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O USO DE CALCULADORA EM SALA DE AULA: ATIVIDADES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL PAULA, Jacqueline Borges de Doutoranda em Educação Matemática pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) [email protected] STRENTZEK, Izolda Mestre em Educação Matemática pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) GT 5 – Educação Matemática Resumo Apresentamos para este minicurso uma alternativa de proposta didático-pedagógica que trata do trabalho com calculadora em sala de aula, direcionada ao ensino fundamental. Nosso objetivo está em fomentar a discussão sobre a inserção e uso desse aparato tecnológico tão comum e acessível aos estudantes, mesmo do ensino público, e sobre como operacionaliza seu uso no processo ensino-aprendizagem em matemática, de modo a potencializar as aprendizagens em matemática e tornar as aulas mais dinâmicas e atrativas. Para tanto apresentamos algumas atividades que poderão ser remodeladas e ou tomadas como ponto de partida para criação de outras direcionadas aos conteúdos e situações problemas em matemáticas programas em suas respectivas unidades escolares. Palavras-chave: Calculadora; Atividades em Matemática; Ensino Fundamental. Ementa Abordagem histórica sobre “a calculadora”. Reflexão sobre a inserção das TIC’s em sala de aula. Planejamento de atividades com uso de calculadora para sala de aula. Justificativa

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O USO DE CALCULADORA EM SALA DE AULA: ATIVIDADES

PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

PAULA, Jacqueline Borges de

Doutoranda em Educação Matemática pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

[email protected]

STRENTZEK, Izolda

Mestre em Educação Matemática pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

GT 5 – Educação Matemática

Resumo

Apresentamos para este minicurso uma alternativa de proposta didático-pedagógica que trata do trabalho com calculadora em sala de aula, direcionada ao ensino fundamental. Nosso objetivo está em fomentar a discussão sobre a inserção e uso desse aparato tecnológico tão comum e acessível aos estudantes, mesmo do ensino público, e sobre como operacionaliza seu uso no processo ensino-aprendizagem em matemática, de modo a potencializar as aprendizagens em matemática e tornar as aulas mais dinâmicas e atrativas. Para tanto apresentamos algumas atividades que poderão ser remodeladas e ou tomadas como ponto de partida para criação de outras direcionadas aos conteúdos e situações problemas em matemáticas programas em suas respectivas unidades escolares.

Palavras-chave: Calculadora; Atividades em Matemática; Ensino Fundamental.

Ementa

● Abordagem histórica sobre “a calculadora”.

● Reflexão sobre a inserção das TIC’s em sala de aula.

● Planejamento de atividades com uso de calculadora para sala de aula.

Justificativa

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Apesar de todo avanço vivenciado por nossa sociedade em relação às tecnologias, e de

todos os esforços de políticas públicas de ensino no sentido de potencializar e inserir os

aparatos tecnológicos e as TIC’s- Tecnologias da informação e Comunicação, na sala de aula,

ainda trata de um assunto polêmico o uso da calculadora em sala de aula. Será que realmente

a calculadora pode ser usada como um instrumento de aprendizagem?

È inegável que ela é uma das tecnologias mais acessíveis. Uma ferramenta eficaz na

operação de cálculos matemático e amplamente utilizada no nosso dia-a-dia, através de

equipamentos diversos: relógios, celulares, computadores, etc...

Mas ainda é freqüente encontrarmos com pais, professores e outras pessoas que têm uma

visão do uso da calculadora como prejudicial as aprendizagens matemáticas, e ainda, como

um fator limitante ao desenvolvimento da agilidade de raciocínio mental.

Optamos por abordar esta temática neste minicurso, esperamos assim poder contribuir

para a desmitificação desse pensamento em relação à esse instrumento simples, de baixo custo

e que pode estar contribuindo em diversos sentidos, de acordo com o uso adequado, para

potencializar as aprendizagens em matemáticas dos nossos educandos.

D’Ambrósio (2008) nos diz que “a história nos ensina que só pode haver progresso

científico, tecnológico e social se a sociedade incorporar, no seu cotidiano, todos os meios

tecnológicos disponíveis”. Deste modo, não há como justificar uma obrigatoriedade, em

muitos das vezes, em continuar operando com lápis e papel. Entendemos que a calculadora

deve ser utilizada sempre que o cálculo for um passo do trabalho e não a atividade principal

no desenvolvimento do pensamento matemático.

A solução para o mau uso da calculadora não está na coibição de sua participação na

ação pedagógica, muito pelo contrário. Uma vez que, os alunos acabam por utilizá-la em casa

e até mesmo na escola, disfarçadamente, argumenta Schiffl (2006, p.14).

