1
Campo Grande-MS | Domingo/Segunda-feira, 21 e 22 de junho de 2020 B1 ESPORTES Lucas Merçon/FFC Alexandre Vidal/Flamengo Luciano Shakihama Na noite de sexta-feira (19), a FFMS anunciou que fará reunião com os clubes para “tomada de decisão de provável data de retorno das atividades do Campeonato Sul-Mato- -Grossense de Futebol Pro- fissional”. De acordo com a convocação feita pelo presidente da federação, Francisco Cezário, o en- contro será quarta-feira (24), na sede da entidade, em Campo Grande, a partir das 14h. O Estadual foi parali- sado há três meses, antes do início das quartas de final. Os times que ainda estão na disputa do torneio são Corumbaense, Costa Rica, Águia Negra, Comercial, Operário, Chapadão, Ma- racaju e Aquidauanense. Com a parada, os clubes dispensaram os jogadores e esperam a de- finição sobre a retomada das disputas para cha- marem de volta os atletas. Das oito equipes, quatro delas usarão atletas para apenas duas partidas, já que a próxima fase é eli- minatória, em jogos de ida e volta. Cezário anuncia reunião na federação estadual para quarta Onda crescente ‘Confirmado’ Impasse Paulista Dirigente da Serc brinca que clubes são ‘cagões’ e projeta volta em setembro Carioca pressiona à retomada em MS, acreditam diretores locais Vasco garante segurança para receber jogo em São Januário Elenco do Fluminense abre mão de salário ao se posicionar contra retorno Corinthians encerra chegada de ‘medalhões’ com vinda de Jô Samir Carvalho Folhapress Apesar de a torcida so- nhar com os retornos do meia Willian, do zagueiro Pablo, entre outros, o Co- rinthians não deve con- tratar mais “medalhões” para esta temporada. Segundo apurou a repor- tagem, o atacante Jô foi o último reforço considerado de impacto em 2020. A diretoria corintiana acredita que nenhum outro reforço que cause holofotes na mídia será contratado após a chegada do paulis- tano de 33 anos. A cúpula alvinegra, inclusive, só não fecha o ciclo de contra- tações até o fim do ano por conta dos reforços que são chamados de “oportuni- dades de mercado”. Esse grupo se enquadra em atletas que não estão na lista do técnico Tiago Nunes, mas surgem como boas opções no mercado da bola. O melhor exemplo é o volante Ederson, ex- -Cruzeiro. Ele não estava na lista do treinador, mas apareceu como boa opção. Caio Blois Folhapress Em impasse com a Ferj (Federação de Futebol do Es- tado do Rio de Janeiro), o Flu- minense tem sido a voz mais dissonante sobre o retorno do futebol carioca. Além da postura do presidente Mario Bittencourt, o clube tricolor também teve uma partici- pação importante de seus atletas, que, na quarta-feira (17), divulgaram um mani- festo protestando contra a volta do Estadual. Pelo posi- cionamento, o elenco abriu mão de dinheiro. Isso porque o acordo cele- brado em março entre joga- dores e diretoria funcionava da seguinte maneira: naquele mês, os vencimentos foram reduzidos em 15%; abril teria duas parcelas, sendo 50% no próprio mês e a outra metade em dezembro, e em maio uma redução de 25%. O consenso era de que, se a pandemia do novo co- ronavírus invadisse junho, o pagamento deste mês seria rediscutido. Caso o Flumi- nense entrasse em campo nos dias 22 e 25 de junho, datas escolhidas pela Ferj e, na visão do clube, impostas para o retorno, os atletas receberiam vencimentos in- tegrais referentes ao mês. Mesmo assim, os jogadores se alinharam ao posiciona- mento institucional do clube. Ao se posicionar pelo retorno em julho, o elenco terá mais um mês reduzido, ainda que não haja martelo batido quanto ao percentual, que tende a ficar mais próximo aos 25% do mês de maio. A comissão técnica lide- rada por Odair Hellmann – que também postou o manifesto – teve o mesmo posicionamento. Líderes do vestiário, como o ca- pitão Digão e os experientes Muriel, Hudson, Henrique, Nenê e Fred, além dos jo- vens e politicamente ativos Igor Julião e Nino, foram as principais vozes do movi- mento criado de forma in- dependente pelos jogadores, que não teve dissonantes. A diretoria, por meio dos jogadores, foi apenas infor- mada do manifesto, e deu seu apoio à causa. Um dos mais respeitados no grupo, o meia Paulo Hen- rique Ganso foi o único do elenco profissional a não pu- blicar o manifesto em suas redes sociais. Procurado pela reportagem, ele pre- feriu não se manifestar. Além dele, apenas poucos jovens do sub-23 não postaram o texto. Nas redes sociais, o movimento dos atletas foi elogiado pela maioria da torcida do Fluminense, que também criou seu próprio manifesto, publicado por organizadas, movimentos populares, grupos políticos, influenciadores digitais e pá- ginas ligadas ao clube. Bruno Braz Folhapress Após o pontapé inicial para a retomada do futebol ter sido dado pelo Flamengo, na quinta (18), será a vez do Vasco colocar em prática as medidas de segurança contra