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Organizações Sociais de Saúde

Organizações Sociais de Saúde - Acesso Restritosistema.saude.sp.gov.br/eventos/Palestras/Material de Apoio/Textos... · de aprovação entre os pacientes internados e 80% de aprovação

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Organizações Sociais de Saúde

Organizações Sociais de Saúde

A EXPERIÊNCIA DA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULOO Governo do Estado de São Paulo regulamentou, por meio da Lei Complementar n. 846 de 1998, a parceria do Estado com entidades filantrópicas, estipulando em relação a elas, dentre outras exigências, que tivessem, no mínimo, cinco anos de experiência na administração de serviços próprios de saúde, reconhecida qualidade e compromisso firmado com a população atendida.As entidades interessadas que cumpriam os pré-requisitos estipulados foram qualificadas como Organizações Sociais de Saúde e foram habilitadas a firmar Contrato de Gestão com a Secretaria de Estado da Saúde, visando ao gerenciamento e à operação de serviços de saúde mediante convocações públicas.A avaliação dos resultados obtidos nos Contratos de Gestão estabelecidos é feita pela Comissão de Avaliação da Execução dos Contratos de Gestão, composta de membros do Conselho Estadual de Saúde, da Comissão de Higiene e Saúde da Assembléia Legislativa e demais representantes de renomado saber na área de saúde pública, designados pelo Secretário da Saúde para essa função, garantindo-se o efetivo controle social do processo.

Ressalta-se o controle da prestação de contas das instituições, feito pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e que, dada a peculiaridade da matéria, que não tinha precedente, tornou obrigatória a edição de instruções específicas sobre o assunto.O processo desenvolvido pela Secretaria da Saúde de São Paulo abrangeu uma seqüência de ações que culminaram em 23 serviços de saúde sob Contrato de Gestão e Convênio, abrangendo atividades hospitalares de internação, atendimento ambulatorial, atendimento de urgência e emergência, atividades de apoio diagnóstico e terapêutico para pacientes externos aos hospitais e atendimento médico e social a idosos e realização de exames laboratoriais.

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Serviços administrados pelas OSSA partir de 1998, o Governo do Estado de São Paulo finalizou obras iniciadas e inacabadas por governos anteriores, colocando à disposição da população aproximadamente 3.900 leitos equipados, distribuídos em 18 hospitais (15 deles situados na periferia da capital e da região metropolitana da Grande São Paulo e 3 no interior do Estado, nas regiões de Campinas, Bauru e Taubaté).Destes, 13 são gerenciados por OSS; os outros cinco, por meio de convênios. Para todos os hospitais, o instrumento relacional é o CONTRATO DE GESTÃO.

UNIDADES LOCALIZAÇÃO NO LEITOS DATA INAUG. GESTORAmbulatório de Especialidades Geraldo Bourroul Capital 29/01/05 OSS Sta. Casa Mis. São PauloCentro Estadual de Análises Clínicas Zona Norte Capital março/2006 OSS Sociedade Assistencial BandeirantesCentro Estadual de Análises Clínicas Zona Leste Capital UNIFESP - Univ. Federal de São PauloCentro Estadual de Análises Clínicas Zona Sul Capital OSS OSEC - Org Santamarense Ed. CulturaCentro de Referência ao Idoso Zona Norte Capital 28/02/05 Oss Ass. Congregação de Sta. CatarinaHospital de Clínicas Luzia P. Mello Mogi das Cruzes 220 19/07/04 UNIFESP - Univ. Federal de São PauloHospital Estadual Bauru Bauru 262 04/11/02 UNESP - Univ. Est. Julio Mesquita Fo

Hospital Estadual Diadema Diadema 239 26/10/00 OSS SPDM - Soc. Pta. Desm. Med. / UNIFESPHospital Estadual Francisco Morato Francisco Morato 93 02/02/04 OSS OSEC - Org Santamarense Ed. CulturaHospital Estadual Itaquaquecetuba Itaquaquecetuba 245 24/03/00 OSS Ass. Ben. Casa de Saúde Sta. MarcelinaHospital Estadual Santo André Santo André 207 20/11/01 OSS Fundação ABCHospital Estadual Sapopemba Capital 136 07/04/03 Hosp. Clínicas / Fund. Fac. Med. USPHospital Estadual Sumaré Sumaré 207 22/09/00 UNICAMP - Univ. Est. CampinasHospital Estadual Vila Alpina Capital 195 11/12/01 OSS SECONCI - Ser. S. Ind. Constr. Civil SPHospital Geral Carapicuíba Carapicuíba 239 23/10/98 OSS SANATORINHOS - Ação Com. SaúdeHospital Geral Grajaú Capital 248 23/10/98 OSS OSEC - Org. Santamarense Ed. CulturaHospital Geral Guarulhos Guarulhos 282 14/04/00 OSS Sta. Casa Mis. São PauloHospital Geral Itaim Paulista Capital 272 05/08/98 OSS Ass. Ben. Casa de Saúde Sta. MarcelinaHospital Geral Itapecerica da Serra Itapecerica da Serra 187 03/03/99 OSS SECONCI - Ser. S. Ind. Constr. Civil SPHospital Geral Itapevi Itapevi 231 20/09/00 OSS Ass. Congregação de Sta. CatarinaHospital Geral Pedreira Capital 232 29/36/98 OSS Ass. Congregação de Sta. CatarinaHospital Geral Pirajussara Taboão da Serra 254 25/01/99 OSS SPDM - Soc. Pta. Des. Med. / UNIFESPHospital Regional do Vale do Paraíba Taubaté 134 11/05/04 Sociedade Assistencial Bandeirantes

