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OS REBENTINHOS Abertura ESTRELAS NO CÉU Um amigo é como um astro que brilha no firmamento. São raros, mas existem e têm um valor incalculável. Como sabemos, ninguém é uma ilha. E todos precisamos de todos. Somos o que forem as nossas relações. Este sair para fora de nós mesmos e deixar que os outros possam entrar dentro de nós é fonte de alegria, de realização e sinal de maturidade huma- na. Na nossa memória afetiva guardamos aquelas pessoas que foram para nós como uma luz, nos gestos, sinais ou palavras. Situações que nos tocaram e marcaram para sempre. Crescemos nessa relação de partilha, de amizade e inter-ajuda. De fac- to, os outros fazem-nos sentir que somos pessoas, e que amamos e somos amados. Sem esta experiência afetiva ficamos fechados na nossa solidão. Daí, ser muito importante encontrar pessoas que nos façam sair e viver um êxodo dos desertos de aridez, do vazio, cansaço ou desânimo, para chegarmos a ser o que pudemos e devemos ser aos olhos de Deus. Do deser- to ao paraíso, do “eu não amado” ao “ser amado”, do “ser solitário” ao “nós de comu- nhão” e ao “ser de relação”. E ainda, duma vida dividida, ou de ser como uma cana agi- tada pelo vento e andar ao sabor das cor- rentes, ou do viver em função daquilo que os outros dizem ou pensam, para uma vida assertiva e com convicções morais e espi- rituais. O Natal é tudo isto e muito mais, porque o Deus Grande fez-se pequeno, humilde, criança, amor débil e desprotegido. O amor rico fez-se pobre, mendigo e deli- cadeza. Por isso, muitos não O reconhe- ceram na pobreza de Belém, no silêncio do estábulo, e outros não O receberam, pois não havia lugar para Ele na hospeda- ria (Lc 2, 7), e Ele veio para os seus e os seus não o quiseram, e as trevas não se deixaram iluminar pela Luz (Jo 1, 1-18). Assim, o poder deste Amor que nos ama, dando-nos o poder de O não amar, em nada se impõe, mas propõe, não pode dei- xar de tocar o nosso coração. Natural- mente que este Amor Belo não deixa de nos atrair, e essa Luz que brilha sem se apagar vem a nós para nos iluminar e aquecer, e de modo particular, quando o coração está rasgado pela noite do medo, da incerteza ou da insegurança. Eis, de novo, esse amor luminoso, sempre vivo e tão próximo da nossa humanidade, a bater à nossa porta, neste Ano da Fé. Aceitá-Lo, deixar-se amar por Ele, fazer caminho até Ele e com Ele, é dizer, obri- gado ó Jesus, porque nasceste e nasces hoje no nosso coração para acenderes em nós o sonho da nossa divinização. DESTAQUE: “Como sabemos, ninguém é uma ilha. E todos precisamos de todos. Somos o que forem as nossas relações.” DEZEMBRO 2012 Ano III, Nº1 Instalações 2 3 Natal 5 Noticias das Salas 6 Curiosidades 9 Entrevista 10 Passatempos 11 Vitaminas 12 Edição Natal

OS REBENTINHOS · Crescemos nessa relação de partilha, de amizade e inter-ajuda. ... damentais nos primeiros anos de vida: afeto, relação, ... e que jamais poderá deixar de existir

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OS REBENTINHOS

Abertura

ESTRELAS NO CÉU

Um amigo é como um astro que brilha no

firmamento. São raros, mas existem e têm

um valor incalculável.

Como sabemos, ninguém é uma ilha. E todos

precisamos de todos. Somos o que forem

as nossas relações. Este sair para fora de

nós mesmos e deixar que os outros possam

entrar dentro de nós é fonte de alegria,

de realização e sinal de maturidade huma-

na.

Na nossa memória afetiva guardamos

aquelas pessoas que foram para nós como

uma luz, nos gestos, sinais ou palavras.

Situações que nos tocaram e marcaram

para sempre. Crescemos nessa relação de

partilha, de amizade e inter-ajuda. De fac-

to, os outros fazem-nos sentir que somos

pessoas, e que amamos e somos amados.

