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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · suas vontades, completamente sem limites. Conforme Fante “especialistas alertam que a ausência de limites e o excesso de mimos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ - SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIOANAL – PDE

BULLYING: A PROPAGAÇÃO DO FENÔMENO E O LIMITE DA AÇÃO ESCOLAR

CADERNO TEMÁTICO

PROFESSORA: MARIA INÊS GOMES

2013

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“A violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade

do ser humano”.

João Paulo II

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SumárioIDENTIFICAÇÃO..........................................................................................................4APRESENTAÇÃO.........................................................................................................5FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.....................................................................................6UNIDADE 1:................................................................................................................10

O Bullying diante do contexto escolar....................................................................10ATIVIDADES.......................................................................................................12

UNIDADE 2: ...............................................................................................................16BULLYING e as Relações Professor – Aluno e Famíla – Escola..........................16

Atividades:..........................................................................................................18UNIDADE 3:................................................................................................................19

Inclusão social e diversidade na escola.................................................................19ATIVIDADES:......................................................................................................19

UNIDADE 4:................................................................................................................22Indisciplina e violência escolar...............................................................................22

Atividades:..........................................................................................................24UNIDADE 5: ...............................................................................................................25

CYBERBULLYING..................................................................................................25Atividades:..........................................................................................................27

UNIDADE 6 e 7: .........................................................................................................28Bullying e suas consequências..............................................................................28

UNIDADE 8:................................................................................................................31O Bullying e o limite da ação escolar e familiar .....................................................31

ATIVIDADES:......................................................................................................31CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................33REFERÊNCIAS...........................................................................................................34

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IDENTIFICAÇÃO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO-SEEDSUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO-SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS-DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL-PDE

FICHA PARA CATÁLOGO DE PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA PROFESSORA PDE/2013

TÍTULO Bullying: a propagação do fenômeno e o limite da ação escolar AUTORA Maria Inês Gomes

DISCIPLINA Pedagogia N.R.E. Irati

Escola de Implementação

Escola Estadual Nossa Senhora das Graças

LOCALIZAÇÃO IratiInstituição de

Ensino Superior UNICENTRO

ORIENTADORA Miriam Adalgisa Bedim Godoy FORMATO Caderno Temático

PÚBLICO ALVO Professores, alunos, pais e comunidade escolar RESUMO O Projeto em questão justifica-se pela necessidade de buscar caminhos

novos para enfrentar esse problema tão frequente em nossas escolas. A problematização central consiste na questão de como ou o que a escola pode fazer para reverter ou minimizar a propagação desse fenômeno. Na implementação do Projeto pretende-se reconhecer e estabelecer relações entre o Fenômeno Bullying com as mudanças desestruturais ocorridas na sociedade e nas escolas em nível familiar, pessoal e cultural. A metodologia da pesquisa é bibliográfica e de campo. Os sujeitos do estudo serão professores, pedagogos, funcionários, pais, alunos de uma escola pública da região centro-sul do Paraná. Os instrumentos do trabalho serão entrevistas, questionários, palestras, grupo de estudos e debates. Após aplicação e realização dos instrumentos, os mesmos serão tabulados e apresentados os resultados à luz da fundamentação teórica que culminará em um artigo socializando os achados dessa pesquisa.

PALAVRAS-CHAVE Bullying. Fenômeno. Violência.

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APRESENTAÇÃO

BULLYING: a propagação do fenômeno e o limite da ação escolar

O Caderno Pedagógico trata-se de um material didático elaborado pela Professora

Maria Inês Gomes do PDE 2013, com o objetivo de implementá-lo como atividade

pedagógica de intervenção no 1º semestre do ano de 2014 na Escola Estadual Nossa

Senhora das Graças, no município de Irati, sob a orientação da Professora Miriam

Adalgisa Bedim Godoy da Universidade do Centro – Oeste- UNICENTRO.

O presente material consta de oito unidades temáticas e seu enfoque basea-se no

estudo do Fenômeno Bullying, sua propagação e o limite da ação escolar diante de tal

fato. Cada unidade temática propõe a reflexão e a possível ação da escola como um

todo, diante das consequências evidenciadas rotineiramente nas escolas . Este estudo

utiliza vídeos, textos, músicas, palestras e dabates com o intuito de provocar a

conscientização de que a escola pode intervir positivamente na redução de possíveis

danos aos educandos e a todos os envolvidos.

O objetivo da prepação deste material é a busca pelo aprofundamento teórico acerca

deste tema, redimensionando o olhar a respeito das situações desencadeadas pelo

Bullying nas escolas, com vistas à provocação de mudança postural do coletivo

institucional. A ressignificação deste olhar requer o comprometimento de todos, onde tais

atitudes devem auxiliar na melhoria do processo de ensino e de aprendizagem,

proporcionando a todos os alunos uma escola de qualidade, transformadora,

emancipadora, livre de preconceito e discriminação.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As formas de violência nas escolas estão tomando proporções assustadoras, que

vão desde insultos verbais aos desacatos pessoais, e muitas vezes, violência física. As

escolas públicas e privadas estão sendo alvo de acontecimentos em que os adolescentes

se envolvem em situações nas quais, demonstram a sua aversão às regras e à disciplina

de civilidade. Nestas condições, os professores acabam ficando temerosos e ansiosos,

gerando até fobia escolar, pois se sentem impotentes para enfrentar essa realidade.

A pesquisa da educadora Tânia Zagury (2006) confirma essa lamentável realidade,

onde foram ouvidos professores do Ensino Fundamental e Médio em escolas públicas e

privadas em várias cidades brasileiras. Os resultados da pesquisa apontam que as

principais dificuldades encontradas pelos professores dizem respeito à indisciplina em

sala de aula, interferindo diretamente na qualidade das mesmas e desencadeando

inúmeros fatores, entre eles, a violência, em forma de ameaças ou através da força bruta.

