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KÁTIA CIRENE ALVES DE SOUSA LUIZ ANTONIO DE ALBUQUERQUE LINS FILHO NILTON CEZAR SHALORRAN SILVA DA SILVA NUNO FABRÍCIO VILARINO FERNANDES PAULO FABRÍCIO GUEDES ARAÚJO “OS XIKRIN” Belém-Pa 2012

Os Xikrin

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trabalho avaliativo nao tem carater comercial

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KÁTIA CIRENE ALVES DE SOUSA

LUIZ ANTONIO DE ALBUQUERQUE LINS FILHO

NILTON CEZAR SHALORRAN SILVA DA SILVA

NUNO FABRÍCIO VILARINO FERNANDES

PAULO FABRÍCIO GUEDES ARAÚJO

“OS XIKRIN”

Belém-Pa

2012

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“OS XIKRIN”

Belém-PA

2012

Equipe Xikrin turma 309 - FIBRA

Professor: Maria do SocorroDisciplina: Introdução a ArqueológiaAssunto: Os Xikrin

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RESUMO

Este trabalho foi desenvolvido como ferramenta pedagógica sobre a etnia Kayapó

Xinkrin, para os alunos do 8º ano do ensino médio. Destacando elementos culturais únicos da

vida Kayapó Xikrin, para que os alunos percebem a riqueza e diversidade de etnias indígenas

que existem no Brasil e que ainda são homogeneizadas nos textos didáticos como “índio

brasileiro”.

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KAYAPO XIKRINTexto Didático para alunos do 8º ano

Belém - PA

2012

Equipe Xikrin turma 309 - FIBRA

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Agradecimentos,

Á todos os nosso amigos da turma HN4L1 que conosco estiveram em mais uma etapa

da nossa caminhada para a docência e aos nossos professores. Especialmente aqui a

professora Maria do Socorro que nos proporcionou conhecimentos técnicos para o

desenvolvimento deste nosso primeiro trabalho didático. Esperamos ter podido alcançar

nosso objetivo de informar sobre a cultura xikrin. Destacando nesse trabalho principalmente

a diversidade e alteridade.

Agradecemos,

Equipe Os xikrin

Equipe Xikrin turma 309 - FIBRA

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Sumário

OS XIKRIN...............................................................................................................................................7

KAYAPÓ XIKRIN .............................................................................................................7

LOCALIZAÇÃO:........................................................................................................................................8

A CRIANÇA XIKRIN................................................................................................................................10

A PINTURA CORPORAL DOS KAYAPÓ-XIKRIN.......................................................................................12

AS PINTORAS XIKRIN...................................................................................................................13

MATERIAL UTILIZADO.................................................................................................................15

COSMOLOGIA ......................................................................................................................................16

XAMANISMO........................................................................................................................................17

VIDA CERIMONIAL................................................................................................................................17

O CONTATO COM O HOMEM BRANCO................................................................................................19

CONSIDERAÇÕES .................................................................................................................................20

BIBLIOGRÁFIA.......................................................................................................................................21

FONTES UTILIZADAS :...........................................................................................................................22

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OS XIKRIN

• Quem são eles ?

KAYAPÓ XIKRIN

Onde estão: PA

Quantos são: 1.818 (Funasa, 2010)

Família linguística: Jê

Perceba as palavras indígenas !!!

No século XIX foram

identificado três grandes grupos

Kayapó : IRÃ'ÃMRANH-RE("os que

passeiam nas planícies"), os GOROTI KUMRENHTX ("os homens do verdadeiro grande

grupo") e os POREKRY ("os homens dos pequenos bambus"), esse ultimo qual os Xikrin,

subgrupo da língua Kayapó.

Eles enfatizam a audição, audição e a visão. Para afirmar que aprendeu algo eles

dizem ARYM BA KUMA (eu já ouvi) ou ARYM BA OMUN (eu já ví) e quando se refere a ter

ensinado algo a alguém, dirá BA KUM AKRE (eu mostrei a ele/a) ou BA KUM IAREN (eu

contei a ele/a) e o conhecimento aprendido é armanzenado do ANGORO (coração). Por isso as

orelhas e lábios são os órgãos que possuem grande importância, logo quando criança são

perfurados afim de aguçar a sua qualidades de acordo com a crença Xikrin.

