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MARÇO/ABRIL DE 2009 ANO XXI Nº 855 SEG 30 TER 31 QUA 1 QUI 2 SEX 3 SÁB 4 DOM 5 sintufrj.org.br [email protected] Direito Concurso para professor foi parar no Consuni. Estu- dantes reivindicam homolo- gação, e questão retorna à Congregação da faculdade. Manifesto de apoio à direto- ra Juliana Magalhães é subs- crito pela maioria dos funci- onários. PÁGINA 7 DVST Com a extinção do Pro- grama de Psicologia da Divi- são de Saúde do Trabalhador (DVST) no Fundão, promo- vida em fevereiro, os pacien- tes ficaram sem tratamento. O SINTUFRJ protocolou do- cumento reivindicando pro- vidências e alertou para o es- vaziamento da DVST. PÁGINA 8 Neurologia Sindicato organiza os funcionários para promover democracia e transparência no processo eleitoral. Nova reunião nesta terça-feira, 31, às 10h, no auditório da Neu- rologia. PÁGINA 5 Nesta segun- da-feira, 30, a CUT e o movi- mento sindical, social e estudan- til estarão nova- mente unidos nas ruas, para dizer não à crise e às demissões, para exigir a re- dução drástica da taxa de juros e recursos para os investimen- tos em políticas Trabalhadores vão às ruas em todo o país públicas e em defesa dos di- reitos traba- lhistas e soci- ais. O objetivo é tomar as ruas e praças de todo o país em uma grande mobiliza- ção em defesa dos direitos da classe trabalha- dora. No Rio, a concentração será às 14h na Candelária. PÁGINA 3 Fotos: CUT Fotos: Cícero Rabello Não à crise e às Não à crise e às demissões demissões

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MARÇO/ABRIL DE 2009 ANO XXI Nº 855 SEG 30 TER 31 QUA 1 QUI 2 SEX 3 SÁB 4 DOM 5 sintufrj.org.br [email protected]

DireitoConcurso para professor

foi parar no Consuni. Estu-dantes reivindicam homolo-gação, e questão retorna àCongregação da faculdade.Manifesto de apoio à direto-ra Juliana Magalhães é subs-crito pela maioria dos funci-onários.

PÁGINA 7

DVSTCom a extinção do Pro-

grama de Psicologia da Divi-são de Saúde do Trabalhador(DVST) no Fundão, promo-vida em fevereiro, os pacien-tes ficaram sem tratamento.O SINTUFRJ protocolou do-cumento reivindicando pro-vidências e alertou para o es-vaziamento da DVST.

PÁGINA 8

NeurologiaSindicato organiza os

funcionários para promoverdemocracia e transparênciano processo eleitoral. Novareunião nesta terça-feira, 31,às 10h, no auditório da Neu-rologia. PÁGINA 5

Nesta segun-da-feira, 30, aCUT e o movi-mento sindical,social e estudan-til estarão nova-mente unidosnas ruas, paradizer não à crisee às demissões,para exigir a re-dução drásticada taxa de jurose recursos paraos investimen-tos em políticas

Trabalhadores vão às ruas em todo o país

públicas e emdefesa dos di-reitos traba-lhistas e soci-ais. O objetivoé tomar as ruase praças de todoo país em umagrande mobiliza-ção em defesados direitos daclasse trabalha-dora. No Rio, ac o n c e n t r a ç ã oserá às 14h naCandelária.

PÁGINA 3

Fotos: CUT

Fotos: Cícero Rabello

Não à crise e àsNão à crise e àsdemissõesdemissões

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2 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 855 - 30 de março a 5 de abril de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

JORNAL DO SINDICATODOS TRABALHADORESEM EDUCAÇÃO DA UFRJ

Coordenação de Comunicação Sindical: Ednea Martins, Jonhson Braz e Nivaldo Holmes. / Conselho Editorial: Coordenação Geral e Coordenação de Comunicação/ Edição: E. A. C / Reportagem: Ana de Angelis, E. A. C. e Regina Rocha / Secretária: Katia Barbieri / Projeto Gráfico: Luís Fernando Couto / Diagramação:Luís Fernando Couto, J. F. M e Kamilo. / Ilustração: André Amaral / Fotografia: Cícero Rabello / Revisão: Roberto Azul / Tiragem: 11 mil exemplares / Asmatérias não assinadas deste jornal são de responsabilidade da Coordenação de Comunicação Sindical / Correspondência: aos cuidados da Coordenação deComunicação. Fax: 21 2260-9343. Tels.: 2560-8615/2590-7209, ramais 214 e 215.

Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJCx Postal 68030 - Cep 21941-598 - CNPJ:42126300/0001-61

DOIS PONTOS

SERVIDORES ATIVOSSERVIDORES ATIVOSSERVIDORES ATIVOSSERVIDORES ATIVOSSERVIDORES ATIVOSALUISIO CICERO NASCIMENTO FILHOANA MARIA NOBRE SANT’ANNAEYDIR SILVA DE MENDONÇAGILBERTO LIMA DE ALMEIDAJAIR BORGES FILHOJORGE HENRIQUE BARCELOS DA MOTALEONARDO DE OLIVEIRA E XEREZMARIO PICCAGLIA NETOMARISA CASAROTTOMAURO NERI PREISSLERPAULO CESAR SOUZA NABUCO DE ARAUJOPAULO CESAR VIEIRA DE OLIVEIRAROGERIO MADEIRA DE OLIVEIRAROSANGELA FERREIRA GUSMÃO

