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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2013
Título: Causo e Notícia: A Oralidade na Sala de Aula
Autor Madalena Antonelo Locatelli
Disciplina/Área Língua Portuguesa
Escola de Implementação do
Projeto e localização
Escola Estadual Vinícius de Moraes – Ensino Fundamental – Rua
Argentina, 160 – Bairro Santa Luzia
Município da escola Dois Vizinhos
NRE Dois Vizinhos
Professora Orientadora Daniela de Mamam
IES Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE
Resumo
Esta produção didático-pedagógica, objetiva apresentar
planejamentos pedagógicos compostos por um roteiro de
atividades, que exploram os gêneros discursivos, causo e
notícia. Na implementação das atividades pretende-se
trabalhar segundo as dificuldades demonstradas pelos
educandos, especialmente, expressar-se oralmente em sala
de aula buscando minimizá-las. Este processo de elaboração
e posterior implementação das atividades, parte do
pressuposto teórico do Discurso como Prática Social,
conteúdo estruturante da disciplina de Língua Portuguesa e,
deste modo, essas atividades visam propiciar aos estudantes
simularem, em sala de aula, situações cotidianas e formais,
com as quais poderão deparar-se utilizando a oralidade.
Outra evidência, nesta produção, refere-se ao fato de
viabilizar um espaço para a produção e apresentações das
atividades pelos alunos, de maneira que estes percebam a
necessidade de ampliar seus conhecimentos. Para isso, este
trabalho, está amparado em estudos teóricos iniciais nas
obras de Leal e Gois, (2012), Marcuschi, (2005), entre outros,
e será desenvolvido em três etapas. Uma etapa para cada
gênero, além de um paralelo evidenciando semelhanças e
diferenças entre eles e, na etapa final, acontecerá a
apresentação das produções realizadas.
Palavras-chave Oralidade. Gêneros Textuais. Contextos de Uso.
Formato do Material Unidade Didática
Público Alvo Alunos do 8º Ano do Ensino Fundamental
APRESENTAÇÃO
A Unidade Didática aqui proposta objetiva, principalmente, pelo trabalho com
atividades didático-pedagógicas o desenvolvimento de planejamentos de ensino
direcionados a temática: oralidade nas aulas de Língua Portuguesa, melhorar a
expressão oral dos alunos fazendo com que estes se sintam seguros ao comunicar-
se publicamente, com um discurso adequado à situação.
Nesta perspectiva visa, também, qualificar ações, tanto de leitura, como da
escrita dos educandos, uma vez que para elaborar o discurso, e prepararem o
trabalho didático a ser apresentado, necessitarão de leitura elaborada e
consequentemente da escrita coerente e coesa. A opção pelo tema “Oralidade e
Escrita” partiu da experiência, enquanto educadora, ao ministrar a disciplina de
Língua Portuguesa, visualizar cotidianamente a resistência apresentada pelos
alunos do oitavo ano dos Anos Finais do Ensino Fundamental, quando chamados a
apresentar-se, ler ou expor suas ideias, bem como realizar os trabalhos, tanto orais,
quanto escritos propostos e apresentá-los.
Para isso, embasados em autores, tais como Leal e Gois, (2012), Marcuschi,
(2004), entre outros que discutem a temática da oralidade em sala de aula
buscamos subsídios que proporcionassem alternativas para minimizar a
problemática já apresentada sem, no entanto, deixar de abordar o conteúdo
programático próprio da série em questão. A partir dos estudos realizados para a
elaboração do Projeto de Intervenção optamos pela produção de uma “Unidade
Didática” para apresentar as atividades e encaminhamentos propostos no trabalho
com a oralidade na sala de aula. Este Material Didático aborda o trabalho com os
gêneros discursivos: Causo e Notícia. Iniciando com o causo por ser, pode se dizer
mais descontraído, mais próximo da realidade de cada um. Acreditamos que será
acessível para os alunos praticarem a contação de forma prazerosa e imaginativa.
Além disso, criarem o hábito de ouvir causos uns dos outros.
A partir disso, trabalharemos com as marcas da oralidade presente no causo
falado e escrito, assim como, outras atividades didático-pedagógicas, inerentes a
este gênero. Na sequência, apresentaremos o gênero notícia, abordando as
diferenças entre este, e o gênero causo, de modo a instigar à resolução das
atividades propostas e, por fim, contribuir para que os alunos aperfeiçoem o hábito e
a ação de leitura, da ampliação do vocabulário e a ação da escrita. Abordaremos,
também, a estrutura destes textos, pois alguns gêneros não são tão conhecidos dos
alunos, quanto outros. Há, desta maneira, que mostrar-lhes a importância de se
conhecer essa estrutura, para que a produção e a apresentação do texto aconteçam
de maneira coerente à estrutura textual proposta.
Esta Produção didática foi planejada para ser implementada na Escola
Estadual Vinícius de Moraes-Ensino Fundamental, com a turma de oitavo ano dos
Anos Finais do Ensino Fundamental, perfazendo uma carga-horária de trinta e duas
horas aula. A Unidade Didática está subdividida em etapas: A, B e C. Na etapa A
serão desenvolvidas atividades com o gênero causo, na etapa B atividades com o
gênero notícia e as diferenças entre os dois gêneros bem como figuras de
linguagem, coesão e coerência, marcas da oralidade, retextualização, produção
textual e análise linguística pertinentes aos gêneros estudados. A etapa C
acontecerá a apresentação dos causos e das notícias produzidas.
Sabemos, a partir da concepção de Bakhtin, (2011) que o trabalho com os
gêneros textuais possibilita, aos educandos, o contato com discursos de diferentes
esferas sociais e, visto que os alunos, envolvidos neste processo pedagógico, estão
inseridos nessas diversas esferas faz-se necessário desenvolver um trabalho que
leve em conta essas particularidades e, desta forma, trabalha-se o conteúdo
estruturante da disciplina de Língua Portuguesa, “O Discurso como Prática Social”
pois, de acordo com Leal e Gois (2012), “o trabalho com os gêneros textuais na
escola permite fazer com que o aluno amplie o seu domínio linguístico-
discursivo[...]”(p.51).
Deste modo, com a implementação da produção didática aqui apresentada,
pretendemos colaborar para o exercício da oralidade, pois segundo as Diretrizes
Curriculares Estaduais – DCEs (PARANÁ, 2008), “a fala é a prática discursiva mais
utilizada” (p.65). Nesse sentido, procuraremos fazer com que esta fala, seja
melhorada e apresentada, de forma coerente e coesa.
