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OUTUBRO DE 2009 ANO XXI Nº 881 SEG 5 TER 6 QUA 7 QUI 8 SEX 9 SÁB 10 DOM 11 sintufrj.org.br [email protected] Carreira em risco Técnicos-administrativos em educação de todas as Ifes se preparam para o Dia Nacional de Luta em defesa da carreira: 21 de outubro. P ÁGINA 3 Segunda-feira, 19, às 10h, no hall da Reitoria, tem assembleia geral de organização da mobilização da UFRJ Especial Aposentados. PÁGINAS 4 E 5

OUTUBRO DE 2009 ANO XXI Nº 881 SEG 5 ... - sintufrj.org.br · comemoração segue no dia 9, com uma ... São Francisco de Assis nasceu em 1181. ... realiza nos dias 8 e 9 de outubro

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OUTUBRO DE 2009 ANO XXI Nº 881 SEG 5 TER 6 QUA 7 QUI 8 SEX 9 SÁB 10 DOM 11 sintufrj.org.br [email protected]

Carreira em risco

Técnicos-administrativos em educação de todasas Ifes se preparam para o Dia Nacional de Lutaem defesa da carreira: 21 de outubro. PÁGINA 3

Segunda-feira, 19, às 10h, no hall da Reitoria,tem assembleia geral de organização

da mobilização da UFRJ

Especial Aposentados. PÁGINAS 4 E 5

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2 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 881 - 5 a 11 de outubro de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

JORNAL DO SINDICATODOS TRABALHADORESEM EDUCAÇÃO DA UFRJ

Coordenação de Comunicação Sindical: Ednea Martins, Jeferson Salazar e Nivaldo Holmes / Conselho Editorial: Coordenação Geral e Coordenação de Comunicação/ Edição: Ana de Angelis / Reportagem: Ana de Angelis, E. A. C. e Regina Rocha / Secretária: Katia Barbieri / Projeto Gráfico: Luís Fernando Couto / Diagramação:Luís Fernando Couto e Jamil Malafaia / Ilustração: André Amaral / Fotografia: Cícero Rabello / Revisão: Roberto Azul / Tiragem: 11 mil exemplares / As matériasnão assinadas deste jornal são de responsabilidade da Coordenação de Comunicação Sindical / Correspondência: aos cuidados da Coordenação de Comunicação.Fax: 21 2260-9343. Tels.: 2560-8615/2590-7209, ramais 214 e 215.

Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJCx Postal 68030 - Cep 21941-598 - CNPJ:42126300/0001-61

DOIS PONTOS

As belas notas de Jesus Alegria dosHomens, de Bach, ao som do violino deAndré Cippola foram suavemente toman-do conta da capelinha do Hospital-EscolaSão Francisco de Assis, na Praça XI, singe-lamente decorada, para dar início à missa,na manhã de sexta-feira, 2 de outubro,realizada em comemoração ao dia do pa-droeiro da unidade (4 de outubro), com apresença de funcionários e pacientes dosprogramas mantidos pelo Hesfa.

Estiveram na cerimônia os coordena-dores do SINTUFRJ Francisco de Assis (Ge-ral), Carmen Lúcia Mendes (Políticas So-ciais) e Marylena Salazar (Aposentados).

Os cânticos exortavam a solidariedade:“mesmo que digam os homens: ‘tu nadapodes’, lutas por um mundo novo de uni-dade e paz”. A homilia convidou todos aviverem como as crianças: de modo sim-ples, dispostos, confiantes, sem arrogância,com bondade. E no momento da prece, amaioria pediu pelos doentes do Hesfa, masum se destacou: “Agradeço pela nossa en-trada no Hospital São Francisco de Assis,que este permaneça sempre em atividadepara atender a população e as pessoas ca-rentes com todo carinho e atenção”, disseMarilene dos Santos Cunha, auxiliar deenfermagem do setor de Coleta.

Marilene chegou ao Hesfa em fevereirode 1988, com a reativação da unidade devi-do ao estado de calamidade pública do Riode Janeiro, em consequência das enchen-tes. Ela se considera fundadora do hospitale aponta como companheiros de “funda-ção” dona Iara, Cecília, Celso, entre tantosoutros. Ao seu lado, três pacientes e entusi-astas do Programa de Atenção à PessoaIdosa (Paip): Dona Joana dos Santos, 79anos, Judith de Jesus, 76, e Jurea Martinez,78.

Ao fim da celebração, atores do Musi-cal São Francisco de Assis entoaram a can-ção da Oração de São Francisco acompa-nhados pelo público e fizeram uma breveencenação.

Dia 9 tem mais – Dia 9 tem mais – Dia 9 tem mais – Dia 9 tem mais – Dia 9 tem mais – A vice-diretora ediretora em exercício do Hesfa, Maria Ca-tarina Salvador da Motta, anunciou que a

Hesfa homenageiaSão Francisco de Assis

comemoração segue no dia 9, com umapalestra de Ciro Barcelos, que dirige o Mu-sical Francisco de Assis, sobre a trilogia SãoFrancisco, Santo Antônio e São Benedito.

A sindicalista Marylena Salazar lem-brou que Barcelos tornou-se seguidor deSão Francisco ao levar o musical – queesteve por 12 anos em cartaz no Brasil – àcidade de Assis a convite da Secretaria deCultura da Itália. Os artistas venderam CDsdo musical, cujo dinheiro será destinadopara o projeto Toca de Assis, que ajuda ospobres e a população de rua.

Pedido da diretoraPedido da diretoraPedido da diretoraPedido da diretoraPedido da diretora“Pediria a São Francisco que interce-

desse pelo Hospital trazendo paz e harmo-nia para que possamos atender a popula-ção na potencialidade que nossos profissio-nais têm”, disse a diretora em exercícioMaria Catarina.“Eu pediria a São Francis-co a abertura da internação. O atendimen-to é ótimo, mas precisamos de leitos deinternação para socorrer os necessitados”,falou Jurea Martinez, que há mais de 16anos é assistida pelo Paip, que considera“um programa 100%”.

A coordenadora sindical Carmen Lú-cia, também do grupo que começou a tra-balhar em 1988 no Hesfa, também fez pe-dido ao padroeiro: “Pediria a intervençãodele para o Hesfa continuar seu trabalhocom muita fé, com afinco e dedicação detodos e que os governantes olhem pelo hos-pital para a reestruturação necessária e va-lorização do trabalho feito em atendimen-to à população.”

HistóriaHistóriaHistóriaHistóriaHistóriaEm 1870 foi construído o conjunto ar-

quitetônico que em 1922 transformou-se noHospital Geral de Assistência. Em 1946 foiincorporado à UFRJ e tombado em 1983. Acapelinha foi restaurada em 2005.

São Francisco de Assis nasceu em 1181.Era filho de uma família da burguesia emer-gente da cidade de Assis, na Itália. Em 1206renunciou a todos os bens materiais, vestiu-secomo eremita e começou a restaurar a Capelade São Damião e a cuidar dos leprosos.

DONA JUREA, JOANA, MARILENA E JUDITH rezam pelo Hospital

Foto: Cícero Rabello

AgendaAgendaAgendaAgendaAgenda REUNIÃO DOS DELEGADOSREUNIÃO DOS DELEGADOSREUNIÃO DOS DELEGADOSREUNIÃO DOS DELEGADOSREUNIÃO DOS DELEGADOS sindi-

cais dos aposentados, na quarta-feira, dia7 de outubro, às 10h, na subsede sindicalno HU.

GT-SAÚDEGT-SAÚDEGT-SAÚDEGT-SAÚDEGT-SAÚDE se reúne no dia 13 de outu-bro, às 14h, na subsede sindical no HUpara discutir a organização de seminário.

GT-EDUCAÇÃOGT-EDUCAÇÃOGT-EDUCAÇÃOGT-EDUCAÇÃOGT-EDUCAÇÃO faz reunião nestaterça-feira, dia 6 de outubro, às 14h, nasubsede sindical no HU.

AmaVila reivindica suainclusão no Plano Diretor

Semana Surreal noAlojamento da UFRJ

Começa hoje, dia 5 de outubro, e termi-na na sexta-feira, 9, a Semana Surreal noAlojamento da UFRJ, na Cidade Universitá-ria. As atividades: exposição literária e dearte plásticas, exibição de filmes, apresenta-ção de peças teatrais, música, intervençõesartísticas diversas (performances, declama-ções, pinturas ao vivo, caricaturas, dançaetc.), entre outros eventos surpresas ocorrerãotodos os dias da semana, das 8h às 22h.Todos os estudantes da universidade estãoconvidados a participar. Mais informaçõespelo site [email protected]. A festaCultural Surreal de encerramento da Sema-na promete.

Moram no Alojamento mais de 500 es-tudantes, que dividem sua rotina entre estu-dos e estágios, mas carecem de atividadesextras que possibilitem, além do entreteni-mento, interação com as artes e outras ma-nifestações culturais.