SERVIDORES APOSENTADOSSERVIDORES APOSENTADOSSERVIDORES APOSENTADOSSERVIDORES APOSENTADOSSERVIDORES APOSENTADOSADEMIR ARAUJO DA SILVAALDAIR DE SOUZA GODINHOALFREDO JOÃO FILHOALVARO ALVES CARNEIROANACLETA DOS REIS CARDOSOANTONIO CARLOS LABANCAAUGUSTO PAULO GONÇALVESBENJAMIM VALERIANO DE OLIVEIRACARLOS THEOPHILO DA SILVACICERO GERALDO NOVAIS GADELHACLEA MONTEIRO RODRIGUES MOREIRACREUSA DA SILVA MAIOLINO DO NASCIMENTODALMIRO JORDÃO DOS REISDILMA NUNES MONTENEGROELAZIR NICOLAU SILVAEVANILCE LUIZA SANT´ ANNA DE OLIVEIRAFERNANDA ALIPIO BRUNO LOBOFERNANDO SANTOS DA SILVAGIUSEPPINA PIRRO DE MOREIRAIRIA FERREIRA BARBOSAIRTES FARIASIZALTINO DA SILVAJANETE SANT’ANNA SOARES DE ALVARENGAJANILTON SIQUEIRA SILVAJOÃO ANIZIO DE SOUZAJOÃO JOSÉ DOS SANTOSJORGE ALEIXOJOSÉ CARLOS ARCHANJOJOSÉ CARLOS DAS CHAGAS ARAUJOJOSÉ D’ALESSANDROLALDIR SOARES MONTEIROLEDA MARIA JERONIMOLELIA DE MEIRA GOMESLUCIA DE OLIVEIRA SANTOSLUIZ GONZAGA DA SILVALUIZ MATIASMANOEL ANTONIO PINTO DE ALMEIDAMANOEL CARVALHO DA SILVAMARCIO LUIZ FIRMINO DO NASCIMENTOMARIA DA CONCEIÇÃO QUEIROZ PRISTAMARIA DE LOURDES DOS SANTOSMARIA DO CARMO LEITE DA SILVAMARIA HELENA DE CASTRO TORRESMARIA IGNES DOS SANTOSMARIA JOSÉ DE OLIVEIRAMARIA ZELIA DO NASCIMENTONAIR BENTO FERNANDESNILSON GOES PENNAOCTAVIANO PAULO DO NASCIMENTOPAULO DA CONCEIÇÃOPAULO ROBERTO MARQUESPAULO ROBERTO PEREIRAPEDRO FERREIRARUTE MELO DA SILVASILVIA LEMPERTWAGNER MATOSYSMAR VIANNA E SILVA FILHO

Trata-se de servidores queaderiram ao PCCTAE através daMP 431 e que estão na Carreiraa partir dessa adesão. A Comis-são Interna de Supervisão (CIS)da Carreira está chamando paraque entreguem documentos deescolaridade (Capacitação eQualificação) para avaliação eposterior implantação nos ven-

CARREIRA

Relação de servidores quedevem entregar documentos

cimentos, caso tenham di-reito. Estes devem ligar paraagendar a entrega dos docu-mentos e/ou obter mais in-formações. Os telefones são:2598-1819 e 9139-9760. Fa-lar com Roberto, coordena-dor-adjunto da CIS e inte-grante da Comissão de En-quadramento.

Agenda de eleiçãoAgenda de eleiçãoAgenda de eleiçãoAgenda de eleiçãoAgenda de eleiçãoA organização das eleições no

Iesc e no IPPMG estão a todovapor. Os trabalhadores destasunidades já definiram a data daeleição para a tirada de delega-dos sindicais de base. Os interes-sados têm até o dia 31 de março,terça-feira, para participar.

Posteriormente publicare-mos as datas, os nomes dos can-didatos e as informações neces-

Biologia faz 40 anosOs 40 anos do Instituto de Biolo-

gia (IB) foram comemorados comauditório cheio e empolgado com aapresentação da Orquestra de Soprosda UFRJ, dia 23 de março. A diretorada unidade, Maria Fernanda Quinte-la Nunes, abriu o evento fazendo umaretrospectiva da história da Institui-ção, dando destaque para a criação docurso noturno há 15 anos (sendo umdos únicos oferecidos pelo CCS), parao Núcleo de Pesquisas Ecológicas deMacaé, além da pós-graduação emGenética e Ecologia e as atividades deextensão.

A cerimônia teve em sua mesa deabertura, além da participação da di-retora Maria Fernanda, a pró-reitorade Graduação, professora Belkis Vald-man, representando o reitor-professorAloísio Teixeira; o decano do Centrode Ciências da Saúde (CCS), professorAlmir Fraga Valladares; o decano doCentro de Tecnologia, Walter IssamuSuemitsu, e representantes de alunose ex-alunos. O coordenador-geral doSINTUFRJ, Francisco Assis, represen-tou os técnicos-administrativos. Elefez uma crítica em relação aos recur-sos destinados à unidade: “A Biologiacresceu nesses 40 anos, mas seu orça-mento não aumentou proporcional-mente.”

H o m e n a g e n sH o m e n a g e n sH o m e n a g e n sH o m e n a g e n sH o m e n a g e n sTécnicos-administrativos, profes-

sores, alunos e ex-alunos foramhomenageados durante a cerimô-nia. Lígia Reis, Madalena Tavares eEunice Xavier foram alguns dos fun-cionários homenageados. A diretoraMaria Fernanda afirmou que esteevento simboliza uma forma de

enfatizar a construção insti-tucional coletiva e as realiza-ções alcançadas ao longo des-sa trajetória. “Considero im-portante para a comunidadedo IB, e também para a UFRJe a sociedade em geral. As-sim, é uma alegria que faze-mos questão de dividir comtodos”, disse.

Vacinação na DVSTVacinação na DVSTVacinação na DVSTVacinação na DVSTVacinação na DVSTA coordenação do Centro de Vaci-

nação de Adultos/DVST/UFRJ infor-ma que a campanha de vacinação dagripe(anti-influenza) para idosos serárealizada no período de 27 de abril a 8de maio. Os profissionais e acadêmi-cos de saúde poderão ser vacinados apósesse período, desde que não seja pror-rogado o término da vacinação.

21ª Medalha Chico Mendes21ª Medalha Chico Mendes21ª Medalha Chico Mendes21ª Medalha Chico Mendes21ª Medalha Chico Mendes

de Resistência 2009de Resistência 2009de Resistência 2009de Resistência 2009de Resistência 2009No próximo dia 1º de abril será en-

tregue a 21ª Medalha Chico Mendes deResistência 2009, , , , , no Salão Nobre doIFCS, às 18 h. Além da homenagem naCategoria Internacional aos Cinco He-róis Cubanos presos nos EUA, cuja meda-lha será entregue ao Cônsul de CubaBladimir Martinez, o PCB fará a entregada medalha ao cartunista Carlos Latuff,homenageado na Categoria Artista.

Delegados SindicaisAté esta terça-feira, 31, ainda podem se inscrever os candidatos adelegado sindical de base de suas unidades. Informamos comoestá a organização nas unidades e as reuniões por local detrabalho. Semana passada houve reunião no Alojamento, noInstituto de Química e no CFCH.