Portanto, com a produção aqui explicitada pretendemos propiciar aos alunos
momentos didático-pedagógicos caracterizados pela exploração da temática
oralidade e escrita, visando o envolvimento desses, nas atividades propostas e,
desta forma, obtermos uma aprendizagem significativa, fazendo com que os
educandos percebam as intenções implícitas nos discursos e como é possível
interferir com ideias relevantes a um assunto abordado.
UNIDADE DIDÁTICA
Caro Estudante!
Nesta Unidade Didática você terá a oportunidade de aprender um pouco
mais sobre os gêneros discursivos Causo e Notícia, de uma maneira mais
atraente e divertida.
Você está desafiado a deixar de lado sua timidez e insegurança para
falar em público, pois terá a oportunidade de ouvir com atenção seus colegas
contando causos ou sendo repórteres e eles ouvirão e assistirão você.
Com o auxílio do(a) professor(a) fará trabalhos maravilhosos e o melhor,
irá desenvolver, ainda mais, sua leitura, escrita e a oralidade com muita
motivação.
Bom Trabalho!
Profª Madalena
Antes de iniciar a leitura desta unidade e a realização das atividades, o (a)
professor(a) irá explicar-lhe sobre o trabalho a ser realizado. Apresentará os
objetivos de cada etapa para que, sabendo disso, se envolva ainda mais na
execução das atividades e, perceberá que o mais favorecido, no final, será você.
Para você não ficar tão apreensivo, preocupado, o(a) professor(a) irá fazer
uma brincadeira: “Quebra Gelo”. Participe, sem medo.
Após a atividade do “Quebra Gelo e as explicações do(a) professor(a) faça a
leitura do texto abaixo.
Você já sabia que a linguagem não é só oral, falada ou a escrita? Pois é,
através de gestos e da expressão facial, também nos comunicamos. Desta
maneira, você conseguiu perceber o que o colega dizia, na atividade do
“Quebra Gelo”.
Como a oralidade, nesta proposta de trabalho, será o enfoque principal,
vamos vivenciar diversas situações de uso desta modalidade da língua. Você
não vai contar, por exemplo, uma história emocionante de mãos no bolso, vai?
Os gestos e a expressão facial são essenciais em determinadas situações da
comunicação oral, além da adequação do vocabulário, é claro.
Por isso, para que possamos exercitar a oralidade durante nosso
trabalho necessitamos nos organizar. Assim, todos terão a oportunidade de
falar, dar sua opinião. Vamos esperar a nossa vez, levantando a mão. Desta
maneira o(a) professor(a) não necessitará parar a aula para pedir silêncio, não
é mesmo?
Figura 1
1º momento : Causos... vou lhe contar...Eu sei que...
Acredito que muito você já sabe sobre causos, mas que tal aprendermos
mais? Ouça os encaminhamentos do(a) professor(a) e responda o que você já sabe
oralmente para ele(a) as atividades a seguir.
Dê um significado para causo.
Já ouviu um? De que se tratava?
O causo narra uma história verdadeira? Por quê?
Para se contar um causo, seja ele alegre ou triste, é correto agir sempre da
mesma maneira, ou o tom de voz, expressão facial e corporal devem mudar
de acordo com a situação? Explique.
Figura 2
Assista/ouça com o(a) professor(a) os causos abaixo relacionados. Preste
atenção na história, seu objetivo e no modo de falar dos contadores. Isso o auxiliará
na resolução dos trabalhos que serão propostos.
A – Causo de fantasma com compadre Timóteo
B – A Lenda com Almir Sater
C – A confissão com Rolando Boldrim,
D – A Moça que dançou depois de morta – baseada na história de cordel de J.
Borges.
E – Causo do Rádio (áudio) com Geraldino
Qual a temática abordada em cada um dos causos?
Causo Assunto
Causo de Fantasma
A Lenda
A confissão
A moça que dançou
depois de morta
Causo do Rádio
Os causos são direcionados para um mesmo público alvo? Por quê?
Os contadores utilizaram as mesmas estratégias, para chamarem a atenção
dos espectadores? Comente.
Pela fala dos contadores é possível identificar sua origem? De onde são?
Ouça com atenção o causo que o(a) professor(a) irá contar, pois logo será a sua vez
de contar um para a turma.
A historia, em forma de causo, que você ouviu pode ser verdadeira? Por quê?
Por que as pessoas da história agiam de tal maneira ao se olharem no
espelho?
Você conhece um causo para contá-lo à turma? Se não conhece, peça à sua
família (pais, avós, tios) ou uma pessoa com mais idade, conhecida sua, para
contar-lhe um. Você irá contar esse causo na sala de aula e, ouvirá os seus
colegas e mais uma pessoa contando algum causo de sua cidade, no dia
combinado com o(a) professor(a).
Como o enfoque principal desta unidade didática é a oralidade, nesta
atividade o(a) professor(a) irá fazer um ensaio de apresentação de causos para você
se desinibir um pouco mais e perceber como as histórias iam se modificando ao
passar de um contador para outro. Você irá perceber também, a diferença de um
causo escrito e o contado de ouvido. As marcas da oralidade que irão aparecer e as
alterações que o causo terá.
O(A) professor(a) necessitará de três alunos, neste primeiro momento para
auxiliar no desenvolvimento da atividade. Um ficará na sala e dois irão
aguardar no saguão da escola até serem chamados para retornar.
A tarefa do aluno que ficou na sala será ouvir o causo que o (a) professor(a)
contar a ele e para a turma e depois, contar a um dos colegas que a
professora chamar para retornar à sala. O qual depois de ouvir, irá contar a
história para à turma.
A professora irá filmar a atividade para que, junto com a turma você analise e
comente as modificações que aconteceram, o que pode ser melhorado ao se
contar causos para que no “Dia do Causo”, todos possam ser elogiados pela
plateia ouvinte.
Antes de começar a atividade é interessante que, tanto quem ouve quanto
quem conta lembre algumas dicas:
Ouvir a história sem interromper o contador tentando ajuda-lo lembrar algum
detalhe;
Fazer silêncio, comentários após o término da atividade;
Prestar atenção quanto ao uso das expressões da oralidade que o colega
utilizou. (muito, pouco, ou não utilizou);
Utilizar a expressão corporal e facial, pois ajuda a prender a atenção do
ouvinte;
Falar com calma e de maneira que todos ouçam.