Logo a oratória é uma das práticas da vida social xikrin bastante valorizada, vale

destacar que ela é praticada somente pelos homens. Tanto que os grupos Kayapó se definem

como os KABEN MEI, quer dizer: aqueles que falam bem e bonito, diferenciando-se dos

outros grupos indígenas.

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LOCALIZAÇÃO:

Os Xikrin estão localizados em duas áreas no estado do Pará :

As terras do Cateté fica próximo aos municípios de Parauapebas e Eldorado do Carajás.

O bioma amazônico nas terras indígenas do Cateté é de 100% !

“Hoje, uma parcela significativa das florestas remanescentes do bioma se encontra dentro de

TIs, cerca de 25% da Amazônia está dentro delas.”(socioambiental.org)

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As TI Trincheira/Bacajá está localizada próximo aos municípios de Altamira e Pacajá.

Belo monte é uma área próxima as terras do trincheira/Bacajá onde os xikrin pescam.

A aldeia Bacajá aproximadademente 45 famílias em 26 residências circudada por mamoeiros,

limoeiros, mangueiras e pés de genipapo e de urucum, esses dois ultimos materia prima para

sua famosa pintura corporal. No centro encontra-se o NGÀ, a casa aberta onde acontecem os

rituais. Exitem também as casa de alvenaria onde estão a farmácia, enfermaria e a residencia

dos funcionário da saúde.

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A CRIANÇA XIKRIN

Você aluno atente para uma questão. O universo indígena é bem diferente do qual você vive.

Sugerimos que você crie comparações mas não crie valores sobre as cosmologia

Os xikrin cuidam das suas crianças de uma forma bastante protetora baseados nas suas

crenças bem curiosas.

O IN (corpo), KARON, que para alguns antropólogos é relativo a alma e o e KADJUO

que seria a energia vital, juntos dão vida a criança xikrin. Quando nascem seu IN(corpo) é

REREKRE(mole) está relacionado diretamente com a KÀ(pele) somente quando vai crescendo

que vai tornando KÀ TOX (pele dura).

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Esses são os adornos, olha que legal !

A criança recebe adornos em suas orelhas, lábios, tornozelos e pulsos e quando param

de mamar esses adornos são retirados e colocados em uma cesta junto com o cordão umbilical

e são pintados de vermelho e guardados em uma árvore de madeira dura ou queimada ao seu

pé dando força e bem-estar neutralizando a fragilidade da criança.

O corpo da criança é pintada com o motivo IBÊ. A mãe utiliza os dedos que representa

alguns bichos como a anta nova, o veado novo ou o pequeno peixe. No caso do primeiro filho

de uma mulher, quem os pinta são as KWATUI (avó paterno ou materno). Também é feita

uma pintura em urucum (material avermelhado).

Olha que interessante...

Para os xikrin os pais evitam brigar com as crianças, pois eles acreditam que o

KARON se afasta causando à morte da criança.

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Uma criança xikrin não deve comer a cabeça do peixe, sob risco de não se tornar

capaz de aprender.

E olha que bacana...

O adulto sempre espera a criança xikrin realizar suas tarefas até o ponto que elas

conseguem e nunca faz cobranças por não conseguir realizar todo o processo de suas

atividades.

Quando andam pela floresta as crianças criam brincadeiras falando o nome dos

animais avistados, falando alto INHÔ (meu) e assim vão memorizando a aparência dos

animais. Os meninas são mais brincalhões e as meninas são comportadas e ficam sempre

perto dos avós.

Eles brincam com marimbondos?

Aos 8 anos os meninos são levados a Casa dos Homens e lá é pintados por um pai

adotivo com adornos diferentes marcando sua entrada ao mundo masculino. Um dos rituais de

passagem das crianças xikrin bastante curioso é o de derrubar uma casa de marimbondo. E

depois de derrubada eles queima e passam alguns pedaços da casa no rosto e nos ombros para

ganhar coragem.