Verificamos que muitos pesquisadores têm se dedicado em esclarecer a situação.

De acordo com Moraes (2005) educadores e psicólogos têm apresentado estudos sobre o

assunto sob diversos ângulos. Os professores culpam os pais e vice-versa. Os diretores

culpam o regime educacional vigente. Moraes e Sayão (2005) dizem que é um jogo de

empurra-empurra. Na verdade, não existe nada que comprove estas afirmações, são

apenas evidências.

As diversas pesquisas na área revelam um ponto-chave em todas as explicações,

referentes à mudança estrutural da família nas últimas décadas. O padrão de família

mudou muito. No passado, predominava o autoritarismo e imposição de regras. Hoje,

erra-se justamente pelo oposto, falta de limites na educação dos filhos. Criou-se um

modelo de comportamento, no qual, a escola reflete, em grande parte, o que é ensinado

pelos pais.

Percebemos atualmente que muitas crianças e adolescentes ficam sozinhos em

casa ou envolvidos por pessoas, cujo padrão de comportamento cultiva o desrespeito e a

violência. Em ambas as situações, percebe-se o abandono familiar, os pais da

contemporaneidade ficaram com tempo escasso para educar os filhos (MORAES;

SAYÃO, 2005).

Essa falta de referência familiar e o excesso de convivência social inadequada faz

com que se instalem comportamentos agressivos nas crianças que estão vulneráveis às

interferências externas. Como cita Bertold Brecht: “Do rio que tudo arrasta se diz que é

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violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem” (FANTE, 2005, p.

154). A violência se instala em nível individual, educacional e social e toma proporções

extremas.

No fenômeno bullying, segundo Araújo; Veiga e Tomazzo (2004) os agredidos não

conseguem se defender e os agressores têm dificuldade em apresentar outro tipo de

comportamento, que não seja violento, podendo até praticar atos delinquentes, criminosos

e violência doméstica. Entre as vítimas, há uma probabilidade grande de alguns

apresentarem depressão, podendo levar até o suicídio. Outros se revoltam e partem para

vingança.

Em pesquisa realizada por Veiga, nos Estados Unidos há um alto índice de bullying,

ou seja:

Segundo a Central Intelligence Agency (CIA), três quartos dos alunos americanos que praticaram atos muito violentos como roubar e matar foram vítimas de bullying. O grande dilema é levar educadores e pais a não fazer vista grossa diante de um problema que só tende a crescer em uma sociedade cheia de desigualdades sociais (ARAÚJO; VEIGA; TOMAZZO, 2004, p.57).

A autoestima da pessoa que sofre algum tipo de agressão quer seja: verbal; física;

moral é comprometida, ou seja, “quem é chamado de baleia ou frangueiro na infância

nunca esquece” (ARAÚJO; VEIGA; TOMAZZO, 2004, p. 57). Tal situação é percebida na

infância quando a pessoa começa a desenvolver um perfil de agressor ou de vítima. Para

ou autores supracitados “quem não aprende a controlar os impulsos, entre eles o da

agressividade, adota dois comportamentos: ou fica exageradamente agressivo e nunca

pensa antes de agir , ou se inibe, tornando-se uma pessoa medrosa, que não consegue

se defender” (ARAÚJO; VEIGA; TOMAZZO, 2004, p. 58). Muitos destes que possuem

este perfil têm dificuldade de se relacionar com outras pessoas. Outros, já sofreram algum

tipo de abuso, intimidação ou ainda, há os que aprenderam com os pais a conseguirem o

que querem através da violência ou mal acostumados, esperando que todos satisfaçam

suas vontades, completamente sem limites.

Conforme Fante “especialistas alertam que a ausência de limites e o excesso de

mimos podem fazer com que a criança fique chata, egoísta, ou ainda, que não se adapte

e não consiga seguir as regras básicas de convivência em grupo” (FANTE, 2005, p. 76).

As consequências da conduta bullying afetam todos os envolvidos em todos os níveis,

principalmente a vítima, cujos efeitos negativos poderão ir além do período escolar: em

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suas relações de trabalho, na constituição familiar e na educação dos filhos, trazendo

prejuízos para a sua saúde física e mental. O agressor poderá ainda praticar bullying no

seu local de trabalho, em fases posteriores da vida, tornando-se uma pessoa de difícil

convivência nas diversas áreas da vida pessoal, profissional e social.

A autora supracitada sinaliza que todos os envolvidos no processo estão

interligados, por fatores sociais, familiares, econômicos, culturais ou educacionais, já

existem programas que prestam auxílio e orientação a estes casos, bem como, atuam na

prática de forma efetiva na prevenção e redução de danos referentes a comportamentos

violentos.

De acordo com Barros e Carvalho (2013) há pouco tempo, poucas escolas

reconheciam o bullyng como uma ameaça importante para o coletivo escolar. A principal

postura era ignorar o comportamento e esperar que o mesmo acabasse, o que

normalmente não acontece. A escola necessita encarar a realidade e admitir que o

espaço escolar é resultante de comportamentos diversos resultantes de práticas sociais e

culturais que reforçam atitudes violentas. Assim como atitudes solidárias podem ser

aprendidas, posturas agressivas também podem ser modificadas e tranformadas em

atudes positivas e saudáveis. Todos os envolvidos com a educação necessitam estar

atentos:O importante é que as escolas tomem a iniciativa de prevenir o bullying antes que ele se instale em seu meio e inviabilize o processo educativo, chegando ao ponto de não conseguir resolver, de modo geral, as questões ligadas aos conflitos interpessoais. Para tanto, a escola deveria ser um espaço democrático no qual o ensino se estendesse para além da instrução, a convivência fosse tratada de maneira democrática e os valores humanísticos fossem transmitidos pela educação dos sentimentos e das emoções. (BARROS; CARVALHO, 2013, p. 28769).

