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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
PARANÁ
GOVERNO
DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS –
DPPE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO – OESTE -
UNICENTRO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
AMÉLIA WOZIVODA
BRINCANDO COM A MATEMÁTICA: O USO DE ATIVIDADES LÚDICAS
PARA O ENSINO DE NÚMEROS DECIMAIS
Produção Didático-Pedagógica apresentada à SEED/ SUED – PR, como requisito para o cumprimento das atividades previstas dentro do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE- 2014/2015 do Governo do Estado do Paraná, orientado pelo Professor Jailson de Oliveira
Prudentópolis
2014
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2014
Título: Brincando com a Matemática: o uso de atividades lúdicas para o ensino de números decimais.
Autora: Amélia Wozivoda
Disciplina/Área:
Matemática
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Pe. José Orestes Preima – Ensino Fundamental e Médio– Linha Esperança- Prudentópolis
Município da escola: Prudentópolis
Núcleo Regional de Educação: Irati
Professor Orientador: Jailson Domingos de Oliveira
Instituição de Ensino Superior:
Unicentro
Resumo:
Sabe-se que a Matemática está presente em todos os níveis de ensino e na vida das pessoas. Mesmo assim, grande parcela da população, em especial os estudantes, considera a Matemática uma disciplina de difícil compreensão, levando os alunos ao desgosto pela matéria. No entanto este projeto tem por objetivo levar os alunos a entender e ter gosto pela matemática, por meio de atividades lúdicas envolvendo os números decimais, propondo aos alunos atividades desafiadoras. Acredita-se que o lúdico propicia condições favoráveis, servindo de motivação para o educando, pois está construindo seu conhecimento, baseando-se em uma metodologia de ensino/aprendizagem mais prazerosa. Da mesma forma, considera-se que os jogos desenvolvem a autonomia do aluno em relação a sua aprendizagem. Assim, a partir da construção do metro, material dourado e material reciclável, pretende-se desenvolver e aprimorar o conhecimento do conjunto dos números racionais.
Palavras-chave:
Lúdico; Matemática; Decimais
Formato do Material Didático: Caderno Didático
Público: Alunos do 6º ano do Colégio Estadual Pe José Orestes Preima
SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................................. 6
3. NÚMEROS DECIMAIS: SUA ORIGEM E A IMPORTÂNCIA NO COTIDIANO .................. 9
4. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO ........................................................................................................ 10
5. ATIVIDADES ............................................................................................................................... 12
1ª atividade ........................................................................................................................................ 12
2ª atividade ........................................................................................................................................ 14
3ª atividade ........................................................................................................................................ 15
4ª Atividade ........................................................................................................................................ 20
5ª Atividade ........................................................................................................................................ 27
6ª Atividade ........................................................................................................................................ 38
7ª atividade ........................................................................................................................................ 40
8ª Atividade ........................................................................................................................................ 44
9ª atividade ........................................................................................................................................ 46
Referências .......................................................................................................................................... 51
4
1. INTRODUÇÃO
Sabe-se que a Matemática está presente em todos os níveis de ensino e na
vida das pessoas. Mesmo assim, grande parcela da população, em especial os
estudantes, considera a Matemática uma disciplina de difícil compreensão, levando
os alunos ao desgosto pela matéria. Contudo, se o professor trabalhar conceitos de
forma lúdica, há grandes chances de aumentar ou fazer surgir o interesse entre os
alunos em relação à matemática.
Segundo KISHIMOTO (1999) credita-se que a atividade lúdica seja o berço
obrigatório das atividades intelectuais, superiores e sociais, já que o jogo é um
instrumento de auxílio ao professor na construção do conhecimento matemático,
pois possibilita aplicações de conteúdos variados em todas as disciplinas escolares,
facilitando a compreensão e desenvolvimento do nível abstrato dos alunos.
Além disso, acredita-se que o lúdico propicia condições favoráveis, servindo
de motivação para o educando, pois está participando do seu conhecimento.
Podemos dizer que uma metodologia baseada no uso de atividades lúdicas torna o
processo de ensino/aprendizagem mais prazeroso ao educando.
Segundo WADSWORTH (1984, p. 22):
[...] muitas vezes os professores julgam as atividades lúdicas de forma errada: fornecem jogos descontextualizados das disciplinas escolares, ou seja, usam os jogos apenas para preencher espaços da aula que estão sobrando, quando os alunos estão inquietos; ou como prêmio por alguma atitude positiva que tenham tomado.
O professor precisa saber utilizar as atividades lúdicas, como por exemplo, ao
levar um jogo para sala de aula deve estar integrado ao conteúdo que se esta
trabalhando para que os alunos possam assim assimilar a prática com a teoria. Se o
professor fizer uma atividade lúdica sem um objetivo definido, apenas estará
prendendo a atenção dos alunos sem que de fato ocorra uma aprendizagem
significativa. Por meio da ludicidade o aluno poderá ter possibilidades de aprender
dentro e fora da escola, como colocam os autores CARRAHER E SCHELIEMANN
(1995, p. 11):
Quando uma criança resolve um problema com números na rua, usando seus próprios métodos, mas que são métodos compartilhados por outras crianças e adultos, estamos diante de um fenômeno que envolve matemática, devido ao conteúdo do
5
problema, psicologia, porque a criança certamente raciocinou, e educação, porque queremos saber como ela aprendeu e resolveu problemas deste jeito.
As atividades lúdicas são recursos favoráveis ao processo de ensino-
aprendizagem, se o professor estiver preparado e consciente da forma como irá
aplicá-las, vai se tornar uma atividade eficiente e motivadora em sala de aula. Além
disso, é relevante mostrar a importância do “lúdico” na cultura escolar, cabendo ao
professor analisar e avaliar a potencialidade do mesmo e ter consciência do
conhecimento curricular que se deseja desenvolver com os alunos.
Por meio de atividades lúdicas o aluno poderá expor seus conhecimentos e
habilidades, bem como se sentir estimulado deixando de lado seus bloqueios.
Adquire também autoconfiança, pois é incentivado a questionar, analisar e corrigir
suas ações, comparar pontos de vista, tornando-se capaz de pensar e agir
logicamente em suas atividades.
Considerando-se que o lúdico como um importante recurso no ensino e
aprendizagem da matemática, tendo em vista que estimula o desenvolvimento de
habilidades como raciocínio, pensamento lógico e abstrato entre outros, e ainda,
considerando os números decimais como um conteúdo curricular do sexto ano do
ensino básico, este trabalho justifica-se pela necessidade de analisar as
contribuições que o lúdico pode fornecer, para o trabalho com números decimais em
uma turma de 6º ano de ensino básico.