Atividade adaptada de: Trabalhando com a linguagem, 8° ano/Gilvana Ferreira... [et
al.]1.ed.atual.São Paulo: Quinteto Editorial, 2009.
Comente com seu colega o que aconteceu com o causo que o (a)
professor(a) contou. Foi modificado? Em que os contadores precisam
melhorar?
Sua família tem o hábito de ouvir/contar histórias?
Gostou das histórias que ouviu e assistiu, até o momento?
Os causos são histórias que passam de geração em geração e existem há
mais de mil anos. São as narrativas orais, normalmente não têm um ator conhecido.
Quando não existiam histórias escritas, existiam os causos. E hoje, temos causos
impressos, em vídeo ou áudio para ler, ouvir e assistir. Histórias que nos divertem,
comovem e, às vezes nos deixam indignados.
Os assuntos normalmente tratam de acontecimentos da vivência cotidiana.
O que se viu, ou ouviu falar. Para parecer mais verdadeiro o narrador utiliza, na
maioria das vezes, palavras que demonstram exagero. Um recurso da língua
portuguesa, chamado hipérbole. Utiliza também a prosopopeia ou personificação,
recurso que consiste em dar características humanas a seres não humanos. Um
causo, ao ser contado, sempre acontece acréscimo ou supressão de informações e,
ao ouvi-lo pode provocar-lhe, sensações de alegria, risos, medo, de raiva, vingança
ou crítica.
Hoje, pela vida agitada, que a maioria dos adultos tem o fascínio pela
Internet, celular e outros meios de lazer fazem com que o hábito de contar e ouvir
histórias fique esquecido, mas você concorda que faz bem ouvir boas histórias. Não
concorda? Por isso, vamos falar em casa, para os familiares, vizinhos que façam as
rodas de histórias e deixem-se levar pelo fascinante mundo da imaginação e
fantasia e o mais importante reunir-se em família.
Segundo Delmanto & Carvalho(2012), causos São narrativas curtas, próximas do
conto e da anedota, caracterizadas por reviravoltas no enredo e desfechos
improváveis, nos quais o ouvinte é levado a acreditar, por mérito do contador. Há
Poucos personagens, e elas são caracterizadas com poucos traços. Geralmente os
causos falam de situações relacionadas aos costumes e ao dia a dia de uma
comunidade.
Complete o quadro colocando qual das sensações você sentiu em cada
causo assistido.
Causo Sensação sentida
Causo de fantasma
A Lenda
A confissão
A Moça que Dançou Depois de Morta
O causo do rádio (áudio)
2º Momento: estrutura textual, marcas da oralidade e recursos da
língua falada, nos causos.
Você sabe que existe uma variedade enorme de tipos de textos, os gêneros
discursivos, que você vem aprendendo a cada ano. Cada gênero tem
características próprias de escrita ou apresentação. Ao ver, por exemplo, um texto
do gênero receita, mesmo antes de lê-lo você já sabe que se trata de uma receita
pela sua característica. Porém, outros textos não são tão simples assim. É
necessário analisar, ler, para conhecer sua estrutura e de que texto se trata, não é
mesmo?
Lendo os textos do gênero causo, a que outro tipo de texto que você já
conhece ele se assemelha?
A estrutura de um texto não é absoluta, ou seja, pode não ser igual em todos os
textos do mesmo gênero, mas é necessário que atenda às especificidades, as
características do gênero que se produz (bilhete, piada, receita, por exemplo).
O Causo, semelhante à estrutura da narrativa, normalmente apresenta os
elementos: espaço (lugar), tempo, narrador, personagens e o enredo no qual
aparece a Introdução, ou situação inicial, o conflito, o clímax e o desfecho ou
conclusão.
Apresenta os personagens principais, situa o espaço, o tempo Situação inicial:
(explícito ou implícito). Coloca o leitor a par da trama que irá gerar o conflito.
Conflito Momento da história que começa a aparecer um problema não apresentado :
na situação inicial, a trama.
Momento de maior suspense, de maior tensão da história. Climax:
: Apresenta o final da história que pode apresentar um desfecho para o Conclusão
conflito ou não.
Para você conhecer melhor a estrutura de um causo o(a) professor(a) irá
entregar o causo que contou para você identificar suas partes, desta forma você já
perceberá o encadeamento das ideias e os parágrafos.
Você já percebeu que quando você está conversando com seu colega e começa
a falar do seu final de semana, ou ouvindo seu colega contar sobre o final de
semana dele todo momento vocês falam: e daí, né, então, pois então, gírias etc...
Isso é comum na língua falada, as marcas da oralidade. Já quando você vai
escrever precisa tomar cuidado para evitar essas marcas. Contudo, nos causos,
é comum aparecer recursos da língua falada, uma vez que esse tipo de texto
provém das rodas de conversas, ou seja, da língua falada.
Como você se sentiria conversando com um colega que falasse exatamente
como se escreve, isto é, falando a norma culta, evitando qualquer marca de
oralidade?
Ao assistir/escutar os causos, você percebeu diferença na fala dos
contadores? Eles falam errado? Por quê?
Leia, com um(a) colega o causo: AQUELE ESTRANHO ANIMAL, disponível em:
http://portugues.camerapro.com.br/texto-para-interpretacao-44-aquele-estranho-
animal-nivel-fundamental/ acessado dia 28/09/13 e, realize as atividades a
seguir.
Cite algumas expressões presentes no causo, próprias da oralidade.
Como esse gênero textual é baseado em fatos do cotidiano, identifique
sua origem e exemplifique com expressões, do texto.
Identifique, no causo que você acabou de ler situações nas quais
apareçam as figuras de linguagem: hipérbole e prosopopeia.
Verifique como está seu vocabulário. Encontre os sinônimos das palavras,
do texto, que estão na primeira coluna aos seus significados na segunda
coluna.
(1 ) ventas ( ) tomando fôlego, respirando
(2 ) rilhando ( ) arma que carrega-se pelo cano
(3 ) emborcado ( ) fossas nasais
(4 ) resfolegante ( ) rangendo os dentes
( 5) garrucha ( )posto de boca para baixo
3º Momento: Reescrevendo e produzindo causos.
Escreva com suas palavras o causo que a pessoa da cidade contou ou
outro que o (a) professor(a) indicar, evitando marcas da oralidade e
procurando lembrar a estrutura deste gênero. Se necessário, peça para
assistir novamente. Depois de revisar seu texto, entregue-o para o (a)
professor(a).
Figura 3
Na atividade anterior você reescreveu, mas agora, como você é criativo(a)
e tem boas ideias. Pense em uma história bem interessante para escrever.
