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Os Princípios das Políticas Públicas Brasileiras Prof.a Maria Eliane Catunda de Siqueira PUC Minas Campus Poços de Caldas

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Os Princípios das Políticas

Públicas Brasileiras

Prof.a Maria Eliane Catunda de Siqueira

PUC Minas Campus Poços de Caldas

PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS E ORGANIZATIVOS

DOUTRINÁRIOS

UNIVERSALIDADE

EQUIDADE

INTEGRALIDADE

INTERSETORIALIDADE

Participação Regionalização e Descentralização

Popular Hierarquização e Comando Único

ORGANIZATIVOS

PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS

• UNIVERSALIDADE

O acesso a ações e serviços deve ser garantido a todos os

brasileiros independente de cor, raça, religião, local de

moradia, situação de emprego ou renda.

A saúde, a assistência social, a educação são direitos de

cidadania e dever dos governos Municipal, Estadual e Federal.

O SUS, o SUAS foram implantados com a responsabilidade de

tornar realidade esse princípio.

PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS

• EQUIDADE

As políticas públicas devem tratar desigualmente os desiguais.

Devem considerar as diferenças no modo de viver, conviver,

produzir e adoecer da população brasileira

Devem oferecer atendimento diferenciado visando diminuir as

desigualdades e as diferenças regionais existentes

A equidade é um princípio de justiça social

PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS

• INTEGRALIDADE Enfocar a pessoa como um ser humano integral : bio-psico-

social.

Considerar as diferentes situações de vida e trabalho, que influenciam o seu modo de trabalhar, adoecer e morrer.

Propor e executar ações voltadas para prevenção e a cura: erradicar as causas, diminuir os riscos, tratar os danos.

Propor e executar ações de promoção, proteção e de recuperação de forma integrada com outras políticas.

PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS

• INTERSETORIALIDADE

É a articulação entre setores públicos diversos para enfrentar problemas complexos.

Uma nova forma de trabalhar, de governar e de construir políticas públicas, que superem a fragmentação dos conhecimentos e das estruturas sociais

Busca produzir efeitos mais significativos na vida da população

PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS

• DESCENTRALIZAÇÃO

Redistribuir poder e responsabilidades pelas ações e serviços de

políticas públicas entre os três níveis de governo, a partir da

idéia de que quanto mais perto do fato a decisão for tomada,

mais chance haverá de acerto.

Propõe um nítido reforço do poder municipal na execução das

políticas públicas - a este processo dá-se o nome de

MUNICIPALIZAÇÃO.

PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS

• DESCENTRALIZAÇÃO Dotar o município de condições administrativas, gerenciais,

técnicas, e financeiras para exercer essa função.

Fazer valer o princípio constitucional do comando único:

Gestores em cada nível de governo.

Tem como objetivos prestar serviços de melhor qualidade e

garantir o controle pelos cidadãos.

PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS

• REGIONALIZAÇÃO e HIERARQUIZAÇÃO

Organizar serviços em níveis crescentes de complexidade,

circunscritos a determinada área geográfica, planejados com

base em dados epidemiológicos, educacionais e sociais e c/

conhecimento sobre a clientela a ser atendida;

Acesso da população a rede através dos serviços de nível

primário de atenção

PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS

REGIONALIZAÇÃO e HIERARQUIZAÇÃO

Manter e acompanhar os fluxos de encaminhamento

(referência) e de retorno de informações ao nível básico de

serviço (contra-referência);

Articular os serviços existentes para permitir o acesso a

serviços em todos os níveis de complexidade, nos limites dos

recursos disponíveis em uma dada região.

PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS

• PARTICIPAÇÃO POPULAR ou CONTROLE SOCIAL Garantia constitucional da participação da população, através de

suas entidades representativas, no processo de formulação das

políticas de saúde e no controle de sua execução, em todos os

níveis de governo.

A participação se da nos Conselhos e Conferências com funções

de formular estratégias, controlar e avaliar a execução da

política

PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS

• PARTICIPAÇÃO POPULAR ou CONTROLE SOCIAL

A participação é paritária com representação de usuários,

governo, profissionais da área e prestadores de serviços, com

poder deliberativo

É dever das instituições oferecerem informações e

conhecimentos necessários para que a população se posicione

sobre as questões que dizem respeito à sua saúde, educação

etc.

PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS

Complementaridade do Setor Privado: Quando, por insuficiência do setor público, for necessário a

contratação de serviços privados, sob condições:

Celebração do contrato conforme normas de direito

público;

A instituição privada deverá se adequar aos princípios

básicos e normas técnicas do SUS, SUAS, Política de

Educação etc.

A integração dos serviços privados deverá respeitar a

mesma lógica das Políticas em relação à regionalização e

hierarquizada dos serviços.

PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS

Complementaridade do Setor Privado

Devem ter preferência os serviços não lucrativos (Hospitais

Filantrópicos -Santas Casas, ONGs Filantrópicas)

Cada gestor deve planejar primeiro o setor público e na

seqüência, complementar a rede assistencial com o setor

privado não lucrativo, setor privado lucrativo, com os mesmos

princípios universalização, regionalização, hierarquização

PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS

• RESOLUTIVIDADE

É a exigência de que no âmbito individual ou coletivo, quando

surge um problema, o serviço correspondente esteja capacitado

para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível de sua complexidade

Como exemplo: Na saúde os problemas devem ser resolvidos,

de acordo c/ a hierarquização dos serviços:

80%: Unidade Básica de Saúde

15%: nível secundário – Centros de Especialidades

5% nível terciário – Hospitais de Referência

PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS

Levando em consideração o principio doutrinário

Intersetorialidade e o principio Organizativo Resolutividade o

TRABALHO EM REDE permite

objetivos compartilhados, construídos coletivamente

múltiplos níveis de organização e ação

desconcentração do poder

empoderamento dos participantes

formação permanente

• Mais que a Intersetorialidade as Políticas Públicas para fazer valer os princípios doutrinários da Universalização, da Equidade e da

Integralidade devem buscar nas suas práticas a

Transetorialidade, que corresponde à Transdisciplinaridade no campo da construção do

conhecimento

Devem estimular a articulação de redes de compromisso social, que aproximem a sociedade de si mesma, resgatando o sentido da solidariedade social, colocando em discussão o papel e a dimensão do Estado e buscando a visibilidade na alocação, uso e resultados do emprego dos recursos públicos.