Curso de História naUFRJ: 70 anos

O Instituto de Filosofia e Ciências So-ciais (IFCS) inaugurou dia 1º de outubroexposição comemorativa dos 70 anos de cri-ação do curso de História. O evento prossegueaté o fim do mês, das 8h às 20h, no 2º andardo prédio. O IFCS fica no Largo de São Fran-cisco de Paula nº 1- Centro do Rio de Janeiro.

Encontro no CCSO Centro de Ciências da Saúde (CCS)

realiza nos dias 8 e 9 de outubro o IV Encon-tro de Extensão sobre Saúde e Educação paraa Cidadania, no auditório do Quinhentão,na Cidade Universitária. Inscrições e infor-mações: www.ccs.ufrj.br/encontroexten-sao2009 ou pelo telefone (21) 2562-6704.

XXXI Jornada MassaraniOs técnicos-administrativos estão convida-

dos para participar da XXXI Jornada GiulioMassarani de Iniciação Científica, Artística eCultural e do 6° Congresso de Extensão daUFRJ, de 5 a 9 de outubro. A cerimônia deabertura será às 15h, no Centro Cultural Horá-cio Macedo (CCMN), na Cidade Universitária.

A Associação de Moradores e Amigos daVila Residencial da UFRJ (AmaVila) entre-gou ao Comitê Técnico do Plano DiretorUFRJ 2020, para ser submetido ao ConselhoUniversitário na quinta-feira, dia 8 de outu-bro, documento reivindicando a inclusão dacomunidade no PD, acompanhado de pro-postas.

O presidente do Conselho da AmaVila,Marcello Cantizano, afirma que as propos-

tas encaminhadas justificam-se “em fun-ção do abandono da comunidade pelo poderpúblico ao longo de todas essas décadas e daausência da universidade, que simplesmen-te fechou os olhos para a Vila, cujo passivosocial é enorme”. Segundo o líder comuni-tário e funcionários da UFRJ, “a populaçãodeseja ver a Vila contemplada para possamafirmar que o PDUFRJ 2020, além de parti-cipativo, foi inclusivo.”

Foto: Cícero Rabello

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É LUTA!

A coordenaçãosindical do SINTU-FRJ conclama a ca-tegoria a engros-sar a luta dos téc-nicos-administrati-vos em educaçãode todas as univer-

Dia Nacional de Luta

21 de outubrosidades federaisdo país em defesada carreira. A ca-tegoria vai pararnesse dia por:

Cumprimentodo termo de acor-do de 2007: racio-

nalização, anexo IVe benefícios; emdefesa do PCCTAE(Lei n° 11.091); re-cuperação do stepconstante; pelo re-torno da ascensãofuncional; reposi-

cionamento dosaposentados; res-tabelecimento dostrabalhos da Co-missão Nacionalde Supervisão daCarreira (CNSC);realização de con-

curso público já;autonomia comdemocracia nasuniversidades; emdefesa dos HUs eliberação sindicalpara mandato clas-sista.

A agenda de mobilização da categoria inclui: Participação na assembleia geral às 10h, no dia 19, no

hall da Reitoria.

Palestra da Divisão de Legislação dia 20, às 10h, nasubsede sindical no HU, sobre “Como se aposentar no diade hoje”.

Reunião dos aposentados e palestra sobre o pré-sal, dia21, às 10h, na subsede sindical no HU.

Palestra sobre assédio moral, dia 22, às 10h, na subsedesindical no HU.

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Veja a programação do Encontro EstadualDia 14/10

Às 8h: Credenciamento e mesa de abertura.Às 9h: Abertura.

Às 9h30: Palestra “Os aposentados e a conjuntura política nopaís”, com o ex-deputado e ex-diretor da Fasubra, Babá.

Às 14h30: Palestra “Projeto Universidade Aberta da TerceiraIdade (Unati-Uerj)”,com a professora Sandra Rabello.

Dia 15/10

Às 9h: Palestra “Carreira e aposentadoria”, com VâniaGonçalves,da Comissão Nacional de Supervisão (CNS), e Vera Miranda,ex-diretora da Fasubra.

Às 14h30: Palestra “As leis da aposentadoria eaposentadoria especial”,com o juiz Fábio Souza e Silva.

Às 16h: Encerramento.

ESPECIAL APOSENTADOS

Encontro Estadual dos Aposentados das Ifes

Este encontro vai discutir questões importan-tes para a vida dos servidores aposentados das Ifes.Como neste momento se fala muito em reposicio-namento na carreira, os servidores devem procu-rar estar bem informados para não correr riscosde perder direitos conquistados em anos de traba-lho na instituição.

O evento também será preparatório para oEncontro Nacional de Aposentados que a Fasubrarealizará de 4 a 6 de novembro. Portanto, a parti-cipação do maior número possível de trabalhado-res aposentados é fundamental para a organiza-ção de movimentos futuros por manutenção eampliação das atuais conquistas.

No Rio de Janeiro, o encontro reunirá os com-panheiros da UFRJ, UFF, Rural e Unirio. As inscri-ções devem ser feitas até o dia 8 de outubro pelotelefone (21) 3866-6939 (secretaria da subsedesindical no HU). Mais informações com Marylena

Dias 14 e 15 de outubro, na Unirio (salão Vera Janacopoulos). Inscrição até o dia 8 de outubro

Planejar para ter qualidade de vidaA terapeuta holística Ivanilce Marques de Souza, que trabalha

com medicina alternativa, fechou a reunião dos aposentadosnesse dia. Ela utilizou teorias da Lei de Atração para dar dicas quepotencializam as pessoas a concretizar suas metas.

Numa folha em branco de papel, os presentes desenharamum círculo e o dividiu como se fosse uma pizza. Cada pedaçorepresentava um setor da vida. A partir desse exercício, aterapeuta ensinou como planejar os momentos e não apenasesperar que Deus resolva todos os problemas.

“Planejar com emoção o nosso cotidiano é o mesmo quepensar: estou plantando uma sementinha na terra e cuidar delaé necessário para que floresça. Ao acordarmos, temos que pensarem coisas boas. A vida melhora desde que se planeja comemoção”, aconselhou.

Outra dica de Ivanilce foi encher uma caixa com coisas quenos fazem bem, como fotos de lugares e pessoas, uma lembran-ça agradável. “Essa seria a nossa ‘caixa do bom-dia’ para serconsultada e os objetos manipulados todas as manhãs.”

Criar o “diário de vitórias” foi outra sugestão. Consiste em seresumir em uma única frase anotada num papel o que nosocorreu naquele dia, durante 21 dias. À noite, a pessoa deve revera caixa do bom-dia e o diário de vitórias, para que a sensação deplenitude permaneça durante o sono.

“A gente nasceu para ser luz, o reflexo de Deus. A gente temque conduzir a própria vida; deixar de ser passivo para ser agenteda situação. Planejar dá trabalho, mas é fundamental para sealcançar metas”, disse Ivanilce, encerrando sua exposição comuma dica prática: “Se queremos melhorar financeiramente,devemos guardar 10% do que se ganha, haja o que houver. Fazerum ninho de dinheiro, porque dinheiro atrai dinheiro. Comprara vista tudo o que for possível, por exemplo. O planejamento setraduz em felicidade para a nossa vida.”

DepoimentoA aposentada Noemia Guimarães, 87 anos, gostou do

que ouviu sobre o futuro da UFRJ e, menos cética que amaioria, disse que a utopia sempre embalou as lutas dostrabalhadores da universidade por mudanças. Ela citoucomo exemplo a Creche da UFRJ, um sonho de 26 anosatrás e que se tornou realidade hoje. “Temos que traba-lhar pelo amanhã e não pensando apenas no momentoatual.”

Salazar (21) 7827-4318 e Arnaldo Bandeira(21) 7827-2835.

Atuação do SINTUFRJAtuação do SINTUFRJAtuação do SINTUFRJAtuação do SINTUFRJAtuação do SINTUFRJ - A Coordenação deAposentados do Sindicato tem sido autora devárias ações de interesse da categoria. Umadelas é pela aprovação da PEC 270/2008, quemodifica a PEC 441e garante ao servidor pú-blico aposentadoria integral em caso de inva-lidez. Correspondências foram enviadas a par-lamentares no Congresso Nacional e feitos con-tatos pessoalmente.

A coordenadora Marylena Salazar apro-veitou suas idas a Brasília em atividades naFasubra para visitar gabinetes de deputados esenadores na busca de apoio para a aprova-ção da PEC. O esforço da sindicalista tem ren-dido frutos: o SINTUFRJ tem recebido corres-pondências dos parlamentares confirmandoque apoiarão a reivindicação.

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Plano Diretor é discutidocom os aposentados

ESPECIAL APOSENTADOS

A convite da direção do SINTU-FRJ, o coordenador do Plano Dire-tor UFRJ 2020, Pablo Benneti, apre-sentou e debateu com os aposenta-dos, na reunião do mês de setem-bro, na subsede sindical no HU, odesenho da futura Cidade Univer-sitária, com suas habitações e no-vos meios de transportes.

