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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
CONTOS DE FADAS, HISTÓRIAS E ESTÓRIAS QUE NINGUEM NOS CONTOU
Autora Sonia Maria Tassi Garcia
Orientadora: Suely Leite
Resumo
A leitura do texto literário no Ensino Médio é, sem dúvida, um dos muitos
desafios a ser enfrentado pelo professor de Língua Portuguesa. Promover a
leitura como um encontro especial entre obra e leitor é oferecer aos alunos a
oportunidade de descobrir as múltiplas faces da linguagem, é um convite à
liberdade de expressão. Este artigo mostra o resultado do projeto desenvolvido
com alunos 1º ano do Ensino Médio, do colégio Geremias Lunardelli,
localizado no município de Grandes Rios. O projeto teve como objetivo
oportunizar aos alunos a redescoberta dos contos de fada e a metodologia
escolhida foi o método recepcional criado em 1988, pelas pesquisadoras Vera
Aguiar e Maria da Glória Bordini e depois publicado na obra Leitura: a formação
do leitor (alternativas metodológicas), cuja edição usada nesse artigo é a de
1993. As autoras, ao estudarem a Teoria da Estética da Recepção, proposta
Hans Robert Jauss e seus colegas da Escola de Constança, no final da década
de 60, formularam o método recepcional indicando um percurso de leitura
divido em cinco etapas, sendo elas: determinação, atendimento, ruptura,
questionamento e ampliação do horizonte de expectativas. Ao final do projeto
os alunos adquiriram um conhecimento sobre as diversas fontes e versões dos
contos de fadas já conhecidas por eles, além de identificarem o contexto de
produção dessas obras.
Palavras-chave: leitura; contos de fadas; método recepcional; Ensino Médio
INTRODUÇÃO
Um dos problemas mais constatados entre os professores de Língua
Portuguesa diz respeito à leitura. Em alguns níveis de ensino ela aparece de
forma prazerosa e instigante, geralmente no início da educação básica. Talvez,
porque naquele momento, os textos propostos encantem as crianças por
trabalhar, em sua maioria, com um componente fundamental nessa fase da
vida: a fantasia. Por isso, não é difícil conseguir a adesão dos alunos pequenos
para as rodas de leitura, para a hora do conto.
Porém, quanto mais o aluno avança em seus estudos, mais ele recua na
aceitação da leitura. Esta passa a ser um fardo, um castigo, uma
obrigatoriedade. E quando se entra em contato com alunos do Ensino Médio,
essa rejeição à leitura torna-se ainda mais perceptível. Aí, a escola entra em
um impasse: reconhece a importância de formar leitores e reconhece também
a dificuldade em cumprir com tal tarefa.
Outro ponto bastante preocupante, mas ainda concernente à leitura é a
qualidade desta. O que é ler? E de que forma a leitura pode desenvolver o
espírito crítico e a cidadania do aluno? Como encontrar textos e métodos que
aproximem o aluno da leitura? Enfim, são inúmeros os questionamentos e
poucas as respostas.
Durante os anos que trabalhei com Ensino Médio, no colégio Geremias
Lunardelli, em Grandes Rios, questionei junto a alguns alunos o porquê da
ausência do gosto pela leitura e eles responderam que nos livros literários
propostos a linguagem utilizada não é interessante por se tratar de termos
antigos, usados há muitos anos, a exemplo temos os textos escritos por Eça de
Queiros, Machado de Assis entre outros, que apresentam uma linguagem e
uma realidade que os jovens não praticam hoje.
Então, temos um paradoxo: inicialmente os alunos parecem não
gostarem de ler, porém como explicar o número expressivo de vendagens de
livros que tem se tornado fenômeno cultural atualmente?
Assim constatamos que muitos adolescentes se tornaram habilidosos e
fluentes leitores de livros muito extensos, edições com quatro volumes.
Tomamos como exemplo o interesse pela saga Crepúsculo (Twilight) – 2005,
Lua Nova (New Moon) – 2006, Eclipse (Eclipse) – 2007, Amanhecer
(BreakingDawn) – 2008, todos da autora Stephenie Meyer.
Diante da leitura de um desses volumes, alunos tentam adivinhar o que
virá na edição seguinte. Essa constatação deixa em aberto algumas
indagações, a nós professores: o que levaria os adolescentes a gostar tanto
dessas obras?
Uma das minhas hipóteses é que esse tipo de livro tem algo muito em
comum com os contos de fadas: a mocinha indefesa em perigo, o herói
apaixonado, o vilão e vários obstáculos a ser vencidos e um final feliz
garantido, dado ao fato de ser uma obra de ficção.
Então, pode-se observar que esses livros retratam a construção de um
modelo conservador clássico na sociedade em que o amor regenera o mau
para que o bem vença e os amigos são fieis. Tais situações também estão
presentes nos contos de fadas.
Na saga o Crepúsculo (MEYER, 2005) isso acontece, e deixa nossos
jovens leitores empolgadíssimos com a leitura, pois anseiam saber dos
próximos acontecimentos. Nesse tipo de narrativa o amor é totalmente
incondicional, rompe qualquer barreira pela felicidade até o objetivo ser
alcançado. Essa estrutura é semelhante a dos contos de fadas tradicionais.
Talvez, os clássicos da literatura de Língua Portuguesa destoem desse
modelo narrativo, principalmente os romances da escola realista, em que não
há finais felizes e a vida apresenta-se com suas dificuldades, seus percalços.
O nosso leitor deixando a infância para trás, já um adolescente, é
intimado a ler autores ligados à realidade histórica do país (Brasil, Portugal,
etc). Muitas vezes, esses textos apresentam uma realidade dura e severa,
como por exemplo, Eça de Queiros ou Machado de Assis com as mulheres
assassinadas em seus romances.
A leitura se torna, então, uma atividade árdua. E diante desse
descompasso entre obra e leitor, esperar o quê? A protagonista sofre o livro
inteiro, se divide entre paixões, pobreza, humilhações, é julgada pela cor e no
final não se tem expectativas de um final feliz. Já nos contos de fadas, universo
próprio da infância, o amor vencia tudo e a todos. Esse final feliz, depois de
tantos obstáculos, estão sendo retomados nessas sagas contemporâneas em
que tudo acaba bem.
Na escola, com os adolescentes, é preciso pensar em trabalhar a leitura
de forma agradável e eficiente. Para isso, optou-se nesse projeto por retomar,
junto aos alunos, um gênero literário conhecido e que tenha despertado neles,
em algum momento da vida, uma experiência prazerosa de leitura. No caso, o
gênero escolhido foi o conto de fadas.
IMPORTÂNCIA DA LEITURA
Os teóricos que estudam a arte literária discutem há séculos o conceito
da literatura infanto-juvenil: uma literatura destinada ao público infanto-juvenil,
diferente das outras obras literárias, pois o leitor ainda está em um processo de
formação. É o momento em que esses leitores estão em formação e
geralmente, guardam os contos de fadas como os precursores no seu processo
de formação de leitor, mas de alguma forma esse apreço à leitura se rompe
com a entrada para o ensino médio.
O professor pode indagar-se porque o aluno leria um livro nos dias de
hoje, pois o mercado está cheio de opções nas quais crianças e adolescentes
são seus principais alvos. A TV, cinema, vídeos contam histórias com riquezas
de detalhes visuais, em minutos, o que levaria horas para ser descrito em um
livro, sem contar que esses não apresentam, em sua maioria, fundos musicais,
sonoridades, efeitos especiais.
Sobre essa questão a pesquisadora Regina Michelli defende a leitura do
material impresso, os livros, apesar de tal concorrência:
...descortina-se um novo mundo mediado pela palavra
impressa, acompanhada ou não de imagens, encantando
leitores. Ler é viajar- na emoção, na curiosidade, no
conhecimento, na aprendizagem, no prazer... Ler é
produzir sentido...para si , para o mundo, para a vida.
(Michelli, 2012 pag.26)
A leitura é vista como caminho viável a ser percorrido pelos alunos. Por
meio dela é possível despertar a criticidade do leitor, levá-lo a estabelecer
hipóteses, ampliar o poder de questionar o que lhe é imposto, oportunizar a
análise do contexto social e das ideologias expressas nos textos.
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica, documento norteador do
ensino no Paraná, criado em 2008, e doravante denominado de DCEs,
apontam que o objetivo da leitura é:
propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leve o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Sob esse ponto de vista, o professor precisa atuar como mediador, provocando os alunos a realizarem leituras significativas [pois] somente uma leitura aprofundada, em que o aluno é capaz de enxergar os implícitos, permite que ele depreenda as reais intenções que cada texto traz. (DCEs, 2008, p. 71)
A leitura então, é considerada uma atividade que precisa ser mediada e
o professor é o mediador no processo da inserção do aluno no mundo da
leitura. Assim, ele torna-se um cúmplice, encoraja o aluno a mergulhar no
mundo de aventuras encontradas nos livros, ajuda-o a descobrir um mundo
mágico encontrado nos contos de fadas, a viver personagens, imaginar,
sonhar, provocar os mais diversos sentimentos (ódio, amor, alegria, medo)
além de encorajá-lo a expor suas ideias referentes aos assuntos retratados nas
obras por ele lida.
