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OFICINA DE MÚSICA COM JACKIE FERREIRA

OFICINA DE BATERIA INTEGRADA

www.oficinademusica.org

Esta apostila reúne uma seleção de estudos embasados nas devidas referências

bibliográficas, notações complementares e exercícios práticos criados para seu desenvolvimento

ritmo e de leitura. Tem por objetivo auxiliar no aprendizado musical e aperfeiçoamento TÉCNICO.

Bons estudos!!!

Santa Cecília, rogai por nós!!!

Ana Clara Dolavale - 01

APRESENTAÇÃO

1. INTRODUÇAO ................................................................................................................................. 3

1.1 A BATERIA .................................................................................................................................................................................. 3

1.2 HISTÓRIA DA BATERIA .............................................................................................................................................................. 3

1.3 PEÇAS DA BATERIA ........................................................................................................................................................................................ 4

1.4 BAQUETAS ................................................................................................................................................................................. 4

1.4.1 Manuseio das baquetas ............................................................................................................................................. 5

1.4.2 Aplicação Prática do manuseio das baquetas ............................................................................................................. 8

2. MUSICA – DEFINIÇÕES GERAIS .............................................................................................................. 9

3. PROPRIEDADES DO SOM ....................................................................................................................10

4. SISTEMA DE NOTAÇÃO UNIVERSAL .......................................................................................................11

4.1 PAUTA E PENTAGRAMA ...........................................................................................................................................................11

4.2 VALORES MUSICAIS E DIVISÃO DE COMPASSOS .................................................................................................................................. 12

4.2.1 Compasso ................................................................................................................................................................. 13

5. ESCRITA DA BATERIA E EXERCÍCIOS PARA OS PÉS ......................................................................................15

5.1. EXERCÍCIOS UTILIZANDO OS PÉS ..........................................................................................................................................16

6. PREPARAÇÃO PARA BATIDAS .............................................................................................................. 17

7. LEITURA RÍTMICA ........................................................................................................................... 19

8. BATIDAS I ..................................................................................................................................... 22

9. MARCAÇÃO DE CHIMBAL COM PÉ E CAIXA ...............................................................................................23

10. BATIDAS II ................................................................................................................................ 25

11. SEMICOLCHEIAS ......................................................................................................................... 26

12. EXERCÍCIOS RÍTMICOS (SEMICOLCHEIAS) ............................................................................................ 27

13. VIRADAS I (SEMÍNIMA) ...................................................................................................................... 27

14. BATIDAS III ............................................................................................................................... 28

15. ESCREVENDO UMA BATIDA .................................................................................................................30

16. BATIDAS IV ............................................................................................................................... 32

17. BATIDAS V ................................................................................................................................ 33

18. BATIDAS VI ............................................................................................................................... 34

19. VIRADAS II (COLCHEIAS) ................................................................................................................ 35

20. BATIDAS VII (CONDUZINDO EM SEMÍNIMAS) ......................................................................................... 36

21. BATIDAS VIII (CONDUZINDO EM SEMÍNIMAS 2)....................................................................................... 37

22. BATIDAS IX (CONDUZINDO EM SEMÍNIMAS 3) ........................................................................................ 38

23. BATIDAS X (COLCHEIA PONTUADA) .......................................................................................................39

24. BATIDAS XI (COLCHEIA PONTUADA II) ................................................................................................ 40

25. BATIDAS EM DOIS COMPASSOS ............................................................................................................41

26. BATIDAS XII (COLCHEIA PONTUADA III) .............................................................................................. 42

27. VIRADAS III (SEMICOLCHEIAS) ......................................................................................................... 43

28. ESTILOS MUSICAIS - Ritmos ............................................................................................................ 45

29. VIRADAS ...................................................................................................................................... 49

30. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................... 51

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1.1 A BATERIA

A Bateria é um instrumento de percussão constituído por vários instrumentos de percussão, de formas, tamanhos e

timbres diferentes, e que, é tocado por uma única pessoa. Em Bandas ou Fanfarras, a bateria é utilizada

separadamente, onde várias pessoas tocam cada parte do instrumento. O nome do instrumento “bateria” vêm de

um conjunto de instrumentos de percussão.

Fig. 1 – Fotografia de uma Bateria antiga

1.2 HISTÓRIA DA BATERIA

A bateria foi inspirada na cultura africana em tambores e tamborins, o instrumento que conhecemos hoje não

existia até então, ela era tocada com as peças separadamente, isto ocorria pelo fato de ser inviável o agrupamento

de outros instrumentos. Foi então que nos Estados Unidos, por volta do ano de 1900, que o primeiro pedal para

Bumbo foi criado, colocando o instrumento no chão e também a estante da caixa, a partir deste momento da

história abriu-se a possibilidade de agrupar vários instrumentos de percussão em um só, e a bateria começou a

tomar a forma de como conhecemos hoje.

Até então, usava-se as seguintes peças ou instrumentos: Bumbo, Caixa, 1 Ton-Ton e um Prato. O chimbal só veio a

ser incorporado à Bateria com a criação da Máquina de Chimbal que aconteceu por volta do ano de 1930.

A bateria tinha pouquíssimo espaço na música, que antes era responsável somente para marcação dos tempos.

Essa ideia modificou quando o baterista Gene Krupa inovou o jeito de tocar o instrumento.

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A bateria é um instrumento modular, podendo ser modificada de acordo com o gosto do baterista, não existe

limites para Tons, Pratos, Caixas, Surdos e Bumbos, nem de acessórios como: Carrilhão, Agogô, Bloco Sonoro e etc.

