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Reino Unido - Outubro 2009 - nº 82 BRAZILIAN LINE Nossos conterrâneos no maior metrô do mundo

Outubro 2009

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Revista REAL

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Reino Unido - Outubro 2009 - nº 82

BRAZILIAN LINE Nossos conterrâneos no maior metrô do mundo

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A Real estáde casa nova!

Informação, entretenimento, serviçose interatividade ao alcance de um clique.

Real, cada vez mais presente no seu dia-a-dia.

www.revistareal.com

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Editorial

Num mundo cheio de ‘reality shows’, onde um cidadão comum é alçado à condição de celebridade, a Real foi atrás de personagens que pas-

sam incógnitos no dia-a-dia da metrópole. Quantas vezes passamos por estações de metrô, percorremos longos corredores para fazer as conexões de linha, enfrentamos filas para comprar o bilhete e nem imagina-mos que aquele funcionário ali ao lado ou à nossa frente é brasileiro?

Um dia, por acaso, na estação de Tot-tenham Court Road, reparei no crachá do bilheteiro que informava “falo português”. Num bate-papo rápido com Igor Ferreira, ao saber que vários brasileiros trabalham no maior sistema de metrôs do mundo, surgiu a ideia de nossa matéria de capa. Com a ajuda de Igor e da assessoria de imprensa da Transport for London, conhe-cemos Danilo, Érica, Lucas, Márcia e Ro-drigo. Os seis contaram as experiências, boas e ruins, e os desafios de lidar com uma rotina de imprevistos no ‘tube’.

Entre as boas notícias que trazemos nesta edição, a escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada 2016 é a melhor. A cidade terá a honra de ser a primeira da América do Sul a receber atletas dos qua-tro cantos do mundo na maior competição esportiva do planeta e o Brasil, o privilégio de sediar uma Copa e uma Olimpíada na próxima década.

Torçamos para que os eventos pro-movam o desenvolvimento de nossas cidades, com a devida transparência no uso do dinheiro público, e que o país crie, finalmente, uma política esportiva voltada à revelação de talentos. O esporte sempre foi uma importante ferramenta de inserção social, nunca levada a sério por políticos e dirigentes brasileiros. Afinal, é mais fácil projetar obras faraônicas e posar ao lado do atleta que volta da Olimpíada com uma medalha na bagagem.

Leia ainda... não é esporte, mas infe-lizmente a comunidade brasileira detém esse “título”: campeã na falsificação de documentos no Reino Unido. A cobertura do Cine Fest Brasil, uma viagem à Ilha de Skye, na Escócia; um passeio literário à British Library...

É a Real, como sempre, cheia de infor-mação e atrações. Use e abuse. E visite o nosso novo site www.revistareal.com

Régis QuerinoEditor-chefe

Revista Real - nº 82 - Outubro 2009 147 Jack Clow Road - London – E15 3ARFone: 020 8534 6183

Editor-chefeRégis [email protected]

Diagramação e FinalizaçãoRaf Comunicação

IlustraçãoEdvaldo Jacinto Correia

Marketing & ComercialAdriana [email protected]

RedaçãoCarol Morandini (Reino Unido)Dayane Garcia (Reino Unido)Rafael Pieroni (Reino Unido)Tâmara Brasil (Reino Unido)

ColaboradoresAlberto Luiz Schneider (Brasil)Alessandro Freitas (Brasil)Cavi Borges (Brasil) Devaldo Gilini Júnior (Brasil)Eloyr Pacheco (Brasil)Giovana Zilli (Reino Unido) Jacqueline A. de Oliveira (Brasil) Luciano Vidigal (Brasil) Márcio R. Delgado (Reino Unido)

Fotógrafo Rafael Reina (Reino Unido)

DistribuiçãoBR Jet [email protected]

Destaques do mês 6

Painel dos leitores 7

Reino Unido 8

Brasileiro na balada 20

Brasil 26

Capa 30

Cultura 34

Mulher 42

44 Personalidades

46 Turismo

50 Motores

52 Esporte

56 Classificados

65 Mônica

66 Palavras Cruzadas

8 Seminário Brasileiro

Comunidade é “cam-peã” na falsificação de documentos

16Dicada Real

Um passeio pelaBritish Library

46 TurismoAs paisagens exuberan-tes da ilha de Skye

A Real estáde casa nova!

Informação, entretenimento, serviçose interatividade ao alcance de um clique.

Real, cada vez mais presente no seu dia-a-dia.

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Mobile: 07904323262

Contactar a Marcus [email protected]

Telefone: 02075151253

Conte com a gente para divulgaro seu evento ou producto, nossa frota roda Londres todas as semanas passando por mais de 400 pontos na cidade.

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INFORME PUBLICITÁRIO

Decisão favorável em Itáliapara conceder cidadania italiana

a descendente de mulher

É sabido pela maioria das pessoas interessa-das na obtenção da cidadania italiana (Lei nº 555, de 13.06.1912), que todos aqueles

descendentes de mulher italiana, nascidos antes do ano de 1948, não têm o direito a tornarem-se italianos, haja vista a concepção discriminatória ao sexo feminino. Um tanto quanto machista, diga-se de passagem.

Porém, os Juízes já começam a decidir de forma diversa da letra da lei, onde a 25 de Fevereiro deste ano, os juízes da Câmara do Conselho, da Corte di Cassazione italiana, reconheceram a cidada-nia a um descendente de mulher italiana, favorecen-do os seus descendentes, com base constitucional do direito a igualdade entre os homens e mulheres.

Ainda neste ano, outra decisão favorável

também foi proferida, a 6 de Março, pela Corte de Roma, no mesmo sentido de atribuir a nacionali-dade italiana por uma família de São Paulo, Brasil, todos descendentes de mulher italiana.

Trata-se de uma luz para aqueles que aspi-ram tal cidadania, pois, por via judicial já é possível alcançá-la, bastando outorgar procuração para um advogado patrocinar o devido processo legal, na Itália.

Logo, não é necessário que o requerente (descendente da mulher italiana) se desloque à Itália para fazer o pedido judicial. Basta contratar um ADVOGADO.

Sidinéia Yamaguchiportojurí[email protected]

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Depois da vitória na escolha da sede da Copa 2014, o Brasil finalmente vai sediar uma Olimpíada, a primeira da história na Améri-ca do Sul. Depois de ser derrotada para as

Olimpíadas de 2004 e 2012, o Rio de Janeiro terá a honra de receber atletas dos quatro cantos do planeta em 2016. A Cidade Maravilhosa desban-cou Madri, Tóquio e Chicago na eleição do Comitê Olímpico Internacional (COI), no dia 2 de outubro, em Copenhague, na Dinamarca. Na primeira rodada de votação, Chicago, que era considerada favorita, foi eliminada. Na segunda, foi a vez de Tóquio sair da disputa. Na decisão, o Rio venceu Madrid por um expressivo placar de 66 votos a 32.

Segundo a Folha Online, sites especializados como o “Game Bids” e o “Around The Rings” colo-cavam a capital fluminense como a principal favorita, com ligeira vantagem sobre Chicago. A cidade norte-americana, porém, era a favorita em casas de apos-tas, seguida pelo Rio. Entre os quatro países com cidades candidatas, o Brasil era o único que ainda não havia organizado uma Olimpíada.

“Entre as dez maiores economias do mundo, so-mos os únicos que não sediaram a Olimpíada. Para os outros, será apenas mais uma Olimpíada, mas para nós será uma oportunidade sem igual. O desa-fio do COI é expandir os Jogos para novos lugares, de acender a pira olímpica em um país tropical”, dis-se o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. “Essa candidatura não é só nossa, mas é da Amé-rica do Sul. Um continente que nunca sediou uma

Rio vai sediar Olimpíada 2016Pela primeira vez na história, Jogos Olímpicos serão

disputados na América do Sul

Olimpíada. Está na hora de corrigir isso”, adicionou. A apresentação da candidatura brasileira contou

ainda com discursos do ex-presidente da Fifa João Havelange, do comandante do COB e comitê da candidatura, Carlos Arthur Nuzman, do governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, do prefeito da cidade, Eduardo Paes, do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, do secretário geral da candida-tura, Carlos Roberto Osório, e da velejadora Isabel Swan, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008.

Gastos O projeto apresentado pelo Rio foi o mais caro

entre os quatro finalistas. Ele prevê o gasto de US$ 14,42 bilhões na organização da Olimpíada. Chi-cago projetava orçamento de US$ 4,82 bilhões; Madri, de US$ 6,13 bilhões; e Tóquio, de US$ 6,8 bilhões. O plano da Olimpíada brasileira é aproveitar 19 das arenas que foram levantadas para os Jogos Pan-Americanos de 2007. Outros 11 ginásios serão construídos, além de quatro locais temporários de competição.

Os eventos da Olimpíada de 2016 vão se concen-trar em quatro regiões do Rio: Barra da Tijuca, Copa-cabana, Deodoro e Maracanã. Mas as obras devem atingir toda a cidade, com melhoria do transporte público, modernização dos aeroportos, ampliação da rede hoteleira e as novas instalações esportivas, entre muitas outras coisas que ficam como legado para quem recebe os Jogos Olímpicos.

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Acompanhei a abertura do Cine Fest Brasil e fiquei impressionada com a sim-patia da Glória Pires e do Murilo Rosa, que foram super receptivos aos fãs após a sessão. É muito

bacana quando vemos gente famosa agindo com a maior simpatia e simplicidade. Já era fã de longa data da Glória Pires e fiquei ainda mais encantada com o carisma dela.

Mirtes Olegário Gonçalves

Londres

Sempre achei documentário um pé no sac... , mas quando fiquei sabendo que LOKI seria exibido no festival de cinema de Londres, corri pra assistir, afinal, tudo que se refere aos Mutantes me interessa. Saí do cinema em estado de gra-ça! O diretor soube explorar a história do Arnaldo Baptista de uma maneira poética, sonora, mutante!

Renato Tangara

Londres

No dia seguinte à divulgação pelos quatro cantos por várias emissoras de rádio e de TV que o presiden-

te Obama tenha tratado o Primeiro Ministro Gordon Brown com certo descaso no encontro mais recente do G20, o jornal Metro publicou uma foto de Obama dando um tapinha nas costas de Gordon Brown com uma legenda dizendo que os dois mantinham boas relações. Ridícula a postura do Metro, demonstrando ser um jornalzinho “oficial”.

Márcio L. Cruz

Londres

Conheci a Real no Carnaval del Pueblo. Gostei muito da revista, mas como não venho sempre a Londres, gosta-ria de assinar a Real. Como é que eu faço?

Solange Vidotti

Newcastle

Nota do editor: Prezada Solange, obrigado pelo email. Para assinar a Real por um ano, você paga apenas £20. Envie um cheque nominal a Na Real Comuni-cação Ltd para Revista Real, 147 Jack Clow Road – London E15 3AR.

Participe do painel: [email protected] ou Revista Real, 147 Jack Clow Road – London E15 3AR

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Forjar documento, o mal brasileiro

O Brasil detém um “título” nada honroso quando o assunto é o envolvimento de seus cidadãos na falsificação e/ou uso de documentos falsos. De acordo com uma

estimativa da Metropolitan Police, os brasileiros são responsáveis por 26% dos casos, ou seja, mais de um quarto do total de delitos registrados. Os números foram revelados durante o 1º Semi-nário Comunidade Brasileira, realizado pela Abras, Associação Brasileira no Reino Unido, e a polícia londrina no dia 19 passado, no Auditório do City Temple, em Holborn.

A marca brasileira impressiona ainda mais quando verificada a incidência de casos dos “vice-campeões” citados nas estatísticas: Vietnã, com 6%, e Paquistão, com 5% dos casos. “Em Londres existem centenas de comunidades fazendo parte da sociedade. A brasileira traz muita vivacidade e está associada a poucos crimes, porém, a falsificação de

Seminário alertou para a grande incidência de brasileiros na falsificação de documentos e orientou sobre vistos, retorno voluntário e os riscos

de permanecer em situação ilegal no país

documentos é muito elevada entre a comunidade. Queremos que entendam que isso é um crime grave no Reino Unido”, afirma John Kielty, inspetor chefe da Metropolitan Police.

Também representando a polícia estavam Clive Strong – detetive inspetor – e Rafaela Evans, policial comunitária brasileira, que defendeu a atuação de seus colegas. “A polícia inglesa quer diminuir a distân-cia com a comunidade. Não quer apenas controlar, mas derrubar barreiras, afinal, prima pela diversidade ainda dentro da própria polícia, uma organização com pessoas de todo o mundo.”

Neste espírito de se aproximar da comunidade, Strong explicou como funciona a Operação Maxim, que lida com crimes migratórios em Londres, sejam eles contra quadrilhas de falsificação de documentos ou tráfico humano. “Não saímos por aí olhando passa-porte, mas sim atrás das pessoas que estão fazendo dinheiro com isso”, conta Strong.

Dentro deste tópico, ele citou o exemplo de dois brasileiros presos e condenados por falsificação de documentos. Eles vendiam passaporte da União Euro-peia por cerca de £500 e tinham uma pequena fábrica montada em flats alugados. Por terem confessado o crime, pegaram de dois a quatro anos de cadeia, período que teria sido muito maior caso negassem o delito. Já os compradores pegos em flagrante podem pegar até nove meses de prisão.

Para finalizar, Strong enfatizou a importância em denunciar crimes de qualquer natureza à policia. Ainda que o cidadão esteja em situação ilegal no país, uma terceira pessoa pode fazer a queixa sem dar o nome do reclamante. Veja no final da matéria os telefones e email disponíveis para encaminhar denúncias.

United Kingdom Border Agency Em sua palestra, Ceri Williams, detetive inspetora da

Becket House, Arrest Team & Central London Family Team, falou sobre seu trabalho no Terminal 3 do Aero-porto de Heathrow, em que interrogou imigrantes que tentavam entrar no país, entre eles muitos brasileiros. O órgão, que faz parte da United Kingdom Border Agency (UKBA), é responsável em proteger as fron-teiras e os interes-ses do território britânico.

De acordo com a detetive, os oficiais são treina-dos para aplicar as leis, por isso, a cada oito minutos, um imigrante ilegal é removido do país. Em 2007 foram 4.000 ilegais de-portados e 1.600 processados. Os cúmplices e todo estabelecimento comercial que admitir um imigrante em situação irregular são multados (a multa pode chegar a até £10 mil) e têm seus nomes colocados na

Clive Strong, John Kielty e Rafaela Evans: polícia busca aproximação da comunidade

Ceri Williams, da UKBA: “Para o governo é mais barato remover pessoas do que mantê-las nas prisões.”