No entanto, esta unidade didática tem como objetivo demonstrar a
importância do lúdico na aprendizagem dos números decimais, bem como,
desenvolver por meio de atividades lúdicas o aprimoramento dos conceitos de
números decimais, propondo atividades desafiadoras que envolvam a utilização de
números decimais, despertando assim o interesse dos alunos em relação à
Matemática por meio de jogos e dinâmicas, com o intuito de desenvolver a
autonomia do aluno em relação ao processo ensino/aprendizagem na disciplina de
Matemática.
Teremos nesta unidade as seguintes indagações: Quais são as principais
dificuldades apresentadas por alunos de 6º ano na aprendizagem dos números
decimais? De que forma os jogos/lúdico podem contribuir para a aprendizagem dos
números decimais? Alunos de escolas rurais apresentam maior dificuldade para a
6
aquisição dos conceitos dos números decimais?
As atividades que elencadas nesta unidade didática serão aplicadas no
Colégio Estadual Padre José Orestes Preima – Ensino Fundamental e Médio – da
localidade de Linha Esperança, Município de Prudentópolis – PR, na turma de 6º
ano. As atividades serão desenvolvidas no primeiro semestre de 2015, com carga
horária de 32horas/aulas e a implementação será supervisionada pela direção,
orientação e equipe pedagógica da escola mencionada.
A pesquisa será focada na busca pela qualidade do ensino-aprendizagem,
ou seja, será caracterizada como uma pesquisa qualitativa, onde almeja o
aprendizado efetivo dos alunos e que estes possam realmente entender o conjunto
dos números decimais, suas operações e propriedades
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Matemática passou por uma grande evolução. Surgiu na antiguidade devido
a necessidade da vida diária. Desde então, vem se dedicando a resolução de
problemas e mistérios do universo, facilitando o cotidiano das pessoas, servindo de
instrumento para diversas ciências e atividades humanas.
Verifica-se que com o passar dos tempos, as propostas em relação ao ensino
da Matemática vão se modificando e se adaptando as exigências da sociedade
moderna, por esse motivo, diversos professores buscam elaborar suas aulas por
meio de jogos e atividades lúdicas, as quais possibilitam uma melhor compreensão
por parte dos alunos. Portanto, de acordo com as Diretrizes Curriculares da
Educação Básica do Paraná – DCEs (PARANÁ, 2008) “é necessário compreender a
Matemática desde suas origens até sua constituição como campo cientifico e como
disciplina no currículo escolar brasileiro”.
Ao ensinar Matemática, tem-se um objetivo determinado: a aprendizagem. Da
mesma forma, utilizando o jogo como recurso didático, o objetivo não muda, amplia-
se as possibilidades de que a aprendizagem ocorra mais tranquilamente, uma vez
que os educandos sentem-se mobilizados pelo lúdico.
É constante ouvir reclamações, por parte dos professores de Matemática, que
os alunos não se interessam pela matéria ou não querem aprender, por isso, é
preciso que o professor busque formas interessantes e atrativas de ensinar, para
7
que os alunos possam identificar-se com a disciplina e, deste modo, se sintam
motivados a aprendê-la. Uma maneira de motivar os alunos é por meio de atividades
lúdicas no ambiente escolar. De acordo com Alves (2012, p. 19) “O jogo é elemento
desencadeador deste ambiente, fértil ao aprendizado, sendo, portanto, diferente das
referências abstratas, distintas pelas quais as crianças não se motivam”.
Os professores devem estar conscientes sobre a historia dos conceitos
matemáticos e apropriar-se de elementos que mostrem a Matemática como ciência
dinâmica, sempre aberta a incorporação de novos conhecimentos. Esse processo
não passa apenas por mudanças de natureza epistemológica, mas é influenciado
por condições de ordem sócio-cultural em que o aluno elabora saberes
intermediários, como aprimorações provisórias, necessárias e intelectualmente
formadoras, contextualizando seu saber.
Quanto à aprendizagem, é fundamental considerar os interesses e as
motivações dos alunos garantindo, assim, uma aprendizagem essencial para a
formação de cidadãos autônomos capazes de atuar criticamente na sociedade em
que vivem. A aprendizagem ocorre, mais significativamente, quando o indivíduo
interage com outros. É imprescindível, atualmente, que se estabeleça uma educação
transformadora e ousada, que promova uma reflexão a respeito das atitudes e ações
pedagógicas. Por meio de jogos:
As crianças poderão agir como produtoras de seu conhecimento, tomando decisões, sendo capazes de pensar por conta própria e resolver problemas. Com isso, a Matemática contribui para a formação de cidadãos autônomos. (RICCETTI, 2001, p.19)
Assim, a Matemática deve ser ensinada como um instrumento para a
interpretação do mundo em seus diversos contextos. Formar para a criticidade, para
a indignação, para a cidadania e não para a memorização, para a alienação, para a
exclusão. O professor que se utiliza de teorias construtivistas, pode criar um
ambiente rico, que proporcione ao aluno participar ativamente do processo ensino-
aprendizagem.
No entanto, o professor deve saber que não é qualquer jogo que estimula os
alunos a aprender. Smole, Diniz e Milani (2007, p. 14) salientam que:
Um jogo pode ser escolhido porque permitirá que seus alunos comecem a pensar sobre um novo assunto, ou para que eles tenham um tempo maior para desenvolver a compreensão sobre um conceito, para que eles desenvolvam estratégias de resolução de
8
problemas ou para que conquistem determinadas habilidades que naquele momento você vê como importantes para o processo de ensino aprendizagem. Uma vez escolhido o jogo por meio de um desses critérios, seu inicio não deve ser imediato: é importante que você tenha clareza se fez uma boa opção.
Os jogos matemáticos são fundamentais para uma boa aquisição dos
conteúdos. De acordo com Macedo, Pretty e Passos (2005, p. 27), “[...] um desafio
ao professor, na perspectiva da aprendizagem, é descobrir os motivos que geram
baixo rendimento em termos de notas e aquisições”. Nesse contexto, os jogos
podem ser considerados instrumentos para que o professor avalie o desempenho do
aluno, visto que alguns alunos aprendem melhor através do contato com o jogo ou o
lúdico. Desse modo, o professor pode ajudar os alunos a se envolverem mais em
projetos e situações significativas, fornecendo, desta forma, subsídios para a
resolução de situações futuras:
No jogo, os erros são revistos de forma natural na ação das jogadas, sem deixar marcas negativas, mas propiciando novas tentativas, estimulando provisões e checagem. O planejamento de melhores jogadas e a utilização de conhecimentos adquiridos anteriormente propiciam a aquisição de novas ideias e novos conhecimentos. (SMOLE, DINIZ, MILANI, 2007, p. 10)
Cabe ao professor ficar atento ao tempo limite do jogo e a quantidade de
vezes que o aplica em sala de aula, pois um jogo repetitivo leva os alunos ao
desinteresse, deixando as aulas cansativas e sem graça. Portanto, o que estimula os
alunos, é a dificuldade e os desafios que o jogo proporciona.
