencialismo ficaram esquecidasem detrimento da nova abordagem científica.

Nomes passam a ser substituídos por diagnósticos e a maioria dos profissionais desaúde passa a ignorar cuidados básicos de atenção à pessoa do paciente, emdetrimento de um profundo rigor na percepção do traçado eletrocardiográfico e dapressão venosa. Assim, houve aparentemente uma inversão de valores associadosaos cuidados em saúde.

Como em uma gangorra, se até o século XVIII a atenção pessoal parecia compensara carência de possibilidades que a ciência tinha a oferecer, a partir daquele momentoos conhecimentos técnicos referentes aos problemas de saúde pareciam tornardesnecessários qualquer atenção pessoal mais cuidadosa com a pessoa do doente.

A abordagem contemporânea de saúde, impregnada de uma perspectiva maisholística, entende que as patologias não podem ser interpretadas exclusivamenteatravés dos órgãos nos quais os distúrbios se exibem, mas precisam ser analisadassob uma concepção mais global do ser humano, deixando de lado a percepçãodualista e compreendendo a pessoa como uma unidade.

(Fonte: Pixabay)

Assim, por definição, esta nova abordagem assume um caráter mais humanístico e aatenção aos componentes subjetivos da doença, seus aspectos emocionais,componentes mórbidos, além da fisiopatologia e demais aspectos das dimensõessociais e psíquicas passam a ser valorizados. Busca-se hoje dosar novas tecnologiase medicamentos de última geração com o relacionamento entre as pessoas,procurando equilibrar ciência e ética através da noção de valores humanos.

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A dificuldade na instalação desta humanização do ambiente hospitalar, no entanto,começa pela própria incongruência das circunstâncias. Como em qualquer outrainstituição, o hospital convive com objetivos financeiros, políticos, pessoais e uma sériede situações de vida que frequentemente se conflitam e transformam ações eminstrumentos de anseios nem sempre éticos ou coletivos.

Assim, a humanização do atendimento de saúde passa,primordialmente, pela humanização das próprias relaçõesinstitucionais.

Médico atendendo a uma paciente. (Fonte: Pixabay)

Os profissionais de saúde submetem-se em sua atividade a tensões psicológicasprovenientes do contato permanente com a dor alheia, tensões relativas ao seudesempenho que pode representar a diferença entre a vida e a morte de pessoas, alémdas pressões que muitos trabalhadores vivenciam, independente de suas áreas deatuação, como as condições salariais e de trabalho.

Cuidar destes profissionais e humanizar suas relações de trabalho é o passo inicial dequalquer processo de atenção.

Outro importante aspecto diz respeito à consciência de que um trabalho bem sucedidodepende:

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1

Tanto da qualidade técnica do profissional.

2

Quanto da qualidade interacional entre profissional e paciente.

Há uma profunda melhora no desempenho dos profissionais de saúde quando estes sãocapazes de interpretar aspectos emocionais de seus pacientes.

Com isso, conseguem também minimizar resistências, otimizar relatos e adesões aostratamentos.

É fundamental que o profissional de saúde aprimore seus conhecimentos dos aspectosinterpessoais da tarefa assistencial e conheça estratégias profissionais de lidar com estassituações.

Leitura

Para saber mais sobre esse assunto, leia o texto “A Humanização hospitalar<galeria/aula10/anexo/pdf1.pdf> ”.

ViolênciaUma das características mais marcantes das sociedades é a violência. Em todas ascamadas sociais das mais diversas culturas, vemos historicamente este grave problemasocial atingindo indiscriminadamente a todos.

Reconhecer e repudiar um comportamento violento está diretamente associado àexistência de valores éticos.

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A violência pode ser:

1

Cotidiana

2

Institucional

3

Do Estado

4

Praticada por marginais

5

Praticada nos programas de TV

6

Doméstica

7

Praticada no trânsito de grandes centros

8

De muitas outras formas

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Apenas o cultivo destes valores nos indivíduos é capaz de fazer

frente a este tipo de prática que se dissemina como um vírus nas

sociedades.

Os profissionais de saúde, no exercício de suas funções, também estão expostos apresenciar situações de violência e precisam pautar suas condutas e respostas a estassituações em padrões éticos que os impeçam de compactuar com qualquer espécie de

covardia ou injustiça contra o outro.

Profissional de saúde | Fonte: Pixabay

Se o profissional estiver atento a estas situações e imbuído da convicção de nãocompactuação, certamente também estará isento da prática de negligência, abusos e

desrespeitos que, infelizmente, ainda estão presentes no exercício profissional de alguns.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), em seu Relatório Mundial sobre Violência eSaúde, um extenso documento publicado em Outubro de 2002, define violência comosendo:

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O uso intencional de força física ou poder, real ou em forma de

ameaça, contra si próprio, contra o outro, ou contra um grupo

ou comunidade, que resulte ou tenha probabilidade de resultar

em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de

desenvolvimento ou privação.