Pontuamos alguns benefícios que a utilização da calculadora pode trazer para a sala de

aula: (1) aprendendo como operá-la, podem ter mais facilidade para manejar outros

instrumentos como: calculadoras gráficas, computadores, caixas eletrônicos, celulares,

aparelhos eletrônicos, etc; (2) ela otimiza o tempo gasto em operações repetitivas,

potencializando o tempo escolar, que pode ser utilizado para outros finalidades educativas; (3)

trata de uma ferramenta que auxilia o aluno no treino do cálculo mental, além de ser útil para

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conferência de resultados produzidos manualmente, servindo como ferramenta de

autoavaliação; (4) Ela é mais eficiente quando tratamos de problemas reais, em que a maioria

dos números não são exatos. E nesses, permite dar mais atenção aos significados dos dados e

à situação descrita no problema, já que, na medida em que se avança nos anos de

escolarização, os problemas tornam-se mais complexos e exigem maior tempo para pensar; (5)

auxilia na percepção de regularidades; e, (6) além disso, estimula processos de estimativa e

cálculo mental, fazendo com que o aluno aperfeiçoe suas estratégias, assim ele se concentra

melhor nas relações entre os dados, nas condições e variáveis dos problemas, focando no

raciocínio.

Com o uso da calculadora, ampliamos a visão dos educandos em relação à

Matemática, minimamente mostrando que o sentido de número, está para além de

simplesmente fazer contas, mas em construir uma rede de idéias, esquemas e operações

conceituais. Investigar propriedades, verificar possibilidades de manipulação, tomar decisões

em contextos variados, desenvolvendo uma atitude de pesquisa e investigação nas aulas

matemáticas (SMOLE et al, 2008).

Acordamos com Smole (2008), sobre que a utilização da calculadora humaniza e

atualiza nossas aulas e permite aos alunos ganharem maior confiança para trabalhar com

problemas e buscar novas experiências de aprendizagem.

Assim defendemos que, manipulando corretamente a calculadora em sala de aula,

nossos alunos não se tornarão dependentes. A dependência só acontece quando não há

aprendizagem. E a aprendizagem que ela promove passa por um uso em sala de aula

problematizado, refletido e crítico, onde haja análise dos passos obtidos através da

calculadora, registro das etapas do desenvolvimento de suas estratégias para que se possa

fazer as alterações adequadas em procedimentos a fim de solucionar as situações problemas

propostas.

De acordo com Girotto (2008, p.3) ao utilizarmos a calculadora, quem toma a decisão

sobre as operações a serem realizadas é o aluno e a calculadora apenas fará a parte técnica,

jamais substituindo o cérebro humano. Sobretudo, atualmente, com o acesso à inúmeras

tecnologias, se ambicionamos preparar nossos alunos para essa vida, para uma inserção no

mercado de trabalho, na vida social, é primordial que ele saiba utilizar a calculadora, e que o

emprego na escola seja implementado de forma prática, consciente e eficaz.

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Objetivos

Discutir e refletir sobre a inserção do uso de tecnologias em sala de aula e apresentar

atividades com o uso de calculadora para o ensino fundamental, de modo a potencializar as

aprendizagens em Matemática e tornar as aulas mais dinâmicas e atrativas.

Conteúdos

● Operações matemáticas (adição, subtração, multiplicação e divisão).

● Calculo Mental.

● Interpretação.

● Pensamento estratégico e verificação de recorrências.

● Planejamento de atividades para sala de aula com o uso de calculadoras.

Metodologia

1º Momento : - Abordagem teórico-histórica sobre a calculadora e o uso de tecnologias em

sala de aulas.

- Reflexões sobre o mito: calculadora faz mal às aprendizagens matemáticas.

2º Momento: - Apresentação e execução de atividades com o uso de calculadora.

- Reflexões sobre as contribuições do uso de calculadora para o

desenvolvimento do pensamento matemático e otimização das aulas.

- Avaliação das atividades realizadas.

Recursos Didáticos

● Data-show

● Quadro e giz

● Calculadoras (simples: no mínimo com as quarto operações básicas)

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Avaliação

A avaliação será operacionalizada concomitantemente à realização das atividades organizadas

para este minicurso. Efetivando-se pela participação dos inscritos das reflexões suscitadas e

no planejamento e execução das atividades propostas com o uso de calculadoras.

Bibliografia

D´AMBROSIO, Ubiratan. O uso da calculadora. Disponível em: <www.ima.mat.br/ubi/pdf/uda_006.pdf>. Acesso em: 05 mar. 2008.

FANIZZI, Sueli. A calculadora como ferramenta de ampliação dos recursos de cálculo. Disponível em: <www.sbempaulista.org.br/epem/anais/Comunicacoes_Orais%5Cco0001.doc>. Acesso em: 05 mar. 2008.

GIROTTO, Márcia Ballestro. Calculadora: um artefato cultural e uma ferramenta no estudo e compreensão de questões sociais. Disponível em: <http://ccet.ucs.br/eventos/outros/egem/cientificos/cc23.pdf.> Acesso em: 02 jun. 2008.

SCHIFFL, Daniela. Um estudo sobre o uso da calculadora no ensino da matemática. Santa Maria, 2006. Dissertação de Mestrado, UNIFRA.

SMOLE, Kátia Stocco; ISHIHARA, Cristiane Akemi; CHICA, Cristiane R. Usar ou não a calculadora na aula de matemática? Disponível em:<http://www.mathema.com.br/mathema/resp/calculadora.html>. Acesso em: 7 abr. 2008.