3

Odonto 6 - Abril 1995

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Odonto 6 - Abril 1995

Citation preview

Page 1: Odonto 6 - Abril 1995
Page 2: Odonto 6 - Abril 1995

E

Séneca, o Jovem filósofo romano 4 a.c. - 65 d.c.

Passada a folia de Momo, ficou provado que a nossa festa é mais alegre que a dos outros. Também pudera! Vivemos num pais assentado sobre cristais que emitem muita energia, não é mesmo? E os que souberam dosar esta energia não correram risco de se perder no limite entre a alegria e a loucura.

No entanto, na quarta-feira, tudo virou saudade. Todos colocaram cinza na testa, recuperaram o fôlego e já estamos quase na Páscoa onde toneladas de chocolate serão con­sumidos, confundindo o desespera­do consumo desta deliciosa gulo­seima com o real significado da Se­mana Santa.

Nosso jornal, nesta edição, vai falar sobre o clareamento dental, assunto que tantos clientes e amigos ainda têm dúvidas. Falaremos ainda rapidamente de assuntos como açúcar e mau hálito.

< u D

<

Nos últimos 3 0 anos, milhares de publicações científicas sobre o consumo de açúcar foram lançadas nos quatro cantos do mundo. Dessas, 1 1 ó publicações foram analisadas na Universidade Federal de Goiás onde concluiu-se que:

• Os açúcares fornecem somente 10% do valor energético dos alimentos.

• Para 84 ,5% desses trabalhos científicos, os açúcares devem ser reduzidos da dieta.

• Com o objetivo de prevenir doenças degenera tivas tais como, cárie, diabete e doenças coronárias, há necessidade de redução do consumo de açúcar.

• A sacarose é o açúcar mais frequente e o principal causador de cárie.

• Não se deu ênfase para a substituição de açúcares por adoçantes artificiais. Cita-se, como alternativa, frutas frescas e vegetais em geral.

Fonte: Saúde de Família - Associação Paulista de Medicina - 1994.

MAU HÁLITO Pesquisa feita no Japão mostrou que pacientes

com bolsa periodontal de profundidade superior a 4mm apresentam uma concentração de produtos responsáveis pelo odor desagradável quatro vezes maior que nos pacientes sadios.

Mostrou, também, que o mau hálito pode ser reduzido em 5 0 % se a língua da pessoa com doença periodontal for escovada.

CHICLETE E GENGIVITE

Uma pesquisa realizada no País de Gales mostrou que mastigar chiclete com clorexidina durante 10 minutos, ? vezes no din, reduziu n formação de placa bacteriana supra gengival, bem como a gengivite (o primeiro estágio da doença gengival) com a mesma eficiência dos bochechos de clorexidina à 0,2%. Esta última é uma técnica usada por pessoas com problemas gengiva is e que têm dificuldade, temporária ou não, de fazer uma boa higienização com escova e fio dental. A técnica já está consagrada há vários anos em todo o mundo.

Fonte: Jornal ABOPREV

O Dr. Admir estará participando, entre os dias 3 e 8 de maio, de mais em encontro da American Aca-demy of Cosmetic Dentistry - USA, da qual é associado desde 1991 . Segundo ele, esta participação é muito importante, pois a AACD goza de um prestígio ímpar na comunidade odontológica e científica americana e com isso traz para os participantes tudo que é novidade em materiais e técnicas de estética.

Aguardem.

Page 3: Odonto 6 - Abril 1995

L Clareamento Denta

" W " " " V e uns anos para cá, um crescente È Mnteresse com a estética vem toman-

M~*J do conta da maioria da popula­ção. A prova disso é o aumento do número de restaurações estéticas, correções de má posição dos dentes na arcada, cirurgias plásticas, implantes de cabelo, etc...

As pessoas estão apurando mais o sen­so de estética à medida que o mundo se torna mais competitivo. Quando se tem que optar entre duas pessoas em igualdade de condições de trabalho e padrão social, ou mesmo num namoro, o esco­lhido é sempre aquele que tem melhor aparência.