Sem esta experiência afetiva ficamos

fechados na nossa solidão. Daí, ser muito

importante encontrar pessoas que nos

façam sair e viver um êxodo dos desertos

de aridez, do vazio, cansaço ou desânimo,

para chegarmos a ser o que pudemos e

devemos ser aos olhos de Deus. Do deser-

to ao paraíso, do “eu não amado” ao “ser

amado”, do “ser solitário” ao “nós de comu-

nhão” e ao “ser de relação”. E ainda, duma

vida dividida, ou de ser como uma cana agi-

tada pelo vento e andar ao sabor das cor-

rentes, ou do viver em função daquilo que

os outros dizem ou pensam, para uma vida

assertiva e com convicções morais e espi-

rituais.

O Natal é tudo isto e muito mais, porque

o Deus Grande fez-se pequeno, humilde,

criança, amor débil e desprotegido. O

amor rico fez-se pobre, mendigo e deli-

cadeza. Por isso, muitos não O reconhe-

ceram na pobreza de Belém, no silêncio

do estábulo, e outros não O receberam,

pois não havia lugar para Ele na hospeda-

ria (Lc 2, 7), e Ele veio para os seus e os

seus não o quiseram, e as trevas não se

deixaram iluminar pela Luz (Jo 1, 1-18).

Assim, o poder deste Amor que nos ama,

dando-nos o poder de O não amar, em

nada se impõe, mas propõe, não pode dei-

xar de tocar o nosso coração. Natural-

mente que este Amor Belo não deixa de

nos atrair, e essa Luz que brilha sem se

apagar vem a nós para nos iluminar e

aquecer, e de modo particular, quando o

coração está rasgado pela noite do medo,

da incerteza ou da insegurança.

Eis, de novo, esse amor luminoso, sempre

vivo e tão próximo da nossa humanidade,

a bater à nossa porta, neste Ano da Fé.

Aceitá-Lo, deixar-se amar por Ele, fazer

caminho até Ele e com Ele, é dizer, obri-

gado ó Jesus, porque nasceste e nasces

hoje no nosso coração para acenderes em

nós o sonho da nossa divinização.

DESTAQUE:

“Como sabemos,

ninguém é uma

ilha. E todos

precisamos de

todos. Somos o

que forem as

nossas

relações.”

DEZEMBRO 2012

Ano III, Nº1

Instalações 2

3

Natal 5

Noticias das

Salas 6

Curiosidades 9

Entrevista 10

Passatempos 11

Vitaminas 12

Edição Natal

Com o objetivo de dar uma visão geral de como

é o funcionamento e como estão organizadas as

instalações do Centro Social Paroquial de Alfei-

zerão, a nossa visita guiada leva-nos hoje ao

corredor da Creche situado na ala nas-

cente. É nesta zona que se encontram

todas as instalações, devidamente sepa-

radas e equipadas em função das dife-

rentes idades que acolhem e respectiva

especificidade.

A Creche é constituída por 2 Berçários, 2

Salas de 1-2 Anos e 2 Salas 2-3 Anos. O seu

interior foi construído de forma exclusiva para

esta resposta social, possuindo todas as condi-

ções necessárias para receber crianças dos 4

meses aos 3 anos de idade, de acordo com

todas as normas exigidas pelos organismos de

licenciamento.

Os Berçários, com capacidade para 8 bebés

cada, destinam-se à permanência das crianças

de 4 meses até à aquisição de marcha e é cons-

tituído por zonas totalmente distintas: copa de

leites onde se preparam os biberões e as papas

(comum aos dois berçários) zona de repouso,

sala parque equipada com o material e equipa-

mento necessários à estimulação do bebé e

zona de higienização das crianças. Toda esta

área tem comunicação entre si por meio de por-

tas e divisórias envidraçadas, por forma a per-

mitir a observação permanente das crianças.

Aqui dão os primeiros passos, dizem as primei-

ras palavras, esboçam os primeiros sorrisos

num ambiente agradável e acolhedor, onde

podem crescer em segurança.

O espaço físico requer muitos cuidados de limpe-

za e o cumprimento estrito das normas de higie-

ne, já que estamos em presença de crianças que

gatinham, que como é próprio do seu estado de

desenvolvimento, apanham brinquedos do chão e

os levam à boca. Já no espaço de atividades,

estão colocados os tapetes de espuma, interati-

vos, o espelho na parede assim como

Instalações

Centro Social Paroquial de Alfeizerão

Página 2 Ano III, Nº1

espreguiçadeiras. Os bebés são acompanhados

por duas ajudantes de ação educativa em cada

um dos Berçários, sob a orientação de uma

Educadora.

Também no que respeita à alimentação dos

“nossos” bebés, a atenção é constante, sendo

todas as refeições feitas com respeito pela

dieta exigida pela idade e respetivos pediatras.