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Tier 1 é voltado para os estudantes que terminaram faculdade, pós, mestrados ou doutorados no Reino Unido. “O que muitos não sabem é que eles podem pedir o visto ‘Post Study Work’, que dá a possibili-dade de ficar por dois anos aqui para adquirir expe-riência de trabalho. Mas claro que devem comprovar renda”, conta Nabas.

Além desse, o Tier 4 visto de estudantes se man-tém: o estudante deve ter uma conta em seu nome com o valor mínimo de £533 mensais equiva-lente ao número de meses em que estiver estudando. Nabas também esclareceu que em 30 de julho de 2008 foi decidida na Câmara dos

Lordes, equivalente ao Supremo Tribunal Federal do Brasil, que casar na Inglaterra é um direito do cidadão, desde que legítimo e autorizado. Se o casamento for com cidadão europeu, a pessoa pode tirar o visto aqui; se for com britânico, ela deve voltar ao Brasil e regularizar a sua situação por lá.

No espaço aberto a perguntas, os presentes puderam tirar dúvidas. O quórum, porém, foi bem abaixo da expectativa. Afinal, num auditório para 350 pessoas, menos de 50 compareceram ao evento. Apesar da pouca adesão, a Abras e a Casa do Brasil, representadas pelos seus respectivos presidentes, Laércio Ribeiro Silva e Carlos Mellinger, prometem novos seminários para informar a comunidade sobre assuntos relevantes.

Texto: Carol Morandini Fotos: Patrícia Candice

internet. “Infelizmente há um número significativo de brasileiros trabalhando ilegalmente”, aponta Williams, que fez um alerta. “Lembrem-se, para o governo é mais barato remover pessoas que pagam taxas do que mantê-las nas prisões daqui.”

International Organization for Migration (IOM)

Em seu discurso, Gabriela Boeing, explicou que a organização internacional com 120 escritórios espa-lhados pelo mundo promove diversos programas de imigração, como os dois tipos de retorno voluntário: “Programa de Retorno Voluntário com Assistência e Reintegração”, direcionado aos que pediram asilo, e o “Regresso Voluntário e Assistido para Imigrantes em Si-tuação Irregular”, destinado aos que entraram de forma clandestina, que tiveram o visto expirado ou àqueles que não têm qualquer direito de estar mais no país.

“O caso dos brasileiros se enquadra mais no segundo. Eles devem ir ao escritório, preencher um formulário e assinar uma declaração de retorno vo-luntário. Depois são tiradas as impressões digitais e comprovada a ficha limpa na polícia. O caso vai ao Home Office (não é preciso informar o endereço) e, se aprovado, a pessoa tem até três meses para voltar e pode escolher a data. Pagamos tudo de porta a porta, mas a pessoa não pode esquecer que há a possibi-lidade de ser impedida de voltar ao Reino Unido por cinco anos”, explica Boeing.

Segundo ela, os brasileiros têm decidido cada vez mais voltar ao Brasil, pois muitos acham que não vale a pena continuar morando no Reino Unido. Em 2007 foram 340 casos, em comparação aos 416 casos registrados até 19 de setembro.

Vistos de estudante e de dependente

A última parte do seminário ficou a cargo da advo-gada Vitória Nabas, que esclareceu algumas informa-ções sobre vistos. Dentro do sistema de pontos, o

Contatos úteis

Denúncias à Operação Maxim Telefone: 0300 123 12 12Email: [email protected]: 0800 555 111

United Kingdom Border Agency(polícia de fronteira) www.ukba.homeoffice.gov.ukwww.ukvisas.gov.uk

International Organization for Migration (IOM)21, Westminster Palace Gardens, Artillery Row,London SW1P 1RRTel.: 0800 783 2332 / www.iomuk.org

Segundo Gabriela Boeing (à direita), da IOM, mais brasileiros têm optado pelo retorno voluntário

A advogada Vitória Nabas falou sobre vistos

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Seleção de futsal em LondresA caminho do Irã, parte da delegação aproveitou a escala

para fazer um tour pela capital

Parte da delegação da seleção brasileira de fute-bol de salão fez uma rápida parada em Londres no dia 20 de setembro passado, rumo ao Irã, onde faria alguns amistosos contra o seleciona-

do local. Aproveitando uma escala no Aeroporto de He-athrow, atletas e membros da comissão técnica foram recepcionados por Pablo de Oliveira, primeiro brasileiro a defender a seleção inglesa, que levou a turma para um tour pelos pontos turísticos da capital londrina.

Poupando jogadores que atuam no Brasil, em função da fase decisiva da Liga Nacional, o técni-co Marcos Sorato preferiu formar uma seleção de “estrangeiros” para en-frentar o Irã, à exceção do goleiro Franklin, da Malwee, de Santa Ca-tarina. “O Irã cresceu muito tecnicamente nos últimos anos. Per-deu do Brasil por 1 a 0 no Mundial e foi elimi-nado apenas no saldo de gols”, comentou o técnico à Real.

Analisando a atual fase do futsal brasileiro, Sorato disse que se mira no exemplo da seleção de vôlei. “Esta-mos num momento de transição, mas o Brasil sempre tem talento e o ideal é mesclar garotos e veteranos. Temos que fazer como o vôlei. Quando você vê o Giba, um jogador consagrado, secando o suor de um novato no intervalo de um jogo, mostra que não há estrelismo. Isso faz parte do suces-so de uma seleção”, frisou o treinador.

Sorato destacou o intercâmbio com outros países e considerou que a Inglaterra está no caminho certo. “É um país muito bem organizado e tem tudo para decolar. Hoje tem à frente o técnico Peter Sturgess, um excelente profissional, que está dando resultados importantes à seleção do seu país.”

Representando a Federação Inglesa, Pablo se disse emocionado por encontrar os membros da seleção bra-sileira. “Foi uma emoção muito grande presentear e ser presenteado com a camisa das minhas duas nações, visto que hoje me sinto também inglês. Agradeço a fe-deração por essa oportunidade de representar a Ingla-

terra nesse intercâmbio esportivo”, disse.

Além de Sorato e o goleiro Franklin, esta-vam no grupo da se-leção que passou por Londres o assistente técnico Vander Iaco-vino, o médico Mauro Martinelli, o fisiote-rapeuta Pedro Luís Masiero, o preparador físico João Romano, o supervisor Reinal-do Garcia Simões, a assessora de impren-sa Sonia de Borba, o

diretor Emir José Alves da Silva e o presidente da Confederação Brasileira de Futsal, Aécio de Borba Vasconcelos.

Em quadra, no Irã, o Brasil venceu a seleção principal iraniana por 4 x 2 e 4 x 3 e a seleção sub-23 por 4 x 1.

Foto: Ariane Diniz

Unidos pelo futsal: Franklin, o diretor Emir, o assistente Vander, Pablo, o presidente da Confederação Brasileira, Aécio Vasconcelos e o técnico Marcos Sorato

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O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e o presidente mundial da GlaxoSmithKli-ne, Andrew Witty, celebraram no dia 25 de setembro, em Londres, um acordo para o

desenvolvimento de uma vacina contra a dengue. Esta e outras tecnologias para a prevenção e atenção às chamadas doenças negligenciadas, como malá-ria e febre amarela, será o resultado da criação de um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento na Fio-cruz (Fundação Oswaldo Cruz). Trata-se da primeira cooperação público privada, nesta área, entre uma multinacional e um laboratório público. Ao todo, serão investidos 70 milhões de euros – cada parceiro finan-ciará metade dos custos previstos.

Segundo Temporão, o acordo inicia um novo momento para a inovação, desenvolvimento e pro-dução brasileira de insumos para a saúde. “O país deixa de apenas comprar pacotes básicos de trans-ferência de tecnologia para a construção de uma

Vacina contra a dengueMissão brasileira assina, em Londres, acordo com a multinacional

GSK para o desenvolvimento de uma vacina contra a doença

relação que permite o desenvolvimento de insumos desde a sua fase de pesquisa”, afirmou.

A parceria é um dos desdobramentos do acor-do de transferência tecnológica para a produção nacional de vacina para pneumococo, assinado em agosto, entre o Ministério da Saúde, por meio da Fiocruz, e a GSK. A vacina que protege contra meningite bacteriana e pneumonia entrará no ca-lendário nacional de imunização em 2010, com um investimento de produção e distribuição de cerca de 1,5 bilhão de euros.

O acordo para a criação de novas tecnologias tem a duração de dez anos e prevê o partilhamento dos direitos de patente das inovações produzidas nesse período. O centro terá sede na Fiocruz e já está em fase de estruturação.

Temporão fez uma viagem de quatro dias a Lon-dres, onde liderou uma missão de representantes do governo brasileiro e do complexo industrial da saúde. Participaram da comitiva INTERFARMA, PRO-GENÉ-RICOS, EMS, ABIMO, Merck-Serono e AstraZenec, além da ANVISA e Fiocruz.

DenguePor entendimento comum, a dengue será uma

das primeiras doenças a receber o foco do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento. A iniciativa utilizará os estudos que vem sendo conduzidos pela Fiocruz sobre uma vacina contra a doença, que receberá uma nova abordagem tecnológica.

De 1º de janeiro a 4 de julho de 2009, foram noti-ficados 387.158 casos de dengue no país. O número de casos é 47,9% menor do que o registrado no mes-mo período em 2008, quando houve 743.517 notifica-ções. O recuo da doença está relacionado às ações para eliminar os criadouros do mosquito transmissor, com mobilização social, limpeza urbana e aumento de infra-estrutura (saneamento).

Para Paulo Gadelha, presidente da Fiocruz, uma das principais dificuldades para a produção da vacina contra a dengue é dar proteção contra os 4 sorotipos existentes, o DEN1, DEN2, DEN3 e DEN 4. “A parceria é estratégica, pois permite aprimorar no Brasil fases pré-clinicas de pesquisa. Ou seja, ela potencializa a produção de outras inovações”, afirmou Gadelha. A iniciativa também prevê a melhoria da vacina contra a febre amarela, produzido pela fundação, e a criação de um imunizante contra a malária.

Renato StraussMinistério da Saúde

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Muita cerveja, feijoada e futebol entre brasileiros e escoceses marcaram o Dia da Independên-

cia do Brasil, no mês passado, em Glasgow, na Escócia. Com a finalidade de estreitar os laços entre as comunidades brasileira e escocesa, a curitibana Maricleier Soares promoveu uma partida de futebol no Centro Recreativo ‘Pitches’ para comemorar o 7 de setembro.

Mais de 50 compatriotas residentes na cidade escocesa marcaram presença na festa verde- amarela e mais de 30 escoceses compareceram na celebração, onde bandeiras bra-sileiras tomaram conta do local. De acordo com a organizadora, há muitos anos não via-se uma coesão tamanha dos brasileiros em Glasgow em um evento com temática brasileira. “Deu para unir todas as tribos do Brasil que moram na cidade. Da turma jovem, das mães com filhos, dos evangélicos”, comemorou Ma-ricleier, que reside há três anos em Glasgow.

Se na véspera do feriado os brasileiros provaram que são tão bons de copo quanto os locais no consumo de cerveja, no dia seguinte, quando o assunto foi futebol, confirmou-se aquilo que todo mundo já sabe: Brasil 15 a 7. A goleada na peleja não tirou o bom humor dos escoceses, que festejaram com aplausos junto aos torcedores brasucas a entre-ga das medalhas aos integrantes

Festa verde-amarelaem Glasgow

Independência do Brasil é comemorada com feijoada, futebol e cerveja na Escócia

do time vencedor.Para o escocês Jonh Rennie,

a empolgação e a energia dos brasileiros é algo que encanta e contagia a todos. “É sempre bom poder participar de festa do Bra-sil, pois o povo sabe como curtir a vida e festejar como nenhum outro povo. Além de ter uma excelente culinária”, comentou o empolgado Jonh.

Ao término da partida, os convidados saborearam uma caprichada feijoada, com direito a guaraná. “Pensamos em um car-dápio simples, mas bem popular em todas as partes do Brasil”, falou Maricleier, que antes de fixar residência em Glasgow morou em Londres e Paris e comemo-ra o aumento significativo dos brasileiros na cidade. “Quando cheguei aqui, há três anos, havia pouquíssimos brasileiros, mas de dois anos para cá o município conta com um grande número de compatriotas de todas as idades, cidades e diferentes objetivos”, comentou.

Segundo Maricleier, a próxi-ma festa está programada para dezembro, em comemoração ao Natal e Ano Novo. Ainda não há uma data definida, mas muito em breve o local e o dia serão divul-gados na comunidade do Orkut, “Aquarela do Brasil”, dedicada aos “cidadãos da terra do samba” residentes em Glasgow.

O evento de 7 de setembo foi gratuito, tendo como patrocinado-res o Centro Recreativo ‘Pitches’ e a Pathfinder mudanças.

Tâmara Oliveirade Glasgow, Escócia

Parte da “seleção” brasileira que goleou o time da casa

Matt, da “Escócia”, que jogou com camisa do Grêmio: “atendido pelo DM”

A torcida brasuca invadiu o campo ao final da peleja

Após o jogo, brasileiros e escoceses confraternizam com uma feijoada

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Andando por Londres sem-pre pensamos nos mais diversos pontos turísticos – Big Ben, Greenwich,

London Eye, museus e parques – para passear, conhecer ou relaxar. Morando aqui, então, provavelmente já passamos não uma, mas dezenas de vezes pelos mesmos lugares. Depois de alguns anos participando da rotina da metrópole, começa-mos a nos perguntar se não há algo de novo a ser conhecido ou visitado.

Quando essa questão lhe vier à cabeça, a parada é King’s Cross. O local: a biblioteca nacional de Londres, a British Library. Estranho? Não. A British Library pode ser uma aventura incrível se olhada de forma mais atenta. A começar pelo edifício em si: uma estrutura moderna enorme do lado de fora e muito bonita por dentro. Logo na frente da recepção, muitas pessoas se reúnem para um café, bater papo, tomar um ar e relaxar, como se estivessem em um dos jardins londrinos.

Um passo adentro e a fantasia de um mundo de descobertas se abre frente aos olhos dos visitan-tes. A enorme coluna de vidro do chão ao teto mostra a completa biblioteca do Rei George III – “A Biblioteca do Rei”, doada à British Library. “Este era um dos dese-jos do rei, que a biblioteca fosse permanentemente exposta ao público, do contrário ele não a do-aria. Por isso, por muitos anos ela

Dica da Real

ficou arquivada”, conta o brasileiro Aquiles Alencar Brayner, curador do Acervo Latino-Americano da British Library.

Construída em 1973, a biblio-teca nacional antes integrava o British Museum, sendo que grande parte de seu material estava es-palhado por edifícios, em diversos bairros da cidade. Considerada a maior biblioteca do mundo para fins de pesquisa, ela conta com mais de 150 milhões de exempla-res, entre livros, catálogos, mapas, desenhos, periódicos, manuscri-tos, fotografias, gravações...