Brenelli (1996, p. 21) destaca que, “[...] para Piaget, por meio da atividade
lúdica, a criança assimila ou interpreta a realidade a si própria, atribuindo então, ao
jogo um valor educacional muito grande”.
Os jogos são estímulos aos quais os alunos buscam se aperfeiçoar seguindo
regras e conceitos aos quais vão se familiarizando e entendendo, buscando sempre
melhorar e superar seus desafios. A utilização de jogos aciona diversos
mecanismos, proporcionando sentido imediato ao que antes era um problema.
O jogo é um recurso que pode ser imensamente utilizado, pois proporciona a
aprendizagem, além de favorecer o desenvolvimento da criatividade na elaboração
de estratégias, no que diz respeito ao aprendizado de números decimais. Propiciam
a simulação de situações-problema que exigem soluções vivas e imediatas,
9
estimulando o planejamento das ações e, possibilitam a construção de uma
atividade positiva perante os erros.
Ao trabalhar com números decimais faz-se necessário ampliar os materiais e
estruturas do ensino, diversificando assim, as formas de organização dos conteúdos,
fornecendo condições ao educando para pensar e por em prática uma ideia,
proporcionando um ambiente de produção do saber.
O professor ao aplicar um jogo em sala de aula, deve antes de tudo, conhecê-
lo, sabendo assim as suas regras, para então jogar com os alunos. No entanto, o
professor deve estar atento as regras do jogo para que possa repassar aos alunos
de forma que estes entendam o que esta sendo proposto. Brenelli coloca que:
As atividades lúdicas propostas na intervenção pedagógica relacionam-se ao ‘fazer’ e ‘compreender’ visto que o jogo de regras implica a construção de procedimentos e a compreensão das relações que favorecem os êxitos ou fracassos. Assim sendo, o êxito no jogo depende da compreensão do mesmo. (BRENELLI, 1996, p. 38)
O professor deve estar ciente de que não basta apenas introduzir jogos
tecnológicos em sala de aula, é preciso criar subsídios para que os alunos aprendam
com eles e criem novas possibilidades de conhecimento.
De acordo com os PCNs (BRASIL, 1998, p. 48-49), “[...] é importante que os
jogos façam parte da cultura escolar, cabendo ao professor analisar e avaliar a
potencialidade educativa dos diferentes jogos e o aspecto curricular que se deseja
desenvolver”. O professor deve buscar métodos, abordagens ou técnicas que
acredite ser ideal para aprendizagem. Segundo Almeida Filho (1993) a mais básica
forma de aprendizado é a competência comunicativa, pois está constituída de
crenças e experiências.
3. NÚMEROS DECIMAIS: SUA ORIGEM E A IMPORTÂNCIA NO COTIDIANO
Os números surgiram a partir da necessidade que o homem teve em medir,
somar, dividir ou multiplicar, juntamente com eles vieram às regras e conceitos
decimais, bem como sua importância no nosso dia a dia. Sabemos que desde a pré
história o homem já tinha uma maneira de contar ou representar suas caças, que era
por meio de desenhos nas paredes das cavernas.
10
Os egípcios criaram desenhos ou símbolos que representassem as
quantidades, desenvolvendo assim a matemática. Com o passar dos tempos esses
símbolos foram sendo aperfeiçoados até chegarmos ao sistema numérico que temos
hoje.
O sistema de numeração decimal surgiu da idéia de que as pessoas tinham
que aprender a contar para saber a quantidade de seus bens, por isso utilizavam
grupos de 10. O sistema decimal é o nosso sistema numérico, sendo formado por
dez algarismos, que são: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 0, portanto estes dividem os valores
em unidade, dezenas, centenas, milhares e etc.
No entanto, é preciso que os alunos compreendam a importância que os
números decimais têm em nosso cotidiano, fazendo-os perceber que a matemática
faz parte de suas vidas e que a matemática que eles aprendem dentro da escola
eles irão utilizá-la fora da escola, sendo que muitas vezes é possível aprender
matemática fora da escola, pois a experiência cotidiana contribui para uma
aprendizagem significativa. “Ao contrario da aprendizagem escolar, a experiência
cotidiana parece enriquecer os números de significado. Assim, os mestres de obras
eram mais inteligentes que os estudantes ao utilizarem a mesma estratégia (...)”
(CARRAHER & SCHLIEMANN, 1995, p. 122)
A escola pode trabalhar com a matemática em conjunto com a realidade e o
cotidiano dos alunos, Por exemplo, sempre explorando os conceitos que eles
utilizam no dia a dia, como medidas de massa, peso, altura, e até mesmo em uma
receita de bolo eles estão utilizando-se de números decimais. É importante que os
alunos compreendam que estudar matemática não é coisa chata e sim um
aprendizado que eles já estão aplicando em suas vidas diariamente.
4. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
Este projeto será aplicado no Colégio Estadual Padre José Orestes Preima–
Ensino Fundamental e Médio – da localidade de Linha Esperança, Município de
Prudentópolis – PR, na turma de 6º ano. As atividades serão desenvolvidas no
primeiro semestre de 2015, com carga horária de 32 horas/aulas e a implementação
será supervisionada pela direção, orientação e equipe pedagógica da escola
mencionada.
11
A aplicação do trabalho ocorrerá também com o Grupo de Trabalho em Rede
– GTR/2014, em que participam professores da Rede Pública Estadual do Paraná.
Tais professores poderão conhecer e discutir o projeto, bem como contribuir com
sugestões e críticas.
Para iniciar a implementação da unidade didática será feito um levantamento
prévio do conhecimento dos alunos a respeito dos números decimais com uma pré-
avaliação. A partir de então, serão realizadas algumas aulas expositivas, nas quais
os alunos poderão dar exemplos e opiniões a respeito do conjunto dos números
racionais.
Para realização deste trabalho serão colecionados diversos materiais de
apoio, jogos, trabalho com dinheiro, material dourado, etc., os quais possibilitam a
construção do conceito de unidade, dezenas, centenas, milhares e etc, manuseando
os materiais os alunos poderão construir todos os conceitos que envolvem o
conjunto dos números racionais.
Para finalizar a unidade didática será feita uma pós-avaliação, abordando
todo o conteúdo trabalhado, propondo aos alunos para fazer uns depoimentos sobre
as aulas, sua exposição e como ocorreu a aprendizagem, como foi para os alunos
utilizar o dinheiro para fazer comparações de compra e troco e resolvendo todas as
atividades propostas usando o sistema monetário e uso dos números decimais.