As Salas de Transição (1 – 2 Anos) têm capa-

cidade para 10 crianças com idades compreen-

didas entre os 12 e os 24 meses. Esta é a sala

para onde transitam todas as crianças com a

aquisição de marcha já completa, mas que ain-

da dependem muito dos adultos.

É uma sala de afetos, de aprendizagem e de

descobertas. Aqui, as atividades de cuidado

pessoal ocupam parte do horário da Creche.

As Salas 2 – 3 Anos têm capacidade para 15

crianças e nelas procura-se proporcionar uma

panóplia de cenários convidativos à exploração

ativa. É a sala onde se aprendem, mantêm e

desenvolvem rotinas e onde as regras e apren-

dizagens ganham novos contornos, contribuin-

do para ajudar as crianças a ganhar segurança

e auto controle. É também aqui que se ultra-

passa uma barreira importante: largar a fralda

e ganhar autonomia.

Estas Salas são dotadas de instalações sanitá-

rias exclusivas para esta valência, com louças

sanitárias adequados a esta faixa etária, zona

de duche e aquecimento.

Todos os espaços que constituem a Creche são

dotados de iluminação natural e aquecimento.

O veículo principal de comunicação entre Pais e

Instituição, consiste num Livrinho

personalizado para os registos diários

O veículo principal de comunicação entre Pais e

Instituição, consiste num Livrinho personalizado para os registos diários necessários, que circula na mochila das

crianças.

OS REBENTINHOS

necessários, que circula na mochila das

crianças. Neste, seguem todos os

comunicados diários, especificando como foi

a rotina durante o período em que a criança

esteve na Creche (informações sobre

alimentação, repouso, higiene, ocorrências

de saúde, entre outros recados relevantes)

permitindo assim aos Pais, acompanharem o

desenvolvimento da criança com precisão.

Os pais utilizam este Livrinho para notificar

qualquer recomendação especial, seja a

administração de remédios, dieta especial ou

qualquer outro tipo de informação/recado.

Deste modo, fomenta-se a ligação entre a

escola e a família e permite-se aos Pais,

conhecer e participar da rotina dos filhos.

A Creche localiza-se em piso térreo e, como

tal, todas as salas possuem acesso direto ao

parque exterior destinado apenas a esta faixa

etária.

Proporcionar às nossas crianças um ambiente

acolhedor, com tempo para afectos e também

para o desenvolvimento psicomotor e cogniti-

vo, é a N/ preocupação fundamental.

Centro Social Paroquial de Alfeizerão

Página 3

Porque sabemos que cada criança é única e

que a primeira infância é determinante no seu

desenvolvimento futuro, respeitamos a sua

individualidade, as suas preferências e o seu

ritmo.

E é também por isso, que a atividade de Músi-

ca e a sua aprendizagem, são estimuladas em

qualquer das idades reconhecido que está o

seu papel fundamental no equilíbrio e no

desenvolvimento do auto controle da criança

em Creche.

Para que esta missão se concretize, na Creche

temos uma equipa cheia de paciência, expe-

riência e muito carinho à espera dos vossos

filhos com o objetivo principal de ajudá-los a

serem felizes e saudáveis.

O trabalho em Creche é bastante vasto, inci-

dindo sobre os aspetos que consideramos fun-

damentais nos primeiros anos de vida: afeto,

relação, amor e brincar!

NATAL...

Centro Social Paroquial de Alfeizerão

Ano III, Nº1 Página 4

Natal é festejar o nascimento de Alguém muito

especial, e que jamais poderá deixar de existir

nos nossos corações.

É com este espírito, que o Centro Social Paro-

quial de Alfeizerão vive a quadra e é também

com o mesmo espírito que organiza a sua festa

de Natal, este ano a ter lugar na 6ª feira, 21 de

Dezembro pelas 15h.

Para que a festa aconteça, tudo é pensado muito

tempo antes, para que o encanto desta celebra-

ção seja de facto transmitido e partilhado por

cada criança; a vontade de viver o Natal, é par-

tilhada por todos os que aqui trabalham e que se

esforçam para transformar esta casa, num lugar

fantástico, repleto da magia do Natal. E é logo

no inicio de Dezembro que a magia acontece!

