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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
A PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS E SUAS INTERFACES COM A
FAMÍLIA, ESCOLA E COMUNIDADE
Tania Mara de Mattos Ribeiro1
Dr. Emérico Arnaldo de Quadros2
RESUMO:
Este estudo teve como objetivo desenvolver ações de prevenção ao uso de drogas para os alunos do 6º ano do ensino fundamental do Colégio Estadual 29 de Abril- Ensino Fundamental e Médio, onde é trabalhado com uma clientela heterogênea, e muitos alunos chegam à escola sem embasamento e estrutura familiar; por esse motivo, a escola além de transmitir conhecimentos, tem a função de transmitir valores. Sendo a adolescência um período de descobertas, muitos adolescentes procuram experimentar o “novo” de forma aventureira e inconsequente, e podem ser expostos a diversos riscos. Nesse contexto, as drogas aparecem em todos os espaços da sociedade, inclusive no universo escolar, e este se torna um espaço privilegiado para se desenvolver ações preventivas ao combate de seu uso, contribuindo para que os adolescentes possam refletir sobre valores, qualidade de vida, promovendo uma saúde individual e coletiva. Trabalhou-se num primeiro momento a questão da adolescência e autoconhecimento, onde se busca uma maior conscientização do adolescente por si próprio; e posteriormente com as informações básicas sobre as drogas e as consequências que o uso abusivo de drogas psicoativas pode trazer à vida do sujeito. Considerando a grande importância do tema nos dias atuais, devemos considerar que a prevenção desenvolvida na educação formal é um elemento indispensável, e com esse estudo espero contribuir com os trabalhos dos educadores e gestores escolares, no que se refere à prevenção ao uso das drogas pelas crianças, adolescentes e jovens na escola. Já que a prevenção ao uso de drogas é possível pela ação integrada dos educadores e família, num processo somatório de forças, a escola deve ser responsável por um processo contínuo e pedagógico, para que assim possamos continuar a luta contra este mal que tanto compromete o futuro do nosso País. Não podemos desanimar, devemos fazer nossa parte, como educadores na missão de alertar os adolescentes sobre o perigo das drogas uma vez que a escola deve formar o cidadão critico e atuante na sociedade.
PALAVRAS-CHAVE: Prevenção. Drogas. Família. Escola. Comunidade.
ABSTRACT:
This study aimed to develop actions to prevent drug use for students of the 6th year of elementary school in State College 29 April- Elementary and Secondary Education, which is working with a heterogeneous clientele, and many students come to school without foundation and family structure; For this reason, the school besides imparting knowledge, has the function of transmitting values. Adolescence being a period of discoveries, many teens looking to experience the "new" adventurous and reckless manner, and can be exposed to various risks. In this context, the drugs appear in all areas of society, including the school environment, and this becomes a privileged space to develop
1 Professora Pedagoga do Colégio Estadual 29 de Abril- EFM; Escola Estadual Deputado Aníbal
Khury – EF; Professora PDE 2013- Graduada em Licenciatura em Pedagogia com Habilitação em Orientação Educacional pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e Especialização em Educação Patrimonial (UEPG). E-mail: [email protected]. 2 Graduação em Psicologia pela Universidade Estadual de Londrina (1986) e Mestrado em Psicologia
Clínica pela Universidade Tuiuti do Paraná (1999). Doutor pela PUC Campinas na área de Psicologia Profissão e Ciência (1998). E-mail: [email protected].
preventive combating actions of its use, helping young people to reflect on values, quality of life, promoting individual and collective health. We worked at first the question of adolescence and self, where one seeks a greater awareness of the adolescent by itself; and later with the basic information about drugs and the consequences of the abuse of psychoactive drugs can bring the subject to life. Considering the great importance of the issue today, we must consider that prevention developed in formal education is an indispensable element, and hopefully this study contributes to the work of teachers and school managers, with regard to the prevention of drug use by children, adolescents and young people in school. Since the prevention of drug use can be integrated by the action of educators and families, a process summation of forces, the school should be responsible for a continuous learning process, so that we can continue to fight against this evil that undermines both the future of our country. we can not get discouraged, we must do our part as educators on a mission to warn teens about the dangers of drugs since the school must form a critical and active citizen in society.