Apesar de ser uma biblioteca nacional, o “reader pass”, ou a carteirinha de acesso à leitura, não é fornecida a todas as pessoas, porque a British Library não tem a

função de receber qualquer livro. Esta é uma biblioteca destinada à pesquisa, fins acadêmicos e a maiores de 18 anos.

Por dentro da British Library

Ao me receber na recepção da biblioteca, Aquiles Brayner me levou para conhecer os corre-dores da biblioteca – aqueles escondidos do público – e o mecanismo de entrega dos livros aos visitantes. O que mais surpre-ende é o tamanho da biblioteca se comparado ao espaço desti-nado aos leitores. A biblioteca é gigante, porém, quase em sua totalidade destinada a escritó-rios. O material de pesquisa fica

British Library, um passeio literário

Com 150 milhões de exemplares, incluindo um grande acervo latino-americano, a biblioteca

nacional é um ótimo lugar para relaxar e ampliar os horizontes do conhecimento

Fachada da British Library, em King’s Cross, a maior biblioteca do mundo para fins de pesquisa

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guardado na área subterrânea, protegido contra roubo, incêndio e mudanças de temperatura, e deve ser requisitado com horas de antecedência até sua chegada aos guichês.

Dentre a quantidade inacredi-tável de material de pesquisa, que cresce cerca de 3 milhões por ano, devido às aquisições feitas em todo o mundo e também ao Ato Parlamentar de 1911, que estabeleceu que uma cópia de qualquer publicação deve ser des-tinada à British Library, cerca de 20 milhões fazem parte do Acervo Latino-Americano.

Contando com inúmeros de-partamentos, Brayner explica que o das Américas possui quatro

curadores, divididos em Estados Unidos, Canadá, Publicações Oficiais e América Latina, da qual é responsável. É ele quem pes-quisa, seleciona, discute, compra e empresta os materiais do Brasil, Venezuela, Colômbia, Cuba e ou-tros países latinos que estão guar-dados ali. “Eu acho que a coleção fica muito a cara do curador. No começo, por exemplo, eu trouxe muitas obras ligadas à música, pois tinha poucas no acervo. Essa era uma área que eu queria melho-rar”, conta.

Ao buscar o que falta no acer-vo, Brayner está sempre a par do que é lançado, de catálogos que chegam, leilões e premiações que ocorrem e contato direto com os

‘book hunters’, os caçadores de livros em cada país. A seleção é feita com base no título, descri-ção e muito conhecimento. Aos poucos, a biblioteca parece ficar pequena, devido ao gigantesco acervo. E, por isso, o deslumbra-mento ao entrar nesse “mundo do conhecimento”.

Para Brayner, a falta de investi-mento de algumas universidades inglesas em suas bibliotecas faz com que muitos alunos migrem à British Library, tornando o espa-ço ainda mais reduzido aos que necessitam de informação.

Raridades brasileirasDentre o acervo brasileiro,

Brayner mostrou algumas ra-ridades que dão até medo de tocar: a “Arte de Grammatica da Lingoa mais usada na Costa do Brasil”, editada em 1595 por José de Anchieta, em Coimbra; a 1ª cópia de “Os Lusíadas” de Camões, de 1572; “A Confede-ração dos Tamoyos”, de 1856, com encadernação de luxo feita para a corte, que mostra o brasão da família real e conta com uma dedicatória de D. Pedro II feita à irmã; e “Historiae Rerum Natura-lium Brasiliae Libri 8”, de 1648, de Georgius Marggravius, com desenhos pintados à mão que retratam a evolução da natureza e do homem, mostrando o índio em atos de antropofagia.

Tirando a leitura, a British Li-brary conta com exposições fixas e gratuitas abertas ao público em geral, outras itinerantes pagas, além de seminários e palestras a

Acesso àbiblioteca

Exposições – público em geral (gratuitas e pagas)

Palestras e seminários – público em geral (pago)

Reader Pass – Inscrição no local, com apresentação de passaporte ou alguma identidade com foto e assinatura, comprovante de resi-dência e o nome de algumas publi-cações que estejam na biblioteca (devem ser procuradas no catálogo on-line). Carteiras de estudante, pesquisador e professor podem ajudar no processo de cadastra-mento.

LocalThe British LibrarySt Pancras96 Euston RoadLondonNW1 2DBTel: 0870 444 1500www.bl.uk

À prova do tempo: algumas preciosidades históricas que fazem parte do Acervo Latino da British Library

O brasileiro Aquiles Alencar Brayner, responsável pelo Acervo Latino-Americano

preços acessíveis. Brayner pro-cura realizar eventos literários, como o que aconteceu no dia 2 de outubro, em conjunto com a Embaixada Brasileira e a Universi-dade Birkbeck, que trouxe o autor brasileiro João Gilberto Noll, ven-cedor de vários prêmios Jabuti, Bravo e pela APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte.

Carol Morandini Fotos: British Library

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Queijos e vinhosCom o clima esfriando,

nada melhor do que um festival de queijos e vinhos! De 23 a 25 de outubro é exatamente isso o que rola no Cheese and Wine Festival, no Southbank Centre Square, Belvedere Road, SE1 8XX. Entrada franca.

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Márcio Rodrigo Delgadowww.marciodelgado.com

Adventure FestAdrenalina e manobras de

risco são os ingredientes que certamente não vão faltar no Adventure Fest, um festival de filmes esportivos com progra-mação gratuita, que segue até o dia 14 de outubro. Para ver se um dos 35 cinemas exibindo a mostra fica perto da sua casa, basta acessar o site do evento adventurefest.co.uk/2009/films. É preciso se registrar on-line para garantir acesso ao festival.

Últimos diasContinua em cartaz na Opera

Gallery (134 New Bond Street, W1S 2TF), até o dia 14, a exposição do artista plástico pernambucano Ro-mero Britto, que com seus quadros de cores vibrantes se tornou que-ridinho de celebridades como Bill Clinton e Madonna. Com entrada grátis, a mostra é aberta ao público de segunda a sábado, das 10h às 19h. Para mais informações, visite: www.operagallery.com

Tarde de autógrafosVencedora do programa X

Factor em 2007, a cantora Le-ona Lewis conquistou o Reino Unido e o mundo com a sua voz semelhante a de Mariah Carey - 20 anos mais nova. No dia 14 de outubro, a partir das 15h, ela faz tarde de autógrafos na livraria Waterstone’s – Piccadilly (203-206 Piccadilly, St James’s,W1J 9LE). Uma boa oportunidade para ver a artista de perto.

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Brasileiro na balada

O outono chegou, os dias começam a ficar mais frios... Que tal se aquecer com as delícias da culinária brasileira? Hora de reunir a família e os amigos para degustar aquela picanha no ponto, a tradicional feijoada ou outros quitutes da cozinha nacional no restaurante Bankete. Reserve a sua mesa, junte o pessoal e aproveite ainda para curtir os ritmos brasileiros de sexta a domingo, com performances ao vivo, ou acompanhar os melhores jogos do Brasileirão e dos campeonatos europeus.

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The PointFest Show2009Festa no Barracuda vai ter gravação ao vivo de DVD com três bandas brasileiras

A programação da The Point London no Bar-racuda volta a todo vapor em outubro com a realização de um evento especial no dia 24: o The Point Fest Show 2009. Além da

tradicional animação das noites brasileiras, a festa terá a gravação ao vivo do DVD The Point, que reunirá três das melhores bandas brasileiras que tocam na noite londrina.

Três estilos musicais estarão representados no DVD: música sertaneja com Wesley Wandir e Banda; forró, com Zeu Azevedo e Banda, e o

Divyarup noGeorge Tavern

O Divyarup Latin Quintet tem três shows agenda-dos para os próximos meses no George Tavern, na 373 Commercial Road, em Whitechapel, London E1 0LA. Além do quinteto, as noites também contarão com uma grande programação brasileira, que inclui a presença de dançarinas e do DJ Toby tocando MPB, funk, afro e outros ritmos. Os shows acontecerão nos dias 22 de outubro, 19 de novembro e 17 de de-zembro, às 20 horas, e Divyarup estará autografando o seu CD “Tempo de Luz”.

Club Brazil em Liverpool

Os brasileiros e fãs da cultura verde-amarela têm encontro marcado todo mês em Liverpool. As noites brasileiras têm aulas de dança com uma professora carioca e muita música nacional sob o comando do DJ Juanito, com uma seleção de samba, lambada, batucada, forró, funk e hip hop. Em outubro, a festa acontecerá no dia 29, no The Upstairs Bar Disco (2 Temple Court, Liverpool L2 6PY). Outras duas também já têm duas marcadas: 26 de novembro e 17 de dezembro.

pop rock da banda Se7imo Legado. Os ingressos antecipados estão sendo vendidos a £10 e na com-pra de 10 ingressos, o 11º é grátis. Os contatos para compra e postos de venda você confere no anúncio da página ao lado.

Sorteio de ingressosA Real e The Point London vão premiar dois

leitores com um ingresso para a grande festa do dia 24. Para concorrer, envie um email para [email protected] informando o seu nome completo e telefone. Os ganhadores serão comunicados no dia 23. Boa sorte!

Zeu Azevedo: o melhor do forró Wesley Wandir e banda no ritmo sertanejo O DVD também terá o pop rock do Se7imo Legado

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Emergência: disque 999Para contatar a polícia, bombeiros e ambulância. A chamada é gratuita

EmbratelLigações a cobrarpara o Brasil.0800 890 055

Consulado Brasileiro 3 Vere Street (quase esquina com Oxford Street)W1G 0DHTelefone: 020 7659 1550Fax: 020 7659 1554www.consbraslondres.com

Embaixada do Brasil32 Green Street, W1 – Marble Arch020 7499 [email protected]

Associação Brasileira no Reino Unido (ABRAS) Assistência jurídica e psicológica, agen-damento de consultas médicas e ou-tros serviços à comunidade brasileira.59 Station Road – NW10 4UX020 8961 3377 www.abras.org.uk

Casa do Brasil em LondresA nova associação brasileira em Lon-dres oferece, entre outros serviços, orientação jurídica e psicológica, servi-ços de intérpretes, tradução juramenta-da e convênios médicos e dentários. The Media Centre19 Bolsover Street London W1W 5NA020 7665 4430020 7665 [email protected]

Naz Vidas A ONG oferece acesso gratuito às clíni-cas que cuidam da saúde sexual, onde os pacientes contam com o auxílio de intérpretes e podem fazer exames que incluem testes de HIV, HPV, sífilis, go-norréia, hepatites A, B e C e clamídia. Serviço gratuito de apoio, assistência e aconselhamento sobre Aids. 30 Blacks RoadLondon W6 9DT020 8834 0232joserealnaz.org.ukwww.naz.org.uk

Projeto Latino-Americano para portadores de deficiência020 7793 8399www.ladpp.org.uk

Home OfficeImmigration &Nationality DirectorateWhitgift Centre Wellesdey Road – Croydon CR19 1ATConcessão e extensão de vistos:087 0606 7766Solicitação de formulário para extensão de visto: 087 0241 0645

Immigration AdvisoryService (IAS)Orientação jurídica em inglês sobre pedidos de vistos.County House: 190 Great Dover Street - 2º andarLondon SE1 4YB020 7967 1200www.iasuk.org

UK Concil for International Student AffairsInformações para estudantes estran-geiros sobre vistos, cursos,bolsas de estudo e assuntos relacionados ao

ensino no Reino Unido. 020 7107 9922www.ukcosa.org.uk

Citizens Advice BureauONG que oferece aconselhamento em diversas areas, com vários escritórios no Reino Unido.www.citizensadvice.org.uk

Gay Switchboard Informações sobre acomodação, ‘civil partnership’, imigração e legislação, entre outros. 020 7837 7324 (24h)

Consumer DirectO Consumer Direct funciona como uma espécie do nosso Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) do Reno Unido, orientando em relação aos direitos e a quaisquer problemas que o consumidor possa vir a enfrentar. Saiba mais no www.consumerdirect.gov.uk/

Money ClaimMoney claim é um serviço on-line que pode ser utilizado caso alguém lhe deve dinheiro. Você também pode receber orientações caso esteja sendo processado na justiça por débito. A página da Money claim na internet é www.moneyclaim.gov.uk

Legal Advice CentreO Legal Advice Centre promove orien-tação e informações práticas legais gratuitas acessando-se o site www.legal-advice-centre.co.uk/askus/

Aeroportos

Heathrow087 0000 0123

Gatwick087 0000 2468

Luton015 8240 5100

City Airport020 7646 0088

Stansted 087 0000 0303

Transport for LondonPlanejamento de jornada em metrôs, trens e ônibus.020 7222 1234www.tfl.gov.uk

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Diga não aosfichas-sujasO Movimento de Combate à Cor-rupção Eleitoral (MCCE) entregou ao presidente da Câmara, Michel Temer, no dia 29 de setembro, uma proposta de iniciativa popu-lar que visa barrar os chamados candidatos fichas-sujas já nas eleições,de 2010. Com 1,3 milhão de assinaturas, a proposta tem por objetivo, segundo o site do movimento (www.mcce.org.br ), impedir a candidatura de, entre outros, “pessoas condenadas em primeira ou única instância ou com denúncia recebida por um tribunal - no caso de políticos com foro privilegiado - em virtude de crimes graves como: racismo, homicídio, estupro, tráfico de drogas e desvio de verbas públi-cas”. A proposta também atinge “parlamentares que renunciaram ao cargo para evitar abertura de processo por quebra de decoro ou por desrespeito à Constituição e fugir de possíveis punições” e “pessoas condenadas em repre-sentações por compra de votos ou uso eleitoral da máquina admi-nistrativa”. A bola agora está com o Congresso...

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Os Sarney seguem aprontando...

A saga de escândalos protagoniza-dos pela família Sarney não cessa. No mês passado, a Polícia Federal divulgou uma conversa gravada em que o filho de José Sarney, Fernando Sarney, diz ser dono de uma vaga no gabinete do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), se-gundo a Folha de São Paulo. “Boto quem eu quiser”, afirmou ao filho João Fernando, em 27 de agosto de 2008. O cargo era ocupado por João Fernando, mas devido ao cerco ao nepotismo no Congresso, ele foi demitido sigilosamente em 2 de outubro. Na conversa, gra-vada pela polícia com autorização da Justiça, Fernando falava com o filho sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal de proibir a contra-tação de parentes nos três Pode-res. “Se tiver que sair mesmo, ele [Cafeteira] já me disse que o lugar é meu, que eu boto quem eu qui-ser”, afirmou Fernando Sarney. Foi o que ocorreu. Menos de um mês após a demissão do filho, assumiu o cargo a mãe dele, Rosângela Terezinha Gonçalves.

