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OPORTUNIDADES DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA PARA A INDÚSTRIA BRASÍLIA – 2010 UMA VISÃO INSTITUCIONAL SUMÁRIO EXECUTIVO

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  • OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

    bRASLIA 2010

    uma visO instituciOnal

    SUMRIO ExEcUtIvO

  • OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

  • cONFEDERAO NAcIONAL DA INDStRIA cNI

    robson Braga de andradePresidente em Exerccio

    Diretoria Executiva DIREx

    Jos augusto coelho fernandesDiretor

    rafael esmeraldo lucchesi ramacciottiDiretor de Operaes

    Helosa regina guimares de menezesDiretora de Relaes Institucionais

    INStItUtO EUvALDO LODI IEL

    IEL Ncleo central

    paulo afonso ferreiraDiretor-Geral

    carlos roberto rocha cavalcanteSuperintendente

    ELEtRObRAS

    Jos antnio muniz lopesPresidente

    ubirajara rocha meira

    Diretor de Tecnologia

    fernando pinto dias perroneChefe do Departamento de Projetos de Eficincia Energtica

    marco aurlio ribeiro gonalves moreiraChefe da Diviso de Eficincia Energtica na Indstria e Comrcio

  • OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

    bRASLIA 2010

    eduardO guardiaJamil Haddadluiz nOgueirarOBertO akira

    uma visO instituciOnal

    SUMRIO ExEcUtIvO

  • cNIConfederao Nacional da Indstria

    tels.: (61) 3317-9989 / 3317-9992setor Bancrio norte, Quadra 1, Bloco c, edifcio roberto simonsen, 70040-903, Braslia-dftel.: (61) 3317- 9001, fax: (61) 3317- 9994http://www.cni.org.br

    Servio de Atendimento ao Cliente / SACtels.: (61) 3317-9989 / [email protected]

    ELEtRObRAS

    av. presidente vargas, 409, 13 andar, centro, 20071-003, rio de Janeiro rJ, caixa postal 1639tel 21 [email protected]

    PROcEL INDStRIA Eficincia Energtica Industrial

    av. rio Branco, 53, 15 andar, centro, 20090-004, rio de Janeiro rJfax: 21 2514-5767www.eletrobras.com/[email protected] gratuita 0800 560 506

    Oportunidades de eficincia energtica para a indstria: uma viso institucional: sumrio executivo / eduardo guardia

    ... [et al]. / Braslia: cni, 2010.

    58 p.

    isBn 978-85-7957-046-9

    1. eficincia energtica i. ttulo. ii. guardia, eduardo.

    cdu: 336.226.46

    ficHa catalOgrfica

    O61

    PROcEL Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica

    av. rio Branco, 53, 14, 15, 19 e 20 andares, centro, 20090-004 rio de Janeiro rJwww.eletrobras.com/[email protected] gratuita 0800 560 506

    2010. cni confederao nacional da indstria.

    cNIUnidade de competitividade Industrial cOMPIQualquer parte desta obra poder ser reproduzida, desde que citada a fonte.trabalho elaborado pela cni em parceria com a eletrobras, no mbito do prOcel indstria.

  • Lista de Grficos

    Grfico 1 Sntese dos indicadores energticos e o custo da energia economizada nos projetos avaliados 24

    Grfico 2 Indicadores energticos e custo de energia economizada nos projetos avaliados, por regio 39

    Grfico 3 Quantidade de projetos por regio federativa 40

    Grfico 4 Energia economizada por regio federativa 40

    Grfico 5 Distribuio dos projetos avaliados por investimento total e segmento 41

    Grfico 6 Distribuio dos projetos avaliados por investimento total e segmento (parcial) 42

    Grfico 7 Indicadores energticos e o custo da energia economizada nos projetos avaliados, por nvel de investimento por projeto 42

    Grfico 8 Distribuio dos projetos por segmento 44

    Grfico 9 Energia economizada por segmento 45

    Grfico 10 Demanda evitada por segmento 45

  • Lista de tabeLas

    tabela 1 Distribuio de projetos de eficincia energtica por regio 22

    tabela 2 Custo da energia conservada, por uso final 23

    tabela 3Custo da energia conservada e custo mdio por projeto, por segmento 23

    tabela 4Nmero de projetos apresentados e aplicados indstria 29

    tabela 5Resultados de Projetos Ciclos 2000/2001 a 2004/2005 30

    tabela 6Resumo das aplicaes dos ciclos 2005/2006 e 2006/2007*, por setor consumidor 30

    tabela 7Atividades das instituies universitrias e de pesquisa em eficincia energtica 35

    tabela 8Distribuio de projetos por regio 38

    tabela 9ndices de avaliao por regio 39

    tabela 10 Distribuio de projetos por segmento 43

    tabela 11ndices de avaliao por segmento 44

    tabela 12Associaes de classe com histrico de implementao de projetos de eficincia energtica no stor industrial 56

    tabela 13Empresas de servios energticos atuantes no Brasil 57

  • Lista de siGLas e acrnimos

    ABCP: Associao Brasileira de Cimento Portland

    ABDIB: Associao Brasileira da Infra-estrutura e Indstrias de Base

    ABESCO: Associao Brasileira das Empresas de Servios de Conservao de Energia

    ABIA: Associao Brasileira da Indstria de Alimentos

    ABILUX: Associao Brasileira de Iluminao

    ABIMAQ: Associao Brasileira de Mquinas e Equipamentos

    ABINEE: Associao Brasileira da Indstria Eltrica e Eletrnica

    ABIPLAST: Associao Brasileira da Indstria do Plstico

    ABIQUIM: Associao Brasileira da Indstria Qumica

    ABIT: Associao Brasileira da Indstria Txtil e de Confeco

    ABIVIDRO: Associao Tcnica Brasileira das Indstrias Automticas de Vidro

    ABM: Associao Brasileira de Metalurgia e Materiais

    ABRACE: Associao Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia

    ABRADEE: Associao Brasileira de Distribuidores de Energia Eltrica

    ABRAVA: Associao Brasileira de Refrigerao, Ar Condicionado, Ventilao e Aquecimento

    ABTCP: Associao Brasileira Tcnica de Celulose e Papel

    ANEEL: Agncia Nacional de Energia Eltrica

    ANFAVEA: Associao Nacional dos Fabricantes de Veculos Automotores

    ANICER: Associao Nacional da Indstria Cermica

    ANP: Agncia Nacional do Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis

    BDMG: Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais

    BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social

    BRACELPA: Associao Brasileira de Celulose e Papel

    CATE: Centro de Aplicao de Tecnologias Eficientes

    CEC: Custo da Energia Conservada

    CEPEL: Centro de Pesquisas de Energia Eltrica

    CGIEE: Comit Gestor de Indicadores e Nveis de Eficincia Energtica

    CICE: Comisso Interna de Conservao de Energia

    CMP: Custo Mdio por Projeto

    CNI: Confederao Nacional da Indstria

    CONPET: Programa Nacional da Racionalizao do Uso dos Derivados do Petrleo e Gs Natural

    COPPE: Instituto Alberto Luiz Coimbra de Ps-Graduao e Pesquisa de Engenharia

    CTEC: Centro de Tecnologia

    CT-ENERG: Fundo Setorial de Energia

    CT-PETRO: Fundo Setorial de Petrleo e Gs Natural

    DT: Diretoria de Tecnologia da Eletrobras

  • DTD: Departamento de Desenvolvimento da Eficincia Energtica da Eletrobras

    DTP: Departamento de Projetos de Eficincia Energtica da Eletrobras

    EPP: Eficincia Energtica nos Prdios Pblicos

    ESCO: Empresa Especializada em Servios de Conservao de Energia

    EXCEN: Centro de Excelncia em Eficincia Energtica

    FINEP: Financiadora Nacional de Pesquisa

    GCC: Grupo Coordenador do CONPET

    GEM: Gesto Energtica Municipal

    GOSE: Grupo de Pesquisa em Otimizao de Sistemas Energticos

    GWh: Gigawatt-hora

    IBS: Instituto Brasileiro de Siderurgia

    INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial

    INT: Instituto Nacional de Tecnologia

    IPT: Instituto de Pesquisas Tecnolgicas do Estado de SP

    kW: Quilowatt

    LABAUT: Laboratrio de Conforto Ambiental e Eficincia Energtica

    LABEEE: Laboratrio de Eficincia Energtica em Edificaes

    LACTEC: Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento

    LAI: Laboratrio de Aplicaes Industriais

    LENHS: Laboratrio de Eficincia Energtica e Hidrulica em Saneamento

    M&V: Medio e Verificao

    MCT: Ministrio da Cincia e Tecnologia

    MEC: Ministrio da Educao

    MW: Megawatt

    MWh: Megawatt-hora

    NIPE: Ncleo Interdisciplinar de Planejamento Energtico

    NUCAM: Ncleo de Conforto Ambiental

    P&D: Programa de Pesquisa e Desenvolvimento

    PEE: Programa de Eficincia Energtica

    PEE-UFRJ: Programa de Engenharia Eltrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro

    PROCEL: Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica

    PROCEL EPP: Eficincia Energtica nos Prdios Pblicos

    PROCEL GEM: Gesto Energtica Municipal

    PROESCO: Programa de Apoio a Projetos de Eficincia Energtica

    PUCMG: Pontifcia Universidade Catlica de Minas Gerais

    PUCRS: Pontifcia Universidade do Rio Grande do Sul

    SNIC: Sindicato Nacional da Indstria de Cimento

    SPE: Superintendncia de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficincia Energtica

  • TWh: Terawatt-hora

    UFAL: Universidade Federal de Alagoas

    UFAM: Universidade Federal do Amazonas

    UFG: Universidade Federal de Gois

    UFMG: Universidade Federal de Minas Gerais

    UFPB: Universidade Federal da Paraba

    UFSC: Universidade Federal de Santa Catarina

    UNESP: Universidade Estadual Paulista

    UNICAMP: Universidade Estadual de Campinas

    UNIFEI: Universidade Federal de Itajub

    USP: Universidade de So Paulo

  • sumrio

    apresentaO eletrOBras/prOcel indstria 15

    apresentaO cni 17

    1 intrOduO 19

    2 sntese dOs resultadOs 21

    3 prOgramas de fOmentO eficincia energtica 25 3.1 Fundos Setoriais de Cincia e Tecnologia 26

    3.1.1 CT-ENERG 263.1.2 CT-PETRO 27

    3.2 Programa de Apoio a Projetos de Eficincia Energtica PROESCO do BNDES 283.3 Programas de Eficincia Energtica e o Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da ANEEL 293.4 Estudos de Eficincia Energtica coordenados pela ANP 303.5 Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica PROCEL 313.6 Associaes de classe e fabricantes de equipamentos 333.7 Empresas de servios energticos ESCOs 333.8 Universidades e centros de pesquisa 34

    4 anlise dOs prOJetOs de eficincia energtica nO setOr industrial 37 4.1 Anlise por regio 384.2 Anlise por nvel de investimento 414.3 Anlise por segmento industrial 43

    5 cOncluses e recOmendaes 47

    6 referncias 51

    7 aneXOs 55

  • apresentao eLetrobras /proceL indstria

    Mobilizar a sociedade para o uso eficiente da energia eltrica, combatendo o seu desperdcio, a misso estratgica do Procel (Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica). A Diretoria de Tecnologia da Eletrobras responsvel pela Secretaria Executiva do programa, que foi criado em 1985 pelo governo federal, por intermdio do Ministrio de Minas e Energia.