Tentamos que as crianças compreendam, que o

Natal representa acima de tudo a comemoração

do nascimento do menino Jesus, devendo ser

uma época de enorme alegria e de confraterni-

zação, em que o mais importante é apreciar o

momento em que toda a família se reúne. Numa

sociedade em que os valores parecem cada vez

mais esquecidos, pretendemos relembrar o ver-

dadeiro sentido do Natal, o nascimento do Meni-

no Jesus e o que Este representa.

Explicamos, simultaneamente, a importância de

sermos bons, corretos, solidários, justos, autên-

ticos e de perdoarmos uns aos outros, uma vez

que os valores adquiridos na infância são os que

carregamos durante toda a nossa vida.

Tentamos transmitir-lhes, que o espírito de

Natal é amor, amizade e partilha, e não a quan-

tidade de prendas que temos debaixo do nosso

pinheirinho. Alertamos para a necessidade de

ajudar os que mais precisam, nem que seja atra-

vés de um sorriso, de um beijo, de um abraço,

de um pedaço de pão ou dando os brinquedos

que já não queremos, para que todas as pessoas

possam ter um presente à sua espera.

Decerto que Educadores de Infância, já com

alguns anos de profissão e experiência, reco-

nhecem que o Natal encerra uma mistura de

sentimentos muito específicos; todos são

contagiados pela magia desta quadra, para lá

de todos os problemas e dificuldades que a

sociedade e as famílias estejam a viver neste

momento.

Também é verdade, que a publicidade e os

meios de comunicação social não deixam nada

ao acaso e são as crianças as primeiras a cap-

tarem os sinais da proximidade do Natal. Só

nos resta deixarmo-nos levar por essa onda

de entusiasmo, fantasia, brilho e cor e viver-

mos o Natal com todo o nosso coração.

Mas Natal que é Natal, pouco será para estes

meninos se não houver um Pai Natal, “um velhinho gordo de barbas brancas.”

A ocasião é aproveitada para sensibilizar as

crianças para a questão do dinheiro, da

necessidade de poupar e economizar.

Através das atividades relacionadas com

esta época, as crianças têm a oportunidade

de se envolver e participar nas decorações

natalícias da respetiva sala, procurando

explicar que até mesmo em relação aos pre-

sentes não é o valor monetário que mais inte-

ressa, mas sim a intenção e tudo o que é fei-

to com dedicação, gosto e carinho.

Um Santo Natal e um Ano de 2013 repleto de

Graças para todos e cada um de vós, espe-

rando que a magia do Natal entre em cada

casa traçando um sorriso em cada criança

são os votos do CSP de Alfeizerão para todas

famílias, leitores e amigos da Instituição.

Que a Paz e a Tolerância predominem nos

nossos/vossos corações neste Natal e no Ano

Novo que se aproxima. Vamos partir deste

mundo da fantasia (e do consumo) para o

desenvolvimento de atitudes e valores como

a Amizade, o Carinho e a necessidade de par-

tilharmos com os outros.

Boas Festas

Olá!

Nós somos os mais pequeninos do Centro,

somos do Berçário 1. Somos 4 meninas e 4

meninos. O mais pequenino tem 10 meses e

os colegas maiores têm 16 meses.

Este ano temos uma novidade na nossa Sala.

A Profª Tânia vem cá uma vez por semana

dar-nos “música.” Nós ficamos muito quieti-

nhos a ouvir o que ela tem para nos ensinar

e também gostamos de “tocar” os instru-

mentos que ela nos empresta; mas não pen-

sem que é fácil ficarmos assim quietinhos

porque ainda somos pequeninos….o que nos

vale é a Edite e a Carla para nos ajudar e

Noticias das Salas: BERÇÁRIO 1

Centro Social Paroquial de Alfeizerão

Página 5 OS REBENTINHOS

nós gostarmos muito das canções e das

músicas.

Somos pequeninos

Não sabemos falar

Mas gostamos de bater palminhas

E de dançar.

SALA 1-2 ANOS

Os meninos da sala mista (1 e 2 anos), não

quiseram deixar de vivenciar o Outono. As

professoras começaram por lhes proporcio-

nar uma verdadeira festa com música e

folhas secas de plátano, que esvoaçavam

por toda a sala para seu delírio.

Depois ouviram uma história simples de um

ursinho que perdeu o seu chapéu por causa

do vento do Outono que varria as folhas das

árvores. Para finalizar, ao longo de todo o

mês de Novembro, fizeram trabalhos de

expressão plástica alusivos a esta estação

do ano (ouriço do castanheiro, ouriço-

cacheiro e árvores do Outono) em que tive-

ram que pintar as suas mãos e dedinhos e

realizar rasgagem e colagem de folhas

secas de árvore.