KEY WORDS: Prevention. Drugs. Family. School. Community.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O homem sempre esteve à procura de novos domínios. Verifica-se que nos
séculos XVII e XVIII as práticas disciplinares se mostraram eficientes formas de se
exercer o poder e o domínio sobre a sociedade, já nos séculos XX e XXI observa-se
três grandes agentes dominantes: os países como potências mundiais (entre os
quais o principal representante é os Estados Unidos), o tráfico de drogas e a mídia
(MEDRADO, 2008).
Segundo Bertoni e Adorni (2010), dizem que muitas vezes o que move uma
pessoa em direção à droga está, na origem, muito perto do que levou o homem a
realizar grandes descobertas, desafiando o desconhecido, o desejo de conhecer
sempre mais, da ousadia de romper limites, sendo que algumas experiências podem
romper essas limitações, entre elas, a droga.
Nesta busca por novas sensações, também encontramos os apelos do
consumismo nas propagandas, que vendem a felicidade, a liberdade, a
sensualidade e a amizade embutidas em seus produtos. Percebe-se isto ao olhar
um comercial de TV sobre cerveja, que mesmo sendo considerada uma droga lícita
e, embora haja recomendações presentes em todas as propagandas para
moderação no seu uso ou para não dirigir depois de beber sem moderação. Diante
de muitas tragédias que ouvimos no nosso dia-a-dia, se questiona a respeito de
alguma solução em relação aos problemas causados pelo uso e ou abuso de drogas
lícitas ou ilícitas (BERTONI; ADORNI, 2010).
Nessa perspectiva, entende-se que um dos caminhos para amenizar tal
problemática esteja em se pensar em estratégias de prevenção, visando assegurar o
direito à vida e à saúde.
Castro e Rosa (2010) colocam que a escola sendo uma importante instituição
social, procura ao longo da história fazer mediação entre as pessoas e a sociedade.
Contudo, percebe-se que sempre houve uma grande necessidade da construção de
espaços de interação comunitária para que se sinta fortalecida em questões como o
envolvimento com drogas.
Em pontuações silenciosas, podemos afirmar que as políticas públicas atuais,
por meio de seus programas e ações voltados para a educação e saúde, apontam a
escola como o principal lugar para onde convergem as ações intersetoriais que
visam, sob a proteção da garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes,
reduzirem os riscos e as vulnerabilidades à saúde e oportunizando a aprendizagem
e o desenvolvimento humano; mas a cada dia vemos nossas crianças, nossos
adolescentes e nossos jovens se confrontando com o agravamento da situação de
risco na qual essa população se encontra em todo país. Verifica-se que com esta
realidade, surgem dificuldades de nossos alunos em relação à frequência e ao
rendimento escolar (SIMÕES et al., 2010).
Uma pergunta que pode ser feita é: Qual o papel da escola na prevenção do
uso de drogas? De acordo com Simões et al.(2010), cabe a escola garantir que o
estudante aprenda, e para tanto é preciso reconhecer seu papel de proteção social.
Assim, a sensível arte de resignificar os tempos e os espaços escolares em uma
educação de qualidade, protegida pela dimensão pública da política intersetorial
abre-nos um caminho em direção à diminuição das vulnerabilidades e riscos a que
estão expostas as crianças e os adolescentes fora da escola, pois prevenir consiste
numa redução da demanda do consumo de drogas, e para isso, as ações devem
estar voltadas a fornecer informações e auxiliar na educação para que as crianças,
os adolescentes e os jovens adotem hábitos saudáveis e protetores em suas vidas,
com isso, espera-se que as pessoas diminuam ou parem de consumir drogas, pois
sempre é melhor prevenir do que remediar!
Teorias mais recentes ampliam o foco do indivíduo para o contexto de suas
relações, destacam-se, portanto, a família, a escola, os pares e a comunidade onde
a criança, o adolescente e o jovem vivem. Observa-se que estas instituições têm um
papel fundamental como fatores de proteção, embora também se desenvolvam
como fatores de risco se exercer influências que levem ao consumo de drogas
(CASTRO; ROSA, 2010).
Não se começa a usar drogas ou abusar delas por acaso ou por uma decisão
isolada. As pesquisas e estudos mostram que o uso indevido de drogas é fruto de
uma multiplicidade de fatores; se por um lado à pessoa não nasce predestinada a
usar drogas, também não as usa apenas por influência de amigos ou mesmo de
traficantes (CASTRO; ROSA, 2010).