Assim, um ato violento é um comportamento que se opõe à ética, na medida em quenega os valores e direitos básicos da pessoa, a “coisifica” e a suprime de sua dignidade econdição de igualdade. Desta forma, tendo o profissional de saúde o reconhecimento dadignidade das pessoas, o respeito pelo outro e a consciência dos valores e direitoshumanos, estará moralmente preparado para o enfrentamento destas situações.

Em 1982, a ONU (Organização das Nações Unidas) em assembleia geral instituiu aResolução 37/194 <http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&langpair=en%7Cpt&u=http://www.un.org/documents/ga/res/37/a37r194.htm> que trata de princípios de ética médica aplicáveis à função do pessoal de saúde,especialmente aos médicos, na proteção de prisioneiros ou detidos, contra tortura eoutros tratamentos cruéis.

Nesta Resolução, composta por uma série de princípios que não se limitam às pessoasem condição de presos formais, mas se estendem a qualquer indivíduo em condição deprivação de sua autonomia de liberdade consta, dentre outros de:

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Uma grave violação da ética médica, bem como uma ofensa aos

instrumentos internacionais aplicáveis na área da saúde,

participar ativa ou passivamente nos atos que constituem

participação, cumplicidade, incitamento ou tentativa para

cometer tortura ou outros tratamentos cruéis, desumanos ou

degradantes.

Deixa claro, assim, a concepção de que presenciar maus-tratos, abusos oucomportamentos degradantes, não os denunciar ou evitar, transforma o profissional desaúde em cúmplice de crime contra o outro.

Vítimas frequentes de abusos e maustratosAs vítimas mais frequentes de abusos e maus-tratos, por sua própria natureza defragilidade, são:

Crianças

Idosos

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Estas características promovem exclusão social e familiar, favorecendo as mais diversasformas de violência.

Violência contra o idoso

O estudo mais sistemático da violência contra o idoso começa a surgir em meados dadécada de 70 e, inicialmente, foi caracterizado apenas em situações de danos físicosintencionais (lesões corporais) produzidos por outros em pessoas com mais de 65 anos.

Posteriormente, o tema “abuso” foi estendido também a ações que viessem a provocardanos psicológicos, sociais, financeiros ou que demonstrassem situações de negligência,omissão e abandono.

(Fonte: Pixabay)

A legislação brasileira já possui uma série de dispositivos de amparo ao idoso. Vejamos:

(Fonte: Pixabay)

Constituição Federal

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Assegura o impedimento de qualquer forma de descriminação por idade e garante aoidoso o amparo obrigatório pela família e pelo Estado.

Estatuto do Idoso

A Lei nº 10.741/2003<http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/Leis/2003/L10.741.htm> , dentremuitas garantias constitucionais, estabelece em seu artigo 19 que é obrigatória acomunicação, por parte dos profissionais de saúde, nos casos de suspeita ou confirmaçãode maus tratos contra o idoso à autoridade policial e ao Ministério Público, assim comoaos conselhos municipal, estadual e nacional do idoso.

Violência contra a criança

Condição semelhante à do idoso vivenciam as crianças, em particular as com menos dequatro anos, casos mais frequentes de abuso.

Apesar de a violência atingir de modo indiscriminado crianças de todas as idades, sexos,cor da pele ou renda familiar, as estatísticas demonstram que crianças pequenas defamílias de baixa renda, em situação de desagregação ou crise, são as mais atingidas.

Além de episódios de agressão física, é frequente evidências de negligência e abandono.Dentre as crianças de rua, as estatísticas apontam adolescentes do sexo masculino comoos mais atendidos por traumas e efeitos relacionados a drogas, sempre com elevadosíndices de evasão hospitalar.

Menino de costas | Fonte: Pixabay

De modo geral, há a ideia de que a violência urbana é maior do que a doméstica. Estudosrecentes, no entanto, demonstram que no que se refere à violência infantil este dado nãoprocede.

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Segundo alguns autores, a violência urbana vem aumentando inclusive comoconsequência da violência vivenciada em casa pelas novas gerações, que incorporamprocedimentos violentos à sua forma de relação social.

Esta situação, de fato, não é nova. A criança sempre foi percebida como uma propriedadedos pais mais do que como uma pessoa de fato e de direito.

ECA

A Lei Federal 8.069/1990<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l8069.htm> em seus artigos 3º e 5º,define a prática de maus-tratos como sendo toda ação ou omissão que prejudique odesenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de dignidade e deliberdade.