Também nos Parâmetros Curriculares Nacionais, criado em 1997,
documento norteador do ensino no Brasil, encontramos a seguinte concepção
de um aluno leitor:
O aluno deixaria de ser um mero expectador ou reprodutor de saberes discutíveis. Apropriando-se do discurso, verificaria a coerência de sua posição. Dessa forma além de compreender o discurso do outro, ele teria a possibilidade de divulgar suas ideias com objetividade e fluência. (PCNs, 2000, p.9. )
O caminho para se alcançar o a formação do leito ideal é longo. Mesmo
depois de nove anos de formação, o professor encontra muitos obstáculos no
ensino médio, pois detecta o distanciamento dos seus alunos diante da leitura.
Esses veem o ato de ler como um castigo, um processo cansativo e longo já
que tem ao seu dispor os meios de comunicação de fácil acesso, os resumos,
as resenhas prontas, enfim mecanismos com os quais ele poderá dispensar a
leitura integral de um texto.
A internet é também uma forte aliada no preterimento à leitura, pois para
um leitor ainda em formação o meio proporciona facilidades, tudo é encontrado
sem nenhum esforço mental, tudo está pronto e decodificado, o oposto da
literatura que lhe exige tempo, decodificação e um processo mental de
fabulação. Então, o que fazer com a leitura no meio escolar?
Acredita-se que em sua maioria, a escola é o único lugar onde os alunos
terão acesso a conteúdos pertinentes a sua formação, conteúdos estes que
são de extrema necessidade para desenvolver a personalidade deste aluno,
enquanto cidadão responsável.
Ezequiel Theodoro da Silva, em seu livro “Leitura na escola e na
biblioteca” (1993), aprofunda a discussão das condições de produção da leitura
na sociedade, dando ênfase ao trabalho pedagógico realizado por professores
e bibliotecários. Assim, a escola torna-se o local para a formação do gosto e do
hábito de ler e, para que o leitor possa se envolver na atividade de leitura, ele
precisa compreender o que está lendo, para tanto, deve contar com o suporte
de um mediador, que por sua vez, deve ter uma paixão contagiante pela leitura,
para que possa também contagiar o seu leitor.
Se pensarmos na leitura como uma atividade capaz de libertar os
horizontes de um leitor, devemos também pensar na releitura. Segundo o
filósofo francês Voltaire, como consta em blogs sobre a educação, “perigoso
não é o homem que lê, é o que relê”. Isso acontece porque uma releitura
amplia as muitas possibilidades ocultas em um texto, proporciona ao leitor uma
avaliação minuciosa. A releitura é capaz de aguçar a criticidade do leitor, o
diálogo com o texto, a interação entre obra e autor. E é com o foco na releitura
dos contos de fadas que propusemos esse trabalho.
MÉTODO RECEPCIONAL
A teoria da Estética da Recepção surgiu na década de sessenta por
meio dos estudos dos teóricos ligados à Escola de Constança, centro
universitário alemão, liderados pelo estudioso Hans Robert Jauss, sendo uma
corrente teórica que vem dando resultado no trato da formação do leitor de
obras literárias.
Segundo Jauss, o trabalho com a leitura, por meio da estética da
recepção, se dá a partir de textos que colaborem para a formação e
assimilação dos conhecimentos dos alunos. Segundo o autor, cada texto que
surge “não se apresenta como novidade absoluta num espaço vazio, mas, por
intermédio de avisos, sinais visíveis e invisíveis, traços familiares ou condições
implícitas, que predispõem seu público para recebê-la” (JAUSS, 1994, p.28).
Essas leituras feitas previamente despertam lembranças de
conhecimentos já existentes para auxiliar no processo de aquisição do
conhecimento. Além disso, ensejam expectativas no leitor, antecipando seu
horizonte de compreensão e determinando sua postura emocional, com relação
ao que virá posteriormente.
A partir desta teoria, as pesquisadoras brasileiras Maria da Glória Bordini
e Vera Teixeira Aguiar desenvolveram o Método Recepcional que tem como
base teórica a Estética da Recepção. Tal método vem recebendo boa acolhida
por parte dos professores, visto que está contribuindo para a melhoria do
processo de formação do leitor que passa a ser visto como coautor, uma vez
que será estimulado a dar sentido ao que lê, por meio de sua imaginação e
experiência pessoal e de sua vivência com outros textos.
Conforme Bordini e Aguiar (1993), as etapas do Método Recepcional
são:
Determinação do horizonte de expectativas;
Atendimento do horizonte de expectativas;
Ruptura do horizonte de expectativas;
Questionamento do horizonte de expectativas;
Ampliação do horizonte de expectativas.
A partir dos interesses imediatos dos alunos, o professor apresenta
textos de maior profundidade, ampliando seu universo cultural, de forma
dinâmica, ao colocá-lo diante do familiar e do novo, do próximo e do distante no
tempo e no espaço, rompendo assim com sua acomodação e exigindo uma
postura reflexiva e crítica em relação à sua existência.
Para as estudiosas Bordini e Aguiar (1993), a Estética da Recepção
como método de ensino pode contribuir para uma maior sistematização dos
estudos da literatura por parte dos professores. Por meio da ampliação dos
“horizontes de expectativas” dos alunos, é possível perceber a democratização
da leitura e a formação do leitor crítico, visto que o método recepcional funda-
se na atitude participativa do aluno em contato com os diferentes textos.
Escolhemos esse método para trabalharmos a leitura literária, e tivemos
como objeto dessa leitura, os contos de fada. Nossa escolha se pautou por
serem esses textos próprios para um trabalho de releitura e ainda por poder
resgatar o prazer da leitura que pode ter acompanhado esses alunos durante a
sua infância, quando tiveram os primeiros contatos com os contos de fadas.
Para contemplar o método recepcional de Bordini e Aguiar (1993) foi
feita uma pesquisa sobre o interesse dos alunos por determinados tipos de
leitura em sua infância e os contos de fadas surgiram como um dos interesses
apresentados pelos alunos. (Anexo l).
As respostas dadas a essas primeiras pesquisas, nos deram a ideia do
conhecimento prévio que os alunos tinham sobre essa temática. Assim,
iniciamos a nossa sondagem sobre o horizonte de expectativas que os alunos
tinham. Em um segundo momento, foi apresentada aos alunos a oportunidade
de lerem vários livros de contos de fadas e também surgiu o questionamento
sobre o significado dessas leituras: teriam os mesmos significados quando do
primeiro contato com esses textos na infância? (Anexo ll).
A etapa seguinte do método consistiu no atendimento ao horizonte de
expectativas dos alunos, proporcionando à classe as leituras que
contemplassem suas necessidades. Foram propostas atividades em que os
alunos conheceram várias versões de um mesmo conto de fada, puderam
analisar o contexto de produção desses textos e de maneira isso poderia
contribuir para as diferentes versões encontradas.
Nessa etapa, os alunos tiveram a oportunidade de realizar pesquisas na
internet, como por exemplo, contos de fadas escritos por Irmãos Jacob e
Wilhelm Grimm, assim como versões do francês Charles Perrault. De acordo
com o método recepcional, é preciso permitir o acesso e experiências com os
textos que satisfaçam as necessidades dos leitores. Na atividade anterior os
alunos tinham feito somente uma leitura superficial sobre os contos lidos, não
fizeram questionamentos sobre os acontecimentos ocorridos nos contextos,
sem aprofundamento em sua leitura. (Anexo lll).
Já nessa atividade buscamos mostrar as várias possibilidades de
leituras sobre o mesmo tema; as configurações do mesmo conflito, os dados
explícitos e implícitos em cada versão. Os alunos perceberam que as histórias
têm versões variadas, pois o fato de terem sido contadas oralmente, em
sociedades e épocas diferentes, também contribuiu para diferentes versões
dos enredos. O conto de fadas é um gênero literário claramente definido por
alguns elementos característicos. Esse gênero é divertido, pois transporta
seus leitores a outro mundo, em que a magia é real. A frase mais comumente
relacionada a esse gênero é "Era uma vez" e “Viveram felizes para sempre”.
Nos contos de fadas também encontraremos, Heroína; Herói; Antagonista;
Elementos mágicos; Seres sobrenaturais; Onde e quando se passa o conto;
Conflito; Solução do conflito; Recompensa recebida no final do conto.
Buscamos, ainda, a partir da leitura, relacionar os problemas sociais
tematizados nas histórias infantis, relacionando-os com os tempos atuais, o
que despertou o interesse dos adolescentes, pois conflitos românticos, amores
impossíveis, príncipes encantados e bruxas más são imagens do
subconsciente que podem ser recuperadas na alusão aos problemas e
dificuldades que os alunos encontram hoje, na adolescência. Essa motivação
despertada no trabalho com as histórias possibilitou a troca de informações e
opiniões, criando situações de aprendizagem colaborativa e promovendo a
construção do conhecimento sobre especificidades do texto literário e da
estrutura de uma narrativa.
Para que ocorra a ruptura do horizonte de expectativas do aluno, é
necessário, segundo Bordini e Aguiar (1993), que o professor apresente textos
e atividades de leitura que balancem as certezas e costumes dos alunos.