Histórico A aspiração d o ser

humano para obter um belo sorriso de dentes claros não é recente. A literatura mostra que | a primeira técnica para obter dentes claros foi divulgada em 1877 e usava ácido oxálico. Antes

Em 1 884 , Harwan usou peróxido de hidrogénio c o m o agente clareador. Este agente químico - o mais eficiente - é usado até hoje nos clareamentos tradicionais, isto é, realizados nos con­sultórios.

Com o passar dos anos, foram testados outros materiais tais como clorine, ácido muriático e, recentemente, peróxido de

carbamida, para o clareamento domés­tico, e ácido hidroclorídrico em pasta, para abrasão s u p e r f i c i a l d e esmal tes manchados.

"Home Bleachinçj" Atualmente, o clareamento dental é uma

das mais dinâmicas áreas em dentística. O que impulsionou esta evolução foi a

publicação em 1 9 8 9 d a técnica de clareamento doméstico, mais conhecida por todos os prof i s s ionais c o m o " H o m e

Depois

Bleaching". As pessoas tem conseguido satisfazer

seus dese jos d e dentes c la ros , sem dispender muitas horas no consultório, pois podem usar esta recente técnica enquanto trabalham ou dormem, gastando menos que na técnica tradicional. E confortável, pois após 2 sessões de 15 minutos no

consultório, o paciente passa a usar a placa flexível e macia (importada) e um pouco de gel por algumas semanas.

O clareamento tradicional, no entanto, não é descartado. Há casos severos que necessitam dos dois procedimentos para se conseguir um resultado satisfatório.

A segurança Quando é realizada e monitorada pelo

dentista, isto é, seguindo a orientação do profissional quanto a quantidade de gel

clareador, o número de vezes por dia e o número de dias de uso, a técnica de clareamento mostrou-se muito segura.

O gel de carbamida que é usado no "Home Bleaching", é de potência 5 a 6 vezes mais fraca que o clareamento dental t radicional e é um produto usado há mais de 4 0 anos co­mo medicamento para feri­mentos bucais causados por próteses em pessoas idosas,

aftas recorrentes, cândida (sapinho) na boca de recém nascidos.

Ainda não existe trabalho mostrando se o uso indiscriminado e por tempo indeter­minado pode causar problema ou não.

Portanto, não use produtos clareadores receitados por leigos ou vendido no co­mércio sem receita odontológica.

ESCLAREÇA SUAS DÚVIDAS

O DENTE VOLTA A ESCURECER ? Sim. A nossa alimentação está impreg­

nada de corantes, tanto naturais como art i f iciais (ex.: café, chá, c o c a - c o l a , c h o c o l a t e , b e t e t r a b a , ani l inas , etc). Portanto, é de se prever que o dente volte a escurecer depois de 1 ou 2 anos. Uma estatística americana mostrou que 10% dos clientes de clareamento voltaram depois d e dois anos para refazer o tratamento.

Os profissionais brasileiros sugerem que após o clareamento completo, faça-

se o uso da placa uma vez por mês para manter os dentes sempre claros.

TEM CONTRA-INDICAÇÃO? Sim. Para pessoas com colo dental

exposto ou com cáries, não é indicado fazer o clareamento pois o gel, por ser ligeiramen­te ácido, vai causar sensibilidade dolorosa quando ingerir alimentos frios e quentes. Se bem que é uma sensibilidade transitória; diminuindo o número de horas de uso ou interrompendo o tratamento, a sensibilidade diminui e desaparece.

Há também raros casos de sensibili­d a d e alérgica à carbamida. E contra ind icado também para pessoas com muitas restaurações nos dentes anteriores.

QUANTO TEMPO DEMORA O TRATAMENTO?

Depende d o grau de escurecimento do dente e do número de horas em que o cliente faz o uso da placa. Se usar durante o dia e a noite, terá os dentes claros entre 7 a 10 dias. Se usar somente à noite, pode demorar 4 semanas.

3