A violência doméstica, por sua vez, é concebida como aquela praticada por ato ouomissão dos pais, parentes ou responsáveis, contra a criança ou adolescente que possavir a promover dano físico, sexual ou psicológico à vítima.

Vejamos quais são os tipos de dano à criança:

Físicos

Produzidos por uso de força física, de modo intencional ou acidental, com o objetivode ferir independente da motivação. Este tipo de dano é configurado como delito delesão corporal, artigo 129 do Código Penal ou homicídio, artigo 121.

Psicológicos

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Produzidos por influência ou interferência negativa, capaz de formar no menorsentimentos autodestrutivos, deformações de caráter ou morais. Este tipo de danose configura através de condutas de rejeição, hostilidade, frieza, agressões verbais,depreciação, discriminação, exigências incompatíveis com a idade ou condições dacriança ou adolescente, dentre outros.

Sexuais

Produzidos por ação de cunho sexual ou erótico, utilizadas para gratificação sexualde adulto ou pessoa de mais idade que o menor. Esta prática envolve qualquer tipode contato em área erógena, abusos verbais, indução à prostituição, exibição dematerial pornográfico e quaisquer outras formas de exploração sexual, independentedo uso ou não de violência física ou coerção. O Código Penal tipifica esse tipo deconduta no capítulo que trata dos crimes contra a liberdade sexual (artigos 213 a216-A) e o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 244-A, como crimede exploração sexual.

Por negligência

Produzidos por omissão do responsável que, por ato intencional ou não, deixa deprover adequadamente as necessidades da criança ou adolescente para o seuperfeito desenvolvimento. Consideram-se as necessidades referentes à alimentação,supervisão emocional e psicológica, proteção e cuidados com saúde, higiene eeducação. Estes danos podem acarretar perda do pátrio poder e são definidos comoabandono pelo Código Penal nos artigos 244 e 246, referentes ao abandono materiale intelectual e 133, referente a abandono de incapaz.

É importante frisar que, apesar da denúncia de maus-tratos ser antes de tudo um devercívico de qualquer cidadão na defesa dos direitos de seu semelhante, por força de leialguns profissionais em função de sua atuação social são considerados responsáveisespecíficos por este tipo de notificação.

Veja quais são:

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1

Artigo 56 do ECA

Aponta os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental como tendo o dever deinformar ao Conselho Tutelar os casos de maus-tratos envolvendo seus alunos.

2

Artigo 245 do ECA

Especifica o médico, o professor de ensino fundamental, pré-escola ou creche e oresponsável por estabelecimento de atenção à saúde como responsáveis pela denúncia.

Vale ressaltar que estes profissionais, apesar da incumbência legal

em notificar, não precisam investigar os responsáveis pelos maus-

tratos ou descobrir qualquer motivação, cabendo a eles

exclusivamente o ato de comunicar o fato à autoridade legal e

desenvolver as ações de sua especialidade para o tratamento e

recuperação da vítima.

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AtividadeLeia o texto “Humanização do atendimento hospitalar<galeria/aula10/anexo/pdf2.pdf> ”, que se refere a um treinamento necessáriopara que o ambiente hospitalar se torne mais humanizado.

Em seguida, responda à questão:

Este treinamento, em seu entendimento, está centrado prioritariamente em qualdestas concepções?

a) Aprimoramento dos conhecimentos técnicos, pois a humanização implica emmelhor qualificação tecnológica e aprimoramento científico.

b) Aprofundamento dos aspectos interpessoais das relações, pois há umaprofunda melhora no desempenho dos profissionais de saúde quando estes sãocapazes de interpretar aspectos emocionais de seus pacientes.

c) Aperfeiçoamento dos procedimentos de gestão, pois a burocracia nas relaçõesinstitucionais é o que mais caracteriza a desumanidade com que o usuário é tratadono SUS.

NotasINSERIR TÍTULO AQUI

INSERIR TEXTO AQUI

Explore mais

Leia os textos:

O cuidado do enfermeiro ao idoso hospitalizado: uma abordagem bioética;<http://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/view/615>O processo de humanização do ambiente hospitalar centrado no trabalhador;<http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v40n2/09.pdf>Papel dos profissionais de saúde na política de humanização hospitalar;<http://www.scielo.br/pdf/pe/v11n2/v11n2a10.pdf>Violência: um problema global de saúde pública;<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-

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81232006000500007&script=sci_arttext>Cartilha de Abuso Sexual e Maus-tratos na Infância.<http://www.conselhodacrianca.al.gov.br/sala-de-imprensa/publicacoes/Cartilha-abuso.pdf>