Assim, para contemplar essa etapa, foi sugerido aos alunos a leitura de um
capítulo do livro A psicanálise dos contos de fadas do psicólogo austríaco
Bruno Bettelheim, escrito em 1977 em que o autor mostra as situações, as
motivações psicológicas dos personagens dos contos infantis. Para o
psicólogo, os contos de fadas além da função de entretenimento, apresentam
significados emocionais e uma simbologia que se instaura no inconsciente do
leitor. Para ele, essas narrativas contribuem de forma significativa para o
enfrentamento da vida do leitor, pois alicerçam as experiências emocionais
deste, através dos enfrentamentos que os personagens apresentam nos textos
e posteriormente a identificação do leitor a esse ou aquele personagem.
É característico dos contos de fadas colocarem um dilema existencial de forma breve e categórica. Isto permite a criança aprender o problema em sua forma mais essencial. [...] o conto de fadas simplifica todas as situações. Suas figuras são esboçadas claramente e detalhes a menos que muito importante, são eliminados. Todos os personagens são mais típicos do que únicos. (BETTELHEIM, 2012, p.15).
Com esses esclarecimentos sobre o ponto de vista do autor do livro,
propusemos então uma nova leitura dos contos de fadas lidos por eles
anteriormente, e percebemos que houve por parte dos alunos um olhar
diferente aos personagens, aos conflitos e as análises que tinham feito até
então. Essas atividades aguçaram a curiosidade dos alunos em procurar mais
análises feitas por outros estudiosos sobre os contos de fadas. De acordo com
as autoras Bordini & Aguiar (1993), o objetivo das atividades nessa etapa é que
o aluno compare o seu conhecimento atual, sobre o tema proposto, com os
conhecimentos apresentados anteriormente, antes dessas leituras.
Os alunos fizeram uma análise sobre os textos já lidos e compararam a
percepção que tinham desses textos com a exposta por Bruno Bettelheim.
Depois foi solicitado que eles expusessem de maneira oral, as dificuldades
encontradas durante a leitura dos textos.
A atividade seguinte foi a da realização de um debate, em que uma
turma se posicionou a favor da visão não psicanalítica dos contos de fadas e
outra turma defendeu a teoria de Bruno Bettelheim. Ambas trabalharam na
elaboração de argumentos favoráveis ou não a visão que defendiam. (Anexo
lV).
A última fase do método recepcional chamada de ampliação do
horizonte de expectativas, segundo Bordini e Aguiar (1993), é resultante das
relações estabelecidas entre literatura e a vida dos alunos. Aqui a proposta foi
a elaboração de um conto de fadas, leitura e avaliação do mesmo, pois o
mesmo seria encenado e apresentado à comunidade em uma mostra
pedagógica. ( Anexo V).
Na leitura dos textos surgiram elementos da atualidade que foram
amalgamados aos elementos dos contos de fadas, como por exemplo, o
bulling, a tecnologia, amores não correspondidos, políticas educacionais, entre
outros, enfim, heróis vilões dos reinos encantados de suas adolescências.
Contribuições das Discussões do GTR
O Grupo de Trabalho em Rede (GTR) é um momento condescendente à
participação do professor no Programa de Desenvolvimento Educacional
(PDE). O professor da rede estadual de educação tem a oportunidade de
desenvolver um grupo de estudo virtual, no qual somos tutores.
Com duração de 64 horas, desenvolvido aproximadamente em dois
meses, o curso divide-se em três temáticas, mais um módulo de avaliação final.
As temáticas são destinadas à socialização das diferentes etapas do Projeto de
Intervenção Pedagógica, da Produção Didático-Pedagógica e da
Implementação da Proposta na Escola, respectivamente.
Nesse momento da discussão percebeu-se que muitos colegas não
conheciam o método recepcional e o projeto tornou-se a possibilidade de novos
conhecimentos e de um caminho a mais para o trabalho com a leitura de textos
literários, o que se tornou uma oportunidade para estudo e troca de
experiências entre os professores da rede que participaram do GTR.
Com a apresentação da intervenção pedagógica os professores
comentaram suas dificuldades em relação ao trabalho com a leitura de obras
literárias no ensino médio.
Nos Fóruns e Diários propostos no ambiente virtual, discutiu-se a
Produção Didático-Pedagógica proposta, que foi bem aceita pelo grupo.
A terceira temática, versando sobre a implementação da proposta na
realidade escolar, coincide, em parte, com a etapa de aplicação do projeto
junto aos alunos. Desse modo, tem-se uma contribuição direta e concomitante
dos professores da rede à ação prática desenvolvida, pois estes contribuíram
com sugestões e avaliações das atividades propostas.
As opiniões manifestadas pelos professores da rede estadual que
participaram deste grupo foram muito semelhantes, pois em suas citações no
fórum relataram que trabalhar os contos de fadas, da forma proposta,
buscando versões e aprofundamento dos fatos nos contextos históricos, e
utilizando o método recepcional, seria uma forma diferenciada de buscar uma
releitura crítica e de fazer o aluno ver a leitura de forma prazerosa e instigante.
Os professores dialogaram expondo suas angústias da realidade da
escola pública e se dispuseram e fazer a implementação da proposta em suas
escolas.
A conclusão que chegamos durante as atividades no ambiente virtual é
sobre a responsabilidade do professor em despertar nos alunos o interesse
pela leitura. Às vezes, uma nova abordagem, um novo método são capazes de
fazer da leitura um momento iluminado, de troca de experiências, de aquisição
de novos conhecimentos, um momento de construção de significados, de
lapidação das relações entre professor e aluno. Tudo isso pode contribuir para
a busca de uma prática pedagógica motivadora.
Considerações Finais
Ao realizar a proposta do Programa de Desenvolvimento Educacional
(PDE) procurou-se desenvolver uma proposta de leitura de contos de fadas no
ensino médio, pautada no método recepcional.
As atividades realizadas permitiram, ainda, o exame das intervenções
envolvidas na história que parodia outra história, por meio de omissões,
acréscimos, inversões, substituições e outros recursos. O método recepcional,
trabalhado em suas cinco etapas, fez com que os alunos tivessem mais
intimidade com a leitura, buscassem mais informações sobre fatos, versões
para justificar suas aspirações nas leituras feitas anteriormente, julgadas por
eles mesmos, tão superficiais.
Ao finalizar o presente estudo, ficou clara a necessidade de buscar
outras metodologias para o trabalho com a leitura literária no ensino médio.
Saber ler consiste em uma das competências mais importantes a ser
desenvolvida.
No desenvolvimento e aplicação do GTR, os professores da rede
estadual postavam as mesmas dificuldades, mas nos diálogos compartilhamos
possíveis soluções e experiências em sala de aula, o que enriqueceu esse
trabalho. Na sequência da implementação da proposta em sala de aula,
percebeu-se claramente como foram superadas as dificuldades iniciais
apresentadas pelos alunos, durante suas leituras e todo esse processo de
forma prazerosa e instigante.
REFERÊNCIAS
BETTIO, Maíra Althoff de. Análise de chapeuzinho vermelho por Bruno Bettelheim. Disponível em: <http://www.infoescola.com/literatura/analise-de-chapeuzinho-vermelho-por-bruno-bettelheim>. Acesso em: 5 out. 2013. BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2012. BORDINI, Maria da Glória & AGUIAR, Vera Teixeira de. Literatura: a formação do leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Livre, 1993. GREGORIM, José Nicolau. Leitura Infantil em gêneros. São Paulo: Editora Mundo Mirim, 2012 JAUSS, Hans Robert. A história da literatura como provocação à teoria literária. Tradução de Sérgio Tellaroli. São Paulo: Ática, 1994. MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. 19. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994
MEYER, Stephenie. Amanhecer. São Paulo: Intrínseca, 2009a. ______. Crepúsculo. São Paulo: Intrínseca, 2005. ______. Eclipse. São Paulo: Intrínseca, 2009b. ______. Lua nova. São Paulo: Intrínseca, 2008.
PARANÁ. Diretrizes curriculares de Língua Portuguesa para a educação básica. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação, 2008. PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Línguagens, códigos e suas tecnologias. Secretaria da Educação l, Ministério da Educação. Brasília, 2000. SILVA, Ezequie, Theodoro da. Leitura na escola e na biblioteca. 4. ed. São Paulo: Papirus, 1993.
Anexo l
Fizemos com os alunos a atividade abaixo, uma pesquisa sobre
o interesse em relação a leitura, onde o conto de fadas surge em
todas as respostas analisadas. Como mostra esta atividade, heróis,
príncipes, princesas, vilões, magia, norteia as memórias destes
leitores, mas também fica claro a atual falta de leitura dos mesmos
em questão, como no resultado da maioria das outras respostas
obtidas nesta atividade.
Anexo ll Os alunos tiveram facilidades para fazer a atividade abaixo, pois foi divertido rever os contos, relembrar fatos familiares que ocorriam na hora da leitura, questionamentos que faziam aos pais, mas busquei instigar a uma leitura mais detalhada, levei-os a observar às atitudes dos personagens diante dos perigos, desafios encontrados, as soluções mágicas, o impossível na realidade e se impossível, porque. O resultado foram respostas simples, mais ricas em conteúdos para posteriores atividades e questionamentos.