A PINTURA CORPORAL DOS KAYAPÓ-XIKRIN

Você sabia que a pintura pro índio é muito mais que arte ?

Os kayapó são certamente os que mais desenvolveram , essa atividade gráfica, a qual

as mulheres dedicam grande partes do seu tempo. Em suas múltiplas manifestações, ela

sintetiza os valores mais altos da cultura Kayapó. Nesse nível geral de significados, pintura

corporal sobrepõe uma segunda “pele social”, a pele biológica, desnuda do individuo.

A pintura corporal funciona como meio de comunicação, que ao mesmo tempo

aproxima e diferencia os domínios culturais. Usam representações gráficas elaboradas e

valorizada pelos próprios índios. A pintura corporal é uma arte atribuída a natureza humana.

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A pintura corporal, atividade que os Katapó Xikrin, desenvolve ao extremo, tanto em

nível do ritual quanto no cotidiano, possuem características tão forte de comunicação visual,

capaz de simbolizar eventos, processos, categorias e status,também tem estreita relação com

outros meios de comunicação como verbais e não-verbais.

Os motivos decorativos se adaptam ao corpo que por sua vez é portador de um

conjunto de significados, possuindo a função essencialmente social e mágica- religioso. Para

os Kayapó Xikrin o corpo é como a tela de um quadro , no qual a pintura é concebida, mas o

corpo só existe traves das pinturas. A pintura é uma projeção gráfica de ema realidade de

outra ordem, da qual o individuo participa do cenário social sendo reconhecido pela pintura

que veste.

AS PINTORAS XIKRIN

Entre os Kayapó Xikrin, a pintura e tarefa exclusiva das mulheres, que as transformam

num verdadeiro habito, tanto quanto qualquer outra atividade básica, como ir a rosa, cozinhar

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ou cuidar dos filhos. Na aldeia todas as mulheres pintam iniciando ainda criança,sendo

portanto a qualidade de pintora considerada.

Como é uma atividade continua, as mulheres se apresentam sempre co uma mão preta

(a mão paleta ) e uma branca (a quela que segura ). As mulheres Xikrin pintam em sessões de

pinturas coletivas, mais ou menos a cada oito dias,sendo a pintura facial e corporal escolhida

com antecedência. A pintura facial e executada com estilete de nervura de folha de palmeira,

sendo feita primeiro a da face, depois a do corpo pois requer cuidados espaciais.

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MATERIAL UTILIZADO

De onde vem as tintas?

Diferente das pessoas da cidade os índios não compram suas tintas. Eles mesmos a fabricam

com materiais encontrados na natureza. Como estes:

Genipapo: Aplicado com a nervura da folha da palmeira.

. Urucum: Aplicado com o dedo. Ovo de tinamus

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COSMOLOGIA

Para os Xikrin o centro do mundo é o centro do pátio da aldeia, onde ocorrem os

rituais. O símbolo do centro do mundo é o Maracá, instrumento musical, redondo e em forma

de cabeça, ao som do qual os índios cantam e dançam. Os índios acreditam que dançando eles

voltam as suas origens míticas, recriando assim a energia necessária à continuidade e

estabilidade do meio ambiente e dos recursos que necessitam para a sua sobrevivência.

A terra para os Xikrin é a floresta e a clareira, o Céu é o mundo aquático e o mundo

subterrâneo. A floresta é tida como um espaço competitivo e agressivo, ambiente de animais e

inimigos, onde quando usada de maneira indevida causa a fúria de uma entidade sobrenatural,

mas é muito importante para a comunidade pois nela se dá a caça, foi nela que se deu o

domínio do fogo. Em épocas de doenças, é o lugar de onde não se deve aproximar.

