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Na obra “O Livro dos Abraços”, o escritor uruguaio Eduardo Galeano compartilha um comovente relato.

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Na obra “O Livro dos Abraços”, o escritor uruguaio Eduardo

Galeano compartilha um comovente

relato.

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“Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovakloff, levou-o

para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul.”

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“Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas

de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos.”

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“E foi tanta a imensidão do mar,

e tanto seu fulgor, que o menino

ficou mudo de beleza.”

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“E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu

ao pai: - Me ajuda a olhar!”

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“Pai, me ajuda

a olhar!”

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Diante do mar, somos todos crianças.

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Frente à Eternidade, a existência terrena

não é senão a primeira infância.

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Os breves anos da jornada terrena assemelham-se

à espuma, que, tão logo chega, desaparece.

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Para aquele que tem o coração desperto,

o visível é testemunho do Invisível.

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“O real não está na saída

nem na chegada: ele se dispõe

para a gente é no

meio da travessia.”

Guimarães Rosa

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“Há um tempo em que é preciso

abandonar as roupas usadas,

que já têm a forma do nosso corpo...

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...e esquecer os nossos caminhos, que nos levam

sempre aos mesmos

lugares.”

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“É o tempo da travessia:

e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.” Fernando Pessoa

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A travessia é o que embeleza e

justifica uma existência;

o resto são pormenores, o resto é detalhe.

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A criança pequena

da história, diante

da magnitude do mar,

recorre ao seu pai,

e diz “Me ajuda a olhar!”

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Que sabem os olhos humanos

acerca da vastidão e dos mistérios

que o mar esconde?

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O mundo é um mar.

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Cada novo dia traz junto de si

pesos e obrigações,

e também bênçãos e oportunidades.

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Cada novo dia desvenda preciosas

oportunidades,

únicas e inestimáveis.

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O segredo do bem viver talvez seja permanecer desperto para as

bênçãos que cada novo amanhecer

anuncia.

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O mar da existência é

certamente muito mais rico e

profundo do que qualquer

ser vivente jamais possa

sondar.

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E diante da vastidão

e do fulgor da existência, é sinal de sabedoria de coração pedir

com sinceridade:...

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“Pai, me ajudaa olhar!”

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“O olho é a lâmpada do

corpo. Se teu olho é bom, todo

o teu corpo se encherá de luz”,

ensinou-nos o incomparável

Mestre.

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“Pai, me ajuda a olhar!”

Tema musical: “Maria Elena”, de Ernesto Cortazar

Formatação: [email protected]

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“Pai, me ajuda a olhar!”

Tema musical: “Maria Elena”, de Ernesto Cortazar

Formatação: [email protected]

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“Pai, me ajuda a olhar!”