Para o início do aprendizado deste instrumento é sempre recomendado usar uma Bateria Tradicional, sendo

composta por: Caixa, Ton-Ton 1, Ton-Ton 2, Surdo, Bumbo, Chimbal, Prato de Condução e Prato de Ataque. Veja na

figura abaixo:

Fig. 2 – Representação de uma bateria básica

1.4 BAQUETAS

A Baqueta é a principal ferramenta do baterista, ela é a extensão dos braços e é com ela que tocamos. Há vários

tipos de baquetas, com formas, pesos, espessuras e tamanhos diferentes. Cada baqueta tem a sua utilidade, que,

pode variar desde o estilo musical a ser tocado, do ritmo que será executado ou o ambiente em que se está

tocando, contudo, vai do gosto do baterista escolher as suas baquetas levando sempre em consideração o

ambiente que tocará o seu instrumento.

Fig. 3 – Exemplificação de tipos de ponta de baqueta.

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bateria, que são: de madeira com ponta de madeira ou ponta de nylon. A ponta de madeira tem o som mais

aveludado, suave, entretanto, tem um desgaste maior, e a ponta de nylon que tem o som mais brilhante, agudo, a

sua ponta raramente se desgasta ou quebra e conserva melhor as peles da bateria.

Existe também a relação de peso e espessura da baqueta, comumente elas têm o tamanho de 40cm, podendo

variar. O seu peso depende da espessura e da madeira utilizada, essa relação é normatizada através de uma

numeração, onde 9A é a mais leve e 2B a mais pesada. Definição de peso e espessura das baquetas tradicionais: 2B,

2A, 5B, 5A, 7B, 7A e 9A.

Fig. 4 – Ilustração da espessura das Baquetas.

1.4.1 Manuseio das baquetas

Antes de falarmos sobre a forma de segurar uma baqueta, vamos falar um pouco sobre os nossos dedos e a nossa

mão, os dedos seguirão uma numeração para facilitar o entendimento de como segurar uma baqueta. Veja abaixo

a ilustração:

Polegar: 1 Indicador: 2 Médio: 3 Anelar: 4 Mínimo: 5

Fig. 5 – Ilustração dos dedos das mãos e suas numerações.

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estão dentro do Matched Grip ou o Traditional Grip (Pegada Tradicional).

Fig. 6 – IIustração Matched Grip Fig.7 - Ilustração Traditional Grip

OBS: Não há alteração do som entre as forma de segurar a baqueta.

Para executar a Matched Grip, vamos configurar a mão com as indicações que a seguir.

A primeira é a pinça. A pinça fara o movimento de ida e volta da baqueta e dará

sustentação e firmeza na hora de tocar. É a pinça que segura a baqueta na posição correta.

O dedo 2 (indicador) deve ser colocado em volta da baqueta, dando a sustentação e o dedo

1 (polegar), fará a pressão para que a baqueta não escape. A configuração de pinça é

importantíssima, pois, é a partir dela que você conseguirá executar todos os movimentos

rápidos sem sobrecarregar os braços e os punhos.

Fig.8 – Mão em configuração da pinça

Agora vamos falar de outra configuração, a mola. A mola é constituída pelo movimento dos punhos e dos outros

dedos (médio, anelar e mínimo) que darão o apoio a pinça. Os dedos na mola não

pressionam a baqueta, mas dão continuidade ao movimento que a pinça junto com os

braços e os punhos proporcionarão. Quando atingida uma velocidade maior, a pinça

dará o apoio segurando firme para não escapar a baqueta e a mola fara o trabalho do

movimento da baqueta usando o rebote (O rebote é a reação do choque da baqueta

com a bateria ou com qualquer objeto). Assim os braços continuam relaxados sem

causar possíveis contusões, repare na figura ao lado:

Fig.9 – Ilustração como segurar a Baqueta

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movimento será executado com os dedos polegar, indicador e médio e o apoio será com os dedos anelar e o

mínimo, neste tipo de pagada o trabalho do pulso será maior e nos movimentos rápidos o dedo polegar dará a

sustentação enquanto o indicador e o médio usarão o rebote para acelerar o movimento.

Fig.10 – Ilustração como segurar a Baqueta modo Traditional

Continuando as instruções, observaremos o posicionamento das mãos, dos braços e dos antebraços na hora de

executar os exercícios e as batidas que serão aplicadas. O posicionamento dos braços e dos antebraços deverão ser

colados junto ao corpo e relaxados, as mãos junto com as baquetas em uma posição que forme um triângulo

sempre lembrando que a caixa ou outro objeto que você esteja praticando deve estar um pouco abaixo da linha da

cintura.

Fig.11 – Ilustração posicionamento da Caixa e ergonomia.

Quando você for executar os movimentos lembre-se de imprimir a mesma força e o mesmo movimento nas duas

mãos, é importantíssimo começar com um andamento mais lento, e gradativamente acelerar. A postura quando

estiver sentado também é importante para evitar problemas futuros. Quando se sentar verifique se as suas pernas

estão em um ângulo de 90° graus.

Vamos aprender agora um pouco mais sobre a técnica de posicionamento da baqueta do Matched Grip. Dentro

dessa técnica nós temos três formas diferentes de posicionarmos os nossos pulsos. Repare na figura abaixo:

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Fig.12 – Ilustração variações de pegadas do Matched Grip

French Grip: O polegar está virado para cima, o trabalho das pinças é muito requisitado em todos os movimentos.

Germany Grip: O polegar fica virado inteiramente para baixo em um ângulo de 90 graus, o trabalho dos pulsos e

mais requisitado e o posicionamento das mãos será sempre com o pulso virado para frente.

American Grip: O polegar fica virado em um ângulo de 45 graus, nesta pegada o equilíbrio no uso do pulso e da

pinça é maior e o desenvolvimento dos movimentos é facilitado.

1.4.2 Aplicação Prática do manuseio das baquetas

Vamos colocar em prática o que vimos até aqui executando alguns toques na caixa da bateria em que você

está estudando, visando desenvolver a coordenação motora entre as mãos, a qualidade som e a postura correta

dos movimentos. Antes de começar, não esqueça de observar e de recordar alguns detalhes:

Postura;

Posicionamento da baqueta em relação a sua pegada;

Braços relaxados e próximos ao corpo;

Execute os toques movimentando somente o pulso;

Deixe a caixa ou a borracha de estudo um pouco abaixo da linha da cintura

Comece devagar, aumentando a velocidade aos poucos, na medida em que for dominando os exercícios.