Pode ser algo que aconteceu mesmo ou inventado. Seu causo,
juntamente com os de seus colegas, irá compor o “Livro de Causos” que
ficará na biblioteca da escola. Você será autor! Já pensou? Muitos alunos
irão ler sua história. Além disso, você será um contador de causo, no “Dia
do Causo” vai se preparando, certo? Quando terminar a produção peça
para um colega ler, fazendo uma avaliação. Assim, você poderá fazer
alterações, se necessário, antes de entregá-lo para o (a) professor (a).
Quando você analisar o texto de seu colega observe, por exemplo se:
Apresenta um título interessante;
Atende à estrutura do texto, com pontuação, parágrafos e ortografia
correta;
Conta uma história extraordinária, divertida, emocionante que envolve o
leitor.
Figura 4
1º Momento: Gênero discursivo - Notícia.
Acreditamos que você já saiba o que é uma notícia. Por isso, fique tranquilo.
As atividades a seguir são para que o (a) professor(a) não fique repetindo o que
você já sabe, pois a aula ficaria sem “graça”, não é mesmo? Você e seus colegas
estão desafiados a tornarem-se os jornalistas da escola neste ano.
Figura5
Defina notícia.
Onde, normalmente, aparecem as notícias?
Quem as produz e para quem são destinadas?
Notícia e reportagem são textos diferentes? Por quê?
Como você descreveria a vida de um jornalista?
No laboratório de informática, em grupos com três alunos, você e seus
colegas irão pesquisar o conceito de notícia e reportagem para verificar se
seu conhecimento prévio estava correto. Tire dúvidas com o (a) professor (a).
Em equipes, e ainda no laboratório, leia e discutam sobre as perguntas a
seguir e respondam oralmente, quando o (a) professor(a) solicitar. Você
costuma ler, ouvir ou assistir notícias? Onde? Que tipo de notícias? Qualquer
tema pode virar notícia? Para que elas servem? Como são produzidas?
Após discussão sobre as atividades anteriores, você irá ler notícias, sobre
educação, saúde, meio ambiente, nos jornais on-line, disponíveis no portal
Dia a Dia Educação da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Para
isso, acesse o endereço abaixo, clicando em alunos e depois jornais na parte
inferior da página. figura 6
http://www.educacao.pr.gov.br/
Tome nota do jornal que sua equipe leu a data, os temas principais e, ao
retornar à sala cada equipe deverá noticiar, ou seja, dar a notícia, ser o
repórter.
figura 7
Converse com seu colega sobre notícias fazendo um ao outro as perguntas
abaixo e, então apresente suas conclusões para o(a) professor(a).
Você ouve rádio? O que ouve?
Como está dividida a programação do rádio?
A programação do rádio e da TV são semelhantes? Comente.
A linguagem utilizada em cada programa é sempre a formal? Explique.
Você já ouviu uma conversa entre duas ou mais pessoas comentando sobre
algo e você não estava sabendo? Como você se sentiu?
Você acredita que é importante estar informado?
Agora você irá ouvir uma notícia radiofônica e depois assistirá uma notícia de
TV para então comparar: quanto às notícias e quanto aos apresentadores.
Figura 8
Que tal você e seus colegas criarem um programa de rádio para divulgar
notícias da escola, da comunidade, ou de um assunto interessante de outro
lugar?
Discuta com sua equipe que nome poderá ser dado ao programa. O (A)
professor(a) fará uma votação. O escolhido pela maioria será o nome do
programa da “Radio Fictícia”, da escola.
2º Momento: Estrutura e Interpretação de notícias
Normalmente, uma notícia apresenta os pontos a seguir
Título: a notícia deve ser encabeçada por um título expressivo para chamar a
atenção do leitor. O título relaciona-se com o lead (lê-se lide). Deve sintetizar o tema
central e pode apresentar um sub-titulo.
Lead ou parágrafo guia: O primeiro parágrafo, em que se resume o fato
acontecido. É uma parte fundamental da notícia que além de captar a atenção do
leitor, tem como objetivo fornecer-lhe informações fundamentais, respondendo às
perguntas: quem? O quê? Quando? Onde?
Corpo da notícia: O desenvolvimento da notícia, parágrafo(s) em que se faz a uma
explicação maior dos fatos ocorridos. Nesta segunda parte, responde-se às
questões: como? Por quê?
(adaptado de (http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22646 - acessado
em 03/10/13).
Junte-se com um colega, leia os três textos que o (a) professor (a) irá
entregar, identifique, nas notícias, as informações para completar o quadro
abaixo.
Notícia 1 Notícia 2 Notícia 3
Assunto Principal
O quê?
Quando?
Onde?
Como?
Por quê?
Tanto no rádio quanto na TV, aparecem os mesmos pontos, nas notícias?
O texto de uma notícia é predominantemente:
( ) Narrativo ( ) Argumentativo ( ) Descritivo
Justifique sua escolha.
Leia a notícia abaixo e realize as atividades propostas para analisar a
compreensão de sua leitura.
PARANÁ
Feriadão com menos mortes nas rodovias estaduais
A Operação República, realizada pelo Batalhão de Polícia Rodoviária
(BPRv) das 18h de quarta-feira, 14, até domingo, 18, nas estradas estaduais,
registrou redução no número de vítimas fatais e de acidentes, na comparação com o
mesmo feriado do ano passado. Neste ano foram 12 mortes, contra 17 registradas
no mesmo período de 2011, e 143 acidentes, contra 150. O número de feridos foi de
122 no feriado do ano passado e 123 neste ano.
“A redução de 30% ao número de mortes e de 5% no número de acidentes é
positiva, mas ainda há falta de cuidado do motorista. O trânsito seguro só depende
dele”, destacou o porta-voz do BPRv, capitão Sheldon Keller Vortolin. Apenas um
caso de atropelamento foi contabilizado, contra três nos cinco dias de 2011.
Os policias militares do BPRv realizaram blitze nas rodovias, fiscalizações de
velocidade com o auxílio de radares fotográficos e uso de bafômetro. O resultado foi
aumento no número de autuações, de 2.197 no feriado de 2011 para 2.775 neste
feriado. No mesmo período, foram expedidas 4.572 multas nos radares eletrônicos.
“O aumento de 27% nas autuações mostra que houve policiamento, mas
indica também que muitos motoristas continuam excedendo a velocidade permitida e
sendo imprudentes”, afirmou Vortolin.
