8
JANEIRO DE 2009 ANO XXI Nº 845 TER 6 QUA 7 QUI 8 SEX 9 SÁB 10 DOM 11 sintufrj.org.br [email protected] Todos juntos em 2009 Vamos encarar 2009 como se fosse o ano de nossa estréia no movimento sindical, pois assim teremos mais prazer em participar das lutas que virão Um show de F e s t a 2008 Mais um ano que o SINTUFRJ oferece à categoria e seus de- pendentes um dia ines- quecível. Com a tradi- cional festa de confra- ternização, que reúne adultos, jovens e crian- ças – especialmente preparada para deliciar a criançada –, a dire- ção sindical encerrou as atividades de 2008, deu uma pequena pa- rada para recarregar as baterias (curto período de descanso bem me- recido) e retorna à ativa com todo o gás que a luta pela garantia dos direitos dos técnicos- administrativos exige. Sonho, magia, guloseimas, música e muita brincadeira Retrospectiva Retrospectiva Retrospectiva Retrospectiva Retrospectiva Principais momentos das lutas da categoria em 2008. A defesa intransigente dos 26,05%. Páginas 3 e 6 Complexo Hospitalar Complexo Hospitalar Complexo Hospitalar Complexo Hospitalar Complexo Hospitalar Consuni aprova, mas a palavra final é da comunidade universitária, que inicia o debate sobre o assunto. Página 7 Campeonato de Campeonato de Campeonato de Campeonato de Campeonato de Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Conheça o campeão de 2008. Página 2 Leia ainda nesta edição Fotos: Cícero Rabello

JANEIRO DE 2009 ANO XXI Nº 845 TER 6 ... - sintufrj.org.br · 2 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 845 - 6 a 11 de janeiro de 2009 - - [email protected]

Embed Size (px)

Citation preview

JANEIRO DE 2009 ANO XXI Nº 845 TER 6 QUA 7 QUI 8 SEX 9 SÁB 10 DOM 11 sintufrj.org.br [email protected]

Todos juntos em 2009

Vamos encarar2009 como sefosse o ano denossa estréia nomovimentosindical, poisassim teremosmais prazer emparticipar daslutas que virão

Um show de Festa2008

Mais um ano que oSINTUFRJ oferece àcategoria e seus de-pendentes um dia ines-quecível. Com a tradi-cional festa de confra-ternização, que reúneadultos, jovens e crian-ças – especialmentepreparada para deliciara criançada –, a dire-ção sindical encerrouas atividades de 2008,deu uma pequena pa-rada para recarregar asbaterias (curto períodode descanso bem me-recido) e retorna à ativacom todo o gás que aluta pela garantia dosdireitos dos técnicos-administrativos exige.

Sonho, magia, guloseimas, música e muita brincadeira

R e t r o s p e c t i v aR e t r o s p e c t i v aR e t r o s p e c t i v aR e t r o s p e c t i v aR e t r o s p e c t i v aPrincipais momentos das lutas dacategoria em 2008. A defesaintransigente dos 26,05%.

Páginas 3 e 6

Complexo HospitalarComplexo HospitalarComplexo HospitalarComplexo HospitalarComplexo HospitalarConsuni aprova, mas a palavrafinal é da comunidadeuniversitária, que inicia o debatesobre o assunto.

Página 7

Campeonato deCampeonato deCampeonato deCampeonato deCampeonato deF u t e b o lF u t e b o lF u t e b o lF u t e b o lF u t e b o lConheça o campeão de 2008.

Página 2

Leia ainda nesta edição

Fotos: Cícero Rabello

2 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 845 - 6 a 11 de janeiro de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

JORNAL DO SINDICATODOS TRABALHADORESEM EDUCAÇÃO DA UFRJ

Coordenação de Comunicação Sindical: Ednea Martins, Jonhson Braz e Nivaldo Holmes. / Conselho Editorial: Coordenação Geral e Coordenação de Comunicação/ Edição: Ana de Angelis / Reportagem: Ana de Angelis, E. A. C. e Regina Rocha / Secretária: Katia Barbieri / Projeto Gráfico: Luís Fernando Couto / Diagramação:Luís Fernando Couto e J. F. M. / Ilustração: André Amaral / Fotografia: Cícero Rabello / Revisão: Roberto Azul / Tiragem: 11 mil exemplares / As matériasnão assinadas deste jornal são de responsabilidade da Coordenação de Comunicação Sindical / Correspondência: aos cuidados da Coordenação de Comunicação.Fax: 21 2260-9343. Tels.: 2560-8615/2590-7209, ramais 214 e 215.

Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJCx Postal 68030 - Cep 21944-970 - CNPJ:42126300/0001-61

DOIS PONTOS

Terminou na quinta-feira,18, o Campeonato de Futebol doSINTUFRJ José Kilson Neto. Oprincipal jogo foi o que definiuo campeão e o vice do torneio. AVigilância confirmou sua supe-rioridade mesmo empatandocom a Prefeitura Universitáriapor 3 a 3, e levou para casa a tãoalmejada taça de 1º colocado. Nojogo anterior, a Vigilância ga-nhou da Prefeitura de 3 a 1. Elatambém se destacou como a equi-pe mais disciplinada do campe-onato e foi premiada por isso.