Noticias das Salas: SALA 2 ANOS

Centro Social Paroquial de Alfeizerão

Página 6 OS REBENTINHOS

Na nossa escolinha Festejamos o S. Martinho

Comemos castanhas Bebemos suminho

… mas também festejamos o “Pão por Deus”.

Pelo Pão por Deus reunimo-nos no Salão com os meni-nos das outras salas, para ouvir a história do Pão por Deus.

“Quando em 1755 houve o terramoto, Lisboa ficou destruída, então as pessoas mais pobres e cujas casas ficaram destruídas, iam de porta em porta e pediam: - um pão, por Deus”. Algumas crianças contaram como passaram este dia indo elas próprias de casa em casa com uma saqui-nha, claro que já não pedem pão mas esperam que lhe dêem doces ou goluseimas, não por necessidade

SALA 3 ANOS

A nossa sala é a dos 2 anos. Somos 11 meninas e 7 meninos que gostam muito de brincar, de aprender e de fazer pequenas malandrices.

Na escolinha, a Rute e a Caty ensinam-nos muitas coisas, e assim estamos a ficar uns meninos muito crescidos e desenvolvi-dos. Ensinam-nos a ser mais autónomos, por exemplo: já conseguimos comer sozinhos utilizando a colher (mas gostamos muito mais quando são elas a darem-nos a comida à boca…); já quase todos sabemos dizer quando necessitamos de ir à casa de banho e sentamo-nos na sanita sozinhos; já conhe-cemos melhor as regras da sala (arrumar a sala depois de brincar, sentar para ouvir a história e para comer o pão…) e também já sabemos e gostamos muito de ajudar os colegas quando eles precisam, entre muitas outras coisas.

E as nossas conversas? Já falamos tanto! Conversamos bastante com os ami-guinhos e com a Rute e a Caty, e elas por vezes riem-se muito do que nós dizemos.

Agora falando de trabalhinhos… somos muito interessados e habilidosos, ficamos mesmo felizes quando vimos materiais e coisas novas para experimen-tar. As nossas amigas crescidas gostam que sejamos nós a fazer quase tudo sozi-nhos (quando é possível) e deixam-nos explorar as coisas, mas vigiam-nos e aju-dam quando é preciso. Já experimentámos e desenvolvemo-nos a desenhar, pintar com as mãos e pincéis, colar, rasgar, entre outras atividades.

Já fizemos a decoração da nossa sala. Gostam?

Muitos beijinhos de Feliz Natal e

Bom Ano Novo para todos!

mas pela graça de manter uma tradição de partilha que tem passado de pais para filhos. Ouvimos também a Lenda de S.Martinho, e aprendemos que afinal há outro S.Martinho, sem ser a praia onde nós vamos no verão! Este S.Martinho era um soldado muito bom que com a sua espada cortou a sua capa ao meio para poder agasalhar um pobre mendigo num dia de tempestade. No fim desta boa ação, eis que a chuva parou e apareceu um sol radioso. Desde então, quando faz sol por esta altura, nós dizemos que é o verão de S Martinho. Aprendemos muitas coisas na nossa esco-linha!

Centro Social Paroquial de Alfeizerão

Página 7 OS REBENTINHOS

Os meninos da sala dos quatro anos têm

como tema do projecto aprender ajudando

e no âmbito deste tema recebemos a visita

de dois agentes da Guarda Nacional Repu-

blicana no dia 16 de novembro.

Fizemos muitas perguntas e aprendemos

muitas coisas, como por exemplo: quando

andamos de carro temos de estar sempre

sentados nas cadeiras apropriadas ao nos-

so tamanho e peso e os pais não podem

falar ao telemóvel enquanto conduzem por-

que podem provocar um acidente. Também

aprendemos como devemos andar na rua

em segurança: andar pelos passeios; dar

sempre a mão a um adulto e passar a

estrada sempre na passadeira!

Noticias das Salas: SALA 4 ANOS

SALA 5 ANOS

Na sala dos 5 anos já estamos a viver a

magia do Natal. Sendo assim, os meninos vão

contar o que andamos a fazer para comemo-

rar esta época festiva.

Olá, nós somos os meninos dos 5 anos

e já começamos a fazer alguns trabalhinhos

de Natal. Fizemos um boneco de neve, bor-

dámos uma árvore de Natal que enfeitámos

e também pintámos a carta ao Pai Natal.