Jornal de Beltrão – Terça-feira, 20.11.2012.
Qual foi o objetivo da notícia?
A que público se destina?
Só lendo o título da notícia você poderia dizer de que lugar ela se
refere? Por quê?
Por que aumentou o número de multas?
Que outro título você daria à notícia?
3º momento – Análise linguística, Coerência e Coesão
Para escrever uma notícia, ou mesmo apresentá-la devemos saber que há
necessidade de coerência e coesão. A coerência diz respeito à ligação lógica das
ideias, a não contradição e a coesão nada mais é do que a correta utilização dos
conectivos que fazem a ligação das frases, períodos e parágrafos. Além de utilizar
os pronomes adequados, fazer a concordância nominal e verbal, isto é, a notícia
deve ser escrita e apresentada na norma culta da língua. Por isso, vamos exercitar
analisando as notícias lidas com algumas atividades propostas, tendo como base a
notícia anterior: “Feriadão com menos mortes nas rodovias estaduais”
Na linha 3 [...]registrou redução no número de vítimas fatais e de
acidentes,[...] que ideia o e representa? Que outra palavra poderia substitui-lo
sem modificar o sentido da frase?
No 2º parágrafo “A redução de 30 % ao número de mortes e de 5% no
número de acidentes é positiva, mas ainda há falta de cuidado do motorista.
A expressão mas ainda tem a mesma ideia do e na frase anterior? Explique.
Na frase: “O trânsito seguro só depende dele”, linha 9. A quem está se
referindo a palavra grifada? Por que foi utilizada?
Observe os dois trechos que estão entre aspas, na notícia e explique por que
elas foram utilizadas.
Reescreva o segundo trecho entre aspas sem utilizá-las. Você utilizará o
discurso indireto. Verifique as alterações que deverá fazer.
4º momento – Variedade linguística
Você sabe o que é variedade linguística? Provavelmente já ouviu alguém
falando com um sotaque diferente do seu. Um catarinense, um gaúcho, um
nordestino, por exemplo, além do sotaque diferente, utilizam palavras que, às vezes
não sabemos o que significa, não é mesmo? Mas como isso acontece se também
falam português? Isso é a variedade linguística. A língua portuguesa tem influência
étnica, regional e social. De acordo com a origem a pessoa tem uma maneira de
falar, de acordo com a região e seu grupo social também. Portanto mesmo todos
serem falantes da Língua portuguesa, há diferenças.
Você sabe representar a fala de um gaúcho? De um baiano? De um
nordestino?
Você sabe/conhece os diferentes modos de falar menino e mandioca,
por exemplo, nas diferentes regiões do Brasil? Cite-os.
Você sabe outras palavras que se fala diferente em determinados
lugares? Anote para falar à turma.
Pergunte em casa e traga para a sala os diferentes falares na família,
no bairro, na TV para serem socializados em sala de aula.
Você e mais dois colegas deverão se organizar para apresentar uma
das três notícias que leram, na atividade 10, representando o modo de
falar que o (a) professor(a) indicar (gaúcho, nordestino, catarinense,
baiano) fazendo adequações para torna-la mais original.
Agora que você discutiu com seus colegas, ouviu as ideias dos demais grupos e as
explicações do(a) professor(a) sabe que a Língua Portuguesa possui variedades
linguísticas. Jeitos diferentes de se expressar e que não é mais considerado errado,
como foi por muito tempo. A língua coloquial, ou informal, essa que falamos
diariamente, a que está presente nos causos que você ouviu, assistiu e leu, não é a
errada, mas uma variedade da língua. Você não vai dizer que seu colega fala errado
e nem ele irá dizer para você. Isso é preconceito linguístico, e não vamos permitir
que aconteça na nossa escola. Contudo você deve saber que há variedade culta da
língua. A Norma Padrão, ou formal como é denominada. É importante conhecer esta
variedade para utilizá-la com segurança, quando necessário. O (A) professor(a) irá
explicar um pouco mais sobre isso e você poderá perguntar para não ficar na
dúvida. Nunca leve dúvida para casa, combinado?
A comunicação oral é bem mais utilizada que a comunicação escrita. Utilizamos a
língua falada em boa parte do nosso dia, contudo quando necessitamos nos
expressar publicamente “gelamos”. Você, provavelmente já passou por isso na
escola, ou em outro local. Se não passou, se prepare. São muitos os lugares em que
somos chamados para falar, dar nossa opinião e ficamos com medo de não saber
como agir.
É para auxiliar você perder o receio de falar em público que propusemos o trabalho
com a oralidade. Estamos na escola para ampliar nossos conhecimentos a cada dia.
Colabore com você, realizando com entusiasmo as atividades de apresentações de
situações de fala. O (A) professor(a) dará o apoio e as “dicas” necessárias e tudo vai
dar certo.
Você e mais dois colegas irão representar o diálogo que deve acontecer para
a situação de fala indicada pelo(a) professor(a):
Solicitar à direção, permissão para sair mais cedo, da escola;
Pedir por um produto em uma loja;
Em um consultório médico;
Pedindo algo emprestado à vizinha;
Pedir uma explicação para o(a)professor(a);
Pedir aos pais para ir acampar com família de amigos;
Solicitar ao prefeito um ônibus para fazer uma excursão da escola;
Solicitar informação, na rua, a alguém mais velho e não conhecido seu;
Solicitar trabalho.
Dar informação a alguém sobre sua cidade.
É necessário utilizarmos, adequadamente, nosso discurso, expressão facial,
corporal, e até nossa postura diante do nosso ouvinte ou do nosso interlocutor. Além
disso, adequar, também, à situação e ao ambiente o qual estivermos.
Você percebeu que o gênero causo possui muitas características da fala e,
no gênero notícia, é necessário evitar essas características. Há diferenças, portanto
entre língua falada e língua escrita, observe.
LÍNGUA FALADA LÍNGUA ESCRITA
Maior repetição de palavras e
redundância de ideias
Menor repetição e
redundância(substituições de palavras e
expressões repetidas)
Maior espontaneidade e menos
preocupação com a norma-padrão
Maior formalidade e preocupação com a
norma-padrão
Uso de frases curtas e simples Uso de frase mais longas e complexas
Maior subjetividade (uso de pronomes e
verbos em 1ª pessoa: eu, meu, gosto,
estudei etc.)
Maior objetividade (uso de pronomes e
verbos em 3ª pessoa: ele, seu, gosta,
estudo etc.)
