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ORFISMO - Platão e Orfismo

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Os mistérios de Orfeu exerceram importante influência na filosofia de Platão

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CATEGORIAS PLATÔNICAS PARA OS IMORTAIS DO LUGAR1

Nossa preocupação primária consiste na necessidade de procurar no interior do

debate realizado por filósofos, categorias que nos permitam ter "pressupostos" para fazer

uma releitura do processo de divinização no conceito geográfico Lugar constituído pelo

embate capital/trabalho-imaginário/simbólico abalizado pelo Método Heraclítico. Tivemos

a preocupação de iniciar o debate com Platão, um dos primeiros filósofos ocidentais a

apresentar a categoria contradição. O idealismo do pensamento platônico é fundamental

para uma investigação sobre “o mundo dos mitos astrais”, existente na convicção absoluta

do modo de vida de Lugar de tempo lento/cíclico. Modo de vida onde se cultua o

Candomblé, Batuque a quimbanda e a Umbanda, e via inquestionável certeza de que o mito

não é uma idéia falsa referente à realidade social historicamente imposta pelo sincretismo

cultural e pela miscigenação racial.

A categoria social do referido Lugar entende que o mito não é um mito, mas um

dado histórico que é alicerce da maneira de viver da comunidade. Segundo Platão, este

mundo ilusório representado nas imagens falsas sobre os fatos e seres, faz parte do mundo

sensível que é incerto e particular. No Lugar o que o pensamento racional tem como sendo

ilusório, sempre faz parte do mundo objetivado no racionalismo do processo de trabalho de

reprodução simples. Há uma séria contradição no momento geográfico em que o mito passa

a ser resultado e condição para a reprodução social ímpar do modo de vida. O sagrado

representado na entidade mitológica é realidade geográfica por ser criadora e reprodutora

da história individual e comum do Lugar. O equívoco é acerto e o engano é certeza, sem

serem, sendo.

Os mitos são subjetivados no imaginário (eles não estão no mundo dos sentidos

platônicos) e centrados na objetividade da contradição primária capital/trabalho-

imaginário/simbólico. O fato histórico de que o Lugar tem a possibilidade cultural de

possuir atributos diferentes, que entre si têm divergências internas, faz com que uma

reflexão acadêmica sobre os opostos e as reminiscências seja um dos sustentáculos

filosóficos para se pensar no conceito recordação na dimensão de memória, como fruto de

um diálogo coletivo que, também, justifica a presença do mito. Platão coloca em pauta que

1 LIMA, Dário de Araújo. http://lattes.cnpq.br/8673440344369818

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o mundo das idéias que possuímos na pré-existência uterina se conserva ou se perde no

esquecimento. Assim, só a memória, enquanto recordação permite readquirir as idéias pré-

existentes. O processo de reaver o momento histórico, fazendo-o voltar a ser realidade das

idéias substantificadas no momento objetivado, só é possível por meio da reprodução das

cenas, e pensar sobre os tais atos sociais é fazer uma ponte de ligação para o

aprofundamento da montagem do espaço cênico, afirmo, do Lugar que se manifesta de

forma verticalizada, porque só há Lugar se houver diálogo enquanto memória, que se

expressa na contradição em movimento refletida, também, na sacralização dos mitos. Se o

mundo invisível é intransformável, só será possível ocorrer a recriação cultural do Lugar, se

sua tradição, seu costume e sua reprodução simples estiverem presentes enquanto

comunidade dotada de singular jeito de viver. Na memória intrínseca do mundo invisível

das idéias, o tipo peculiar de modo de vida é conteúdo/forma de sua espacialização

geográfica enquanto Lugar. Sabemos que a falta de um dado na “carta geográfica” faz com

que a sua leitura possa ser equivocado. O mundo das idéias foi transformado e o diálogo

reprodutor do Lugar, enquanto conceito social, não viabiliza a própria existência de

identificação do Lugar, cujo conteúdo é a reminiscência que é potencialmente retro

alimentadora dos costumes e das tradições que só ocorrem como Lugar.

A pesquisa sobre a imortalidade da alma e a recordação, entendida enquanto

“memória”, são categorias filosóficas abalizadoras para a elaboração de uma tentativa de

entendimento das contradições implícitas na opção histórica marcada na comunidade. Onde

o aprendizado recorda e promove a reprodução simples da atividade econômica da

comunidade tradicional, onde a idéia pensada como valor com conteúdo absoluto nos

afirma via noção de contradição que no absoluto, do conteúdo da idéia há o devaneio e a

imaginação do mito. Se na alma estão as idéias, as recordações, o saber, o conhecer e o

reconhecer (o mundo da verdade) falam que no citado Lugar é no nível do imaginário que

estão os seres sacralizados. Na comunidade, o ilusório faz composição e estruturação do

mundo da verdade.