Os times da Coppe e do CLAdisputaram no mesmo dia o ter-ceiro e quarto lugares. Resulta-do: a Coppe ganhou do CLA. Osorganizadores do campeonatofazem parte da Coordenação deEsportes do SINTUFRJ: EdmilsonGomes (CLA), Ivanir Valentim(Museu Nacional) e Rubens Mo-rais (CCS). Eles destacaram o pro-fissionalismo da técnica CarlaNascimento e homenagearamcom medalha de honra ao méri-to o veterano Orlando – um dosdisseminadores do esporte no Sin-dicato.

DestaquesDestaquesDestaquesDestaquesDestaquesOs três gols que garantiram o

Bola rolou bonito

Vigilância é o campeã de 2008

título à Vigilância foram mar-cados por Robinho, Mazinho eDelcio. O artilheiro da equipe foiRobinho, com 26 gols, e Fernan-do o goleiro menos vazado.

Dizem as boas línguas que senão fosse a boa performance dogoleiro Edmilson, o CLA passariapara a história dos campeonatosde futebol do SINTUFRJ como aequipe mais goleada de todos ostempos.

TIME CAMPEÃO COMEMORA a vitória com entusiasmo

EQUIPE DA PREFEITURA UNIVERSITÁRIA recebe a taçapelo vice-campeonato

Seminárionacional dosvigilantes

O XVIII Seminário Na-cional dos Vigilantes dasInstituições Públicas deEnsino Superior (Ipes) játem data e local: será de9 a 14 de fevereiro de 2009,nas instalações da Uni-versidade Federal de San-ta Catarina. Na quarta-fei-ra, 17, o SINTUFRJ reu-niu os vigilantes da UFRJpara definir os critériospara a eleição de delega-dos. A categoria partici-pará com 23 delegados eum observador. Mais de-talhes sobre o seminárioserão divulgados na próxi-ma edição.

Com a presença do reitor, AloísioTeixeira, e da pró-reitora de Pós-Gra-duação e Pesquisa, Angela Maria Uller,o Centro de Ciências Jurídicas e Econô-micas (CCJE) da UFRJ reuniu na tardeda última terça-feira, dia 16, seus ex-decanos para celebrar 40 anos de histó-ria. Compareceram ao evento os profes-sores Rosélia Perriré e José Antônio Orte-ga, dirigentes na segunda metade dasdécadas de 1980 e 1990 do CCJE, respec-tivamente.

Na mesma ocasião, a decania doCCJE, um dos mais tradicionais centrosda universidade, lançou a revista Ver-sus. “A motivação fundamental desteCentro (CCJE) – que viu florescer inte-lectuais do porte de um Santiago Dan-tas, um Celso Furtado, Maria da Con-ceição Tavares, de um Carlos Lessa – é ode fomentar o debate e a reflexão sobreos grandes temas da sociedade brasilei-ra e do mundo”, disse o decano AlcinoCâmara, ao referir-se ao lançamentoda revista, em versão impressa e tam-bém on line.

Financiamentode imóvel parao servidor

O governo federal, aCaixa Econômica e oBanco do Brasil firmaramacordos com os ministé-rios do Planejamento eda Previdência Social quepermitirão ao funcionalis-mo federal (ativos, apo-sentados e pensionistas,que somam mais de 1,3milhão) acesso à casaprópria em condições di-ferentes daquelas que seencontram no mercado.

Cada uma das insti-tuições vai disponibilizarR$ 4 bilhões. Entre asfacilidades, acesso aocrédito pela internet, ju-ros mais baixos, carên-cia de seis meses para opagamento da primeiraprestação, compra do se-gundo imóvel da família eprazos de até 30 anos.

O financiamento éconcedido conforme arenda. Pode ser utilizadoo crédito consignado. Ointeressado pode se ha-bilitar ao crédito sem sairde casa, acessando a pá-gina do banco escolhidopela internet e pode atésimular o crédito. Mas aoperação é sacramenta-da no banco.

CCJE comemora40 anos e lançarevista

Nota defalecimento

É com muito pesar quea família da aposentadaIlma Conceição comuni-ca seu falecimento, ocor-rido no dia 7 de dezem-bro. Ela atuou no Institutode Química.

No dia 22 de dezembro de 1988foi assassinado o seringueiro, sin-dicalista e ativista ambiental Fran-cisco Mendes Filho. Aos 44 anos, foialvo do ódio e dos interesses de fa-zendeiros em represália por sua lutapela preservação da Amazônia. Chi-co Mendes lutou por anos a fio con-tra a derrubada da floresta para fa-zer pasto, contra a expulsão dos se-ringueiros do local de onde tiravamseu sustento: o látex, matéria-prima da borracha.

O outro lado reagiu com violência. Vários sindica-listas foram assassinados em Xapuri no fim da décadade 1980. Chico Mendes, em um de seus últimos depoi-mentos ao documentário dirigido por Edílson Martins:“Chico Mendes – Um povo da Floresta”, diz que suamorte era questão de tempo.