Reunião por local de trabalhoMuseu Nacional/ Horto do MuseuDia 31, terça-feira, às 13, no auditório do MuseuPauta: Informes e composição de chapas para delegados sindicais de base

sárias para a participação dos traba-lhadores das unidades.

AUDITÓRIO cheio para celebrar o aniversário da Biologia

MADALENA, de preto

EUNICE XAVIER, de vestido

LÍGIA REIS, de azul

Fotos: Cícero Rabello

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BRASIL

A greve unificada dos trabalha-dores próprios e terceirizados da Pe-trobras começou no primeiro mi-nuto de segunda-feira, 23, nas refi-narias, plataformas, campos terres-tres de produção e terminais de dis-tribuição de petróleo e gás, e ga-nhou força em todo o país. Além dospetroleiros dos 11 sindicatos quecompõem a Federação Única dosPetroleiros (FUP), a greve contoutambém com a participação dos tra-balhadores das bases do Rio Grandedo Sul, Litoral Paulista, São José dosCampos, Rio de Janeiro e Sergipe/Alagoas, cujos sindicatos não sãofiliados à Federação.

A greve unificada, com duraçãode cinco dias, foi reavaliada na últi-ma sexta-feira, 27. Diante da possi-bilidade de punição dos trabalha-dores em greve o movimento con-tinua. Os trabalhadores reivindi-cam: garantir os postos de trabalhonas empresas contratadas pela Pe-trobras; acabar com a precarizaçãodas condições de trabalho e os aci-

Ato nacional contra criseNo Rio a concentração é na Candelária a partir das 14h

“Não àsdemissões! Pela

redução dosjuros, pelos

investimentospúblicos e em

defesa dos direitostrabalhistas e

sociais!”

O Brasil vai às ruas dia 30 demarço. A crise da especulação e dosmonopólios estourou no centro dosistema capitalista, os Estados Uni-dos, e atinge as economias menosdesenvolvidas. Lá fora – e tambémno Brasil –, estão sendo torradostrilhões de dólares para cobrir o rom-bo das multinacionais, em um poçosem fim, mas o desemprego conti-nua se alastrando, podendo atingirmais 50 milhões de pessoas.

No Brasil, a ação oportunistadas multinacionais do setor auto-motivo e de empresas como a Vale,

A Central Única dos Trabalha-dores e o movimento sindical, so-cial e estudantil estarão novamen-te unidos nas ruas, nesta segunda-feira, 30 de março, para dizer nãoà crise e às demissões e exigir aredução drástica da taxa de juros,recursos para os investimentos empolíticas públicas e a defesa dosdireitos trabalhistas e sociais. OSINTUFRJ como entidade de tra-dicional de luta cutista apoia eparticipará da manifestação noRio de Janeiro.

O objetivo é tomar as ruas epraças de todo o país em uma gran-de mobilização em defesa dos di-reitos da classe trabalhadora. Nos-sas bandeiras, diante da crise inter-nacional, são estas: pela defesa eampliação do emprego, dos salári-os e direitos, pela redução da jorna-da de trabalho sem redução de sa-lário, pela redução dos juros, pelofim do superávit primário, pela re-forma agrária e pelos investimen-tos em políticas sociais.

Petroleiros fazem greve nacionalOs trabalhadores vão reforçar o ato do dia 30 de março

dentes que matam constantementeos trabalhadores, principalmente osterceirizados; restabelecer o paga-mento das horas extras dos feriadostrabalhados, o chamado extraturnoou dobradinha; e garantir o regra-mento e pagamento justo da PLR(Participação nos Lucros e Resulta-dos).

A FUP estará presente nas mobi-lizações do dia 30, construindo umcalendário unificado com todos ossindicatos de petroleiros, para dei-xar claro que os trabalhadores nãopagarão pela crise. “Entendemos quea tentativa das empresas de se utili-zarem da crise para se apropriaremainda mais da renda dos trabalha-dores e das nações é um ataque quetem que ser combatido por todos.Portanto, não podemos permitiruma nova onda de flexibilização eprecarização das condições de traba-lho e direitos arduamente conquis-tados pela classe trabalhadora”, de-clara o coordenador da FUP, JoãoAntonio de Moraes.

CSN e Embraer levou à demissãode mais de 800 mil trabalhadoresnos últimos cinco meses. O povonão é o culpado pela crise. Ela éresultante de um sistema que en-tra em crise periodicamente e trans-formou o planeta em um imensocassino financeiro, com regras di-tadas pelo “deus mercado”. Diantedo fracasso desta lógica excluden-te, querem que a classe trabalha-dora pague a fatura em forma dedemissões, redução de salários e dedireitos, injeção de recursos do BN-DES nas empresas que estão demi-

tindo e criminalização dos movi-mentos sociais. Basta!

A precarização, o arrocho sa-larial e o desemprego enfraque-cem o mercado interno, deixandoo país vulnerável e à mercê dacrise, prejudicando fundamental-mente os mais pobres, nas favelase periferias. É preciso cortar dras-ticamente os juros, reduzir a jor-nada sem reduzir os salários, ace-lerar a reforma agrária, ampliaras políticas públicas em habita-ção, saneamento, educação e saú-de, e medidas concretas dos gover-

nos para impedir as demissões,garantir o emprego e a renda dostrabalhadores.

Manifestamos nosso apoio a to-dos os que sofreram demissões, emparticular aos 4.270 funcionáriosda Embraer, ressaltando que esta-mos na luta pela readmissão.

O dia 30 também é simbóli-co, pois nesta data são lembra-das a defesa da terra Palestina, asolidariedade contra a políticaimperialista do estado de Israel,soberania e autodeterminaçãodos povos.

Trabalhadores e trabalhadoras não pagarão pela crise

Foto CUT

Foto FUP

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CAPACITAÇÃO

Diretrizes serão anunciadas no segundo semestreO Grupo de Trabalho de

Desenvolvimento e Valoriza-ção Profissional da UFRJ,criado por Aloísio Teixeiraano passado, está concluin-do a primeira parte de umprograma amplo para a Uni-versidade, e a perspectiva éque em breve seja divulgadaa proposta de capacitação. Aideia é que no segundo se-mestre esteja em prática umprojeto piloto e que, em 2010,o programa seja implantadode fato.

O GT também discu-te políticas de qualifi-cação e estuda umconjunto de ini-c i a t i v a s ,como a ado-ção de dis-pensa par-cial paraqua l i f ica -ção ou bolsasem auxílio àconclusão daeducação formal. Aexpectativa é que asdiretrizes sejamanunciadas no segun-do semestre, com im-plantação também em2010.