12
5. ATIVIDADES
1ª atividade
Noções de números decimais
Carga horária: 02h/a
Objetivo: Avaliar o conhecimento prévio dos alunos sobre os números
decimais
Essa atividade será realizada em dois momentos, sendo que no primeiro uma
discussão com a turma, com o intuito de investigar o conhecimento prévio sobre a
temática. Em um segundo momento será realizado uma avaliação com 09 questões,
envolvendo o conjunto dos números racionais, para avaliar o conhecimento cientifico
dos alunos.
Avaliação
1) Na turma do 6º ano tem 35 alunos. Cada aluno tem um livro de Matemática
que mede 28 cm de comprimento. Se colocarmos os livros numa fila, um do
lado do outro, quanto vai ser o comprimento da fila?
2) Carlos está em dúvida em qual seria a melhor unidade de medida, para medir
as seguintes distâncias e objetos
a) A distância de sua casa até a escola.
b) A distância de sua carteira até a carteira da professora.
c) A distância entre duas cidades.
d) O tamanho de seu lápis.
e) O comprimento de sua carteira.
3) A distância de Prudentópolis à Ponta Grossa é de aproximadamente 100 Km.
Se uma pessoa já percorreu 10.000 m. Quantos Km ainda falta percorrer?
4) Escreva como lemos as medidas:
a) 2,5 Km=
13
b) 10,6 m=
c) 0,5 m=
d) 40 mm=
e) 6,8 cm=
4) Ana foi ao shopping realizar compras. Na loja de roupas ela gatou R$ 385,00,
na loja de calçados R$235,00 e no mercado R$ 360,30. Quanto de dinheiro
sobrou depois das compras? Sabendo que Ana levou R$1000,00.
5) O pai de Carlos comprou uma TV de 42’’ polegadas para ver a copa do
mundo. Deu uma entrada R$ 800,00 e o restante vai pagar em 6 prestações
de R$ 580,00. Qual era o valor da Televisão?
6) Dona Maria foi às compras, observe o que ela comprou e quanto gastou?
Produtos R$ (unidade) Valor compras (R$)
2 pacotes de açúcar 5,99
2 pacotes de erva 9,80
3 pacotes de feijão 2,80
4 latas de óleo 2,35
2 quilos de carne 11,80
Total...................
Quadro 1: Produtos de mercado
7) Tenho um terreno retangular, Com 20,5 m de comprimento e 14 m de largura.
Quero fechar com uma cerca o terreno. Quanto de cerca preciso comprar?
Represente com desenho e faça o cálculo:
8) Efetue as operações:
a) 12,63 + 4,84 + 3=
b) 6,23 + 2,7 + 0,63=
c) 2,6 – 0,8=
d) 10,4 – 8,6=
e) 12 – 3,64=
14
9) Calcule o perímetro das figuras abaixo:
Imagem 1: Polígonos1
2ª atividade
Medias e números com vírgula
Carga horária: 03h/a
Objetivo: Abordar o uso dos números decimais na vida prática
DVD = TV Escola – Secretaria de Educação a Distância – Vol. II. Ministério da
Educação.
Nessa atividade serão passados dois vídeos, disponíveis no DVD TV Escola–
Secretaria de Educação a Distância – Vol. II. Ministério da Educação.
Antes de passar o vídeo será lançado alguns questionamentos:
a) Por que as pessoas precisam medir as coisas?
b) Cite exemplos de objetos que são utilizados para medir (distancias,
comprimentos, tamanho de objetos).
c) De que forma as unidades de medidas estão presente no nosso cotidiano? Cite
exemplos.
d) Sabemos que para mediar o tamanho de uma pessoa usamos o metro (m) como
unidade e para medir a distância entre duas cidades usamos o quilometro (km).
Você acha importante saber qual unidade devemos utilizar para medir distancias e
objetos?
O primeiro tem duração de 18 minutos e aborda conceitos de medidas,
mostrando diversas maneiras de medir, como: palmo, fio, régua, fita métrica e o
1 Fonte: A autora
15
próprio metro, sempre destacando como usamos as medidas no nosso dia-a-dia.
No segundo vídeo que tem a duração de 20 min, será abordado números com
virgula (os decimais) onde será relatado o uso pratico destes números.
Após o vídeo a professora irá realizar um debate a respeito dos temas
abordados, possibilitando a discussão da temática entre os próprios alunos,
permitindo assim que eles descrevam experiências de seu cotidiano onde o conjunto
dos números racionais se faz presente. Para finalizar essa primeira atividade será
pedido para que cada auno realize um pequeno relatório do vídeo e das discussões
realizadas em sala.
3ª atividade
Medindo objetos com polegada, palmo e canudinho
Carga – horária: 04h/a
I
Imagem 2:Medidas de comprimento2
2 Fonte: A autora
16
Objetivo: Compreender as diferentes unidades de medidas.
Nesta atividade primeiramente será realizado um levantamento histórico
sobre as unidades de medidas, , pois muitas que eram usadas na antiguidade
caíram em desuso ou foram trocadas por unidades mais precisas, seja de
comprimento, agrários, peso, quantidade, tempo entre outras. Algumas unidades
podem variar de acordo com a localidade, sendo necessário assim a criação de
unidades padrão de medidas.
Aqui será abordado duas medias com os alunos: o palmo e a polegada e
outra alternativa, medir com canudinhos de refrigerantes.
O “palmo” era muito utilizado pelo povo egípcio, ele consiste na utilização de
quatro dedos juntos, e ainda hoje o palmo é utilizado em algumas medições
caseiras, ele é medido desde o polegar até o dedo minguinho, tem em torno 22 cm,
isso dependendo da mão da pessoa que faz a medida.
A “polegada”, vem de origem inglesa, tem aproximadamente 2,5 cm, é a
distância entre a ponta do polegar e a primeira junta. Hoje em dia é muito usada
quando nos deparamos para referenciar o tamanho da tela de televisores e
monitores de computador, entretanto, em aparelhos de LCD, os números de
polegada correspondem à dimensão correta da tela.
Será mostrado aso alunos que podemos utilizar diversos objetos para
expressar a medida e/ou comprimento de outros objetos, por exemplo usar um palito
de sorvete para expressar o comprimento de sua mesa escolar ou o seu tamanho.
Nessa atividade será utilizado canudinhos de refrigerante, palmo e polegada para
medir objetos que serão levados pela pesquisadora.
17
1) Preencha o quadro:
Quadro 2: Medidas com palmos
Imagem3: Polegada3
3 Fonte: http: //projovemjaguaquara.blogspot.co ... Acesso em 29 de nov.2014
OBJETO
ESTIMATIVA
Quantos palmos você acha
que ele mede?
QUANTO ELE MEDE
Quantos palmos ele realmente
mede?