Romário sefilia ao PSB

Romário, que vive às voltas com problemas na Justiça, se filiou ao Partido Socialista Brasilei-ro (PSB) no mês passado e

chegou soltando o verbo: “Já entrei sentando na janela, mas quem sou eu para dizer ao que quero me candidatar”. Em 2003, Romário usou a mesma frase para criticar um técnico novato do Fluminen-se: “O cara ainda nem entrou no ônibus e já quer sentar na janela”. Ao se apresentar ao partido, Romá-

Conferência Brasileiros no Exterior

O Palácio Itamaraty, no Rio de Ja-neiro, sedia de 14 a 16 de outubro a 2ª Conferência das Comunida-des Brasileiras no Exterior. Na pro-gramação, a Subsecretaria-Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior (SGEB), do Ministério das Relações Exteriores, fará uma apresentação sobre as políticas de apoio e atendimento imple-mentadas pelo Governo brasileiro aos cidadãos que residem fora do país. Quatro temas em especial serão discutidos na conferência: cultura e educação; trabalho, pre-vidência e saúde; serviços consu-lares e regularização migratória; e representação política. Após o debate e apresentação de pro-postas, as conclusões dos grupos participantes vão gerar demandas que serão encaminhadas aos representantes do Governo.

Entidades de Londres na reuniãoRepresentantes de entidades de apoio e assistência aos brasileiros no Reino Unido participarão da conferência no Rio de Janeiro. Carlos Mellinger, ex-presidente da Associação Brasileira no Reino Unido (ABRAS) e criador da Casa do Brasil em Londres; Vitória Nabas, da Nabas Advogados, e

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rio cometeu uma gafe e disse que estava se filiando ao PSDB, mas se desculpou em seguida. “Até hoje de manhã estava em dúvida sobre a filiação”, brincou. Como todo “bom político”, o Baixinho disse que en-trou no PSB para ajudar as crianças carentes através do esporte.

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Tragédia da Gol faz três anosTrês anos após o acidente com o voo 1907 da gol, que matou 154 pessoas em setembro de 2006, ninguém foi responsabilizado ou condenado pela tragédia. Segundo a Folha Online, Dante D’Aquino, advogado da Associação dos Parentes e Amigos das Vítimas do Voo 1907, a defesa dos pilotos Joe Lepore e Jan Paul Paladino - que comandavam o jato Legacy no mo-

Morre a primeira Emília do SítioA atriz Dirce Migliaccio, que interpretou a personagem Emília na primeira versão televisiva de “O Sítio do Pica-Pau Amarelo”,

mento em que ele se chocou com o avião da Gol - vem tentando atrasar o processo para que ele prescre-va (o prazo para prescrição é de quatro anos, mas pode chegar a oito anos, caso ocorra condenação superior a dois anos). O advogado dos pilotos, Theo Dias, negou que a convocação de testemunhas dos EUA e da Suíça tenha como objeti-vo atrasar o processo. O Boeing da Gol ia de Manaus (AM) para o Rio e se chocou com o Legacy quando sobreava a região Norte do país, caindo em mata fechada, a 200 km de Peixoto de Azevedo (MT). Mes-mo avariado, o Legacy conseguiu pousar em uma base na serra do Cachimbo (PA).

que estreou na Globo em 1977, morreu no dia 22 de setembro no Rio de Janeiro, aos 76 anos. Se-gundo a Secretaria Municipal de

Saúde, ela estava com pneumonia e infecção urinária. Nas-cida em São Paulo, em 30 de setembro de 1933, ela

é irmã do também ator Flávio Mi-gliaccio. Dirce estreou nos palcos em 1958, com a peça “Eles Não Usam Black Tie”. Em 1962, es-trelou o filme “O Assalto ao Trem Pagador”. Mais recentemente atuou nos filmes “Buffo & Spallan-zani” (2001) e “Xuxa em Sonho de Menina” (2007). Na televisão, ganhou destaque ao interpretar a personagem Judicéia Cajazei-ra na novela “O Bem-Amado” (1973). Também participou das novelas “A Gata Comeu” (1985) e “Da Cor do Pecado” (2004).

Else Vieira, da Associação Brasi-leira de Apoio ao Empreendedor (BASE) foram escolhidos como representantes dessas entidades e terão suas despesas de viagem e estadia bancadas pelo governo brasileiro. Outras entidades re-presentantivas de brasileiros na Europa, como a Abraço, da Bélgi-ca, também se farão presentes na conferência, com a participação da coordenadora Mônica Pereira.

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Visão do Brasil

O tempoEntre 1870 e os primeiros

anos do século XX, o Brasil pas-sou por um período de intensas transformações políticas, eco-nômicas, sociais e culturais. A Monarquia e a Escravidão foram abertamente contestadas, so-bretudo por jornalistas, intelec-tuais, escritores, médicos, advo-gados. O final do século XIX, em todo o mundo ocidental, foi um período de intensa sensibilidade nacionalista, em que os debates intelectuais sobre as supos-tas qualidades intrínsecas das “raças” humanas estavam na ordem do dia. No Brasil, como não poderia deixar de ser, os termos “raça”, “povo”, “nação” e “natureza tropical” compu-nham um vocabulário quase inescapável às discussões po-líticas do período. Muitos inte-lectuais perguntavam-se como o Brasil poderia alcançar o progresso e a civilização com a população de que o país dispu-nha. Nessa atmosfera nasce um escritor que colocaria seu nome no cânone intelectual brasileiro: Euclydes da Cunha. Seu maior livro, “Os Sertões”, nunca mais deixou de povoar as cabeças ilustradas do país.

O homemEuclydes da Cunha (1866-

1909) foi um homem incomum. Retorcido como a caatinga que descreveu em “Os Sertões” (1902). Indisciplinado, mas de formação militar. Engenheiro e cientificista, mas narrador de verve poética. Intelectual, mas avesso ao chiquismo da Rua do Ouvidor.

Rebelde, o jovem Euclydes ati-rou sua espada aos pés do minis-tro da Guerra do Império como um ato de protesto republicano (1888). Crítico feroz do utilitarismo cada vez mais comum na República pela qual militara. E se desiludira. República que esmagou Canudos (1897). Para ele uma seita fanática. Uma sobrevivência do passado, eivada de atavismo de uma gente mestiça, desequilibrada e ameaça-da pela implacável civilização. Mas formada pelo homem sertanejo-mestiço, “antes de tudo um forte”.

Esse homem trágico, que viveu uma vida doméstica infeliz, morreu pelo gatilho ágil de Dilermando de Assis. O cadete do exército fora o amante de sua mulher, de quem ela engravidara, em uma das lon-gas ausências de Euclydes.

Euclydes – o mesmo homem que narrou a vida e a morte de Canudos, o mesmo que simpati-

zou com os sertanejos, ainda que os considerasse atrasados – foi no entanto um homem de Estado, in-teressado em pensar o poder. Não escreveu para o povo, mas para as elites letradas do seu tempo. Embora escrevesse para o poder, dedicava àquela República o mais sincero horror, como outros repu-blicanos radicais de sua geração.

Raul Pompéia suicidou-se no Natal de 1895, uma semana após ter sido demitido da Biblioteca Nacional. Em 1890, Silva Jardim, o grande tribuno da causa repu-blicana, que não conseguira ser deputado-constituinte naquele ano, perece de forma misteriosa, na Itália, em 1891: Silva Jardim caiu numa fenda do Vesúvio! Em 1909, Euclydes, homem de livros, de arma em punho revive um due-lo medieval com Dilermando, um profissional das armas. O resulta-do é mais que previsível.

A obraSílvio Romero, um dos mais

importantes críticos literários da época, ao comentar a publicação de “Os Sertões”, em 1902, dis-sera o seguinte: “De Euclydes da Cunha pode-se dizer que se dei-tou obscuro e acordou célebre.” Ainda em vida – o “Engenheiro

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Alberto Luiz Schneider

Físico Alongado em Social e Hu-mano”, na freyreana definição de Gilberto – assistiu a publicação de três edições do livro. Num país de imensa maioria analfabeta, “Os Sertões” atingiu 10 mil exem-plares vendidos. Hoje, livros de pretensão intelectual raramente atingem a marca alcançada por Euclydes da Cunha um século atrás. O que dá a dimensão do sucesso do livro, que continuou a ser publicado durante todo o sé-culo XX, envolto numa atmosfera de prestígio, quando não alçado à condição de monumento da nacionalidade. Independente das qualidades, inegáveis, da obra, o livro adquiriu uma força simbólica que transcende sua condição eminentemente intelectual.

Este homem brilhante escre-veu um livro espantoso enquanto construía uma ponte metálica em São José do Rio Pardo, interior de São Paulo. “Os Sertões” é uma obra fin-de-siècle, cientificis-ta e decadentista. Mas transcen-deu seu tempo e até hoje intriga leitores e especialistas. Livro na-cionalista, mas pessimista. Narra o crime praticado pelo exército da República, que esmagara a “rocha viva da nacionalidade”, retratada, no entanto, como refra-

tária à civilização moderna.Como todos os clássicos “Os

Sertões” resiste à corrosão do tem-po. Ao longo do século XX, serviu a múltiplas interpretações. Num primeiro momento foi-lhe apontada força científica ao analisar a natu-reza e as gentes esquecidas do Brasil. Silvio Romero, que o recep-cionou na Academia Brasileiras de Letras (1906), lembrou o compro-misso nacionalista do livro. Na era Vargas, o tempo da “marcha para o oeste”, surgiram analogias com o bandeirante desbravador dos sertões. Ainda hoje o livro desperta acaloradas divergências entre os estudiosos, o que não surpreende, mas confirma a sua força.

No capítulo intitulado “O ho-mem”, Euclydes descreve os mestiços do Brasil-interior – de três raças em guerra-e-paz, em três séculos de história – com a cabeça povoada pela antropologia biológica, europeia, de seu tempo. O cientista letrado condena as gentes cruzadas, degeneradas e neurastênicas do Brasil profundo, mas absolve o homem do sertão do juízo mais severo: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao

primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica im-pecável, o desempenho, a estru-tura corretíssima das organizações atléticas. É desgracioso, desen-gonçado, torto (...)”.

Mais adiante, no capítulo “A luta”, o observador in loco narra o crime do exército civilizador. Sem desdizer àquela ciência, enseja ou-tra leitura, não mais dos livros, mas dos homens dos sertões em guerra com a civilização representada pelo litoral e, conclui, estarrecedor:

“Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a His-tória, resistiu até o esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5 [de outubro], ao entardecer, quando caíram seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5.000 soldados.”

Alberto Luiz Schneider

é Doutor em História pela Uni-camp. Foi Pesquisador Associado do Departamento de Português e

Estudos Brasileiros do King’s Colle-ge London. Atualmente é Professor de História do Brasil da Universida-

de Camilo Castelo Branco – Unicas-telo (São Paulo).

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Londres tem dois andares e dificilmente você vai achar alguém que nunca tenha se aventurado no andar de bai-

xo, onde o encontro com o mora-dor local, o turista, o mendigo, a madame, o artista, aliás, os muitos artistas, dão um gostinho do que é a vida na multicultural e cos-mopolita capital inglesa. São 275 estações divididas entre 12 linhas, que somadas resultam em mais de 407 quilômetros de extensão (253 milhas), ou seja, dá pra se chegar a quase qualquer ponto da

A Real deu uma voltinha pelo “mundo

subterrâneo” de Londres e encontrou

brasileiros quefazem parte do

dia-a-dia do maior sistema de metrô

do mundo

capital britânica com a ajudinha do London Underground, ou simples-mente ‘tube’, como é chamado pelos ‘londoners’.

Inaugurado no dia 10 de janei-ro de 1863, o metrô de Londres carrega os títulos de mais antigo do mundo e da rota mais longa, o que deixa a cidade orgulhosa, mas não esconde o fato do meio de transporte já ter sido consi-derado melhor do que atualmen-te. Vagões lotados, trens sujos, estações antigas, num sistema que no início do milênio trans-

MIND THE GAP!

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portava um milhão de pessoas diariamente e hoje trabalha com cerca de três milhões de passa-geiros por dia, segundo dados do TFL – Transport for London, órgão responsável pelo sistema de transporte da capital.

Vivenciar essa realidade por vinte, trinta minutos ou até por mais de uma hora por dia faz par-te da rotina, senão de todos, mas da maioria dos moradores e visi-tantes de Londres. Há até quem ouse chamar a experiência de prazerosa, ou no mínimo, curiosa.

“Tem horas que me divirto com os diferentes tipos que passam por aqui. Tem até Elvis!”, disse Maria da Penha, 42 anos, uma turista capixaba que encontramos num dos vagões da District Line a ca-minho de Westminster, referindo-se a um passageiro vestido como o Rei do Rock.

Mas o que seria vivenciar o ‘tube’ por exatas 37 horas e 30 minutos semanalmente? Ou seja, mais do que acompanhar a che-gada dos três milhões de passa-geiros diários, auxiliar cada um na

compra do ticket, na passagem pelas catracas, com o destino da jornada, o embarque, desem-barque, acidentes de percurso, acidentes de percurso novamente e novamente... Ufa! Esta é, nada mais nada menos, que a rotina de 13.400 funcionários do London Underground. E, dentre estes, a de seis brasileiros, que num bate-papo com a Real, contaram um pouquinho do dia-a-dia nesse universo subterrâneo.

A arte de lidar com o público

Nossa entrevista estava mar-cada para as seis da tarde, quando Igor Tripodi, 27, termi-naria o expediente na bilheteria da estação de Tottenham Court Road. Conferir equipamentos, separar dinheiro para o troco, começar a vender bilhetes e dar assistência ao usuário. Balanço do dia, juntar o dinheiro, esvaziar a máquina, fazer a manutenção e, então, fim de expediente... mas não naquele dia. Igor não chegou a tempo para a entrevista. O mo-tivo? Como o próprio resumiria, trabalhar no metrô é ter sempre uma história nova pra contar.

“Um rapaz chegou querendo registrar o Oyster no nome dele e eu o orientei a preencher o formu-lário. Quando vi um colega aten-dendo uma brasileira no guichê ao lado e fui cumprimentá-la, o rapaz, que percebeu que eu era brasileiro, retornou ao guichê com o formu-lário incompleto. Eu devolvi para que ele fizesse as correções. Foi o suficiente para ele começar a me xingar, chamar de ilegal, discriminar os brasileiros... e só parou com a chegada da polícia.”

A história contada por Igor não é nem de longe a mais grave ou chocante, mas ilustra a importân-cia de saber lidar com o público e com os imprevistos do dia-a-dia, fatores estes apontados por Peter Henry, comissário de transporte de Londres, como principal requisito para trabalhar no metrô.

“Não é nada fácil lidar com pessoas e, no caso do metrô, muitos usuários não ajudam e

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aos 20 anos, entrou para o metrô como assistente de estação em Earls Court.