Bertoni e Adorni (2010) destacam que um desses fatores seja a oferta de
felicidade a qualquer preço, pois nos encontramos numa busca desenfreada por
superação das angústias, da ansiedade, de todo tipo de alteração de humor, etc., e
para isso muitas vezes, recorremos aos remédios e diante deste quadro que tem
crescido, às vezes busca-se o uso de substâncias lícitas ou ilícitas que comumente
chamamos de drogas, buscando sensações de prazer, de poder, de pertença.
Castro e Rosa (2010) nos mostram que segundo a Organização das Nações
Unidas (ONU) para o Controle do Crime e das Drogas (UNODCCP, 2000) o abuso
de drogas é um fenômeno global e dificilmente existe algum país no qual ele não
ocorra. De acordo com a distribuição geográfica das tendências de maior consumo
das diversas substâncias psicoativas, temos as facilidades do acesso a
determinadas drogas; os aspectos culturais mais ou menos comuns a cada região e
os fatores socioeconômicos.
Segundo Barros Filho (apud CASTRO; ROSA, 2010) os tipos de uso são:
experimentação: uso ocasional, para satisfazer a curiosidade ou integrar um grupo;
recreacional: consumo moderado que geralmente não expõe o indivíduo ou o grupo
à situação de risco para sua saúde física ou psicológica e do qual não advém
problemas sociais; abuso de substância: o consumo causa danos à saúde física,
psíquica ou social do indivíduo ou o expõe a riscos; dependência: uso compulsivo da
droga, priorização do seu consumo (perda de controle).
Castro e Rosa (2010) colocam que no geral, a população estudantil brasileira
apresenta-se dentro dos padrões verificados em outros países em comparação ao
uso de substâncias psicoativas. Dentre os resultados, apresenta-se: o álcool como a
substância psicoativa mais consumida (uso na vida) pelos estudantes, com
prevalência média de 75,9% no conjunto de dez capitais pesquisadas. A seguir vem
o tabaco (32,8%), solventes (13,8), maconha (7,6%), ansiolíticos (5,8%),
anfetaminas (4,4%), cocaína (2,0%) e os alucinógenos (0,8%).
Verificou-se que há prevalência do consumo de drogas em geral, foi superior
para o sexo masculino (26%) em relação ao feminino (22,9%).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a dependência como
doença. Não tem causa única, mas é produto de uma série de fatores: físicos,
emocionais, psíquicos e sociais. Atualmente reconhecido como uma séria questão
social, à medida que atinge o mundo inteiro, e todas as classes sociais.
Os adolescentes procuram afirmar sua identidade pela forma peculiar de falar,
de se vestir, andar em grupos e frequentar os mesmos lugares; essas formas de
expressão não lhes tiram o direito de serem ouvidos e aceitos no seu ambiente
familiar, escolar e/ou na sociedade.
São próprias dessa fase a busca de identidade e a curiosidade, que incluem a
realização de múltiplas experiências. As ações para alcançar esses objetivos não
têm, em geral, a intenção de adotar um comportamento, mas de viver uma situação
para conhecer, sentir e integrar-se. E isso também ocorre com o consumo de
substâncias psicotrópicas. Um jovem não se torna “usuário” de uma determinada
droga de uma hora para outra. Existe um momento de experimentação que pode ou
não dar origem ao uso sistemático.
A autoridade é fundamental para o trabalho de prevenção do uso de drogas,
especialmente na fase da pré e da adolescência. Para isso, é necessário que a
escola e a família estejam unidas na forma de como agir na definição de regras, no
estabelecimento de limites e, sobretudo, em relação ao próprio valor da autoridade
estabelecido no processo educativo (PÓVOA; SUDBRACK, 2010).
Para entender mais profundamente que relações existem entre a cultura
escolar e a cultura familiar e como interagem, é necessário ter uma noção das
dimensões da disciplina, autoridade, autonomia, limites, regras, normas, valores,
ética, moral, convenções sociais, códigos de conduta e cidadania. Dimensões essas
difíceis de serem vivenciadas, tanto na escola quanto na família.