Os exercícios abaixo são chamados de Toque Simples e Toque Duplo, iremos executar quatro tempos (1, 2, 3 e 4),

que será a referência, devendo sempre manter a cadencia, realizando o exercício repetidamente mantendo o

metrônomo em 60 bpm (caso não tenha um metrônomo siga a cadência dos segundos do relógio).

Para cada tempo, devemos executar um toque na caixa, utilizando a mão da baqueta correspondente (D=direita ou

E=esquerda). Caso não possua caixa nem borracha de estudo, pratique em qualquer superfície plana (ex.: uma

cadeira com uma toalha em cima).

Toque Simples

Jackie Ferreira

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Exercício A

Tempos 1 2

3 4

Mãos D E

D E

Exercício B

Tempos 1 2

3 4

Mãos E D

E D

Exercício A

Toque Duplo

Tempos 1 2

3 4

Mãos D D

E E

Exercício B

Tempos 1 2

3 4

Mãos E E

D D

2. MUSICA – DEFINIÇÕES GERAIS

MÚSICA é a arte de combinar os sons de forma simultânea e sucessiva; com ordem, equilíbrio e proporção dentro

do tempo. A Música possui alguns elementos que ajudam a “emoldurar” sua matéria, o som. Esses elementos são:

a Harmonia, a melodia e o ritmo.

Melodia: É uma sucessão de sons em intervalos irregulares, formando sentido musical. A Melodia caminha entre o

Ritmo. Normalmente, a melodia é a parte principal da Música e trata-se da parte que fica a cargo do Cantor, ou de

um instrumento solo como a Flauta ou de um solo de Guitarra, entre outros. Sempre que ouvir um solo (sequência

de notas tocadas individualmente) você estará ouvindo uma melodia.

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Fig. 13 – Ilustração da localização das notas no teclado.

Harmonia: Consiste na execução de vários sons executados e ouvidos ao mesmo tempo. A junção do Ritmo,

Melodia e a de outros elementos formam a harmonia. Por meio da harmonia podemos ter estilos musicais

diferentes.

Fig. 14 – Ilustração de harmonia (sons executados ao mesmo tempo).

Ritmo: Ordem e proporção em que estão dispostos os sons que constituem a melodia e a harmonia, ou seja, é

uma sequência de sons em intervalos regulares. Não podemos confundir Ritmo com Estilo. Estilo é a variação

temática do Ritmo. O que determina um Estilo é a Harmonia e não tanto o Ritmo. Alguns dos Estilos principais: o

Rock, a Valsa, o Jazz e etc. O Ritmo pode ser dividido em Tempos e os mais usados são 2, 3, 4, 6 e 8.

Observação: O andamento é a variação na velocidade da Harmonia. Alguns louvores são mais lentos, como o hino

“Eu quero ser Senhor Amado” e outros são bem mais rápidos, como “Castelo Forte”.

O SOM é a sensação produzida no ouvido pelas vibrações de corpos sonoros (emissão de ondas sonoras).

3. PROPRIEDADES DO SOM

• Altura: é a propriedade em que determina se um som é graveou agudo. É importante compreendermos que

a altura de um som NÃO se refere a volume.

• Duração: é o tempo durante o qual o som se prolonga, gerando a diferença entre sons curtos e longos. A

voz humana e os violões são exemplos de duração limitada. Em um órgão, ao contrário, uma nota pode ter uma

duração ilimitada.

Oficina de Bateria

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• Intensidade ou Volume: É a propriedade do som ser piano ou forte.

4. SISTEMA DE NOTAÇÃO UNIVERSAL

4.1 PAUTA E PENTAGRAMA

Para a escrita musical utilizamos um modelo de 05 linhas e 04 espaços chamados “Pentagrama”. Nas linhas e nos

espaços são escritas as notas musicais (contanto sempre de baixo para cima), conforme abaixo:

Fig. 15 – Ilustração das linhas e espaços do Pentagrama.

Fig. 16 – Notas escritas nas Linhas Fig. 17 – Notas escritas nos Espaços

No início do pentagrama há um símbolo chamado clave. Através deste símbolo é possível dar nome as notas no

pentagrama. Atualmente, temos 03 três tipos de claves (mais utilizadas):

Fig.18 – Ilustração Claves e posicionamento das notas

Oficina de Bateria

• Timbre: É a propriedade do som que permite reconhecer a sua origem. Timbre é a qualidade que permite

distinguir um som do outro. Assim, dizemos que um piano tem um timbre diferente de um violão.

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Fig.19 – Ilustração das Claves com as escalas no pentagrama

Temos alguns casos onde as notas ficam fora do pentagrama, e para isto utilizamos as linhas suplementares

inferiores e superiores.

Fig. 20 – Demonstração de linhas suplementares superiores e inferiores.

As linhas suplementares funcionam como extensão da pauta, para descrever as notas mais agudas (superiores) ou

mais graves (inferiores).

4.2 VALORES MUSICAIS E DIVISÃO DE COMPASSOS

Já vimos que para termos a escrita musical precisamos de um pentagrama onde são escritas as notas musicais.

Neste próximo item veremos as figuras e seus respectivos tempos musicais, onde para cada tipo de figura existe

também um tipo de pausa, demonstrado a seguir:

Apostila de Bateria – Mod I

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Fig.21 – Ilustração do valor de cada figura ritmica

Os valores das figuras variam conforme a fórmula do compasso, que vem descrito no pentagrama logo após a clave.

Ele indica a soma de tempos que se pode ter em cada compasso e qual a figura que vale 01 tempo.

Fig. 22 – Exemplificação de fórmula de compasso.

4.2.1 Compasso

É a divisão da música em séries regulares de tempo, baseada na pulsação e nos momentos tônicos da mesma. De

uma forma mais simples, podemos dizer que Compasso é a divisão da música em séries regulares de tempo.