O fenômeno bullying não deve ser confundido com violência apenas, ele possui

característica mais específicas, pois caracterizam por ações intencionais, dirigidas,

repetitivas e conscientes. Dentro dessa perspectiva:O critério de vitimização repetida também demanda certa imprecisão, pois se pergunta a partir de que momento deve-se considerar a repetição; quando um aluno tenha praticado os mesmos atos violentos contra vários colegas, mas uma vez contra cada vítima, deve ser considerado reptição? Esses questionamentos ressaltam o cuidado que estudiosos e pesquisadores devem ter na concepção e conceituação do bullying, não dando margens para banalizações que podem transformar este fenômeno em uma ação corriqueira dentro da escola, dificultando sua identificação e diminuindo a responsabilidade sobre seus efeitos e consequências. (CARVALHO, 2013, p. 28790).

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Diante do objeto da investigação acima descrito, o presente trabalho propõe a

articulação com a linha de pesquisa escolhida: Organização do Trabalho Pedagógico por

acreditar na relevância do estudo desse projeto numa perspectiva que engloba todo o

cotidiano escolar e cultural.

BULLYING

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SOCIEDADE

ALUNOS ESCOLA

FAMÍLIA

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UNIDADE 1:

O Bullying diante do contexto escolar

O Bullying afeta toda a sociedade, o agressor, a vítima, e o espectador. As atitudes

agressivas marcam tanto a curto quanto em longo prazo, podendo causar frustrações e

comportamentos inadequados, gerando até mesmo, atitudes sociopatas(SILVA, 2006,

p.2)

Diante do contexto atual a escola tem-se tornado palco preferido para estes

preocupantes acontecimentos. A grande questão é exatamente esta: O que a escola pode

fazer para reverter ou minimizar este fenômeno? Buscar respostas será o foco principal

para o desenvolvimento deste trabalho de pesquisa que poderá esclarecer sobre

diferentes formas de compreender a realidade escolar, tal qual ela se apresenta,

permitindo esclarecer um olhar sobre as transformações ocorridas na sociedade, na

família e, consequentemente, na escola.

Segundo Rockwell “os confrontos são testemunhos dos diversos

movimentossociais que influem na vida escolar e constam de um efeito histórico: as

escolas se transformam” (ROCKWELL, 1995, p. 55). A partir dessa transformação social e

educacional percebemos também alguns embates e conflitos entre alunos, mestres, pais

em torno da diversidade (social, sexual, racial, religiosa dentre outras) existente no

contexto escolar. As Diretrizes Curriculares Orientadoras do Estado do Paraná – DCEs

(PARANÁ, 2010) preconizam esse respeito a todo e qualquer tipo de diversidade no

processo escolar e o trabalho coletivo serve como espinha dorsal para reforçar o caráter

social da aprendizagem e combater qualquer tipo de discriminação que possa interferir

negativamente no processo educacional.

Diante dessas inquietações, pretendemos com este trabalho de pesquisa, coletar

dados através de relatos de professores, diretores, equipes pedagógicas e, também dos

pais envolvidos neste processo, investigando sobre o quadro atual percebido nas escolas

a respeito de violência, desrespeito e falta de limites nas relações sociais.

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UNIDADE 1

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Este problema detectado nas escolas, principalmente nas salas de aula, remete-se

a uma realidade social que está posta, onde questionamos se foi a família que mudou os

seus valores ou a própria escola. A escola funciona com reflexo da sociedade, servindo

muitas vezes, de parâmetro de como a família e as pessoas se comportam ou agem em

inúmeras situações, a escola, nessa perspectiva, torna-se um espelho de uma realidade

social.

Para Zagury (2006), na família, os pais perderam a autoridade e isso acabou

sobrecarregando a escola. A partir daí, perdeu-se o limite. Concomitantemente, a escola

também sofreu um processo de mudança. O foco principal da educação passou a ser

outro, onde a prioridade é dada na questão da escola exercer a sua função social, como

salienta a LDB 9394/96 em seu artigo 2º: “a educação, dever da família e do Estado,

inspirada nos princípios da liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por

finalidade o pleno exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.(BRASIL,

1996, p.1).

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ATIVIDADES

Tema: Pesquisa / Conhecimento prévio do tema

Público-alvo: Professores

Objetivo: Trabalhar a teoria a respeito do tema Bullying através de uma problematização

destacada na Música “Sofrendo em silêncio“ da Banda Mobilize (Música anti- bullying

composta em parceria com o Promotor de Justiça Lélio Braga Calhau) que leva à reflexão

da temática.

Desenvolvimento da atividade: Iniciando com a apresentação da Música citada, com a devida letra digitada para

todos os participantes do Grupo de Estudo acompanhar as atividades propostas. A partir

desse início, segue a reunião provocando a discussão do grupo sobre a interpretação

individual a respeito da música e o que ela remete ao tema em questão. Distribui-se em

seguida uma charge a cada um e pede que todos interpretem a imagem , fazendo um

paralelo ao bullying.

Em seguida, distribui um questionário sobre o tema, para que todos reflitam sobre

o que é o bullying e como ele acontece.

Concluindo as atividades da Unidade 1 e baseado nas observações feitas e nas

reflexões ocorridas pode-se vislumbrar um panorama da escola, seus pontos de vista e

atitudes repensadas por parte de todos os participantes que servirão de base para o

aprofundamento da temática para as próximas unidades de trabalho do Grupo de Estudo.

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Trecho da letra da música:

Sofrendo em SilêncioBanda Mobilize

http://www.youtube.com/watch?v=VrdTlukmro8&hd=1

No silêncio do meu quarto ninguém pode ver

O tanto que palavras fazem sofrer

Por ser diferente as pessoas acham que

Podem ferir alguém como se não fosse nada

Você pode respeitar e é capaz de amar alguém que sofre em silêncio?