“No metrô recebo £28 mil por ano, que em horas dá quase três vezes o valor mínimo de uma hora de trabalho. Temos 10 semanas de férias pagas por ano, o uso gratui-to do transporte público, inclusive para um familiar, descontos em centenas de estabelecimentos e um final de semana prolongado por mês,” diz Lucas.

Mais do que salário e benefí-cios, Danilo Fiocco, 27, que deixou o trabalho de gerente numa ótica no Brasil e há quase três anos é assistente na estação de Green Park, vê no metrô a segurança de trabalho e oportunidades. “Ser funcionário público é bom em qual-quer lugar do mundo, o que dirá aqui, onde eles realmente te dão a chance de crescer. São dezenas de cursos, treinamentos, premia-ções, que muitas vezes recompen-sam o lado negativo de uma rotina de imprevistos,” conta.

Atuando em situações críticas

Responsável pela estação de North Acton, a supervisora Érica Ferreira, 30, voltava para casa num dos trens da Central Line,

quando, na estação de Oxford Circus, uma mulher supostamen-te se jogou na frente do trem. Éri-ca foi uma das primeiras pessoas capacitadas para agir neste tipo de emergência a chegar à plata-forma. “De repente o tumulto se formou e as pessoas gritavam e choravam muito, porque ouviam o grito da mulher, que estava viva e dizia estar grávida. Nosso pro-cedimento era esvaziar a plata-forma e acalmar a mulher até que a equipe responsável chegasse”, conta Érica, que mais tarde foi homenageada pelo trabalho reali-zado, independentemente de não estar em seu expediente.

O caso acompanhado por Érica teve um final feliz. Por ter caído num espaço entre os trilhos, a mulher e o bebê saíram com vida. Mas a história não se repetiu com Rodrigo Fiuza, 35, responsável por prestar os primeiros-socorros na estação de Picadilly Circus. “Ver uma pessoa se jogar na frente do trem é a pior situação pela qual já passei. E o interessante é que mesmo não conhecendo a pessoa, te dá uma sensação de perda,” diz Rodrigo, que complementa: “Eu chorei por quatro dias e tudo o que eu comia, eu vomitava.”

Segundo o chefe de operações

ainda tentam atrapalhar. Por isso temos muito respeito e total orgulho das pessoas que traba-lham conosco, que na maioria das vezes fazem um serviço difícil em condições mais difíceis ainda”, disse Henry em entrevista à Real, no final de setembro, durante um evento promovido pela TFL à mídia latino-americana.

Por que não tentar trabalhar no metrô?

Há 10 anos em Londres, Igor veio com o mesmo objetivo de Lu-cas, Rodrigo, Danilo, Érica e Már-cia, os outros personagens desta matéria: o de aprender a língua inglesa e trabalhar. De diferentes partes do Brasil, idades e forma-ções, a história dos seis começa a encontrar semelhanças a partir do momento em que todos se fizeram a mesma pergunta: por que não tentar trabalhar no metrô?

“Eu estava passando por uma estação próxima de casa quan-do ouvi um funcionário do metrô falando em português e então pensei: se ele pode, eu posso!”, contou Lucas Martins, 22, que viu o primeiro salário, de £3 por hora, que ganhou aos 16 anos como lavador de carro, se multiplicar por quase cinco vezes quando,

Igor Tripodi: “Eu sinto que faço parte dessa engrenagem que faz Londres funcionar.”

Lucas Martins começou a trabalhar no metrô aos 20 anos e comemora os benefícios que a TFL oferece aos funcionários

Danilo Fiocco garante que as oportunidades de construir uma carreira compensam o lado negativo de uma rotina de imprevistos

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da TFL, Jeroen Weimar, o trabalho realizado com os funcionários do metrô envolve psicólogos, espe-cialistas em segurança e profis-sionais capazes de desenvolver técnicas de como lidar com o público em diferentes situações. “Nossos funcionários são muito confiantes em lidar com situações difíceis. Eles sabem como lidar com uma pessoa bêbada, agres-siva ou alguém em um dia difícil. Nós temos que fazer as pessoas sentirem que está tudo sob con-trole e não tornar a situação um problema maior.”

Érica Ferreira, que trabalha em North Acton, foi homenageada pela atuação num incidente que ela presenciou em Oxford Circus

Márcia Dray, em ação na estação de King’s Cross, trabalhava em Liverpool Street no atentados de 2005

O dia em que Londres parou

Érica se lembra bem da ma-nhã do dia 7 de julho de 2005. “Eu estava na bilheteria da estação London Bridge quan-do as luzes piscaram, a escada rolante parou e os computado-res desligaram. Achamos que era problema de eletricidade,” conta. Em casa, Igor recebeu a ligação do primo informando que nenhum metrô estava funcionan-do. “Como não tinha nada ainda na TV e na Internet, liguei para a estação na qual eu trabalhava e vi que todas as ligações eram transferidas para a polícia. No mesmo instante mandei meu pri-mo voltar pra casa, porque para parar todo o metrô, algo muito grave tinha acontecido.”

E ele estava certo. Um atenta-do terrorista ao sistema de trans-porte de Londres, numa série de explosões coordenada, atingiu três trens do metrô e um ônibus ‘double decker’, matando 52 pessoas e deixando cerca de 700 feridos. “Como eu estava próxima da estação de Liverpool Street, local da primeira bomba, pude ver a gritaria e correria nas ruas, mas não tínhamos informações de nada, era tudo trocado, confuso,” relembra Márcia Dray, 34, que na época exercia seu primeiro ano de trabalho no metrô.

Hoje, quatro anos após o aten-

tado, Márcia trabalha na esta-ção de King’s Cross, justamente de onde saíram dois trens que levavam dois dos quatro terroris-tas suicidas. Mas isso, segundo ela, não é motivo para deixar de trabalhar no metrô de Londres, opinião compartilhada pelos ou-tros cinco brasileiros.

Kulveer Ranger, consultor de transporte da TFL, disse à Real que “cada pessoa que trabalha no metrô, ônibus ou em qualquer ou-tra parte do sistema de transporte deve se sentir orgulhosa, pois está dividindo a responsabilidade de fazer com que Londres cresça e se mantenha como a importante cidade que é.”

Presente e futuro Neste universo de pessoas que

compõem o quadro funcional do London Underground, a asses-soria de imprensa do órgão não soube informar o número exato de brasileiros, uma vez que não tem dados específicos sobre naciona-lidades em seus arquivos. Além dos seis personagens que ilustram essa matéria, a Real descobriu que há mais brasileiros trabalhan-do no ‘tube’, mas alguns estavam em férias ou licença.

Dos entrevistados, o senti-mento de orgulho de trabalhar no metrô é visível e fica evidente na fala de um deles. “Eu sinto que faço parte dessa engrenagem que faz Londres funcionar,” diz Igor que, com a faculdade de compu-tação e programação que começa neste mês, pretende fazer carreira no metrô, mas não no de Londres. “Quero associar o que aprendi no metrô com esse novo curso, por-que em Salvador está abrindo o primeiro metrô e, se Deus quiser, minha carreira será lá.”

Dayane Garcia Fotos: Rafael Reina

Se você se inspirou com as his-tórias de Danilo, Érica, Igor, Lucas, Márcia e Rodrigo, não custa nada sonhar com uma vaga no metrô. As aplicações para posições no ‘tube’ podem ser feitas on-line no endere-ço: www.tfl.gov.uk/corporate/jobs

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Eu não sabia que, já adulta, poderia rir de mim mesma.” Mas riu muito e, definiti-vamente, não riu sozinha.

Em menos de uma semana, a atriz Glória Pires levou, juntamen-te com Tony Ramos, mais de 1 milhão de espectadores às gar-galhadas no Brasil. Era a estreia de “Se Eu Fosse Você 2”, filme de Daniel Filho, que, recorde de pú-blico, atingiu a segunda maior ar-recadação da história do cinema no país: R$ 49 milhões, perdendo apenas para “Titanic”.

Mas não foi no Brasil que Glória

CineFestcelebra diversidadenacional

Primeira edição do festival brindou o público com o melhor da variada produção brasileira. Em 2010 tem mais!

Pires disse a frase ao lado. Foi em meio a um discurso despreten-sioso e cheio de emoção, após a exibição do filme na abertura do 1º Cine Fest Brasil Londres, reali-zado de 17 a 20 de setembro, no Riverside Studios, em Hammersmi-th. “É complicado fazer um homem quando você é mulher. Eu não sabia que, já adulta, eu poderia rir de mim mesma,” disse Glória.

A edição londrina foi a gran-de novidade da versão 2009 do Circuito Inffinito de Festivais, que este ano passou por Canudos (Bahia), Buenos Aires, Miami, Van-

couver, Nova York e, em Londres, deu a largada à temporada euro-peia, tendo Roma e Madri como próximos destinos.

Para Adriana Dutra, produtora do festival e uma das fundadoras da Inffinito, a versão inglesa veio com expectativas que foram além da exibição de filmes. “Queremos criar uma plataforma de comuni-cação, co-produção e difusão de audiovisual entre Brasil e Inglaterra e estabelecer um mercado para o filme brasileiro,” disse Adria-na, que também dirigiu um dos documentários apresentados no

Casa cheia: as sessões do 1º Cine Fest Brasil Londres receberam grande público no Riverside Studios, em Hammersmith

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festival, “Fumando Espero”, que este mês vira uma série de cinco episódios na TV Globo.

Diversidadebrasileira

Durante quatro dias, o pú-blico riu e se emocionou com vinte produções. Dentre curtas-metragens, longas e documentá-rios, comédia, drama e ficção, o I Cine Fest Brasil Londres trouxe ao público a mais recente safra do cinema brasileiro, na qual a temática ‘violência urbana’, tão explorada no início deste milênio, dividiu tela com estórias diversas de um Brasil ain-da mais variado.

Foram diferen-tes personagens, lugares, costu-mes e classes sociais. A simpli-cidade da favela e a complexidade da burguesia; o canto de Chico Buarque, em “Palavra (En) can-tada” e o conto de MC Serginho, em “Favela On Blast”; a dramáti-ca adolescência, de “Antes que o Mundo Acabe”, e os dramas da fase adulta, retra-tados em “Chega de Saudade”. Enfim, mais do que nunca, foi um prazer conferir a multicultural, he-terogênea e deliciosa ‘new wave’ do cinema brasileiro.

“Nós estamos fazendo entre 80 e 100 filmes por ano e tem ainda a enorme quantidade de produções caseiras, ou seja, o Brasil está num bom momento e esse tipo de festival é extremamente im-portante, porque traz a variedade da nossa produção, o que outros festivais não trazem,” avaliou o diretor Bruno Barreto, um dos convidados especiais do festival.

Ele também acompanhou a exibição de seu mais recente tra-balho, “Última Parada 174”, que,

usando da ficção, conta a história verídica de Sandro Barbosa do Nascimento, que fez um grupo de reféns num ônibus urbano, no Rio de Janeiro, em 2000, e chocou o país com o desfecho trágico do sequestro, transmitido ao vivo pelas televisões do país.

Questionado sobre a escolha da temática ‘violência urbana’, Barreto falou do chamado fa-tor de interesse pela ordem do dia. “Nos anos 60, as pessoas esperavam ver o cangaço, o Nordeste, depois foi uma coisa mais política, com a ditadura, os desaparecidos na Argentina e

por aí vai. E já há algum tempo é a violência urbana. Quer dizer, o que é esperado de países como Brasil, Argentina, México, dentre outros, é o que está na ordem do dia, o que sai nos jornais. Mas no caso do ‘Última Parada 174’, eu quis contar essa estória porque é uma grande estória, talvez uma das melhores que já vi na minha vida!”, explicou.

Valorização do cinema nacional

Para Glória Pires, toda a mu-dança de gênero pela qual o cinema passou e mesmo o período em que praticamente não se pro-duziram filmes no país, tiveram seu lado bom. “Tudo contribuiu para

um amadurecimento, valorização e confiança, tanto por parte dos diretores ao contar uma história, quanto por parte do público com relação ao filme nacional. O cinema está retomando um papel que já teve e para nós que estávamos no jejum, essa variedade é simples-mente uma delícia”, opinou.

Ainda novo na área, o ator Murilo Rosa, que também veio conferir e participar do festival, falou da paixão que nasceu pelo ci-nema após protagonizar o maestro Mozart Vieira em “Orquestra dos Meninos”. O filme, de Paulo Thia-go, narra o drama real do maestro

que lutou contra o preconceito, corrupção e violência numa cidade do Nor-deste do Brasil, ao criar uma orquestra com jovens filhos de lavradores. “Já tinha feito cine-ma, mas meu foco inicialmente foi o teatro e de-pois a televisão. Após ‘Orquestra de Meninos’ eu disse pra mim mesmo: ‘Quero fazer parte des-se bolo.’”

“Orquestra dos Meninos” foi escolhido pelo público como melhor produção do festival e ganhou o troféu Lente de Cristal, que Murilo prometeu repassar ao maestro Mozart Vieira assim que chegasse no Brasil. “Te-nho certeza que ele vai ficar muito honrado com a premiação,” disse.

O I Cine Fest Brasil Londres terminou deixando um gostinho de quero mais. Para quem per-deu, Adriana Dutra deu o reca-do. “Quem perdeu, perdeu, mas, não se desespere porque esta foi apenas a primeira de mui-tas outras edições.” Se a safra de 2010 for tão boa como a de 2009, vale a pena já reservar o ingresso e a pipoca.

Dayane Garcia

A produtora do Cine Fest Brasil, Adriana Dutra, entre duas estrelas que brilharam nas telas e exibiram simpatia na passagem por Londres, os atores Glória Pires e Murilo Rosa

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Salve Geral”, do diretor Sér-gio Rezende, foi escolhido para representar o Brasil na disputa a uma indicação

ao Oscar 2010. O filme estreou em circuito nacional no dia 2 de outubro e concorrerá com produ-ções de 95 países para disputar a cobiçada estatueta. A produ-ção retrata “o dia em que São Paulo parou”, em maio de 2006, quando o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa paulista, fez uma série de ataques coordenados contra alvos do Es-tado, levando pânico a diversos pontos da metrópole e deixando dezenas de mortos.

O filme conta a história de Lú-cia (Andrea Beltrão), uma viúva de classe média que sonha em tirar o filho Rafal (Lee Thalor) da prisão e se vê envolvida com o PCC de-pois de conhecer a advogada de um dos líderes do grupo. Expon-do novamente o lado violento do Brasil, o filme, segundo o distri-buidor Bruno Wainer, traz às telas um tema que interessa ao públi-co. “Uma pesquisa mostrou que o filme baseado em fatos reais é um dos gêneros preferidos do brasileiro”, disse Wainer à ‘Folha de São Paulo’.

Em entrevista exclusiva à Real, no Rio de Janeiro, o diretor de “Salve Geral”, Sérgio Rezende, falou sobre a produção do longa e dos motivos que o levaram a contar esse capítulo violento da história da metrópole paulista.

