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ORIENTAÇÕES À EQUIPE ESCOLAR OBSESSÕES, COMPULSÕES E TIQUES: O QUE VOCÊ CONHECE A RESPEITO? O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) pode roubar das crianças e dos adolescentes a alegria de aprender, de se divertir e de fazer amizades na escola. A equipe profissional da escola está em uma posição privilegiada para intervir e ajudar as crianças e os pais a lutar contra esta condição dilacerante. O tratamento eficaz está disponível e o alívio é possível. A aprendizagem sobre o TOC é um importante passo em direção a estar preparado para lidar com os sintomas e os efeitos desta doença. TOC pode invadir a sala de aula e, quando isso acontecer, a equipe escolar deve saber como lidar com ele. Apresentamos aqui algumas orientações sobre o tema. O QUE É TOC? TOC é um transtorno de ansiedade com uma base neurobiológica. Esta condição cerebral afeta o modo como as crianças, adolescentes e adultos pensam. Caracteriza-se por obsessões e compulsões que ocupam uma quantidade considerável de tempo do portador e interferem nas suas relações familiares e sociais. . Obsessões involuntárias são pensamentos intrusivos, imagens ou impulsos que podem causar preocupação e temor insuportável. Para lidar com as obsessões, a pessoa que tem TOC tem de realizar atos mentais ou físicos chamados de compulsões. Compulsões são rituais repetitivos que fazem os indivíduos com TOC se sentirem melhor quando realizá-las, mas o alívio é apenas temporário. Alguns portadores não se sentem ansiosos e outros nem sequer têm pensamentos obsessivos, mas sim um desejo incontrolável, um sentimento de ter que realizar rituais. Atualmente, não há cura para o TOC sendo este uma condição crônica. No entanto, tal como crianças com asma, alergias

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Obsessive Compulsive Disorder (OCD) can rob children and young adults of the joy of learning, fun and friendships at school

ORIENTAES EQUIPE ESCOLAR

OBSESSES, COMPULSES E TIQUES: O QUE VOC CONHECE A RESPEITO?

O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) pode roubar das crianas e dos adolescentes a alegria de aprender, de se divertir e de fazer amizades na escola. A equipe profissional da escola est em uma posio privilegiada para intervir e ajudar as crianas e os pais a lutar contra esta condio dilacerante. O tratamento eficaz est disponvel e o alvio possvel. A aprendizagem sobre o TOC um importante passo em direo a estar preparado para lidar com os sintomas e os efeitos desta doena. TOC pode invadir a sala de aula e, quando isso acontecer, a equipe escolar deve saber como lidar com ele.

Apresentamos aqui algumas orientaes sobre o tema.O QUE TOC?

TOC um transtorno de ansiedade com uma base neurobiolgica. Esta condio cerebral afeta o modo como as crianas, adolescentes e adultos pensam. Caracteriza-se por obsesses e compulses que ocupam uma quantidade considervel de tempo do portador e interferem nas suas relaes familiares e sociais. .

Obsesses involuntrias so pensamentos intrusivos, imagens ou impulsos que podem causar preocupao e temor insuportvel. Para lidar com as obsesses, a pessoa que tem TOC tem de realizar atos mentais ou fsicos chamados de compulses.

Compulses so rituais repetitivos que fazem os indivduos com TOC se sentirem melhor quando realiz-las, mas o alvio apenas temporrio. Alguns portadores no se sentem ansiosos e outros nem sequer tm pensamentos obsessivos, mas sim um desejo incontrolvel, um sentimento de ter que realizar rituais.

Atualmente, no h cura para o TOC sendo este uma condio crnica. No entanto, tal como crianas com asma, alergias ou diabetes que aprendem a gerir as suas condies, as crianas com TOC podem aprender a gerir as suas obsesses e compulses com o tratamento certo - e de apoio educativo.

APRENDENDO A RECONHECER OS SINTOMAS DO TOC

Crianas, por vezes descrevem suas obsesses como "maus pensamentos" ou receios ou preocupaes - e por vezes eles tm muita dificuldade de colocar em palavras o que est incomodando eles. Em alguns casos, as crianas apresentam sintomas de TOC num ambiente, mas no em outro - por exemplo, os sintomas aparecem, em casa, mas no na escola. Algumas crianas e adolescentes conseguem suprimir ou esconder seus sintomas, porque eles temem punio ou ridicularizaro em casa ou na escola. Em ainda outros casos de TOC, uma criana ou adolescente incapaz de evitar ou resistir s compulses que "desfazem" os maus pensamentos e os fazem se sentir melhor temporariamente. Crianas e adolescentes com o transtorno se apresentam com mais frequncia sem a crtica a respeito dos sintomas, ao contrrio dos adultos que percebem ser exageradas ou injustificveisAlguns sintomas: Qualquer ritual dirio de higiene, repetitivo e exagerado.