TOTAL 3883

O númerro de leitos refere-se ao total de leitos operacionais= leitos de enfermaria + UTI´s e leitos complementares

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SISTEMA DE PAGAMENTO O Sistema de pagamento desenhado apresenta as seguintes características:• Deixa de lado a lógica das “tabelas SUS” para passar, a um sistema mais simples baseado na produção de altas pelas principais áreas de atuação, no caso dos hospitais: Obstetrícia, Clínica Médica, Cirurgia, Pediatria e Psiquiatria no caso de internação; atenção ambulatorial; Urgência e Emergência; Hospital dia e SADT Externo, no caso de ambulatório.• Fica acordado entre a Secretaria Estadual da Saúde e os serviços uma determinada atividade por um orçamento determinado. Variações de mais ou menos 10% por linha de ação não modificam o orçamento. Se as variações forem superiores, existe uma fórmula de cálculo que prevê variações orçamentárias, para mais ou para menos, contemplando principalmente a repercussão dessa variação nos custos fixos.• Os dois itens anteriores fazem referência à parte “fixa” do orçamento, que constitui 90% do total. Os 10% restantes são variáveis, dependendo da consecução de objetivos de organização, qualidade e eficiência.• A parte fixa é paga em doze cotas fixas mensais, atreladas ao volume de produção realizada, enquanto que a parte variável é paga mensalmente e avaliada trimestralmente, em função da consecução de objetivos avaliada, também trimestralmente, pela Comissão de Acompanhamento.

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• Os orçamentos de investimentos e novas ações são avaliados e, se procedem, aprovados, independentemente desse orçamento/pagamento de atividades. PRODUÇÃOOs dados obtidos permitem avaliar que a experiência desenvolvida pela Secretaria da Saúde mediante Contrato de Gestão tem se mostrado satisfatória no que tange aos serviços prestados, à sua qualidade e à adequada aplicação dos recursos públicos repassados àquelas instituições.A produção assistencial dos serviços contratualizados tem crescido a cada ano, conforme demonstrado no quadro a seguir:

Organizações Sociais de SaúdeESPECIALIDADES

PRODUÇÃO REALIZADA

2002 2003 2004 2005 2006

Nº de Internações 151261 158232 182692 207888 230362

Nº de Consultas Ambulatoriais 931375 1110547 1201332 1653177 1998482

Nº de Consultas de Urgência 1411826 1459793 1485234 1732341 2186628

Nº de Exames p/ pacientes externos 4246785 35453073 3201948 4261202 4840530

Nº de pacientes atendidos em Hospital Dia - - - - 100631

Odontologia - - - - 22902

O quadro abaixo aponta a produção do ano de 2006:

InvestimentoNo ano de 2006, foram repassados R$ 1.002.274.464,32 para o Custeio das atividades realizadas pelas OSS.Para o exercício de 2007, já estão previstos R$ 1.106.398.478,38 , um aumento de10,4% em relação ao ano de 2006, com ampliação do volume de atividade contratada.Desde 1998, quando iniciou-se o processo de contratualização com as Organizações Sociais de Saúde, até o ano de 2005, já foram dispendidos pelo Tesouro do Estado, R$ 4.969.479.068,32

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ESPECIALIDADES TOTAL ANO

Nº de Internações 230362

Nº de Consultas Ambulatoriais 1998482

Nº de Cirurgias Ambulatoriais 21958

Nº de Procedimentos Odondtológicos 22902

Nº de Consultas de Urgência 2186628

Nº de Exames p/ pacientes externos 4840530

Nº de sessões de Hemodiálise 426651

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UMA RELAÇÃO DE SUCESSOO bom atendimento à população pelas OSS’s se reflete também em prêmios e certificações de qualidade Serviços premiados