Aqueles que têm a intenção de interferir no uso de drogas pelas crianças, pré-
adolescentes e pelos adolescentes, seja prevenindo que o comportamento se
instale, sejam diminuindo-o ou eliminando-o, precisam ter uma visão ampla da
situação. Para isso, os profissionais da escola precisam estar conectados entre si e
com as demais instituições da sua comunidade para poder encaminhar os alunos e
as famílias para outros serviços como saúde, assistência, lazer, entre outros, e
fortalecer a proteção ao adolescente.
Sendo assim, a prevenção é função de todos os cidadãos, tendo um papel a
desempenhar, com um objetivo comum, construindo um processo de saber comum a
todos, onde se une o saber popular ao acadêmico e ao saber político.
Sabe-se que a escola é um dos locais indicados para serem desenvolvidas
ações preventivas voltadas à melhoria da qualidade de vida. São muitas as opções
para se atuar numa abordagem preventiva de educação cujo princípio está na
formação global do aluno saudável (SIMÕES et.al, 2010). A informação e o
conhecimento científico são necessários, porém, há necessidade de se desenvolver
nos alunos a capacidade de lidar com conflitos, de se comunicar, de interagir com
grupos. Oferecer alternativas para que o estudante, principalmente o adolescente,
possa dar vazão à necessidade de viver experiências significativas, de aceitar
desafios, de explorar e se arriscar construtivamente.
Como descrito por Boruchovitch (2000)
uma estratégia promissora tem sido a promoção e o desenvolvimento da competência social do estudante, com base na participação ativa na escola, no uso de discussão, nas dramatizações, nas trocas de papéis que tenham o objetivo de ajudar crianças, adolescentes e jovens a aumentarem sua capacidade de tomar decisões, de negociar, de argumentar e contra argumentar (BORUCHOVITCH, 2000).
Sendo assim, a prevenção do abuso de drogas na educação formal deve ser
vista como uma atividade multidisciplinar. Para que essa prática se efetive, é
necessária a soma de esforços de diferentes áreas do conhecimento científico, de
forma a permitir discussões de cunho antropológico, sociológico, psicológico,
pedagógico, jurídico e, até mesmo, político e econômico (ARAÚJO, 2010).
Se por um lado é impossível vivermos ou oferecermos às crianças e aos
jovens uma sociedade sem drogas, está em nosso pleno alcance a possibilidade e a
decisão de construirmos uma sociedade mais preparada para o enfrentamento dos
problemas gerados pelo crescente uso de álcool e outras drogas (SUDBRACK, et.
al, 2010).
Acredita-se que a prevenção do uso de drogas deve passar pelo trabalho de
melhorar a autoestima dos adolescentes, incutir-lhes valores sociais, éticos e
cidadãos, incentivar o convívio social e evitar que fiquem expostos a situações de
uso de drogas, dando-lhes atividades e momentos de reflexão, aprendizado e
entretenimento saudável.
Cada um de nós pode contribuir para evitar os fatores de risco, sociais e
econômicos que favorecem o consumo e a oferta de drogas. Para bons resultados é
necessário conhecer as características infanto-juvenis; ter um preparo e suporte
teórico que orientem a ação; investimentos na área de pesquisas para diagnosticar a
realidade de vida de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade;
necessidade de promover capacitações sistemáticas e continuadas para
profissionais de áreas afins; compartilhar experiências e aprofundar conhecimentos
fundamentais para trabalhos voltados para garantia dos direitos da população e
finalmente construção de políticas públicas (CASTRO; ROSA, 2010).
IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO
Oliveira (2010) nos mostra que hoje na sociedade brasileira, os adolescentes
e jovens são objetos de um imaginário social, exaustivamente utilizado pela mídia
como padrão de beleza e de vida prazerosa; são apontados como “aborrecentes”,
irreverentes, desrespeitosos e transgressores. Então se questiona: De que forma a
escola através de projetos intra e extraclasse pode apontar caminhos para que os
alunos consigam encontrar sua identidade pessoal, profissional e humana,
respeitando sua característica social e econômica, através de um trabalho efetivo
dentro de valores morais, éticos e artísticos?