Depois dissemos à Cila dois presentes que

gostávamos de receber para ela escrever na

carta. A Cila pediu moedas aos nossos pais,

para irmos aos correios levar a carta. Então,

numa manhã fomos a pé até aos correios

entregar a carta e a moeda a uma senhora

que lá estava.

Agora esperamos que o Pai Natal seja nosso

amigo e nos ofereça algum dos presentes

que pedimos.

Os meninos dos 5 anos, a Cila e a Andreia

desejam a todos um Feliz e Santo Natal.

Portámo-nos tão bem que os senhores

agentes prometeram voltar no verão para

realizar uma atividade na rua!

Ao contrário do que muita gente pensa,

a árvore de Natal é muito antiga e profunda-

mente cristã. Sabem porquê? Porque ela sim-

boliza Cristo que é a verdadeira árvore da Vida

e que na madeira de uma árvore, a Cruz, foi

crucificado para nos salvar. As velas que anti-

gamente iluminavam o pinheiro do Natal e que

hoje foram substituídas por lâmpadas elétricas

significam também que Jesus Cristo é a luz do

mundo.

Dantes, há 8 ou 9 séculos, penduravam-

se-lhe nos ramos frutos verdadeiros em lem-

brança da árvore do Paraíso terrestre, e mais

tarde surgiu o costume de a enfeitar com

pequenos bolos brancos simbolizando a Euca-

ristia. Tempos depois esses bolos foram tam-

bém substituídos por outros representando

estrelas, sinos, pequenas árvores.

Agora enfeitam-se com bolas de cores,

em vidro ou plástico, mas nem por isso a árvo-

re perdeu o seu significado religioso.

Curiosidades: História da Árvore de Natal

Centro Social Paroquial de Alfeizerão

Página 8 Ano III, Nº1

Ele não é o velhote gorducho, vestido de

encarnado que aparece por aí nas lojas, nos

desenhos e a trepar às varandas.

Ele é afinal um disfarce do S. Nicolau,

que esse sim, existiu, era um bispo de Mira,

uma cidade da Turquia, um senhor muito bondo-

so, sempre pronto a ajudar todos os que eram

pobres.

Por isso é que na Holanda, na Alemanha e

na Rússia quem vem dar os presentes às crian-

ças não é Pai Natal nenhum, é o São Nicolau que

se festeja no dia 6 de Dezembro.

E se repararem bem qual é o nome que

também em língua inglesa se dá ao tal velhote

de encarnado é exatamente Santa Claus, que é

a abreviatura de Santo Nicolau.

Vestido de encarnado como os cardeais

(que são bispos) e o carapuço lembra a mitra

com que os bispos cobrem a cabeça.

E quem é o Pai Natal?

Centro Social Paroquial de Alfeizerão

Página 9 Ano III, Nº1

1 - Dados em forma de apresenta-ção que considera importantes:

Chamo-me Maria Margarida Canha,

nasci em Alcobaça e aos 11 anos emi-

grei para os Estados Unidos com os meus pais onde

fiz o curso de Política Social. Regressei a Portugal

10 anos mais tarde. Desde a minha infância que que-

ria ter esta profissão… ajudar pessoas fascinava-

me!... Quando fiz o meu primeiro estágio com crian-

ças em situação de risco e vínculos familiares dis-

funcionais, fiquei deslumbrada: passar da teoria à

prática e entender, na realidade, o que é ser Assis-tente Social…

Em 1990 comecei a trabalhar no CSP de Alfeizerão.

Nos primeiros tempos, reconheço que foi um pouco

difícil a integração; encaixar-me nas dinâmicas da

Instituição e ganhar o meu espaço enquanto me

foram atribuídas as funções de Diretora Técnica,

não foi fácil, mas também foi, em simultâneo, um

percurso recheado de experiências e conquistas.

Trabalhar no que se gosta, é uma bênção. Gostar do

nosso trabalho é uma arte.

2 - Há quantos anos trabalha nesta Instituição?

Trabalho na Instituição há 22 Anos.

3 - Num olhar de memória, conte-nos algum acontecimento que mais a marcou ao longo destes anos de trabalho.

Naturalmente que ao longo destes anos muitos acon-

tecimentos surgiram, uns bons, outros menos bons.

O facto de saber, que frequentaram e frequentam

esta Instituição, crianças que já passaram e estão a

passar por tipos de sofrimento ao qual não deveriam

estar sujeitas, entristece-me profundamente.