Uso de gírias e expressões populares Tendência a evitar o uso de gírias e
expressões populares
Emprego de substantivos e verbos com
sentido genérico, amplo (coisas,
negócio, ser, ter etc.)
Emprego de substantivos e verbos com
sentido específico, preciso
Utilização intensa de marcadores
próprios de conversas (aí, daí, né,
então etc.)
Tendência à não utilização de
marcadores próprios de converças
Fonte: FERREIRA, Givan [et al.]. Trabalhando com a linguagem 6º ano. São Paulo: 1.ed.atual. Quinteto Editorial, 2009.
O(A) professor(a) irá entregar o causo que você produziu. Analise e faça as
alterações que forem necessárias, pois seu causo fará parte do acervo da
biblioteca da escola.
5º momento – Simulando Tele jornal e Produção de notícias
Sua equipe irá: ler, pesquisar, buscar uma notícia que chame a atenção dos
colegas, ou combine com o (a) professor (a) um assunto para não repetir. A
notícia será apresentada na etapa C (Apresentando causos e notícias), na
“Rádio Fictícia”, no dia combinado com o(a) professor(a), tomando por base o
texto, mas narrando, como as notícias que ouve, mas para você ir se
preparando, você apresentará, na sala de aula como um jornal da TV que
você assiste.
Um colega fará a abertura do programa, outro dará a manchete, outro a
notícia e outro fará um comentário do assunto. Fique atento quanto
alinguagem utilizada e a postura. O professor poderá filmar para que vocês
analisem os erros e acertos e o que pode ser melhorado.
Você, agora, já pode produzir uma, ótima, notícia para ser exposta
no jornal mural sobre: Saúde pública, educação, meio ambiente, bullying,
etc... o(a) professor determinará os assuntos para cada equipe.
Figura 9 . Para a produção de notícia baseie-se naquelas que você leu, ouviu,
assistiu, nas orientações do(a) professor(a) e, em outra leituras que ainda fará. A
produção é individual, mas sua equipe ficará responsável pela colocação das
notícias no “Jornal Mural”, no dia marcado. Entre os membros da equipe façam uma
avaliação das notícias produzida antes de entregá-las. Um avalia a notícia do outro e
contribui para que o colega possa deixar seu texto melhor elaborado.
Avaliando o texto notícia SIM NÃO
A manchete é atrativa.
A linguagem é clara e objetiva adequada à norma padrão.
Há coerência e coesão no texto.
O texto está adequado ao gênero notícia.
Os fatos foram escritos observando-se sua importância.
Na etapa A você trabalhou com o gênero causo e nesta etapa o gênero
notícia. Já é possível, portanto, fazer um paralelo entre esses gêneros. Em que se
diferenciam? Junte-se a um colega e elabore um quadro pontuando as diferenças. O
(A) professor(a) fará uma análise dos pontos que cada equipe levantou.
1° Momento – Apresentando as notícias na “Rádio Fictícia”
Chegou o momento mostrar seus talentos à comunidade escolar.
Você já fez apresentações na sala, os ensaios. Acreditamos que
sua equipe irá fazer uma excelente apresentação.
Figura 10
As notícias, que sua equipe produziu, deverá ser apresentada, na “Rádio
Fictícia”, no dia combinado com o (a) professor (a). Lembrando que uma
manchete, bem escolhida, chama a atenção do ouvinte. Além disso, a
notícia deve ser objetiva e apresentada na linguagem formal.
O (A) professor (a) poderá viabilizar uma visita em um rádio da cidade.
Para que você seja o locutor de sua notícia e ou publicar sua notícia em
um jornal da cidade.
2º momento – A Contação dos Causos
Para finalizar nosso trabalho o momento principal será a contação dos
causos para a comunidade escolar. Combine com o (a) professor(a) o dia e como se
preparar, se terá figurino ou apenas a contação.
Mais um desafio. Você e sua equipe podem dar continuidade a atividade
de contar causos. Que tal combinar e visitar uma escola das séries iniciais
para contar seus causos? Um clube de idosos? Ou mesmo em um
hospital, levando momentos de diversão a quem está doente?
Acreditamos que seja possível e você colocará em prática o que
aprendeu.
Referências Bibliográficas
BAKHTIN, Mikhail. Os Gêneros do discurso. In: BAKHTIN, M. A estética da criação verbal. 6 ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011.
BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso: relatar: notícia. São Paulo. FTD. 2001.
DELMANTO, Dileta & Laiz B. de Carvalho: Jornadas.port, 7º ano. 2.ed. São Paulo: Saraiva. 2012.
FERREIRA, Givan [et al.]. Trabalhando com a linguagem 6º ano. São Paulo: 1.ed.atual. Quinteto Editorial, 2009.
_________, Givan [et al.]. Trabalhando com a linguagem 8º ano.1ed.atual.São Paulo: Quinteto Editorial, 2009.
LEAL, Telma Ferraz, GOIS, Siane (Orgs). A oralidade na escola: a investigação do trabalho docente como foco de reflexão. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.
MARCUSCHI, Luiz Antonio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização 6. ed. São Paulo, Cortez, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares de língua portuguesa para a educação básica: Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008. PORTAL DO PROFESSOR. http://portaldoprofessor.mec.gov.br SCHNEUWLY, B. DOLZ, J e Orgs. Gêneros orais e escritos na escola [Tradução e organização: Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro]. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004.
Referência das imagens
Figuras: 1, 2, 3, 5, 6, 7, 9 e 10 – http://www.stockfreeimages.com/8545470/Man.html
acesso dia 26/09/13 e 03/10/13
Figura 4 - https://plus.google.com/photos/107770552892988893756/albums/
5706445005779209665?banner=pwa
acesso dia 15/08/13
Figura 8 – http://www.sxc.hu/photo/1400144
acesso dia 26/09/13.
Professor(a), esperamos que esta Unidade Didática colabore com o seu
trabalho em sala de aula, ou melhor. Esperamos que seus alunos se envolvam com
as atividades e a oralidade possa ser trabalhada com sucesso.
Inicie expondo aos alunos a proposta de trabalho, as etapas a serem
desenvolvidas e os objetivos, para cada uma delas. Acredito que assim, sabendo
dos objetivos, bem como o destino de suas produções, possam motivar-se mais,
apresentando um trabalho mais elaborado.
Queremos explicar que a Unidade Didática, por abordar os dois gêneros,
ficou extensa e, não aprofundou a questão de análise linguística, uma vez que a
intensão era a oralidade. Mas você poderá separar os gêneros e trabalhar mais
especificamente cada um deles.