PILOTOPILOTOPILOTOPILOTOPILOTOCom base nas discussões do grupo de

trabalho, que se reúne sistematicamentehá seis meses, a Coordenação de Desen-volvimento Profissional (Codep) prepa-rou um projeto que foi enviado ao Mi-nistério do Planejamento a fim de bus-car recursospara capaci-tação.

O orça-mento dispo-nível para ca-pac i taçãoem 2009 éde R$ 300mil. Fo-ram solici-tados no pro-jeto cerca de R$220 mil a maispara complemen-tar estes recursos.Caso seja aprovado,segundo a Codep, aideia é melhorar as insta-lações, adquirir equipamentose ampliar o número de profissi-onais envolvidos nas iniciativasde capacitação.

A proposta, formulada pela coor-denadora da Codep, Rita dos Anjos, e pelotécnico Lenin Pires apresentou iniciativasde capacitação, qualificação e diretrizesgerais de acordo com as perspectivas cons-truídas no GT: “A ideia é que já em 2009os profissionais que busquem a capacita-ção tenham à disposição conteúdos quelevem à análise crítica do seu fazer, com-binando-os com conteúdos que reflitam o

país e a produção no contexto da Uni-versidade Pública”, explicam os organi-zadores da proposta.

O programa propõe iniciativascom conteúdos que abordem três ei-xos temático: capacitação para o tra-balho (voltado ao aprimoramentoem atividades técnicas e adminis-trativas); capacitação para a univer-sidade (com conteúdos voltados parao papel da universidade no Brasil eno mundo) e capacitação para o Bra-

UniversidadeErro gera atraso no saláriode terceirizados

Chegou ao SINTUFRJ a notícia de que trabalhado-res terceirizados dos hospitais universitários estavamsem salários. Nelson Souza e Silva, da comissão degestão e de implantação do Complexo Hospitalar daUFRJ, explica que de fato houve alguns casos de pessoasque ficaram dois meses sem salários por erro de preen-chimento dos dados, mas o erro já foi sanado e aReitoria está pagando os salários em dia.

“O que houve foi um problema com a folha dosterceirizados (que a UFRJ agora assumiu). Antes ovalor era pago para a cooperativa, que detinha todainformação sobre os trabalhadores. A UFRJ teve quefazer uma folha nova para os oito hospitais. E issogerou pequenos erros: em um não informou o PIS, nooutro digitou o CPF errado. O pessoal trabalhou muitopara corrigir os erros. O primeiro mês atrasou umpouco, como o segundo, mas o terceiro mês já estápronto”, informou.

Segundo Nelson, uma portaria do Ministério daEducação de abril de 2008 determinou que a UFRJ nãopoderia mais pagar a cooperativas. “A partir de 31 dejunho não poderíamos mais pagar terceirizados porcooperativas. A Universidade assumiu a folha tempora-riamente até dar uma solução definitiva”, explicou.

POUCOS,POUCOS,POUCOS,POUCOS,POUCOS,MAS IMPRESCINDÍVEISMAS IMPRESCINDÍVEISMAS IMPRESCINDÍVEISMAS IMPRESCINDÍVEISMAS IMPRESCINDÍVEISSe não são muitos, os poucos trabalhadores que

estão com salários atrasados são imprescindíveis. VeraLúcia Teles, servidora do IPPMG e coordenadora dePolíticas Sociais do SINTUFRJ, confirma que há al-guns terceirizados sem receber há dois meses. São pou-cos, de fato, mas estão em situação muito difícil.

“A situação deles está muito difícil, inclusive paravir trabalhar. Mesmo assim ainda estão trabalhando.Eles são muito importantes. O CTI, por exemplo, é umserviço que funciona 24 horas. A falta de um deles gerasobrecarga de serviço. Quando o quadro fica reduzido otrabalho fica mais pesado”, explica Vera.

SEM TERCEIRIZADOS,SEM TERCEIRIZADOS,SEM TERCEIRIZADOS,SEM TERCEIRIZADOS,SEM TERCEIRIZADOS,HUHUHUHUHUsssss PARAM PARAM PARAM PARAM PARAMNo total, há pouco mais de mil trabalhadores ter-

ceirizados nos HUs. A maior parte enfermeiros, médi-cos, auxiliares administrativos e técnicos de laborató-rio. Se não foi possível manter essas pessoas ou sem asubstituição das vagas por concurso, os hospitais pa-ram.

As medidas que serão tomadas para regularizar asituação vão depender da política geral do Ministérioda Educação, da Reitoria e dos recursos. “O que se estátentando fazer é que o ministério abra concurso”, ex-plicou Nelson Souza e Silva.

A UFRJ estuda casos de decisões judiciais ocorridosem outras Ifes em igual situação. Na UniversidadeFederal do Paraná, eram poucos médicos contratadospara transplantes. O Ministério Público conseguiu naJustiça que o Ministério do Planejamento liberasse opagamento destes profissionais em função do interessepúblico.

Em Santa Catarina, realizou-se um processo deseleção simplificado, também fruto de ação do Minis-tério Público. A decisão garante que haja a seleção eque o pagamento seja incluído no orçamento da uni-versidade para pagamento de pessoal.

“As ideias são essas. Pode haver decisão igual ounão”, comentou Nelson.

sil (através de cursos e palestras sobretemas como História, Economia, Po-lítica, Cultura e Estado).

AVALIAÇÃO AINDAAVALIAÇÃO AINDAAVALIAÇÃO AINDAAVALIAÇÃO AINDAAVALIAÇÃO AINDANÃO FECHOUNÃO FECHOUNÃO FECHOUNÃO FECHOUNÃO FECHOUA Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4) sabe

que o prazo da UFRJ para apresentaçãode um Programa de Avaliação de De-sempenho (que influi até mesmo naconcessão de progressões) já está maisdo que vencido e pretende que, até abril,

a proposta que elabora esteja emdebate. O grupo dedicado aotema trabalha com a perspec-tiva de avaliação total, desdeo ambiente de trabalho, aosobjetivos da unidade, nãose restringindo apenas àavaliação do chefe. Masconta com informaçõessobre missão, institui-ções e metas das uni-dades, muitas dasquais ainda não res-ponderam à solicita-ção da Pró-Reitoria.

Mesmo assim, a pers-pectiva da PR-4 é fechar

o programa até meadosde 2009.