“Uma Cidade Universitáriaambientalmente correta, conec-tada ao Rio de Janeiro, integradainternamente, local ideal de for-mação, renovação e de inclusão,”na definição do professor Pablo.Nesta quinta-feira, dia 8, a ver-são final do projeto será levadaao Conselho Universitário.

Somente a parte do Plano Di-retor sobre habitação e transpor-te foi apresentada e discutida comos aposentados na reunião. Emoutra oportunidade, também poriniciativa do SINTUFRJ, todo oprojeto foi exposto à categoria.Há pelo menos um ano o PlanoDiretor vem sendo debatido com

a comunidade universitária esegmentos da sociedade, em au-diências públicas e oficinas.

TransporteTransporteTransporteTransporteTransporteSegundo Pablo, acessibilida-

de e mobilidade são os objetivoscentrais de uma nova política detransporte para a Ilha do Fun-dão, mas privilegiando o trans-porte de massa sobre trilhos e hi-droviário. A ideia é até 2012 estarconcluído e funcionando o Ter-minal de Integração Rodoviário;o viaduto ligando a Linha Ver-melha ao Centro do Rio de Ja-neiro, com saída após o entron-camento com a Linha Amarela,o que deverá contribuir para de-safogar o trânsito; o Mega-Lev fa-zendo o trecho CT-CCS em ativi-dade e prontos as ciclovias e par-que de bicicletas.

O acesso por transporte pú-blico deverá ser complementa-do por linhas hidroviárias ligan-do a UFRJ à Universidade Fede-

ral Fluminense: Gragoatá, Pra-ça XV e Praia Vermelha. A circu-lação interna no campus seriafeita, a curta e média distância,por meio de caminhada, e bici-cletas e por coletivos.

HabitaçãoHabitaçãoHabitaçãoHabitaçãoHabitaçãoO projeto prevê a criação dos

Centros de Convergência, que fun-cionarão com bairros universitári-os. “Compartilhar tudo é o ideal:como bibliotecas, salas de aulas,comércio, restaurantes, residên-cias,” explicou Pablo. Segundo oprofessor, o principal alvo dessapolítica traçada pelo Plano Dire-tor são os estudantes, mas a novaCidade Universitária oferecerámoradias para quem quiser viverno campus, professores e técni-cos-administrativos. “A políticahabitacional que não deu certo éa da desagregação, de separar todomundo,” disse, acrescentandoque a UFRJ precisa de dados con-cretos de demandas para mora-

dias para encaminhar o Progra-ma Nacional de Habitação Uni-versitária e obter recursos paraconcretizá-lo.

Pablo orientou o Sindicatoa fazer pesquisa sobre a deman-da real de ocupação na Casa doAposentado, que vem a ser umprojeto apresentado pela enti-dade. Mas afirmou que tem dú-vidas em relação se é ou nãoconveniente o servidor aposen-tado morar em local segregado.Também informou que a uni-versidade não pode dar garantiade casa própria e que as habita-ções oferecidas aos trabalhado-res da instituição seriam aluga-das, porém a um custo que nãocomprometeria a renda famili-ar. Outra questão que levantoufoi em relação à permanênciados familiares na habitaçãouniversitária com a morte dotitular: “Essas são questões quetêm que ser bem pensadas antesde vendermos a ideia.”

Vila ResidencialVila ResidencialVila ResidencialVila ResidencialVila ResidencialA não inclusão da Vila Resi-

dencial e do Parque Tecnológicono projeto de integração de trans-portes foi um dos questionamen-tos dos aposentados presentes àreunião. Segundo Pablo, na novaconfiguração da UFRJ, a Vila pas-sa a ser um bairro autônomo doRio de Janeiro, uma área coletivae pública, e sua interseção com acomunidade universitária depen-derá muito dos moradores. Masele acredita que o formato exis-tente hoje se consolidará aindamais, que é a Vila como grandefornecedora de mão de obra paraas empresas situadas no campus.

Porém, embora essas empresassejam muito bem-vindas, disse queno conceito do Plano Diretor devehaver um limite para a ampliaçãodos espaços universitários ao parquetecnológico. “Entendemos que asempresas que ocupam parte da ilhatêm que trazer retorno para a univer-sidade, mas não apenas financeiro.”

VISÃO de uma parte da Cidade Universitária do futuro

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FALA COMUNIDADE!

A comida é boa ou não? Écaro ou barato? A espera na fila élonga? As opiniões sobre o Res-taurante Universitário da UFRJ,na Cidade Universitária, diver-gem. Mas críticas à parte, o servi-ço veio para ficar e se expandir,pois faz parte de uma políticaessencialmente de assistência es-tudantil, que atende tambémfuncionários e docentes.

“Por que o restaurante popu-lar serve comida por R$1,00 e osfuncionários da universidade pa-gam R$ 6,00, enquanto os alu-nos R$ 2,00 no Restaurante Uni-versitário?”, pergunta ItamarRosa, almoxarife da Farmácia,há 25 anos funcionário da UFRJ.“É razoável a qualidade. Mas oPopular de Bonsucesso a R$ 1,00está bem melhor”, compara.

“O governo do Estado bota ali-mento bom e barato: café da ma-nhã a R$ 0,35 e o almoço a R$1,00para todo mundo. Tem funcioná-rio da UFRJ que vai a Bonsucessocomer”, insiste o servidor.

“Os valores não são arbitrá-rios”, diz o chefe de Gabinete daReitoria, João Eduardo, expli-cando que houve um cálculoatuarial na relação de custos coma empresa contratada para for-necer a comida através de licita-ção. Além disso, os custos são ate-nuados com subsídios dentro doque pode suportar o orçamentoda UFRJ, completa.

“A rigor, nesta primeira fase(de implantação) o restauranteé mais destinado à alimentaçãoestudantil”, afirma João Eduar-do, comentando que a frequên-cia de servidores e docentes foidecorrência natural, até porquenão houve uma demanda explo-siva dos estudantes.

Por outro lado, ele explica,os servidores têm vale-alimenta-ção. “Na verdade, o restaurante é

Restaurante Universitário na berlindaum eixo de política de assistên-cia estudantil para garantir a per-manência do estudante na uni-versidade”, disse, acrescentandoque à medida que se construamrestaurantes satélites e que a basede produção seja o restaurantecentral, vai mudar a relação decusto de forma que favoreça opreço.

“É satisfatório, sim. É a pri-meira vez que venho, e achei bemlegal. Tem salada, carne acebo-lada e inhame, suco e uma fru-ta. Está bom. Mas acho que opreço poderia ser um pouco me-nor para funcionário”, opinouJúlio César, engenheiro do ETU.

Comissão discutiu valorComissão discutiu valorComissão discutiu valorComissão discutiu valorComissão discutiu valorNádia Pereira de Carvalho,

diretora do Sistema de Alimen-tação da UFRJ, explica que a Co-missão de Implantação do Siste-ma de Alimentação, nomeadapelo reitor, fez a proposta de queo valor para servidores fosse deR$ 4,00. Mas foram informadosde que os funcionários recebem

auxílio-alimentação e que o va-lor era de cerca de R$ 6,00 e quenão poderiam cobrar um valormenor, porque caracterizaria du-plo benefício.

Nádia é fiscal do contrato e re-lata o grau de exigência feito pelaUFRJ, que envolve desde a descri-ção dos descartáveis, do materialde limpeza, treinamento de pes-soal, gêneros alimentícios, o que, aseu ver, poderia encarecer o serviço.

“Hoje o custo para a universi-dade é de R$ 6,29. A UFRJ completao valor para estudantes e servidores,que são cerca de 5% dos usuários.”Fora o fato de que não há nenhu-ma rubrica especial no orçamentoque a universidade recebe prevendoo benefício.

Fila longaFila longaFila longaFila longaFila longa“Acho bom. Só não gosto

muito da fila. A gente semprechega atrasada na aula. A comi-da é boa e o preço também ébom. Conheço lugares em que arefeição custa R$ 0,70 e a comi-da é horrível. Pelo menos a nos-sa é boa”, declarou Luciane Sa-grette, 21 anos, do quarto perío-do de Fonoaudiologia.

Nádia confirma a reclama-ção dos estudantes em relação àsfilas no restaurante: “Entre 12he 13h é enlouquecedor.” A esperana fila pode chegar a 25 minu-tos. Para resolver o problema, emvez de um, agora a comida é ser-vida em dois balcões, por ondepassam 12 pessoas por minuto.Segundo ela, com essa medida afila diminuiu muito, mas dian-te do fato de que o restauranteserve 2.500 refeições e que há de-manda de 22 mil estudantes,“não tem como pensar uma lo-gística que dê conta”, conclui.