    Economizar energia eltrica traz inmeras vantagens, como o adiamento da necessidade de construo de novas usinas geradoras e sistemas associados, liberando recursos para outras reas e contribuindo para a preservao do meio ambiente.

    A Eletrobras, no mbito do Procel Indstria, atua com o objetivo de dar suporte aos diversos segmentos industriais para a melhoria do desempenho energtico das instalaes, fundamentalmente com foco na reduo de perdas nos sistemas motrizes instalados. Atua tambm para aperfeioar a capacitao dos trabalhadores da indstria brasileira, de modo a evitar o desperdcio de energia e promover o seu uso eficiente. Nesse sentido, a Eletrobras tem celebrado e interagido com agentes de mercado por meio de convnios. Para o desenvolvimento deste trabalho tcnico, foram estabelecidas parcerias com as federaes das indstrias estaduais, com a Confederao Nacional da Indstria (CNI) e com o Instituto Euvaldo Lodi Ncleo Central (IEL/NC).

    Assim, este relatrio tcnico resultante de uma iniciativa conjunta e indita para o levantamento de potenciais tcnicos de conservao de energia em 14 segmentos do setor industrial: alimentos e bebidas, cal e gesso, cermica, cimenteiro, extrativo-mineral, ferros-ligas, fundio, metais no ferrosos, papel e celulose, qumico, siderrgico, txtil, vidreiro e no energo-intensivos (fumo, calados, madeira etc). Os estudos realizados contemplam, alm dos relatrios setoriais, outros relatrios que agregam temas de alta relevncia para o setor industrial, como as experincias internacionais em eficincia energtica para a indstria e o histrico de programas nesta rea.

    Seguindo as diretrizes do Procel Indstria, este relatrio pretende ser um instrumento til para os players atuantes no mercado nacional de eficincia energtica do setor industrial: indstrias, federaes de indstrias, associaes de classe, CNI, instituies privadas ou governamentais. A ideia que se torne uma referncia e uma fonte de consulta constante para aqueles que compartilham do objetivo de promover a eficincia na produo e o uso adequado da energia, eliminando tambm os desperdcios, reduzindo os custos e, consequentemente, colaborando para a inovao tecnolgica e a competitividade da indstria brasileira.

    Assim, o convnio Eletrobras, CNI e IEL/NC, instrumento jurdico firmado entre as partes, tem por objeto o Levantamento e Avaliao de Programas e Metodologias de Eficincia Energtica na Indstria. De um modo geral, as principais linhas de trabalho estabelecidas no convnio compreendem: a organizao do conhecimento com base na experincia de projetos j realizados; a identificao de setores econmicos com potencial de economia de energia, bem como de barreiras e oportunidades de implantao de aes de eficincia energtica na indstria; a elaborao de subsdios para a tomada de deciso em relao implementao de projetos de eficincia energtica na indstria; a interao permanente com o setor industrial, visando seleo de projetos de eficincia energtica e avaliao de resultados para maior eficcia das aes. Esse escopo atende ainda s diretrizes gerais de atuao previstas em Protocolo de Cooperao Tcnica assinado entre Eletrobras, CNI e IEL/NC, em 16/12/2004.

    Tem-se a expectativa de que as informaes do mercado, mais organizadas, gerem subsdios para um planejamento efetivo de polticas pblicas mais eficazes destinadas ao uso eficiente da energia nos processos industriais e cadeias produtivas no Brasil.

  • apresentao cni

    A energia um dos principais insumos da indstria. Sua disponibilidade, custo e qualidade so determinantes fundamentais da capacidade competitiva do setor produtivo.

    O setor industrial responde por 39,6% de todo o consumo de energia no Brasil. No tocante energia eltrica, sua importncia ainda maior, pois representa 46,3% do consumo total. Assim sendo, a segurana do abastecimento de energia eltrica merece a ateno permanente da CNI.

    Na busca da segurana energtica, destaca-se a opo pela eficincia como fator de racionalidade na oferta e uso de energia. Com o aumento do custo da eletricidade e da emisso de gases causadores do efeito estufa, aes voltadas para a racionalizao tornam-se ainda mais atrativas.

    Desde dezembro de 2004, a CNI e a Eletrobras desenvolvem parcerias visando eficincia energtica no setor industrial. Como resultado, foram promovidos trs importantes convnios para a publicao de estudos e desenvolvimento de aes. So eles:

    Manuais sobre eficincia energtica para trabalhadores da indstria; Etiquetagem voluntria dos transformadores de distribuio; Identificao do potencial de eficincia energtica em setores industriais e avaliao de programas de

    eficincia energtica na indstria.

    A presente publicao foi elaborada com o objetivo de identificar oportunidades de ganho de competitividade associadas ao uso eficiente da energia nas indstrias e de sugerir medidas para a consolidao de um mercado sustentvel de eficincia energtica para o setor industrial.

    A indstria vem fazendo a sua parte. A eficincia energtica e a preocupao com o meio ambiente tm sido foco de ateno permanente. Esta iniciativa, inclusive, se insere nas aes do Mapa Estratgico da Indstria 2007-2015, um conjunto de objetivos que o setor industrial considera indispensvel para consolidar o Brasil como uma economia competitiva e inovadora.

    Com esta publicao, a CNI e a Eletrobras esperam estar contribuindo para o desenvolvimento da eficincia energtica e o debate sobre o futuro da energia no Brasil.

  • 1 introduo

  • OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

    20

    1 introduo

    A relevncia da energia como um insumo para os processos produtivos bastante conhecida. Sem energia, nada pode ser realizado, transportado ou processado. Sabe-se que boa parte da energia entregue s unidades produtivas desperdiada ou usada com baixa efi cincia, sendo igualmente reconhecida a necessidade de se melhorar o rendimento dos processos energticos no contexto industrial, como tm indicado os estudos empreendidos nesse sentido, com vantagens econmicas e ambientais.

    O presente sumrio apresenta os principais programas e aes de efi cincia energtica propostos e adotados pela indstria brasileira, os quais constituram as fontes de informao para o presente levantamento. Em seguida, apresenta-se uma anlise conjunta desses projetos, procurando caracterizar o potencial de reduo de perdas de energia por setor e por regio, assim como estimar os usos fi nais de maior interesse, os investimentos mdios por projeto e os custos mdios da energia conservada.

  • 2 sntese dos resultados

  • 22

    OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

    2 sntese dos resultados

    P or meio deste projeto, foi identificado o significativo esforo empreendido pelo setor industrial nos ltimos anos em direo ao aumento da eficincia energtica e reduo dos desperdcios, principalmente de energia eltrica. Considerando as informaes obtidas nos 217 projetos analisados, foram previstos investimentos de R$ 161 milhes e resultados totalizando uma economia anual de 626 GWh, com demanda evitada de 87 MW. O investimento mdio por energia anual economizada resultante foi pouco superior ao apresentado pela ABESCO, determinado a partir do investimento dos R$ 1,9 bilho estimados para utilizar o potencial de economia de energia eltrica no setor industrial, avaliado em 9 TWh por ano.

    Adotando para esses projetos uma vida econmica de 10 anos e uma taxa de desconto de 12%, resulta um custo mdio de 98,6 R$/MWh economizado, considerado um valor atrativo frente aos custos correntes da energia eltrica adquirida das concessionrias. Na tabela abaixo, esses projetos so apresentados por regio da federao, evidenciando a importncia do sudeste, que respondeu por cerca da metade dos projetos e da energia economizada.

    tabela 1

    distribuio de projetos de eficincia energtica por regio

    fonte: elaborao prpria

    Embora tenham sido consideradas medidas de racionalizao energtica em diversos usos finais (iluminao, motores, ar condicionado, etc.) na maioria dos projetos avaliados, em alguns projetos se estudaram apenas medidas para a aplicao da energia eltrica, tornando possvel estimar o custo mdio da energia conservada (CEC) nesses casos. Como apresentado na Tabela 2, cujos valores tambm foram determinados assumindo uma vida til de 10 anos para os projetos e uma taxa de desconto de 12% ao ano, as medidas envolvendo cogerao/recuperao de calor e sistemas de ar comprimido apresentaram os custos mais elevados, enquanto os sistemas de refrigerao, bombeamento e gesto apresentaram os resultados mais atrativos em termos econmicos.