Anexo lll Nesta atividade ficou claro o alcance do objetivo, pois de acordo o método
recepcional, busca-se permitir o acesso e experiências com os textos que satisfaçam as
necessidades dos leitores, pois na atividade anterior acredita que os alunos tenham
feito somente uma leitura superficial sobre os contos lidos, não fazendo nenhum
questionamento sobre os acontecimentos ocorridos nos contextos, sem
aprofundamento em sua leitura, nesta atividade buscamos mostrar as varias
possibilidades de leituras sobre o mesmo assunto, o que esta explicito e implícito no
texto, assim como as varias possibilidades de recontar uma mesma historia do
decorrer dos tempos, influenciados pelo ambiente em que é escrita. Além desta
pequena atividade os alunos fizeram muitas outras anotações, este é apenas um peque no
exemplo do que foi feito.
Os alunos fizeram em seus comentários a situação da moça ser abandonada pelo seu amado, estando grávida, o fato de seus pais terem colocado ela em uma masmorra, buscando assim contextualizar estes fatos coma época que o conto foi escrito, e relacionando com a situação das jovens que viviam na época.
Anexo lV Nesta atividade propomos a leitura de outro texto que pode ter em comum com o primeiro texto: o assunto, o gênero, a exposição da seqüência das idéias ou uma oposição radical a tudo que o aluno já conhecia a respeito deste tipo de texto. Ajudei os alunos a desvendar os sentidos que o texto podia apresentar além do seu contexto histórico. A visão de Bruno Bettlheim, sobre estes contos, analises nunca feita pelos alunos, um olhar diferente e explicito sobre os personagens, analisamos, suas atitudes, onde trabalhamos a criticidade do aluno sobre os contos.O resultado foi muito bom, os alunos não paravam com as leituras e pesquisas, pois queriam desvendar segredos implícitos em todos os contos, algo que passou despercebido por eles a vida toda, as ligações que Bruno Bettlheim faz com a realidade dos jovens leitores era comum a todos, queriam se identificar com os personagens de alguma maneira.
Anexo V A atividade abaixo foi proposta para auxiliar a atividade final, possibilitou os alunos a fazerem um ótimo trabalho, infelizmente não tenho no presente momento as peças corrigidas para postar, mas estou anexando abaixo as primeiras versões das produções dos alunos, o fruto deste trabalho foi apresentado na mostra pedagógica na cidade de Grandes Rios por dois dias, com três sessões diárias, onde sempre o público aplaudia os alunos, pois abordaram de acordo com suas realidades temas diversos, como bullying nas escolas, Cyberbullying, status social, família, discriminação racial, entre outros. Alunos, nesta aula buscaremos relacionar estes personagens conflitos, dramas, textos
semelhantes e atuais, que seguem os mesmos caminhos para serem escritos. Esperamos
que vocês referenciem textos atuais independentes de formas transmitidas, por leitura,
tv. Em seguida, com a turma dividida em grupo, produzirão novas versões para o(s)
texto(s) selecionado(s). Estes textos serão apresentados a turma, e os alunos escolherão
o texto mais interessante, e o transformarão em diálogo para montarem uma peça de
teatro, este teatro será ensaiado e apresentado a comunidade escolar como finalização
deste trabalho. Para facilitar este trabalho daremos alguns passos para nortearem esta produção, pois o
conto, geralmente, é uma narrativa curta e linear contendo, com início, meio e fim, de
um episodio com a participação de um número limitado de personagens. Deve-se
contar este fato, episodio com uma certa graça, para seduzir, encantar, enredar o leitor
na história. Sua linguagem busca despertar a curiosidade do leitor, sendo chamada de
linguagem literária, o que é diferente da linguagem objetiva da informação veiculada,
por exemplo, em uma notícia de jornal. O conto deve apresentar os seguintes momentos da narrativa: Situação inicial (equilíbrio) – Apresentação das noções de tempo e espaço da narrativa;
descrição da situação como habitualmente vivem os personagens principais. Conflito ou complicação – Introdução de um problema na história, quando um fato ou
uma situação nova muda a trama. O desenvolvimento da narrativa envolve a
intensificação do problema apresentado anteriormente. Os personagens principais são
envolvidos em situações diversas e obrigados a agir, a lutar com todas as forças para
que a paz volte a reinar. Ponto alto ou clímax – Momento de maior tensão na narrativa. Nessa etapa da história,
o personagem principal entra em confronto direto com o mal e luta com todas as forças
para restaurar a paz ou conseguir o que deseja. Desfecho – Finalização do enredo. Momento em que se procura solucionar o conflito. Em toda narrativa, identificamos quatro grandes estágios: situação inicial,
complicação, clímax e desfecho.
Lembre-se que para facilitar a produção do seu conto precisamos seguir alguns passos
com alguns personagens.
• Heroína; • Herói; • Antagonista; • Elementos mágicos; • Seres sobrenaturais;
• Onde e quando se passa o conto; • Conflito; • Solução do conflito;
• Recompensa recebida no final do conto;
Releia sua história, avaliando-a, levando em conta as questões da ficha
de avaliação que segue abaixo. Refaça a sua história a partir dessa avaliação. Utilize
essa ficha toda vez que fizer uma história ou um conto.
Questionário
1. O texto está adequado ao objetivo de um conto?
2. O texto está adequado ao(s) destinatário(s)? (ou seja, o seu professor, ou, aos
possíveis leitores?)
3. No início do conto há uma indicação clara do título?
4. A escolha da voz do narrador está adequada na história?
5. A escolha dos personagens está adequada na história?
6. A situação inicial da história está clara no texto?
7. O conflito ou complicação ficam evidentes no texto?
8. O ponto alto ou clímax da história está claro?
9. O desfecho da história está claro? Ou seja, fica evidente como o personagem
resolverá o problema na história?
10. O tempo em que as ações ocorrem no texto está evidente?
11. O uso de palavras ou expressões para marcar o tempo na história está adequado?
12. O espaço onde as ações ocorrem no texto fica claro?
13. O uso de palavras ou expressões para marcar o espaço na história está adequado?
14. As ações, ou o enredo, estão claras no texto?
15. O uso dos verbos em relação às ações de cada personagem, conforme os momentos
que acontecem na história, estão adequados ao gênero conto?
16. É possível perceber um elemento transformador no texto?
17. A descrição dos personagens é compreensível no texto? Ou seja, é possível entender
suas características?
18. A descrição dos lugares onde a história acontece é compreensível? Ou seja, é
possível entender suas características?
19. O vocabulário utilizado está adequado ao gênero conto?
20-Não há problemas de pontuação, frases incompletas, erros gramaticais, ortográficos,
etc.?
TEATRO
“Príncipes e Princesas, conflitos na adolescência”
SINOPSE: Príncipes e princesas retratam que nos tempos encantados de magias, também
encontravam dificuldades nos relacionamentos e, sendo a adolescência, um momento de conflito,
torna-se necessário para o amadurecimento. Manhã: 10h35min, Tarde: 15h00min, Noite: 20h55min
Narrador: Era uma vez, na cidade de Colserford, havia um colégio chamado Hogwards. No primeiro dia de aula, os alunos do 1º ano reuniram-se para ir a uma festa de boas vindas.
Branca: Aí gente! Hoje vai rolar uma festinha lá em casa. Quero todos lá às 08h00min.
Fada: Branca você vai chamar aquela criatura ali?
Branca: Quem?
Fada: Aquela guria ali.
Branca: Ah, fica de boa, eu vou chamar, mas vou armar uma trata que vai dar bom.
Fada: Que treta?
Branca: Fica tranqüila, tu vai ver.
Ariel: E aí, meninas, já viram o novo aluno do colégio?
Branca: Não, quem é?
Fada: Bonito?
Ariel: Aquele ali.
Branca: Nossa é um filé, hein?!
Fada: Não minha filha, aqui é um colégio, não um açougue.
Branca: É que eu entendo de carne, essa é Friboi.
Ariel: Você tem que saber mesmo, porque os 7 anões devem ter ensinado esses “paranauês” para você né?
Branca: Olha minha filha vou te contar, os anões são os melhores quando se fala de “paranauê”.
Fada: Branca conta aí a treta que você está armando.
Branca: Bom, meninas. Resolvi fazer uma trolagem, mas vou precisar de vocês.
Ariel: Agora desembucha.
Branca: Soube que ela gosta do Eduardo então vou convencê-lo a pedir para ficar com ela.
Ariel: Que Eduardo?
Branca: Aquele que eu peguei semana passada.
Fada: Aquele que falou que você tinha bafo?
Branca: Ah minha “Fia”, o bafo dele era tão forte que tenho certeza que o dente de leite não caiu, deve ter azedado.
Ariel: Mas o que tem haver o garoto com o bafo da Branca?
Branca: Bom, vou pedir para ele dar umas cantadas nela.
Ariel: “Sê” acha que ele vai aceitar?
Branca: Sim, vou pedir ué.
Fada: Gente, aquela guria parece um dragão, nem São Jorge dá conta, “sê” acha que ele vai aceitar?
Branca: Claro que vai gente, aí quando ela for beijá-lo vai levar um tremendo de um fora!
Ariel: Nossa, vai ser “top” demais o fora que ele vai dar naquela Baranga.
Narrador: Chegada à noite, os preparativos para a festa já estavam prontos, os convidados chegando, muita comida, bebida e a música agitando a noite. Tudo estava correndo bem até que...
Branca: Meninas, o Eduardo topou, agora só falta a Ogra chegar.
Ariel: Acabei de consultar minha “Nikki” e a Ogra chegou.