o novo coronavírus, agora em São Januário, para a partida neste domingo (21), diante do Macaé, às 15h (de MS), pela Taça Rio. E no que depender da diretoria, o estádio está pronto. Por já treinar no local enquanto seu centro de trei- namento próprio em Jacare- paguá não fica de pé, o clube cruz-maltino já tinha adian- tado a maior parte das adap- tações para o protocolo “Jogo Seguro”, elaborado pela Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro) em conjunto com os departamentos médicos dos clubes. “Está tudo sendo seguido de acordo com o protocolo [Jogo Seguro]. Há o corredor de desinfecção, a área de testes na chegada das delegações, houve a de- sinfecção dos ambientes... Está tudo conforme estabe- lece o protocolo. São Janu- ário está sempre pronto”, garantiu à reportagem o vice- -presidente de patrimônio, André Luiz Vieira Afonso. Nos treinamentos que têm sido realizados no estádio, os jogadores já passam por uma triagem que contém um questionário e um túnel de desinfecção. O estacio- namento já está demarcado com vagas específicas para cada atleta e integrante da comissão técnica. Vestiários serão utilizados pela primeira vez desde a parada No jogo, os vestiários serão utilizados pela primeira vez, já que eles estão fechados nas atividades rotineiras e os atletas voltam para casa ime- diatamente após os treinos. A recomendação do protocolo é, se possível, intercalar os ar- mários e ficar o menor tempo possível no local, priorizando o aquecimento no gramado. Na sexta (19) a Vigilância Sanitária determinou a re- tirada imediata do túnel de desinfecção do Maracanã. O equipamento não consta no protocolo elaborado especi- ficamente para a retomada das atividades desportivas, e publicado no Diário Oficial, no último dia 4. Com isso, a tendência é a de que ele não seja utilizado na partida entre Vasco e Macaé. Alison Silva “Embora em não seja favo- rável à retomada, o retorno do Campeonato Carioca – com o jogo do Flamengo (foto) na quinta- -feira – pressiona violentamente a retomada em outros estados. Podemos notar que as federa- ções estaduais tem seus planeja- mentos e nesse sentido estamos pressionando a federação sul- -mato-grossense para viabilizar o retorno no Estado.” A declaração foi dada pelo presidente do Cha- padão, João Félix, sexta-feira (19), à reportagem. O dirigente salientou que a pressão dos clubes se dá em razão de possíveis medidas e orientações que viabilizem o re- torno e já realizadas por outras federações. “Precisamos de um norte, uma espécie de ‘bússola’ para sabermos o que fazer, e isso inexiste atualmente”, acrescenta Félix. De acordo com o presidente da Serc, cerca de 98 por cento dos clubes brasileiros não são ca- pazes de retornar às atividades dentro dos parâmetros exigidos pela CBF (Confederação Brasi- leira de Futebol). “Eu não penso futebol em Mato Grosso do Sul antes de setembro. Primeiro por que não me sinto à vontade, segundo por que os clubes são ‘cagões’ (risos). Devemos retomar as atividades pelo menos um mês antes dos jogos”, fala o cartola de Cha- padão do Sul. Treinador do Operário, Glauber Caldas é incisivo. “Não só acredito como tenho certeza de que a retomada do Carioca vá influenciar o retorno dos outros estaduais, será um efeito cascata. Converso com profis- sionais de outros estados que já possuem datas prévias de retorno, o que acabará aconte- cendo em Mato Grosso do Sul”, enfatiza. Segundo o técnico, serão necessários pelo menos 30 dias de pré-temporada a fim de evitarem as lesões. “A CBF vai acabar definindo um prazo para o retorno... até por questões estruturais de torneios como a Copa do Brasil, Liberta- dores e Campeonato Brasileiro”, coloca o técnico. “Onde as dificuldades finan- ceiras são maiores, como é o caso de Mato Grosso do Sul, quando chegarmos ao momento de definições de vagas para as competições nacionais, principal- mente a Copa do Brasil, os clubes menores acabarão cedendo, até por questões de distribuição de recursos”, conclui o treinador. FFMS não se pronuncia ‘nem para falar que não haverá nada’, declara Iliê Vidal Iliê Vidal, presidente do Águia Negra, acredita que a evolução do cenário pandêmico em Mato Grosso do Sul, principalmente nos últimos dias, inviabiliza o retorno da competição, para- lisada em março. “Pensei que com a retomada no Rio de Ja- neiro os outros estados fariam movimentos parecidos, mas em MS as medidas do governo têm reforçado o isolamento social e endurecido as medidas de proteção”, endossa o dirigente. De acordo com Vidal, em Rio Brilhante os casos aumentam diariamente. O diretor disse que o contato com a FFMS (Fede- ração de Futebol de Mato Grosso do Sul) é inexistente e que a orga- nização não se pronuncia “nem para falar que não haverá nada”. Resistência Treinador Odair Hellmann endossa coro de grupo contrário ao retorno das competições