    Conforme indicado na Tabela 3, os setores alimentcio, qumico e cermico apresentaram maior participao na amostra de projetos estudada. Entretanto, os setores siderrgico e qumico foram os que totalizaram maiores investimentos e projetos de maior porte. Em relao aos custos por energia economizada, os setores de fundio e cermica tiveram custos mais elevados, enquanto os setores de minerao, siderurgia, qumica e metalurgia apresentaram os projetos mais competitivos.

    regio projetosdemanda evitada

    (kW)energia economizada

    (gWh/ano)investimento

    (1000 r$)sul 45 4.681 26 6.355

    sudeste 141 67.598 367 107.568

    nordeste 17 12.002 103 16.681

    centro-Oeste 8 2.006 126 29.358

    norte 6 687 2 1.038

    total 217 86.975 626 161.000

  • 23

    uma visO instituciOnal - SUMRIO ExEcUtIvO

    tabela 2

    custo da energia conservada, por uso final

    fonte: elaborao prpria

    tabela 3

    custo da energia conservada e custo mdio por projeto, por segmento

    fonte: elaborao prpria

    ao e uso finalcec

    (r$/mWh)

    cogerao/recuperao de calor 113

    ar comprimido 108

    inversor 96

    fornos/caldeiras/estufas 95

    iluminao 89

    correo de fator de potncia 72

    motor 63

    refrigerao frigorfica 53

    Bombas 47

    gerenciamento/automao 39

    segmento projetoscusto da energia conservada

    (r$/mWh)custo mdio por projeto

    (r$)

    alimentos e Bebidas 35 73 361.158

    automotivo 9 109 633.365

    cermico 28 151 50.781

    couro 9 89 123.413

    fundio 12 319 46.657

    metalurgia 14 60 428.810

    minerao metlicos 6 36 476.111

    minerao no metlicos 5 106 246.648

    Outros 44 61 953.116

    papel e celulose 9 74 257.637

    Qumico 22 59 1.029.730

    siderurgia 12 55 4.888.238

    txtil 12 103 325.380

  • 24

    OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

    No grfi co a seguir, os dados tabelados foram organizados de modo a evidenciar os potenciais e custos por setor. Os custos estimados foram inferiores a 107 R$/MWh em mais de 97% do potencial de economia identifi cado, sendo que apenas para os setores automotivo, cermica e fundio se estimaram custos mais elevados.

    Infere-se que os investimentos em efi cincia energtica demonstrem atratividade diferenciada por setor em funo do nvel de consumo e dos usos fi nais empregados em cada caso. Como observado, os projetos foram mais motivadores nos segmentos industriais onde o uso de ar comprimido, os sistemas frigorfi cos e a iluminao se mostraram mais importantes.

    fonte: elaborao prpria

    grfico 1

    sntese dos indicadores energticos e o custo da energia economizada nos projetos avaliados

    importante reconhecer que, apesar de existirem setores e usos fi nais com maior atratividade para a implantao de projetos de racionalizao energtica, a correta administrao dos recursos e dos sistemas energticos nas empresas industriais constitui o elemento-chave para o sucesso efetivo desses projetos, proporcionando reduo de faturas de energia de forma permanente e competitiva nos mais variados contextos. Nesse sentido, convm reiterar que no existem relevantes obstculos tcnicos para a promoo da efi cincia energtica, sendo o componente gerencial sempre o mais decisivo.

    mW (anualizado, 12%, 10 anos)

    Nm

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    40 20

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    350

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    1215,

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    0,5 5 0,3 7,

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    61

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    projetos gWh/ano mW

    7

    36

  • 3 programas de fomento eficincia energtica

  • 26

    OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

    3 programas de fomento eficincia energtica

    Em consequncia da crescente percepo da importncia do potencial de eficincia energtica, diferentes programas e fontes de financiamento para a reduo dos desperdcios de energia tm se estabelecido no Brasil ao longo dos anos. Algumas iniciativas foram revisadas, conforme apresentado a seguir, com o propsito de obter informaes sobre as atividades desenvolvidas. So elas:

    Fundos Setoriais de Cincia e Tecnologia, geridos pela FINEP; Programa de Apoio a Projetos de Eficincia Energtica (PROESCO) do BNDES; Programas de Eficincia Energtica (PEE) e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D),

    desenvolvidos pelas concessionrias do setor eltrico e coordenados pela ANEEL; Iniciativas da Agncia Nacional de Energia Eltrica (ANEEL), da Agncia Nacional de Petrleo, Gs e

    Biocombustveis (ANP) e do Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica (PROCEL); Iniciativas das associaes de classe (ABINEE, ABILUX, ABIMAQ, ABDIB, ABRACE, ABRADEE,

    etc.); Atividades da Associao Brasileira das Empresas de Servios de Conservao de Energia (ABESCO); Iniciativas das principais instituies acadmicas e institutos tecnolgicos.

    Nem sempre foi possvel caracterizar os projetos de forma detalhada. No obstante, foi identificado um nmero expressivo de projetos e estudos, oferecendo um quadro que se considera bastante representativo da realidade brasileira nesse tema. Mesmo nos casos em que no foram identificados projetos, as informaes se mantiveram nos relatrios, como fonte de recursos a ser melhor aproveitada para a promoo do uso eficiente de energia nas indstrias brasileiras.

    3.1 fundos setoriais de cincia e tecnologia

    Os Fundos Setoriais de Cincia e Tecnologia, criados a partir de 1999, so instrumentos de grande importncia no financiamento, desenvolvimento e inovao de projetos de pesquisa nos ltimos anos. Entre os 16 Fundos Setoriais criados, dois deles se destacam como potencial fonte de recursos para projetos relacionados Conservao de Energia: o CT-ENERG e o CT-PETRO, respectivamente associados ao tema energtico de forma geral, com alguma nfase em energia eltrica e ao setor de petrleo, gs natural e biocombustveis.

    Tais fundos obedecem legislao especifica e so administrados pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), rgo pblico vinculado ao Ministrio da Cincia e Tecnologia. A misso bsica da FINEP promover e financiar a inovao e a pesquisa cientfica e tecnolgica em empresas, universidades, institutos tecnolgicos, centros de pesquisa e outras instituies pblicas ou privadas, mobilizando recursos financeiros e integrando instrumentos para o desenvolvimento econmico e social do Pas.

    3.1.1 CT-ENERG

    O CT-ENERG um fundo setorial de energia destinado a financiar programas e projetos na rea de energia, especialmente na rea de eficincia energtica no uso final. A nfase na articulao entre os gastos diretos das empresas em P&D e a definio de um programa abrangente para enfrentar os desafios de longo prazo no setor, tais como:

    Desenvolvimento de fontes alternativas de energia com menores custos e melhor qualidade; Reduo do desperdcio de energia; Estmulo ao aumento da competitividade da tecnologia industrial.

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    uma visO instituciOnal - SUMRIO ExEcUtIvO

    A fonte bsica de financiamento do CT-ENERG a parcela de 1% sobre o faturamento lquido de empresas concessionrias de gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica, sendo passveis de utilizao de recursos as seguintes instituies:

    Instituies de pesquisa e desenvolvimento nacionais reconhecidas pelo Ministrio da Cincia e Tecnologia (MCT);

    Instituies de ensino superior credenciadas junto ao Ministrio da Educao (MEC). Empresas pblicas ou privadas podem participar tcnica e financeiramente da execuo dos projetos apoiados pelo CT-ENERG, especialmente demandando o desenvolvimento cientfico e tecnolgico de novos produtos, processos e servios s universidades e centros de pesquisa.

    As atividades desenvolvidas podem se dar atravs de programas e/ou projetos executados de maneira individual ou cooperativa entre empresas e institutos de pesquisa, dependendo da natureza do problema a ser analisado, do nvel de conhecimento e da capacidade instalada no Pas.

    3.1.2 CT-PETRO

    O CT-PETRO foi o primeiro Fundo Setorial a ser implementado, focando a indstria do petrleo e do gs natural de modo amplo. Seus objetivos so:

    Estmulo inovao na cadeia produtiva do setor de petrleo e gs natural; Formao e qualificao de recursos humanos; Desenvolvimento de projetos em parceria entre empresas, instituies de ensino superior e centros de

    pesquisa; Aumento da produo e da produtividade, reduo de custos e melhoria da qualidade dos produtos

    do setor.

    A fonte de financiamento do CT-PETRO 25% da parcela do valor dos royalties que excederem 5% da produo de petrleo e gs natural. As instituies passveis de utilizao de recursos so:

    Universidades pblicas ou privadas, sem fins lucrativos, podendo ser representadas por fundaes de apoio; definidas na forma da Lei n 8.958, de 20 de dezembro de 1994.

    Centros de Pesquisa, pblicos ou privados, sem fins lucrativos.As empresas pblicas ou privadas podem participar tcnica e financeiramente da execuo dos projetos apoiados pelo CT-PETRO, especialmente demandando s universidades e centros de pesquisa o desenvolvimento cientfico e tecnolgico de novos produtos, processos e servios. Os projetos que contarem com participao de empresa ou grupo de empresas tero preferncia em relao aos demais.

    Entre as aes apoiveis, destacam-se os trabalhos pertinentes ao CT-PETRO, otimizao de recursos, busca de elevado nvel para os programas e projetos, formao e capacitao permanente e adequada de recursos humanos e ampliao da participao da iniciativa privada nas atividades de pesquisa cooperativa. As aes apoiadas pelo CT-PETRO devem ser de interesse da indstria do petrleo e gs natural, sendo sua ao de fomento norteada pelos resultados dos estudos desenvolvidos pelas Agncias do Sistema MCT e pela ANP.

    No foram identificados projetos relacionados ao uso racional de energia em indstrias apoiadas por esses fundos setoriais, apesar da clara abrangncia nessa temtica, seja nas fases de explorao, desenvolvimento e produo (upstream), ou nas fases de refino e distribuio (downstream), que envolvem ainda questes de qualidade e especificao de combustveis, bem como de biocombustveis. Sugere-se, assim, que as instituies representativas das indstrias empreendam um esforo coordenado no sentido de aproveitar essa oportunidade. A FINEP, secretaria executiva desses fundos, o rgo a ser contatado com tal objetivo, como responsvel por identificar demandas e encaminh-las para os fundos setoriais.

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    OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

    3.2 programa de apoio a projetos de eficincia energtica - prOescO do Bndes

    A partir do reconhecimento de que a disponibilidade de recursos financeiros e as exigncias tpicas associadas ao financiamento bancrio podem ser entraves importantes para a implementao de projetos de reduo dos desperdcios de energia, foi criado o Programa de Apoio a Projetos de Eficincia Energtica (PROESCO). A iniciativa, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES), conta com um fundo especfico para apoiar projetos de eficincia energtica, especialmente na reduo do risco das operaes.

    Os principais clientes desse fundo devem ser as Empresas de Servios de Conservao de Energia (ESCOs), mas os usurios finais de energia, ou seja, quaisquer empresas que utilizem energia como insumo de forma relevante, tambm podem se qualificar para receber o suporte do PROESCO. Os projetos elegveis devem contribuir claramente para a economia de energia, destacando-se os que utilizam equipamentos com tecnologia mais eficiente, sistemas de cogerao e sistemas automatizados de gerenciamento de energia.