Desde que iniciou a vida de líder sindical, noSindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia, em1975, Chico Mendes participava ativamente das lutasdos seringueiros para impedir o desmatamento e deações em defesa da posse da terra pelos habitantesnativos. Foi um dos fundadores do Partido dos Traba-lhadores e um de seus dirigentes, no Acre. Em 1982assumiu a direção do Sindicato de Xapuri, do qual foipresidente até sua morte.

20 anos do assassinato de Chico MendesLiderou o primeiro encontro

nacional dos seringueiros – em ou-tubro de 1985 –, quando foi criadoo Conselho Nacional dos Seringuei-ros. A proposta da “União dos Povosda Floresta” aglutinou interessesde indígenas, seringueiros, casta-nheiros, pequenos pescadores, que-bradeiras de coco babaçu e popula-ções ribeirinhas, através da criaçãode reservas extrativistas.

Chico Mendes denunciou internacionalmentea devastação da floresta e a expulsão de seringueirospor projetos financiados por bancos internacionais.Após a desapropriação do seringal de Darly Alves daSilva agravaram-se as ameaças, até o desfecho co-varde com a morte do ativista na porta de sua casa.

A Justiça condenou os fazendeiros Darly e DarcyAlves da Silva a 19 anos de prisão em dezembro de 1990.Darly fugiu em 1993 e foi recapturado em 1996. Emdezembro de 2007, a juíza Maha Manasfi beneficiou-ocom prisão domiciliar até março de 2008.

Chico Mendes despertou a atenção internacionalpara os problemas dos seringueiros, e representa osmuitos outros moradores da floresta assassinados, de-sempossados, ameaçados.

Fotos: Cícero Rabello

Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 845 - 6 a 11 de janeiro de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected] – 3

RETROSPECTIVA / PERSPECTIVA

Os trabalhadores não pagarão a conta

Começamos 2009 com muito tra-balho pela frente: garantia dos direitosconquistados, como a manutençãodos índices das nossas ações judici-ais nos contracheques; complexo hos-pitalar; privatização dos HUs; recur-sos para a tabela de 2009; recupera-ção do step constante da Carreira e atransformação da qualificação e dacapacitação em realidade efetiva nauniversidade. Com a crise financeirainternacional que se agrava e queaumentará o impacto sobre a saúde

Um 2009 com muita disposição e luta são os votos dos dirigentes do SINTUFRJ à categoria

da economia nacional, as perspecti-vas para os trabalhadores públicos,assim como para os do setor privado,naturalmente não são nada boas.

O que reforça a projeção de desen-cadeamento de grandes lutas pelaclasse trabalhadora. Mas, neste mo-mento, o importante para todos nós éque a CUT e a Fasubra já anunciaramque não vamos pagar a conta dosespeculadores. Para a nossa catego-ria, 2008 foi o ano de resistência emobilização. Resistência contra os

ataques do governo, principalmenteaos nossos salários e aos HUs, emobilização pela manutenção de nos-sas conquistas de anos de muitabatalha.

A atual direção sindical tomouposse no mês de junho prometendoaproximar o Sindicato da base e lutarpelo aperfeiçoamento da Carreira. Des-de então, todos os esforços nessesentido estão em curso.

A campanha deflagrada pelo Sin-dicato pelo descongelamento das

ações judiciais afunilou com a defesaintransigente da autonomia universi-tária. Para esta luta, a direção sindi-cal contou com a participação decisi-va de inúmeros companheiros queformaram e integraram a Comissãode Mobilização. Foram feitas numero-sas visitas e arrastões nos locais detrabalho: no Fundão, Praia Vermelhae unidades isoladas. O objetivo dessetipo de ação era despertar e conscien-tizar a companheirada para a gravida-de da situação.

mais na página 6 >>>

Fotos: Cíceros Rabello

4 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 845 - 6 a 11 de janeiro de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

ShowFestade

Fotos: Cíceros Rabello

Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 845 - 6 a 11 de janeiro de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected] – 5

Teve palhaço, pula-pula, piscina de bo-las, futebol de sabão, cama elástica, highjump, máquina de dança e maquiagem in-fantil. Foram sorteados microondas, câme-ras digitais, liquidificadores, telefones semfio e play stations. Sem dúvida foi um diamuito especial. O que é difícil, pois energia éo que não falta aos pequenos. Letícia, de 2anos, chegou a um momento que entregouos pontos e pediu o colo da mãe MicheleLima Cordeiro. “Ela está cansadinha, mas éassim mesmo. Também, com tanta coisa! Afesta está muito boa”, garantiu a mamãe.