O restaurante funciona das11h às 14h. Mas se às 13h30, porexemplo, as refeições termina-rem, o lugar fecha. “Às vezes vejo

o estudante vir de longe, de-baixo de sol, e aí ele vê queacabou a comida. Ai, que dó”,lamenta Nádia. Ela acha quedeveria haver um canal diretode comunicação com a garo-tada, como um site, para in-formar sobre o funcionamen-to, cardápio da semana e di-cas socioambientais , porexemplo. Nádia ainda tem es-perança de conseguir um bol-sista para ajudar a concreti-zar esse projeto.

Legumes? Argh!Legumes? Argh!Legumes? Argh!Legumes? Argh!Legumes? Argh!“Acho tudo ótimo. A R$

2,00 Tem dias que a gente podenão gostar do que vem. Masnão dá para reclamar. O preçoé bom”, disse William Cor-rêa, 20 anos, estudante do 6ºperíodo de Geologia.

A diretora explica que porconta da alimentação ser pro-duzida fora e ter que ser trans-portada para o restaurante, hárestrições para o cardápio. A co-zinha própria está prevista ape-nas para 2010. O acondiciona-mento do purê, por exemplo,não é muito simples. Sem con-tar que são exigidas condiçõesde segurança para o transpor-te, como a temperatura ade-quada para a conservação,como o box térmico.

Segundo a diretora, no es-paço do Restaurante Universi-tário há controle rigoroso detemperatura nos locais de ar-mazenamento dos alimentosquando chegam (os quentesnão podem estar abaixo de 65graus e os frios acima de 10graus). O controle se estendeao balcão térmico. Há tambémo controle rigoroso e diário dosabor, textura e aroma do ali-mento: “Hoje a carne estavadura. Colocamos no vapor paraamaciar”, exemplifica.

O cardápio segue orienta-ções da Organização Mundialda Saúde (OMS), que incenti-

va o consumo de frutas e horta-liças. Contrariando a garotadaque gosta de massa e batata fri-ta. E de doces. Mas estes são ser-vidos apenas uma vez na sema-na. Nos demais dias, há frutasna sobremesa, como explica adiretora, que adianta uma no-vidade: o restaurante que seráaberto no CT vai oferecer opçãovegetariana.

RU não recebe criançasRU não recebe criançasRU não recebe criançasRU não recebe criançasRU não recebe criançasJá houve a solicitação de que

crianças pudessem usar o restau-rante. Filhos de funcionários ealunos de escolas que partici-pam de programas da Escola deEducação Física e Desportos.“Parece antipático, mas nãopodemos receber crianças. O res-taurante não foi pensado paraas necessidades delas, nem espa-cialmente, nem quanto a talhe-res e cardápio”, justifica Nádia.

Há a proposta de criar umconselho de alimentação uni-versitário, com representantes deestudantes, docentes, funcioná-rios e prestadores de serviço paradecidir questões assim e outrasdemandas administrativas.

Acho bomAcho bomAcho bomAcho bomAcho bom“A qualidade é boa e o preço

melhor ainda”, disse Guilher-me Lima, 22 anos, do 8° perío-do de Engenharia Civil.

Sabores e saberesSabores e saberesSabores e saberesSabores e saberesSabores e saberesDias 21 e 22 de outubro, a tur-

ma do Restaurante Universitáriovai organizar o primeiro encontro“Sabores e Saberes”, com barra-cas espalhadas pelo jardim comalimentos orgânicos e divulga-ção de conhecimento científico.“São os saberes conversando comsabores”, filosofa Nádia, expli-cando que haverá oficinas de ali-mentos para ensinar técnicas decultivo de vegetais.

Itamar Rosa

Júlio César

Nádia Pereira de Carvalho

Luciane Sagrette

William Corrêa

Guilherme Lima

Fotos: Cícero Rabello

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Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 881 - 5 a 11 de outubro de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected] – 7

Categoria exige garantia de representaçãonos colegiados da unidade

IFCS

Carta aberta à comunidade do IFCS/UFRJ

Os técnicos-administrativosem educação do Instituto de Filo-sofia e Ciências Sociais (IFCS) es-tão em luta pelo direito à plenarepresentatividade na Congrega-ção e nos colegiados dos cinco de-partamentos da unidade. Elesapresentarão recurso à Congrega-ção para defender a participação ea ampliação efetiva nesses órgãosdeliberativos, e também divulga-rão uma carta aberta à comuni-dade universitária.

Esta foi a principal decisão daassembleia que realizaram no dia29 de setembro em que esteve pre-sente a direção do SINTUFRJ. A açãofoi motivada pelo adiamento dadecisão de ampliação da bancadados técnicos-administrativos naCongregação, em função da dis-cussão sobre a criação do Institutode História. Os trabalhadores e oSindicato reivindicam respeito àcategoria e à gestão democráticada universidade pública.

Sem respeito e democraciaSem respeito e democraciaSem respeito e democraciaSem respeito e democraciaSem respeito e democracia Atualmente são dois represen-

tantes da categoria na Congrega-ção (titular e suplente), mas a Leide Diretrizes e Bases da Educação(LDB) e o Estatuto da UFRJ garan-tem 16, informou o integrante dabancada técnico-administrativa,Flávio Antônio Pacheco. A dinâ-mica na Congregação para os téc-nicos-administrativos chega a serhumilhante e reflete o não reco-nhecimento da contribuição dacategoria para o debate no IFCS.Flávio denunciou que a bancadapede a palavra, pronuncia-se, masnão é levada em conta: “Nem cons-ta na ata, o que fica parecendo quenão nos manifestamos.”

Segundo Marcelo Victorino, “oque é vivenciado é a falta de demo-cracia. O mérito da discussão é quenão querem dividir o poder na Con-gregação e isso está posto em toda aestrutura institucional do IFCS.Nós exigimos uma posição que élegal e política. Estão escamotean-do a discussão do nosso espaço depoder, o que é cultural na UFRJ enão é diferente no IFCS”. Ele acres-centou que “é uma disputa de po-

der e luta de classes, pois o entendi-mento é que eles são os gestores enós somos os auxiliares”.

Paulo Ubirajara, o Paulinho,também criticou a concentraçãode poder no IFCS: “O IFCS está acé-falo; a diretora criou uma comis-são gestora para geri-lo. Agora vema proposta do Instituto de História.Parece coisa orquestrada.” Rui Pa-rente observou: “Não existimos nes-se processo? Afinal, quem somosnós? Quem é superior a quem?” Arepresentante da comissão de fun-cionários do IFCS, Rosane Albu-querque, argumentou que é preci-so exigir isonomia de tratamentonas avaliações das representaçõesna Congregação. “Quando houve adiscussão em relação ao professorauxiliar e ao associado na Congre-gação e nos Departamentos, o pro-cesso foi rápido.”

Sindicato na lutaSindicato na lutaSindicato na lutaSindicato na lutaSindicato na luta“Temos discutido em nível

nacional a gestão democrática. Otema foi assunto na Advocacia-Ge-ral da União, que acabou formu-lando uma nota técnica extrema-mente conservadora, atrelando arepresentação técnico-administra-tiva para eleição de reitor à propor-ção de 70, 15,15, indo contra o quemuitas universidades já avança-ram e fazem na prática, que é aeleição paritária.

A nossa luta, e estamos fazendotodo um trabalho para inserir nos-sas posições e propostas na Confe-rência Nacional de Educação, é ade que somos todos trabalhadoresda educação com fazeres diferen-ciados, mas com uma produção só:a da educação superior. Por issomesmo a reivindicação dos traba-lhadores do IFCS é mais do queválida. A gestão democrática é nos-sa luta nacional”, afirmou o coor-denador-geral do SINTUFRJ, Jonh-son Braz.

O coordenador de Comunica-ção, Jeferson Salazar, explicou queo Sindicato vem debatendo hámuito tempo com os colegiados ecom a categoria a necessidade darepresentação dos técnicos-admi-nistrativos nos órgãos deliberativos

e decisórios da universidade. Ele éum dos cinco representantes da ca-tegoria no Conselho Universitárioe disse que tem defendido naquelainstância a garantia da representa-ção da categoria em todas as estru-turas da UFRJ.

Jeferson explicou como se es-trutura a UFRJ, e para exemplifi-car as disparidades do quantitativoda representação citou o Fórum deCiência e Cultura (1); Consuni (5);Conselho de Curadores (0); Conse-lho de Ensino de Graduação e Con-selho de Ensino para Graduados (1em cada). “Digo isso para termosuma visão ampliada do ponto devista da representação. O IFCS estána vanguarda desse processo e, comas nossas representações, podemostrazer a nossa bandeira da demo-cratização, que é a universidadepara o trabalhador, em que o exer-cício da cidadania seja pleno paratodos”, afirmou.