    Entre os critrios considerados para a seleo e classificao dos projetos no mbito do PROESCO, esto:

    O projeto dever permitir identificao, anlise e acompanhamento detalhado do conjunto de aes e metas proposto para a economia de energia;

    Os investimentos realizados at o sexto ms anterior data da apresentao do pedido de financiamento podero ser considerados para efeito de contrapartida ao projeto.

    O prazo total para o financiamento de projetos vai at 72 meses, includo o prazo mximo de carncia, de at 24 meses, com nvel de participao de at 90% no montante do projeto. Quanto aos riscos, as modalidades operacionais diferem de acordo com o tipo de cliente:

    1. ESCOs: o risco da operao compartilhado entre o BNDES e as instituies financeiras credenciadas ou mediante operao indireta. O agente financeiro assume integralmente o valor financiado e os riscos de crdito.

    2. Usurios Finais de Energia: os riscos so compartilhados nas operaes diretas (realizadas diretamente com o BNDES) ou nas operaes indiretas (realizadas atravs de instituio financeira credenciada).

    Os projetos com risco compartilhado sero apresentados ao BNDES, com anlise do agente financeiro mandatrio, aps ter sido realizada a certificao da viabilidade tcnica por instituio capacitada.

    Em relao s garantias oferecidas nas operaes de financiamento entre o agente financeiro e o BNDES, este poder se responsabilizar por at 80% do risco da operao, devendo o agente financeiro assumir, no mnimo, 20%. Neste caso, ser cobrada uma remunerao especial do beneficirio, por assuno de risco, e os agentes financeiros devero, obrigatoriamente, exigir como garantia dos financiamentos a fiana dos controladores da ESCO e o penhor dos direitos creditrios decorrentes do contrato de prestao de servios. Nas demais operaes, em que o agente financeiro assuma integralmente os riscos de crdito, o estabelecimento das garantias ser negociado livremente entre as partes, respeitando-se as normas do BNDES.

    Conforme informado pelo Departamento de Meio Ambiente do BNDES, em meados de 2008, a carteira de projetos do PROESCO atinge cerca de R$ 200 milhes, dos quais R$ 90 milhes so destinados a operaes identificadas. Como existem muitas operaes de financiamento em tramitao em outras instituies financeiras, torna-se difcil o clculo exato desse valor.

    As operaes identificadas compreendem 16 projetos, distribudos pelos Estados do Rio de Janeiro, So Paulo, Minas Gerais e Par. As instituies financeiras que oferecem a linha de financiamento do PROESCO atualmente so Banco do Brasil, Ita, Real, Bradesco e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), alm de outras instituies que negociam para atuar como agentes do BNDES nesse sentido.

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    uma visO instituciOnal - SUMRIO ExEcUtIvO

    3.3 programas de eficincia energtica e o programa de pesquisa e desenvolvimento da aneel

    A Agncia Nacional de Energia Eltrica (ANEEL) coordena os Programas de Eficincia Energtica (PEE) e de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) desenvolvidos pelas concessionrias de distribuio de energia eltrica como uma exigncia legal definida no contrato de concesso firmado entre essas empresas e a ANEEL, que representa o poder concedente. O compromisso estabelecido no contrato consiste em aplicar 1% da receita operacional lquida, anualmente, em atividades que tenham por objetivo o combate ao desperdcio de energia eltrica e o fomento pesquisa e ao desenvolvimento tecnolgico.

    Para o cumprimento desta obrigao, as concessionrias devem apresentar ANEEL, anualmente, um conjunto de projetos que compreendero seus Programas de Combate ao Desperdcio de Energia Eltrica e de Pesquisa e Desenvolvimento do Setor de Energia Eltrica. As diretrizes para elaborao dos Programas, bem como as determinaes expressas nas resolues especficas para eficincia energtica e pesquisa e desenvolvimento, esto definidas na Lei n 9.991, de julho de 2000. Cabe Agncia regulamentar o investimento nesses programas, alm de avaliar e aprovar as condies para a execuo das pesquisas e acompanhar seus resultados.

    Os projetos realizados entre 1999 e 2005, cuja evoluo apresentada na tabela a seguir, foram analisados no mbito desses programas e, particularmente, com referncia s atividades de pesquisa e desenvolvimento relacionadas eficincia energtica no setor industrial. Considerou-se, como critrio para seleo dos projetos de interesse, o envolvimento com equipamentos de uso geral da indstria, como motores, bombas, sistemas de ar condicionado, transformadores, entre outros. Como pode ser observado, os projetos de pesquisa tiveram maior impacto na indstria nos anos 2000 e 2002, com progressiva mudana de foco para outros tipos de consumidores, em particular o setor residencial de baixa renda, conforme determinao governamental a partir desse perodo.

    tabela 4 nmero de projetos apresentados e aplicados indstria

    fonte: elaborao prpria

    Considerando um total de cinco ciclos de projetos, como mostrado na tabela abaixo, o setor industrial recebeu 11% do investimento total referente aos PEEs das concessionrias nos ciclos 2000/2001 a 2004/2005, contribuindo com 14% da energia total economizada no mbito desses projetos.

    ciclo projetos apresentados projetos aplicados indstria1999 11 1

    2000 32 7

    2001 2 0

    2002 14 4

    2003 8 1

    2004 3 1

    2005 2 0

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    OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

    tabela 5resultados de projetos ciclos 2000/2001 a 2004/2005

    fonte: aneel/spe /

    * dados parciais

    Para os ciclos de projetos mais recentes, 2005/2006 e 2006/2007, conforme citado na Tabela 6, se apresenta a distribuio por setores consumidores, confirmando-se a maior parcela concedida a projetos voltados para os consumidores de baixa renda, atendendo poltica governamental.

    tabela 6resumo das aplicaes dos ciclos 2005/2006 e 2006/2007*, por setor consumidor

    fonte: aneel/spe /

    * dados parciais

    Embora os projetos dos programas coordenados pela ANEEL devam ser apresentados e desenvolvidos pelas concessionrias, respeitando o balizamento e as instrues dessa agncia reguladora, no se exclui a possibilidade de as indstrias apresentarem projetos de seu interesse, os quais, inclusive, podem ser concebidos em articulao com fornecedores de equipamentos e provedores de servios em uso racional de energia.

    3.4 estudos de eficincia energtica coordenados pela anp

    A Agncia Nacional do Petrleo (ANP), instituda pela Lei 9.478/1995 como rgo regulador da indstria de petrleo e gs natural no Brasil, recebeu as determinaes de proteger o meio ambiente e promover a conservao de energia, bem como fazer cumprir as boas prticas de conservao e uso racional de

    tipo de projetoinvestimento apropriado

    (r$)energia economizada

    (gWh/ano)demanda evitada (mW)

    iluminao pblica 374.608.281 797 175

    residencial 133.474.859 930 313

    industrial 95.992.780 376 59

    servios pblicos 91.277.906 312 118

    educao 80.878.694 90 25

    comrcio e servios 59.489.341 130 30

    poder pblico 34.788.865 57 14

    item 2005/2006 2006/2007

    investimento (r$) 296.438.755 182.787.149

    Baixa renda 63% 66%

    indstria 15% 6%

    Outros 22% 28%

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    uma visO instituciOnal - SUMRIO ExEcUtIvO

    petrleo, derivados e gs natural e de preservao do meio ambiente. Para atender a essas diretrizes, a ANP est desenvolvendo o Programa de Uso Eficiente e Combate ao Desperdcio de Derivados de Petrleo e Gs Natural, cujos resultados ainda so limitados ou pouco conhecidos.

    Entre outras atividades relacionadas ao uso racional de energia, cabe mencionar a participao da ANP na elaborao da Lei de Eficincia Energtica (Lei 10.295, de outubro de 2001), que dispe sobre a Poltica Nacional de Conservao e Uso Racional de Energia e sobre o Comit Gestor de Indicadores e Nveis de Eficincia Energtica (CGIEE). Este ltimo estabelece ndices mnimos de eficincia energtica para equipamentos consumidores de energia em suas diversas formas, considerando veculos automotores, foges e aquecedores domsticos de gua.

    A ANP tambm participa do Grupo Coordenador do CONPET (GCC), do Programa Nacional da Racionalizao do Uso dos Derivados do Petrleo e Gs Natural, alm de atuar em projetos para racionalizao do uso da energia, dentre os quais aqueles voltados para o setor de transportes, desenvolvidos em parceria com a COPPE/UFRJ.

    No foram identificadas aes da ANP especificamente voltadas para a eficincia energtica no contexto industrial. Considerando que o tema est em suas atribuies, sugere-se que seu desenvolvimento seja estimulado pela Agncia, especialmente considerando a definio de prioridades junto s entidades representativas do setor industrial.

    3.5 programa nacional de conservao de energia eltrica prOcel

    O Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica (PROCEL) foi criado em 1985 pelos Ministrios de Minas e Energia e da Indstria e Comrcio, constituindo um importante programa governamental no contexto da eficincia energtica, desde ento sendo gerido por uma Secretaria Executiva subordinada Eletrobras. Em 1991, o PROCEL foi transformado em Programa de Governo, tendo como principais objetivos a diminuio do desperdcio de energia eltrica no pas e a busca pela eficincia energtica no setor eltrico.

    A Secretaria Executiva do PROCEL est estruturada em dois departamentos, dentro do organograma da Eletrobras, e suas respectivas divises esto vinculadas Diretoria de Tecnologia (DT).

    As reas do Departamento de Projetos de Eficincia Energtica (DTP) atuam diretamente na execuo de aes e projetos nos segmentos pblico e privado:

    PROCEL RELUZ Visa levar a eficincia energtica aos servios de iluminao pblica e sinalizao semafrica; PROCEL SANEAR Promove aes que visam ao uso eficiente de energia eltrica e gua em

    sistemas de saneamento ambiental; PROCEL GEM Atua como colaborador do administrador pblico municipal, na gesto e uso

    eficiente de energia eltrica, nos centros consumidores pertencentes Prefeitura; PROCEL EDIFICA Investe em capacitao tecnolgica, estimulando a pesquisa e desenvolvimento

    de solues adaptadas realidade brasileira, visando reduo do consumo de energia eltrica nas edificaes;

    PROCEL EPP Promove aes de conservao de energia eltrica em prdios nos nveis federal, estadual e municipal, alm de disseminar tcnicas e metodologias para replicao de projetos que promovam reduo do consumo de energia eltrica; e

    PROCEL INDSTRIA Busca estimular o setor industrial a reduzir o desperdcio de energia eltrica, como detalhado adiante.