Essas séries, ou seja, os compassos podem ser de: 2 tempos, 3 tempos, 4 tempos, 5tempos, 7 tempos, 11 tempos,

etc., mas os mais usados são os de:

• 02 tempos - Chamado de Compasso Binário

• 03 tempos - Chamado de Compasso Ternário

• 04 tempos - Chamado de Compasso Quaternário

Jackie Ferreira

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Fig.23 - Figuras Ritmicas, Valores e Pausas

- Os compassos são separados por uma linha vertical, chamada barra de compasso.

Fig.24 – Ilustração compasso binário, ternário e quaternário

Fig.25 – Ilustração divisão do compasso quaternário

www.oficinademusica.org I

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Agora vamos aprender como funciona a escrita musical para a bateria, na música uma figura rítmica como:

semibreve, mínima, semínima e etc; contém informações importantes, a duração, a altura da nota no pentagrama,

e a sua tonalidade.

Essas informações no caso da bateria sofrem algumas mudanças, uma vez que, a bateria não é tocada por notas

(Dó, Ré, Mi, etc.) como os instrumentos melódicos, porém, a duração de cada nota permanecerá igual.

O posicionamento das notas dentro do pentagrama irá representar uma peça diferente na Bateria como: Pratos,

Bumbo, Chimbal e outras partes do instrumento. A Clave também sofre mudança, pois a bateria tem a sua própria

Clave. O quadro abaixo mostra as principais figuras e o seu posicionamento, que representam as peças da bateria

no pentagrama e a clave onde é feita a escrita musical para a bateria.

Fig.26 – Escrita para bateria

OBSERVAÇÕES: Fig.27 –Clave para Bateria ou Percussão

1. Caso você não lembre o nome das peças da bateria, falamos sobre elas no início da apostila, consulte caso

necessário.

2. Normalmente, é escrita a cabeça da nota com um "X", quando a peça da bateria é referente a de metal,

tais como pratos e aros.

3. Cada peça da bateria é representada por uma figura diferente, temos ainda vários acessórios como pratos

de efeito (splash, china...) acessórios de percussão (agogô, bloco sonoro...) que também tem suas escritas

especificas, mas, neste capitulo iremos tratar somente das peças básicas da bateria.

Apostila Teoria Musical

5. ESCRITA DA BATERIA E EXERCÍCIOS PARA OS PÉS

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semínimas, segundo a fórmula de compasso, teremos uma semínima por tempo (Caso haja duvidas, retornar ao

capitulo anterior). Porém, em cada tempo, temos duas semínimas que serão executadas simultaneamente.

No 1° tempo temos: chimbal e bumbo; no 2° tempo: chimbal e caixa; no 3° tempo: chimbal e bumbo; e no 4°

tempo: chimbal e caixa. Veja:

Fig.28 – Ilustração Batida em seminima

5.1. EXERCÍCIOS UTILIZANDO OS PÉS

No início da apostila vimos como faz para tocar bateria com as mãos, agora vamos falar sobre o posicionamento

dos pés. É muito importante lembrar que isto vai da preferência do baterista em qual técnica utilizar para o seu

aprendizado e também para a execução do instrumento. Nas técnicas de pedal, temos diversas técnicas, mas

vamos tratar das 2 mais conhecidas, e que são também a de maior resultado, são elas o Heel Down e o Heel Up.

O Heel Down é uma técnica que utiliza toda a sapata dos pedais, nela o

baterista toca com toda a sola do pé em contato com os pedais, o seu

desenvolvimento é um pouco lento, mas a precisão dos golpes e controle dos

mesmos é maior. Esta técnica se aplica tanto ao pedal do bumbo como o do

chimbal. Veja ao lado:

Fig.29 – Técnica de pedal Heel Down

O Heel Up é o contrario da técnica do Heel Down, nela o baterista toca

somente com a ponta do pé, com o calcanhar levantado, nesta técnica o

baterista trabalha com a musculatura das pernas toda tensionada, o seu

desenvolvimento em relação à velocidade é maior, o controle do volume e da

pressão no inicio é difícil, principalmente pelo fato de a perna estar

relativamente levantada. Esta técnica se aplica tanto ao pedal do bumbo como

o pedal do chimbal, observe: Fig.30 – Técnica de pedal Heel Up

Apostila de Bateria – Mod I

Vamos analisar um exemplo prático de escrita da bateria, utilizando peças diferentes, conforme a nomenclatura

acima. Abaixo temos uma batida de bateria em um compasso 4/4. Como todas as figuras rítmicas abaixo são

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pentagrama, lembre-se de executar de forma lenta mantendo a cadência, use o metrônomo, caso não tenha um,

use um louvor ou os segundos do relógio para poder marcar o tempo de forma correta. Se você ainda não possui

uma bateria poderá realizar os exercícios com os pés no chão, os exercícios aplicados para a coordenação motora

das mãos também devem ser executados com os pés, sempre lembrando da cadência e mantendo o som das

batidas com a mesma pressão.

OBS: Execute com os pés os exercícios de toque simples e toque duplo que estão na página 12.

6. PREPARAÇÃO PARA BATIDAS

Para estes exercícios, será necessário atentar para a postura corporal, o posicionamento das baquetas e no

posicionamento dos pés, sempre lembrando a técnica escolhida pelo baterista para tocar o seu instrumento.

Neste exercício iremos utilizar a mão direita (Chimbal); mão esquerda (Caixa); pé direito (Bumbo) e pé esquerdo

(pressionando o Chimbal mantendo-o fechado).

Fig.31 – Componentes da bateria utilizados no exercício

Apostila de Bateria – Mod I

Abaixo, foram preparados alguns exercícios que foram escritos já com a nomenclatura anteriormente citada e no

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os exercícios. Faça a contagem do tempo em voz alta para facilitar, depois iremos realizar a execução das notas do

bumbo e caixa, respeitando o tempo que está sendo marcado pelo chimbal, tocando em conjunto as notas sabendo

respeitar o espaço entre elas.