A clareira é tida como ambiente de parentesco e aliança, da socialização. O mundo

aquático é onde se busca o fortalecimento dos aspectos físicos e psicológicos. A água é um

elemento de criação, ao contrário do fogo que é um elemento de transformação. A relação da

entidade do mundo aquático com os homens é de solidariedade, foi esta entidade que os

ensinou a cura das doenças. O mundo subterrâneo está relacionado ao sangue, ao comer cru,

ao canibalismo, representando a condição verdadeiramente anti-social, em que os homens são

presas e não predadores.

Do ponto de vista geográfico, reconhecem dois pontos cardeais: KOIKWA-KRA

(Leste) e o KOIKWA-ENHÔT (Oeste), sendo o Leste tido como um espaço mítico, e o Oeste

representando o fim do mundo.

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XAMANISMO

O Xamã, ser sobre-humano, é o mediador entre a sociedade Xikrin e a natureza, entre

a sociedade Xikrin e o sobrenatural, ele pode andar entre o mundo dos homens e o mundo das

naturezas.

O xamã é um ser pleno: vive na sociedade dos homens, compartilha da sociedade dos

animais, do sobrenatural e tem a capacidade de manipular os diferentes domínios. Ele pode

negociar com as entidades do mundo animal uma boa caça ou boa pesca, assim como também

manipular doenças e trazer as almas de volta ao seu corpo, diz-se que enxerga além do que os

outros homens podem ver.

VIDA CERIMONIAL

Nos rituais feitos em comunidade é que se tem conhecimento dos aspectos de

organização e reprodução social. Durante os preparativos de um ritual, os homens saem

durante quinze ou mais dias para as florestas em busca de carne suficiente. Armam abrigos

simples e atam redes, sendo que essa parada geralmente é estratégia, perto de um rio para

facilitar a pesca ou perto de uma roça para facilitar a caça e colheita de frutas.

Enquanto os homens saem as mulheres permanecem nas aldeias preparando a farinha

de mandioca, colhendo batata-doce e coletando cachos de bananas para serem usados nos

rituais. As bananas, enterradas para ficarem mais fortes, são tidas como relógio que irá indicar

o dia do ritual.

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Os rituais de nominação masculina (Bep, Takak) e feminina (Bekwe, Ire, Nhiok, Payn,

Koko) são tidos como mais importantes, juntamente com os de iniciação masculina,

constituído por cinco fases.Estes rituais são por vezes inseridos em outros, como a festa do

milho novo ou o merêrêmei, “festa bonita”, que se realiza na época de transição entre a seca e

a estação chuvosa; as festas que incorporam novos membros em uma sociedade cerimonial,

como a dos tatus – Apieti –; o ritual de casamento ou festa da esteira; os rituais funerários e a

pesca ritualizada do timbó.

− Curiosidade sobre rituais -

O Kworo-kango, ou festa da mandioca, de origem Juruna é um ritual que

recentemente passou a ser adotado pelos Xikrin. Nele os homens e as mulheres fazem as suas

festas separadas. Os rapazes são submetidos a uma grande variedade de provas iniciatórias: a

briga contra um ninho de marimbondos, que simboliza uma aldeia inimiga, corridas e

escarificações nas pernas para aumentar a agilidade, duelos com espadas pesadas ou jogos

competitivos. Esses rituais podem durar dias.

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O CONTATO COM O HOMEM BRANCO

O primeiro contato dos Xikrin do Cateté com o homem branco (ou não-índios) foi em

agosto de 1952, no Posto Las Casas, do SPI, próximo à Vila de Conceição do Araguaia, já os

Xikrin do Bacajá em 13 de novembro de 1959 foi que manteram contato com os sertanistas da

SPI, quase na foz do Igarapé Golosa com o rio Bacajá. Esses encontros ocasionaram o

contagio dos índios por várias epidemias gerando muitas mortes da tribo, fazendo com que

eles se embrenhasem na mata novamente.

Depois houveram diversos outros contatos com não-índios, resultando em muitas

mortes devido a gripe, bronco-pneumonia e outras doenças, todavia nas últimas duas décadas

foi registrado um constante aumento na população dos Xikrin tanto Cateté quanto Bacajá,

possivelmente devido ao abandono de certos tabus relacionados a natalidade e à assistencia

que passaram a receber do órgão oficial indígena.