Carteira
Livro
Porta
Janela
Estojo
Quadro
Comprimento
Da sala
Caixa dental
Comprimento
Do caderno
18
2) Preencha o quadro:
Quadro 3: Medidas com canudos
Imagem 4: Canudinhos4
4 Fonte: https:? //www.google.com.br/search q = ca ... Acesso em 29 nov. 2014
OBJETO
ESTIMATIVA
Quantos canudos você
acha que ele mede?
QUANTO ELE MEDE
Quantos canudo ele realmente
mede?
Inteiro Metade Inteiro Metade
Livro
Porta
Janela
Estojo
Quadro
Comprimento
Da sala
Caixa dental
Comprimento
Do caderno
19
3) Preencha o quadro:
Quadro 4: Medidas com polegadas
2) Comparar as respostas com seus colegas. Os resultados foram iguais? Por
quê?
3) Registrar as conclusões da turma.
4) O que mais podemos usar para medir o comprimento das coisas?
5) Para que medimos as coisas?
6) Quais são os instrumentos de medida que você conhece?
7) A régua é um instrumento de medida? Para que você usa?
8) Quantos canudos cabem inteiros e pela metade enfileirados no comprimento da mesa do
professor?
OBJETO
ESTIMATIVA
Quantos polegadas você
acha que ele mede?
QUANTO ELE MEDE
Quantos polegadas ele
realmente mede?
Carteira
Livro
Porta
Janela
Estojo
Quadro
Comprimento
Da sala
Caixa dental
Comprimento
Do caderno
20
4ª Atividade
Construção do metro
Carga- horária: 04 h/a
Imagem 5: Confecção do metro5
Objetivo: Desenvolver o conhecimento sobre unidades de medidas.
Retomar a história das medidas, quais eram os recursos utilizados para
medir, explicar a evolução até chegarmos ao metro. Em seguida os alunos
construirão o metro, utilizando-se de cartolina, na qual será impresso o metro,
utilizando-se de dessoras e cola para a montagem.
Em seguida discutir com os alunos o comprimento das peças do metro,
como: Quanto mede cada peça do metro que você montou? Quantas peças foram
necessárias para construir o metro? Quantos centímetros têm em cada parte e no
todo?
Medidas de Comprimento
5 Fonte: http://www.portalescolar.net/2012/07/.. Acesso em 25 nov. 2014.
21
Metro – O homem dês dos tempos mais remotos teve a necessidade de
contar e medir objetos, isso fez com que em cada região desenvolvesse sua própria
forma de contar e medir, estabelecendo assim suas unidades. Com o passar dos
tempos e o contato entre diversos povos e regiões observou-se a necessidade de
unidades padrão, que representassem a mesma medida em locais diferentes. Isso
foi possível com a criação do Sistema Métrico que surgiu pela primeira vez durante
Revolução Francesa, desde1960 o Sistema Internacional de Unidades ("Système
International d'Unités" em Francês, sigla "SI") foi reconhecido como sistema
métrico padrão, utilizado atualmente por todos os países6. A palavra metro vem do
grego, que significa “o que mede”. Temos medidas maiores que o metro e medidas
menores, ou seja, seus múltiplos e submúltiplos.
Múltiplos Unidade
Fundamental Submúltiplos
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Km hm Dam M dm cm mm
1.000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
Quadro 5: Unidades de medida
Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto
os submúltiplos, para pequenas distâncias. Para medidas milimétricas, em que se
exige precisão, utilizamos:
mícron (µ) = 10-6 m
angströn (Å) = 10-10 m
Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz
em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km
O pé, a polegada, a milha e a jarda são unidades não pertencentes ao
sistema métrico decimal, são utilizadas em países de língua inglesa. Observe as
igualdades abaixo:
Pé = 30,48 cm
Polegada = 2,54 cm
Jarda = 91,44 cm
6 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Internacional_de_Unidades. Acesso em 24 nov. 2014.
22
Milha terrestre = 1.609 m
Milha marítima = 1.852 m
O metro é dividido em 100 pedaços do mesmo tamanho, chamados centímetros.
1m = 100 cm
Cada centímetro é dividido em 10 pedacinhos chamados milímetros.
1m = 100 cm = 1000 mm
Quando dividimos o metro em 10 pedaços do mesmo tamanho, encontramos:
1 m = 10 dm
1 dm = 10 cm
Então
1 m = 10 dm = 100 cm = 1000 mm
Múltiplos
Unidade
Fundamental Submúltiplos
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro Milímetro
Km hm Dam m dm cm mm
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
Quadro 6: Explicação do metro
Depois será utilizado o metro para medir algumas partes da escola, levar os
alunos até o pátio para que possam escolher objetos diversificados e medir
primeiramente utilizando materiais diversos, como: caixa, palma, pés etc, e depois
medir com o metro feito em sala, durante a atividade os alunos deverão preencher a
tabela a seguir:
23
1) Usando o metro construído e resolver a atividade
Quadro 7: Medidas com o metro
Observando esta última tabela em metros responda:
a) Qual o objeto que tem menos de um metro?
b) Tem algum que tem menos de meio metro?
c) Mais de um metro e menos do que dois metros?
d) Mais do que dois metros e menos do que três metros?
e) Mais do que três metros?
f) Qual é o menor objeto? Quanto mede?
g) Qual é o maior objeto? Quanto mede?
OBJETO
ESTIMATIVA
Quantos metros você acha
que ele mede?
QUANTO ELE MEDE
Quantos metros ele realmente
mede?
Carteira
Livro
Porta
Janela
Estojo
Quadro
Comprimento
Da sala
Caixa dental
Comprimento
Do caderno
Largura da
Sala
Mesa
Largura da
janela
24
2)Fazer a tabela das alturas dos alunos e depois construir um gráfico de
coluna:
ALUNOS ALTURA
Quadro 8: Altura dos alunos
Imagem 6: Gráfico de coluna7
7 Fonte:https://www.google.com.br/search?q=ma... Acesso em 30 out. 2014
25
Construa na malha pontilhada, retângulos com as medidas da tabela e calcule o perímetro, sabendo cada quadrinho da malha corresponde a um centímetro.
Retângulo Medida da base Medida da altura Medida do perímetro
1 2 1
2 3 2
3 4 3
4 5 2 Quadro 9: Medida do perímetro
Imagem 7: Construção de figuras8
a) O que você observou ao calcular o contorno dos retângulos?
b) Que operação matemática você usou para fazer os cálculos?
1) Na malha quadriculada, cada quadrinho mede 1cm. Cada cm da malha
representa 1m, Usando a malha quadriculada, você vai colorir o espaço ocupado
por uma casa que mede 12 m de comprimento e 8m de largura e contornar o
terreno em que está e que mede 9 metros de largura e 16 m de comprimento.
Cada quadrado corresponde a 1 m.