Fig.32 – Exercícios de batida

Repita o exercício quantas vezes forem necessárias para memorização dos movimentos, e lembre-se de executar de

forma lenta para corrigir os erros e ter o resultado esperado.

Antes de começar qualquer exercício, lembre-se da cadência e da sincronia dos toques, sem pressa, mantenha o

andamento correto com a ajuda de um metrônomo ou outro objeto ou som que possa te ajudar na marcação do

tempo, e repita quantas vezes for preciso até que o aprendizado tenha sido completo.

Apostila de Bateria – Mod I

Analisemos agora os exercícios que executaremos, a mão direita realizará a marcação no chimbal de todos os

tempos do compasso, lembrando que o chimbal deve estar fechado, neste caso 4 tempos, isto ocorrerá em todos

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Fig.33 – Ilustração do pentagrama com o posicionamento dos componentes da bateria

Fig.34 – Exercício de Batida

7. LEITURA RÍTMICA

A leitura rítmica é muito importante para entendermos o posicionamento de cada nota e a sua duração, neste

momento a atenção deve ser redobrada, pois usaremos muitas pausas e a contagem do tempo deve ser feita de

forma lenta aumentando a intensidade aos poucos.

1º - Primeiramente, vamos praticar cantando uma nota por vez em voz alta e marcando os tempos do compasso (1,

2, 3, 4) com palmas. O nome dado a este exercício solfejo rítmico

Apostila de Bateria – Mod I

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Fig.35 – Leitura rítmica

A pausa também é música, portanto respeite as pausas, marcando o tempo correto de duração de cada nota.

2º - Assimilado o primeiro exercício, vamos para o exercício dois, primeiramente execute novamente em

voz alta, marcando o tempo com as palmas os exercícios abaixo, depois comece a tocar na caixa ou outro objeto de

estudo, as notas respeitando as pausas e marcando o tempo em alta voz, para não se perder, realize o toque das

baquetas de forma alternada, direita e esquerda. Realizado isso permaneça marcando os tempos na caixa, mas

agora execute isto tocando o chimbal com o pé, fazendo com que o chimbal marque o tempo, repita isto várias

vezes, começando mais lento e aumentando gradativamente conforme você sentir que está confortável, lembre-se

da cadencia e também da pressão e precisão dos golpes.

Fig.36 – Exercício de leitura rítmica semínima e pausa equivalente.

Apostila de Bateria – Mod I

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Vamos começar a trabalhar com as colcheias, se em um compasso de 4/4 a semínima é equivalente a 1

tempo 1ª colcheia ira valer ½ tempo de uma semínima, ou seja, 2 colcheias equivalem a 1 semínima, veja no

quadro abaixo.

Vamos ao exercício:

Fig.37 – Relação semínima e colcheias

Abaixo, temos uma série de exercícios com em semínimas e colcheias, lembre-se de respeitar as pausas e as figuras

rítmicas.

Fig.38 – Exercício de leitura rítmica semínimas e colcheias

Apostila de Bateria – Mod I

A Bateria como qualquer outro instrumento necessita de dedicação e empenho, quanto mais treino mais

você irá desenvolver, a paciência é extremamente necessária, principalmente por se tratar de um instrumento que

trabalha muito a coordenação motora.

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As batidas são essências na música, principalmente para a marcação rítmica e dinâmica da música, elas podem

ser usadas em vários estilos musicais e de formas diferentes de acordo com a música que irá ser tocada.

1. Primeiramente, comece tocando de forma lenta o ritmo no chimbal (mão direita), contando os tempos de

cada compasso em voz alta (1 e 2 e 3 e 4 e). Veja o exemplo abaixo:

Fig.39 –Colcheias no chimbal

2. Quando se sentir confortável na condução do chimbal, acrescente mais um instrumento, o bumbo. Veja no

exemplo, a 1ª batida do bumbo será executada simultaneamente com o ritmo do chimbal nos tempos “1 e

3”.

Fig.40 – Colcheia no chimbal, e semínima na caixa

3. Com o ensinamento bem construído acrescente agora o ultimo instrumento faltante na batida, a caixa.

Descrição dos Exercícios:

Batidas do chimbal em colcheias.

Notas na caixa e no bumbo em semínimas.

Pratique sempre de uma forma lenta. Não tenha pressa. A qualidade e mais importante do que a

quantidade ou ser mais veloz.

Apostila de Bateria – Mod I

8. BATIDAS I

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Fig.41 – Exercício de Batidas1 com caixa e bumbo em semínima e chimbal em colcheia

Pratique de forma repetitiva, sempre com a cadencia correta e aumentando a intensidade aos poucos, quando se

sentir confortável, execute um louvor de sua preferência com uma das batidas acima treinadas.

9. MARCAÇÃO DE CHIMBAL COM PÉ E CAIXA

Neste capitulo iremos trabalhar a marcação do chimbal com o pé esquerdo, e da caixa. Primeiro, toque somente as

notas do chimbal, com o pé esquerdo, marcando os tempos do compasso (1 e 2 e 3 e 4), lembre-se de fazer isso em

alta voz, respeitando o andamento, sempre começando de forma mais lenta para o melhor aprendizado. Vamos ao

exemplo:

Fig.42 – Exemplo de marcação do chimbal com o pé em semínima

Apostila de Bateria – Mod I

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exemplo:

Fig.43 – Exemplo de marcação do chimbal com o pé em semínima e caixa com batida em colcheia

EXERCÍCIOS:

Fig.44 – Exercício de caixa e chimbal

Agora, vamos mesclar as colcheias e as semínimas:

Fig.45 – Exercício com caixa e chimbal

Lembre-se, é possível realizar todos estes exercícios mesmo sem a bateria, pratique a caixa em uma superfície

plana, uma cadeira estofada, por exemplo, e marque o chimbal com o pé esquerdo no chão.