Real - Fale um pouco sobre o processo de produção do seu

Cul

tura

novo filme, “Salve Geral”. Como

surgiu a ideia e como se desen-volveram as filmagens?

Sério Rezende - Gosto de colocar pessoas comuns em situações incomuns. Alguém que de repente se vê no meio de uma tempestade e reage como pode, no instinto. E os acontecimentos em São Paulo, em maio de 2006, foram mais que uma tempesta-de, quase um furacão na vida da cidade. Daí me veio de estalo a ideia desse filme, três meses de-pois dos episódios: colocar uma professora de piano, da classe média, sensível, meio fora da rea-lidade, na realidade brutal da vida nas prisões brasileiras e na onda de ataques contra as instituições

do Estado. Falei da ideia com o Joaquim Carvalho, que tinha pro-duzido Zuzu, e ele gostou. Rodri-go Saturnino, da Sony/Columbia, sempre achou que aqueles fatos davam um filme. Quando sou-be que eu tinha projeto, propôs parceria e as coisas começaram a andar. Depois Bruno Wainer se associou e foi com essa turma que o filme foi feito.

Real - Como foi filmar no Rio de

Janeiro e em São Paulo?

Sérgio Rezende - Filmar em São Paulo é muito complicado, trânsito, engarrafamentos, essas coisas. Daí montamos nossa base em Paulínia, onde construímos vários cenários em estúdio. Cenas de

“SalveGeral”na corridaaoOscar

Filme que retrata os ataquescoordenados do PCC na capital paulista,

em 2006, vai representar o Brasil

O filme “Salve Geral” será o 14º longa na carreira do diretor carioca Sérgio Rezende

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rua fizemos muitas em Campinas, cidade com ares de São Paulo. Mas não pudemos deixar de filmar na capital, por dez dias, na Paulista e outras avenidas insubstituíveis. E um presídio desativado só acha-mos no Rio, o da Frei Caneca, onde rodamos duas semanas. No total foram onze semanas de filmagem, incluindo ce-nas em Foz de Iguaçu.

Real - Com o sucesso

de público nos cinemas com comédias, o que

você espera do seu novo filme, que, acredi-tamos, seja um drama com situações e cenas violentas?Sérgio Rezende - Nada de novo nisso. Comédias sempre fizeram sucesso, desde Oscarito, Mazza-ropi, sempre, sempre, em todas as épocas. Mas cinema é como sorve-teria, tem que ter vários sabores...

Real - O filme é uma

ficção com um contexto

real ou é totalmente ba-seado em fatos reais?

Sérgio Rezende - A estrutura dramática é fic-cional, os personagens de Lúcia e seu filho Rafa, a advogada do crime, Ruiva. Mas são os fatos reais que de um modo ou de outro definem suas ações.

Real - Porque a Andrea Beltrão

para o papel pricipal?

Sérgio Rezende - Sonho antigo trabalhar com a Andrea. Acompa-nho o trabalho dela no teatro há muitos anos, ela arrebenta. Escrevi o roteiro pensando nela, atrasei as filmagens para que ela pudesse fa-zer o papel. Hoje tenho certeza de que estava certo, Andrea fez umas maiores interpretações do cinema brasileiro, em todos os tempos.

Real - Qual o seu ponto de vista sobre o cinema brasileiro atual?

Sérgio Rezende - Acho que vai

bem. Há diversidade, há força criativa, o público vai reagindo bem às diferentes propostas, acolhendo dramas, comédias, documentários. Achar dinheiro para fazer os filmes é difícil, mas isso não é privilégio

nosso, é mais ou menos assim em qualquer lugar do mundo.

Real - Quais são as suas princi-pais referências artísticas?

Sérgio Rezende - Faço filmes porque escrevo. Gosto de histó-rias, de ouvir e de contar. Admiro os grandes narradores, os ro-mancistas russos, Jorge Ama-do, Guimarães Rosa e o mestre Euclydes, que me inspirou a rodar Guerra de Canudos.

Real - Já tem algum novo projeto em mente?

Sérgio Rezende - Nem pensar. O momento é de botar “Salve Geral” no mundo, vai levar um

tempo até desmamá-lo...

Entrevista concedida ao ator e diretor, Luciano Vidigal, e ao diretor e

produtor de cinema, Cavi Borges

Raio X deSérgio Rezende

Sérgio Rezende nas-ceu em 1951, no Rio de Janeiro, e começou sua carreira dirigindo curtas-metragens, com destaques para “P. S. Te Amo” e “Leila Para Sempre Diniz”. Em 1980, realizou seu pri-meiro longa-metragem, o documentário “Até a Última Gota”. Ao longo de três décadas, dirigiu vários filmes biográ-ficos de personalida-des brasileiras, como “Lamarca”, “Mauá - O Imperador e o Rei” e “Zuzu Angel”.

Sérgio Rezende filmou, em 1986, um de seus mais ambiciosos projetos, “O Homem da Capa Preta”, que foi uma das maiores bilheterias da década, além de ser aclamado pela crítica e de ter ga-nho vários prêmios. Em 1994, realizou o filme

“Lamarca”, que se tornou um dos grandes responsáveis pela “reto-mada” do cinema brasileiro.

Filmografia 2009 - Salve Geral2006 - Zuzu Angel 2004 - O Cinema É Meu Jardim2004 - Onde Anda Você2000 - Quase nada1999 - Mauá - O Imperador e o Rei1997 - Guerra de Canudos1994 - Lamarca1991 - A Children From The South (TV)1989 - Doida Demais1986 - O Homem da Capa Preta1982 - O Sonho Não Acabou1980 - Até A Última Gota

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Osolcolorido

Escuridão. Estou dormindo. Escuto gritos... Acho que é guerra. Acho que é uma facção rival invadindo onde

eu moro. Agora só escuto as rápi-das batidas do meu coração. Não abro os olhos.

Toca o meu telefone residen-cial, não atendo. Toca o meu telefone celular, abro os olhos e resolvo atender. Escuto choro de uma pessoa atrás da linha.

- Amor! Meu pai tá morrendo, meu pai tá morrendo. Ele tá caído aqui no chão. Tá passando mal.

Tento controlar o descontrole da minha namorada. Abro a porta da minha casa. Resolvo descer a ladeira da favela na madrugada e acompanhá-la até o hospital. Está chovendo. Acho estranho, no dia anterior o sol estava brilhando. Quase colorido.

Chego no hospital. Minha namo-rada continua chorando sob o con-solo do seu tio. Som de um telefone celular, minha namorada atende, escuta em silêncio e desliga.

A médica disse para minha mãe que foi grave, mas meu pai tem chances...

O tio da minha namorada resol-ve mostrar seu carro novo. Minha namorada pede desculpas por ter manchado o banco do carro com o sangue do seu pai.

- A água lava tudo minha sobrinha!

Busco um ‘flashback’ da mesa com duas cadeiras, na cozinha do meu sogro, que eu e ele ocupáva-mos conversando sobre o poder do samba de raiz e da importância da favela, sem esteriótipos, sem sensacionalismo. Conversamos

uma vez sobre uma famosa letra do Cartola, sobre a beleza da alvo-rada no morro de um sol colorido.

O celular toca novamente. O tio da minha namorada atende. Silêncio. Ele se afasta da gente, leva as mãos à cabeça, desliga o telefone e volta.

- Você tem que ser forte. Sua mãe disse que seu pai faleceu.

Silêncio novamente... Surpresa para todos nós. Sinto uma dor, uma sensação de perda, não tenho força para olhar para minha namo-rada, meu emocional começa a se descontrolar. Surge lentamente minha sogra. Ela e o tio da minha namorada acendem um cigarro. Minha namorada e minha sogra me abraçam, nós três choramos em silêncio. O tio da minha namorada fuma seu cigarro olhando para o céu que continua chovendo.

Agora somos quatro subindo lentamente uma enorme escadaria da favela. Ainda em silêncio entro na casa do meu falecido sogro. Inconscientemente sigo para a co-zinha e me deparo com a mesa e as duas cadeiras vazias. Sinto um enorme vazio interior. O processo doloroso da lágrima escorre sobre o meu rosto. Vou até a janela. O sol aparece. Ele está colorido.

Luciano Vidigalé ator e diretor de cinema

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Movimento popular que marcou a históriado Brasil é retratado em HQ

A Guerra de Canudos foi um confronto ocorrido de 1896 a 1897 entre o Exér-cito da República e um

movimento popular liderado pelo beato Antônio Conselheiro, em Canudos, no interior do estado da Bahia. O escritor Euclides da Cunha (1866-1909) estava em Canudos como correspondente do jornal ‘O Estado de S. Paulo’

e deixou o lugar pouco antes do confronto terminar. A partir do ocorrido, escreveu uma das mais importantes obras da Literatura Brasileira, “Os Sertões”, publica-da em 1902.

Em setembro, essa parte da história do Brasil foi transposta para os quadrinhos no álbum “A

ARevoltadeCanudos

Revolta de Canudos”, lançado pelo selo Escala Educacional, com roteiro de André Diniz e arte de José Aguiar. A Editora Escala tem investido em obras desse gênero. Entre os títulos lançados estão obras como “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis (adaptada e ilustrada por Sebastião Seabra); “O Alienista”, também de Macha-do de Assis (com adaptação e arte de Francisco S. Vilachã); “O Cortiço”, de Aloísio de Azevedo (com roteiro de Ronaldo Antonelli e arte de Vilachã) e “Memórias de Um Sargento de Milícias”, de Manuel Antônio de Almeida (com

adaptação de Indigo e arte de Bira Dantas).

O curitibano José Aguiar tem uma vasta bibliografia. Des-pontou em trabalhos como “O Gralha - Primeiras Aventuras, Manticore e Metal Pesado - Espe-cial 15 anos Gibiteca de Curitiba.

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COPACABANA“Copacabana”, da Desiderata, é

o título de estreia de S. Lobo e do

Colaborou com as revistas Front, Almanaque Entropya, Zé Pereira e Wizard Brasil. No exterior, publi-cou na italiana Orme e na cole-tânea Consecuências (Espanha). Ilustrou a série Ernie Adams, rotei-rizada por Wander Antunes e pu-blicada na França, onde também participou da coletânea “Flying Doctors – Um Jour de Mai”.

Lançou o álbum Folheteen (Devir, 2007) e Quadrinho-filia (HQM, 2008). O carioca André Diniz é roteirista e editor do site Nona Arte.

A Revolta de Canudos48 págs., 20 x 18 cmR$ 22,90Site da Escala Educacional: www.escalaeducacional.com.brSite de José Aguiar: www.jose-aguiar.com.br

desenhista Odyr. “É impossível resis-tir aos encantos de certas mulheres. É impossível resistir aos encantos de Copacabana. Lobo e Odyr sabem disso”, escreveu o dramaturgo e escritor Mário Bortolotto no prefácio da graphic novel. Ao contrário do que possamos imaginar, os dois criadores de “Copacabana” não são cariocas. São gaúchos.Copacabana 200 págs., 15,5 x 23 cmR$ 39,90

Eloyr Pachecoé editor, quadrinhista e criador do

site Bigorna (www.bigorna.net)

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Mul

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Todos sabem que para se ter saúde e longevidade, é preciso principalmente man-ter uma boa alimentação.

Conseguimos isso escolhendo os alimentos certos que deve-mos ingerir. E sobre esse assunto venho falando em textos anterio-res na Real. Mas é bom também saber que o que nos nutre pode nos tornar mais belos. Clínicas de estética têm seus segredos de beleza em alguns alimentos, que se transformam em máscaras, cremes, esfoliantes, hidratantes e regeneradores.

Esses cosméticos naturais não têm contra-indicação, substân-cias químicas nocivas e podem ser preparados em casa. Então vamos aprender algumas receitas. O ideal é usar somente uma vez por semana e não se esquecer que de dentro para fora é que a verdadeira beleza aflora. Beba bastante água para que seu organismo esteja sem-pre bem hidratado.

Para a peleAtenuar as manchas 1 colher (sopa) de aveia 500 ml de iogurte natural 1 colher (café) de mel em ponto de leite condensado (cremoso) Misture os ingredientes e permaneça com a máscara durante 20 minutos. Retire com água fria.

Combater acne e cravos 1 colher (sopa) de argila Chá de manjericão 20 gotas de própolis Dissolva a argila no chá de manjericão até engrossar. Depois, acrescente 20 gotas de própolis. Passe no rosto limpo. Deixe agir por 20 minutos. Enxágue com água fria.

Luminosidade garantida6 morangos1 clara de ovo 1 colher (sobremesa) de mel Misture os ingredientes até obter uma mistura cremo-sa e aplique na pele por 20 minutos.

Segredos de beleza Frutas e verduras reservam propriedades que, se utilizadas,

garantem pele e cabelos mais bonitos

Para uma pele menos oleosa1 banana verde 1 colher de maisenaHortelã picada Chá de camomila Misture a banana, a maisena e a hortelã. Acrescente o chá de camo-mila até obter uma mistura cremo-sa. Aplique na pele por 20 minutos.

Para rejuvenescer 1 colher (sopa) de soja em póPolpa de açaí 10 gotas de própolisJunte a soja com a polpa de açaí até dar ponto de creme e acrescente 10 gotas de própolis. Aplique a máscara ainda gelada durante 20 minutos. Se preferir, o açaí pode ser substituído por iogurte

Para os CabelosSecos e Normais

Ingredientes: ½ abacate, 1 clara de ovo Modo de fazer: bata os ingredientes no liquidificador. Indicação: aplique sobre os fios molhados. Deixe por 20 minutos sob o efeito de uma touca térmica ou toa-lha morna. Repita uma vez por semana.

Oleosos Ingredientes: ½ abacaxi, 1 colher (chá) de óleo de amendoim ou de soja. Modo de fazer: bata todos os ingredientes no liquidifi-cador. Indicação: uma vez por semana passe a mistu-ra sobre as mechas úmidas e deixe por 20 minutos.

Crespos Ingredientes: 1 manga (grande), 1 clara de ovo Modo de fazer: bata os ingredientes no liquidificador. Indicação: passe a máscara nos cabelos molhados e mantenha por 20 minutos. Faça duas vezes por semana.

Com química Ingredientes: erva-cidreira (capim santo) Modo de fazer: prepare um chá de infusão bem con-centrado (sem colocar açúcar). Indicação: duas vezes por semana, faça o chá de erva-cidreira e aplique na cabeça durante o banho, após lavar com o xampu.