E, finalizando seu pensamen-to, lembrou uma paródia com ajustiça e conclamou os trabalha-dores a disputar o poder: “Noventapor cento dos juízes se acham deu-ses, 10% têm certeza. Dentro dauniversidade temos algo muitopróximo: aqueles que se acham eli-te intelectual e aqueles que achamque só servimos para limpar o chão.É luta de classe. Estamos discutin-do como o trabalhador tem acessoe participa da estrutura da univer-sidade, assim como na sociedade.É disputa. E que não deve ficarlimitada ao IFCS, mas ser umaluta conjunta na universidade emnível nacional com o SINTUFRJ e

a Fasubra, uma luta conjunta dostrabalhadores do Brasil.”

O coordenador-geral, Francis-co de Assis, encerrou a participaçãodo Sindicato na assembleia: “La-mentavelmente, em algumas uni-dades não temos representantes emCongregações. Porque avaliam queé um espaço para deliberar somen-te questões dos professores, confor-me ocorre no IFCS. Mas não esta-mos reivindicando espaço só parater um espaço a mais; a categoriajá debateu que quer e precisa desteespaço para discutir coisas de rele-vância comum.”

Porém, o sindicalista chamoua atenção para o fato de que nemsempre é um que se aproveita bem.“Por isso”, disse, “é que temos dediscutir com qualidade e a qualifi-cação é um assunto que desperta ointeresse da categoria e pode serprovocado nesses espaços.” Segun-do Francisco, a Lei da Carreira abreessa guarda, e o debate deve ser fei-to nos moldes do espaço, que é noConsuni: “Muitos de nós, traba-lhadores agora estamos qualifica-dos para o fazer social do IFCS,para o que ele existe. Mas temos defazer um melhor trabalho de mo-bilização e o debate dentro da Con-gregação. E avaliar a melhor for-ma de fazê-lo para não dar um tirono pé.”

Francisco destacou a importân-cia da aproximação com os estu-dantes. “Isto para disputar os 30%da lei, se não ficamos divididos. In-clusive para lutar junto com os es-tudantes contra o percentual im-posto pela legislação até que con-

quistemos a paridade total entre ostrês segmentos”. Na sua explana-ção, ratificou a bandeira da parida-de: “Nossa luta tem que ser semprepela paridade, mas enquanto nãoconseguimos, ocupamos dentro doque é possível. E continuar fazendoestardalhaço pela paridade.”

O coordenador também desta-cou a importância do recurso àCongregação do IFCS e acrescen-tou que, “como bandeira, já postu-lamos e foi aprovado no MuseuNacional três representantes que jáocuparam o espaço”. E completouanunciando que o Sindicato iráfazer levantamento das representa-ções em toda a UFRJ e depois dissoproporá um fórum com a catego-ria para debater sobre os órgãos quenão têm TAEs.

Gestão do SINTUFRJGestão do SINTUFRJGestão do SINTUFRJGestão do SINTUFRJGestão do SINTUFRJOs trabalhadores discutiram

ainda na assembleia os problemasque estão ocorrendo na atual ges-tão do Sindicato. O assunto foitema da assembleia geral da cate-goria, dia 16 de setembro.

Esse item da pauta demandouum tempo significativo de expli-cações dos coordenadores-gerais doSINTUFRJ, cada qual com a suavisão, e provocou discussão dos par-ticipantes da assembleia. Mas em-bora considerem importante dis-cutir o assunto no seu local de tra-balho, os técnicos-administrativosdeliberaram priorizar o debate so-bre a representação dos TAEs naestrutura do IFCS e discutir a ges-tão da entidade em outra oportu-nidade.

Os servidores técnico-admi-nistrativos do IFCS, reunidosem assembleia no dia 29 de se-tembro de 2009, com a partici-pação da diretoria do SINTU-FRJ, deliberaram, por unani-midade, que a categoria exigeum posicionamento efetivo daCongregação da unidade sobre

a nossa reivindicação, justa e le-gítima, quanto à representaçãodos técnicos na Congregação enos Colegiados dos cinco depar-tamentos do IFCS.

Em face do teor do parecerda comissão designada paraapreciar o pleito em questão (en-caminhado no dia 7/5/2009),

que deveria ter sido objeto depauta da última reunião daCongregação (realizada em 17de setembro), ao qual tomamosciência no dia 22 de setembro –“tendo em vista as discussões emcurso acerca das mudanças ins-titucionais no IFCS-UFRJ, suge-rimos aguardar as definições de

tais discussões para que o pleitoem tela seja remetido a julga-mento do órgão competente” –decidimos que não participare-mos de quaisquer comissões des-ta unidade, enquanto nossa ple-na representação não for estabe-lecida e reconhecida pela Con-gregação do IFCS, pois entende-

MESA da assembleia: Jonhson, Francisco, Flávio, Gilson e Rosane

Foto: Cícero Rabello

mos que o adiamento dessa de-cisão é uma forma de alijar acategoria do processo de gestãodemocrática da universidadepública, como prevê a LDB e oEstatuto da UFRJ.

Servidores Técnico-Administrativos do IFCS

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A DVST que temos e a que queremosEste foi um dos temas do seminário organizado pelo SINTUFRJ no mês de setembro

A categoria tem muitas dúvi-das e muitas demandas no tocanteaos programas de promoção de saú-de, prevenção e perícia, conformeficou explicitado no debate acalo-rado ocorrido no seminário realiza-do pelo SINTUFRJ, em setembro,sobre o tema: “Carreira, Saúde eAposentadoria na Atualidade”.

Em um dos dias do seminárioforam reunidos a diretora da Divi-são de Saúde do Trabalhador(DVST), Rosemarie Galvão Por-tella (Rose), e o diretor do Hospi-tal-Escola São Francisco de Assis(Hesfa), José Mauro Braz. Rose ex-plicou quais são as funções e osprojetos da Divisão; Braz expôs aproposta do Hesfa de também atuarna área de saúde do trabalhador.

Em síntese, a maioria dasmanifestações dos técnicos-admi-nistrativos presentes foi em rela-ção à falta de assistência em casode problemas mais graves de saú-de. Muitos disseram que recorremà DVST, mas sem sucesso, porqueesse tipo de atendimento foge àsfunções da Divisão como detalha-do pela diretora. Segundo Rose, éfunção do órgão promover a pre-venção de doenças ou conceder li-cença ao trabalhador e não reali-zar tratamento. Para isso, o funci-onário é encaminhado para hos-pitais e postos de saúde.

A DVST conta com a seção deperícias médicas (que diz respeitoa aposentadorias e licenças); a desaúde e segurança (com avaliaçãodos ambientes de trabalho e pre-venção de acidentes); e programasespeciais (como de hipertensão ar-terial, diabetes, obesidade, doen-ças sexualmente transmissíveis,saúde mental). Alguns desses pro-gramas estão suspensos (apesar deestarem prontos para ser retoma-dos) por falta de profissionais.

“O que nós queremos?”“O que nós queremos?”“O que nós queremos?”“O que nós queremos?”“O que nós queremos?”Este é o questionamento fei-

to por Rosemarie, relacionando,ao mesmo tempo, as necessida-des do setor: ampliação do corpofuncional, maior integração daDVST com os demais programasde saúde do trabalhador na UFRJe investimento na estrutura físi-ca da DVST. Segundo a diretora,havia a perspectiva de ingresso de12 profissionais com o concursoque seria realizado em setembroe de que a nova sede da Divisãoseria o primeiro prédio a ser cons-truído, entre as obras previstas doPlano Diretor da UFRJ 2020.

A diretora antecipou, ainda,que planeja a implantação do

acompanhamento epidemiológicode saúde na UFRJ, que é traçar operfil da saúde dos trabalhadores;educação continuada em saúde dotrabalhador e implementação deações de saúde do trabalhador, comoa parceria com o Hesfa para a cria-ção de um hospital de atenção àsaúde do trabalhador: “É um so-nho ter um hospital de referên-cia”, disse.

Proposta do HesfaProposta do HesfaProposta do HesfaProposta do HesfaProposta do HesfaJosé Mauro Braz disse que a li-

gação do hospital com a DVST é demais de 15 anos, e lembrou a parti-cipação da Divisão como primeirofoco de estudos do programa Cepral(Centro de Ensino e Pesquisa e Refe-rência em Álcool e outras Drogas),que coordena. Explicou, ainda, queo conceito saúde no local de traba-lho com um viés produtivista mu-dou: “Agora é um conceito maisabrangente, porque a saúde do tra-balhador não é nada mais nadamenos do que a saúde da pessoa.”

José Mauro avalia que o Hesfaganhou uma dimensão importan-te com a criação do Complexo Hos-pitalar – está inscrito na nova uni-dade como o 7º hospital-escola daUFRJ –, com natural expectativade que se torne a unidade para aten-ção básica em saúde. No tocante aoconvênio com a DVST, a ideia, se-gundo ele, é criar o polo de atençãoà saúde do trabalhador. “Nós esta-

mos trabalhando por um hospitalem que os trabalhadores tenhamacesso, mesmo os desempregados.Um hospital que atenda em aten-ção básica e que dê conta da de-manda dos funcionários.”