Apostila de Bateria – Mod I

Agora, confortável, inicie o agrupamento da caixa no exercício, repare que a caixa está em colcheia, portanto ela irá

marcar todos os tempos, enquanto o chimbal está em semínima e ira marcar uma vez por tempo, vamos ao

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Descrição dos Exercícios:

Notas com o chimbal em colcheias.

Notas na caixa e no bumbo em semínimas (respeitando as pausas).

Fig.46 – Ilustração do pentagrama com o posicionamento dos componentes da Bateria

Pratique o exercício por linhas. Ex.: toque primeiro as notas do chimbal. Depois acrescente as notas do

bumbo. E por fim, acrescente a caixa.

Fig.47 – Exercício de Batidas 2 com caixa, bumbo e chimbal.

Apostila de Bateria – Mod I

10. BATIDAS II

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Continuando a pratica com as semínimas e colcheias, vamos agora acrescentar a semicolcheia, para uma

compreensão rápida, imagine que um tempo cheio é igual a 1 segundo, então, uma semínima é um tempo cheio, a

colcheia é meio tempo de uma semínima, então, para fazermos um tempo cheio necessitamos de duas colcheias, e

a semicolcheia é a metade do tempo de uma colcheia, isto significa ¼ de uma semínima, concluímos que, para

preencher um tempo cheio usando semicolcheias será necessário 4 semicolcheias, fechando um tempo cheio, ou

um segundo. Veja o quadro abaixo:

Fig.48 – Proporção de Valores

Abaixo, temos uma série de exercícios em semínimas, colcheias e semicolcheias, lembre-se de respeitar as pausas e

as notas, inicie com o andamento mais lento e aumente gradativamente, comece fazendo uma linha por vez,

depois de sentir-se confortável, faça do início ao fim repetidamente da forma anteriormente explicada.

Fig.49 – Exercício de leitura rítmica em semínima, colcheia e semicolcheia

Apostila de Bateria – Mod I

11. SEMICOLCHEIAS

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Chimbal em semínima e caixa em semicolcheias:

Fig.50 – Exercício de chimbal com o pé e caixa

Caixa em Colcheias e Semicolcheias:

Fig.51 – Exercício de chimbal com o pé esquerdo evariação de caixa

13. VIRADAS I (SEMÍNIMA)

As viradas são frases de efeito aplicadas na bateria, com o intuito de destacar ou incrementar algo a mais na

música, as viradas normalmente se encontram no 4º compasso ou múltiplos de 4 como 8,12,16 e assim por diante.

Agora no começo iremos praticar viradas em semínimas, isto dará uma sensação de lentidão, mas não fique

Apostila de Bateria – Mod I

12. EXERCÍCIOS RÍTMICOS (SEMICOLCHEIAS)

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Fig.52 – Peças para Virada

Vamos praticar da seguinte forma: 3 compassos de uma batida simples e 1 compasso de uma virada simples, repita

isto sucessivamente até a total compreensão do exercício.

Fig.53 – Exercício de aplicação de Batida e Virada

Dicas: Lembre-se que você já estudou várias batidas, utilize esse exercício trocando as batidas para obter um

aperfeiçoamento maior na dinâmica das viradas. Caso consiga, crie e pratique outras viradas, a criatividade é

essencial na bateria, lembre-se que deve ser feita em semínima.

14. BATIDAS III

Vamos continuar a trabalhar com os exercícios do capitulo 11 – Batidas 2, contudo praticando agora o bumbo e

caixa em colcheias.

Fig.54 – Ilustração do pentagrama com o posicionamento dos componentes da bateria

Descrição dos Exercícios:

Apostila de Bateria – Mod I

ansioso, estamos começando a aprender sobre esta técnica agora, e gradativamente iremos aumentar a cadência,

respeite as figuras ritmicas e as pausas e lembre, velocidade não é qualidade. Vamos ao exemplo:

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Dicas:

Siga as mesmas orientações dos exercícios aplicados nos capítulos 8 - Batidas 1, e 11 – Batidas 2.

Execute os exercícios por módulos. Ex.: comece tocando o chimbal. Após isto acrescente o bumbo. E por

fim, acrescente a caixa.

Vamos ao exercício:

Fig.55 – Exercício de Batidas 3 com caixa, bumbo e chimbal

Execute o exercício várias vezes, após domina-lo, escolha um louvor de sua preferência e execute as batidas acima

descritas.

Apostila de Bateria – Mod I

Notas do chimbal em colcheias.

Notas são: DÓ, Ré, Mi, Fá...Caixa e bumbo em COLCHEIA

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A leitura musical é importantíssima, imagine se você sabe falar uma língua como o inglês, mas não sabe nem ler e

nem escrever, a dificuldade será imensa, por isso é importantíssimo que você saiba ler e escrever na música

também, e neste capitulo iremos praticar isto.

Neste momento do curso você já estudou a bateria, os elementos da música e a leitura musical, agora vamos

aprender a escrever, você já adquiriu uma boa noção de escrita praticando a leitura musical. É de grande valia que

o instrumentista saiba não só ler, mas escrever e não é diferente para a bateria.

Quando escrevemos uma levada, normalmente começamos pelo instrumento que dá o andamento da música, o

chimbal, é feito isto para facilitar a escrita e justificar as notas que virão a seguir. Vamos agora aprender a escrita

musical.

Fig.56 – Exemplo de como se escreve uma Batida

Abaixo, repare na colocação das semínimas do chimbal no pentagrama

Apostila de Bateria – Mod I

15. ESCREVENDO UMA BATIDA

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Fig.57 – Exemplo de como se escreve uma Batida

Depois do processo ter sido realizado, é feito o agrupamento das notas respeitando o tempo de cada uma:

Fig.58 – Exemplo de escrita musical do chimbal

Agora depois de aprendermos como colocar as notas no pentagrama vamos tentar escrever algumas batidas que

aprendemos anteriormente na apostila, lembre-se das regras de colocação, sempre que houver dúvida relembre o

exemplo acima e também as batidas já escritas na apostila.