Você pode respeitar e pode entender que bullying fere a alma?

Todos diziam que era brincadeira

Enquanto eu sofria em silêncio

Por ser excluido eu me afastava sem esperar

Que pudesse explicar o que havia de errado

Você pode respeitar e é capaz de amar alguém que sofre em silêncio?

Você pode respeitar e pode entender que bullying fere a alma?

Seu filho pode ser a vítima

Seu filho pode ser o agressor

Mas terá chance (terá chance)

…................

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Charge:

Imagem 1 :http://jornalsescsj.blogspot.com.br/2011/05/charges.html acesso em 13/09/2013 às 13h

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Questionário para professores:

1. Você percebe situações de bullying dentro de sua escola ou na sala de aula?( ) Sim ( ) Não ( ) Nunca percebi nada

2. Caso tenha presenciado cenas de bullying entre os alunos , qual foi sua postura? ( ) Fico indifrente, pois não sei qual atitude tomar ( ) Fico indignada e procuro ajuda para resolver o problema. ( ) Outra postura. Qual?

3.Você acredita que algumas situações de indisciplina, violência ou desrespeito por

parte dos alunos na escola, pode estar relacionado ao bullying?

( ) Sim ( ) Não

4. Existe casos que você desconfia que algum aluno está sendo vítima de bullying e

sofre calado?

( ) Sim ( ) Não

5. A família têm uma participação importante na sua escola?

( ) Sim ( ) Não

6. Você acreita que família e escola devem trabalhar juntas na resolução dos

problemas existente na escola( violência, bullying, indisciplina...)?

( ) Sim ( ) Não

7. Você acredita que alguns professores podem estar sendo vítima de bullying na

escola atualmente?

( ) Sim ( ) Não

8. Você percebe no ambiente escolar que os alunos que são “ diferentes” ou fogem

ao padrão de “ normalidade “ são discriminados?

( ) Sim ( ) Não

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UNIDADE 2:

BULLYING e as Relações Professor – Aluno e Famíla – Escola

Segundo Lamas (2013, p. 263) “as salas de aula são o contexto onde as agressões

ocorrem mais frequentemente“, portanto é visível que através dela há a percepção dos

conflitos existentes nas relações entre o Fenômeno Bullying com as mudanças

desestruturais ocorridas na sociedade e nas escolas em nível familiar, pessoal e cultural.

A palavra bullying de acordo com Silva (2006, p.2) é derivada do verbo inglês bully, que significa usar a superioridade física para intimidar alguém. Como adjetivo, palavra

refere-se a “valentão” ou algo parecido. De qualquer maneira, a nomenclatura bullying

tem sido usada em vários países como uma definição de todo e qualquer tipo de

comportamento agressivo, indelicado e constante dirigido às pessoas que se relacionam

entre si. Nas escolas, as relações são estreitas e profundas, o que favorece, muitas

vezes, comportamentos invasivos e desrespeitosos a certos indivíduos que se tornam

objetos de diversão e prazer.

Este fenômeno começa a partir de brincadeiras de mau-gosto, porém, vão tornando

proporções gigantescas que interferem desde simples problemas de aprendizagem a

desvios de comportamentos, que podem levar até a situações de homicídios e suicídios

entre estudantes.

No exercício do magistério, como professora pedagoga, observamos essa

realidade, com muita frequência no cotidiano escolar. Infelizmente, tal situação não é um

fato isolado, temos verificado que estas questões relacionadas ao bullying estão

presentes em todas as escolas, tanto públicas quanto privadas. Independente da classe

social, econômica, familiar ou cultural, o fato acontece. Muitas vezes de forma velada e

quase imperceptível, porém, muito marcante e presente. Percebemos que na maioria dos

casos, a violência (verbal ou física) acontece em sala de aula, com o testemunho dos

colegas, os quais se tornam cúmplices e se calam. O mais intrigante é que, em alguns

casos há a conivência do professor em sala de aula, que se omite ou até instiga certas

atitudes, como por exemplo, dando apelidos pejorativos ou colocando os alunos em

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UNIDADE 2

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situação vexatória. O aluno vítima desses atos, poderá possuir transtornos psicológicos

graves, que poderão vir à tona a qualquer momento da vida sob variadas formas de

violência .Através da minha experiência como pedagoga, onde já atuei em escolas

privadas, estaduais, como também, na equipe de ensino no do Núcleo Regional de

Ensino, percebo que o fenômeno bullying a que me refiro neste trabalho de

pesquisa, está muito presente em todas as realidades supracitadas, porém, com

algumas especificidades e particularidades. Percebemos que em determinadas

escolas esse fato está mais aflorado, visível, assim como em outras o tema se

revela nas suas sutilezas, mas nem por isso, menos intolerável. É justamente essa

“invisibilidade“ que mais nos preocupa, razão pela qual, gostaríamos de focar o

nosso trabalho. Na organização do trabalho pedagógico, acabamos nos

preocupando mais em trabalhar com as urgências, o imediatismo, com a

necessidade de resolver problemas cotidianos do que pela consciência de se

prevenir situações futuras. Paulo Freire nos orienta que “pensar a prática é a melhor

maneira de pensar certo” (FREIRE, 1981), desta forma, acreditamos que por meio

de grupos de estudos com professores, funcionários, alunos e pais é possível

ampliar a consciência da comunidade escolar acerca da temática que se propõe o

estudo. Estes momentos de reflexão poderão auxiliar todos os envolvidos para uma

possível leitura de alguns sinais importantes que ocasionalmente passam

despercebidos por muitos de nós. É importante registrar o relato de uma mãe

que expôs que mesmo tendo um bom nível intelectual, não percebeu

em seu filho sinais que era vítima de bullying no ensino médio. Essa constatação

reforça a ideia que necessitamos estar muito atentos a alguns indícios, os quais

podem ser trabalhados com responsabilidade por todos os envolvidos no processo

escola/família.