Além dos inúmeros programasdesenvolvidos na unidade, como ode Aids, Tuberculose e Hepatite, hápossibilidade de implantação denovos projetos, como o Programade Saúde da Família. Segundo odiretor, em 2010 será iniciada aobra de restauro do prédio do Hesfae as “perspectivas são altamentepromissoras” de a unidade atuarnão só na saúde do trabalhadorpara os funcionários da UFRJ,como de outras Ifes: “A UFRJ, teráorgulho de apresentar isso comoum programa altamente efetivo ede grande importância para os ser-vidores”, concluiu.

Posição do SINTUFRJPosição do SINTUFRJPosição do SINTUFRJPosição do SINTUFRJPosição do SINTUFRJO coordenador-geral do SINTU-

FRJ, Francisco de Assis, criticou aorientação do governo de que orga-nismos como a DVST sejam volta-dos especificamente para a perícia:“A DVST faz um esforço para aten-der às necessidades dos trabalhado-res, mas hoje é levada, por força dapolítica do governo, a ser voltarpara a perícia.”

Boaventura de Souza, o Baia-no, reivindicou assistência de qua-lidade para os servidores e denun-

ciou: “Sou 100% SUS, mas fui gran-de frequentador dos hospitais (daUFRJ), e ora não tem médico, oranão tem remédio.”

Orlando da Conceição pergun-tou por que os programas da DVSTestão parados e como reivindicar aatuação do órgão quando há pro-blemas graves nos ambientes de tra-balho.

A coordenadora de Educação doSINTUFRJ, Dulce Machado, elo-giou os programas e reivindicou arevitalização deles. Carmen Lúcia,coordenadora de Políticas Sociais,cobrou maior divulgação dos pro-gramas e a destinação da verba dasaúde suplementar para os progra-mas de saúde do trabalhador.

Muitos servidores criticaram aDVST pela falta de assistência. Ou-tros desconheciam a sua função eaté questionavam a necessidade deexistência do órgão.

A diretora da DVST, Rose, ex-plicou que o Ministério do Plane-jamento, Orçamento e Gestão ace-na com uma política que põe aperícia em primeiro plano – “por-que trata de questões pecuniárias”–, mas que inclui também saúdedo ambiente de trabalho e promo-ção e prevenção (com exames pe-riódicos). Informou que, se houverdenúncia sobre problemas em am-bientes de trabalho, uma equipepode verificar a situação e, se for ocaso, recomendar ao diretor da uni-

dade resolução do problema.Ela explicou, ainda, que a

DVST não faz assistência, e porlei é destinada a fazer períciasmédicas. “Saúde do trabalhadoré, antes da doença, prevenção epromoção da saúde. Isso é a DVST.Se o funcionário está com pro-blema de saúde, tem de ir aohospital.

Francisco de Assis fechou o de-bate antecipando que, diante dofato de que muitos veem a DVSTcomo um posto de assistência, éimportante a realização de umseminário específico sobre a Divi-são. Ele defendeu a continuidadedo trabalho realizado pelo órgão,“que tem um perfil específico”.Segundo ele, é posição da catego-ria, definida no 9º Congresso doSINTUFRJ, o fortalecimento dasaúde do trabalhador.

LazerLazerLazerLazerLazerFrancisco defendeu a impor-

tância de um espaço de lazercomo local de prevenção de doen-ças e também para a categoria seconhecer e se integrar fora do am-biente de trabalho. O sindicalistainformou, ainda, sobre as últi-mas iniciativas do Sindicato,como pôr à disposição dos sindi-calizados micros com acesso à in-ternet na sede da entidade e umapequena academia de ginástica,que será inaugurada em breve.

Rosemarie Galvão Portella José Mauro Braz

Fotos: Cícero Rabello

SAÚDE DO TRABALHADOR

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HU

Extraquadros continuam sem contratoUma seleção simplificada

para contratação temporária po-derá ser a solução para contornar,pelo menos por alguns anos, o pro-blema dos chamados extraquadrosdas unidades de saúde da UFRJ. Sóno Hospital Universitário são qua-se 900 profissionais em postos im-prescindíveis, como enfermeiros,médicos e assistentes.

Segundo a Comissão de Im-plantação do Complexo Hospita-lar e conforme foi informado emreunião dos diretores dos hospi-tais com o Ministério da Educa-ção no fim de setembro, como foia União a acionada pelo Ministé-

rio Público em relação à contra-tação de trabalhadores terceiriza-dos, cabe à União providenciar ocontrato temporário para esses tra-balhadores.

No caso dos HUs, por exemplo,os extraquadros são extremamen-te necessários para a manutençãodas atividades regulares do hospi-tal. O Ministério do Planejamen-to, Orçamento e Gestão vai orga-nizar o processo e o edital de sele-ção para contrato temporário, queé aguardado para breve. No entan-to, a medida será destinada aoscargos fins, que são os mais afetosà área de saúde. Mesmo assim re-

solve a situação de parcela im-portante dos profissionais: 60%dos terceirizados.

Os outros 40% se dividem emdois grupos: o primeiro refere-seaos cargos para os quais não podehaver concurso público, pois já fo-ram extintos, portanto, serão alvoda licitação, já em curso, promo-vida pela Superintendência de Ser-viços Gerais da UFRJ. O segundodiz respeito às vagas para cargosadministrativos que serão reivin-dicadas dentro das que serão desti-nadas à universidade como umtodo.

De acordo com a comissão, o

contrato temporário será de doisanos e renováveis por mais dois, ea seleção é simplificada. A comis-são espera que nesse período pos-sam ser conquistadas vagas paraconcurso.

Atitude da UFRJAtitude da UFRJAtitude da UFRJAtitude da UFRJAtitude da UFRJDesde janeiro deste ano, com a

determinação legal de que a UFRJextinguisse o contrato por coope-rativas, a Reitoria assumiu o pa-gamento de mais de mil profissio-nais extraquadros das áreas hospi-talares com recursos próprios. Masessa forma de contratação só é pos-sível ser adotada por poucos meses.

O pró-reitor de Pessoal, LuizAfonso Mariz, declarou que foiduas vezes ao Tribunal Superiordo Trabalho e disse à juíza que oque cabe à UFRJ fazer – dentro doque foi determinado no caso dosterceirizados –, a universidade estácumprindo, como o pagamentoregular no início do mês e o pro-cesso de licitação (“em fase finalna SG-6”) para contratação de tra-balhadores para cargos terceirizá-veis. Segundo ele, o que a UFRJnão pode fazer – porque não temautonomia para isso – é abrirconcurso para centenas de vagas.Isso depende do governo.

O processo para a realizaçãoda eleição dos membros da Co-missão Interna de Supervisão daCarreira (CIS) está na PR-4. Se-gundo o pró-reitor de Pessoal, LuizAfonso Mariz, ainda na semanapassada seriam nomeados os in-tegrantes da comissão eleitoralpara dar a largada ao processo.

A comissão é composta de 14membros e 7 suplentes eleitospela categoria. Mas a CIS é umorganismo institucional que temum importante caráter de fisca-lização e acompanhamento daimplantação da carreira dos téc-nicos-administrativos na UFRJ.O mandato é de três anos, sendoque o primeiro foi prorrogado porum ano e agora terá que ocorrer aescolha dos novos representantes.

DescasoDescasoDescasoDescasoDescasoComo em outras Ifes, a CIS na

UFRJ sofre com a falta de reconhe-cimento institucional. Até hoje aComissão não conseguiu instala-ções adequadas e, recentemente,em função de reformas no prédioda Reitoria, chegou ao cúmulo deter seus documentos empilhados

Eleição ocorrerá em breve

Ficou claro, no seminário re-alizado pelo SINTUFRJ dias 8, 9 e10 de setembro, sobre Carreira,Saúde e Aposentadoria, que aindarestam muitas dúvidas aos servi-dores em relação à saúde dotrabalhador.E esse foi o tema dareunião do GT-Saúde do SINTU-FRJ, realizada dia 29 de setem-bro, na subsede sindical no HU.

Estiveram presentes os coor-denadores de Políticas Sociais,Carmen Lúcia, Ruy de Azevedo, eVera Lúcia; de Organização e Po-lítica Sindical, Carlos Pereira; deEducação e Cultura, Dulce deLima; de Comunicação, EdnéaMartins e Nivaldo Holmes, e osservidores João Marcos Nicolau eAlzira Monteiro.

SeminárioSeminárioSeminárioSeminárioSeminárioEntre os temas prováveis para

o seminário, o grupo detectou areivindicação da implantação do

Discute seminário e ciclo de palestras

CIS

programa de exames periódicos, anecessidade de um polo de atençãobásica voltado para a saúde do tra-balhador, programas de prevençãoe promoção da saúde e complexohospitalar.