Na tentativa de resposta para os questionamentos acima citados, a
implementação do projeto foi desenvolvida no Colégio Estadual 29 de Abril-Ensino
Fundamental e Médio, no município de Guaratuba-PR, de forma preventiva, aonde
muitos alunos chegam à escola sem qualquer embasamento e estrutura familiar;
objetivando levar o adolescente à tomada de consciência sobre o uso de drogas
para que os mesmos possam fazer escolhas em prevenção ou não do uso de
drogas; que entendam as diferentes fases da vida, da infância à adolescência, assim
como as mudanças físicas e psicológicas que ocorrem no organismo no período da
puberdade; que possam compreender o papel dos pais, familiares e amigos na
busca de sua identidade, afinidades, autoafirmação, formação de grupos,
individualismo entre outras atitudes próprias da fase; prevenir o uso indevido de
drogas, através de seus efeitos e consequências e a problemática social que as
envolvem.
O projeto foi desenvolvido numa classe de 6º ano do ensino fundamental;
sendo que dos 40 alunos matriculados, 25 frequentam assiduamente as aulas
(62,5%). A idade desses alunos varia entre 10 e 16 anos, sendo que 16 alunos estão
frequentando pela primeira vez o 6º ano e 9 são repetentes; 13 são do sexo
masculino e 12 do sexo feminino.
A implementação deu-se em três fases distintas: a primeira, através de
dinâmicas de grupo, buscando a integração dos alunos, o autoconhecimento; a
segunda, um conhecimento sobre as drogas mais consumidas pelas pessoas; e por
último um estudo sobre as consequências relacionadas ao uso abusivo das drogas.
Sendo a adolescência um período de descobertas e de busca por uma
identidade própria, por definições da personalidade, busca por um espaço na
sociedade e também por afetividade; pode ser pensada como uma fase de conflitos
e crises, muitas vezes ou não, assumida ou negada pelo adolescente. Geralmente
negada: já que para o adolescente a crise é colocada na família, no mundo a sua
volta, na sociedade, na escola, nos amigos, no sexo oposto (QUADROS, 2009).
Acredita-se que pelo fato da escola ser um espaço privilegiado na construção
de referências para os alunos, é preciso compreender aonde e como eles vêm
construindo suas identidades para, a partir daí, ampliar seu campo de possibilidades
e propor reflexões.
Na primeira parte foram realizadas 07 dinâmicas em grupo sendo: Oficina 1-
“A coisa mais importante do mundo”, cujo objetivo foi propiciar o desenvolvimento da
autoestima. Oficina 2- “A casa”, o objetivo dessa atividade foi alcançado, pois a
maioria dos alunos ao término da dinâmica demonstrou emoção ao fazerem seus
relatos sobre a importância do lar, da família e de suas lembranças, que em algumas
situações não foram felizes. Oficina 3-“ A flor e os espinhos”, foram muito fortes as
experiências relatadas nessa atividade, isso foi percebido no momento em que
compartilharam suas reflexões. Oficina 4- “A pessoa mais...”, o objetivo dessa
dinâmica foi desenvolver o conhecimento do outro, onde os alunos ressaltariam as
qualidades e defeitos dos colegas. A princípio fizeram algumas brincadeiras, mas
logo em seguida após uma segunda explicação, os alunos desenvolveram a
atividade com muito respeito e maturidade ao fazerem comentários sobre os seus
colegas, assim como demonstraram expectativas para ver se seriam citados. Oficina
5- “Abrigo subterrâneo”, primeiramente foi feito um esclarecimento sobre as
atividades desenvolvidas pelas pessoas que foram sugeridas no texto, pois o
vocabulário apresentado ainda não é do conhecimento de alguns alunos dessa
turma. Os alunos realizaram a atividade conforme sua maturidade e em seguida foi
trabalhado os preconceitos e como nos sentimos em situações que necessitamos
tomar decisões, e que muitas vezes nos oferecem riscos. Oficina 6- “Abrindo
janelas”, foi desenvolvida com muita desenvoltura e alegria pelos alunos. A
integração do grupo foi atingida. Oficina 7- “Mudanças físicas e psicológicas que
ocorrem no organismo no período da puberdade”, foi utilizado um vídeo, onde são
apontadas as mudanças que os adolescentes passam, sejam físicas ou emocionais.
Os alunos mostraram-se bem interessados e ao final lançaram questionamentos,
suas dúvidas e comentários pertinentes ao assunto apresentado. Ótima
participação.
Nesse período, muitos adolescentes procuram experimentar o “novo” de
forma aventureira e inconsequente; e podem ser expostos a diversos riscos.