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NEUROLOGIA

Sindicato discute com funcionários democraciae transparência no processo eleitoralDiretor se compromete a rever prazos e garantir participação da comunidade

E o mato cresceu ao redor...CAMPUS

A direção do SINTUFRJfoi ao Instituto de Neurolo-gia Deolindo Couto (INDC)para ouvir os funcionáriossobre a abertura do proces-so eleitoral. Eles questio-nam a convocação e a for-ma como vinha sendo con-duzido o processo. A comu-nidade não foi ouvida paraa definição das regras, as-sim como não houve ampladivulgação do pleito. Aseleições são uma necessi-dade presente, haja vistaque está à frente da dire-ção há quatro anos umagestão pro tempore indica-da pelo reitor Aloísio Tei-xeira. A intervenção naNeurologia é a última exis-tente na universidade e foifeita para dirimir o últimoprocesso de consulta inter-na, conduzido com muitasturbulências.

É exatamente para evitar quetal situação se repita que o SINTU-FRJ defende a convocação de umaeleição democrática, transparente eparticipativa. A direção, que convo-cou uma reunião com os funcioná-rios na terça-feira, 24, obteve do di-retor-geral da Neurologia, José Luizde Sá Cavalcanti, o compromisso derever os prazos anunciados e garan-

tir a participação da comunidade.Ocompromisso foi obtido em reu-nião da direção do SINTUFRJ como diretor da Neurologia, antes dareunião com os funcionários.

O Sindicato pretende que o INDCsaia deste processo eleitoral comoum órgão fortalecido politicamen-te através de uma eleição democrá-tica e transparente. Este processo,para o Sindicato, é que irá garantira unidade e a integração da comu-nidade. Uma nova reunião estámarcada para esta terça-feira, 31, às10h, no auditório da Neurologia. Oobjetivo é organizar de forma de-mocrática a eleição.

A normalização institucionaldo INDC, além de ser uma reivin-dicação do SINTUFRJ, é um com-promisso do reitor. Este já decla-rou publicamente que deseja verrevista a intervenção da Neurolo-gia para que a unidade consigaretormar à plena normalidade.Esta informação foi dada pela di-reção do Sindicato aos funcionári-os para esclarecer melhor a ques-tão. A falta de discussão sobre oprocesso acabou criando muitasdúvidas na comunidade. Os diri-gentes do SINTUFRJ alertaram queé preciso também haver envolvi-mento, participação e cobrança dos

funcionários da Neurologia em re-lação à eleição e aos candidatos. Aconstrução de uma pauta de rei-vindicações para que o candidatose comprometa e possa ser cobra-do no futuro é fundamental. Ou-tro esclarecimento dado pela dire-ção foi o de que, apesar de a últi-ma eleição ter definido o voto uni-versal como regra, o Sindicato de-fenderá a definição da proporcio-nalidade. Este é um princípio do

À medida que o mato tomaconta dos canteiros do Fundão, apreocupação dos responsáveis pelocuidado com o campus aumenta.E, ao que parece, a raiz do proble-ma se aninha na burocracia queenvolve a renovação ou revisão doscontratos.

Desde meados de fevereiro –antes do carnaval, portanto – ocontrato com a empresa Rodocomvenceu e não foi renovado. Essaúnica empresa era responsável pelacoleta de lixo, roçada, capina e var-rição das ruas. O efeito mais visíveldo problema é o mato que toma asáreas externas do campus.

A Superintendência de ServiçosGerais (SG-6) corre para prepararuma nova licitação. Enquanto isso,fechou um contrato emergencialcom a empresa Locanty para ga-rantir pelo menos a coleta do lixo.

Segundo Harley Moura, asses-sor da SG-6, houve um atraso nacontratação emergencial: “A prin-

cípio a Procuradoria aprovou ape-nas a realização do contrato emer-gencial para recolhimento do lixopor 15 dias, com a própria Rodo-com, o que obrigou a SG-6 a corrermais ainda para tentar estabilizaro problema. Tivemos que providen-ciar outro contrato emergencialpara a coleta do lixo – com a Lo-canty –, o que por sua vez acaboucausando a demora na contrata-ção dos demais serviços”, disse.

A superintendência diz que pre-tende definir a situação dos demaisserviços ainda pendentes – capina,roçado e varrição – o mais rápidopossível. “Como é o tipo de serviçoque envolve a compra de equipa-mentos e pessoal, não é uma coisaque se possa fazer de uma horapara outra. Por isso a demora nacontratação”, disse o assessor.

A urgência foi para o contra-to para a coleta de lixo, tendoem vista inclusive a prioridadeda coleta dos hospitais. Com isso,

segundo ele, a equipe acabou re-tardando o atendimento dos de-mais serviços. “Mas já estamosprovidenciando a contratação deroçado e capina, importante pelaquestão da segurança e para evi-tar a proliferação de animais”,

lembra o assessor. As firmas queatuam na limpeza interna dosprédios estão com contrato vi-gente e, pelo que a SG-6 tem co-nhecimento, não apresentamproblemas. Mas a falta dos con-tratos, que afeta a manutenção

das áreas externas do campus doFundão, afeta também unidadesisoladas.

O assessor mantém a esperançade que ainda esta semana os novoscontratos estejam fechados paraque a capina possa começar já.

movimento que justifica a pro-porcionalidade como a formamais democrática de se garantir aparticipação de toda a comunida-de (professores, funcionários ealunos).

COMISSÃO ELEITORALCOMISSÃO ELEITORALCOMISSÃO ELEITORALCOMISSÃO ELEITORALCOMISSÃO ELEITORALA representação dos técnicos-ad-

ministrativos para a comissão elei-toral foi referendada na reunião dodia 24 de março. Jane Calegario,

que já fazia parte da comissão in-dicada pela direção da Neurologia,foi ratificada como titular. E paraa suplência foi escolhida a farma-cêutica Flamínia Flamini. A co-missão eleitoral é composta pelarepresentação dos segmentos daunidade. Assim, além dos técnicoshá os representantes dos docentes edos alunos. Esta comissão é aresponsável pela definição das re-gras da eleição.