Onda crescente Carioca pressiona à retomada em MS ... · Onda crescente ‘Confirmado’ Impasse Paulista Dirigente da Serc brinca que clubes são ‘cagões’ e projeta volta em

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Onda crescente Carioca pressiona à retomada em MS ... · Onda crescente ‘Confirmado’ Impasse Paulista Dirigente da Serc brinca que clubes são ‘cagões’ e projeta volta em

Campo Grande-MS | Domingo/Segunda-feira, 21 e 22 de junho de 2020 B1ESPORTES

Lucas Merçon/FFC

Alexandre Vidal/Flamengo

Luciano Shakihama

Na noite de sexta-feira (19), a FFMS anunciou que fará reunião com os clubes para “tomada de decisão de provável data de retorno das atividades do Campeonato Sul-Mato--Grossense de Futebol Pro-fissional”. De acordo com a convocação feita pelo presidente da federação,

Francisco Cezário, o en-contro será quarta-feira (24), na sede da entidade, em Campo Grande, a partir das 14h.

O Estadual foi parali-sado há três meses, antes do início das quartas de final. Os times que ainda estão na disputa do torneio são Corumbaense, Costa Rica, Águia Negra, Comercial, Operário, Chapadão, Ma-

racaju e Aquidauanense.Com a parada, os

clubes dispensaram os jogadores e esperam a de-finição sobre a retomada das disputas para cha-marem de volta os atletas. Das oito equipes, quatro delas usarão atletas para apenas duas partidas, já que a próxima fase é eli-minatória, em jogos de ida e volta.

Cezário anuncia reunião na federação estadual para quarta

Onda crescente

‘Confirmado’

Impasse

Paulista

Dirigente da Serc brinca que clubes são ‘cagões’ e projeta volta em setembro

Carioca pressiona à retomada em MS, acreditam diretores locais

Vasco garante segurança para receber jogo em São Januário

Elenco do Fluminense abremão de salário ao se posicionar contra retorno

Corinthians encerra chegada de ‘medalhões’ com vinda de JôSamir CarvalhoFolhapress

Apesar de a torcida so-nhar com os retornos do meia Willian, do zagueiro Pablo, entre outros, o Co-rinthians não deve con-tratar mais “medalhões” para esta temporada. Segundo apurou a repor-tagem, o atacante Jô foi o último reforço considerado de impacto em 2020.