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Atividades:Tema: Bullying e as Relações Professor /Aluno e Família/EscolaPúblico-alvo: ProfessoresObjetivo: Propiciar reflexão e análise que poderão trazer contribuições para subsidiar

estudos teóricos sobre as relações interpessoais que se estabelecem no contexto escolar

em relação à temática do bullying.

Desenvolvimento das atividades :

Iniciando as atividades com um vídeo“ Pink Floyd Another in the Wall “

http://www.youtube.com/watch?v=VrdTlukmro8&hd=1 sobre as relações entre professor /

aluno e família / escola que se estabelecem no âmbito escolar, o quanto essas interferem

diretamente na propagação do Fenômeno Bullying e qual é o limite da ação escolar diante

dessa realidade. Para embasar essa discussão e reflexão será feito um trabalho em grupo

a partir do texto “Bullying e Relação Professor-Aluno: Percepções de Estudantes do

Ensino Fundamental“ de Lamas, Freitas e Barbosa, 2013. Para enriquecer o debate será

passado um vídeo que trata da temática com a Dra. Ana Beatriz Barbosa Siva “Os tipos

de bullying“.

http://www.youtube.com/watch?v=Tavy3pwBUfI

http://www.youtube.com/watch?v=iL9HgmTTFpI

Concluindo a atividade através de slides sobre a temática.

Imagem 2 :

educacaoespecialbrasil.blogspot.com acesso dia 13/09/2013 às 15h

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UNIDADE 3:

Inclusão social e diversidade na escolaPercebemos de um lado a família, muitas vezes desestruturadas, de outro, a

escola, buscando encontrar o seu rumo, e, no centro de todo esse confronto, os alunos,

sem saber que caminho seguir. Neste contexto, alguns escolhem o caminho da violência

e da falta de limites e respeito, a si mesmo e aos outros. Tal cenário não é nada

alentador, sendo assim, percebemos a necessidade de maior aprofundamento teórico-

prático sobre o fenômeno bullying no âmbito da escola junto aos seus pares.

Conforme cita Lamas (2013, p. 264) “o bullying é uma das formas de agressividade

escolar que mais tem despertado a atenção devido às consequências negativas para o

desenvolvimento psicológico, social e intelectual dos alunos”,onde a discriminação e o

preconceito tornam-se um fator preponderante que desencadeiam reações inesperadas e

cruéis na escola e fora dela.

ATIVIDADES:

Tema: Inclusão social e diversidade na escola

Objetivo: Despertar a reflexão sobre concepções de “normalidade“ e o quanto pode ser

prejudicial ao desenvolvimento humano o rótulo e o preconceito às pessoas que fogem ao

padrão estipulado pela sociedade (preconceito racial, físico, sexual, cultural , religioso).

Desenvolvimento das atividades: Através do Filme “Bang Bang você morreu“, que será

passado aos participantes, será feito um debate com questões como: preconceito e

discriminação que estão relacionados diretamente ao bullying e suas consequências. A

partir das discussões será aplicada uma dinâmica “Sentindo na pele“ para despertar a

reflexão sobre a importância do respeito a si mesmo a ao outro.

Dinâmica: serão repassadas casos específicos de bullying nas escolas e será feita a

seguinte reflexão “se fosse com você o que faria ou sentiria”?

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UNIDADE 3

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Questões norteadoras ao filme “Bang Bang você morreu”

– Preconceito (segregação, grupos que excluem), na escola você percebe e constata

esse sentimento?

– Apoio familiar

– Você já vivenciou atitudes grosseiras entre os alunos?

– Qual a função do professor neste filme?

– Qual o momento mais importante e decisivo do filme?

– A importância da valorização do outro , acreditar nas possibilidades de cada um .

Que momento do filme acontece isso?

– Que mensagem pode-se tirar desse filme?

– O dilema do professor: até que ponto ele pode interferir na vida dos seus alunos.

– Frases do filme para refletir a respeito do bullying:

“ Não é o que eles trazem na mochila, é o que eles trazem no coração”.

“ Eu te ajudaria, se soubesse o que se passa na sua cabeça”.

“ Uma arma, uma bomba, justiça instantânea”.

Quer saber mais?

NOGUEIRA, R.M.C. Del P. A violência nas escolas e juventude: um estudo sobre o

bullying escolar. Tese de doutorado. Pontifícia Universidade Católoca de São Paulo, São

Paulo, SP, Brasil, 2007.

BEANE, A.L. A sala de aula sem bullying. Porto: Porto Editora, 2006.

PIRES, F. M.A. Práticas de agressividade / violência / vitimação no espaço escolar. In B.

Pereira & A.A. Pinto (Eds), A escola e a criança em risco: intervir para prevenir. Edições

Asa, 2001, p.203 – 222.

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Reflexão: O que essas imagens dizem a você ? Imagem 3 e 4 :

www.cadetudo.com.br/ricardoferraz.html acesso dia 10/09/2013 às 13horas

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UNIDADE 4:

Indisciplina e violência escolar

Dentro do contexto escolar, define-se muitas vezes indisciplina como violência ,

porém suas formas são diferentes. Segundo Fante (2005 , p. 159) “os atos de indisciplina

são comportamentos que vão contra as normas da escola e estão previstos no Regimento

Interno Escolar“. Já os atos violentos dos alunos nem sempre são explícitos e

identificados pela escola, existindo uma classificação a seguir : quanto ao grau (violência

simples ou pontual e complexa e frequente) , quanto à forma (violência direta, indireta,

implícita e explícita), quanto ao tipo de violência (física e sexual , verbal, psicológica e

fatal), quanto ao nível (discente, docente, funcionários, pais, instituição), quanto às

dimensões (violência no interior da escola, no estorno da escola e da escola), quanto aos

determinantes (fatores biológicos, pessoais, familiares, sociais, cognitivos e ambientais),

quanto às consequências da violência (no corpo discente, no corpo docente e no quadro

de funcionários, na família e na sociedade ) ( FANTE , 2005).