    As reas do Departamento de Desenvolvimento da Eficincia Energtica (DTD) esto voltadas para as aes de planejamento e suporte tcnico aos projetos do Procel, envolvendo a promoo de tecnologias eficientes:

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    OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

    PROCEL SELO Tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra, indicando os produtos que apresentam os melhores nveis de eficincia energtica dentro de cada categoria;

    PROCEL MARKETING Desenvolve aes visando ampliar a atuao do Programa junto aos diversos pblicos consumidores e parceiros, bem como fortalecer a marca PROCEL junto ao mercado de energia eltrica;

    PROCEL INFO Busca criar e manter uma base de conhecimento dinmica sobre eficincia energtica, a partir de informaes produzidas no Brasil e no exterior, e dissemin-la para os pblicos interessados pelo tema;

    PROCEL EDUCAO Busca capacitar professores da Educao Bsica das redes pblica e privada do Pas, disseminar a disciplina Conservao e Uso Eficiente de Energia entre os cursos de graduao e sensibilizar os segmentos industriais, comerciais, hoteleiros, etc. visando reduzir o desperdcio de energia; e

    PROCEL AVALIAO Responsvel pela avaliao dos resultados do Procel.Alm de divulgar informaes que permitam a multiplicao de projetos bem sucedidos, as aes do Procel Indstria tm por objetivo selecionar indstrias para a realizao de novos projetos e dar suporte aos diversos segmentos industriais na melhoria do desempenho energtico de suas instalaes. O histrico de aes do PROCEL Indstria est concentrado no desenvolvimento de um conjunto de convnios com as Federaes Estaduais de Indstrias. Cada convnio dividido em quatro etapas, que visam:

    Identificar os maiores potenciais de economia de energia eltrica; Capacitar multiplicadores e agentes industriais em eficincia energtica; Elaborar diagnsticos energticos detalhados e aes de melhoria em plantas industriais; e Acompanhar a implementao das aes de melhoria e divulgar os seus resultados.

    A metodologia adotada pelo PROCEL baseia-se no comprometimento das indstrias com a implementao das medidas de eficincia energtica, como em Sistemas Motrizes, em casos identificados por agentes prprios, treinados gratuitamente por multiplicadores formados pelo PROCEL. Alm dessas aes, est previsto nos convnios o desenvolvimento de Projetos-Demonstrao, que procuram transformar um nmero limitado de indstrias em modelos de eficincia energtica para seus respectivos segmentos.

    O critrio de seleo das empresas alvo para implementao dos projetos privilegia os seguintes aspectos: potencial de economia de energia, motivao da alta gerncia para implementao das medidas recomendadas pelo projeto e potencial multiplicador no segmento industrial respectivo.

    No sentido de prestar suporte e perenizar essas aes, realizadas diretamente com as indstrias, o PROCEL implanta laboratrios para fins didticos, atravs de convnios com Universidades, e complementarmente financia bolsas de estudo para desenvolvimento de trabalhos na rea. Tambm so desenvolvidas atividades de treinamento tcnico e gerencial com o suporte do Centro de Pesquisas Eltricas da Eletrobras (CEPEL) e em parceria com a Confederao Nacional da Indstria (CNI), a fim de capacitar profissionais nas indstrias, nos agentes financeiros e nas empresas de consultoria.

    O Prmio Nacional de Conservao e Uso Racional de Energia, concedido pelo Ministrio de Minas e Energia com base em diretrizes do Governo Federal, foi institudo por decreto presidencial em dezembro de 1993, sendo bastante conhecido no meio industrial. A iniciativa representa o reconhecimento pblico ao empenho e aos resultados obtidos pelos diversos agentes que atuam no combate ao desperdcio de energia, concedido anualmente a vrias categorias de agentes ou usurios do setor energtico, como Transportes, Setor Energtico, Edificaes, Imprensa, Micro e Pequenas Empresas e Indstria. Cada categoria coordenada por sua entidade representativa, premiando as aes que se destacaram pelo uso racional de energia e pelo combate ao seu desperdcio.

    Cabe ainda citar, no conjunto de aes do PROCEL relacionadas indstria, o desenvolvimento do presente projeto junto Confederao Nacional da Indstria (CNI), visando identificar as reas potencialmente interessantes para a promoo da eficincia energtica na indstria brasileira.

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    uma visO instituciOnal - SUMRIO ExEcUtIvO

    3.6 associaes de classe e fabricantes de equipamentos

    Associaes de classe podem ser consideradas agentes importantes no fomento ao uso eficiente de energia na indstria, inclusive para a formulao de projetos e programas setoriais no mbito de polticas governamentais. Embora no tenham sido identificados projetos especficos, diversas associaes de classe (ver anexos) representam setores industriais de relevncia econmica, tendo na energia um insumo importante. Com efeito, em alguns casos, como na indstria de cimento e de papel e celulose, o tema energtico j tem sido tratado com destaque. Alm das perspectivas energticas, a dimenso ambiental tambm um motivador importante para uma abordagem setorial no desenvolvimento das atividades relacionadas eficincia energtica.

    Os fabricantes de equipamentos tm papel central na introduo de tecnologias relacionadas ao ganho de eficincia de produtos como motores, compressores para ar comprimido, lmpadas e mquinas de refrigerao. Outra forma de atuao de fabricantes na rea de eficincia energtica atravs da criao de servios ligados aos produtos, onde a manuteno e o gerenciamento permitam obter maior eficincia no consumo de energia ou na reduo dos impactos ambientais. Esse tipo de servio tambm se mostra interessante como forma de reforo da atuao comercial, ampliando o relacionamento com os clientes, que valorizam o atendimento ps-venda.

    3.7 empresas de servios energticos / escOs

    As empresas de servios energticos ou ESCOs (Energy Service Companies) so empresas especializadas na prestao de servios de conservao de energia em empresas industriais ou comerciais, geralmente promovendo a eficincia energtica nas instalaes de seus clientes atravs da realizao de contratos de desempenho, onde a remunerao depende dos resultados de economia de energia obtidos.

    Alm dos contratos diretos feitos entre as ESCOs e seus clientes, elas tambm podem realizar contratos indiretos atravs das Empresas Distribuidoras de Energia Eltrica e seus clientes, ajudando na implementao dos Projetos de Eficincia Energtica aprovados pela ANEEL. Tipicamente, responsabilidade de uma ESCO identificar oportunidades para aes de eficincia energtica, viabilizar recursos para que os investimentos ocorram e implementar as aes identificadas, inclusive atendendo a procedimentos internacionais de medio e verificao que validam o projeto. Para a implementao de um projeto de eficincia energtica, so desenvolvidas as seguintes etapas:

    1. Estudo de pr-viabilidade: tem por objetivo identificar projetos com potenciais de economia de energia (substituio de equipamentos, adoo de prticas operacionais adequadas, realizao de programas de manuteno, etc.) que atendam a critrios mnimos estabelecidos entre a ESCO e a indstria. Por exemplo: Payback mximo de 24 meses e impossibilidade de alterao da produo.

    2. Estudo de viabilidade: corresponde ao detalhamento das iniciativas a serem implementadas, caso seja confirmada a viabilidade do processo, avaliando de modo mais acurado o custo e os benefcios energticos esperados.

    3. Anlise do financiamento: uma vez superadas as etapas de pr-viabilidade e viabilidade, cabe definir as condies de financiamento a serem adotadas, que podem ser atravs de autofinanciamento, investimento em contratos de desempenho (compartilhado com a indstria ou no), agentes financeiros como o PROESCO e os Programas de Eficincia Energtica das empresas concessionrias

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    OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

    de distribuio (PEEs). Essa etapa crucial e deve ser executada de modo cuidadoso, visando ao esclarecimento dos responsveis pela empresa, que levaro o projeto adiante, ou no, com base nas expectativas de ganhos associados reduo das despesas com energia frente aos custos de investimento e amortizao.

    4. Implementao: superadas as etapas de pr-viabilidade e viabilidade, onde as premissas de oportunidades so estabelecidas, e definidas as metodologias de financiamento, segue-se para a implementao, onde so compostos cronogramas com base nas rotinas de trabalho tpicas de cada projeto industrial, seja para projetos envolvendo novos processos, equipamentos ou mudanas de hbitos e padres de consumo ou operao.

    5. Medio e verificao: aps a implementao das aes, recomendvel aplicar as metodologias de Medio e Verificao (M&V) dos resultados, avaliando as dificuldades e verificando o cumprimento das metas. Esta etapa tambm pode incluir validao por parte de auditoria externa contratada para este fim.

    As ESCOs que atuam no mercado brasileiro esto, em sua maioria, ligadas Associao Brasileira das Empresas de Conservao de Energia (ABESCO), fonte para a listagem apresentada nos anexos desse estudo, com os respectivos endereos eletrnicos.

    3.8 universidades e centros de pesquisa

    Diversas universidades e centros de pesquisas brasileiros tm desenvolvido projetos relacionados eficincia energtica, abordando diversos usos finais de energia e diferentes setores consumidores. O setor industrial representa uma parcela significativa no consumo de energia, tendo sido objeto de muitos estudos resultando em relatrios ou trabalhos acadmicos.

    O esforo de pesquisa e a prestao de servios tecnolgicos so caractersticas comuns a essas instituies, as quais efetuam a difuso dos resultados mediante publicaes regulares ou no. Na tabela abaixo, apresenta-se uma lista com instituies universitrias e de pesquisa envolvidas com eficincia energtica, bem como as atividades que desenvolvem nesse campo.