Apostila de Bateria – Mod I

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16. BATIDAS IV

Descrição dos Exercícios:

Notas do chimbal em colcheias. Notas da caixa e do bumbo em colcheias (continuação).

Dicas:

Pratique o exercício por linhas. Ex.: toque primeiro o chimbal. Depois acrescente o bumbo. E por fim, a

caixa.

Fig.59 – Exercício de Batidas 4 com caixa, bumbo e chimbal

Apostila de Bateria – Mod I

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Neste capitulo daremos continuidade aos estudos das batidas em colcheias, mas agora vamos aplicar as pausas no

bumbo, antes de dar continuidade lembre-se de analisar bem o exercício, entenda a ordem e o posicionamento de

cada componente da bateria.

Dicas: Pratique o exercício por linhas. Ex.: toque primeiro o chimbal. Depois acrescente o bumbo. E por fim,

acrescente a caixa.

Fig.60 – Exemplo de execução de batida com pausas

Fig.61 – Exercício de Batidas 5 com caixa, bumbo e chimbal e pausas na caixa

Apostila de Bateria – Mod I

17.BATIDAS V

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Fig.62 – Exercício de Batidas 5 com caixa, bumbo e chimbal e pausas na caixa e bumbo

Apostila de Bateria – Mod I

18.BATIDAS VI

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Neste exercício, você irá executar 3 vezes o compasso de batida e 1 vez o compasso de virada, repita o exercício

sucessivamente até o entendimento completo do exercício.

Fig.63 – Exemplo de aplicação de Batida e Virada

No momento da execução dos exercícios abaixo, analise bem todos os compassos, entenda a forma de execução e

também como aplicar na bateria, lembre-se da cadência, mantendo um andamento confortável para o melhor

aprendizado da técnica.

Fig.64 –componentes da Bateria no pentagrama

Fig.65 –aplicação de Batida e Virada em colcheia

Apostila de Bateria – Mod I

19. VIRADAS II (COLCHEIAS)

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Vamos aprender agora algumas batidas em semínimas, um toque por tempo, este tipo de condução é muito

utilizado na música para um maior controle do andamento, tornando o andamento mais rápido ou mais lento. Ele

se adequa a vários estilos musicais, pois quando executado lentamente dá a sensação de pouco preenchimento,

contudo com os tempos muito bem marcados. Vamos aos exercícios:

Fig.66 – Exercício de aplicação de batida com bumbo, caixa e chimbal

Apostila de Bateria – Mod I

20. BATIDAS VII (CONDUZINDO EM SEMÍNIMAS)

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Vamos relembrar alguns pontos, quando falamos de conduzir em semínima significa que em um compasso 4/4 a

nota em semínima valera 1 tempo cheio, isto vai ocorrer tanto no chimbal como no prato de condução, sendo

tocado com a mão direita. Repare também que neste exercício, que o bumbo está fora da marcação do chimbal,

isto quer dizer que ela será executada no contra-tempo (no “e”). Comece pausadamente para obter a execução

correta, a marcação do chimbal é fundamental para a realização correta do exercício, lembre-se de realizar

pausadamente.

Fig.67 – Exemplo de aplicação de batidas no contratempo

Fig.68 – Exercício de aplicação de batida em colcheias

Apostila de Bateria – Mod I

21. BATIDAS VIII (CONDUZINDO EM SEMÍNIMAS 2)

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Neste capitulo vamos trabalhar a utilização das pausas, aplicando também o contratempo no bumbo. Analise com

muito cuidado o exercício para executar da forma correta e não haver dúvidas. Para entender melhor observe o

quadro abaixo:

Fig.69 – Exemplo de aplicação de contratempo e pausas

Fig.70 – Exercício de aplicação de batida no contratempo e pausas

Apostila de Bateria – Mod I

22.BATIDAS IX (CONDUZINDO EM SEMÍNIMAS 3)

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23. BATIDAS X (COLCHEIA PONTUADA)

Vamos agora aprender mais um elemento importante da música, o Ponto de Aumento. O ponto de aumento é

utilizado para aumentar a metade do tempo de uma figura ritmica, portanto, em um compasso de 4/4, uma

colcheia é igual a ½ tempo, no momento em que colocamos um ponto de aumento é se transformara em ¾ de

tempo, para exemplificar melhor, uma semínima vale 1 tempo, quando colocamos o ponto de aumento ela vai

acrescentar ½ tempo e passa a valer 1½, um tempo e meio,

Agora vamos trabalhar o ponto de aumento nas notas da caixa, analise muito bem o exercício para não haver

dúvidas e a execução possa ser feita corretamente.

Na figura a abaixo, note que a linha curva sobre a cabeça da nota (ligadura), ela mostra que a nota deve ser

executada como apenas uma só. Este é o resultado que o ponto de aumento vai dar a nota, é uma forma mais

simples de escrita e de leitura.

Fig.71 – Exemplo de aplicação do ponto de aumento em uma colcheia

Nas batidas abaixo vamos tocar algumas figuras com ponto de aumento, mas antes vamos analisar duas formas de

escrita de uma mesma batida:

Vamos tocar agora algumas notas com ponto de aumento, mas antes vamos analisar as formas de escritas abaixo,

uma com o ponto de aumento e outra sem.

Fig.72 – Exemplo de aplicação do ponto de aumento em uma colcheia

Apostila de Bateria – Mod I

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a cadencia e o andamento dado pelo chimbal, note que é o chimbal que conduz a batida.

Fig.73 – Exercício de batida com ponto de aumento na colcheia

24. BATIDAS XI (COLCHEIA PONTUADA II)

No capítulo anterior falamos de ponto de aumento e colcheia pontuada nas notas da caixa, neste capitulo vamos

falar da colcheia pontuada, mas agora no bumbo, agora analise o exercício, e comece lentamente para que haja a

execução correta e não venha a ter dúvidas, relembre as orientações dadas no exercício do capítulo anterior,

aumente a velocidade gradativamente quando sentir-se confortável, e após ter aprendido por completo o

exercício.