Hospital Geral de Itaim PaulistaIV Prêmio Prof. Galba de Araújo – Fev/05II Prêmio Prof. Galba de Araújo – MS/2000Hospital Geral de Itapecerica da SerraI Prêmio Nacional Prof. Fernando Figueira – MS/2004II Prêmio Prof. Galba de Araújo – MS/2000Hospital Mário Covas de Santo AndréMelhor dos Melhores – Revista Livre Mercado – Set/05Hospital Estadual de Sumaré - Prêmio de Qualidade Hospitalar 2001

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Casa de Maria – Hospital Estadual do Itaim PaulistaEspecializada em parto natural, a Casa de Maria foi a vencedora da 4ª Edição do Prêmio Galba de Araújo – MS em 2004. A entidade foi reconhecida pela implementação de práticas inovadoras para o acolhimento da mulher e da família no momento do parto.

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HOSPITAIS CERTIFICADOSHOSPITAL CERTIFICAÇÕES

Bauru Acreditação Nível I - ONA - novembro de 2004

Carapicuíba Certificação ISO 9001 - Laboratório

DiademaServiço Hospitalar Acreditado com Excelência (Nível III) - julho de 2006Acreditação Plena - outubro de 2004

GrajaúSelo de Conformidade CQH - maio de 2006Programa Nacional de Controle de Qualidade LTDA - Janeiro de 2006 - Laboratório

Guarulhos Selo de Conformidade CQH - maio de 06

Itaim Paulista Acreditação Nível I - ONA - julho de 2006

Itapecerica da SerraHospital Acreditado - Fundação Vanzolini / ONA 2005Hospital Amigo da Criança - MS / UNICEF / OMS / 2001Centro de Referência Nacional Método Mãe Canguru - MS

ItapeviCertificado ISO 9001 - LaboratórioAcreditação Nível I - ONA

PedreiraAcreditação Plena ONA - dezembro de 2005Certificação ISO 9001 - 2004 - A. E. Jardim dos Prados

PirajussaraServiço Hospitalar Acreditado com Excelência (Nível III) - julho de 2006Serviço Hospitalar Acreditado Nível II - ONA - outubro de 2004

Sumaré

Serviço Hospitalar Acreditado com Excelência (Nível III) - julho de 2006Acreditação Plena - agosto de 2005Certificação ISO - 9002 - 2003 - Agência TransfusionalHospital de Ensino - dezembro de 2004Hospital Amigo da Criança - novembro de 2004

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INDICE DE SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOSAs pesquisas de satisfação dos usuários são realizadas mensalmente, através de entrevistas com, no mínimo, 10% dos pacientes internados e/ou seus acompanhantes e com 10% dos pacientes que são atendidos em 1ª consultas nos Ambulatórios.Os resultados obtidos apontam que o nível de satisfação dos usuários situa-se em 90% de aprovação entre os pacientes internados e 80% de aprovação entre os pacientes atendidos nos ambulatórios.Organizações Sociais de Saúde

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DADOS COMPARATIVOS 2004 à 2006Comparou-se, no período de 2004 à 2006, o desempenho de 13 hospitais administrados por OSS´s e 13 hospitais da Administração Direta, de porte e complexidadeassistencial semelhantes.

DADOS COMPARATIVOS 2006

HOSPITAIS ORÇAMENTO Nº INTERNAÇÕESNº ATENDIMENTOS

AMBULATORIAIS

Nº ATENDIMENTOS

URGÊNCIA

Nº EXAMES

EXTERNOS

Administração Direta R$ 683435000,00 127977 982428 2583425 143016

OSS´s R$ 775448351,58 160988 1279493 1482106 4561260

DADOS COMPARATIVOS 2006

HOSPITAIS Nº LEITOS TAXA DE OCUPAÇÃO MÉDIA (%) SAÍDAS / LEITO CUSTO / SAÍDA

Administração Direta 2908 80,1% 47,6 R$ 3602,56

OSS´s 2924 80,9% 55,5 3249,42

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A análise dos dados, apontada no quadro abaixo, mostra que, em 2006, os hospitais gerenciados por OSS´s tiveram um orçamento 8% maior que o orçamento dos hospitais da Administração Direta e realizaram 42,8% mais internações a um custo 24,3% mais baixo.

* OBS - o comparativo dos valores orçamentários é relativo pois, no caso das OSS o valor é total; nos da direita, na força de convenção oficial da contabilidade pública, refere gastos parciais.Organizações Sociais de Saúde

HOSPITAIS VARIAÇÃO ORÇAMENTO VARIAÇÃO Nº SAIDAS VARIAÇÃO CUSTO / SAÍDA

OSS´S Administração Direta 13% 26% -10%

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