A comunidade hoje em dia possui uma forte relação com os não-indios e várias das

tecnologias destes vem sendo aceitadas pelos Xikrins, compartilhando o mesmo espaço com o

tradicional.

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CONSIDERAÇÕES

Esse trabalho pode nos proporciar um conhecimento impar sobre a grande diversidade

existente no nosso país e nos fez perceber como desenvolver um texto didático buscando

focalizar pontos conceituais bastantes distintos para desenvolver trabalho sobre alteridade em

sala de aula. A complexidade cosmologica xikrin é tão atraente aos pesquisados quanto a

beleza artística e social da sua pintura corporal. O valor dado ao território está conectado aos

conceitos religiosos. Dentre esses contextos que desenvolvemos esse trabalho nos dando

conteúdo de reflexão sobre questões que podem ser trabalhadas futuramente em nossa

docência em sala de aula sobre etnias indígenas, baseando contéudos nos mais diversos

contextos: religioso, social, cultural.

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BIBLIOGRÁFIA

• COHN. Clarisse.“Crescendo como um Xikrin: uma análise da infância e do

desenvolvimento infantil entre os Kayapó-Xikrin do Bacajá”. disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-77012000000200009

• GORDON, Cesar – Economia Selvagem – Ritual e mercadoria entre os índios Xikrin-

Mebêngrôke. - São Paulo – Editora UNESP: ISA; Rio de Janeiro: NUTTI, 2006.il.

• Socioambiental – Introdução. Disponível em:

http://pib.socioambiental.org/pt/povo/kayapo

• VALLE, Raul Silva Telles do(org). ISA e Forest Trends, 2010. Desmatamento evitado

(REDD) e povos indígenas: experiências, desafios e oportunidades no contexto

amazônico. Disponível em : http://ti.socioambiental.org/#!/terras-indigenas/3646

• Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab). Xingu

Vivo. disponível em: http://www.socioambiental.org/esp/bm/loc.asp

• Estudo ambiental da terra indígena Tricheira/Bacajá – TITB EIRA-RIMA do Projeto

Belo Monte. - FUNAI- 2009

• VIDAL, Lux. “A pintura corporal e arte entre os kayapó-xikrins do Cateté”. IN: Lux

(org) grafismo: estudos de antropologia estética. São Paulo- SP Stúdio Nobel/EDUSP

e FABESP, 1992

• COHN, Clarisse, A CRIANÇA, A MORTE E OS MORTOS: O CASO MEBENGOKRÉ-

XIKRIN. Disponível em : http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S0104-

71832010000200005&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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FONTES UTILIZADAS :

• Mapa da TI Cateté. Disponível em: HYPERLINK "http://ti.socioambiental.org/" \l

"!/terras-indigenas/3646"http://ti.socioambiental.org/#!/terras-indigenas/3646

• Mapa da TI Trincheira/Bacajá. Disponível em: http://ti.socioambiental.org/#!/terras-

indigenas/3609

• Foto Criança xikrin página 9a. Disponível em:

http://www.encontrodeculturas.com.br/2010/artistaDetalhe.php?id=10

• Foto CAPA e páginas 9b, 16 .Disponível em:

http://xikrindokatete.wordpress.com/about/

• Fotos página 11,12,15 - Isabelle Vidal

• Fotos página 13 – socioambiental.org

• Foto página genipapo – Rita barreto.

• foto urucum, Plantas medicinais. Disponível em:

http://www.asplantasmedicinais.xpg.com.br/urucum-origem-beneficios-preco.html

• Foto pintura corporal, Cesar Gordon.

• Foto cara xikrin. Disponível em:

http://malokeletrika.blogspot.com.br/2009_06_01_archive.html

• Foto festa xikrin- Socorro Gonçalves. Disponível em :

http://www.flickriver.com/photos/mundos/4823205685/

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