UNIDADE E PARTICIPAÇÃOsão os requisitos para que ostrabalhadores da Neurologiainterfiram no processo eleitoral.Em reunião com osfuncionários, a direção iniciou aorganização dos trabalhadores

Fotos:Cícero Rabello

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MOVIMENTO

Aposentados se organizampara reivindicar direitos

A primeira reunião de tra-balho deste ano da Coordenaçãode Aposentados, dia 18 de março,mostrou que é preciso empenho eparticipação para garantir e res-gatar os direitos de ativos e apo-sentados. Um dos desafios do Sin-dicato é a luta pelo reenquadra-mento dos aposentados que tive-ram perdas com a nova Carreira.Outra luta importante é a mobi-lização pela aprovação da PEC270, que garante ao servidor fede-ral que tenha se aposentado porinvalidez permanente o recebi-mento integral do salário, alémdos reajustes na mesma propor-ção e data dos servidores da ativa.

A reunião teve a presença tam-bém de dirigentes e aposentados doSindicato dos Funcionários da UFF(Sintuff). A coordenação-geral eoutras coordenações do SINTUFRJtambém reforçaram a reunião. Ocoordenador Francisco de Assis sau-dou a presença dos companheirosdo Sintuff.

Francisco explicou a dinâ-mica das reuniões, que são men-

A reunião não tratou apenasde política, mas de cultura tam-bém. O Canto Coral, da Coorde-nação de Desenvolvimento Pro-fissional (Codep), fez uma belaapresentação. Formado por fun-cionários de vários setores e con-duzido pela maestrina BiancaMalafaia, o coral interpretoutrês canções da MPB. Bianca ex-plicou que a interação é quemove o diverso grupo que se uniupela afinidade com a música.Ao final da apresentação a coor-denadora Petronila Diniz, emnome da Coordenação de Apo-sentados, entregou um jarro deikebana de presente ao coral.

sais, e ressaltou a necessidade departicipação das atividades po-líticas do Sindicato. Ele deu osinformes nacionais e falou so-bre a plenária da Fasubra e o XXConfasubra.

O dirigente informou que oSindicato agendou reunião coma deputada Andreia Zito (PSDB-RJ), que é autora da PEC 270.No dia 15 de abril, às 10h, nasubsede no HU, haverá reuniãocom o GT-Carreira e a AssessoriaJurídica para tratar do reenqua-dramento dos aposentados daUFRJ. Após a abertura dos traba-lhos, a palavra foi dada aos di-rigentes do Sintuff.

Coral faz bonita apresentação

Reunião dia 15 de abril,às 10h, na subsede no

HU, com participação doGT-Carreira e Assessoria

Jurídica

SINTUFRJ convoca autora da PEC 270

rais, estaduais ou municipais, vi-sando portadores de doenças graves.Propõe-se que os aposentados por in-validez permanente a partir de 2004,que tenham ingressado no serviço

público até 16 de dezembro de 1998,passem a receber proventos integraise tenham garantidos os benefíciosadquiridos pela carreira dos servido-res em atividade, isto é, a paridade.

Para esclarecer a categoria sobrea PEC 270 (proposta de emenda àConstituição), o SINTUFRJ progra-mou um debate, dia 26, na subsedeno HU, com a autora da proposta, adeputada federal Andreia Zito(PSDB-RJ). O que é a PEC? Comoessa proposta pode beneficiar servi-dores aposentados por invalidez? Naoportunidade, a coordenação do SIN-TUFRJ entregou um manifesto àdeputada em apoio à medida e co-brou apoio à outra PEC, de nº 555.Esta revoga o artigo 4º da Emenda41, para que não haja mais descon-to dos aposentados.

A proposta de Emenda à Consti-tuição 270 acrescenta o parágrafo 9ºao artigo 40 da Carta Magna, quetrata das regras para a aposentado-ria dos servidores públicos civis fede-

COORDENADORES apontam necessidade de participação nas atividades políticas

Fotos: Cícero Rabello

“A aposentadoria por invalidezocorre no momento em que o servi-dor mais precisa de recursos finan-ceiros para a compra de medica-mentos necessários ao tratamentode sua doença, dentre outros gas-tos”, destaca Andreia.

Até dezembro de 2003, esses di-reitos eram garantidos aos aposen-tados em decorrência de acidenteem serviço, moléstia profissional,doença grave ou contagiosa. A re-forma aprovada pela Emenda Cons-titucional nº 20, de 1998, e, poste-riormente, pelas Emendas nos 41,de 2003, e 47, de 2005, tirou dosservidores aqueles direitos históri-cos que previam uma perspectivade aposentadoria por invalidez per-manente com proventos integrais.A partir de 2004, estes passaram a

receber apenas provento proporci-onal ao tempo de contribuição.

“Se aprovada, esta Emendaproporcionará um grande con-forto àqueles servidores que se en-contram nessa situação e ame-nizará o desgaste já ocasionadopor tantas outras medidas restri-tivas que foram tomadas, bemcomo o retorno de um direitohistoricamente concedido”, de-fende a deputada.

A PEC já foi aprovada pela Co-missão de Constituição e Justiçada Câmara e aguarda a criação decomissão especial para dar pare-cer sobre o mérito da proposta. OSINTUFRJ reforça a mobilizaçãonacional e a organização de umabaixo-assinado pedindo a agili-zação da tramitação da PEC.

MANIFESTO entregue à deputada Andrea Zito

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Ministério Público quisMinistério Público quisMinistério Público quisMinistério Público quisMinistério Público quissuspensãosuspensãosuspensãosuspensãosuspensão

O reitor Aloísio Teixeira infor-mou que recebeu recomendação doMinistério Público para suspender,por ora, qualquer atitude adminis-trativa ou decisão extrajudicial so-bre o caso: “Acho que há um exces-so de zelo pelo Ministério Públi-co”, comentou, alegando que hou-ve uma invasão sobre coisas quesão do âmbito da administração.Ele lamentou a falta de crédito nacapacidade da universidade e seuscolegiados de resolverem seus pro-blemas. O reitor informou ao Mi-nistério Público que não acatariaa recomendação e pediu apoio aocolegiado para o que definiu comoum exercício de autonomia.

Recurso e parecerRecurso e parecerRecurso e parecerRecurso e parecerRecurso e parecerO recurso de Ana Sabadell con-

testa decisão da Congregação. Esta,por maioria, decidiu não aprovar oresultado do concurso, mas também

Nós, Trabalhadores em Educa-ção da Faculdade Nacional de Direi-to, indignados pela forma desrespei-tosa com que o Centro AcadêmicoCândido de Oliveira vem tratandouma decisão do colegiado máximoda nossa Unidade – Congregação,que deliberou por não homologar deimediato o Concurso de Titular doDepartamento de Teoria do Direito,em decorrência de graves erros ocor-ridos na prova de títulos, tornamospúblico nosso repúdio ao tratamentoque vem recebendo a Professora Julia-na Neuenschwander Magalhães.