1ª Etapa: Conhecendo, ouvindo, contando e produzindo causos
Objetivos da Etapa A
- Estimular a apresentação dos trabalhos ao grande grupo;
- Perceber as variações linguísticas presentes nos causos e, com isso,
discutir sobre o preconceito linguístico;
- Identificar as marcas da oralidade nos causos para a reescrita destes;
- conhecer algumas figuras de linguagem presentes nos causos e utilizá-las
adequadamente nas produções;
- Produzir um causo para a confecção de um livro que ficará na biblioteca da
escola;
1º Momento
Agora que estão a par dos trabalhos que irão realizar. Se não os conhece,
apresente-se fazendo a dinâmica do “Quebra Gelo”. Motive-os que participam.
Diga seu nome e faça a mímica do que gosta de fazer e quem souber
deverá levantar a mão e dizer do que se trata. Se acertar, dará continuidade à
apresentação. Oriente-os, que é para descontrair e, ao mesmo tempo, iniciar o
trabalho com o tema proposto.
Se já os conhece, só fale que dirá, através de mímica, algo que gosta de
fazer e, da mesma forma, quem souber de que se trata levantará a mão. Se acertar,
dará continuidade com a brincadeira e assim sucessivamente. Após isso, explique a
importância da linguagem (verbal, não verbal, corporal), na comunicação.
Questione-os se foi fácil ou difícil compreender o que o colega estava “dizendo”
através dos gestos.
Atividade 1:
Faça uma introdução ao tema para levantar o nível de conhecimento dos
alunos, quanto aos gênero, fazendo oralmente as perguntas. Encoraje-os.
Assistindo causos
Pesquise os causos propostos, ou outros que julgar importante trabalhar.
Baixe-os para assistir com eles, fazendo após a exibição alguns questionamentos:
Já assistiram alguns dos causos? Ouviram alguém contar algum semelhante? Que
impressões lhes causaram?
Atividade 2
Realizar a atividade 2 poderá em duplas.
Contando Causo
Você deve prepare-se para contar um causo a eles, mas realmente contar
(sugerimos o: Caso do espelho de Ricardo Azevedo).
Contar até o momento em que a velha vai até o quarto para ver o “retrato”.
Parar e pedir a um aluno que dê um final para a história. Pedir que mais alguns se
pronuncie e então termine a contação. Pergunte se alguém imaginou aquele final.
Se a história pode ser verdadeira? Por quê? Se é possível que nenhuma das
pessoas havia visto sua imagem refletida em algum lugar: espelho, água ou outro
objeto que refletisse sua imagem? Se houve exagero nas ideias ali apresentadas.
Peça que pesquisem com a família, causos que ouviam de pais ou avós
para que recontem na sala de aula.
Combine, com eles, o dia que uma pessoa que saiba contar um causo da
cidade venha contar na sala.
Um causo curioso, divertido, triste ou de assombração que faça parte da
história do lugar. Peça autorização para filmar a pessoa contando o causo para que
os alunos possam, posteriormente, reescrever a história retirando as marcas da
oralidade no momento da reescrita.
(se não puder trazer alguém pode gravar alguém contando).
Atividade 3
Fale aos alunos que, ao contarmos a alguém uma história que ouvimos, não
nos lembramos de todos os detalhe e colocamos algo a mais ou omitimos algo. É o
que eles irão percebe no “Ensaio da Produção Oral”. É interessante filmar as
apresentações para discutir:as mudanças ocorridas no causo, as repetições, as
hesitações, as expressões corporais, o olhar para a plateia. Reforce as dicas para
que a atividade se desenvolva com êxito.
- Sugestão de causo: O Barbeiro: http://www.paginadogaucho.com.br/causos/s-barb.htm.
Explique o uso das figuras de linguagem para que percebam a utilização nos
causos lidos e também utilizá-las em suas produções.
2º Momento
Prepare a aula lendo e explicando os temas deste momento. Analisar um
causo, destacando a estrutura deste, pois estarão, assim, mais preparados no
momento da produção.
Atividade 4
Pode ser respondida em duplas, apresentando as respostas ao grande
grupo.
Atividade 5
No endereço abaixo você encontrará o causo: O estranho animal. Imprima-o
para os alunos fazerem a leitura e responderem as atividades propostas. Poderá
também utilizar outro causo e adequar às atividades.
http://portugues.camerapro.com.br/texto-para-interpretacao-44-aquele-estranho-animal-
nivel-fundamental/ acessado dia 28/09/13.
Endereço de sites com causos:
http://blog.clickgratis.com.br/causosdobrasil/344293/Causos++Nos+Tempos+d
a+Revolu%E7%E3o.html acesso dia 28/09/13 causos do sudoeste
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/causos.html acesso dia 28/09/13
http://www.pescarte.com.br/restrito/nacapa/arte/008causo/exemplo.htm acesso
dia 27/09/13 causo do morto vivo
3º Momento: Reescrevendo e Produzindo causos.
Motive-os para que continuem empenhados. Explique que a reescrita
exercita a observação da estrutura, da paragrafação e pontuação.
Atividade 6
Passe o vídeo com a gravação do causo (da pessoa da cidade), para que
reescrevam, evitando os recursos da fala, repetições. Pode-se, também, reescrever
um dos causos dos vídeos assistidos na atividade um ou outro a sua escolha.
Atividade 7
Incentive-os para a produção, pois dela dependerá o sucesso “do livro de
causos da turma”. Fale que poderão ler outros causos percebendo: vocabulário,
parágrafos, estrutura, etc... Dê suporte na reestruturação para o trabalho ter um bom
nível sem perder a característica do gênero.
Etapa B: Conhecendo, ouvindo e produzindo notícias.
Objetivos da Etapa B:
- Ler notícias na web, no portal dia a dia educação, jornais;
- Conhecer e identificar os elementos estruturais de uma notícia e utilizá-los
adequadamente nas produções.
- Produzir notícias a partir de fatos ocorridos na escola, no bairro, na cidade ou de
temas indicados pelo(a) professor(a).
1º Momento: Conhecendo um pouco mais sobre o gênero discursivo: notícia.
(Atividades 9, 10, 11 e 12 adaptadas do livro: A oralidade na escola: a investigação
do trabalho docente como foco de reflexão: Telma Ferraz Leal, Siane
Gois(Organizadoras). Belo Horizonte: Autêntica, 2012).