Aos diretores e funcionários do SINTUFRJ,após horas de trabalho ininterrupto e muitocansaço, ficou a satisfação do dever cumpridoe a alegria por tudo ter dado certo. Que em2009 possamos repetir a dose e, se for possível,

O SINTUFRJencerrou o ano comuma bela festapara a categoria.De crianças aadultos, não houvequem não sedivertisse. A chuvafina que insistiu emcair durante todo odia não foisuficiente paraapagar o brilho daconfraternização.Famílias inteirascompareceram aoevento. A felicidadeda criançada feztambém a dos seusacompanhantes.O sorriso desatisfaçãoestampado emcada uma dascarinhas queagitaram ocampus daPrefeituraUniversitária semisturava às gotasde suor dasbrincadeiras. Erammuitos osbrinquedosoferecidos e umavariedade enormede coisas gostosaspara comer.

melhorar cada vez mais esta festa que já fazparte do calendário oficial do Sindicato.

A realização da festa no campo da Prefei-tura Universitária teve o objetivo de integraraos festejos de fim de ano do Sindicato ocampeonato de futebol em curso. A iniciati-va também visou valorizar o trabalho daCoordenação de Esporte e Lazer da entidade,que reuniu dezenas de trabalhadores de vári-as unidades.

Com todas as dificuldades impostas pelaconjuntura política adversa (congelamentodas ações judiciais, fim do step constante,entre outras barbaridades), que obrigaramas lideranças sindicais a atuarem de imedia-to em defesa dos direitos da categoria, reali-zando plenária nacional da Fasubra, encon-tro jurídico e várias outras reuniões emer-

Fotos: Cíceros Rabello

genciais fora do município do Rio de Janei-ro, em nenhum momento a diretoria doSINTUFRJ aventou a hipótese de não reali-zar a tradicional festa de confraternizaçãodos técnicos-administrativos.

Além da vontade política, a festa tam-bém aconteceu graças ao trabalho e dedica-ção de um grupo de diretores e funcionáriosda entidade. Foram dias e noites de trabalhoincansável para que tudo desse certo. O obje-tivo dos dirigentes do Sindicato é que, a cadaano, a festa se supere em qualidade e alegria.

Os dois ventiladores adquiridos para se-rem sorteados na festa acabaram ficando parao Sindicato. É que o ar condicionado de duassalas de trabalho da entidade quebrou e, poruma questão de economia, foram temporari-amente substituídos pelos ventiladores.

6 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 845 - 6 a 11 de janeiro de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

RETROSPECTIVA / PERSPECTIVA

Sindicato agita Brasília e UFRJAssembléias, atos, greve, idas à Reitoria, arrastões nas unidades, reuniões de GTs, mobilizações em Brasília

Em sete meses, a movimen-tação do Sindicato foi grande.Realização de assembléias sema-nais, que contaram com a par-ticipação de centenas de traba-lhadores; caravanas; implanta-ção de novos GTs, e reorganiza-ção dos já existentes, como o deSaúde e Aposentados. Os cursosde formação política são reto-mados e dado continuidade àsoficinas de dança e arte. O SIN-TUFRJ voltou a se reunir com asoutras universidades federais doRio de Janeiro, o que resultouem realização de atos públicosconjuntos.

O Sindicato esteve atento àsreivindicações das unidades eapoiou as lutas internas. NoIFCS, a pressão conseguiu der-rubar a tentativa de impor oponto eletrônico aos técnicos-administrativos e, no Hesfa,após anos de abandono, foi elei-ta uma direção comprometidacom as necessidades dos traba-lhadores e da população que de-pende do atendimento públicode saúde.

No Consuni, a bancada dostécnicos-administrativos defen-deu a posição da categoria emrelação ao HUs, Plano Diretor eComplexo Hospitalar. A impor-tância da ocupação dos espaçosde decisão da universidade pe-los técnicos-administrativosfoi outra bandeira levantadapelo Sindicato durante todo oano. A aproximação com a Adu-frj, diante do corte dos 26%,em dezembro, abriu espaço parao reforço contra as investidasdo governo e a defesa da auto-nomia universitária.

Não poderíamos deixar dedestacar, também, a celebraçãodos 15 anos de fundação doSINTUFRJ, ocorrida em novem-bro, e a Festa de Fim de Ano,que encerrou com fecho de ouroo ano de 2008.

Aposentados e pensionistasAposentados e pensionistasAposentados e pensionistasAposentados e pensionistasAposentados e pensionistasEm 2008 entrou em ativi-

dade o GT-Aposentados da Fa-subra, que deu mais gás aoGT-Aposentados do SINTUFRJ.As oficinas de Patchwork ePintura em Tecidos funcio-naram a todo o vapor. Em2009, elas continuam sob oc o m a n d o d e D é b o r a ( p a -tchwork) e Fátima (pinturaem tecidos), na subsede sin-dical no HU.

Fasubraressalta acordo

Na avaliação da direção daFasubra, os técnicos-adminis-trativos têm de continuar pres-sionando o Parlamento e oExecutivo para que não hajanenhum retrocesso no acordoda greve de 2007. E buscar re-compor aquilo que foi tirado– o step constante (diferençaentre padrões de vencimento)– e sem qualquer negociação.

A Federação destaca que épreciso avançar na ComissãoNacional de Supervisão, paraque se tenha, de fato, o apri-moramento da carreira e arecomposição do poder aqui-sitivo dos benefícios, como oauxílio-alimentação, trans-portes etc.