Fig.74 – Exemplo de aplicação do ponto de aumento em uma colcheia com nota em colcheia

Apostila de Bateria – Mod I

Antes de começarmos, vamos citar alguns pontos a serem observados, note que o ponto de aumento desloca a

figura seguinte para o contratempo do chimbal, nestes exercícios procure tocar a caixa e do bumbo acompanhando

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Fig.75 – Exercício de aplicação do ponto de aumento em uma colcheia e semicolcheia

25. BATIDAS EM DOIS COMPASSOS

Vamos agora tratar da continuidade de uma batida, neste capitulo vamos ver alguns pontos muito interessantes,

como o uso do prato de ataque, no início das frases que serão executadas, estes exercícios são fundamentais para

facilitar a leitura musical e desenvolver a concentração.

Repare na figura abaixo o sinal indicado dentro do círculo vermelho, este sinal aponta para tocarmos no prato de

ataque, ao invés de tocarmos no chimbal, a condução continuará com o chimbal, mas o início da frase será com o

prato de ataque, quando for executar o prato de ataque, lembre em fazer o movimento em forma da letra U e não

na forma da letra V, para evitar o desgaste dos pratos e também para uma melhor sonoridade, note também que

no pentagrama a batida do prato de ataque esta acompanhada por uma semínima no bumbo, execute as duas

juntamente, isto dará corpo a execução da nota no prato de ataque. Vamos ao exercício:

Apostila de Bateria – Mod I

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Fig.76 – Exemplo de execução no tocar do prato de ataque

Fig.77 – Exercício de batida com execução do prato de ataque no início da frase

26. BATIDAS XII (COLCHEIA PONTUADA III)

Encerrando as batidas, vamos por último aprender a colcheia pontuada fora do tempo do chimbal e do bumbo,

repare, porém, que logo após existe uma batida no bumbo no tempo do chimbal, execute o exercício lentamente

para melhor aprendizado e execução correta.

Fig.78 – Exemplo de aplicação do ponto de aumento em uma colcheia e semicolcheia

Apostila de Bateria – Mod I

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Fig.79 – Exercício de aplicação do ponto de aumento

27. VIRADAS III (SEMICOLCHEIAS)

Vamos aprender algumas viradas em semicolcheias, vamos utilizar algumas batidas já estudadas para

compreendermos melhor as viradas e suas aplicações. Para executarmos as viradas dos exercícios a seguir é

necessário relembrar algumas batidas. Todas as batidas realizadas nesta apostila estarão de acordo com o exercício

de virada que será realizado agora, caso tenha dúvidas retorne as aulas anteriores, reestude, execute

pausadamente até que o aprendizado seja completo, depois retorne ao exercício de viradas.

Nestes exercícios vamos executar três vezes a batida, repare no pentagrama os sinais de repetição, e na quarta vez

executaremos um compasso de virada.

Apostila de Bateria – Mod I

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Fig.80 – Exemplo de aplicação de Batida e Virada

Como visto no exemplo acima, as viradas são feitas em semicolcheias, portanto, quatro toques para completar um

tempo cheio, lembre-se que o compasso é quartenário.

Ao executar os exercícios, faça os toques de cada nota realizando o revezamento entre as mãos (direita, esquerda,

direita, esquerda) e comece executando de forma lenta e aumente o andamento gradativamente, não tenha

pressa.

Quando concluir o exercício, use as batidas aprendidas durante a apostila para criar as suas viradas, sempre que

possível pratique a escrita musical, escrevendo as suas batidas e as suas viradas.

Fig.81 – Exercício de aplicação de virada em semicolcheias com batidas

Apostila de Bateria – Mod I

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Durante toda a apostila trabalhamos muitas batidas e cabe aqui uma explicação. Quando falamos de batidas,

estamos nos referindo a mecânica que irá ser utilizada no tocar da bateria, a batida não é um ritmo, muito menos

um estilo musical, todo o momento em que na apostila foi tratado a mecânica e a sincronia dos movimentos deu-se

o nome de batida. A Batida se torna um estilo musical quando é aplicada na música ou no nosso caso no Louvor.

Quando tratamos de estilos musicais dentro da igreja, temos como referência a Coletânea de Hinos Cifrados (que é

de circulação interna da Igreja Cristã Maranata). A Coletânea de Hinos Cifrados traz no final dela os principais

estilos musicais tocados nos nossos cultos, eventos, seminários e Maanains: Valsa, Balada, Valseado, Básico,

Guarânia, Fox, Country, Básico 2, Blue, Novo, Repique, Marcha Marcial, Marcha, Canção e Toada.

Abaixo você irá encontrar todos os estilos musicais citados. Não existe uma maneira única de tocar um estilo

musical, pois ele varia de acordo com o ritmo imprimido nele. O aperfeiçoamento da técnica e o maior

conhecimento do instrumento, irá possibilitar ao instrumentista a aplicação de variações que não venham a alterar

o andamento e a cadência do louvor. Vejamos os estilos musicais:

Apostila de Bateria – Mod I

28. ESTILOS MUSICAIS - Ritmos

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Apostila de Bateria – Mod I

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Apostila de Bateria – Mod I

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Apostila de Bateria – Mod I

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Temos aqui algumas viradas que foram escritas com o intuito de ser um material de apoio aos estilos musicais.

Apresentaremos viradas que se enquadram em vários estilos musicais, outras são ligadas diretamente a um ou

outro estilo musical, lembre-se de que a virada é uma frase de efeito, e deve ser colocada com prudência nos

momentos certos. Veja:

Apostila de Bateria – Mod I

29. VIRADAS

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Apostila de Bateria – Mod I

Página 51

Batera Girl. Disponível em: http://bateragirl.com/wp-content/uploads/Tamanho-das-Baquetas.png. Acessado em

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Conrad Beach. Disponível em: http://www.conradkbeach.com/projects/drumming-expert/img/stick-grip/matched-

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Apostila de Bateria – Mod I

30.BIBLIOGRAFIA