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    uma visO instituciOnal - SUMRIO ExEcUtIvO

    tabela 7atividades das instituies universitrias e de pesquisa em eficincia energtica

    fonte: elaborao prpria

    instituio ensaios metrologia diagnsticos energticos treinamento

    cate cepel X X X X

    cdeam ufam X X X

    ctec ufal X X

    eXcen unifei X X X

    gee pucrs X X

    gOse unesp X X

    green solar puc mg X X X

    inmetrO X X

    int X X X X

    ipt X X X X

    laBaut usp X X

    laBeee ufsc X X X X

    lactec X X X X

    lai ufmg X

    lenHs ufpB X X X

    nipe unicamp X X X

    nucam unesp X X

    pec ufg X X

    pee cOppe X X X

  • 4 anlise dos projetos de eficincia energtica no setor industrial

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    OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

    4 anlise dos projetos de eficincia energtica no setor industrial

    C om o objetivo de conhecer o histrico dos projetos desenvolvidos com a indstria e tentar identificar padres e tendncias no setor industrial, foram coletados dados e informaes de 446 projetos voltados para o incremento da eficincia energtica e para a reduo de perdas em diferentes atividades e regies. Dessa amostra, foram selecionados 217 casos que apresentaram dados completos e consolidados, permitindo uma avaliao quantitativa mais apurada. Esses projetos so analisados a seguir, em termos de distribuio regional, por setor industrial e por uso final preponderante.

    Para esta anlise, foram desenvolvidos ndices de comparao como o Custo da Energia Conservada CEC, em R$/MWh (considerando a vida til mdia do projeto de 10 anos e a taxa anual de desconto de 12%), e o Custo Mdio por Projeto CMP, em R$. O objetivo destes ndices comparar o desempenho do resultado do investimento e a dimenso desse investimento por categorias de projetos (regio e segmento).

    4.1 anlise por regio

    Considerando as informaes obtidas nos 217 projetos analisados em 18 estados da federao, foram previstos investimentos de R$ 161 milhes com resultados totalizando economia anual de 626 GWh e demanda evitada de 87 MW. O investimento mdio por energia anual economizada resultante (0,257 R$/kWh.ano) pouco superior ao apresentado pela ABESCO (0,211 R$/kWh.ano), a partir do investimento de R$ 1,9 bilho estimado para utilizar o potencial de economia de energia eltrica economicamente vivel no setor industrial, avaliado em 9 TWh por ano.

    Para esse mesmo grupo de projetos, o custo mdio da energia economizada foi de 98,6 R$/MWh, um valor atrativo considerando os valores correntes para o custo da energia eltrica comprada por essas empresas e os nveis previstos para o custo marginal de expanso. Um detalhamento desse custo unitrio por regio federativa apresentado na Tabela 8, com os respectivos ndices de comparao indicados na Tabela 9. Nas figuras seguintes, se apresenta uma sntese desses valores, com o investimento total e por projeto em cada regio.

    tabela 8 distribuio de projetos por regio

    fonte: elaborao prpria

    regio projetosdemanda evitada

    (kW)energia economizada

    (gWh/ano)investimento

    (1000 r$)

    sul 45 4.681 26 6.355

    sudeste 141 67.598 367 107.568

    nordeste 17 12.002 103 16.681

    centro-Oeste 8 2.006 126 29.358

    norte 6 687 2 1.038

    total 217 86.975 626 161.000

  • 39

    uma visO instituciOnal - SUMRIO ExEcUtIvO

    tabela 9ndices de avaliao por regio

    fonte: elaborao prpria

    fonte: elaborao prpria

    grfico 2

    indicadores energticos e custo de energia economizada nos projetos avaliados, por regio

    regio projetos cec (r$/mWh) cmp(x1000 r$)

    sul 45 56 141

    sudeste 141 109 763

    nordeste 17 95 981

    centro-Oeste 8 73 3.670

    norte 6 63 17367

    ,6

    4,7

    141

    Nm

    ero

    de p

    roje

    tos

    (uni

    d)En

    ergi

    a ec

    onom

    izad

    a (G

    Wh/

    ano)

    Dem

    anda

    retir

    ada

    na p

    onta

    (MW

    )

    400

    350

    300

    250

    200

    150

    100

    50

    0

    cust

    o da

    Ene

    rgia

    Eco

    nom

    izad

    a - c

    Ec (R

    $/M

    Wh/

    ano)

    120

    100

    80

    60

    40

    20

    0

    sul

    sude

    ste

    nor

    dest

    e

    cent

    ro-o

    este

    nor

    te

    45

    17

    56

    95

    73

    12,0

    8 2,0 6 0,7

    63

    projetos gWh/ano mW cec (anualizado, 12%, 10 anos)

    109

    367

    26

    103 1

    26

    2

  • 40

    OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

    fonte: elaborao prpria

    grfico 3 Quantidade de projetos por regio federativa

    Conforme esperado, observa-se proporcionalidade entre investimento e resultados, ou seja, a economia de energia foi mais expressiva onde houve maior investimento. Foram investidos R$ 107 milhes no sudeste, com economia de 367 GWh/ano e retirada de mais de 67 MW de demanda na ponta, correspondendo a um custo mdio de R$ 763 mil por projeto e 109 R$/MWh de energia conservada.

    Na regio sul, foram identificados 45 projetos com economia de energia total de 26 GWh/ano e custo mdio de energia conservada de 56 R$/MWh. A regio centro-oeste apresentou alto custo mdio por projeto, em decorrncia de um projeto de cogerao da indstria do segmento sucroalcooleiro, que investiu R$ 26 milhes. No entanto, se este projeto for retirado, o custo mdio por projeto cai para R$ 380 mil sem afetar muito o custo da energia conservada, que se reduz para 68 R$/MWh.

    fonte: elaborao prpria

    grfico 4 energia economizada por regio federativa

    nordeste8%

    centro-Oeste4%

    norte3%

    sul21%

    sudeste64%

    nordeste16,5%

    centro -Oeste20,3% nort e

    0,4%

    sul4,2%

    sudest e58,7%

  • 41

    uma visO instituciOnal - SUMRIO ExEcUtIvO

    A anlise dos projetos em termos regionais indica maior expressividade da regio sudeste em termos de consumo de energia eltrica, apresentando, entretanto, custos mais elevados para a energia economizada.

    4.2 anlise por nvel de investimento

    Em relao aos investimentos em eficincia energtica, observa-se que os maiores projetos referem-se cogerao ou modificao de equipamentos e/ou processos, conforme indicado na figura a seguir. O maior projeto de cogerao identificado ocorreu no setor sucroalcooleiro e consistiu na troca de equipamentos. O investimento foi de R$ 26 milhes, proporcionando reduo de 112 GWh/ano na energia comprada da concessionria local.

    fonte: elaborao prpria

    grfico 5

    distribuio dos projetos avaliados por investimento total e segmento

    No setor siderrgico, destaca-se um projeto de cogerao no qual o investimento foi de R$ 15 milhes para uma reduo na energia adquirida da concessionria de 30 GWh/ano. No mesmo segmento, houve registros de mais dois projetos de cogerao, com investimentos de R$ 7,5 milhes e R$ 800 mil, respectivamente.

    Um projeto do segmento minerao realizou modificaes e substituies de equipamentos, alterando parmetros do processo. Neste caso, chama a ateno o baixo investimento relacionado ao resultado obtido.

    Com resultados menos estimulantes, tem-se um projeto de uma empresa siderrgica, com investimentos superiores a R$ 25 milhes e resultados bastante abaixo da mdia observada nos projetos estudados, inclusive restringindo-se a esse setor. naturalmente difcil efetuar uma comparao direta entre os projetos, de todo modo, a diferena de investimentos para resultados aproximadamente similares sobressai.

    Inve

    stim

    ento

    (R$)

    30.000,00

    25.000,00

    20.000,00

    15.000,00

    10.000,00

    5.000,00

    0

    siderurgia sucroalcooleiro

    0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000

    siderurgia

    siderurgia

    siderurgia

    siderurgiaminerao

    Qumico

    Economia de energia (MWh/ano)

  • 42

    OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

    Ampliando-se o campo de viso delimitado pelo retngulo apresentado na figura anterior, como mostrado no grfico 6, possvel observar melhor como os casos estudados cobriram desde projetos com reduzido investimento e grande economia de energia at projetos com menor desempenho, onde investimentos relativamente importantes resultaram em economias de energia menos expressivas. Nessa figura, os projetos tm investimento at R$ 2,6 milhes e a economia de energia alcana 9,4 GWh/ano.

    fonte: elaborao prpria

    grfico 6

    distribuio dos projetos avaliados por investimento total e segmento (parcial)

    Para melhor entendimento do impacto do investimento por projeto no contexto avaliado, apresenta-se na figura abaixo a distribuio de todos os projetos por faixas de investimento, onde so apresentados os resultados de energia economizada, investimento total ocorrido, nmero de projetos e custo mdio de energia economizada nesses projetos.

    fonte: elaborao prpria

    grfico 7

    indicadores energticos e o custo da energia economizada nos projetos avaliados, por nvel de investimento por projeto

    Inve

    stim

    ento

    (R$)

    30.000,00

    25.000,00

    20.000,00

    15.000,00

    10.000,00

    5.000,00

    00 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 10.000

    Economia de energia (MWh/ano)

    Nm

    ero

    de p

    roje

    tos

    (uni

    d)En

    ergi

    a ec

    onom

    izad

    a (G

    wh/

    ano)

    cust

    o da

    Ene

    rgia

    Eco

    nom

    izad

    a - c

    Ec (R

    $/M

    Wh/

    ano)

    projetos gWh/ano cec (anualizado, 10%, 10 anos)

    28

    25

    44 43

    2

    18

    3631

    20

    29 25

    73

    4 4

    2912

    44

    88

    83

    5659

    29

    6053 5

    527

    9

    9 7 5

    100 300

    250

    200

    150

    100

    50

    0

    90

    80

    70

    60

    50

    40

    30

    20

    10

    0 30 100 200 300 400 500 1000 2000 5000 acima x mil

  • 43

    uma visO instituciOnal - SUMRIO ExEcUtIvO

    Como pode ser constatado, os cinco projetos que mais economizaram energia tiveram investimentos acima de R$ 5 milhes, totalizando investimentos de R$ 87 milhes e apresentando custos mdios de 55 R$/MWh para a energia economizada. Nesses casos, tipicamente, os projetos envolveram sistemas de cogerao, o que justifica os elevados nveis de investimento. No outro extremo, projetos com investimento de at R$ 30 mil sinalizaram economia de 39 GWh/ano, requerendo investimento total de R$ 490 mil e apresentando custo mdio bem mais competitivo (2 R$/MWh) para a energia economizada. Neste grupo, um dos projetos foi responsvel pela economia de 22,7 GWh/ano, com desligamento de uma bomba de captao e recontratao de demanda. As medidas adotadas no grupo de projetos menores incluem uso de gerenciadores de energia, pequenos projetos de iluminao, repotencializao de motores, substituio/reviso de sistemas de ar condicionado, uso de ar comprimido e pequenas modificaes em equipamentos.