Acompanhar crianças com histórias de vida chocan-

tes e, sentir a impotência decorrente do facto, de

que na maioria das vezes, a solução não está nas

nossas mãos, é altamente perturbador e desgastan-

te. E o mais difícil para os que lidam com contextos

como este, é gerir a carga emocional, mantendo o

distanciamento e fronteiras profissionais necessá-

rios. Ainda assim, o N/ esforço é o de tentar pro-

porcionar à criança uma continuidade da sua vida

familiar. Pretendemos que “Aqueles que passa-ram e passam por nós, não vão sós, não nos deixem sós, deixem um pouco de si, levem um pouco de nós!.”

4 - Neste tempo de crise, qual a sua inquieta-ção? Partilhe uma mensagem de esperança:

As minhas inquietações não mudam com o contex-

to; quando se deseja um mundo distinto, mais jus-

to, menos individualista e mais solidário e com

respeito pela diversidade, sabe-se a imensidão e

quase impossibilidade do que se deseja… ainda

assim e sabendo bem, das enormes provações a

que o actual contexto económico está a sujeitar

tantas famílias, é um acto de fé acreditar no ser

humano e na capacidade que muitos têm, para em

circunstâncias adversas, darem o melhor de si aos

outros.

Acredito que há que continuar a construir o cami-

nho, trabalhando, inovando, divulgando e parti-

lhando experiências. Tenho perfeita consciência,

de que tenho a responsabilidade de fazer algo

para melhorar a vida das pessoas, sobretudo das

crianças/utentes/clientes com quem diariamente

trabalho.

A curiosidade e a alegria das crianças, o desejo

de aprender e criar, a forma como acreditam e

agem para a construção de um mundo melhor,

sempre foi a nossa maior motivação. E é também,

para aqueles que com elas trabalham de perto, um

motivo para, com crise ou sem ela, ter continua-

mente esperança no futuro.

Sabemos que o conhecimento se processa em

cadeia e de forma cíclica e, temos a certeza de

que as nossas Crianças, Famílias, Pais, Educadoras,

Colaboradores e Parceiros são também as nossas

fontes de aprendizagem, numa troca contínua.

Pessoalmente, a minha história é também feita,

da história que vivi com cada uma das crianças e/

ou dos Pais que passaram nesta Instituição e

acredito firmemente que todos, sem excepção,

somos parceiros nesta missão nem sempre fácil,

porém, maravilhosa, que é a missão de educar.

Série de Entrevistas:

Centro Social Paroquial 26 Funcionários

Preparação: Pique as frutas e deixe-as a macerar com o vinho do Porto (deixe algumas inteiras para enfeitar). Dissolva o fermento de padeiro em 1 decilitro de água morna, junte a 1 chávena de fari-nha e deixe a levedar em ambiente temperado durante 15 minutos. Entretanto bata a margarina, o açúcar, e as raspas de limão e laranja, junte os ovos (batendo um a um), e a massa de fermento. Quando tudo estiver bem ligado adicione o resto da farinha e o sal. Amasse até ficar elástica e macia e misture as frutas. Molde a massa numa bola, polvilhe com farinha e tape a massa com um pano, deixando levedar num ambiente temperado durante 5 horas. Depois da massa dobrar o volume, ponha sobre um tabuleiro e faça-lhe um buraco no meio. Deixe levedar mais uma hora. Pincele o bolo com gema de ovo, enfeite com frutas cristalizadas inteiras, torrões de açúcar, pinhões, meias-nozes, etc, e leve a cozer em forno bem quente. Depois de cozido, pincele o bolo-rei com geleia diluída num pouco de água quente.

Tal como programado, no dia 17, fomos até à Pada-ria Cinderela aprender a fazer Bolo Rei. Participa-mos e cada um fez o seu bolo. Foi um dia diferente, doce e divertido. Deixamos aqui o nosso obrigado a quem nos ensinou a fazer e ofereceu o bolo que confecionámos. Sugestão de receita…

Bolo-Rei

ingredientes: 750 g de farinha 30 g de fermento de padeiro 150 g de margarina 150 g de açúcar 150 g de frutas cristalizadas 150 g de frutos secas 4 ovos raspa de 1 limão raspa de 1 laranja 1 decilitro de vinho do Porto 1 colher de sobremesa de sal

Receitas: SALA DOS 5 ANOS: Queijada de Leite

Centro Social Paroquial de Alfeizerão

Ano II, Nº3 Página 10

Preparação: Misture os ovos com o açúcar e

os restantes ingredientes, depois vai ao forno

numa forma redonda sem buraco untada com

manteiga e polvilhada com farinha.