A diretoria corintiana acredita que nenhum outro reforço que cause holofotes na mídia será contratado após a chegada do paulis-tano de 33 anos. A cúpula alvinegra, inclusive, só não fecha o ciclo de contra-tações até o fim do ano por conta dos reforços que são chamados de “oportuni-dades de mercado”.

Esse grupo se enquadra em atletas que não estão na lista do técnico Tiago Nunes, mas surgem como boas opções no mercado da bola. O melhor exemplo é o volante Ederson, ex--Cruzeiro. Ele não estava na lista do treinador, mas apareceu como boa opção.

Caio BloisFolhapress

Em impasse com a Ferj (Federação de Futebol do Es-tado do Rio de Janeiro), o Flu-minense tem sido a voz mais dissonante sobre o retorno do futebol carioca. Além da postura do presidente Mario Bittencourt, o clube tricolor também teve uma partici-pação importante de seus atletas, que, na quarta-feira (17), divulgaram um mani-festo protestando contra a volta do Estadual. Pelo posi-cionamento, o elenco abriu mão de dinheiro.

Isso porque o acordo cele-brado em março entre joga-dores e diretoria funcionava da seguinte maneira: naquele mês, os vencimentos foram reduzidos em 15%; abril teria duas parcelas, sendo 50% no próprio mês e a outra metade em dezembro, e em maio uma redução de 25%.

O consenso era de que, se a pandemia do novo co-ronavírus invadisse junho, o pagamento deste mês seria rediscutido. Caso o Flumi-nense entrasse em campo nos dias 22 e 25 de junho, datas escolhidas pela Ferj e, na visão do clube, impostas para o retorno, os atletas receberiam vencimentos in-tegrais referentes ao mês.

Mesmo assim, os jogadores se alinharam ao posiciona-mento institucional do clube. Ao se posicionar pelo retorno

em julho, o elenco terá mais um mês reduzido, ainda que não haja martelo batido quanto ao percentual, que tende a ficar mais próximo aos 25% do mês de maio.

A comissão técnica lide-rada por Odair Hellmann – que também postou o manifesto – teve o mesmo posicionamento. Líderes do vestiário, como o ca-pitão Digão e os experientes Muriel, Hudson, Henrique, Nenê e Fred, além dos jo-vens e politicamente ativos Igor Julião e Nino, foram as principais vozes do movi-mento criado de forma in-dependente pelos jogadores, que não teve dissonantes.

A diretoria, por meio dos jogadores, foi apenas infor-mada do manifesto, e deu seu apoio à causa.

Um dos mais respeitados no grupo, o meia Paulo Hen-rique Ganso foi o único do elenco profissional a não pu-blicar o manifesto em suas redes sociais. Procurado pela reportagem, ele pre-feriu não se manifestar. Além dele, apenas poucos jovens do sub-23 não postaram o texto. Nas redes sociais, o movimento dos atletas foi elogiado pela maioria da torcida do Fluminense, que também criou seu próprio manifesto, publicado por organizadas, movimentos populares, grupos políticos, influenciadores digitais e pá-ginas ligadas ao clube.

Bruno BrazFolhapress

Após o pontapé inicial para a retomada do futebol ter sido dado pelo Flamengo, na quinta (18), será a vez do Vasco colocar em prática as medidas de segurança contra o novo coronavírus, agora em São Januário, para a partida neste domingo (21), diante do Macaé, às 15h (de MS), pela Taça Rio. E no que depender da diretoria, o estádio está pronto.

Por já treinar no local enquanto seu centro de trei-namento próprio em Jacare-paguá não fica de pé, o clube cruz-maltino já tinha adian-tado a maior parte das adap-tações para o protocolo “Jogo Seguro”, elaborado pela Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro) em conjunto com os departamentos médicos dos clubes. “Está tudo sendo seguido de acordo com o protocolo [Jogo Seguro]. Há o corredor de desinfecção, a área de testes na chegada das delegações, houve a de-sinfecção dos ambientes... Está tudo conforme estabe-lece o protocolo. São Janu-ário está sempre pronto”, garantiu à reportagem o vice--presidente de patrimônio,

André Luiz Vieira Afonso. Nos treinamentos que têm sido realizados no estádio, os jogadores já passam por uma triagem que contém um questionário e um túnel de desinfecção. O estacio-namento já está demarcado com vagas específicas para cada atleta e integrante da comissão técnica.