Jacqueline A. de OliveiraNutricionista

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Spice Girlsensaiam volta

As Spice Girls ensaiam uma volta aos palcos. A cantora Mel B con-firmou por meio de seu Twitter, no dia 24 de setembro, que o grupo vai se reunir novamente, mas não deu muitos detalhes do novo projeto. Dois dias antes, uma das integrantes, Geri Halliwell, já havia informado em entrevista que o grupo estava conversando. Recentemente, as ex-Spice Girls, com exceção de Victoria Be-ckham, se reuniram durante um jantar em Londres. Além de Mel B, Geri e Victoria, o grupo conta com Emma Button e Melanie C.

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Ronaldo aumentaa proleRonaldo Fenômeno, 33 anos, recebeu no mês passado uma citação para responder a um processo de investigação de pa-ternidade, movido pela brasileira Michele, 27, que mora em Cinga-pura. Michele alega ter conhe-cido Ronaldo em Tóquio, em 2002, num bar onde ela traba-lhava, durante a Copa do Mun-do. Em agosto de 2004, os dois teriam se encontrado novamente, quando ela teria engravidado do atacante. O garoto, hoje com 4 anos, seria parecido com Ronald, 9 anos, filho que Ronaldo teve do primeiro casamento, com Milene Domingues. “Ele tem os cabe-los cacheados e os dentinhos separados. Até quem não sabe da historia fala ‘nossa, ele é fofo, e parece filho do Ronaldo’”, afir-mou a avó do menino. Além de Ronald, Ronaldo é pai de Maria Sophia, 9 meses. A mulher do craque, Bia Antony, está grávida de 5 meses.

Morre Patrick SwayzeO ator Patrick Swayze morreu no dia 14 de setem-bro, aos 57 anos, após uma batalha de quase dois anos contra um câncer no pâncreas. O astro de “Dirty Dancing” e “Ghost” continuou trabalhando enquanto se submetia a tratamento. Na época, Swayze se prepa-rava para começar a rodar episódios do seriado “The Beast”, em que fazia um veterano agente do FBI. A série teve relativo sucesso na primeira temporada, mas não emplacou a segunda. Durante o período em que se submeteu à quimioterapia, ele contou ao “The New York Times” como tentava superar a doença. “Como você faz para promover uma atitude positiva quando

todas as estatísticas dizem que já é um homem morto? Você vai trabalhar.”

Theron, a nova Mulher-Gato?A atriz sul-africana Charlize Theron, 34, pode en-carnar a volta da Mulher-Gato às telas do cinema no próximo filme do Batman. A sequência deve ser dirigida por Christopher Nolan, diretor de “Batman - O Cavaleiro das Trevas”, mas o filme só deve es-trear em 2011. “As últimas novidades sobre a se-quência são maravilhosas. Chris Nolan é um gênio. Seria idiota se não considerasse fazer o papel”, disse Charlize ao jornal britânico “Daily Express”. Megan Fox e Angelina Jolie já foram cotadas para

fazer a Mulher-Gato. Até Michelle Pfeiffer, que interpretou o personagem no filme de 1992, teria pedido ao diretor para voltar a fazer o papel. Charlize ganhou um Oscar em 2003 por seu papel em “Monster - Desejo Assassino”, no qual interpretou uma serial killer.

Katie Holmes em “Sex And The City 2”A atriz Katie Hol-mes, mulher de Tom Cruise, de-verá participar do novo filme da série “Sex And The

City”, informou o tabloide britânico “The Sun”. Holmes, que atualmente grava “Don’t Be Afraid Of The Dark”, é cotada para fazer o papel de uma mulher de negócios nova-iorquina na continua-ção do filme. Segundo o “The Sun”, “a personagem que o estúdio quer que ela interprete é corajosa, uma alta executiva de uma companhia que se envolve com a Samantha”. As gravações começaram no mês passado com algumas cenas rodadas em Nova York, com Sarah Jessica Parker, que interpreta a colunista Carrie Bradshaw, e Cynthia Nixon, a Miranda. O filme tem previsão de estreia no dia 28 de maio de 2010.

Cauã Reymond curte onda gayCauã Reymond, um dos queridinhos atores globais da nova geração, tem sido visto nas boates gays de São Paulo, segundo o jornal carioca “O Dia”. Às fãs mais afoitas, um aviso: o galã vai viver um homossexual no filme dirigido por Toni Ventura, que terá ainda Leandra Leal e Dira Paes no elenco. “Estive na The Week e na D-Edge no fim de semana”, confir-mou Cauã, na festa da grife Cavalera, em São Paulo, no final de setembro. “Quero me aprofundar no assunto e parecer o mais real possível, tanto na maneira de me portar quanto de me vestir e conversar”, disse Cauã sobre o novo desafio nas telas. Na televisão, ele já está escalado para a próxima novela de Sílvio de Abreu, “Passione”.

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FP processa Gisele Bündchen A agência de notícias France Presse está processando a modelo brasileira Gisele Bündchen e seu marido, Tom Brady, por “negligência e imprudência”. Na cerimônia de casamento deles, na Costa Rica, em abril, fotógrafos foram alvo de um disparo realizado por seguranças. Além da agência, os fotógrafos estão processando o casal e pedem US$ 1 milhão de indenização. Segundo o pro-cesso, o fotógrafo da FP, Yuri Cortez, e seu colega, Rolando Aviles, do jornal costa-riquenho “Al Dia”, tentavam fotografar a festa de casamento de Gisele de uma propriedade vizinha. Eles foram recriminados pelos seguranças do casal, que tentaram tomar as câmeras dos fotógrafos. Quando viram que um dos guarda-costas estava armado, eles tentaram fugir e um dos seguranças atirou. A bala quebrou o vidro traseiro do veículo e por pouco não acertou os jornalistas.

Fábio Assunção fala sobre vícioO ator Fábio Assunção, afastado da TV há 10 meses por causa da dependência em drogas , falou pela pri-meira vez sobre o problema no programa “Fantástico”, da Globo, no mês passado. De bigode, por causa das gravações de “Dalva e Herivelto”, microssérie sobre a vida de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins, Assun-ção disse que se considerava pronto para falar sobre o vício, mas não citou a palavra cocaína, que o levou a ser internado três vezes. Depois de falar sobre o drama vivivo nos últimos quatro anos, ele negou que se sinta curado. “De jeito nenhum. E não quero me sentir [cura-do]. Porque eu acho que esse lado da doença eu não posso fingir que não existe. Esse diabinho, eu não pos-so achar que ele não existe. Eu tenho que ter o respeito por ele. Mas estou encantado de como a recuperação é uma coisa genial.”

Ísis de Oliveira alfineta SimoneÍsis de Oliveira causou polêmica com a entrevista que deu para a revista “Joyce Pascowitch” em setembro. A irmã de Luma de Oliveira falou sobre seu casamento de sete anos com a cantora Simone e reivindicou o título de “personal stylist” da cantora. Se-

gundo Ísis, foi ela quem sugeriu o sutiã meia-taça (do LP de Simone em 89) e o cabelo molhado em “Sedução” (de 88). “Foi um engano”, disse Isis, sobre a união com a cantora, para depois alfinetar a ex-companheira. “Eu sabia que podia deixar aquela pessoa mais bonita e mais feminina.” A atriz também desmentiu os boatos de que seria sustentada pela irmã, Luma de Oliveira, ou pelo ex-cunhado, Eike Batista, e disse que pensa em fazer sua estreia no cinema em breve.

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Skye não é apenas a maior das quase mil ilhas que fazem parte da Escócia. Com cachoeiras, vales a perder de vista, arco-íris abundantes e paisagens inspiradoras, é sem duvida uma das

mais bonitas também. Com formato de borboleta e clima imprevisível, Skye tem atraído visitantes desde a chegada da linha de trem na vizinha Kyle of Lochalsh, em 1897. Em 1995, uma ponte foi construída, tor-nando o acesso à ilha ainda mais fácil. Desde o início de sua exploração turística, a Kilt Rock e a cadeia de montanhas Cuillin, cujo pico mais alto tem 992 me-tros, têm sido os pontos mais visitados. No entanto, talvez seja difícil saber qual a vista mais bonita, com tantos cenários estupendos em volta.

No extremo norte da ilha, que não tem mais que 80 quilômetros de ponta a ponta, o Skye Museum of Island Life é uma boa chance de saber mais sobre seus antigos habitantes. Atrás das casas de telhado

Uma ilha de inspiração: SkyeNo norte da Escócia, a pequena ilhota se destaca com

paisagens exuberantes e traços da cultura celta. Faça a mochila, trace o roteiro e boa viagem!

de palha que formam o museu, há o túmulo de Flora MacDonald, uma heroína local que teve papel impor-tante no movimento Jacobita do final do século XVII.

No entanto, para quem busca uma maneira mais animada de conhecer a cultura do lugar, nada melhor que um ‘céilidh’ (pron.“quêili”), sinônimo de encontro social, dança e diversão. Originalmente animado por uma banda com violino, acordeon e gaita de foles, no ‘céilidh’ todos dançam freneticamente em círculos e de mãos dadas, e sempre há bebida à vontade.

Mas quem espera ver os nativos saindo de casa com uma garrafa de uísque embaixo do braço, vai o aviso: A famosa “água da vida” (do gaélico ‘uisge beatha’) é a preferida apenas da geração mais velha (com uma gota de água e nunca com gelo). Para os mais jovens, a cerveja parece ser a favorita. ‘Céili-dhs’ normalmente acontecem em pubs, como o King Haakon Bar (www.castlemoil.co.uk), próximo a Skye

Portree, a pequena e simpática capital da ilha de Skye A Kilt Rock leva esse nome pela semelhança com o traje escocês

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Bridge. Mas não espere o inverno chegar. De novem-bro a março, muita lojas, hotéis, bares e restaurantes fecham as portas e a ilha parece entrar em estado de hibernação.

Traços da cultura celta A costa oeste da Escócia, especialmente a ilha

de Skye, atrai muitos artistas e artesões e, logo que se chega, fica fácil saber o motivo. Skye é um lugar de cenários dramáticos, baias entre penhascos íngremes e vilarejos aconchegantes. Os traços da cultura celta estão presentes desde as placas de trânsito bilíngues (inglês-gaélico) até os símbolos de linhas entrelaçadas, encontrados em estampas e objetos de prata.

Portree é a pequena capital onde, além dos mo-

tivos celtas nas roupas coloridas da Skye Batiks, você encontra outras oportunidades para comprar os produtos da ilha. A Soap Company tem sabone-tes e óleos essenciais feitos à mão e com produtos naturais. O destaque fica para o sabonete de uísque e a barra esfoliante de ‘heather’, arbusto que é muito comum na Escócia.

Há inúmeras galerias e ateliers espalhados pela ilha. Ate bóias de redes de pescar são transformadas em objetos de arte num distante vilarejo de pesca-dores. Em outro canto da ilha, no atelier Shilasdair, você pode ver Eva Lambert usando liquens e outros pigmentos naturais para tingir a lã, como faziam os antigos habitantes de Skye.

Texto e fotos: Giovana Zilli

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Onde ficarArdtreck CottageEssa pousada é para quem busca total isolamento

e tranquilidade, de frente para o mar, a 50 minutos da Skye Bridge. Quarto para duas pessoas e café da manhã por £60. (www.ardtreckcottage-skye.co.uk)

Flora MacDonald Hostel As diárias variam de £12, cama em quarto coletivo,

a £30 para duas pessoas. Além de cuidar do alber-gue, os MacDonald também criam pôneis Eriskay, que podem ser vistos nas redondezas do Armandale Pier. (www.skye-hostel.co.uk)

Bayfield Backpackers Localizado no centro de Portree, tem quartos

coletivos para 4 e 8 pessoas. Diárias a partir de £13. (www.skyehostel.co.uk)

The Hirsel on SkyePara quem pensa em viajar com um grupo de ami-

gos, o ideal é alugar uma das inúmeras casas dispo-níveis na ilha. The Hirsel on Skye fica na pacata vila de Ord, tem dois quartos onde podem ficar 5 pessoas, e

custa apenas £300 por semana na baixa temporada. (www.thehirsel-on-skye.com)

Como chegar: Avião: O aeroporto mais próximo fica em Inver-

ness, a 80 milhas da ponte que leva a Skye. A Easyjet (www.easyjet.com) tem voos diários, de London Luton e London Gatwick, a partir de £35 ida e volta. De Londres, a Easyjet também vai a Glasgow e Aberdeen, que ficam a 182 milhas de Skye. Já a Ryanair (www.ryanair.com) sai de London Stansted até Glasgow –Prestwick, a partir de £30.

Ônibus: A National Express (www.nationalex-press.com) sai de London Victoria e chega em Inverness depois de 12 horas e meia de viagem; passagem de ida e volta a partir de £50. O trajeto mais curto a partir de Inverness é em direção a Kyle of Lochalsh, vila mais próxima da ponte de Skye. Há ônibus e trens frequentes ligando os dois lugares. Para quem chegar via Glasgow, há ônibus diários até Portree (percurso de 7 horas), (www.carlberry.co.uk), mas se aconselha alugar um carro, pois fica muito mais fácil explorar a ilha.

O arco-íris, presença constante e marcante na rotina da Ilha de Skye As roupas e tecidos coloridos da Skye Batiks: tradição celta

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Mais informaçõeswww.skye.co.ukwww.isleofskye.comwww.walkhighlands.co.uk/skyewww.visitscotland.comwww.undiscoveredscotland.co.ukwww.shilasdair-yarns.co.ukwww.elgolartfloats.comwww.skyebatiks.comwww.skye-soap.co.ukwww.skyemuseum.co.uk

Trem: Virgin Train (www.virgintrains.co.uk) leva, em média, 4 horas e meia de London Euston até Glasgow, com bilhetes que vão de £70 a mais de £400. Em Glasgow, pega-se o trem até Mallaig (www.ojp.nationalrail.co.uk), com viagem de 5 horas e custo de £27 ida e volta. De lá sai a balsa até Skye (detalhes abaixo).

Barco: Ao invés de atravessar a ponte, outra maneira de chegar até Skye é através de barco, que sai da vila de Mallaig todos os dias. A travessia dura 5 minutos e custa £15 ida e volta para carro com até 4 pessoas (www.skyeferry.co.uk).

Fique sabendo: Haggis com batatas e uísque

A culinária escocesa é rica em carnes, mas muito limitada em sabores e temperos. Salmão e outros pei-xes são muito comuns e o bife de Aberdeen é famoso internacionalmente. Mas em termos de tradição, nada se compara ao haggis. Há muitas receitas de haggis, mas em todas elas os ingredientes básicos são cora-ção, fígado e pulmão de ovelha moídos e misturados com cebola, aveia, gordura e sal.

Depois, tudo isso é colocado dentro do próprio estômago da ovelha e cozido em água fervente por três horas. Hoje em dia, pode-se comprar haggis nos supermercados e o estômago de ovelha foi substituí-do pelo material usado em salsichas e salames, com instruções até mesmo para cozinhar no microondas.