8 Fonte: https:? //www.google.com.br/search q = ma ... Acesso em 30 out. 2014.
26
Imagem 8: Construção de figura9
Compare os espaços do terreno e da casa e responda:
a) O espaço da casa que você coloriu coube dentro do espaço do terreno?
b) Falta ou sobra espaço no terreno?
c) Sobram quantos quadrados?
d) Pinte de verde o espaço restante.
9 Fonte: https:? //www.google.com.br/search q = ma ... Acesso em 30 out. 2014.
27
5ª Atividade
Trocando valores (dinheiro)
Carga-horária 8h/a
Imagem 10: Cédulas do Sistema Monetário brasileiro10
Objetivo: Trabalhar com o Sistema Monetário Brasileiro, reconhecendo,
fazendo trocas e saber fazer cálculos precisos.
Na primeira será mostrado as moedas e as cédulas, explicando a história e
sua evolução até hoje.
Na época colonial, circulavam poucas moedas pelo território brasileiro. A
economia era baseada principalmente a base de trocas, usando produtos de valor
(algodão, açúcar e fumo). As poucas moedas que circulavam aqui eram cunhadas
em Portugal.
10 Fonte: A autora
28
Nomes das moedas que circularam no Brasil
- REAL: nome da moeda que vigorou no Brasil desde o início da
colonização (1500) até 1942.
Imagem 11: Real11
CRUZEIRO: criado no governo do presidente Getúlio Vargas, em 5 de outubro de 1942. Ao criar o Cruzeiro, o governo realizou o corte de zeros e estabeleceu que cada Cruzeiro equivaleria a mil réis.
11 Fonte: https:? //www.google.com.br/search q = ma ... Acesso em 02 nov. 2014.
29
Imagem 12: Cruzeiro12
- CRUZEIRO NOVO: entrou em circulação em 13 de fevereiro de
1967, durante o regime militar. Circulou até 14 de maio de 1970.
Durante sua implantação, o Cruzeiro perdeu três zeros.
Imagem 13: Cruzeiro Novo13
12 Fonte: https://www.google.com.br/search?q=ce... Acesso em 02 nov. 2014.
13 Fonte: https://www.google.com.br/search?q=cr... Acesso em 02 nov. de 2014.
30
-CRUZEIRO: voltou em 15 de maio de 1970, sem corte de zeros.
Imagem 14: Cruzeiro
- CRUZADO: entrou em circulação em 28 de fevereiro de 1986,
durante o Plano Cruzado no governo de José Sarney. Houve o corte
de três zeros em relação ao Cruzeiro..
Imagem 15: Cruzado14
14 Fonte: https://www.google.com.br/search?q=cr... Acesso em 02 de nov. de 2014.
31
- CRUZADO NOVO: novamente, em função da inflação elevada,
houve a criação de uma nova moeda e o corte de três zeros em
relação a moeda anterior. Entrou em circulação em 16 de janeiro de
1989.
Imagem 16: Cruzado Novo15
- CRUZEIRO: em 16 de março de 1990, durante o primeiro ano do
Governo de Fernando Collor, a moeda retomou o nome de Cruzeiro.
Nesta mudança não ocorreu corte de zeros.
15 Fonte: https://www.google.com.br/search?q=cr... Acesso em 02 de nov. de 2014.
32
Imagem 17: Cruzeiro16
- CRUZEIRO REAL: já em preparação para o Plano Real, o governo
de Itamar Franco criou o Cruzeiro Real que entrou em circulação em 1
de agosto de 1993. Houve o corte de três zeros.
Imagem 18: Cruzeiro Real17
16 Fonte: https://www.google.com.br/search?q=cr... Acesso em 02 de nov. de 2014.
33
- REAL: moeda que entrou em circulação em 1 de julho de 1994,
durante o Plano Real, implementado no governo de Itamar Franco. Os
brasileiros tiveram que trocar a moeda antiga pela nova (2.750
Cruzeiros Reais por 1 Real). O Real (R$) é a moeda em circulação até
os dias de hoje.
Imagem 19: Real18
Após a explicação, na atividade seguinte os alunos formarão grupos de 5 alunos e com os dados já confeccionados irão desenvolver o jogo que está a seguir: “trocando valores”.
17 Fonte: https://www.google.com.br/search?q=cr... Acesso em 02 de nov. de 2014.
18 Fonte: https://www.google.com.br/search?q=re... Acesso em 02 de nov. de 2014.
34
Imagem 20: Trocando valores19
O jogo “trocando valores”
Participantes em cada grupo 5 alunos, onde um será o banqueiro;
O grupo estabelece quem será o banqueiro e inicia o jogo;
Estabelecem regras para regras para iniciar o jogo;
O banqueiro terá uma caixa com moedas e cédulas já confeccionadas
(prontas);
Cada participante do jogo, na sua vez joga os dados e faz a operação
indicada;
O banqueiro dará ao participante a quantia da operação, sabendo que o
cálculo deve estar certo. Por acaso, o resultado for 0 (zero), o participante
passa a vez. Se o participante não acertar a operação, perderá o dinheiro no
valor da moeda menor retirada dos dados;
Se um participante já tiver moedas num total de R$ 1,00 deverá trocar por
moeda de R$ 1,00;
Se o participante tiver duas moedas de R$ 1,00, vai trocar por cédulas de R$
2,00 e sucessivamente;
Se tiver duas cédulas de R$ 2,00 e uma moeda de R$ 1,00, troca por cédula
de R$ 5,00;
Se tiver duas cédulas de R$ 5,00, troca por cédula de R$ 10,00 e o jogo
continua até o primeiro participante conseguir uma cédula de R$ 100,00 e
este será o vencedor;
19 Fonte: A autora
35
A função do banqueiro é conferir os cálculos realizados durante o jogo com a
calculadora, pagar os jogadores por seus acertos com moedas, e realizar as
trocas de moedas por cédulas.
Exercícios:
1) Trabalhe envolvendo troca do dinheiro:
Imagem 21: Dinheiro atual20
a) Você costuma conferir o troco quando faz as compras?
b) Como você faz para saber se o troco está certo?
c) Quando vai as compras, como faz se o dinheiro é suficiente para as
compras?
d) Quantas moedas de R$ 0,05 são necessárias para trocar por R$ 1,00?
e) Tenho quatro moedas de R$ 0,25 e duas moedas de R$ 0,50. Quanto eu
tenho?
f) Olhando as o dinheiro acima, fazendo a soma, quanto eu tenho?
g) Faça uma estimativa, o que poderei comprar.