Essa classificaçao possibilita um parâmetro de julgamento que facilita o nosso

entendimento acerca da violência , porém não justifica a sua existência. O Bullying está

diretamente ligado a todo esse contexto educacional conforme citação abaixo:

Manifestas de várias formas, as violências na escola envolvem os integrantes desta tanto como agressores quanto como vítimas. A violência física é a face mais explícita desse fenômeno, com destaque para as ameaças, principalmente as feitas pelos alunos, com promessas de retaliações depois do horário escolar. As brigas são corriqueiras e banalizadas e, muitas vezes, incentivada pelos colegas (ABRAMOVAY, 2003, p. 79 e 80 ).

Sabemos que a função social da escola é propiciar ao aluno o acesso a

socialização do saber de maneira que haja respeito nas relações que se estabelecem no

cotidiano escolar. Este respeito deve existir entre todos os lados envolvidos, onde

percebemos também queixas por parte dos professores :

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UNIDADE 4

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Entre os professores o absenteísmo é uma das consequências diretas das violências e da falta de reconhecimento pelo mérito de seu trabalho. Outros resultantes são a perda de estímulo para o trabalho, o sentimento de revolta e a dificuldade de se concentrar nas aulas ( ABRAMOVAY, 2003, p. 81 ).

A escola está envolvida com essa tendência violenta que se estende da sociedade

para a família e consequentemente para a escola, onde muitas vezes, acontece a

banalização da violência e o desrespeito, como se fossem coisas normais e naturais do

ser humano. De acordo com Beaudoin (2006) esse respeito deve ser conquistado e não

imposto à força, onde o respeito e a tolerância são características desenvolvidas com

maior eficácia, se existir um ambiente satisfatório e capacite os envolvidos a tomar

decisões mais acertadas a despeito das lutas que enfrentam diariamente em suas vidas.

Imagem 5 :Http: //wwwquintooapsle.blogspot.com acesso em 12/09/2013 às 17h 01m

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Atividades:

Tema: Indisciplina e violência escolarObjetivo: Promover momentos de discussão e debate com a comunidade escolar por

meio de grupos de estudo para embasar teoricamente as práticas definidas sobre a

temática do Bullying e a violência gerada por tal Fenômeno.

Desenvolvimento da atividade: As atividades dessa unidade serão trabalhadas a partir

da leitura do artigo “Uma visão psicopedagógica do Bullying escolar” de Anna Carolina

Mendonça Lemos que será devidido em pequenos grupos que farão apresentação ao

grande grupo para socilizar o conteúdo trabalhado por todos. A reflexão central consistirá

nas seguintes questões:

O que é violento para você?

Qual é sua reação quando é agredido (psicológicamente ou moralmente )?

Quando você vê algo acontecer perto de você, que julga injusto ou desrespeitoso,

qual é sua postura diante do fato?

Você já presenciou um aluno sendo vítima de Bullying ? O que você fez?

Concluindo as atividades com o Vídeo “ Crianças Invisíveis

“http://www.youtube.com/watch?v=IxmBRrbEhFA&hd=1 e a interpretação e análise do

texto acima mencionado, as questões acima e o vídeo através de slides

Imagem 6 :educacaoespecialbrasil.blogspot.com acesso dia 13/09/2013 às 15h05min.

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UNIDADE 5:

CYBERBULLYING

Na perspectiva escolar o Bullying se manifesta de várias formas, porém hoje existe

também outro fator presente em nossa realidade atual que é violência virtual , tão cruel

quanto aos outros tipos já comentados anteriormente, mas igualmente perverso e

maléfico. Essa violência afeta principalmente a autoestima dos envolvidos por se tratar de

uma utilização certeira e altamente abrangente, pois é uma ferramenta muito usada

pelos jovens. O poder dessa mídia é muito grande e segundo Santomauro:

Na internet e no celular, mensagens com imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullying ainda mais perverso. Como o espaço virtual é limitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola. E o que é pior: muitas vezes ela não sabe de quem se defender. (SANTOMAURO,2010,p.67)

Como demonstram as imagens abaixo, as vítimas desse tipo de violência tornam-

se extremamente vulneráveis e impotentes, já que é muito difícil de identificar seus

agressores. Hoje já existe uma Lei Carolina Dieckmann 12737/12 que está em vigor

desde 02 de abril de 2012 que pretende defender as vítimas dessa violência.

25

UNIDADE 5

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Imagem 7:

tentotwenty.com/cyber-bullying-versus-old-school-bullying acesso 12/09/2013 às 19h

Conforme pesquisa de Santomauro (2010 ) existem três motivos que tornam o

cyberbullying mais cruel :

– no espaço virtual, as agressões são constantes às vítimas, não estando apenas

restrito ao espaço escolar;

– o ambiente virtual por ser muito utilizado pelos jovens, eles ficam mais à vontade e

se expõe mais do que devem;

– a tecnologia dá uma sensação de impunidade aos agressores e impotência às

vítimas.

Imagem 8:

www.teleread.com/internet/instagram-cyber-bullying-the-the-connected-kid/attachment/bullying2/ acesso em 12/09/2013 às 18h52m

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Atividades:Tema: CYBERBULLYINGObjetivo: Conscientizar os presentes sobre a abrangência que o bullying tomou em

nossas vidas, ultrapassando o limite escolar e o quanto ele pode ser danoso para o

desenvolvimento pleno dos nossos educandos como cidadãos e seres humanos

saudáveis.