Em relação à crise, a dire-ção da Fasubra sustenta quetemos o desafio de tirar delaelementos que possam levar àreação da sociedade contra osmales do neoliberalismo, lu-tando para que o Estado invis-ta em educação, saúde, mora-dia, emprego e na regulaçãodo mercado.

Nossos eixos de lutapara 2009

Garantia de recursos paraaplicação da tabela salarial de2009, nos prazos estabelecidos.

Recuperação do artigo 15 daLei nº 11.091 – step constante.

Contra o PLP 92 – que cria aFundação Estatal de DireitoPrivado.

Em defesa dos hospitais uni-versitários – Manutenção davinculação dos HUs às Ifes.

Contra o congelamento dasações judiciais.

Pela aprovação das PECs 441e 270 e da emenda constituci-onal E-555.

Contra a portaria que provo-cou o congelamento das con-signatárias.

Fotos: Cíceros Rabello

Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 845 - 6 a 11 de janeiro de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected] – 7

DEBATE EM 2009

Complexo Hospitalar é aprovado no ConsuniPor solicitação dos funcionários, fundações estatais entram em pauta na primeira sessão do ano

Aprovado com a ressalva de quesob nenhum aspecto se confundirácom a proposta das fundações esta-tais de direito privado, o complexohospitalar da UFRJ já faz parte daestrutura média da universidade. Adecisão foi tomada na sessão especialdo Conselho Universitário (Consuni)dia 18 de dezembro. A aprovação daproposta foi saudada com palmaspelos conselheiros, pois o fato foi con-siderado histórico na instituição.

O que foi aprovadoO que foi aprovadoO que foi aprovadoO que foi aprovadoO que foi aprovadoO Consuni alterou o artigo 17 do

Estatuto da UFRJ, incluindo o com-plexo hospitalar na estrutura médiada universidade, e o parágrafo quedefine sua composição: todas as uni-dades ou órgãos suplementares queprestam assistência aos pacientes in-ternados ou em ambulatórios, comoo Hospital Universitário ClementinoFraga Filho, Hospital-Escola São Fran-cisco de Assis, Instituto de Pediatria ePuericultura Martagão Gesteira, Ma-ternidade-Escola e os Institutos deGinecologia, Neurologia, Psiquiatria,Doenças do Tórax e do Coração.

Foi decidido, ainda, que o reitornomeará uma comissão para elabo-rar o regimento interno do complexohospitalar, no prazo de 120 dias, paradeliberação no Consuni. Essa comis-são vai gerir a unidade gestora docomplexo até sua implantação defi-nitiva. A Reitoria vai disponibilizarpara isso pessoal e estrutura. E, porreivindicação da bancada dos técni-cos-administrativos no Conselho Uni-versitário, haverá audiências públi-cas e debate com a comunidade sobreo tema.

Categoria questiona projetoCategoria questiona projetoCategoria questiona projetoCategoria questiona projetoCategoria questiona projetoO projeto, aprovado na Câmara

dos Hospitais e depois no Conselho deCentro do Centro de Ciências da Saú-de (CCS), só chegou ao Consuni noinício de dezembro, sem tempo parao necessário debate.

Na quarta-feira, 17, um dia an-tes da sessão especial do Consuni, oGrupo de Saúde do SINTUFRJ (GT-Saúde) se reuniu e, preocupado como futuro dos servidores das unidadeshospitalares, chegou à conclusão deque o projeto precisava ser discutidocom a comunidade. Coube à banca-da dos técnicos-administrativos, apedido do GT, solicitar esclarecimen-tos no Consuni a respeito das váriasdúvidas, como, por exemplo, se o pes-soal dos HUs permanecerão na folhade pagamento da UFRJ; se a mudan-ça jurídica não favorecerá a transfor-mação do complexo em fundaçõesestatais de direito privado. Ou até

Bancada avalia sua influência nasdecisões do Consuni

mesmo que atuasse pelo adiamentoda deliberação para depois da realiza-ção de debates.

O representante da categoria noConsuni e funcionário do HU, Mil-ton Madeira, afirmou que haviamuitos pontos obscuros, como a pos-sibilidade de transformação do com-plexo hospitalar em fundação e arelação de poder entre as unidades.Madeira concluiu sua crítica repetin-do a frase dita várias vezes pelo com-panheiro de bancada, Izaías Gonçal-ves: “A gente atropelou a discussão.Estamos registrando a discussão an-tes de ela nascer.” Outro conselheirotécnico-administrativo, Roberto Go-mes, questionou: “O que implica aaprovação ou a não aprovação docomplexo hoje?”

Jéferson Salazar, também conse-lheiro da bancada da categoria, pro-pôs que o assunto fosse pautado paraa primeira reunião de 2009 do Con-suni e que fossem realizadas audi-ências públicas para que o regimentoe a estrutura de funcionamento docomplexo hospitalar sejam debati-dos pela comunidade universitária.“Isso vai fazer com que a universida-de, em especial a comissão do com-plexo hospitalar, tenha tranqüilida-de para a tramitação da proposta noambiente da UFRJ.” O reitor acatoua solicitação e inseriu este ponto napauta da primeira sessão do ano. Ooutro integrante da bancada, o con-selheiro Agnaldo Fernandes, defendeua participação no debate de outras uni-dades, e, por último, sugeriu que hou-vesse um fórum de discussão sobre otema, aberto a toda comunidade.