Atividade 8
Explique o enunciado introdutório. Realize o levantamento do que já sabem
para ampliarem seus conhecimentos, respondendo as proposições. Perceba pelos
questionamentos se a turma tem o hábito de ouvir, assistir ou ler notícias. Fale da
importância de estar informado. Pode-se, neste momento, levar jornais para a sala
para que analisem como está dividido e que assuntos são notícias.
No laboratório de informática instrua-os para que acessem: jornais - no
Portal Dia a Dia Educação na página educadores, no endereço abaixo.
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=101
Peça que leiam notícias sobre educação. Selecionem a que consideraram
mais interessante para apresentar à turma, anotando, também o jornal e a data. É
importante retomar, na sala de aula as diferenças entre notícia e reportagem para
que não confundam ao produzir e ao ler determinados textos.
Atividade 9 – A hora da notícia no Rádio e na TV.
Comente que como o causo, a notícia tem como características responder:
Quem? O quê? Quando? Onde? Como? Por quê? Analisar com eles, notícias de
rádio e TV. É interessante levar áudios de notícias de rádio, vídeos de notícias na
TV, e notícias impressas para fazerem análise identificar a estrutura deste gênero
textual e sanar as dúvidas, bem como, fazer a escolha do nome para o programa de
rádio.
Atividade 10 Leve para sala três notícias para que os alunos leiam e completem o quadro
sobre o assunto principal e a estrutura. Faça a interpretação da notícia sugerida, ou
outra a sua escolha.
3º Momento: Análise linguística, coerência e coesão.
Atividade 11.
Faça a análise linguística, exemplificando as ideias dos conectivos. Se
trabalhar só com notícia poderá, ainda trabalhar com verbos, tempos verbais.
Explique, também o uso do discurso direto e indireto
4º Momento – Variedade linguística
Atividade 12
É importante, antes da resolução das atividades, explicar, em detalhes sobre
variedades linguísticas, língua padrão, coloquial e preconceito linguístico. Explicar
que a língua portuguesa sofre mudanças históricas, sociais... E que as variações
linguísticas diferenciam-se de acordo com a região, com a etnia, mas que
necessitam aprender a língua culta. Explicar o porquê de não rirem quando ouvem
alguém falando de diferente deles. Peça que levantem em casa, no bairro, assistindo
o jornal na TV os diferentes falares, tomando nota para discutir em sala de aula.
Diferencie Língua falada e escrita, solicitando atenção nas produções.
Falar sobre o uso dos (rr) na pronúncia das palavras e na escrita. O uso do L,
ao invés de U, ou vice versa, no final das palavras, bem como nos encontros
consonantais: cla, poruniciado cra, normalmente. (claro/craro) e outros exemplos
que julgar necessário para lhes auxiliar no momento das apresentações orais.
Atividade 13
Lembre-os que para desenvolver esta atividade necessitarão apresentar
todos os detalhes: cumprimentar, explicar os motivos, agradecer, pedir o que quer,
pedir preço, recusar o produto, argumentar, despedir-se, enfim devem simular uma
situação real. (adequar as dicas à cada situação) Pode ajudá-los a organizar um
texto para se prepararem, não deverão ler, mas falar de forma espontânea.
Atividade 14 – Diferenciando língua falada e língua escrita.
Após a leitura do quadro e a explicação devolva os causo que produziram
para que analisem se apresenta as características lidas, fazer as alterações
necessárias. Farão isso também com a notícia que irão produzir. É importante, trazer
uma jornalista na sala para que faça
5º Momento: Representar e produzir notícias
Atividade 15
É importante, convidar um(a) jornalista para falar com os alunos. Orientá-los
para fazer perguntas sobre o assunto (combine as perguntas que poderão ser feitas
e o tempo). Solicite que o(a) jornalista faça a apresentação de uma notícia para eles.
Oriente-os para a pesquisa de uma notícia e para apresenta-la em sala de
aula em forma de jornal de TV. Explique que realizando a atividade estarão se
preparando para a Etapa C. Organize para que dividam os papéis: locutor, repórter,
editor. Estimule-os para que modifiquem os nomes de apresentadores conhecidos.
(Ex. Letícia Poeta)
Atividade 16 – Produzindo notícia
Momento que você solicitará a produção de uma notícia para expor no
“Jornal Mural”. Combine que o trabalho será individual, mas a colocação das notícias
no mural será da equipe, após sua correção e reescrita deles.
Atividade 17 – Diferenciando Causo e Notícia
É importante analisar se o aluno compreendeu a diferença entre os gêneros
causo e notícia. Leve, textos dos dois gêneros para que os identifiquem e, auxilie-os
a fazer o quadro comparativo. Pode tomar por base a adaptação da sugestão do
quadro abaixo retirada do: portal do professor:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=24338 – acesso no
dia 28/06/13
Causo Notícia
É contado por nossos avós, pais ou
amigos;
É transmitida pro jornais falados e
escritos;
Não precisa comprovar se a história é
verdadeira;
É preciso provar se o fato realmente
ocorreu;
As pessoas leem para se divertirem; As pessoas leem para se informarem
sobre algum acontecimento;
Geralmente, não usa entrevista; Muitas vezes, pessoas são entrevistadas
para falarem sobe o fato noticiado;
Aparece marcas da oralidade quando
escrito.
Não apresenta marcas da oralidade,
quando escrito ou falado.
Etapa C – Apresentando Causos e Notícias
Esta etapa está dividida em dois momentos. É a finalização do trabalho:
Causo e Notícia a oralidade na sala de aula. Organize as equipes para cada
momento, fazendo os ensaios, a fim de que seja um encerramento marcante para os
alunos, para a comunidade escolar e para você.
Uma equipe por dia faz a apresentação da notícia na “Rádio Fictícia” por, no
máximo, cinco minutos. Quanto ao Jornal Mural a cada dois dias uma equipe fica
responsável pela exposição das notícias.
Combine com a direção da escola o dia da contação dos causos. Se é
possível convidar a comunidade escolar ou só as demais turmas. Neste dia, pode-se
fazer a entrega do livro de causos para a biblioteca da escola.
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem dos gêneros estudados, bem como do uso da
oralidade será feita no processo. Observando-se o envolvimento dos alunos na
resolução das atividades, o crescimento que demostrarem a cada etapa e na
produção dos textos solicitados se conseguiram atender as especificidades do
gênero e a adequação do vocabulário e expressão corporal nas apresentações
orais.
Estamos abertos à sugestões e/ou críticas que possam melhorar o trabalho
aqui apresentado.
e-mail: [email protected]
Abraços,
Professora Madalena.