A metempsicose do orfismo e do pitagorismo se faz presente no momento histórico

em que os antepassados transferiram parte da idéia, enquanto valor com conteúdo absoluto,

para os atuais moradores que recriam a comunidade. Observamos que a mesma esta

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recordando e sentindo saudades dos que “foram”, quando rezam e pedem proteção para o

mito ancestral. São as reminiscências dos que foram, sem jamais terem ido.

A palavra grega psychê nos remete a noção de “princípio de vida”, o que diferencia

o animado do inanimado. O sentido da palavra não tinha relação com a noção de

imortalidade. O indivíduo era entendido como sendo um elemento inseparável do mundo

(naquela sociedade). Quando se falava em individualidade não se direcionava a questão

para a subjetividade humana.

O entendimento de divindade do espírito, apresentado pelo estudo platônico,

viabiliza a análise de um “eu” transcendente, que é fruto do debate de Pitágoras sobre o fato

de que a alma é imortal (o intelecto enquanto elemento constitutivo da alma é sua dimensão

imortal). A imortalidade é o que o ser humano possui de mais verticalmente humano e

máximo do divino. Através da dialética ascendente, a alma, numa compreensão de ser uma

relação do “intermediário” entre o mundo das idéias e o sensível, atinge o nível da verdade

absoluta. A alma é vista como sendo superior ao plano sensível e dotada de uma

subjetividade pura (divinização do ser humano), isto é, a subjetividade pura é a parte

racional da mesma. A alma é dotada de uma característica fundamentada no fato de que

recria a estrutura do mundo das idéias em si mesma, isto é, realiza uma relação direta com o

princípio primário de todo o conhecimento. E antes de ter sido submergida a transmigração

(metempsicose) ocorre um deslocamento da racionalidade da alma ao ideal (a estrutura da

objetividade). Assim, a evidência atinge o mundo dos sentidos (dialética descendente)

ciente da distinção entre o sensível e o ideal. Ora, ao ser intermediário a alma pertence ao

plano ideal e ao devir e que cada ser humano possui um anámnesis (identidade racional).

Platão coloca o debate de que a estrutura interna do pensamento é dialética e que

sinaliza uma síntese última que une o ideal e o devir. Neste processo histórico, a inter-

relação existente entre subjetividade e intersubjetividade é o ser, que ao se dirigir ao outro,

instantaneamente expõe-se e desloca-se ao outro ser, e desta forma, há uma relação entre a

subjetividade e a objetividade. É, todavia que na gira do Terreiro de Batuque Candomblé,

Quindanda e Umbanda do Lugar que o ser histórico que cultua o mito é o próprio mito que

ao se dirigir ao outro divinizado, instantaneamente expõe-se e desloca-se ao outro ser, e

desta forma, há uma relação entre a subjetividade e a objetividade, digo, é o mito

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dialogando consigo mesmo, sem dialogar, dialogando. É a relação do tudo/nada no espiral

dialético platônico.

Éros (amor) é a força motriz que impõe, sustenta e procura a auto-superação do ser

que é subjetiva e intersubjetiva e ocorre na psychai e entre as mesmas, é uma aproximação

do ser ao plano da divindade (uma relação entre o devir e a idéia). Tal registro nos coloca o

homem como um ser divino, já que, nas relações de lealdade/afetividade do Lugar de tempo

lento/cíclico há o eterno diálogo dos moradores com os seus “parentes” antepassados

documentados culturalmente nas divindades do Terreiro de Batuque Candomblé,

Quimbanda e Umbanda. É o amor que permite o divino ser inerente entre os homens e faz

do indivíduo potencialmente um criador. O amor tem o poder de unir e criar no mais alto

patamar, isto significa que este processo é originário de uma carência básica que tem o ser

de reencontrar pelo diálogo a unidade que recria a alma e ultrapassa a fala velha e promove

um novo discurso diferente do anterior que denuncia a eterna busca pela aproximação da

verdade. A ausência do outro promove o aniquilamento do homem porque ele precisa

basicamente da subjetividade do outro, que une os homens como nas relações comunitárias