João Marcos informou que estáem debate na Unidade de Reabilita-ção do Hospital-Escola São Francis-co de Assis (Hesfa) a possibilidade daunidade, em conjunto com a DVST,oferecer programa assistencial de pre-venção à saúde do trabalhador comfoco em enfermidades como lesõespor esforços repetitivos e doenças os-teomusculares relacionadas ao tra-balho, doenças mentais, diabetes ehipertensão. A primeira reunião parainiciar a discussão da proposta foina quarta-feira, dia 30 de setembro.

Carmen Lúcia lembrou que hátambém assuntos que devem ser tra-tados que demandarão posição dosrepresentantes sindicais, como a ques-tão do Adicional de Plantão Hospita-

lar em contraponto com a reivin-dicação da lei das 30 horas sema-nais para a área de saúde. Ruy acres-centou questões que envolvem osadicionais de insalubridade e peri-culosidade. João apontou ainda ne-cessidade de aprofundamento dadiscussão sobre o Siass (Sistema deAtenção à Saúde do Servidor).

Ednéa sugeriu a realização doseminário no início do próximoano e a realização de reuniõesquinzenais do GT-Saúde, com te-mas e documentos para estudo ediscussão com a categoria.Nivaldocomentou que seria importante arealização de ciclos de palestras –por exemplo, uma a cada semanasobre cada um dos temas – paralevar informação à categoria.

Na próxima reunião do GT,dia 13 de outubro, a pauta será aconstrução do seminário, possi-velmente antecedido de palestrassobre os temas mais urgentes.

COORDENADORES DO SINTUFRJ E MILITANTES chamam para organização de seminário

no corredor do 8º andar.Segundo o chefe de gabinete

do reitor, João Eduardo, os inte-grantes da CIS têm razão em ma-nifestar insatisfação, porque jáhouve compromisso da adminis-tração central de reservar espaçoadequado para a Comissão. “Aideia era alojar e localizar a CISpróximo à administração de pes-soal. Agora, o que está aconte-cendo é uma espécie de dançadas cadeiras: tudo é amontoadonum lugar e faz-se a obra numsegmento; depois se amontoatudo em outro lugar e aquelaárea é reformada, e assim pordiante”, explicou.

João Eduardo admitiu quefoi um erro pôr no corredor osarquivos da CIS. “Era preciso cui-dado com a documentação. Masconversamos com o Roberto Go-mes (vice-coordenador da CIS)para acomodarmos o materialadequadamente, ainda que deforma temporária, no térreo. Oque foi feito. Enquanto isso va-mos definir o prazo e o local paraa CIS se instalar definitiva e de-vidamente”, prometeu.

DOCUMENTAÇÃO ficou exposta no corredor por vários dias

GT-SAÚDE

Fotos: Cícero Rabello

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10 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 881 - 5 a 11 de outubro de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

CONVÊNIO SINTUFRJ Amil SaúdeO prazo para adesão ou modifi-

cação de categoria ao plano AmilSaúde vai até o dia 22 de outubro.Os interessados devem procurar oSINTUFRJ (sede e subsedes no HU eIFCS), de segunda a sexta-feira, das9h às 17h. Na Praia Vermelha, asubsede funciona das 8h às 16h.

D o c u m e n t o sD o c u m e n t o sD o c u m e n t o sD o c u m e n t o sD o c u m e n t o spara a ade sãopara a ade sãopara a ade sãopara a ade sãopara a ade são

T i tu la r :T i tu la r :T i tu la r :T i tu la r :T i tu la r : contracheque. Impor-

Nova tabela da Amil Saúde (2009/2010)

tante: tem de ser sindicalizado. D e -D e -D e -D e -D e -p e n d e n t e s :p e n d e n t e s :p e n d e n t e s :p e n d e n t e s :p e n d e n t e s : f i lhos (na tura i s ouadotivos), até 21 anos de idade: cer-tidão de nascimento; até 24 anos, sefor universitário: certidão de nas-cimento e declaração da universi-dade.

C ô n j u g e : C ô n j u g e : C ô n j u g e : C ô n j u g e : C ô n j u g e : c e r t i d ã o d e c a s a -mento , dec laração de união es tá-ve l ou comprovante de res idênciaque cons te o mesmo endereço dot i t u l a r .

CAURJO Sindicato informa que existe um con-

vênio firmado entre a UFRJ e a Caurj, ba-seado na autogestão. Para aqueles que uti-lizam ou se interessarem por este plano de

saúde, anunciamos a prorrogação da Pro-moção Carência Zero e redução de tabelasda Caurj. Esta promoção foi prorrogadaaté o dia 20 de outubro. Confira as tabelas:

Servidores titulares e seus dependentes diretos, pensionistas

Agregados (pai e mãe do assentamento funcional e IR, irmão(a), neto(a) e sobrinho(a))

Desde o mês de agosto deste anoo servidor público que possui qual-quer plano de saúde particular, masque atenda a todas as exigências da ANS,tem direi to ao ressarcimento do va-lor do benefício da Saúde Suple-mentar de R$ 65,00, pagos para elee os dependentes.

O q u e t e mO q u e t e mO q u e t e mO q u e t e mO q u e t e mdedededede s e r f e i t o s e r f e i t o s e r f e i t o s e r f e i t o s e r f e i t o

O servidor tem de entrar em con-tato com a operadora para obter adeclaração de que está em dia como pagamento do plano e tambémsolici tar declaração de permanên-cia no plano. A essesdois documentos devej u n t a r c ó p i a s d ocontrato da opera-dora e dos cartões doplano.Os trabalhado-res em at iv idade nainst i tuição entregarãoessa documentação no De-partamento de Pessoal dasua unidade; já os apo-sentados e pensionistas ,na Pró-Reitoria de Pes-soal (PR-4).

Com o intuito de facilitara vida dos servidores que pos-suem plano de saúde peloSINTUFRJ , a direção sindical irá prepa-rar esta semana um processo coletivo junto àPR-4 que contemple a comprovação de pa-gamento e de relação contratual com a ope-radora.

Ressarcimento daSaúde Suplementar

CONVÊNIO UFRJ

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Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 881 - 5 a 11 de outubro de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected] – 11

PNE

O encontro da região sudestedenominado “Mais dez: o Legis-lativo e a sociedade construindojuntos o novo Plano Nacional deEducação”, promovido pela Co-missão de Educação e Cultura daCâmara dos Deputados, dias 24 e25 de setembro, na AssembleiaLegislativa de Minas Gerais, emBelo Horizonte, priorizou cincodiretrizes, que resultaram no do-cumento Carta de Belo Horizon-te. A base do documento é a deque o Plano Nacional de Educa-ção (PNE) deva ser elaborado deforma a assegurar uma educaçãode qualidade, capaz de formarpessoas aptas ao pleno exercíciode sua cidadania.

O novo Plano Nacional deEducação estabelecerá princípi-os, diretrizes, prioridades, metase estratégias políticas na área daEducação, no Brasil por um perí-odo de dez anos. Ele será defini-do na Conferência Nacional deEducação, marcada para 2010, ea Fasubra e seus sindicatos filia-dos têm participado ativamentedos debates, seminários e encon-tros que estão programados paraaté novembro deste ano. O SIN-TUFRJ é um destes sindicatos quetêm investido fortemente na par-ticipação de sua categoria. Parti-ciparam deste encontro pelo Sin-dicato os dirigentes Nilce Correae Roberto Gomes; pela Fasubraas coordenadoras de EducaçãoJanine Teixeira e RosângelaCosta; pelo Sindifes-BH, dezcompanheiros e pela base dacategoria da Universidade Fe-deral de Juiz de Fora, uma com-panheira.

Na Carta de Belo Horizonteconstam propostas para forma-ção, valorização profissional, fi-nanciamento, gestão e avaliaçãoe qualidade da educação. Umadas prioridades listadas na Cartafoi a superação das desigualda-des estruturais do país por meiode políticas de democratizaçãodo acesso, permanência e sucessoescolar. Este documento e outrosproduzidos nos demais encontrosregionais serão levados ao encon-tro nacional marcado para 10 dedezembro, em Brasília. Neste en-contro haverá a sistematizaçãodas contribuições feitas pelos en-contros regionais para serem apre-ciadas na Conferência Nacionalde Educação em 2010.

Avaliação positivaAvaliação positivaAvaliação positivaAvaliação positivaAvaliação positivaA avaliação de Nilce e Rober-

to foi positiva, pois a participa-ção de ambos nos grupos de tra-balho conseguiu inserir questõesimportantes em relação à educa-

Encontro resulta na Carta de Belo Horizonte

ção para o universo dos trabalha-dores técnico-administrativos emeducação das universidades. Apolítica é procurar inserir naspropostas os projetos e princípiosjá definidos nos fóruns delibera-tivos da Federação, e o SINTUFRJtem participado sistematicamen-te no processo de construção donovo PNE.