Nesse contexto, as drogas aparecem em todos os espaços da sociedade,
inclusive no universo escolar, e este, torna-se um lugar favorável para se
desenvolver ações preventivas ao combate de seu uso.
Pensando na possibilidade de propiciar informação aos alunos foi
desenvolvido a 2ª e 3ª parte da implementação do projeto, pois se percebeu que os
alunos apresentam um conhecimento precário e errôneo sobre a temática (drogas).
O início à prevenção deu-se com a proposta de uma atividade, onde os
alunos elencaram o maior número de motivos que puderam, sem censura, que
levam um adolescente a usar drogas. Alguns alunos colocaram suas experiências
familiares e 3 alunos as pessoais, pois infelizmente já usam drogas. Também foi
trabalhado um texto intitulado “Em busca dos porquês...”. Em seguida foi
desenvolvida uma atividade com mais de 30 rótulos de diferentes produtos que
consumimos no nosso dia-a-dia, classificando-os em uma listagem, os que são
drogas ou não. O tema chama a atenção dos alunos e com isso a participação foi
intensa.
Posteriormente os alunos assistiram: documentário, reportagens e
depoimentos de profissionais da saúde, mães, usuários e dependentes de drogas.
Os alunos ficaram atentos a todos os vídeos e ao final de cada um, houve um tempo
para os comentários e reflexões sobre os mesmos. Percebeu-se que os alunos
demonstraram muita preocupação em relação ao que lhes foi apresentado.
Após ter-se trabalhado um texto informativo sobre conceitos e classificação
das drogas; organizamos uma peça teatral sobre as drogas lícitas e ilícitas, baseada
na peça teatral de Ediênio Farias. Recanto das Letras, 2006; objetivando conhecer
os meios que normalmente levam a aproximação para o consumo de drogas.
Culminando a segunda parte dessa implementação, realizamos uma atividade
intitulada Roda de Conversa – Desvendando as Drogas; e um jogo didático baseado
no jogo Passa ou Repassa; onde os alunos puderam opinar e relatar fatos de seus
conhecimentos sobre o uso de drogas por adolescentes. Também questionaram
sobre a liberação do consumo de drogas que já acontece em alguns países.
Percebeu-se que há um interesse muito grande sobre os efeitos prejudiciais à saúde
e a dependência.
Na terceira parte, foi trabalhado textos com o objetivo de fornecer informações
sobre as consequências relacionadas ao uso e abuso de drogas, sejam lícitas ou
não, como o álcool, maconha e crack. Além dos textos, foram realizadas rodas de
conversas: “Drogas e Vulnerabilidade”, “Criação de Argumentos”, proporcionando
uma reflexão sobre as situações na vida que deixam as pessoas mais vulneráveis
ao uso de substâncias psicoativas; também foi refletido sobre as propagandas e
campanhas sobre o uso de drogas e como fechamento da temática os alunos
criaram argumentos contra a utilização dessas drogas avassaladoras. O resultado
foi muito produtivo, pois os alunos participaram ativamente dessas atividades.
Com o intuito de reforçar a prevenção ao uso indevido de drogas, contamos
com a presença da soldado Cíntia A. Pliszka, da Polícia Militar, a qual é responsável
pelo desenvolvimento do PROERD (Programa Educacional de Resistência as
Drogas e Violência) em nosso município. Nesse encontro, ela procurou relembrar
com os alunos o trabalho que é realizado nas escolas municipais no 5º ano do
ensino fundamental, e fez apontamentos sobre a situação dos adolescentes que
infelizmente estão usando drogas e que são reféns da droga e dos traficantes. A
participação dos alunos foi muito expressiva.
Aproveitando a reunião de entrega de boletins, foi apresentado o projeto para
os pais e a importância do tema trabalhado. A participação dos pais foi muito
importante, pois há pouco conhecimento e informação sobre o tema trabalhado. Os
pais mostraram-se interessados e fizeram vários questionamentos em como saber
se seu filho está ou não usando drogas; onde encontrar ajuda caso o filho já esteja
envolvido com drogas; dicas para relacionar-se com seus filhos. Resultado muito
positivo.
Para o fechamento do trabalho, os alunos responderam um questionário com
13 questões, sendo que a participação foi voluntária e sem identificação; com
perguntas abertas e opções múltiplas, com o objetivo de coletar dados sobre o
cotidiano dos alunos, assim como, o envolvimento ou não com drogas na
adolescência.