2) D. Maria tem loja. Como as vendas estão paradas, ela fez uma promoção de
brinquedos. Verifique:
20 Fonte: A autora
36
(R$ 9,90) (R$ 4,99) (R$ 9,99)
(R$ 3,90) (R$ 49,90) (R$ 12,90)
(R$ 10,90) (R$ 7,80) (R$ 2,50)
Imagem 22: Brinquedos21
Observando os brinquedos que estão em promoção, responda:
a) Dallyana quer comprar 2 bonecas, 1 almofada para sua irmã e 3 petecas ela
tem R$ 50,00. O dinheiro será suficiente para fazer a compra? Terá troco?
b) A Pollyana precisa comprar alguns brinquedos para dar de presente. E
aproveitando a promoção da loja, comprou: 2 bonecas, 1 dominó, 3 bolas e 2
bicicletas de boneca. Ela foi com R$ 100,00, quanto receberá de troco?
21 Fonte: A autora
37
d) Na loja de D. Maria tem um estoque de 6 bolas, 10 almofadas, 8 bonecas, 5
dominós, 12 bicicletas de boneca, 4 carrinhos e 2 computadores, monte uma
tabela e um gráfico de barras para mostrar o estoque e se ela vender todos os
brinquedos quanto terá no caixa?
f) Eu tenho um cofre com 45 moedas de R$ 0,05, 60 moedas de R$ 0,10, 30
moedas de R$ 0,25, 26 moedas de R$ 0,50 e 15 moedas de R$ 1,00, quero
trocar o dinheiro e aproveitar a promoção da loja de D. Maria. O que poderei
comprar?
g) Laércio tem um cofrinho com moedas de R$ 0,05 e R$ 0,10 num total de 50
moedas. Verifique usando as moedas. Qual é o valor que ele possui? E
quantas moedas de R$ 0,05 e R$ 0,10 ele tem?
3) Escreva na tabela o número de notas que vai utilizar para ter em cada
quantia:
Quantias
Trezentos e
oitenta reais
Quatrocentos
e trinta e seis
reais
Um mil e seis
reais
Cento
setenta e
quatro reais
Seiscentos e
sessenta e
dois reais
38
Oitocentos e
noventa e
cinco reais
Quadro 10: Utilizando cédulas 22
4) Observe a tabela e responda:
a) Quantas notas de cada valor você utilizou:
b) Some as quantias da tabela e de o valor total:
6ª Atividade
Construção do cubo utilizando o Sistema Monetário
Carga horária: 03h/a
Imagem 23:23
Objetivos:
22 Fonte: A autora
23Fonte: Amelia
39
Reconhecer uma quantia de dinheiro usando cédulas variadas fazendo
as operações corretas;
Compreender o jogo como um meio de facilitador do aprendizado.
Imagem 24:24
Para retomar o conteúdo já trabalhado de números decimais, será mostrado
neste jogo envolvendo cédulas de dinheiro.
Primeiramente cada aluno vai montar o seu cubo, contendo já planificado em
cartolina, em seguida pegando cinco cédulas colar em cinco faces e na sexta face
vai desenhar uma estrela. O jogo será realizado em duplas.
Regras do Jogo.
Tirar par ou ímpar para ver quem iniciará o jogo;
O aluno que ganhou pega os dois dados confeccionados e lança-os,
verificando os valores de cada dado, faz a soma e registra num papel;
Se o aluno ao lançar e sair uma estrela, ele passa a vez;
Se o aluno ao lançar os dados sair duas estrelas vai diminuir o valor da menor
cédula (R$ 2,00);
Serão feitas dez jogadas por aluno;
24 Fonte: A autora
40
Sempre registrando os valores de cada jogada;
Vence o jogo, o aluno que conseguir o maior valor do final das dez jogadas.
Observação: Os cálculos podem ser verificados pela dupla usando a calculadora.
1) Escreva o valor por extenso o valor que você conseguiu no final das 10
jogadas?
2) Qual o aluno que conseguiu mais dinheiro?
3) Qual o aluno que conseguiu menos dinheiro?
4) Quantos conseguiram os dois alunos juntos?
5) Qual foi a diferença entre os valores de cada um?
7ª atividade
Sistema de numeração decimal usando o material dourado
Carga horária: 02 h/a
Imagem 25: Material dourado25
25 Fonte: A autora
41
Objetivos:
Contribuir para a compreensão de agrupamento e troca;
Desenvolver o raciocínio rápido por meio de operações mentais.
Primeiramente investigar se os alunos conhecem o material dourado e se já
trabalharam com o mesmo, explicando:
1 inteiro 1 = 1 décimo 10
1 = 1 centésimo 1 = 1 milésimo 100 1000 Imagem 26: Material dourado26
Mostrar aos alunos o material dourado explicando bem, e determinar, a parte
inteira e a parte decimal.
26 Fonte: A autora
42
Em seguida representar na lousa, alguns exemplos juntamente com os
alunos, sempre usando material dourado.
Dividir a turma e 5 grupos (5 caixas de material dourado) e propor a
representação e resolver algumas atividades:
1) Use material dourado e monte os números decimais:
a) 1,03=
b) 2,4=
c) 0,342=
d) 0,002=
e) 0,04=
f) O,8=
g) 4,603=
h) 3,6=
i) 1,032=
j) 0,68
k) 0,81=
l) 1,003=
43
2) Complete a tabela usando o material dourado:
Quantidades
Representação
Com material
dourado
Fração
decimal
Número
decimal
Unidade Décimo Centésimo Milésimo
3 décimos
4 centésimos
8 milésimos
1 inteiro
1 inteiro e
2 décimos
3 décimos e
4 centésimos
2 inteiros e
5 milésimos
1 milésimo
1 centésimo
1 décimo
Quadro 11: Representação de números decimais27
3) Calcule as operações usando material dourado:
a) 1,6 – 1,2=
b) 1,43 – 0,52=
c) 1 – 0,9=
d) 1,7 – 0,98=
e) 1,4 – 0,85=
f) 0,6 + 0,03=
g) 0,84 + 0,2 +0,541=
h) 0,07 +0,8 + 0,24=
i) 0.64 + 0,4 + 0,08=
j) 0,04 + 1,2 +0,046=
27 Fonte:Amelia
44
8ª Atividade
Jogo de números decimais
Carga horária: 04h/a
Objetivo: Desenvolver a habilidade e agilidade no cálculo com números decimais.
Neste jogo os alunos já terão o material confeccionado, para cada dois alunos
contendo quatro cartas com dimensões de cartas de baralho de cada um dos
números decimais abaixo:
E cinco cartas com cada um desses sinais: Imagem 27: Imagem com decimais 28
Com dez marcadores de resultados de cores diferentes cinco a cinco e três
marcadores coringas.
28 Fonte: PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação. Orientação
Pedagógicas, matemática: sala de apoio à aprendizagem. Curitiba: SEED – PR., 2005 – 130p.