Outros pontos de vistaOutros pontos de vistaOutros pontos de vistaOutros pontos de vistaOutros pontos de vistaO decano do CCS, Almir Fraga,

explicou que o que se seguiu foi – naoportunidade da operacionalizaçãoda exigência do MEC (com a Porta-

ria nº 4, de abril) de transformaçãodos hospitais em nove unidades orça-mentárias – a concretização de umaproposta histórica, que remonta a 30anos, de ação de saúde integrada. Eledisse que UFRJ solicitou ao MEC apossibilidade de criar uma única uni-dade orçamentária, a do complexo.“Concluímos que a estrutura preci-sava ser modificada”, disse, e apon-tou mudanças relevantes, como a cri-ação de um prontuário único para ospacientes. E acrescentou: “Tambémsou totalmente contra a criação dasfundações estatais.”

O reitor Aloísio Teixeira explicouque os servidores dos quadros da UFRJcontinuarão sendo da UFRJ. “Nãoestamos tratando de fundação esta-tal. Tenho posição pública contra atransformação dos hospitais em fun-dações estatais”, frisou.

Aloísio explicou que se os hospi-tais universitários da UFRJ se trans-formassem em unidades gestoras,para atender à portaria governamen-tal, seria a consagração de um mode-lo de gestão fragmentada. Por estarazão consultou o MEC sobre a possi-bilidade de constituição de uma uni-dade “gestora mãe”, que transferirá adotação orçamentária para as unida-des gestoras “filhotes”.

Nelson Souza e Silva, do Institu-to do Coração, e um dos formulado-res da proposta, destacou o caráterhistórico da decisão, e a apontoucomo fator de superação da fragmen-tação. O diretor do HU, AlexandreCardoso, indicou como uma das van-tagens da criação do complexo a pos-sibilidade de melhorar a capacidadede negociação nos preços para aquisi-ção de material de consumo.

As mudanças deveriam ser im-plantadas até o fim de dezembro de2008. Segundo informaram os dire-tores, já existia uma proposição para

que essa comissão fosse integrada pe-los autores do projeto : eles dois eMarcelo Land, diretor do IPPMG.“Mas quem vai decidir é o reitor”,acrescentou Cardoso.

Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto da da da da da Fasubra para os HUsFasubra para os HUsFasubra para os HUsFasubra para os HUsFasubra para os HUsDirigentes do SINTUFRJ distri-

buíram no Consuni cópias do projetopara os hospitais universitários for-mulado pela Fasubra. O coordena-

dor-geral do Sindicato, Francisco deAssis, lembrou que as discussões noGT- Saúde ocorridas no dia anteriorjá haviam sido levadas ao Consuni.“Mas os conselheiros viram que nãohavia necessidade de adiar a discus-são”, afirmou, e anunciou que oSindicato acordou com os diretoresdo HU e do IPPMG, a realização con-junta de seminários para debate daspropostas.

“A gente tem que viabili-zar toda discussão possívelpara que a proposta atendaaos interesses dos usuáriose do corpo social”, disse Iza-ías Gonçalves, criticando ofato de que a discussão foideficiente.

Para Roberto Gomes, aatuação da bancada foi debuscar esclarecimento. “Oimportante é que haja muitadiscussão nesses 120 diasde formulação do regimento”,observou.

Agnaldo Fernandes des-tacou a importância de umpólo hospitalar, estratégico doponto de vista de atendimentoà população e de defesa do

Sistema Único de Saúde: “Ejá que a posição da UFRJ atéaqui é contra a fundação esta-tal, também passa a ser umelemento importante de defe-sa dos hospitais públicos deensino.”

Jéferson Salazar destacoucomo excelente a contribui-ção da bancada a inclusão dadiscussão sobre as fundaçõesestatais na primeira reuniãodo Consuni em 2009: “Paraque a discussão se dê numambiente livre desta ameaça,além do compromisso com odebate na comunidade”.

A primeira sessão do Con-suni em 2009 será no dia 12 defevereiro.

NA SESSÃO ESPECIAL DO CONSUNI, bancada técnico-administrativa (ao fundo) defende fóruns públicos de debate

Fotos: Cícero Rabello

REUNIÃO DO GT-SAÚDE na subsede do SINTUFRJ no HU

CRISE ECONÔMICA

1. PODEM SE INSCREVER NOCURSO PRÉ-VESTIBULAR DO SIN-TUFRJ:

• Servidores técnico-administrativosda UFRJ filiados ao SINTUFRJ queestejam em dia em suas relaçõescom o sindicato, de acordo com oestatuto da entidade.• SOMENTE PODERÃO SE INS-CREVER NO CPV-SINTUFRJ OSDEPENDENTES DIRETOS DOS SIN-DICALIZADOS.• Prestadores de serviços na UFRJ hámais de 1 ano devidamente compro-vado pela Direção da Unidade em quetrabalha.• Trabalhadores sindicalizados a en-tidades filiadas à CUT, em dia comsuas obrigações financeira, e catego-rias onde haja oposição cutista orga-nizada.• Participantes do MST.