do Lugar. Tais relações sociais permitem afirmar que o amor do mundo das idéias é o

verdadeiro, que só há enquanto amor do verdadeiro, materializado na objetivação das

relações cultivadas que são subjetivas e nas quais encontramos, entre outras variáveis das

tradições e dos costumes da comunidade, a indiscutível existência do imaginário mitológico

dos entes sacralizados no Terreiro de Batuque Candomblé, Quimbanda e Umbanda que nos

remete à questão da natureza inteira ser o corpo orgânico do ser. Marx entende que na

natureza inteira encontramos implicitamente os mitos, o Éros, a imortalidade da alma, as

contradições, a metempsicose e as inter-relações ocorridas entre a subjetividade e a

intersubjetividade (a objetividade).

Desse modo, na universalidade do homem colocada por Marx encontra-se centrada

a questão platônica de que o homem relaciona-se com o invisível encontrado escondido no

visível. O homem procurando deixar claro e evidente o invisível, presente no homem

olhando para dentro de si, que encontra o outro e vê a face refletida, rosto igual o seu que é

inquestionavelmente refletido nos seus próprios olhos. Há o Éros que é a urgente

necessidade do outro contida na subjetividade, onde a intersubjetividade é relação entre a

subjetividade e a objetividade desenhada no aconchego, na sensação de segurança e

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proteção do Lugar. Modo de vida que pede proteção aos Orixás, que enquanto antepassados

divinizados estão substantificados nos atuais moradores da comunidade tradicional de

reprodução simples do Lugar, que ao cultuarem o ente mitológico sagrado cultuam a si

mesmos, sem o fazerem, fazendo.

No pensamento de Platão, o antagonismo presente no mundo visível e no mundo

invisível não significa separação no recorrer do estudo. Há uma interação constante em

todo o debate, já que, para se ir ao mundo inteligível, temos originariamente que passar

pelo mundo sensível. O inteligível é o hemisfério do conhecimento (epistême), da

profunda essência do ser, e o sensível é um simples reflexo, sombra ou cópia do real. O

mundo das sombras é o da ilusão. Segundo o pensamento platônico, o belo seria um

elemento relacionado ao ideal e ao corpo. A concepção de Platão de belo nos remete para a

compreensão de que parte se encontra no divino e outra no corpo, o belo é a procura pela

perfeição (harmonia entre a idéia e o corpo). Assim, entendemos que o belo visualizável é o

meio que nos leva ao invisível mundo da luz onde estão os Santos do Terreiro de Batuque

Candomblé, Quimbanda e Umbanda. A beleza expressa o que é percebido sensivelmente

enquanto fruto do inteligível, e no Terreiro o culto aos seres mitológicos é enquanto ato

belo um caminho que nos remete ao hemisfério da verdade, isto é, da luz.

O belo não é um valor de uso, mas uma procura pela perfeição harmônica do plano

ideal. Ele representa a elevação moral do homem registrada nas obras de arte que

demonstram o fato do ser histórico, ou do sábio, ter atingido via razão, um nível de

elevação espiritual que se encontra no que foi produzido, enquanto símbolo da perfeição.

Ressaltamos que a obra de arte sagra divinizada simboliza o hemisfério da perfeição trazido

ao da imperfeição escura da caverna platônica.

Concluímos que a idéia antecede a obra que é pura representação da idéia (que é

bela obra enquanto perfeição acabada e divina que inspira o homem). Assim não existe uma

subjetividade humana documentada na obra, mas uma inspiração divina que entusiasma o

homem (há uma determinação para que o mundo das idéias venha ao dos mortais

sensíveis).

O belo é o veículo de registro do mundo lapidado. Em grego a palavra entusiasmo

significa loucura, mania e delírio. Assim, o homem na imaginação, como delírio, cria a bela

obra que existe no patamar do visualizável, e vinda por meio do elemento Eros. O belo das

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obras sagralizadas e do culto aos mitos enquanto "imaginário" é implícito nas relações

sociais comunitárias de parentesco, afetividade, lealdade, contraprestação e reciprocidade

dos moradores do Lugar que culturalmente criam o plano ideal que só é, e existe, enquanto

embate capital/trabalho-imaginário/simbólico, digo, Lugar. Entendendo-se que este

conceito social não pode ser reduzido a interpretação da repetição diária dos mesmos

hábitos e costumes do ser social porque o movimento heraclítico rege o mundo.