2,3
5,6
4,3
8,1
9,2
+ X
45
Uma tabela de resultados e uma folha contendo as regras do jogo:
Tabela dos resultados
7,9
5,29
45,36
13,7
11,5
24,08
12,4
12,88
16,2
4,6
34,83
13,5
11,2
9,9
39,56
31,36
6,6
74,52
18,4
9,89
84,64
21,16
18,49
51,52
10,4
18,63
17,3
8,6
14,8
65,61
Quadro 12: Números decimais29
Regras:
As cartas com decimais deverão ser separadas em duas pilhas com duas
29 Fonte: p. 10 PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Orientação Pedagógicas, matemática: sala de apoio à aprendizagem. Curitiba: SEED – PR., 2005, p. 100 – 102.
46
cartas de cada número. Cada pilha, após embaralhada, deverá ser colocada
sobre a mesa virada para baixo;
Uma outra pilha deverá ser formada com as cartas de sinais. Estas também
deverão ser embaralhadas e colocadas viradas para baixo sobre a mesa, no
meio das pilhas anteriores;
Através do jogo do “par ou ímpar”, o perdedor deverá escolher três coringas
do jogo, ou seja, deverá escolher três números dentre os resultados da
tabela, e o ganhador dará início ao jogo;
Para iniciar a rodada, o jogador pega uma carta de cada pilha e efetua a
operação indicada. Ganha o jogador que primeiro efetuar a operação que
resulte em um dos coringas ou aquele que obtiver a maior soma ao final de
dez rodadas;
Cada jogador deve anotar os seus cálculos em seu caderno ou numa folha de
pontuação;
O juiz confere os cálculos, podendo para isso usar uma calculadora.
Procedimentos:
Ler as regras com os alunos, item por item, esclarecendo as dúvidas que
surgirem;
Propor o jogo;
Acompanhar as duplas de jogadores enquanto jogam e, se houver
dificuldades na resolução das operações, fazer as intervenções necessárias.
9ª atividade
Avaliação final
Carga horária: 02h/a
Objetivo: Verificar o conhecimento adquirido pelos alunos após o trabalho
com números racionais de forma lúdica.
1) Escreva o nome da unidade de medida que utilizamos para medir;
a) a largura de uma revista:
b) a espessura de um livro:
c) o comprimento de uma estrada:
47
d) a largura de uma sala de aula:
e) o comprimento de seu braço:
f) a distância entre duas cidades:
g) a altura de um prédio:
h) a altura de uma pessoa:
i) a largura de uma carteira:
2) Um ônibus saiu da Rodoviária e percorreu 6 Km e 540 m até um próximo ponto
de parada. Quantos metros ele percorreu?
3) Eu quero utilizar um rolo de arame de 100 m para cercar um terreno retangular
de 12 m por 20 m. Qual é o contorno do terreno? Vai sobrar arame?
4) Como já trabalhado com o material dourado, represente com desenhos:
a) nove milésimos:
b) um inteiro e quatro décimos:
c) três décimos e seis centésimos:
d) um décimo, dois centésimos e quatro milésimos:
e) dois inteiros e cinco milésimos:
f) seis centésimos:
5) Complete com V (verdadeiro) ou F (falso):
a) ( ) 0,2 = 0,20
b) ( ) 15,100 = 25,1
c) ( ) 49,600 = 49,60
d) ( ) 2,09 = 2,9
e) ( ) 80,20 = 8,02
f) ( ) 5,0 = 5
g) ( ) 7,000 = 7
h) ( ) 1,900 = 1,09
i) ( ) 34,100 = 43,100
48
6) Responda mentalmente:
a) Comprei 3 mamões e utilizei 1,5 deles para fazer um doce. Quanto sobrou dos
mamões?
b) Dally comeu 1,5 chocolates, Polly comeu 2 e Laércio comeu 1 chocolate.
Quantos chocolates comeram os três juntos?
c) Comprei 12 bananas e usei 3,5 para fazer uma vitamina. Quantas bananas
sobraram?
7) Comprei um tapete que está dividido em 100 partes você vai colorir o tapete,
usando a sua imaginação e observando a legenda das cores.
Imagem 30: Uso de números decimais30
30 Fonte:A autora
0,17
0,20
0,13
Metade de vermelho
49
Quadro 13: Uso de números decimais31
8)Faça os cálculos mentalmente:
a) 10 notas de R$ 5,00 + 3 notas de R$ 10,00=
b) 10 notas de R$ 5,00 + 3 notas de R$ 10,00=
c) R$ 65,00 + R$ 40,00=
d) R$ 100,00 – 3 notas de R$ 20,00=
e) 4 moedas de R$ 0,25 + 6 notas de R$ 2,00=
f) 5 cédulas de R$ 100,00=
31 Fonte: A autora
50
g) 2 cédulas de R$ 50,00 + 12 moedas de R$ 1,00=
h) 3 cédulas de R$ 100,00 – 3 cédulas de R$ 50,00=
9) Comprei uma TV dando R$300,00 de entrada e pagando o restante em 10
prestações de R$ 200,00 cada. Qual o valor da TV?
10) Complete o quadro:
Mercadoria Preço (unidade) Pagamento Troco
1 estojo R$ 10,90 R$ 15,00
2 cadernos R$ 7,80 R$ 20,00
4 canetas R$ 1,50 R$ 10,00
1 mochila R$ 25,90 R$ 30,00
1 caixa de lápis de
cor R$ 12,90 R$ 20,00
Quadro 14: Uso do dinheiro32
32 Fonte: A autora
51
Referências
ALMEIDA FILHO, J. C. P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Pontes, 1993.
ALVES, Eva Maria Siqueira. A ludicidade e o ensino da Matemática: uma prática possível / 7ª ed. – Campinas, SP: Papirus, 2012. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. Ensino de Matemática. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, 1998.
BRENELLI, Rosely Palermo; O jogo como espaço para pensar: a construção de noções lógicas e aritmética. Campinas, SP: Papirus, 1996. CARRAHER, David William. CARRAHER, Terezinha Nunes & SCHELIEMANN, Analúcia Dias. Na vida dez, na escola zero. 10ª ed. – São Paulo: Cortez, 1995. MACEDO, Lino de; PRETTY, Ana Lúcia Sícoli; PASSOS, Norimar Christe; Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar . Porto Alegre: Artmed, 2005. RICCETTI, V. P. In: Revista Educação Matemática. Ano 8, n. 11, 2001. SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez; MILANI, Estela; Cadernos do Mathema: Jogos de matemática de 6º a 9º ano . Porto Alegre: Artmed, 2007. WADSWORTH, B. Jean Piaget para o professor da pré-escola e 1º grau. São Paulo: Pioneira, 1984. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Matemática. Secretaria do Estado da Educação do Paraná, 2008.