Durante quase quatro anos, agestão da Professora Juliana empre-endeu profundas mudanças na FND,tais como a criação do setor financei-ro, a reforma das salas de aula, comcriação de três novas salas, a reestru-turação administrativa e recomposi-ção do quadro de técnicos adminis-trativos da FND, a criação do Mestra-do, a estruturação do espaço público,a revitalização dos órgãos colegiados,com transparência na gestão admi-nistrativa e com respeito à participa-ção técnico-administrativa, a recu-peração da Revista Jurídica, a reali-zação da reforma elétrica e a ampliaçãoe oxigenação do quadro docente, coma realização de 14 concursos públicospara professores. Tudo isso, somado,criou uma nova FND.

Não vamos permitir que sua ges-tão seja desconsiderada ante a trans-formação de uma deliberação da Con-gregação num factoide, visando inte-resses políticos e eleitoreiros.

Não vamos aceitar que o CentroAcadêmico ataque a Direção da FNDcom alegações de favoritismos noconcurso de titular do departamentode teoria do direito, usando comojustificativa, para desqualificar a po-sição da Congregação contra as ile-galidades do concurso, o fato de umdos candidatos ter sido no ano de1994 orientador de Mestrado da Pro-fessora Juliana. A professora Juliananão foi membro da banca examina-dora e sequer participou das delibe-rações que resultaram na formaçãodesta. O CACO não parece ver proble-mas no fato de que a primeira colo-cada é colaboradora de publicaçõescoordenadas pelo Presidente da ban-ca. No entanto, não foi pelo fato doscandidatos terem relações com a Di-reção ou com o Presidente da bancaque a Congregação decidiu pela cor-reção dos erros do concurso. Foi poragir em prol do interesse público,pela legalidade de seus atos, zelandopela transparência, lisura e correçãodos concursos na Faculdade Nacio-nal de Direito. A defesa pela legalida-de é, numa democracia, a garantiacontra o arbítrio dos interesses indi-viduais.

Finalmente, repudiamos as di-versas mentiras veiculadas pelo CACO,dentre elas a de que o professor NiloBatista tenha sido exonerado da UFRJ.

Por tudo isso, exigimos respeitoà professora Juliana Neuenschwan-der Magalhães, aos membros da Con-gregação e a todos que lutam poruma nova FND.

Rio de Janeiro, 24 de março de 2009

UNIVERSIDADE

Estudantes reivindicam homologaçãode concurso na Faculdade de Direito

Os estudantes da Faculda-de Nacional de Direito (FND)ocuparam o Conselho Univer-sitário, dia 26, em protesto or-ganizado pelo Centro Acadê-mico Cândido de Oliveira (Caco)para exigir a homologação deconcurso para professor titularde Teoria do Direito, adiadapela Congregação.

O Consuni apreciaria –como primeiro ponto de pauta– recurso da primeira coloca-da no concurso – Ana LúciaSabadell – contra a decisãoda Congregação da FND, queadiou a homologação para quea banca – reconvocada – cor-rigisse erros no processo. Adiretora Juliana Magalhães jus-tificou que há jurisprudênciaque embasa a decisão daCongregação e que é possívelanular um ato para salvaguar-dar todo o processo.

não o anulou, solicitando a correçãodos erros (entre eles a ausência de umrelatório que justificasse as notas atri-buídas aos candidatos).

O parecer de Ricardo Iglesias,da Comissão de Legislação e Nor-mas do Consuni, recomendou quea Congregação da Faculdade deDireito defina ou a aprovação, oua anulação do concurso.

O reitor insistiu que não cabe-ria ao Consuni outra decisão quenão a de devolver o processo à Facul-

dade de Direito para que a Congrega-ção decida sobre a aprovação ou nãodo relatório do concurso. O parecerdo relator, após intensa discussão,foi aprovado por ampla maioria.

Estudantes alegam criseEstudantes alegam criseEstudantes alegam criseEstudantes alegam criseEstudantes alegam criseAmanda de Souza, diretora do

Caco, disse que se instalou umacrise na faculdade quando se ques-tionou o concurso, e que a Congre-gação não teve qualquer justifica-tiva para alegar vícios formais. Se-gundo ela, estava errado reconvocaruma banca que foi dissolvida quan-do foi encerrado o concurso. “Ou ocolegiado homologa ou não”, sen-tenciou a jovem. Para os estudan-tes a decisão da Congregação enco-bre manobra para beneficiar o se-gundo colocado.

ManifestoManifestoManifestoManifestoManifestoMuitos conselheiros considera-

ram ofensivas as acusações dos es-

tudantes contra a diretora e lem-braram seu importante papel nareconstrução da unidade. O técni-co-administrativo Jéferson Salazarapresentou manifesto de apoio aJuliana subscrito por 38 dos 46 fun-cionários da FND (quatro estão delicença), para que constasse em ata.Membro da CLN, Jéferson defendeuo parecer: “A Congregação tem quese manifestar.”

Entenda o casoEntenda o casoEntenda o casoEntenda o casoEntenda o casoEm novembro de 2008 foi reali-

zado um concurso para professor ti-tular. Entre os candidatos estavamAna Lúcia Sabadell, Leonel Severoda Rocha e Márcio Pugliesi. A Con-gregação, reunida em 5 de fevereiro,deliberou pela não homologação doconcurso em virtude de vícios deformalidade e solicitou à banca a sereconstituir e corrigir os tais vícios.Isso levou um dos membros, NiloBatista, a pedir exoneração. Outrosmembros se recusaram a reconsti-tuir a banca.

O Centro Acadêmico sustenta queacompanhou o concurso e que nãohouve nada de controverso. Por isso,exige a homologação do concurso eacusa a diretora de ter distribuídonota de desagravo “claramente a fa-vor” do segundo colocado. Em seujornal, o Caco afirma: “Os supostosvícios formais não passam de umamáscara atrás da qual tentam se es-conder aqueles que desejam a altera-ção do resultado do concurso.” Nodia 20 de março os estudantes ocu-param a Congregação da Faculdadede Direito, e conseguiram do reitor,que estava presente para discutir oPlano Diretor, o compromisso deque o tema seria o primeiro pontode pauta do Consuni dia 26.