Um dia de manhã, nós os meninos dos 5 anos

fomos para a cozinha da nossa escolinha fazer

umas bolinhas de salame para a ”venda amiga”.

Assim, partimos as bolachas em pedacinhos

pequeninos, a Cila e a Andreia juntaram todos

os ingredientes e fizemos as bolinhas.

A Cila e a Andreia também fizeram uma

queijada de leite que devia ser muito saborosa.

Depois vendemos as nossas bolinhas de salame

e a queijada aos nossos pais, avós e aos dos

outros meninos que andam na nossa escolinha.

Foi um dia muito divertido.

Receita da Queijada de Leite

Ingredientes:

4 ovos

1 Pudim Baunilha Boca Doce

150 g de farinha

0,5 Kg de açúcar

0,5 L de leite

Raspa de limão

SALA DO CATL: Noticia Doce - Bolo Rei

Mensagens de Natal: A lenda da Befana

Centro Social Paroquial de Alfeizerão

Ano II, Nº3 Página 11

Passatempos: Sopa de Letras: encontra as 10 palavras relacionadas com o Natal

Desde então, a Befana viaja pelo mundo,

observando o rosto de todos os meninos na

esperança de encontrar Jesus.

No Natal, deixa presentes para cada menino

bom, esperando que um deles seja Jesus.

A lenda fala de uma velhinha que, ao saber

do anúncio dos anjos, não pôde sair para a

noite fria com os pastores para ir visitar o

Menino Jesus.

De manhã, preparou um cesto de presentes

para o Menino e foi visitá-lo à gruta, mas

encontrou-a vazia.

B P R E S É P I O K

R A D S U G P A J D

M S B T S E O J N G

T T U R E I S E A X

H O I E J O S É L N

D R G L M B G F M S

R U M A T D Q V B I

M A R I A T U M P N

U C F H M E N I N O

A Direção do Centro Social Paroquial deseja a todas as crianças que frequentam a nossa Ins-

tituição, seus pais e Encarregados de Educação, bem como a todos os amigos, benfeitores e

funcionários um Santo e Feliz Natal e um abençoado ano de 2013

Natal

No amor que serve,

No perdão que cura,

Na justiça que aproxima,

Na palavra que humaniza,

Na alegria que contagia,

No fogo que purifica,

E no beijo do Deus menino

Que nos chama à fé.

SANTO NATAL

e ABENÇOADO ANO

DE 2013

O NASCIMENTO DE JESUS

E, quando eles ali [em Belém], se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz e teve

o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver

lugar para eles na hospedaria. (Lc 2, 6-7).

Começamos o nosso comentário a partir das últimas palavras desta frase: «por não haver

lugar para eles na hospedaria». A meditação, na fé, destas palavras encontrou nesta afirma-

ção um paralelismo íntimo com as palavras, cheias de profundo conteúdo, que temos no

«Prólogo» de São João: «Veio para o que era seu, e os seus não o receberam» (Jo 1, 11). Para

o Salvador do mundo, Aquele para quem todas as coisas foram criadas (cf. Cl 1, 16), não há

lugar.

«As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde

reclinar a cabeça» (Mt 8, 20). Aquele que foi crucificado fora da porta da cidade (cf. Heb

13, 12) também nasceu fora da porta da cidade.

Tudo isto nos deve fazer pensar, nos deve recordar a inversão dos valores que se verifica na

figura de Jesus Cristo, na sua mensagem. Desde o seu nascimento, Jesus não pertence àquele

ambiente que, aos olhos do mundo, é importante e poderoso• e contudo é precisamente este

homem irrelevante e sem poder que Se revela como o verdadeiramente Poderoso, como Aque-

le de quem, no fim de contas, tudo depende. Por conseguinte, faz parte do tornar-se cristão

este sair do âmbito daquilo que todos pensam e querem, sair dos critérios predominantes,

para entrar na luz da verdade sobre o nosso ser e, com esta luz, alcançar o justo caminho.

(Joseph Ratzinger, Bento XVI —”Jesus de Nazaré”)

«Não temais, pois anuncio-vos

uma grande alegria, que o será

para todo o povo: hoje, na cidade

de David, nasceu-vos um Salvador,

que é o Messias Senhor. Isto vos

servirá de sinal: encontrareis

um menino envolto em panos e

deitado numa manjedoura.» (Evangelho de São Lucas, 2, 10-12)

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