Branca: Vamos lá cumprimentar o Shrek do pântano.
_Oi Fiona, tudo bem?
Fiona: Tudo e vocês?
Branca: Ah, sabe como é né, tamo só no saracutam.
Fiona: O que é isso?
Branca: Ah é só uma porção que tem um pouco de pé de aranha, unha de sapo e olho de peixe.
Fiona: Credo! Nem lá no pântano tem isso, mas dá um pouco desse negócio.
(Eduardo chega e cumprimenta)
Eduardo e Kelvin: Oi Gatinhas!
Meninas: Oiiii
Eduardo: Quero um pouco desse saracutam.
Branca: Opa! É desses que eu gosto.
Kelvin: Oi te vi no colégio hoje, mas não me lembro do seu nome, como é mesmo?
Ariel: Ah? Ariel. “Vê” se não esquece hein?
Kelvin: Ah esquecer? O nome de uma moça tão linda assim, não!!! Ah, vamos dançar? ...
Eduardo: E aí princesa, tem namorado?
Fiona: Não e você?
Eduardo: Não, mas você, uma garota tão linda, solteira? (só Deus sabe o porquê)
Fiona: Solteira...não cai na real to encalhada mesmo, não sei porque ninguém me quer.
Eduardo: Porque será né?
Fiona: Sou de boa, de mais pra qualquer um.
Eduardo: Ainda bem que não sou qualquer um.
(Fiona vai dar o beijo)
Eduardo: “Sê” ta louca? Acha que eu iria beijar um bicho do mato?
Fiona: Mas você queria!!!
Eduardo: Cai na real, você é tão feia que quando o Caipora te vê é perigoso sair correndo.
Fiona: Mas quer sabe nem sei o que vi em você, tantos príncipes aqui estão me querendo ...o que vi em você?
Eduardo: Ha, ha , só essa lindeza toda aqui!
Fiona: Ha, ha, ha... Piá, você é tão feio que quando nasceu o médico ligou para o padre desesperado e falou: “_padre apocalipse, o filho da besta nasceu”.
Eduardo: Ah, e você é tão feia que nem a cuca ta querendo te pegar.
Fiona: Só todos os meninos que me virem.
Eduardo: Eles saem correndo com medo né?!
Fiona: É claro, tudo com medo de se apaixonar.
Eduardo: Então vou embora, antes que esse feitiço ratazana me pegue!
Fiona: Nossa, não sei por quê ele faz isso: c, eu sou tão linda, minha mãe sempre me fala isso...
(Plateia: ô cai na real, sua mãe só pode ser cega!)
Fiona: O que? Uma voadora?
Eduardo: Não, essa princesa é bem diferente de você sua Ogra.
Fiona: Quer saber? Fica com essa barata cascuda aí, eu vou embora.
Narrador: No dia seguinte, todos do colégio começaram a comentar sobre o que havia acontecido na festa. Os alunos zoaram a garota e a deixaram isolada como sempre, mas desta vez ela estava sendo vítima de “Bullying”.
Fada: Gente, fiquei sabendo o que aconteceu na festa.
Ariel: Pior você não viu?
Fada: Não, sabe como é, tava atrás do príncipe maravilha.
Branca: Quem?
Fada: O Felipe do terceiro ano, mas não sei o que aconteceu, ele não está me ligando, nem mandando sms.
Branca: Vai ver está sem crédito.
Ariel: Nossa gente cai na real, ele só te pegou e jogou fora!
Branca: Relaxa amiga, o importante é que ficou com aquele gatinho.
Ariel: O importante é ficar e o sentimento nada?
Branca: Claro, se você se entrega completamente para uma pessoa, ela só sabe te magoar.
Ariel: Você está se entregando muito ultimamente né?
Branca: Bela indireta, mas vou continuar assim.
Fada: É mesmo Branca, você só quer saber de ficar, mas está preocupada com o amanhã.
Ariel: Dom, dom, dom... as mina de 14 tá tudo fazendo ultrassom.
Branca: Já ouvi, já chega!
Narrador: No decorrer dos dias, Ariel e o príncipe Kelvin foram se comunicando por meio do “mirai nikki” e o príncipe foi conquistando sua princesa aos poucos, até a jovem se deixar levar pelos sentimentos que já estava nutrindo pelo príncipe.
Kelvin: Ariel, se você gosta de mim então prova.
Ariel: Hum? Como assim?
Kelvin: Me manda uma foto seria capaz?
Ariel: Depende de que tipo de foto.
Kelvin: Ah, você sabe né, sensual...
Ariel: Não posso mandar.
Kelvin: Então está bom, daqui em diante me esqueça.
Ariel: Não! Eu preciso de você... eu mando essas fotos.
Narrador: Apesar de todas as tentativas de fugas, Ariel acaba se iludindo, achando que o Kelvin sentia algo por ela, mas na verdade era apenas uma ilusão. Ele só queria se aproveitar da jovem moça. Assim, depois que seu objetivo foi alcançado, resolveu postar as fotos no mirai nikki e assim todos do colégio estavam compartilhando as fotos e fazendo piadas. Na manhã seguinte...
Branca: Amiga eu não acredito que você fez isso!
Ariel: Isso o que?
Branca: A foto!
Ariel: Eu não acredito que ele fez isso.
Branca: Amiga, nem eu sou capaz de fazer isso, agora você. Quando eu vi, não
acreditei.
Ariel: Deixa eu ver as fotos no mirai nikki.
Branca: Onde você estava com a cabeça?!?!
Ariel: No mundo da lua. Estou apaixonada por aquele mentiroso.
Branca: Olha só, seu príncipe canalha está chegando.
Ariel (revoltada): Seu ornitorrinco, o que você fez com as fotos que eu te mandei?
Kelvin: O quê? Sua provinha de amor?
Ariel: É!
Kelvin: Postei no mirai nikki pra todo mundo ver e todos estão adorando e compartilhando.
Ariel: Ah! Você destruiu a minha vida, e eu acreditei nesse joguinho de sedução. Realmente, o
que eu sou pra você?
Kelvin: Você é apenas um rostinho lindo, que eu já usei e tô jogando fora!
Ariel: Jogou fora?
Kelvin: Não! Na real, curti e compartilhei.
Ariel: Some da minha vida, eu te odeio garoto.
Narrador: Com o decorrer dos dias, as fotos de Ariel foram cada vez mais acessadas, a garota estava sendo alvo de “bullying” e suas amigas a estavam ignorando. Ela, decepcionada com seu príncipe, ficou cada vez mais angustiada com sua vida. Alguns dia depois, foi se aproximando de Fiona, a garota que ela e suas ex-colegas odiava. Assim ela pode perceber que os verdadeiros amigos são aqueles que estão sempre ao nosso lado, independente de aparência ou estado financeiro, onde o que realmente importa é o caráter.
Any: Fiona, agora eu vejo o quanto eu era má com você.
Fiona: Por quê?
Ariel: Eu te maltratava, só pelo fato da sua aparência.
Fiona: Amiga, fica de boa. Passou.
Ariel: Com eu sei que você é uma pessoa boa, minha melhor amiga, eu posso quebrar o seu
feitiço.
Fiona: Sério? Como? Quem é que eu vou beijar?
Ariel: Bom! Achar um cavalheiro que possa te beijar seria impossível!
Fiona: mas, então você pretende?
Ariel: Bom, fui eu e as meninas que fizemos feitiço para você, e eu posso quebrar!
Fiona: sério? Então tá. Eu confio em você.
Ariel: Pronta? Orcruz de lá-veba! Aqui está o espelho de ramon. Você está linda!
Fiona: Ahh! Obrigada. Estou muito contente por você ter me ajudado. Não sabe como isso é
importante pra mim
Ariel: Importante? Hum! Por quê? Está afim de conquistar o príncipe prá você?
Fiona: Sim.
Ariel: Vai em frente amiga, e mostra para aquele Eduardo que o mundo dá voltas.
Fiona: Pode deixar amiga. Agora é que ele vai vir que nem um boizão atrás, mas eu vou
mostrar que eu sou a toreira e gora eu vou fazer ele de bobo. Kkk
Narrador: Depois que o sonho de Fiona foi realizado, ela estava muito confiante em si. As
duas amigas voltaram ao colégio juntas, de cabeça erguida. E, assim foram conquistando as
amizades das pessoas, aos poucos. Fiona encantou o filho do diretor, e assim ela e seu novo
cavalheiro começaram uma nova vida juntos. Branca se casou com o rei da Eslovênia e teve 3
filhos. Viveram felizes até que o dinheiro acabe. Agora, Ariel foi estudar medicina na faculdade
de Haward, nos Estados Unidos. Agora, antes de se mudar pra tão sonhada cidade, ela foi
resolver um assunto pendente...
Kelvin: Olá Ariel, vim me despedir de você.
Ariel: Ah, sim. Vou em busca de realizar meus sonhos.
Kelvin: Será que alguém lá conhece a sua fama?
Ariel: Acho que não, mas se souberem? E daí?
Kelvin: Se eu fosse você, teria vergonha, isso sim.
Ariel: Quer saber me cansei de você.
Kelvin: O que vai fazer? Vai me bater?
Ariel: Não, vou te dar o que você merece, uma mulher que te ame.
Kelvin: Não precisa, eu já encontrei várias nessa minha vida.