Obs: Todo servidor técnico-adminis-trativo que se inscrever estará auto-maticamente selecionado.

2. DATA DA INSCRIÇÃO PARA OPROCESSO DE SELEÇÃO:

Dias 11, 12 e 13 de fevereiro de 2009.

3. LOCAIS DE INSCRIÇÃO:

• Sede do Sindicato: (9:00 às 17:00h).Cidade Universitária – Ilha do Fundão– Rio de Janeiro, RJ. (perto da Prefei-tura da Cidade Universitária).Telefones: 2590-7209, 2560-8615,2290-2484 e 2270-3348.• Subsede do Sindicato no Centro:(14:00 às 21:00h). Instituto de Filoso-fia e Ciências Sociais – UFRJ. Largode São Francisco, 1. Sala 402. Tele-fone: 3852-1026.• Subsede do Sindicato na Praia Ver-melha: (9:00 às 17:00hs). Av. Ven-ceslau Brás 71 (próximo do Hospitalde Psiquiatria). Telefone: 2542-9143.• Subsede do Hospital Universitário(9:00 às 17:00h). Telefone 3866-6939

EDITAL DO PROCESSO DE SELEÇÃO DO CPV/SINTUFRJ (2009)e 2562-6296.

4. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS:

• Servidores técnico-administrativos daUFRJ:- Documento de identidade;- Comprovante de sindicalização (con-tracheque e carteirinha do sindicatoatualizada);- Comprovante de conclusão ou decla-ração de que está cursando o últimoano do Ensino Médio.

• Dependentes de servidores técnico-administrativos:- Documento de identidade;- Comprovante de dependente de sindi-calizado (carteira de identidade dodependente e comprovante de sindica-lização do responsável ou declaraçãode dependente emitida pelo sindicato);- Comprovante de conclusão ou decla-ração de que está cursando o últimoano do Ensino Médio.

• Prestadores de serviços na UFRJ:- Documento de identidade;- Declaração do setor de pessoal daUFRJ onde presta seus serviços;- Comprovante de conclusão ou decla-ração de que está cursando o últimoano do Ensino Médio.

• Trabalhadores sindicalizados a en-tidades filiadas à CUT, e categoriasonde haja oposição cutista organi-zada:- Documento de identidade;- Comprovante de sindicalização (con-tracheque ou carteirinha do sindicatocom recibo de mensalidade paga);- Comprovante de conclusão ou decla-ração de que está cursando o últimoano do Ensino Médio.

• Participantes do MST:- Documento de identidade;- Declaração da direção estadual doMST de que participa efetivamente domovimento;- Comprovante de conclusão ou decla-

ração de que está cursando o últimoano do Ensino Médio.

5. NÚMERO DE VAGAS OFERECI-DAS E DISTRIBUIÇÃO DAS VAGASPOR CATEGORIA:

O número de vagas será definido pelaDiretoria do Sindicato durante o mêsde janeiro/2009 e será informado opor-tunamente. Do total de vagas serásubtraído o número de vagas que ve-nham a ser ocupadas pelos alunosremanescentes de 2008. As vagasrestantes serão distribuídas da se-guinte forma: 75% para funcionáriostécnico-administrativos da UFRJ e seusdependentes e 25% para as demaiscategorias citadas no item 1.

6. O PROCESSO DE SELEÇÃO

Os funcionários técnico-administrati-vos da UFRJ terão suas vagas auto-maticamente asseguradas.Dos 75% de vagas destinadas aosservidores da UFRJ, aquelas que nãoforem preenchidas pelos servidoresserão destinadas aos seus depen-dentes, obedecendo ao seguinte cri-tério:

I. Sorteio público, no caso do númerode candidato exceder o número devagas no dia 16/02/09.

Obs.: Terão preferência os dependen-tes que já houverem concluído o Ensi-no Médio.Os 25% de vagas destinadas às outrascategorias (citadas no item 1) serãoocupados obedecendo ao seguintecritério:

I. Sorteio público, no caso do númerode candidato exceder o número devagas no dia 16/02/09.

7. HORÁRIOS E LOCAIS DO CURSO:

O Curso Pré-Vestibular do Sintufrj fun-ciona de segunda a sábado em dois

locais distintos:

IFCS – O curso funciona de segundaa sexta, das 17:50 às 21:40h. Aossábados o horário é das 8:00 às13:00h.Fundão - O curso funciona de segun-da a sexta, das 16:00 às 20:00h. Aossábados a aula será no IFCS, nohorário das 8:00 às 13:00h.

8. MATRÍCULA:

Os candidatos selecionados deve-rão fazer a matrícula nos dias 17, 18e 19 de fevereiro de 2009. Os candi-datos que não atenderem a esserequisito serão considerados desis-tentes.