Na comunidade do Lugar de tempo lento/cíclico, o belo manifestado na natureza

orgânica/inorgânica é fruto das mãos do mundo dos espíritos (do perfeito ideal perfeito).

Deus é o grande artista. Tudo que é belo, muitas vezes colocado como sendo o bom, o

motivo de alegria, o bonito e a razão da felicidade é relacionado a Deus, aos santos, aos

orixás e demais entes mitológicos. Platão diz que o belo é o belo em si, atemporal, acabado,

lapidado, absoluto e perfeito. O belo é uma ponte entre o mundo ideal e o mundo sensível,

caracterizado por ser a “parte do agradável que alcançamos via visão. Ele é relacionado

com o sensível por meio dos sentidos”. A beleza das obras sagralizadas e do culto dos

Terreiros sincréticos e miscigenados é que permite o contato do mundo do conhecimento

com a visão.

Na filosofia de Platão, o mundo dos espíritos e o dos sentidos impõe uma condição

e um resultado comum que cria o belo aos sentidos de uma forma e estrutura semelhante.

Mas, o nível das aparências não possui a essência do belo em si. Alguém, algo, ou alguma

coisa utilizada para o bem ou para fazer o bem a alguém, algo ou a alguma coisa é belo. Só

que, a potencialidade visada para o bem é bela, mas, não é o belo, que é a eterna procura de

lapidar a capacidade e a utilidade de algo para atingir a perfeição inerente ao nível das

idéias. A beleza que há no nível dos sentidos é condição primária para o afloramento do

Eros. Ele é a necessidade básica de se encontrar o eterno, que só procuramos quando

estamos erotizados, já que, o homem que quer conquistar, deseja, procura só quando se

encontra interessado.

Platão coloca no mesmo plano as idéias de belo, uno, bem e ser porque o Bem

maior é que promove a unidade da multiplicidade dos seres (é a essência do ser das coisas)

que só é atingida quando se busca a perfeição, isto é, o belo inerente em cada ser e em cada

ação, digo, em cada culto mítico dos Terreiros onde o ente divino que gira é o imóvel que

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assiste o espiral de sua natureza orgânica/inorgânica que sendo sua natureza é ele mesmo

que gira no espiral de Heráclito mesmo estando aparentemente imóvel.

O Lugar, enquanto traço cultural, conteúdo do trabalho, do imaginário e do

simbólico presentes na subjetividade objetivada, de um jeito de vida impar caracterizado

pelo "tempo cíclico" dos mitos, dos mortos, dos vivos e dos que irão nascer e que se

encontram conjuntamente na predição, divinação, sonho profético, cura, oferenda, entre

outras distinções da linguagem comunitária, nos faz pensar como a questão do belo

platônico é verticalizada no debate do conceito geográfico Lugar. O belo presente na

subjetividade do homem enquanto espírito, entendido como idéia, ou dimensão universal e

cósmica do ser onde se encontra a sua natureza orgânica/inorgânica denunciada nos

divinizados dos Terreiros. Platão nos reza que o mundo real é o das abstrações.

Platão determina que o conteúdo do conceito Lugar de tempo lento/cíclico deve ter

como princípio histórico o entendimento de que a dimensão social humana/natural se

realiza através da relação trabalho/imaginário, ou seja, por meio de uma observação

materialista sensível da relação comunitária, que somente existe enquanto Lugar geográfico

onde o mito dialoga consigo mesmo, sem jamais, ter sido um mito, sendo.

O mito sagralizado/divinizado tem poder de fascinação e subjugação resultante de

uma relação de reciprocidade, afetividade, parentesco e lealdade que o ser histórico

comunitário do Lugar, possui com a entidade historicamente posta, que por sua vez

divinizada/sagralizada reproduz o poder de fascinação e subjugação. É neste embate entre

a entidade humanizada e o humano mitificado que há experiências sociais que o

pensamento racional não legitima, e o caráter mágico/mítico assume identidade cultural

transcendendo a razão dada como substituta das explicações mitológicas, que por serem

mágicas provocam respeito e medo. O temor ao divinizado é porque ele no Terreiro é

dualista por transitar pelo platônico mundo da luz escura e da clara escuridão. O divino

possui uma capacidade que não pertence aos simples mortais/imortais que assistem e giram

no espiral de Heráclito ritmado pelo atabaque de Exu, Ogum e Oxum (Deusa da beleza e da

riqueza, também, documentada no caráter cultural do conteúdo do conceito geográfico de

Lugar).

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