Ariel: Igual a essa não “ziriguidum”.
Narrador: E assim, termina esse conto de fadas, agora poderemos observar, que nessa vida,
temos nossas escolhas e sabemos que em cada escolha temos as consequências.
E você? É você! Depois de assistir essa peça, qual é a sua escolha para sua vida? Pense bem,
pois ainda há tempo para mudar de ideia.
Kelvin: Oi Ariel, fiquei sabendo que você vai embora.
Any: Vou, vou fazer a minha faculdade, realizar meu sonho.
Kelvin: Olha, eu acho que essa história de medicina é falsa.
Any: Não compreende? Por quê?
Kelvin: Ah, fala sério até os Americanos conhecem sua faminha de “meretriz”.
Giovanna: É sério mesmo o que o povo está falando Ariel?
Any: O que Branca?
Giovanna: Está o maior bafafá que você vai embora seguir carreira de “meretriz”.
Any: Não, mas é claro que não, vou realizar meu sonho, vou fazer medicina.
Giovanna: Ainda bem, pois nunca faça isso, olha a minha vida, 3 filhos, um casamento infeliz, pense muito bem antes de cada escolha sua, pois a vida não te dá a segunda oportunidade e o direito de voltar atrás e refazer sua escolha.
Any: Não Branca, eu não vou ser meretriz nenhuma.
Kelvin: Ah que peninha, ninguém vai ver mais suas fotinhas?
Any: Não, olha, como eu não sou uma pessoa má, vou dar uma recompensa por tudo aquilo que você fez, não só comigo, mas com as outras princesas.
Kelvin: Recompensa? Eu preciso de alguma coisa que venha de você? Se toca princesinha meretriz. Kkkk....
Any: Precisando ou não, está aí sua recompensa...”ziriguidum”
Any: E no final, o príncipe não era aquilo que eu sonhav, ou talvez acreditava. E os contos de fada? Nem sempre acaba como desejamos. Olha o príncipe Eric escolheu tanto que ficou com uma belezura dessas.
“A magia do amor nos contos de fada”
SINOPSE: O amor vence a ambição e supera a maldade da madrasta, o verdadeiro amor salvará nossos
heróis? Venham conferir.
Manhã: 09:40,Tarde: 14:00, Noite: 20:00
Narrador: era uma vez … um príncipe muito charmoso, bonito e muito rico, entre tanto, ele tinha um defeito e não conhecia o verdadeiro amor, tinha um coração de pedra. Mas mesmo assim, tinha uma princesa chamada Encantada que era apaixonada por ele, mas ninguém sabia, a não ser o Gênio, seu amigo a quem ela contava todos os seus segredos. (Entre Gênio conversando com Encantada) Gênio: Ai Encantada, se eu fosse você desistia daquele príncipe Diniz, que só pensa em dinheiro e nada mais. Encantada: não é bem assim, você nem conhece ele, no fundo ele tem um coração bondoso. Gênio: então depois não diga que não avisei, mas como sou seu amigo vou te ajudar... aah lembrei, tenho o que você precisa em meu bolso, um perfume magico que faz qualquer um se apaixonar. Encantada: Nossa Gênio era tudo o que eu precisava, muito obrigado vou colocar em minha bolsa, vamos dar uma volta agora? Gênio: Vamos! Narrador: E Encantada sem perceber deixou o perfume magico cair no chão, para nossa tristeza veio a Madrasta de Bela Adormecida e pegou o perfume. Madrasta: (Risos maléficos) Olha o que eu encontrei, um perfume encantado que faz pessoas se apaixonar, vou dar esse presentinho para minha enteada Bela Adormecida. Narrador: então a madrasta chegou a casa dela, e a Bela Adormecida ainda estava dormindo, a madrasta deixou o perfume magico em cima da penteadeira e acordou a jovem. Madrasta: acorda Bela Adormecida você tem um baile hoje...
Bela Adormecida: um baile? Madrasta: sim, e o príncipe Diniz vai ir nesse baile e quero que você o acompanhe. Bela Adormecida: mais quem é? Nem conheço ele. Madrasta: mais vai conhecer, ele é um príncipe charmoso, bonito e muito rico, você vai adorar conhece-lo. Bela Adormecida: mais não quero conhecer nenhum príncipe, eu gosto do Gênio e é com ele que quero ficar. Madrasta: mais sera que você não entende bela, ele é pobre e você precisa de um príncipe rico, como o Diniz. Bela Adormecida: tá, já que não tenho outra escolha, vou me arrumar. Narrador: enquanto Bela Adormecida se arrumava para o baile, Gênio e Encantada passeavam pela rua, até quando Encantada percebeu que tinha perdido o perfume, e voltou até o lugar onde estava, mais não o econtraram e Encantada ficou muito triste. Encantada: nossa e agora, o que devo fazer Gênio, perdi o perfume mágico. Gênio: vish, não sei mais como posso ajuda-la, esqueça isso, vamos no baile comigo, já que não é possível ir com a Bela Adormecida. Narrador: todos se arrumam e vão para o baile. Chegando lá, a madrasta apresenta o príncipe Diniz a princesa Bela Adormecida. Madrasta: olá príncipe Diniz, essa é minha enteada Bela Adormecida, tenho certeza que se darão bem. Bela Adormecida: ola príncipe Diniz como vai? Diniz: ola princesa Bela Adormecida estou bem obrigada e você como vai? Bela: bem obrigada. Diniz: gostei muito de você, acho que você é tampa da minha panela. Bela: também gostei de você. Narrador: então sobre o efeito do perfume, Diniz e Bela Adormecida se apaixonaram e Gênio nada bobo, percebeu que tinha algo errado com os dois, ele comentou com Encantada. Gênio: tem algo errado com a Bela Adormecida e o Diniz, estou sentido o cheiro do perfume que lhe dei e acho que a Bela Adormecida esta usando e fez com que os dois se apaixonassem. Encantada: tem como quebrar esse feitiço? Gênio: apenas com a troca de olhar do amor verdadeiro. Encantada: então vai la e quebre o feitiço. Gênio: mas e seu chegar la e ela não gostar de mim? Encantada: eu tenho certeza que ela gosta de você.
Gênio: então eu vou, mas a Madrasta da Bela Adormecida ela não gosta de mim. Encantada: eu distraio ela. Narrador: enquanto a Encantada distraia a Madrasta, Gênio foi falar com Bela Adormecida. Gênio: Bela Adormecida preciso falar com você. Diniz: espere ela está comigo, o que esta fazendo aqui? Gênio: nada, só preciso falar com a Bela Adormecida. Narrador: Gênio explica o que esta acontecendo, e se declara para a Bela Adormecida. Gênio: o que esta acontecendo é um engano, você esta enfeitiçada por um perfume magico que fez com que você e o príncipe Diniz se apaixonassem e o feitiço só se quebra com o amor verdadeiro, então olhe bem em meus olhos. Narrador: Gênio da um beijo em sua amada e quebra o feitiço. Bela: obrigada por não desistir do nosso amor, sem ti nada seria, você é o amor da minha vida, mas tem um problema com faremos para juntar a Encantada e o Diniz? Gênio: vai buscar a encantada e eu busco o Diniz. Bela: tá bom. Narrador: e os dois ao se olharem profundamente se apaixonaram. Madrasta: isso esta errado, minha filha tem que se casar com o Diniz. Encantada: mais de jeito nenhum o Diniz é MEU. Diniz: isso mesmo meu amor sou só seu. (os dois saem de cena) Bela: agora essa minha madrasta vai ter o que merece. Narrador: sem que todos vissem a Bela Adormecida passou o perfume magico em um mendigo que estava no baile e a madrasta se apaixona por ele. Madrasta: vira príncipe vira príncipe ( enche de beijos) Narrador: Diniz se casou com Encantada e foram morar em um castelo. E Gênio se casou com Bela Adormecida e teve dois filhos e tinha uma vida simples mais eram felizes. E a madrasta? Aaah a madrasta, espera até hoje que o mendigo vire príncipe encantado.
FIM!
Princesas no Divã” Alunos: Alunos do 1º A SINOPSE: Como fica a vida de nossas princesas e príncipes depois de viveram felizes para sempre?
Será que tudo ficou em perfeita harmonia, ou depararam-se com problemas corriqueiros do dia a
dia? Ficaremos sabendo das respostas na sala de terapia da doutora Malévola, uma bruxa que
descobriu que a melhor forma de ver o sofrimento alheio é sendo a terapeuta desta nobreza. Venham
conferir “Princesas no divã”, juntamente com seus príncipes , uma forma divertida e atrapalhada de
aprender. Felizes para sempre, nem em contos de fadas! Manhã: 11:00,Tarde: 15:30, Noite: 21:25 entra no cenário uma bruxa linda Dra. Malévula
Beatriz Prachedes:Malevula
Hoje é dia de terapia em grupo, vou ter que escutar todas aquelas garotas reclamando,
falando, insatisfeitas, pensando que o mundo é um conto de fadas, saudade de quando
eu falava apenas com você meu espelho e você respondia, agora trocaram você por esta
tal tecnologia, whatzap, Face, sorte que você é muito esperto e arrumou este codinome
de Google, engana todo mundo.
Giovanna: Hora da Branca de Neve
Olá querida bruxa aposentada, como vai, alguma cirurgia plástica nova em sua cara
velha?