    Nos projetos com investimento de R$ 30 mil a R$ 100 mil, encontram-se aes de substituio de motores e sistemas de iluminao, modificaes em sistemas de climatizao e nos sistemas de gerenciamento de demanda. Tambm se verificou a presena de projetos onde foram realizados apenas os diagnsticos energticos, sem implementao das medidas recomendadas.

    Nos projetos de R$ 100 mil a R$ 200 mil, verificaram-se aes sobre motores e iluminao, ar condicionado, correo do fator de potncia e gerenciamento de demanda. Os projetos que exigem maiores investimentos esto geralmente vinculados a alteraes ou adaptaes no processo produtivo, exigindo maiores recursos e cuidados na sua implementao.

    4.3 anlise por segmento industrial

    Outra forma de avaliar resultados e buscar orientaes para novos investimentos em projetos de eficincia energtica observar o que ocorreu em cada segmento industrial. As tabelas a seguir resumem as informaes obtidas por segmento, sendo apresentados o nmero de projetos, a demanda evitada, a energia economizada e o investimento empenhado, sendo as mesmas informaes apresentadas nos grficos abaixo.

    tabela 10distribuio de projetos por segmento

    fonte: elaborao prpria

    segmento projetosdemanda evitada

    (kW)energia economizada

    (mWh/ano)investimento

    (r$)alimentos e bebidas 35 15.296 40.934 12.640.522

    Qumicos 22 13.428 128.397 22.654.056

    txtil 12 2.466 7.090 3.904.561

    siderurgia 12 23.018 146.194 58.658.853

    metalurgia 14 3.808 30.982 6.003.337

    automotivo 9 3.749 11.841 5.700.285

    papel e celulose 9 1.120 12.882 2.318.733

    couro 9 491 2.487 1.110.720

    minerao no metlicos 5 287 2.623 1.233.242

    minerao metlicos 6 7.128 62.644 2.856.668

    cermico 28 94 1.222 1.421.863

    fundio 12 732 2.307 559.888

    Outros 44 15.359 176.423 41.937.117

  • 44

    OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

    tabela 11 ndices de avaliao por segmento

    Obs.: no segmento Outros esto reunidos os segmentos Borracha e plstico, grfica, eletrodomsticos, mveis, aviao, sucroalcooleiro, utilidades e diversos.

    fonte: elaborao prpria

    Na tabela anterior, observa-se maior ocorrncia de projetos nos segmentos Alimentos e Bebidas e Qumicos. Outro setor que se destaca o de Siderurgia, pela economia de energia e investimentos. O setor de minerao de produtos metlicos obteve resultado expressivo pela modificao de equipamentos no processamento do minrio de ferro. Pela economia de energia obtida, tambm se destacam os segmentos de Qumicos, Alimentos e Bebidas e Minerais Metlicos.

    fonte: elaborao prpria

    grfico 8

    distribuio dos projetos por segmento

    segmento projetoscusto da energia economizada

    (r$/mWh)custo mdio por projeto

    (r$)

    alimentos e bebidas 35 73 361.158

    Qumico 22 59 1.029.730

    txtil 12 103 325.380

    siderurgia 12 55 4.888.238

    metalurgia 14 60 428.810

    automotivo 9 109 633.365

    papel e celulose 9 74 257.637

    couro 9 89 123.413

    minerao no metlicos 5 106 246.648

    minerao metlicos 6 36 476.111

    cermico 28 151 50.781

    fundio 12 319 46.657

    Outros 44 61 953.116

    minerao-metlicos2,8%

    minerao-no metlicos

    2,3%couro4,1%

    papel e celulose4,1%

    automotivo4,1%

    metalurgia6,5% siderurgia

    5,5% txtil5,5%

    Qumicos10,1%

    cermico12,9%

    fundio5,5%

    Outros20,3%

    alimentos e Bebidas16,1%

  • 45

    uma visO instituciOnal - SUMRIO ExEcUtIvO

    fonte: elaborao prpria

    grfico 9 energia economizada por segmento

    fonte: elaborao prpria

    grfico 10 demanda evitada por segmento

    Os investimentos em eficincia energtica mostram atratividade diferenciada por setor, em funo do nvel de consumo e dos usos finais empregados em cada caso. Conforme observado, os projetos se mostraram mais motivadores nos segmentos industriais onde o uso de ar comprimido, sistemas frigorficos e iluminao se mostraram mais importantes.

    minerao-metlicos2,8%

    minerao-no metlicos

    0,4%couro0,4%

    papel e celulose2,1%

    automotivo1,9%

    metalurgia4,9%

    siderurgia2,3% txtil

    1,1% Qumicos20,5%

    cermico0,2% fundio

    0,4%

    Outros28,2%

    alimentos e Bebidas6,5%

    minerao-metlicos8,2%

    minerao-no metlicos

    0,3%couro0,6%

    papel e celulose1,3%

    automotivo4,3%

    metalurgia4,4%

    siderurgia26,5% txtil

    2,8%

    Qumicos15,4%

    cermico0,1% fundio

    0,8%Outros17,7%

    alimentos e Bebidas17,6%

  • 5 concluses e recomendaes

  • 48

    OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

    5 concluses e recomendaes

    Resumindo as informaes das anlises de cada projeto implantado, pode-se dizer que alguns fatores so determinantes para o sucesso ou insucesso dos projetos. Pelo lado tcnico, os casos de sucesso esto particularmente relacionados a alguns usos finais

    e se aplicam a todos os segmentos estudados, como destacado no final do tpico anterior. Assim, os sistemas de ar comprimido, os sistemas frigorficos, os motores eltricos e a iluminao se mostraram alvos efetivamente interessantes para as medidas de fomento eficincia energtica.

    Algumas medidas, como recontratao de demanda, correo de reativos e instalao de cabines primrias para mudana de modalidade tarifria, tm como principal razo a reduo dos custos com energia e no a economia de energia ou aumento da eficincia. Nestes casos, sugere-se que os investimentos partam do cliente e no de programas de eficincia energtica financiados por programas governamentais.

    importante reconhecer que, apesar de existirem setores e usos finais com maior atratividade para a implantao de projetos de racionalizao energtica, a correta administrao dos recursos e sistemas energticos nas empresas industriais constitui o elemento-chave para o sucesso efetivo desses projetos, alcanando reduo permanente e competitiva das faturas de energia nos mais variados contextos. Nesse sentido, convm reiterar que no existem obstculos tcnicos relevantes para a promoo da eficincia energtica, sendo o componente gerencial sempre o mais decisivo.

    A partir dos dados levantados nos projetos, e no intuito de promover estudos de eficincia energtica e manter os resultados das aes tomadas, procurou-se fazer uma anlise qualitativa relacionada s aes internas das empresas.

    Os indicadores escolhidos foram:

    Presena de Comisso Interna de Conservao de Energia Eltrica; Existncia de procedimento de medio e verificao dos resultados obtidos; Divulgao interna ou externa dos resultados; e Rentabilidade indicada dos projetos de eficincia energtica.

    A Comisso Interna de Conservao de Energia Eltrica (CICE) tem o objetivo de propor, implementar e acompanhar medidas efetivas de utilizao racional de energia eltrica, bem como controlar e divulgar as informaes mais relevantes. A CICE abrange as atividades administrativas, tcnicas e de comunicao referentes eficincia energtica, devendo ser composta por representantes de todos os setores da empresa.

    De acordo com o resultado das anlises realizadas nos 217 projetos avaliados, destaca-se que:

    1. Apenas 31 projetos citam ou declaram presena de CICE ou estrutura similar na empresa, demonstrando potencial para eficincia energtica a ser explorado atravs da implantao desta estrutura nas empresas.

    2. Procedimentos de Monitoramento e Verificao (M&V) so citados em apenas 54 projetos, nmero que demonstra a necessidade da consolidao de uma metodologia para a validao dos resultados obtidos.

    3. Apenas 27 projetos registram esforos de divulgao dos resultados obtidos. Este nmero considerado pequeno, tendo em vista que a divulgao um veculo importante para o incentivo de novas iniciativas e para a replicao dos projetos.

  • 49

    uma visO instituciOnal - SUMRIO ExEcUtIvO

    4. Anlises de viabilidade de investimento atravs de payback simples foram efetuadas em 91 projetos estudados, sendo que 64% dos projetos apresentaram retorno em at 2 anos, demonstrando razovel atratividade para que sejam realizados.

  • referncias

  • 52

    OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

    referncias

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. 2008. Disponvel em: .

    ASSOCIAO BRASILEIRA DA INFRA-ESTRUTURA E INDSTRIAS DE BASE. 2008. Disponvel em: .

    ASSOCIAO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE SERVIOS DE CONSERVAO DE ENERGIA. 2008. Disponvel em: .

    ASSOCIAO BRASILEIRA DA INDSTRIA DE ALIMENTOS. 2008. Disponvel em: .

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE METALURGIA E MATERIAIS. 2008. Disponvel em: .

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE ILUMINAO. 2008. Disponvel em: .

    ASSOCIAO BRASILEIRA DA INDSTRIA ELTRICA E ELETRNICA. 2008. Disponvel em: .

    ASSOCIAO BRASILEIRA DA INDSTRIA QUMICA. 2008. Disponvel em: .

    ASSOCIAO BRASILEIRA DA INDSTRIA TXTIL E DE CONFECO. 2008. Disponvel em .

    ASSOCIAO TCNICA BRASILEIRA DAS INDSTRIAS AUTOMTICAS DE VIDRO. 2008. Dis-ponvel em: .

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE REFRIGERAO, AR CONDICIONADO, VENTILAO E AQUE-CIMENTO. 2008. Disponvel em: .

    ASSOCIAO BRASILEIRA TCNICA DE CELULOSE E PAPEL. 2008. Disponvel em: .

    AGNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELTRICA. 2008. Disponvel em: .

    ASSOCIAO NACIONAL DA INDSTRIA CERMICA. 2008. Disponvel em: .