Desenvolvimento da atividade: Para iniciar o grupo de estudos do dia, será passado um

pequeno trecho do filme “Cyberbully“ que trata do assunto com um pequeno debate para

explanação do contexto e interpretação do fime.

Questões norteadoras sobre o filme:

– As vítimas ficam mais vulneráveis ao fenômeno virtual?

– Os agressores sentem-se mais “ poderosos ” diante da possível impunidade?

– Como a família pode perceber o fato?

– Qual cena mostra mais fortemente os prejuízos do cyberbullying para os

envolvidos?

– Qual a mensagem do filme?

– Qual o papel da escola, professor e família neste contexto virtual (muitas vezes

nocivo)?

A partir daí, as atividades seguirão com a simulação de uma Reunião Pedagógica onde

os participantes serão distribuídos em grupos para análise e possíveis ações referentes a

estudos de casos diferentes com a mesma temática. Finalizando a atividade, será aberto

o grande grupo para a discussão dos casos estudados para a plenária.

Público-alvo: professores

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UNIDADE 6 e 7:

Bullying e suas consequências

Sabemos que a função social da Escola é propiciar ao educando meios para

desenvolver a aprendizagem significativa , porém , conforme cita Lemos:

O fenômeno Bullying é capaz de desenvolver sérios comprometimentos ao processo de aprendizagem, visto que desenvolve , na instituição educacional, um ambiente nocivo não somente às vítimas, mas a todos, direta ou indiretamente, envolvidos. Seus efeitos são capazes de efetivamente desarmonizar as dimensões cognitiva, corporal, simbólica e orgânica , acarretando um conflito entre as questões internas e externas ao sujeito. Os estragos emocionais, sociais e psicológicos graves gerados têm força suficiente para impedir que o sujeito tenha um desenvolvimento saudável e propício com o objeto de conhecimento. ( LEMOS,2007, p.5).

Neste sentido sabemos que o papel do eduacador, da família e da escola como um

todo não deve ser estanque e individual , já que só conseguiremos um resultado eficaz se

houver um trabalho em equipe e comprometido com o sucesso e bem estar de todos os

envolvidos no processo educacional. Este trabalho em questão coloca o seu foco

principalmente na prevenção ao Fenômeno para que suas consequências sejam as

menores possíveis, onde os alunos também devem contribuir para a dimiminução ou

eliminação dos efeitos do Bullying no âmbito escolar e social.

Tema: Bullying e suas consequências Objetivo: Despertar nos alunos a reflexão acerca da temática escolhida , sua origem e

principalmente suas consequências, que podem interferir durante toda vida do ser

humano, gerando em alguns casos tendências antisociais, violentas, baixa autoestima e

isolamento.

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UNIDADE 6 e 7

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Desenvolvimento da atividade: Através do questionário que será distribuído aos alunos, será feita uma reflexão sobre o

tema para iniciar a discussão. A partir daí, será aberto um debate com os educandos para

que os mesmos reflitam suas atitudes, repensem sobre o papel da escola neste contexto

de violência e desrespeito e o que cada um pode fazer em sua prática diária para tentar

minimizar a propagação do Fenômento Bullying. Em seguida,os alunos assistirão alguns

vídeos http://www.youtube.com/watch?v=4Us_X30qEl4 , http://www.youtube.com/watch?

v=pkduLIJgks0 , http://www.youtube.com/watch?v=Fm6Nc_5OMjo&hd=1 e

http://www.youtube.com/watch?v=-0zYmuwDFxk&hd=1 sobre a temática, onde algumas

personalidades contarão suas experiências como vítimas do bullying e como reagiram

diante desta realidade. Concluindo o trabalho, os alunos deverão construir coletivamente

um material final de divulgação aos alunos da escola nas salas de aula, para despertar a

conscientização coletiva sobre o assunto e propor ações de colaboração e atitudes

positivas que possam auxiliar a escola nesta tarefa.

Público-alvo: Na unidade 6 serão atendidos os alunos do período da manhã e estes divulgarão o

trabalho nas turmas da manhã. Na unidade 7 serão atendidos os alunos da tarde e a

divulgação será para os alunos que estudam no período da tarde.

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Questionário para alunos:

1. Você sabe o que significa Bullying? ( ) Sim ( ) Não ( ) Superficialmente

2. Você já foi vítima de Bullying? ( ) Sim ( ) Não

3. Você foi alguma vez ( ou muitas vezes ) o agressor do Bullying? ( ) Sim ( ) Não

4. Você já presenciou colegas seus, sendo vítima de Bullying? ( ) Sim ( ) Não

5. Caso você tenha presenciado cenas de Bullying, você contou para a

direção, equipe pedagógica, professores ou pais?

( ) Sim ( ) Não

6. Você acredita que existem muitos casos de Bullying em sua escola? ( ) Sim ( ) Não

7. Qual sua reação diante de um fato relacionado ao Bullying com pessoas à sua volta? ( ) Fica indifrente, afinal não é comigo ( ) Fica triste, pois poderia ser comigo ( ) Fica indignado e procura ajuda para resolvero problema.

8. Existe preconceito em sua escola (racial, sexual, religioso, cultural)? ( ) Sim ( ) Não

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UNIDADE 8:

O Bullying e o limite da ação escolar e familiar De acordo com Santana (2004, p. 31) “o ambiente familiar é o primeiro e principal

transmissor dos valores constituídos pelo sujeito, além de transmitir as primeiras

informações necessárias e determinantes para a futura personalidade” e é nesse ponto

que gostaríamos de valorizar o papel importante que a família exerce sobre o ser

humano. A escola deve reforçar a parceria com a família, pois onde existe esse o vínculo

estreito e forte, as relações de poder e respeito se estabelecem satisfatoriamente.