Vestiários serão utilizados pela primeira vez desde a parada

No jogo, os vestiários serão utilizados pela primeira vez, já que eles estão fechados nas atividades rotineiras e os atletas voltam para casa ime-diatamente após os treinos. A recomendação do protocolo é, se possível, intercalar os ar-mários e ficar o menor tempo possível no local, priorizando o aquecimento no gramado.

Na sexta (19) a Vigilância Sanitária determinou a re-tirada imediata do túnel de desinfecção do Maracanã. O equipamento não consta no protocolo elaborado especi-ficamente para a retomada das atividades desportivas, e publicado no Diário Oficial, no último dia 4. Com isso, a tendência é a de que ele não seja utilizado na partida entre Vasco e Macaé.

Alison Silva

“Embora em não seja favo-rável à retomada, o retorno do Campeonato Carioca – com o jogo do Flamengo (foto) na quinta--feira – pressiona violentamente a retomada em outros estados. Podemos notar que as federa-ções estaduais tem seus planeja-mentos e nesse sentido estamos pressionando a federação sul--mato-grossense para viabilizar o retorno no Estado.” A declaração foi dada pelo presidente do Cha-padão, João Félix, sexta-feira (19), à reportagem.

O dirigente salientou que a pressão dos clubes se dá em razão de possíveis medidas e orientações que viabilizem o re-torno e já realizadas por outras federações. “Precisamos de um norte, uma espécie de ‘bússola’ para sabermos o que fazer, e isso inexiste atualmente”, acrescenta Félix.

De acordo com o presidente da Serc, cerca de 98 por cento dos clubes brasileiros não são ca-pazes de retornar às atividades dentro dos parâmetros exigidos pela CBF (Confederação Brasi-leira de Futebol).

“Eu não penso futebol em Mato Grosso do Sul antes de setembro. Primeiro por que não me sinto à vontade, segundo por que os clubes são ‘cagões’ (risos). Devemos retomar as atividades pelo menos um mês antes dos jogos”, fala o cartola de Cha-padão do Sul.

Treinador do Operário, Glauber Caldas é incisivo. “Não só acredito como tenho certeza de que a retomada do Carioca vá influenciar o retorno dos outros estaduais, será um efeito cascata. Converso com profis-sionais de outros estados que já possuem datas prévias de retorno, o que acabará aconte-cendo em Mato Grosso do Sul”, enfatiza. Segundo o técnico, serão necessários pelo menos 30 dias de pré-temporada a fim de evitarem as lesões.

“A CBF vai acabar definindo um prazo para o retorno... até por questões estruturais de torneios como a Copa do Brasil, Liberta-dores e Campeonato Brasileiro”, coloca o técnico.

“Onde as dificuldades finan-ceiras são maiores, como é o caso de Mato Grosso do Sul, quando chegarmos ao momento de definições de vagas para as competições nacionais, principal-mente a Copa do Brasil, os clubes menores acabarão cedendo, até

por questões de distribuição de recursos”, conclui o treinador.

FFMS não se pronuncia ‘nem para falar que não haverá nada’, declara Iliê Vidal

Iliê Vidal, presidente do Águia Negra, acredita que a evolução do cenário pandêmico em Mato Grosso do Sul, principalmente nos últimos dias, inviabiliza o retorno da competição, para-lisada em março. “Pensei que com a retomada no Rio de Ja-

neiro os outros estados fariam movimentos parecidos, mas em MS as medidas do governo têm reforçado o isolamento social e endurecido as medidas de proteção”, endossa o dirigente.

De acordo com Vidal, em Rio Brilhante os casos aumentam diariamente. O diretor disse que o contato com a FFMS (Fede-ração de Futebol de Mato Grosso do Sul) é inexistente e que a orga-nização não se pronuncia “nem para falar que não haverá nada”.

Resistência Treinador Odair Hellmann endossa coro de grupo contrário ao retorno das competições