Obs.: Os funcionários técnico-admi-nistrativos da UFRJ serão considera-dos matriculados no ato da própriainscrição, de 11 a 13 de fevereiro, nãonecessitando retornar nos dias 17 a19 de fevereiro.

9. INÍCIO DO ANO LETIVO:

As aulas terão início no dia 02 demarço de 2009, no Salão Nobre doIFCS, 2º andar, às 18:00h. Conta-mos com todos os selecionados,pois na oportunidade serão distri-buídas as turmas e explicados osprocedimentos do curso (além de tirardúvidas dos alunos, por ventura exis-tentes, sobre a dinâmica do curso).

10. CALENDÁRIO:

INSCRIÇÕES: 11,12 e 13 de feverei-ro de 2009.SORTEIO: 16 de fevereiro de 2009na subsede do IFCS às 18:00h.MATRÍCULA: 17,18 e 19 de feverei-ro de 2009 nas subsedes do IFCS(das 10:00 às 21:00h) e do HospitalUniversitário (das 09:00 às 17:00h).INÍCIO DAS AULAS: 02 de marçode 2009.

Pré-Vestibular SINTUFRJ

Durante audiência pública naAlerj, na segunda-feira, 15, sobre acrise econômica internacional, osenador Aloizio Mercadante (PT-SP)disse que o investimento em infra-estrutura e em programas sociaissão fundamentais nesse momento.

A audiência foi convocada pe-los deputados Rodrigo Neves (PT) eAndré Corrêa (PPS). O senador co-meçou sua palestra enfocando asorigens da crise, que, para ele, é deextrema gravidade e terá sérias con-seqüências, especialmente para osEUA, a Europa e o Japão. Mercadan-te divide a crise em quatro fases: 1)bolha imobiliária; 2) crise do crédi-to imobiliário; 3) crise financeirainternacional; 4) crise econômicaglobal.

Até setembro deste ano, o Bra-sil foi poupado da crise. “Estamos

Mercadante quer pacto nacional em defesa da produção e do empregoassistindo à maior coordenação eco-nômica entre os países da história docapitalismo”, disse, se referindo àsações anticrise dos bancos centrais edos governos. O senador expôs algunsdados reveladores sobre a gravidadeda crise:

- Os investimentos em derivati-vos (papéis subordinados a outrospapéis) equivale a 802% do PIBmundial;

- A perda contábil das bolsas devalores do mundo inteiro já atinge32 trilhões de dólares. Ou seja, doponto de vista da perda na bolsa nosprimeiros meses, essa crise já é pior doque a de 1929;

- A economia mundial, que cres-cia mais de 4% em média nos últi-mos cinco anos, viu sua projeção decrescimento cair para menos de 2%neste ano;

- A China, grande motor do cres-cimento mundial, vai sofrer forte-mente o impacto da crise, especial-mente devido à queda das exporta-ções no comércio internacional. 33%do PIB chinês vêm da exportação;

- Vem aí um grande declínio daeconomia americana. O país vinhamantendo um padrão de consumoabsurdo, somado a um enorme défi-cit gêmeo (déficit nas contas exter-nas + déficit nas contas públicas).

Os impactos no BrasilOs impactos no BrasilOs impactos no BrasilOs impactos no BrasilOs impactos no Brasil Como desdobramentos da cri-

se, Mercadante prevê uma rupturatotal com os paradigmas neoliberaise o Consenso de Washington, maslembrou que a Europa vem apresen-tando um outro patamar. No que serefere ao enfrentamento da crise, su-perior qualitativamente ao dos EUA.

Em seguida, o senador falou dos pri-meiros impactos da crise no Brasil:travamento do crédito, forte restriçãodo crédito para as empresas, queda dopreço das commodities, instabilida-de cambial, retração do investimen-to externo direto, fuga de capital, res-trição do saldo comercial. Contudo,Mercadante elogiou as chamadas “li-nhas de defesa” do Brasil para enfren-tar a crise: reservas cambiais de maisde 200 bilhões dólares, 30 bilhões dedólares comprados e estocados peloBC, dívida externa equacionada, co-mércio exterior diversificado, sistemafinanceiro preservado, depósito com-pulsório elevado, alavancagem bai-xa dos nossos bancos, dívida públicalíquida decrescente, déficit nominalperto de zero, inflação em queda, cres-cimento com inclusão social, distri-buição de renda recorde nos últimos

anos, menor taxa de desempregoda série histórica, crescimento doPIB.

“Isso tudo dá ao Brasil boascondições para enfrentar a crise,reduzir ao máximo seus impactose sair dela primeiro que os outros.Mas a principal meta da políticaeconômica tem que ser a manu-tenção e geração de empregos . Pre-cisamos de um pacto nacional pelaprodução e pelo emprego, forte in-vestimento, principalmente eminfra-estrutura, e dos programassociais para proteger os mais vul-neráveis diante da crise”, sustentao senador. Ele elogiou as medidascontra a crise tomadas pelo gover-no, especialmente as voltadas paraa desoneração tributária, que jáatingiram 8,14 bilhões de reais.

escrito por Imprensa CUT