Segundo Lemos:

A escola e a família, como contribuintes do surgimento e desenvolvimento do bullying, por sua forma de atuação, também devem ser responsáveis pela sua prevenção e pelo seu fim, o que demanda conscientização efetiva do seu papel no processo da estruturação do sujeito. ( LEMOS, 2007, p.5)

Nesse sentido, todos (família, alunos e escola) devem contribuir para que haja

uma participação ativa e permanente , para que onde a escola (enquanto instituição

educadora) e a família (enquanto estrutura psicólogica) exerçam cada uma o seu

importante papel para a busca de possíveis ações contra o bullying.

ATIVIDADES:Tema: O Bullying e o limite da ação escolar e familiar

Objetivo: Despertar nos pais a reflexão sobre a temática , suas causas, suas

consequências, os limites da ação escolar e familiar e principalmente esclarecer sobre

como o Fenômeno ocorre no interior das escolas e casas e como detectar seus sinais

( muitas vezes sutis ) para possíveis intervenções positivas.

Desenvolvimento da atividade: A reunião se iniciará com uma palestra proferida por

uma psicóloga aos pais sobre o bullying. Na oportunidade e já concluindo o Projeto, será

repassado aos pais tudo o que foi discutido nestes Grupos de Estudos, para que

percebam o trabalho de envolvimento de todo coletivo escolar no prosseguimento das

atividades. Concluindo e materializando as atividades, os alunos explanarão sobre a

31

UNIDADE 8

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participação que tiveram nas ações concretas de conscientização sobre o Bulying e suas

implicações no âmbito escolar, familiar e social.

Quer saber mais ?

LOPES NETO, A.A., & SAAVEDRA L.H. Diga não ao bullying: programa de redução do

comportamento agressivo entre estudantes. Rio de Janeiro: ABRAPIA, 2003.

PEREIRA, B.O. Para uma escola sem violência: estudo e prevenção das práticas

agressivas entre crianças. Coimbra, Portugal: Ed. Fundação Calouste Gulbenkian, 2008.

O BULLYING E A EXCLUSÃO

Imagem 9:

32

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Fenômeno Bullying se apresenta em vários contextos: social, familiar e

principalmente escolar. É na escola que ele mais se manifesta e é ele o nosso maior foco,

pois , como educadores podemos interferir na propagação do mesmo em nosso meio.

Sabemos da dificuldade que enfrentamos todos os dias em nossas escolas, dentro das

salas de aula e em todos os ambientes escolares , mas essa situação não pode ser um

entrave para a busca de possíveis alternativas frente a esse problema social.

Através do estudo da temática proposto neste Projeto pretendemos que nossa

atuação positiva possa contribuir na intervenção da realidade , causando a reflexão e a

conscientização das nossas atitudes diárias e o quanto elas podem ser repensadas e

transformadas. A ação reflexiva embasa o nosso fazer diário e faz com que todos os

envolvidos enxerguem e busquem novas perspectivas diante do panorama vislumbrado.

Tudo pode ser modificado, transformado e melhorado e é esse é o nosso papel como

educadores e formadores de opinião, lutar por uma educação de maior qualidade, onde

exista sempre o respeito ao outro e a si mesmo, valorizando o comprometimento de todos

em prol de um bem comum: a escola como espaço de emancipação para a transformação

social livre de violência, discriminação e desrespeito.

Diante do exposto acima e depois da análise e interpretação dos fatos relativos ao

Fenômeno Bullying, salientamos que essa busca por respostas e alternativas possíveis

de enfrentamento a esses problemas evidenciados não se esgotam neste Projeto, onde é

imprenscindível o prosseguimento de ações que possibilitem a toda comunidade escolar

novas perpectivas, redimensionando o nosso olhar e a nossa prática, desnaturalizando

posturas cruéis e tão danosas que acontecem diariamente em nossas escolas e em

nossas vidas.

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REFERÊNCIAS

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REDE PITÁGORAS, Instituto Ayrton Senna, UNAIDS, Banco Mundial, USAID, Fundaçao

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BARROS, P. C.; CARVALHO, J. E.Diagnóstico escolar quanto as ocorrências de Bullying. In: XI Congresso Nacional de Educação EDUCERE 2013; II Seminário

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Seminário Internacional sobre Profissionalização Docente- SIPD/ CÁTEDRA UNESCO.

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BEAUDOIN, M., TAYLOR, M. Bullying e desrespeito: como acabar com essa cultura na escola. Porto Alegre : Artmed : 2006.

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http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf. Acesso em:

29/05/2013.

CARVALHO, J.E. Estudo sobre as ocorrências de Bullying entre alunos de 3ª e 4ª séries em escolas públicas. In: XI Congresso Nacional de Educação EDUCERE 2013; II

Seminário Internacional de Representações Sociais, Subjetividade e Educação- SIRSSE;

IV Seminário Internacional sobre Profissionalização Docente- SIPD/ CÁTEDRA

UNESCO.Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Curitiba, de 23 a 26/9/2013.

FANTE, C. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar

para a Paz. Campinas: Verus, 2005.

FREIRE, P. Ação cultural para a liberdade. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra, 1981.

LAMAS, K.C.A., FREITAS, E.R., BARBOSA,A.J.G. Bullying e Relação Professor

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-Aluno: Percepções de Estudantes do Ensino Fundamental. In : Revista Psico ,

abril/jun 2013, p.263 a 272.

LEI Carolina Dieckmann nº 12737/12 de 02/04/2012.

LEMOS, Anna Carolina Mendonça. Revista Psicopedagógica. São Paulo , v. 24. n. 73,

2007. Disponível em < http://pepsic.org/scielo.php?script=sci_arttex&pid=S0103-

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ZAGURY, T. O professor refém. Rio de Janeiro: Record, 2006.

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