O questionário respondido pelos alunos foram 57% do sexo feminino e 43%
do sexo masculino, sendo que a idade variou entre 10 e 15 anos.
Na questão sobre a percepção das mudanças que ocorrem no corpo durante
a adolescência, 100% dos alunos do sexo masculino, conseguem perceber; mas no
sexo feminino 55% percebem e 45% às vezes.
Quanto à definição de personalidade e descoberta da identidade, 75% dos
alunos acham que sim justificando o percentual através da liberdade que começam
adquirir e também pela influência das amizades; 82% das alunas acreditam que
começam a perceber o que desejam para o futuro, também percebem a influência
dos amigos e que estão em fase de amadurecimento.
Ao serem indagados como preferem ocupar o tempo livre, 50% dos alunos
gostam de estar com a família e 50% preferem a companhia dos amigos, justificando
que com a família têm mais segurança e com os amigos podem “curtir” a vida; já as
alunas, 18% preferem ficar sozinhas, 9% na companhia dos amigos e 73% com a
família, pois percebem que a família ajuda nos momentos difíceis e podem divertir-
se.
Quanto à questão de diálogo e troca de ideias, 62% dos alunos preferem os
amigos e 38% os pais, justificando que os amigos são mais parceiros e entendem
melhor seus conflitos, mas em contrapartida os pais guardam mais segredos.
Quanto às alunas 64% preferem dialogar com os irmãos, 18% com os amigos e 18%
com os pais, porque os irmãos enfrentam os mesmos problemas familiares e podem
confiar mais.
100% dos alunos e 90% das alunas percebem que é na adolescência que se
começa a amadurecer emocionalmente, a assumir novas responsabilidades e
conquistar novas liberdades.
Sobre a experimentação de bebida alcóolica, 50% dos alunos já fizeram uso e
72% das alunas nunca experimentaram, mas não lembram que idades tinham
quando ingeriram álcool pela primeira vez. Dos alunos, 75% experimentaram com os
amigos, 25% em casa; já as alunas, 33% experimentaram nas suas casas, 33% não
lembram onde estavam e 33% fizeram uso junto com o pai. Quanto à oferta de
bebida alcóolica, 100% dos alunos, afirmaram que ninguém lhes ofereceu e que foi
decisão própria; quanto às alunas, 54% ninguém lhe ofereceram, 9% foi oferecido
pela própria família. 9% foi decisão própria e 28% não lembram.
As alunas pensam que o consumo de drogas em nosso município seja: 64%
de maconha, 27% de crack, 27% de álcool, 10% de cocaína, 45%de cigarro e 27%
não souberam responder; mas os alunos percebem o uso de drogas de outra
maneira sendo: 50% de maconha, 37% de crack, 37% de álcool, 25% de cocaína,
62% de cigarro e somente 12% não opinaram.
75% dos alunos dizem que não conhecem usuário de droga com faixa etária
entre 12 e 18 anos; mas o percentual muda com as alunas, sendo que 64%
conhecem usuários nesta faixa de idade.
Quanto ao uso de drogas na família, 62% dos alunos admitem terem e 100%
das alunas, não têm familiares envolvidos com droga.
Quanto ao contato com algum tipo de droga, 25% dos alunos e 10% das
alunas já se envolveram com algum tipo de droga, sem especificá-las.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através de estudos realizados, temos comprovado que os adolescentes
procuram afirmar sua identidade pela forma peculiar de falar, de se vestir, andar em
grupos e frequentar os mesmos lugares; essas formas de expressão não lhes tiram
o direito de serem ouvidos e aceitos no seu ambiente familiar, escolar e/ou na
sociedade.
São próprias dessa fase a busca de identidade e a curiosidade, que incluem a
realização de múltiplas experiências. As ações para alcançar esses objetivos não
têm, em geral, a intenção de adotar um comportamento, mas de viver uma situação
para conhecer, sentir e integrar-se. E isso também ocorre com o consumo de
substâncias psicotrópicas.
Levando-se em consideração o último parágrafo, entra nesse momento o
papel da escola em relação ao tema discutido, o de levar o pré e o adolescente a
uma tomada de consciência sobre os prejuízos que o uso indevido das drogas,
sejam elas lícitas ou ilícitas, causa no ser humano, proporcionando oportunidades
para que estes possam ter motivos para escolher entre o uso das mesmas ou não,
tendo plena consciência das consequências vindouras.