Manifestação dostrabalhadores emEducação da FND

Em manifesto deapoio, trabalhadoresda faculdade dizemque não permitirãoque a gestão deJuliana Magalhãesseja desconsideradavisando a interessespolíticos

O CACO afirma que houve máxima lisura no concurso e assim exige homologação

OS TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS defendem o parecer da comissão do Consuni

Fotos: Cícero Rabello

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UNIVERSIDADE

AO DEUS-DARÁ

Sindicato cobra providências e reversão do esvaziamento da unidade

Entenda o casoO fim do Programa de Psi-

cologia no Fundão e o afasta-mento da psicóloga responsávelresultaram em denúncias daprofissional à Pró-Reitoria dePessoal (PR-4) e dos pacientes àOuvidoria da UFRJ. Alzira Mon-teiro acusou a direção da DVSTde conduta arbitrária e antiéti-ca. Segundo a PR-4, foi abertauma sindicância para apuraçãodos fatos, que no entanto aindanão foi concluída. Os pacientesque estavam em tratamento psi-cológico no Fundão, apesar docompromisso assumido pelaPR-4 de atendimento na PraiaVermelha, ficaram completa-mente desassistidos.

Com a extinção do Programade Psicologia da Divisão de Saúde doTrabalhador (DVST) no Fundão, pro-movida em fevereiro, os pacientes fi-caram sem tratamento. SegundoMarilene Silva e Madalena Carlota,que eram atendidas pela psicólogaAlzira Monteiro, responsável pelo pro-grama, e denunciaram o problema àOuvidoria da UFRJ, nada foi feito. Oatendimento que seria feito no Polode Saúde Mental na Praia Vermelha,compromisso assumido pela Pró-Rei-toria de Pessoal (PR-4), não ocorreuaté agora. O SINTUFRJ protocoloudocumento reivindicando providên-cias, o retorno da profissional, e aler-tou para o esvaziamento da DVST.Abaixo-assinado dos pacientes solici-tando reunião foi informado peladireção à PR-4.

mentos dos chefes de seção. Os res-ponsáveis devem fechar o relatório eapresentar à PR-4. “Estão colhendoinformações e vão chegar ou não auma conclusão”, informou.

Ele explicou que, segundo pre-vê a legislação, a comissão temprazo de 60 dias no máximo paraconcluir seu relatório. A denúnciafoi publicada na edição 851 doJornal do SINTUFJ, que circulouentre 2 e 8 de março.

A psicóloga Alzira Monteiroquestiona todo o processo abertopela PR-4. Segundo ela, o superin-tendente Roberto Gambine não po-deria ter enviado seu relatório detrabalho para os gestores que a co-locaram à disposição. “Não estáhavendo isenção”. Alzira protesta:“Aliado a isso, estou impossibili-tada de trabalhar, enquanto o co-ordenador de Programas Especiais,

Jorge Fernandes, que expulsou aspacientes e provocou toda a situa-ção, continua trabalhando comose nada tivesse acontecido”.

ÓRFÃOS DE TRATAMENTOÓRFÃOS DE TRATAMENTOÓRFÃOS DE TRATAMENTOÓRFÃOS DE TRATAMENTOÓRFÃOS DE TRATAMENTOOs pacientes fizeram um abaixo-

assinado para cobrar o compromissoda UFRJ. Nele, solicitaram reuniãocom a Direção da DVST para esclare-cimentos sobre a situação do Progra-ma de Psicologia. Mas segundo ospacientes a DVST negou-se a atendersolicitação da reunião coletiva, mar-cando reuniões individuais. Duaspacientes e funcionárias da universi-dade afirmam que o atendimentoestá interrompido e sustentam queapesar das declarações do superinten-dente Roberto Gambine até agora (dia25) não receberam nenhum telefo-nema ou comunicado.

“Estamos sem atendimento e

sem suporte. Ninguém entrou emcontato conosco. Nem da DVST,nem da Pró-Reitoria e nem daOuvidoria. O que sabemos foi atra-vés do Jornal do SINTUFRJ e maisnada. E o anúncio feito pela PR-4 de que iríamos ser atendidas naPraia Vermelha e com direito atransporte foi só para dar umasatisfação à comunidade, porquena prática não foi feito”, declaraMarilene Silva.

“Nós sabemos que o grupotodo que participava do progra-ma está desse jeito. Abandonado.Nada foi feito. Não temos nada.Inclusive estamos muito preocu-padas com uma amiga que nãodeu mais notícias. Quando acon-teceu o problema ela estava retor-nando ao programa, mas já nãoestava bem”, desabafa MadalenaCarlota.

Os pacientes, segundo denun-ciou o SINTUFRJ, encontram-se hámais de três meses sem atendimen-to, abandonados, e não foram ou-vidos sequer para que fosse instala-da comissão de sindicância paraapurar os fatos. “Não recebi qual-quer reclamação de lá para cá. Osesquema que está proposto está fun-cionando”, disse o superintenden-te Roberto Gambine. Ele recebeu odocumento da direção do Sindica-to no dia 25 de março, informandoque a resposta seria dada em mo-mento oportuno. O Sindicato de-nuncia o encolhimento do setor,reivindica sua ampliação e forta-lecimento dos serviços, assim comodiscussão profunda, critica a for-ma abrupta da interrupção das ati-vidades e relata o abandono dospacientes.

Diz o documento: “Infeliz-mente, o que se evidencia é que adenominada Divisão de Saúde doTrabalhador está perdendo seu sen-tido de existência, uma vez queestá deixando à margem de qual-quer atendimento inúmeros servi-dores da UFRJ, sejam os que já con-tavam com o serviço, sejam aque-les que pretendiam contar.” Ele ter-mina com a reivindicação de rein-tegração da psicóloga e a adoção demedidas enérgicas para reverter osatos que virem a implicar parali-sação do serviço de psicologia nocampus do fundão, assim como osdemais serviços que vinham sendoexecutados pela DVST. No docu-mento a direção do Sindicato pon-dera: “Mediante discussão amplia-da se possa efetivamente avaliarqual o bem maior a ser garantidopara os servidores da UFRJ.”

SINDICÂNCIASINDICÂNCIASINDICÂNCIASINDICÂNCIASINDICÂNCIASegundo o superintendente da

PR-4, as servidoras que participavamdo Programa de Psicologia no Fun-dão foram convocadas pela seção deAnálise de Procedimento Disciplinarpara um processo de apuração. Deve-rão ser colhidos também os depoi-

Pacientes do Programa de Psicologia da DVSTno Fundão ficam sem atendimento