Lavar as mos

Escovar dentes

Tomar banho Repetio de aes.

Escrever a mesma palavra ou texto vrias vezesLer a mesma revista, jornal ou livro.

Checagens compulsivas.

Tarefa escolar.

Arrumao de brinquedos.

Contagem

Contar as lminas de uma persiana vrias vezes. Contar azulejos, pisos em ladrilhos Simetria

Na arrumao de armrios.

Na arrumao de brinquedosNormalmente, essas manias obsessivas consomem muito tempo, gerando angstia e ansiedade tanto para a criana quanto para seus familiaresO QUE CAUSA O TOCNo se sabe exatamente o que provoca TOC. Pesquisas tm apontado fatores neurobiolgicos incluindo a predisposio gentica e fatores psicolgicos (aprendizagens errneas e crenas distorcidas) como influenciadores do aparecimento e da manuteno dos sintomas. Algumas crianas e adolescentes podem, tambm apresentar sintomas do TOC resultantes de infeces por bactrias estreptococos.Os pais muitas vezes se culpam, ou querem saber o que eles fizeram de "errado" para causar esse problema desolador. Mas a culpa no dos pais. Os pensamentos repetitivos e os sentimentos desagradveis do TOC podem ser devido a problemas na comunicao entre certas reas cerebrais. Ainda no est claro qual seria a natureza destes problemas ou a causa, mas produtos qumicos no crebro (tais como a serotonina) podem estar envolvidos.QUAL O TRATAMENTO PARA O TOC?Os tratamentos mais frequentemente utilizados para o TOC so a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e/ou medicamentos que inibem a recaptao de serotonina e que atuam para reduzir a ansiedade. Para algumas crianas e adolescentes, associar estas duas modalidades de interveno pode ser a forma mais eficaz de tratamento. Qualquer curso de tratamento deve ser adaptado s necessidades do indivduo e dever ser decidido por profissionais especializados. .RECONHECENDO O TOC NA ESCOLAAo observar os sintomas citados acima se deve procurar a orientao de profissionais qualificados, que trabalham com crianas, para fazer o diagnstico, pois na maioria das vezes, a criana no tomar iniciativa de queixar-se dos sintomas obsessivos compulsivos. O profissional dever recomendar psicoterapia acompanhada ou no de uso de medicamentos.Embora TOC vezes ocorra tanto em casa como na escola, TOC pode se manifestar de forma diferente em um lugar do que no outro. Uma criana que executa rituais compulsivos em casa pode no apresentar sintomas na escola.

Como um exemplo, uma criana pode sentir um medo intenso de que algum, possa invadir a sua casa e prejudicar algum na famlia. A criana pode insistir em repetidamente verificar se as portas e janelas esto trancadas, ao deitar, ou pedir aos pais para verificar as fechaduras uma e outra vez. Mas na escola a criana pode no apresentar evidncias deste comportamento obsessivo-compulsivo.

Isto pode tornar mais difcil para os educadores a reconhecer potenciais casos de TOC. Tambm pode definir o palco de conflito entre pais e escola onde as pessoas podem achar difcil acreditar ou compreender as dificuldades que esto ocorrendo em casa. importante levar a fala dos pais em considerao quando descrevem as suas experincias em casa. Ou pode ocorrer o inverso: a criana pode experimentar sintomas na escola, mas eles no so observados em casa. Se os pais no vem os sintomas em casa, eles podem ter dificuldades para entender os comportamentos observados no cenrio escolar.

Em alguns casos, as crianas e adolescentes experienciam obsesses e realizam rituais na escola, mas as obsesses no podem ser observadas e os rituais podem estar ocultos. Por exemplo, uma criana pode pedir autorizao para ir ao banheiro vrias vezes quando elas esto realmente envolvidas em rituais de lavagem (lavar as mos mais e mais). No sempre fcil de reconhecer os efeitos dessas viagens ao banheiro.

O EFEITO DO TOC NO DESEMPENHO ESCOLAR

Um estudante portador de TOC e que no est recendo tratamento pode vivenciar momentos difceis na sala de aula ou para completar suas tarefas em classe ou em casa. O TOC pode provocar extrema ansiedade, que, s vezes, pode realmente sobrepujar o aluno. Crianas e adolescentes podem descrever o sentimento crescente de ansiedade como se fosse uma subida ou um vulco prestes a entrar em ebulio - e o alvio s chega quando a presso liberada. Infelizmente, o alvio normalmente um comportamento compulsivo que pode ser extremamente perturbador para a aprendizagem do aluno e, possivelmente, para a sala de aula.