  • 53

    uma visO instituciOnal - SUMRIO ExEcUtIvO

    AGNCIA NACIONAL DO PETRLEO, GS NATURAL E BIOCOMBUSTVEIS. 2008. Disponvel em: .

    BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONMICO E SOCIAL. 2008. Disponvel em: .

    CENTRO DE APLICAO DE TECNOLOGIAS EFICIENTES. 2008. Disponvel em: .

    CONFEDERAO NACIONAL DA INDSTRIA. 2008. Disponvel em: .

    CENTRO DE TECNOLOGIA. 2008. Disponvel em: .

    CENTRO DE EXCELNCIA EM EFICINCIA ENERGTICA. 2008. Disponvel em: .

    FINANCIADORA NACIONAL DE PESQUISA. 2008. Disponvel em: .

    GRUPO DE OTIMIZAO DE SISTEMAS ENERGTICOS. 2008. Disponvel em: .

    GREEN SOLAR Centro Brasileiro para Desenvolvimento da Energia Solar Trmica, 2008. Disponvel em: .

    INSTITUTO BRASILEIRO DE SIDERURGIA. 2008. Disponvel em: .

    INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAO E QUALIDADE INDUSTRIAL. 2008. Disponvel em: .

    INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA. 2008. Disponvel em: .

    INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLGICAS. 2008. Disponvel em: .

    LABORATRIO DE CONFORTO AMBIENTAL E EFICINCIA ENERGTICA. 2008. Disponvel em: .

    LABORATRIO DE EFICINCIA ENERGTICA EM EDIFICAES. 2008. Disponvel em: .

    LACTEC INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO, 2008. Disponvel em .

  • 54

    OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

    LABORATRIO DE EFICINCIA ENERGTICA E HIDRULICA EM SANEAMENTO. 2008. Dis-ponvel em: .

    LABORATRIO DE APLICAES INDUSTRIAIS. 2008. Disponvel em: .

    NCLEO INTERDISCIPLINAR DE PLANEJAMENTO ENERGTICO. 2008. Disponvel em: .

    NCLEO DE CONFORTO AMBIENTAL. 2008. Disponvel em: .

    PROGRAMA DE ENGENHARIA ELTRICA. 2008. Disponvel em: .

    PROGRAMA NACIONAL DE CONSERVAO DE ENERGIA ELTRICA. 2008. Disponvel em: .

  • anexos

  • 56

    OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

    tabela 12

    associaes de classe com histrico em implementao de projetos de eficincia energtica no setor industrial

    aBia associao Brasileira da indstria de alimentos

    aBiQuim associao Brasileira da indstria Qumica

    aBit associao Brasileira da indstria txtil e de confeco

    Bracelpa associao Brasileira de celulose e papel

    aBtcp associao Brasileira tcnica de celulose e papel

    aBm associao Brasileira de metalurgia e materiais

    iBs instituto Brasileiro de siderurgia

    aBcp associao Brasileira de cimento portland

    anicer associao nacional da indstria cermica

    aBividrO associao tcnica Brasileira das indstrias automticas de vidro

    aBimaQ associao Brasileira da indstria de mquinas e equipamentos

    aBinee associao Brasileira da indstria eltrica e eletrnica

    anfavea associao nacional dos fabricantes de veculos automotores

    aBiplast associao Brasileira da indstria do plstico

    snic sindicato nacional da indstria de cimento

    aBrace associao Brasileira de grandes consumidores industriais de energia

    aBdiB associao Brasileira da infraestrutura e indstrias de Base

    aBrava associao Brasileira de refrigerao, ar condicionado, ventilao e aquecimento

  • 57

    uma visO instituciOnal - SUMRIO ExEcUtIvO

    tabela 13

    empresas de servios energticos atuantes no Brasil

    empresa estado siteao so paulo http://www.acaoenge.com.br

    ace so paulo http://www.energiaracional.com.br

    ammatti engenharia ltda. so paulo http://www.amatti.com.br

    amper energia santa catarina http://www.amperenergia.com.br

    andrade & canellas consultoria e engenharia so paulo http://www.andradecanellas.com.br

    aps rio grande do sul http://www.apsengenharia.com.br

    Bcg engenharia e desenvolvimento comercial rio de Janeiro http://www.sindistal.org.br

    Bgf consultoria em engenharia so paulo http://www.bgfconsultoria.com.br

    cck so paulo http://www.cck.com.br

    cmr energy saving company rio de Janeiro http://www.eficienciatermica.com

    comenergy rio grande do sul http://www.grupocom.com.br/comenergy

    comutec so paulo http://www.comutec.com.br

    conserv engenharia de energia so paulo http://www.conservenegia.com.br

    cosatel construes, saneamento e engenharia santa catarina http://www.cosatel.com.br

    cpfl so paulo http://www.cpfl.com.br

    dalkia Brasil so paulo http://www.dalkia.com.br

    ecO engenharia e energia so paulo http://www.ecoee.com.br

    ecoluz Bahia http://www.ecoluz.com.br

    efficientia minas gerais http://www.efficientia.com.br

    eficientysul rio grande do sul http://www.eficientysul.com.br

    eneltec energia e tecnologia rio de Janeiro http://www.eneltec.com.br

    enercenter cear http://www.enercenter.com.br

    enerenge so paulo http://www.enerenge.com.br

    energia-assessoria em sistemas de energia so paulo http://www.energias.com.br

    engel par http://www.engelesco.com.br

    esco energy saving company minas gerais http://www.escoenergy.com.br

    escosul paran http://www.escosul.com.br

    excel engenharia minas gerais http://www.exceltecnologia.com.br

    fJ engenharia sergipe http://www.fj.eng.br

    fundao paulista de tecnologia e educao so paulo http://www.ceteclins.com.br

    gebras - filial santa catarina http://www.gebras.com

    gebras - matriz rio grande do sul http://www.gebras.com

    gerbia manuteno e servios rio de Janeiro http://www.gerbia.com.br

    getric paran http://www.getric.com.br

    global solues so paulo http://www.globalclima.com.br

    Hexas par http://www.hexas.com.br

    indeco energia, gua e utilidades so paulo http://www.indecoenergia.com.br

    integral so paulo http://www.integral-engenharia.com.br

    http://www.acaoenge.com.br/http://www.energiaracional.com.br/http://www.amatti.com.br/http://www.amperenergia.com.br/http://www.andradecanellas.com.br/http://www.apsengenharia.com.br/http://www.sindistal.org.br/http://www.bgfconsultoria.com.br/http://www.cck.com.br/http://www.eficienciatermica.com/http://www.grupocom.com.br/comenergyhttp://www.comutec.com.br/http://www.conservenergia.com.br/http://www.cosatel.com.br/http://www.cpfl.com.br/http://www.dalkia.com.br/http://www.ecoee.com.br/http://www.ecoluz.com.br/http://www.efficientia.com.br/http://www.eficientysul.com.br/http://www.eneltec.com.br/http://www.enercenter.com.br/http://www.enerenge.com.br/http://www.energias.com.br/http://www.engelesco.com.br/http://www.escoenergy.com.br/http://www.escosul.com.br/http://www.exceltecnologia.com.br/http://www.fj.eng.br/http://www.ceteclins.com.br/http://www.gebras.com/http://www.gebras.com/http://www.gerbia.com.br/http://www.getric.com.br/http://www.globalclima.com.br/http://www.hexas.com.br/http://www.indecoenergia.com.br/http://www.integral-engenharia.com.br/

  • 58

    OpOrtunidades de eficincia energtica para a indstria

    fonte: site da aBescO: http://www.abesco.com.br

    empresa estado siteintral s.a indstria de materiais eletricos rio grande do sul http://www.intral.com.br

    isobrasil tecnologia de isolamentos minas gerais http://www.isobrasil.com.br

    light esco prestao de servios rio de Janeiro http://www.lightesco.com.br

    mgd so paulo http://www.mgd.com.br

    mgm construes santa catarina http://www.mgmconstrucoes.com.br

    nansen servios de medio minas gerais http://www.nansen.com.br

    neoluz Bahia http://www.neoluz.com.br

    newmarenergia so paulo http://www.newmarenergia.com.br

    nittoguen so paulo http://www.nittoguen.com.br

    Opus solution so paulo http://www.opussolutions.com.br

    pense eco so paulo http://www.penseeco.com.br

    petrobras rio de Janeiro http://www.petrobras.com.br

    projefic engenharia, consultoria e projetos so paulo http://www.projefic.com.br

    Qualilight energia minas gerais http://www.qualilight.com.br

    ras consultoria projetos e servios de engenharia sergipe http://www.rasconsultoria.com.br

    riaja assessoramento tcnico comercial (cena) so paulo http://www.cenabr.com.br

    satc assoc. Benef. das inds. carbonferas de sta. catarina santa catarina http://www.satc.edu.br

    schneider electric Brasil so paulo http://www.schneider-electric.com.br

    spirax sarco so paulo http://www.spiraxsarco.com.br

    teknergia Bahia http://www.teknergia.com.br

    unicamp-nipe so paulo http://www.nipeunicamp.org.br

    union rhac so paulo http://www.unionrhac.com.br

    universidade estadual paulista de guaratinguet so paulo http://www.feg.unesp.br

    valore consultoria empresarial maranho http://www.valoreonline.com.br

    vitalux eficincia energtica so paulo http://www.vitalux.com.br

    vti cear http://www.vti.com.br

    Weg equipamentos eltricos s.a. motores santa catarina http://www.weg.com.br

    http://www.intral.com.br/http://www.isobrasil.com.br/http://www.lightesco.com.br/http://www.mgd.com.br/http://www.mgmconstrucoes.com.br/http://www.nansen.com.br/http://www.neoluz.com.br/http://www.newmarenergia.com.br/http://www.nittoguen.com.br/http://www.opussolutions.com.br/http://www.penseeco.com.br/http://www.petrobras.com.br/http://www.projefic.com.br/http://www.qualilight.com.br/http://www.rasconsultoria.com.br/http://www.cenabr.com.br/http://www.satc.edu.br/http://www.schneider-electric.com.br/http://www.spiraxsarco.com.br/http://www.teknergia.com.br/http://www.nipeunicamp.org.br/http://www.unionrhac.com.br/http://www.feg.unesp.br/http://www.valoreonline.com.br/http://www.vitalux.com.br/http://www.vti.com.br/http://www.weg.com.br/

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  • Ministrio deMinas e Energia