Partir da valorização do EU, algo tão complexo na adolescência e
posteriormente avançar para o conhecimento das drogas, constrói uma ponte de
fácil acesso, digo isto, pois na maioria das vezes quando falamos ou ouvimos falar
de drogas os malefícios sobre põe a compreensão do por que não usá-las, e poucos
resultados são obtidos.
As reflexões apresentadas nos apontam para a necessidade de não
esquecermos que nossos alunos, além de seres pensantes, são humanos e clamam
por atenção, afetividade e disponibilidade de nossa parte, de suas famílias e de toda
a sociedade em geral.
As drogas podem modificar as pessoas; sendo assim, urge a necessidade de
se pensar nas instituições escolares, em projetos que visem à prevenção,
objetivando a diminuição do aparecimento do uso das drogas ou evitando que o
mesmo piore; pois se considera que com a prevenção, os adolescentes tenham
condições de fazerem escolhas.
Acredita-se que a prevenção do uso de drogas deve passar pelo trabalho de
melhorar a autoestima dos adolescentes, incutir-lhes valores sociais, éticos e
cidadãos, incentivar o convívio social e evitar que fiquem expostos a situações de
uso de drogas, dando-lhes atividades e momentos de reflexão, aprendizado e
entretenimento saudável. Cada um de nós pode contribuir para evitar os fatores de
risco, sociais e econômicos que favorecem o consumo e a oferta de drogas.
Contudo, bem sabemos que o problema vai além da nossa contribuição, não que ela
não seja importante, mas a família precisa estar envolvida também, pois as crianças
e os adolescentes são expostos ao alcoolismo, ao fumo, aos antidepressivos desde
pequenas em seus lares, isso é muito sério, portanto, penso que precisamos
envolver a família, os responsáveis por palestras e com conteúdos pertinentes a
essa temática, que por sinal, é muito importante nos dias atuais.
A problemática das drogas perpassa o ambiente escolar, cada vez mais as
pesquisas demostram que o consumo ou o contato com algum tipo de droga tem
sido cada vez mais cedo pelas crianças e adolescentes, a aplicação de projetos
envolvendo parcerias viabilizam aos alunos uma visão de outros setores da
sociedade para além da escola e, acredito que a "semente" da prevenção começa a
germinar quando toda a sociedade compreende que a junção de forças é o que nos
leva a construir mudanças sendo elas individuais ou em grupo.
Acredito que a prevenção deve acontecer antes do surgimento do problema
drogas, deve ser um caminho trilhado pela família e pela escola no sentido de
orientar e encaminhar as crianças, adolescentes e jovens a realizarem atividades
prazerosas, que incentivem a autoestima, a ação das famílias que em elogiar,
confiar, estimular a crítica, treinar as habilidades para lidar com as frustrações,
fracassos e ansiedades.
Portanto, considerando que prevenção é construção de uma vida futura mais
saudável, o desenvolvimento de um projeto de prevenção ao uso de drogas, pode
contribuir para que os adolescentes possam refletir sobre valores, qualidade de vida,
promovendo assim uma saúde individual e coletiva.
Espero que possa contribuir com os trabalhos dos educadores e gestores
escolares, no que se refere à prevenção ao uso das drogas pelas crianças,
adolescentes e jovens na escola. Já que a prevenção ao uso de drogas é possível
pela ação integrada dos educadores e família, num processo somatório de forças, a
escola deve ser responsável por um processo contínuo e pedagógico, para que
assim possamos continuar a luta contra este mal que tanto compromete o futuro do
nosso País.
Pode-se perceber que trabalhar a prevenção em nossas escolas é um grande
desafio, pois a maioria de nossos alunos vem de famílias desestruturadas e às
vezes, com histórico de envolvimento com drogas, seja pelo uso ou até mesmo pelo
tráfico.
Não podemos desanimar, devemos fazer nossa parte, como educadores na
missão de alertar os adolescentes sobre o perigo das drogas uma vez que a escola
deve formar o cidadão critico e atuante na sociedade.
Um antigo ditado popular nos diz tudo: “Prevenir é melhor que remediar".
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