Malevula:não amor, sempre que penso nisso, lembro como os anos são generosos
comigo, e injusto com você, fico piedosa, me redimo e conformo, mas e os anões como
Vão?
Branca de Neve:Esperando crescer, onde sento aqui? A propósito a beleza aqui é
genética tá.
Malevula:É ai, vamos aguardar as próximas, veja quem é! Pequena Sereia (Any
Leslei), Seja bem vinda querida, como vai o mar morto?
Pequena Sereia; Vivo, kkkk, sabe agora não moro mais lá, pois meu príncipe chegou
em casa muito feliz e um pouco alcoolizado, e perguntou o que eu faria se tivesse ganho
na loteria, juntamente com todo o oceano pacifico, e eu muito irritada respondi_
Largava de você, e procurava um marido rico que não estivesse falido.
Malevula: Edai?
Pequena sereia;me mostrou o bilhete premiado, fez as malas e foi embora.
Malevula:Acalma-se querida, sente-se aqui, já vai passar.
Entra Pocarrontas
Malevula: Que bom que você chegou, senta aqui um pouquinho com a sereia e a
console.
Pocarrontas:Mas o que aconteceu com ela?
Pequena Sereia: Nada só meu marido que me abandonou,
Pocarrontas: Ah, só isso, achei que fosse algo importante, eu sim tenho motivo pra
chorar, fui estacionar meu barco no piar , e tinha um cara e eu pedi ajuda, ai ele
começou, ve-ve-ve-vem vê a ca-ca-ca-ga-da q você fe-fe-fez aqui,
Menina, arrebentei tudo, pois o tonto era gago e não tinha uma placa indicando, ai
chorei.
Malevula:Diana você veio e não trouxe nem um quitute para nós, agora que tá riquinha
tá desfazendo,...... mas tá linda em menina.
Diana: é que cheguei de uma festa, desculpa, velório.kkkkk
Pocarrontas:Quem morreu?
Diana:Minha sogra coitada, tão boa, tão serena, aqueles lábios fechadinhos no caixão
tadinha, que dó.
Malevula:Como assim que dó, você não suportava ela.
Diana:Fica quieta, o padre falou que se não tiver nada inacabado não volta mais. Se
achar que tem que me pedir perdão vai que ressuscita.
Sininho entra gritando, falando alto:
Gente vou me alistar numa guerra do Iraque.
Malevula: Mas achei que vc não gostasse de guerras, por isso tinha se casado.
Sininho: Entao amiga, vou pra La ver se encontro paz, kkkk
Malevula Nossa que é isso sininho, que bom que esta em terapia.
Sininho:IHHHH, Malevula, relaxa, um pó de pirimpimpim, você fica ligt,
Rapunzel: Quanta maldade, onde esta o espírito de sonhos dos contos de fadas, os
príncipes, os felizes para sempre.
Malevula; boa pergunta Rapunzel, como vai a sua vida após seu casamento com seu
príncipe.
Rapunzel,: Uma maravilha, trabalha muito para sustentar a família, até 11: 00 da noite,
finais de semana sempre em convenções onde precisa levar a secretaria para ajudar,
aquela generosa Bruxinha Azul, ótima nem cobra hora extra, Falando dela olha ela ai,
seja bem vinda querida.
Bruxinha Azul: Oi gente, que saudade de vocês.
Malevula: E ai querida seguindo nossos conselhos.
Bruxinha Azul: Claro Malevula, Generosa como nunca, dividindo tudo que tenho, não
dizendo nada e não pra ninguém, como sou boa, mas não sei porque meu chefe me fala
que sou boa, mas quando sou má sou melhor ainda, não entendo.
Rapunzel : Quanta sorte tem meu marido em ter você como assistente, que bom q você
o ajuda.
Bruxinha azul : Sorte tem você querida, de eu ter prometido a mamãe que nunca me
casaria, kkkk
Rapunzel: Não sei se esses cabelos usam de mais minha cabeça , mas as vezes não
entendo as piadas.
Fiona entra: Olá amigas, como estão, vocês sentiram minha falta, estava na clinica
dando um banho de lama no rosto, minha cuts precisa disso, sabe meu amor gosta de
quando fico mais cascudinha, mas uma princesa deve se cuidar sempre. Nossa que
clima que acontece aqui, e senta do lado de Diana,
Diana: Menina: Adora essas terapias, e cada babado q nem espelho mágico google da
conta de tanta informação, O vida mais ou menos é vida de princesa.
Fiona: Resuma então.
Diana : Deixa disso senta ai e participa.
Entra Jasmine conversando com Chapeuzinho Vermelho,
Chapeuzinho:Amiga adorei, sempre vou vir com você, foi minha primeira vez, mas
quero repetir outras vezes, esse tapete é tudo de bom. Nasci para viver nos ares, embora
minha primeira experiência COM AVIOES não FOI MUITO AGRADAVEL.
Jasmine pergunta; Porquê?
Responde chapeuzinho : Foi mais ou menos assim: Atenção senhores passageiros, aqui
quem vos fala é o comandante Claudinei...estamos a tantos metros de altitude,
sobrevoando o oceano atlântico, em direção ao reino feliz...pediria vossa atenção e
olhassem do lado esquerdo....
- Podem reparar que o motor está em chamas, pegando fogo, mas não se preocupem,
pois nossa empresa é muito eficiente e já tomamos providências de reparo....agora
pediria aos senhores passageiros que gentilmente olhassem as janelas do lado direito
- Reparem que as turbinas do lado direito também estão com muita fumaça...mas não se
preocupem...tudo está sob controle..
- Mas, vamos relaxar ! pediria agora a todos que olhassem pelas janelas, para baixo,
vislumbrando essa imensidão que é o Oceano Atlântico....lindo mar...azul..de paz...e
tranquilidade. Vejam umas das casas da Princesa Ariel.
- Reparem que neste imenso azul identificarão um círculo amarelo pequeno....isto é uma
bóia....reparem que neste círculo há um ponto preto...........
- Repararam ? Este ponto preto sou eu !..... lhes desejando uma booooooooooooa viajem
!
Jasmine; E dai?
Chapeuzinho: E dai, cortamos a cena e não continuamos exibindo o capitulo, deixamos
por conta da imaginação de cada um, kkkkk
Malevula, Nossa q senso de humos perverso, chapeuzinho, tudo mundo sabe q você
inventa essas historias, por isso faz terapia.
Entra Cinderela e Bela Adormecida,
Cinderela diz: Bela Adormecida, você tem problema de insônia? Tipo assim, você já
dormiu muito, e agora você ainda consegue dormir bem, sonhar.
Bela Adormecida: Fico a noite sempre acordada me perguntando pra que ficar
acordada e ouvir tanta besteira, preferia continuar dormindo, essas terapias mesmo, são
pra acabar, sempre escuta cada coisa, você estava aqui aquele dia q o príncipe árabe só
ficava reclamando, falando que as mulheres antigamente costuravam e cozinhavam
igual a mãe, agora só bebem igual ao pai.
Cinderela: Ouvi, pior foi o dia que ouvi o príncipe bezerra, dizer que trabalhar nunca
matou ninguém, mas pra que arriscar. kkkkkkk, Mas reclamar posso eu, não aguento
mais meu marido fazer eu dormir de sapatinho, meus pés estão que é puro calo.
Bela : Mas por que isso amiga?
Cinderela:Não espalha, mas meu príncipe é meio desligado em aparências, não presta
atenção em meu rosto, mas em meus sapatos é uma loucura, então pra ele não me
perder de vista tenho que usar sapatos e sapatos, afffff.
E falavamos no bezerra e no Arabe, olha eles chegando ai.
Malevula: Rapazes, enfim chegaram, achei que não viriam mais
Bezerra: Ta louca, aqui é o melhor lugar do mundo, onde estão reunidas as mais lindas
mulheres, falando de seus problemas, ai já sei qual é a menos complicada pra mim
chegar .
Arabe: fale baixo Bezerra, assim vamos perder as gatinhas
Malevula: Fiquem a vontade rapazes, vou falar com as meninas
Bezerra: Arabe vc viu a herança que a yasmim recebeu,
Arabe: mas diga-me caro amigo, o que é Herança em seu reino.
Bezerra: hora, o que é herança, é aquilo que os mortos deixam para ver os vivos se
matarem.
Encantado entra
Enacantado: Boa noite lindas donzelas, será hoje aqui que irei encontrar a minha tão
sonhada princesa
Meninas suspiram:
Ahhhhhhhhhhh
Malevula: Mas como um lindo príncipe tão bem afeiçoado como vc Encantado ainda
não tem uma princesa
Encantado:É que ainda não a encontrei, para mim a mulher perfeita a ser amada tem
que ter uma mãe perfeita, inteligente, altiva, belíssima, Generosa, quando ela falar os
pássaros se silenciaram , pois a sua voz será tão doce, que sentiram vergonha de seus
cantos, seu sorriso hipnotizara os que tiveram a graça de verem ela sorrir, será tão sabia
que os sábios dos sábios irá se consultar com ela, e podem ter certeza ela existe.