Purê de batatas, nabo e uísque são os acompa-nhamentos. No entanto, esse prato é hoje quase que exclusivamente consumido na ceia de 25 de janeiro, dia do poeta nacional Robert Burns, que fez por mere-cer a homenagem. Entre outros poemas mais conhe-cidos, ele também escreveu a “Ode ao Haggis”.

Giovana Zilli

O Skye Museum of Island Life conta a história de antigos habitantes, como a heroína Flora McDonald

Com paisagens exuberantes, Skye é o local perfeito para relaxar da correria do dia-a-dia em Londres

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Revolte: pequeno, elegante e com muita

personalidade

Modelo é mais um exemplo da ousadia da Citroën no mercado automobilístico internacional

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Quando se fala em ‘concept car’ (carro-concei-to) logo vem à mente algumas coisas malu-cas, como aquelas criações dos grandes esti-listas nas ‘fashion weeks’ (semanas da moda),

que só servem para serem vistas, mas não para usar no nosso louco e corrido cotidiano.

Mas, quando tratamos de veículos, muitas vezes o tal do ‘concept car’ vira mesmo realidade. Tudo bem que, na grande maioria, não passa mesmo de uma invenção estilo “Professor Pardal”, mais para demons-trar que o departamento de design trabalha também com a realização de sonhos e não somente com a temível realidade.

O ‘concept car’ Revolte, da Citroën, é mais um exemplo de que a marca francesa dá provas de sua

ousadia. Compacto e dinâmico, o Revolte foge da vi-são tradicional atribuída aos carros pequenos. Ousado e chique, ele toma partido do luxo com um toque de impertinência, de tecnologia marcada pelo glamour e pelo dinamismo, cheio de vivacidade.

O Revolte se liga com o futuro escolhendo como modo de propulsão um sistema híbrido recarregável. Utilizado em modo elétrico, essa tecnologia assegura também agilidade ao ‘concept car’. Com suas di-mensões (3,68 m de comprimento, 1,73 m de largura e 1,35 m de altura), sua imagem foge aos códigos austeros e estritos do luxo tradicional.

Baixo, o ‘concept car’ parece decidido a livrar-se de todas as condições impostas pelo trânsito das grandes cidades. Impressão confirmada pelas proporções de sua

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silhueta. O perfil é marcado por pára-lamas que formam um conjunto único, um capô com linha abaulada e uma lateral esculpida para acompanhar o arredondado do teto. Suas portas traseiras com abertura inversa facilitam o acesso a bordo e revelam um espaço interno multicor.

Evolução e ousadia O Revolte, tal como o Hypnos o fez anteriormente,

inscreve-se numa vontade evidente de fazer evoluir os códigos tradicionais do luxo. Couro negro tramado, ve-ludo espesso em vermelho carmim, alumínio brilhante...

O modelo toma também partido da ousadia, apre-sentando um espaço interno composto de três luga-res (concebidos como em um ‘lounge’) e oferecendo volumes que, normalmente, se aproximam da mobília de uma casa. O espaço atribuído aos passageiros é composto com total integração entre os espaços dianteiro e traseiro.

A tela tátil a bordo do Revolte é envolvida num feixe de cristais de cor vermelho intenso, projetando literal-mente a tela tátil no espaço interno. Sua função não pára aí, pois eles têm também como vocação, tal como uma respiração, reciclar o ar a bordo do modelo.

Elegante e chique, o banco traseiro não é somente uma brilhante demonstração de estilo. Ele também esconde as baterias elétricas. Dissimulando de forma astuta este equipamento, o espaço interno, na sua íntegra, é esteticamente valorizado.

Por fora, o teto é coberto de células fotovoltaicas que permitem realizar as funções elétricas ligadas ao conforto a bordo, inclusive quando parado, economi-zando os preciosos recursos das baterias elétricas. Na frente, uma tampa de vidro abaulada destaca as linhas generosas da grade frontal.

Ecologicamente corretoO Revolte tem um motor térmico tradicional de

pequena cilindrada associado a um motor elétrico, ambos com a vantagem de acionar as rodas. E a capacidade de andar em modo ZEV (‘Zero Emission Vehicule’), isto é, totalmente elétrico e sem emissões, com a possibilidade de recarregar as baterias que alimentam o motor elétrico, garantindo o silêncio a bordo e um conforto de direção único.

Enfim, quando se trata de expressar uma ruptura com a imagem clássica de um carro pequeno, a Citroën toma o partido de fazê-lo de forma insolente. É por este motivo que toda a modernidade se expressa através

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de uma provocação estilística inspirada em um de seus mais ilustres avós: o 2CV. Verdadeiro ícone, quem melhor do que ele para encarnar a noção de carro pequeno?

Herege, o Citroën Revolte questiona o conjunto dos códigos do 2CV e vai radicalmente em sentido inverso aos valores que são à origem do mito. O 2CV era espar-tano e neutro, o Revolte é luxuoso e colorido. O 2CV era básico e simplista, o Revolte é inteligente e tecnológico. O 2CV era lento e apático, o Revolte é vivo e nervoso.

O Revolte é, desta forma, a expressão ativa da criatividade e do dinamismo da Citroën, uma marca que assume perfeitamente sua história sem deixar de perseguir o progresso.

Devaldo Gilini JúniorEditor do blog sportscarsnaweb.blogspot.com

e da RICTV-Record [email protected]

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Real Esporte Clube

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Brasil x InglaterraA Federação de Futebol da

Inglaterra (FA) anunciou no final de setembro um amistoso contra o Brasil para o dia 14 de novembro, no estádio Khalifa International, em Doha, no Qatar. Segundo Leonardo Vitorino, auxiliar técnico do Al Gharafa, um dos principais clubes do país do Oriente Médio, a Federação do Qatar e o Comitê Olímpico do país levaram o amis-toso para Doha com a intenção de promover a candidatura do país à Copa 2022. O último jogo entre as seleções, em junho de 2007, terminou empatado em 1 a 1, no Estádio de Wembley, em Londres. Segundo a CBF, Brasil e Inglaterra já se enfrentaram 22 vezes, com 10 triunfos canarinhos, nove empa-tes e apenas três derrotas.

Felipão coma burra cheia

Segundo o jornal espanhol “Sport”, Luiz Felipe Scolari, que comanda o Bunyodkor, time do Uzbequistão, é o técnico mais bem pago do mundo. De acordo com o periódico, Scolari rece-be anualmente 16,6 milhões de euros somados os salários de seu atual clube e do Chelsea, time que demitiu o treinador no início deste ano, mas que ainda lhe pagará um salário de 8 milhões de euros até o meio de 2010. O segundo treinador mais bem pago do mun-do, de acordo com o “Sport”, é o português José Mourinho, da Inter

de Milão, que recebe 11 milhões de euros anuais do time italiano. O terceiro é o técnico da seleção inglesa, o italiano Fábio Capello, que recebe 8,8 milhões de euros por ano.

Timão sonhacom Gaúcho

O Corinthians sonha com a contratação de Ronaldinho Gaú-cho para a disputa da Taça Liberta-dores da América 2010. De acordo com informação da coluna Painel

FC, da “Folha de São Paulo”, o presidente corintiano, Andres San-chez, diz acreditar que Ronaldinho, que vive má fase no clube italia-no, pode se recuperar no Brasil e que, se o atleta aceitar voltar ao país, ele arrumará dinheiro para viabilizar a contratação. O irmão e empresário do jogador, Roberto de Assis, disse que apesar de estar na reserva do time italiano e receben-do críticas por seu desempenho, Ronaldinho não pensa em voltar ao Brasil e vai cumprir o seu contrato com o Milan.

Marta reforça o Santos

Marta, eleita melhor joga-dora do mundo por três vezes (2006/2007/2008), foi contratada pelo Santos. “Quero conquistar a Libertadores, a Copa do Brasil e colher os frutos ajudando o futebol feminino brasileiro”, disse Marta. Jogadora do Los Angeles Sol, Mar-ta fechou um contrato de emprés-timo por três meses com o Santos para disputar duas competições:

Zico troca Rússia pela Grécia

Depois de ser demitido no mês passado do comando do CSKA, da Rússia, o técnico Zico ficou poucas semanas desempregado. Assinou contrato com o Olympia-cos, da Grécia. Contratado em janeiro de 2009 pelo CSKA, Zico conquistou a Copa da Rússia e a Supercopa Russa, mas estava desgastado com a direção do clube, que vinha fazendo uma campanha ruim no Campeonato Russo. Para Dudu Cearense, a chegada de Zico vai aumentar a visibilidade do clube grego. “O Zico é um grande ídolo do futebol brasileiro e os clubes em que ele trabalha são sempre destacados pela imprensa. Acredito que isso vai acontecer também na Grécia e os jogadores que atuam aqui serão beneficiados.”

América, campeão da Série C

O América Mineiro conquistou o título da Série C do Campeonato Brasileiro ao derrotar o ASA, de Arapicara-AL, por 1 a 0, no dia 19 de setembro, no Estádio Inde-pendência, em Belo Horizonte. As duas equipes asseguraram vaga na segunda divisão do Campeona-to Nacional 2010, juntamente com o Icasa, do Ceará, e o Guaratin-guetá, de São Paulo. A diretoria do América, ausente da Série B desde 2004, já tem planos ambiciosos para o futuro do clube, projetando a volta à Série A do Brasileiro na temporada 2012, quando o time vai completar o centenário. Ga-rantiram vaga na Série C 2010: Alecrim-RN, Chapecoense-SC, Macaé-RJ e São Raimundo-PA.

a primeira edição da Libertadores, de 3 a 18 de outubro; e a Copa do Brasil, de 15 de setembro a 15 de dezembro. Sobre usar a mesma camisa que foi de Pelé, a craque brincou: “Acho que a dele era um pouquinho maior, não? Mas é uma honra vesti-la e espero fazer o mesmo sucesso que o Pelé fez.”

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GP Brasil pode definir título na F-1Jenson Button está com a mão na taça, mas Rubens Barrichello e

Sebastian Vettel ainda têm chances

O Grande Prêmio do Brasil, no dia 18 de outubro, em Interlagos, pode definir pelo quinto ano consecu-

tivo o título do Mundial de F-1. O inglês Jenson Button, 85 pontos, precisa apenas de um terceiro lugar para ser campeão, indepen-dente dos resultados de Rubens Barrichello (71) e de Sebastian Vettel (69). Button pode, ainda, apenas chegar na frente deles, se dando ao luxo de marcar quatro pontos a menos que o brasileiro e seis que o alemão, que mesmo assim levanta a taça.

A confortável situação do inglês se deve aos resultados do GP do Japão, no dia 4 de outubro. A

O Conselho da Federação Internacional de Automobi-lismo (FIA) baniu o italiano Flavio Briatore do auto-

mobilismo pela armação no GP de Cingapura de 2008, quando o brasileiro Nelsinho Piquet causou um acidente deliberadamente para paralisar a prova e beneficiar o seu companheiro de equipe, Fernando Alonso. A Renault recebeu uma suspensão de dois anos, mas não cumprirá a punição, a não ser que cometa outra infração grave. O engenheiro Pat Symonds foi suspenso por cinco anos, Alonso foi inocentado e Piquet escapou de uma punição por ter colabora-do com as investigações, mas seu futuro na categoria é incerto.

A equipe Renault admitiu que conspirou para causar um aci-dente no GP de Cingapura, para que o safety car entrasse na

prova foi vencida por Sebastian Vettel, da RBR, mas Barrichello, companheiro de Button na Brawn GP, chegou apenas uma posição à frente do rival, em sétimo, e redu-ziu a vantagem do inglês para 14 pontos, com apenas duas corridas para o fim do campeonato.

Barrichello, por sua vez, man-terá o campeonato vivo para o GP dos Emirados Árabes, em Abu Dhabi, no dia 1º de novembro, se vencer e Button chegar abaixo da quarta posição em Interlagos. Ele chegaria a 81 pontos, contra 100 do inglês. A desvantagem fica-ria em 9 pontos com 10 a serem disputados em Abu Dhabi. “É uma corrida em casa. Espero vencer

e manter minhas chances de ser campeão”, disse, em entrevista à BBC Sport.

Apesar de estar a 16 pontos de Button, Vettel não se dá por ven-cido. E lembra do caso de Lewis Hamilton, que liderava o Mundial 2007 por 17 pontos a duas provas do fim para alimentar suas espe-ranças. “Kimi (Raikkonen) estava muito atrás a duas corridas do fim. Todo mundo dizia a Lewis que não haveria problema, em um dos carros mais competitivos, conse-guir alguns pontos. Mas algumas vezes as coisas não correm do jeito que você quer. Tudo é possí-vel”, disse o alemão após vencer o GP do Japão.

Armação arranha carreira de PiquetPiloto escapou de punição da FIA, mas seu futuro na categoria é incerto

pista. Alonso, que era candidato à pole antes dos problemas na bomba de combustível no treino classificatório, largou em 15º com uma pequena carga de gasolina no tanque. Como tinha feito seu primeiro pit stop muito cedo, antes do acidente, se beneficiou com a armação e venceu a prova.

Em entrevista ao “Fantás-tico”, Nelsinho falou sobre a armação.“Na verdade, o maior pu-nido fui eu. Tudo bem, o Flávio foi banido, o Pat teve uma punição de cinco anos... Minha carreira aca-bou, foi bastante prejudicada. Foi um grande erro. Eles me pegaram num momento fraco. Foi uma coisa que eu errei. E que foi mais um motivo de eu apresentar para não acontecer com mais ninguém. E limpar essa história logo para isso não ficar guardado em mim para o resto da vida.”

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A origem das palavras cruzadasA brincadeira que inspi-rou um dos passatempos mais populares de nossos tempos data do século IV a.C. Nos laterculus, como o jogo era conhecido, os antigos romanos tinham de formar palavras cruzando-as de maneiras que consti-tuíssem palíndromos - isto é, podiam ser lidas tanto na vertical quanto na ho-rizontal, ou de frente para trás e vice-versa. “As ins-crições mais antigas desse jogo foram encontradas nas ruínas de Pompéia, a cidade italiana destruída no ano 79 pela erupção do Vesúvio”, afirma o designer de jogos Luiz Dal Monte Neto. Nos moldes atuais, porém, as palavras cru-zadas apareceram pela primeira vez no jornal New York World, em 22 de de-zembro de 1913. O inglês Arthur Wynne, responsável pela seção “Diversão” do jornal, recebeu a incum-bência de inventar um jogo especialmente para a edição dominical.Wynne baseou-se em um passatempo que conhe-cera quando criança e que tinha regras semelhantes às dos laterculus romanos. Mas, em vez de fornecer as palavras que deveriam ser cruzadas, Wynne resolveu dar apenas dicas e criou um diagrama na forma de um losango. Uma década depois, a criação de Wynne já estava em jornais europeus, além de em todo o continente americano.

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