Quando um aluno tem TOC ele incapaz de aprender da mesma forma tpica que uma criana ou jovem adulto faz. A mente de um estudante que tem TOC pode ser centrada sobre a sua obsesso em vez de a tarefa em questo (na escola ou em casa). O TOC pode impactar negativamente o desempenho do aluno por causa de conflitos que podem estar ocorrendo. Por um lado, querem ser como os demais estudantes - capazes de prestar ateno na aula, participar em debates ou apresentaes e estudar ou fazer tarefas escolares. Por outro lado, sentem-se compelidos a responder s obsesses causadas pela TOC, e uma quantidade enorme de sua energia e foco ocupado pelo TOC. Seus crebros ficam recebendo mensagens que os instigam para realizar as compulses. Quando o professor est falando, o aluno com TOC pode mal ouvir o que est sendo dito por causa dos pensamentos de medo e dvidas intrusivas em sua mente.

O QUE A SNDROME DE TOURETTEA Sndrome de Tourette (ST) um distrbio neurolgico ou "neuro-qumico" que se caracteriza por tiques - movimentos abruptos, rpidos e involuntrios - ou por vocalizaes que ocorrem repetidamente com o mesmo padro.A maioria dos portadores consegue um limitado controle sobre seus sintomas. Porm se sabe que este limitado controle, que se consegue exercer durante alguns segundos ou at horas, se faz custa de um adiamento que resulta por fim em uma salva muito intensa dos tiques que estavam sendo inibidos. Os tiques so vivenciados como algo irresistvel (como por exemplo, a necessidade de espirrar) e que precisa por fim se manifestar. As pessoas com ST muitas vezes procuram um local escondido para dar vazo a seus tiques aps t-los inibido a duras penas na escola ou no trabalho. tpico dos tiques serem exacerbados (porm no causados) por estresse e diminurem com o relaxamento ou com a concentrao em uma tarefa aprazvel. Os indivduos lutam no s contra a doena em si mesma, mas tambm contra o estigma social de que so vtimas.APRENDENDO A RECONHECER OS SINTOMAS DA ST

H duas categorias de tiques na ST e eis alguns exemplos:

Simples: Motores - Piscar os olhos, repuxar a cabea, encolher os ombros, fazer caretas;Vocais - Pigarrear, limpar a garganta, grunhir, estalidos com a lngua, fungar e outros rudos.

Complexos:

Motores - Pular, tocar pessoas ou coisas, cheirar, retorcer-se e, embora muito raramente, atos de auto-agresso, tais como machucar-se ou morder a si prprio; Vocais - Pronunciar palavras ou frases comuns, porm fora do contexto, ecolalia (repetio de um som, palavra ou frase de h pouco escutados) e, em raros casos, coprolalia (dizer palavras ou expresses socialmente inaceitveis; podem ser insultos, palavras de baixo calo ou obscenidades).

O QUE CAUSA A ST?A causa no foi ainda definitivamente encontrada, mas as pesquisas atuais mostram forte evidncia de que o problema se origina de anomalias metablicas de pelo menos um neurotransmissor cerebral chamado dopamina. Provavelmente outros neurotransmissores, tais como serotonina tambm esto implicados em sua gnese. H estudos genticos mostrando que os distrbios de tiques so herdados. O indivduo portador de ST tem uma chance de cerca de 50 por cento de transmitir seu gen ou genes sua prole. Ainda no existe cura, mas a remisso dos sintomas pode ocorrer a qualquer instante. Os dados atualmente disponveis sugerem que os tiques tendem a estabilizar-se e a ficar menos intensos na idade adulta. QUAL O TRATAMENTO PARA A ST?

Atualmente, existem medicaes eficazes que auxiliam no controle dos sintomas quando estes prejudicam a vida do paciente. Estudos recentes apontam a utilidade de novos medicamentos eficazes no manejo do componente impulsivo. A dose necessria para se obter o melhor controle possvel individual e varia para cada paciente e precisa, portanto, ser meticulosamente monitorizada pelo mdico. Por vezes psicoterapia pode ajudar na reduo dos sintomas e auxiliar sua famlia a lidar com os problemas psicossociais que acompanham a ST. Algumas tcnicas cognitivo-comportamentais podem facilitar a substituio por um tique mais aceitvel. O uso de tcnicas de relaxamento podem ser teis durante perodos prolongados de estresse intenso.A ST NO AMBIENTE ESCOLAR