Para Nilce, o processo cons-truído pelo governo de debates éuma excelente oportunidadepara a participação da sociedadese colocar e propor suas necessi-dades. “Foi muito produtivo. Es-tamos discutindo políticas paraa educação, apresentando propos-tas e avalio que estamos conse-guindo colocar nossas propostapara a Universidade Cidadã dosTrabalhadores.”

Nilce participou do grupo quediscutiu o tema “Formação Pro-fissional e Valorização Profissio-nal”. Uma das prioridades foi aimplantação de piso salarial eplano de carreira compatíveiscom a importância social da edu-cação e com as carreiras equiva-lentes. Foi encaminhado tam-bém como diretriz a disponibili-dade de vagas nas instituições àsquais estão vinculados os técni-cos-administrativos em educa-ção, nos cursos de graduação, es-pecialização, mestrado e douto-rado.

Roberto Gomes relatou todoo processo dos encontros regio-nais e explicou minuciosamentecomo foi o encontro do Sudeste.

Ele informou sobre a participa-ção da deputada federal Mariado Rosário e a do professor JamilCury, da PUC-MG. Em sua avali-ação, há um investimento mui-to grande para colocar as propos-tas do projeto Universidade Ci-dadã dos Trabalhadores. “É o queestamos tentando fazer. Debatere propor nestes fóruns nosso pro-jeto para tentar inseri-lo na dis-cussão do PNE. Neste encontrodo Sudeste foi um trabalho mui-to profícuo. Considero positivo.”

Ele participou do grupo quetratou do tema “Gestão e Avalia-ção da Educação”. O grupo res-saltou a necessidade de uma ges-tão democrática que contemple,por exemplo, a existência de con-selhos com caráter deliberativo ecomposição paritária e o direitode organização coletiva a cadasegmento da educação.

DinâmicaDinâmicaDinâmicaDinâmicaDinâmicaDois encontros regionais já

foram realizados no mês de se-tembro. O do Centro-Oeste e o doSudeste. Estão programados o doNordeste I, dias 13 e 14 de outu-bro, em Natal (RN). E os diri-gentes Jonhson Braz e DulceLima irão participar. O Encon-tro Sul será nos dias 22 e 23 deoutubro, em Porto Alegre (RS).O do Norte está marcado para osdias 5 e 6 de novembro, em Pal-mas (TO) e o do Nordeste II serános dias 12 e 13 de novembro,em Salvador (BA).

Seminário da FasubraA Fasubra Sindical reali-

zou o Seminário de Educa-ção nos dias 21 e 22 de se-tembro, na sala do Sintfub,na Universidade de Brasília.O Seminário foi preparató-r io pa ra in t e r venção naConferênc ia Nac ional deEducação (Conae) e partici-param aproximadamente 30pessoas, entre entidades debase e entidades ligadas àeducação, além da direçãonacional.

Na mesa de abertura doSeminário as coordenadorasda pasta de Educação, Jani-ne Teixeira e Rosângela Go-mes, conduziram os traba-lhos. A coordenadora-geralda Fasubra, Léia Oliveira,iniciou os trabalhos discor-rendo sobre a Educação. Adirigente ressaltou a impor-t â n c i a d o S e m i n á r i o d eEducação a f i rmando s e ruma luta da Fasubra Sindi-cal o tema Educação.

Além disso, Léia agradeceua participação à palestranteNeila Lazzaroto, professora evice-presidente do Centro dosProfessores do Estado do RioGrande do Sul – Sindicato dosTrabalhadores em EducaçãoCPERS-Sindicato.

L a z z a r o t o a b o r d o u o

tema “Papel do Estado e oFinanciamento da Educa-ção”. A palestrante fez umaampla explanação sobre aEducação na atual conjun-tura com a sociedade, ava-liou o Plano Nacional deEducação (PNE) e a posi-ção das Confederações e Fe-derações referente à Educa-ção no Brasil, além de umaanálise do documento apro-vado na Comissão Nacionalde Avaliação da EducaçãoSuperior – Conaes 2010.

No dia 22 foi a vez dapalestrante Ana Maria Ri-beiro, técnica em assuntoseducacionais da Universida-de Federal do Rio de Janei-ro, que fez uma apresenta-ção em PowerPoint sobre a“Cons t rução do S i s t emaN a c i o n a l A r t i c u l a d o d eEducação”. Ana Maria re-latou a importância da or-ganização e do planeja-mento; das diversas áreas doconhecimento , para quehaja um bom desempenhona Educação, que “tudodeve ser organizado e pla-nejado”.

* O material da pales-trante Ana Maria Maria Ri-beiro está disponível na pá-gina da Fasubra.

ROBERTO GOMES na Assembleia Legislativa de Belo Horizonte NILCE CORRÊA também participa do encontro da região Sudeste

Fotos: Divulgação

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ÚLTIMAPÁGINA

Desempregados pobres sãomais afetados pela crise

DDDDDocumento do Institutode Pesquisa Econômica Aplica-da (Ipea), divulgado na terça-feira, 22 de setembro, intitu-lado “A Desigualdade no De-semprego no Brasil Metropo-litana” (Comunicado daPresidência nº 29), contémdados recentes que mostramuma ampliação de investi-mentos que farão com que oritmo de criação de empregosdurará mais tempo. Mas as di-ficuldades dos que perderamo posto de trabalho e continu-am desempregados prevale-cem, “especialmente entre osdesempregados pobres, porqueesses tendem a ter dificulda-des maiores, mesmo com a es-colaridade ampliada, até en-contrar um emprego perma-nente”, ressaltou o presidentedo Ipea, Marcio Pochmann.

Pobre é definido como oindivíduo cuja renda per ca-pi ta familiar não superameio salário mínimo. Entresetembro de 2008 e julho de2009, o desemprego entre osindivíduos não pobres aumen-tou 7,3%. No mesmo período,entre os pobres o aumento foide 6%. Com isso, a desigual-dade entre as duas taxas de-cresceu levemente.

O estudo mostra, no en-tanto, que a população me-nos favorecida financeira-mente ainda é a maior preju-dicada quando vai procuraremprego. “Os pobres melho-

ram a escolaridade, mas nãoconseguem se inserir no mer-cado de trabalho. O mercadode trabalho, nos empregos demaior escolaridade, é um fu-nil. Temos um problema deoportunidade com as pessoascom escolaridade origináriasde famílias pobres”, enfatizouPochmann, lembrando ainda adiferença entre escolaridade e

qualificação profissional.A situação do emprego no

Brasil, na visão de Pochmann,necessita de uma política delongo prazo que busque inseriro país internacionalmente emmercados que não demandemapenas produtos primários. “Oritmo de ampliação da escola-ridade no Brasil, que vem ga-nhando força nos últimos anos,

é maior do que o ritmo de cria-ção de empregos”, observou.

O presidente do Ipea ressal-tou, ainda, que a questão dodesemprego e da qualificaçãono Brasil é de ordem macroe-conômica. “Se o país se con-centra em exportar bens primá-rios, gera empregos de poucaqualificação. Ao exportar pro-dutos de valor agregado, cria

empregos de maior qualida-de e remuneração, sendo, por-tanto, um problema macroe-conômico”, resumiu Poch-mann.

O estudo considerou os da-dos da Pesquisa Mensal de Em-prego do IBGE e apresentoucomparações entre desempre-gados segundo gênero, faixaetária, escolaridade e renda.

VESTIBULAR 2009

A UFRJ informa que man-tém abertas as inscrições parao concurso de acesso aos cursosde graduação em 2010, apesarde terem sido adiadas as pro-vas do Exame Nacional do En-sino Médio (Enem) dos dias 3e 4 de outubro.

Na nota divulgada na sex-ta-feira, a Reitoria reafirmasua confiança na capacidadede o Ministério da Educaçãoresolver as dificuldades decor-rentes do adiamento das pro-vas e declara “apoio às novasformas de acesso às universi-dades públicas federais, impor-

tantes instrumentos para a in-clusão social e para a democra-tização da educação superiorbrasileira”.

Nota do MECNota do MECNota do MECNota do MECNota do MEC - Em notaoficial publicada na manhã dequinta-feira, 1° de outubro, oMinistério da Educação comu-nicou o adiamento das provasdo Enem, por motivos de segu-rança. A prova – primeira etapado processo seletivo aos cursosde graduação da UFRJ – seriarealizada no último fim de se-mana para cerca de 4 milhõesde inscritos.

De acordo com a nota, “o Ins-

tituto Nacional de Estudos e Pes-quisas Educacionais (Inep) deveanunciar a nova data do examenos próximos dias, depois de re-organizar a logística de aplica-ção”. O Ministério da Educaçãoinformou ainda que “os estudan-tes inscritos serão avisados opor-tunamente, pelos meios habitu-ais, sobre a confirmação da novadata e do local das provas”.

A nota diz ainda que, “emrazão do adiamento, a divulga-ção do resultado final das pro-vas, inicialmente prevista para8 de janeiro, deve atrasar porcerca de um mês”.

Nada mudou na UFRJ