Arabe: Largue Mão Encantado, olha quanta princesa aqui rapaz,
Encantado: Mas o que adianta, me preocupo é com a sogra perfeita, não quero ser igual
a vc árabe q quando namora fala que sua sogra é um tesouro, e precisa de um pirata
para enterrá-la. E vc Bezerra fica dizendo que deu uma cama redonda para mãe da
Rapunzel, pois cobra dorme enrolada
ALADIN: E ai moças, lindas , o que traz tão lindas moças reunidas em um só local,
esperando por um toque mágico, Meu quem sabe.
PRINCESAS: JOGAM CHARME
Aladim, cadê aquela madrasta má, que agora se diz boa e vive fazendo perguntas?
Malevula:Estou aqui Aladim , por que me procuras?
Aladim: por nada minha lady, somente quero ter o prazer de sua beleza aos meus olhos,
pois como sabes, dizem que todo mundo merece uma segunda chance, eu ficaria feliz se
me desses uma primeira.
Malevula: Aladim, deixe disso, componha-se sabes muito bem que estas aqui por seu
habito feio de pegar as coisas dos outros, e agora vais querer mexer com a mulher dos
outros, se yasmim ouve vai ver
Yasmim: O que falam de mim ai?
Aladim:Nada querida, só que uma mulher não joga futebol porque não suportaria ver
outras dez mulheres usando roupas iguais a ela, kkkk
Yasmim: Estou de olho Aladim, de olho.
Gênio: Olá amigos, que bons ventos os trazem a este local.
Aladim: Ver as gatas Gênio,
Gênio:Gatas, achei que aqui tivesse princesas, onde estão as felinas, tigres eu tenho
medo, kkk
Aladim: Gênio deixe de seguir tudo ao pé da letra,
Gênio: Aladim meu caro, agora que dizer que as letras andam...
Príncipe Arabe:Aladim ele sempre é assim?
Aladim:Cara esses dias, eu disse a ele que gostaria de ter um milhão de seguidores no
face book, sabe o que ele fez, ...... me colocou dentro de uma colmeia lambuzado de
mel, rapaz corri tanto daquelas abelhas, q acho q eram uns 10 milhões seguidores, kkkk
Erik: Olá amigos, como estão?
Príncipes : Bem, e como vai sua vidinha de burguês Eric?
Eric: Rapazes meus pais comemoraram 25 anos de casados, e meu pai levou minha mãe
para conhecer o Japão.
Bezerra: nossa que legal, o que ele vai fazer quando completarem 50 anos de casados?
Eric: Acho que o pai volta lá pra buscar ela, kkkkk
Bezerra: Sem graça, estava falando serio.
Eric: Eu também, papai faz coisas loucas, outro dia foi até um hospital, entrou na UTI,
e disse para os pacientes ligados as máquinas- estão sabendo, não paguei a conta de luz
e vai ter um apagão.
Aladim: E o que aconteceu:
Eric: dos pacientes três enfartaram e morreram, dois tiveram melhora repentina, e 4
estão grudados na tomadas, pois foram conferir se ainda tinha energia, kkkkk
Entra Isabeli Madrasta:
Eric: meu lindo, já acordou pra vida, ou ainda sonha com lindas princesas?
Eric: Ve se me esquece, madrasta, vai procurar sua turma de vilões pra passar a tarde
Madrasta: que vilões são tão divertidos quanto vcs, que acabaram com o felizes para
sempre, trouxeram dificuldades do dia a dia para os contos, ver vcs perdidos na
realidade é muito mais divertido que tentar roubar princesas e castelos.
Entra Fada:
Minha querida arqui-inimiga madrasta, o que fazes aqui?
Madrasta: como ? o que faço aqui? Estou me divertindo horas, com a tristeza dos
outros, príncipes , princesas, fadas, não sabem encarar os problemas reais, se perdem,
tem defeitos incalculáveis, descobri que bela adormecida tem bafo, Cinderela chulé,
branca de neve usa batom pra ter lábios vermelhos, Diana faz bronzeamento artificial,
Pocarrontas fez chapinha, Jasmine lipoaspiração, vcs não tem ideia do que acontece no
faz de conta?.
Fada: pare de difamar minhas amigas assim madrasta, vc não tem direito de falar assim
com elas, vc nem de longe é perfeita.
Madrasta: Claro que sou, fiz nariz, abdômen, comissão traseira e dianteira , fiquei filé
Fada: Pq não fez um coração então.
Madrasta: que isso amiga, os médicos ainda não fazem milagres, kkkkkk
Entra Bela: Desculpe o atraso gente, estava tentando ver um eclipse.
Madrasta: Eclipse, mas como?
Bela: Não atormenta madrasta, tomarei tds os cuidados, não chegarei muito perto.
Entra princesa cisne com Encantada:
Encantada, por que seu pai desistiu da guerra com aquele reino rival,
Encantada: ah amiga, papi mandou um comunicado pra eles, temos 20 tanques, 15
aviões armados, e 600 soldados prontos pra guerra, e eles responderam, pois bem vamos
guerrear, temos 90 tanques, 120 aviões, 5000 soldados, então papai respondeu._ caros
amigos, deixemos disso, pois não tenho onde alojar tantos prisioneiros de guerra.
Princesa Cisne: nossa quanta sabedoria tem seu pai amiga, será os anos que fizeram
isso com ele?
Encantada:Nada minha amiga, td isso ele deve a minha vó, sogra de meu pai.
Princesa Cisne: por que?
Encantada: vovó vivia dizendo, sua inteligência ainda me mata meu genro querido, ai
ele se esforçava, kkkk
Encantada: olha quem chega, nossas amigas , Polegar e Merida, olá meninas, que bom
vê-las ,
Merida: prazer e nosso amigas, como estão tds aqui, tanta gente e polegarzinha me
atrasa. estamos fazendo coisas importantíssimas
Encantada: amiga é que estava la em minha casa tentando acalmar meu marido, pois
brigou com mamãe de novo.
Merida: de novo, o que ela aprontou desta vez.
Enantada: Nada, minha mãe é uma santa, o meu marido é que não tem paciência om
ela, acredita, estávamos a caminho da casa de Rapunzel, ai um o guarda rodoviário
manda meu príncipe parar o carro:
- Seus documentos, por favor.
O senhor estava a 130 km/h e a velocidade máxima nesta estrada é 100.
- Não, seu guarda, eu estava a 100, com certeza! A mamãe , no banco de trás, corrigiu: - Ah, príncipe , que é isso! Você estava a 130 ou mais! Ele olhou para a mamãe com o rosto fervendo. O Guarda continuou.
- E o seu farol direito não está funcionando… - O meu farol ? Nem sabia disso. Deve ter pifado aqui na estrada..A mamãe insistiu:
- Ah, genro, que mentira! Você vem falando há semanas que precisava consertar o farol! Meu marido fulo e fez sinal para mamãe ficar quieta. O Guarda:
- E o senhor está sem o cinto de segurança.- Mas, seu guarda, eu estava com ele. Eu só tirei para pegar os documentos!Mas mamãe completou: - Ah, príncipe, deixa disso! Você nunca usa o cinto! E ele não se conteve e gritou para a mamãe : - CALA A BOCA COBRA!!! O guarda virou para a mamãe e perguntou: -Ele sempre grita assim com a senhora?
E ela respondeu -Não, só quando bebe. Merida:Menina e dai?
Encantada: estou ate agora tentando acalmar meu amor, mamãe diz ser inocente , não fez
nada de errado a pobre, kkkk Malevula: senhoras e senhores, prestem muita atenção, seria muito importante que essas sessões
tivessem bons resultados para todos aqui presente, mas vejo que aqui todos esqueceram das
aventuras que viveram em suas histórias particulares, venceram tantos obstáculos para serem felizes
para sempre, e agora com a correria do dia a dia não estão conseguindo superar obstáculos simples,
como conviver com os familiares, pagar contas, trabalhos, estudos. Mas fique claro que isso prova o
que é ser herói de verdade, não precisa escalar uma torre, matar um dragão, fazer mágicas e feitiços
para provarem suas capacidades, são nas coisas simples do cotidiano que vencemos nossas batalhas,
provamos nossa bravura, que as mulheres mostram que são delicadas como princesas indefesas
aguardando seus heróis, mas também são valentes como bravas guerreiras que partem pra guerras
sem medo de defender aqueles que amam,os homens são os guardiões, sempre atentos , cuidando de
sua família, todos nos temos heróis dentro de nossas casas, talvez precisamos lembrar de agradecê-
los mais vezes, e dizer que somente tendo estas pessoas sempre ao nosso lado podemos viver um
felizes para sempre, obrigada.
Sinopse das outras peças que foram produzidas, mas não estão em anexo.
“Fale, talvez eu entenda” SINOPSE: Uma divertida apresentação, em que príncipes e princesas mostram o cotidiano, e o que a falta de comunicação pode fazer.
Manhã: 10:20,Tarde: 14:40, Noite: 20:40
“Procura-se uma princesa perfeita” SINOPSE: Todo homem sonha com sua princesa, mas quando a encontra sabe quem é ela? De
forma moderna vamos entender porquê este príncipe não consegue encontrar sua amada. Manhã: 10:00,Tarde: 14:20, Noite: 20:20
Imagem 01- Alunos apresentandos peça „Conflitos na adolecencia, participação especial, meu filho”
Figura 02- Alunos na peça” Princesas no Diva”. Figura 03 - Público assistindo apresentações das peças.
Figura 04 – Príncipe e princesa contrasenam o amor.