Os alunos com ST tm diferentes necessidades educacionais. Eles tm QI igual ao das outras crianas e a maioria deles tem bom desempenho acadmico numa classe normal para sua idade. Algumas crianas podero necessitar de um apoio educacional especial. Alguns alunos que possuem certos transtornos de aprendizado que, combinados com o transtorno de dficit de ateno e com as dificuldades inerentes de ter de lidar com tiques freqentes, podem requisitar uma ateno pedaggica mais intensa. Algumas crianas podem requerer superviso individual em uma sala de estudos, por exemplo. Ou ainda exames orais quando os sintomas da criana interferem em sua capacidade de escrever. Provas e exames, por exemplo, sem limite de tempo (particularmente teis quando as salvas de tiques atrapalham a adequao ao tempo limite para responder s perguntas), provas em aposento parte (quando os tiques vocais estiverem intensos e atrapalhando o curso da prova) ou permisso para sair da sala para aliviar-se da salva de tiques. Todas estas medidas pedaggicas so simples de se executar e resolvem muitas dificuldades prticas. Todos os estudantes com sndrome de Tourette precisam de um ambiente compreensivo e tolerante, que os encoraje a trabalhar para atingirem todo seu potencial e que seja flexvel o bastante para atender suas necessidades especficas.O EFEITO DO TOC E DA ST EM INTERAES SOCIAIS No s o TOC pode afetar negativamente o desempenho acadmico, mas tambm pode ter efeitos devastadores para uma pessoa em sua capacidade de interagir adequadamente com os outros. Como resultado, as oportunidades de amizades e diverso podem ser perdidas e a auto-estima pode ser negativamente afetada. A juventude um momento crtico para o desenvolvimento de habilidades sociais e de relacionamentos e o TOC pode ser um bloqueio de importantes progressos no desenvolvimento afetivo e social.

Em alguns casos, o aluno pode no apresentar sintomas na escola, em casa, mas ele ou ela importunado com preocupaes e pensamentos intrusivos, que podem inviabilizar atividades normais, como estudar ou completar tarefas de casa, brincar com outras crianas e ter um equilbrio de relacionamento com amigos e familiares.As crianas devem ser encorajadas a controlar os comportamentos socialmente inaceitveis sempre que possvel e a tentar substituir as condutas inaceitveis por outras socialmente aceitveis.

Por estas razes, importante que toda a equipe escolar veja o TOC e a ST como algo srio e faa um trabalho com o aluno e seus colegas para prestar apoio criana e sua famlia.O PAPEL DA ESCOLA NO TRATAMENTO DO TOC E DA STEducadores podem desempenhar um papel importante em ajudar a um aluno, que est lidando com o TOC ou com a ST, a ter sucesso. A partir de observaes iniciais de que algo est errado com o comportamento de uma criana ou adolescente, prestar apoio enquanto o aluno se esfora para controlar as suas obsesses e compulses.

Se o TOC ou a ST aparecer na escola muito importante que a equipe escolar seja capaz de lidar com a criana portadora tal como faria com uma criana que sofra de qualquer outra doena. Mesmo que o TOC ou que a ST no esteja funcionalmente prejudicando no cenrio escolar, saber que o professor est ao seu lado ou que o ambiente escolar livre de estigma pode fazer uma diferena positiva e real para o portador e sua famlia.O primeiro passo para ajudar um aluno portador reconhecer que o transtorno pode estar presente. A equipe escolar no pode esperar que os pais ou o aluno comunique o seu problema. Em muitos casos, um professor ou psiclogo escolar reconhece que uma criana est apresentando dificuldades e deve tomar providncias. importante que a equipe escolar tenha uma compreenso sobre esses transtornos, a fim de formular um plano para ajudar o aluno. Quando os educadores tm conhecimentos sobre o tema, eles conseguem reconhecer os sintomas precoces e definir um plano de ao para ajudar. Sem conhecer sobre os sintomas, os educadores esto mal equipados para gerenciar o aluno ou a sala de aula, quando o transtorno estiver presente. Pelo motivo das crianas e os adolescentes passarem muitas horas do dia na escola, extremamente importante que os professores compreendam os transtornos e seus possveis efeitos na sala de aula. O tempo que os alunos passam na escola um momento de aprendizagem e de interao social com os colegas e este perodo pode ser tanto uma oportunidade como um obstculo bvio. O modo como os professores gerenciam a situao pode fazer toda a diferena e pode dar a um aluno que tem TOC ou ST uma chance de lutar pelo sucesso acadmico e social.COMO A ASTOC PODE AJUDAR OS PORTADORES DO TOC E DA ST, SEUS FAMILIARES E EDUCADORES?Em maio de 1996, foi criada a Associao de Pacientes com Sndrome de Tourette, Tiques e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (ASTOC) na cidade de So Paulo com o objetivo de apoiar os portadores do TOC e da ST e seus familiares. Esta entidade fornece informaes sobre o TOC e a ST, as opes de tratamento, links para profissionais da sade mental que tratam desses transtornos. Outra rea em que a ASTOC atua no campo de orientar professores e educadores, alm de proteger os interesses dos alunos portadores destas sndromes. Os encontros promovidos pela ASTOC permitem a troca de idias e sentimentos sobre os problemas comuns aos pacientes e familiares. Rosana Mastrorosa Psicloga ([email protected])

Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental

ASTOC

Site: www.astoc.com.brE-mail: [email protected]