8
MAIO DE 2009 ANO XXI Nº 859 SEG 4 TER 5 QUA 6 QUI 7 SEX 8 SÁB 9 DOM 10 sintufrj.org.br [email protected] Assembleia elege representantes ao Confasubra Página 3 Show do trabalhador O SINTUFRJ e a PR-4 se uniram para homena- gear a categoria com um show baile, na sexta- feira, 8 de maio, no Espaço Cultural do Sindicato (Praça da Prefeitura da Cidade Universitária). O show começa a partir das 16h. Não perca, compa- nheira (o). O show baile ficará por conta da banda “A teia”, composta de nove músicos – instrumentistas e can- tores com mais de 30 anos de estrada. O repertório que será apresentado é o mais eclético possível: MPB, samba, pagode, forró, clássicos dos anos 60, 70 e 80, Beatles, Elvis Presley e muitos outros ritmos. Parti- cipação especial de Jadson Moura – prata da casa. Imperdível! Inscrições para montagem de barracas na festa dias 4 e 5 de maio, na sede e subsedes do Sindicato. Fotos: Cícero Rabello Tese da Tribo obteve 61,16% do total de votos; a da CSD, 27,32%; e a do Vamos à Luta,11,60% ATENÇÃO CATEGORIA: ASSEMBLEIA GERAL Quarta-feira, 6 de maio, às 10h, no auditório do CT. Pauta: Questões administrativas do SINTUFRJ, entre as quais a pauta de reivindicações dos funcionários da entidade, e a Resolução nº 01/2009. Reunião da direção sindical No dia 4 de maio, os dirigentes do SINTUFRJ se reúnem às 13h30, na subsede sindical no HU (Fun- dão) para discutir a organização da assembléia de quarta-feira, 6.

ATENÇÃO CATEGORIA: ASSEMBLEIA GERAL · 2019. 7. 21. · 2 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 859 - 4 a 10 de maio de 2009 - - [email protected] JORNAL

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • MAIO DE 2009 ANO XXI Nº 859 SEG 4 TER 5 QUA 6 QUI 7 SEX 8 SÁB 9 DOM 10 sintufrj.org.br [email protected]

    Assembleia elege representantes ao ConfasubraPágina 3

    Show do trabalhadorO SINTUFRJ e a PR-4 se uniram para homena-

    gear a categoria com um show baile, na sexta-feira, 8 de maio, no Espaço Cultural do Sindicato(Praça da Prefeitura da Cidade Universitária). Oshow começa a partir das 16h. Não perca, compa-nheira (o).

    O show baile ficará por conta da banda “A teia”,composta de nove músicos – instrumentistas e can-tores com mais de 30 anos de estrada. O repertórioque será apresentado é o mais eclético possível: MPB,samba, pagode, forró, clássicos dos anos 60, 70 e 80,Beatles, Elvis Presley e muitos outros ritmos. Parti-cipação especial de Jadson Moura – prata da casa.Imperdível!

    Inscrições para montagem de barracas na festadias 4 e 5 de maio, na sede e subsedes do Sindicato.

    Fot

    os:

    Cíc

    ero

    Rab

    ello

    Tese da Tribo obteve 61,16% do total de votos; a da CSD, 27,32%; e a do Vamos à Luta,11,60%

    ATENÇÃO CATEGORIA: ASSEMBLEIA GERAL

    Quarta-feira, 6 de maio, às 10h, no auditório do CT. Pauta: Questões administrativas do SINTUFRJ, entreas quais a pauta de reivindicações dos funcionários da entidade, e a Resolução nº 01/2009.

    Reunião da direção sindicalNo dia 4 de maio, os dirigentes do SINTUFRJ se

    reúnem às 13h30, na subsede sindical no HU (Fun-dão) para discutir a organização da assembléia dequarta-feira, 6.

  • 2 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 859 - 4 a 10 de maio de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

    JORNAL DO SINDICATODOS TRABALHADORESEM EDUCAÇÃO DA UFRJ

    Coordenação de Comunicação Sindical: Ednea Martins, Jonhson Braz e Nivaldo Holmes. / Conselho Editorial: Coordenação Geral e Coordenação de Comunicação/ Edição: Ana de Angelis / Reportagem: Ana de Angelis, E. A. C. e Regina Rocha / Secretária: Katia Barbieri / Projeto Gráfico: Luís Fernando Couto / Diagramação:Luís Fernando Couto e J. Malafaia / Ilustração: André Amaral / Fotografia: Cícero Rabello / Revisão: Roberto Azul / Tiragem: 11 mil exemplares / As matériasnão assinadas deste jornal são de responsabilidade da Coordenação de Comunicação Sindical / Correspondência: aos cuidados da Coordenação de Comunicação.Fax: 21 2260-9343. Tels.: 2560-8615/2590-7209, ramais 214 e 215.

    Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJCx Postal 68030 - Cep 21941-598 - CNPJ:42126300/0001-61

    DOIS PONTOS

    A decisão intempestivae autoritária da Prefeiturado Rio de cancelar a quatrodias do evento a licençaconcedida em fevereiro àCUT-RJ para realização doato em homenagem aos tra-balhadores nos Arcos daLapa, no dia 1º de Maio, foiconsiderada pela direçãoda Central como uma atitu-de desrespeitosa à CUT e àgrande parcela da classetrabalhadora do estado, cu-jos sindicatos são filiados àCUT-RJ.

    Por esta razão, a CUT-RJ con-vocou sindicatos e militantes paraa manifestação do Dia do Traba-lhador na Quinta da Boa Vista,junto com outras centrais: CTB,

    UGT, Nova Central, Força Sindicale CGTB. A CUT-RJ montou umabarraca própria para aglutinar amilitância cutista, que foi reco-mendada a levar bandeiras, pan-fletos, jornais para marcar fortepresença visual e política no ato.

    Faltou civilidadeFaltou civilidadeFaltou civilidadeFaltou civilidadeFaltou civilidadeA justificativa da Prefeitura à

    CUT-RJ para a não cessão do espa-ço na Lapa não convenceu os diri-gentes cutistas. A alegação foi quealgumas áreas do município se-riam interditadas para a visita dosintegrantes do Comitê OlímpicoInternacional, que avaliariam ascondições da cidade para sediar osJogos Olímpicos de 2016. Faltou,

    Um novo “campo B” em maioOs dias de bola rolando na lama

    do campo B estão contados. A refor-ma do local está no final. A me-lhoria do espaço de lazer foi a prin-cipal reivindicação feita a um doscoordenadores do Projeto de Edu-cação Esportiva da UFRJ, Jorge doCarmo, quando ele assumiu o ge-renciamento dos dois campos pró-ximos à Prefeitura. “Quando cho-ve não há como jogar. Principal-mente no campo B, que alaga. Lájogam pessoas da comunidade,funcionários da UFRJ e onde é de-senvolvido o Projeto”.

    Com apoio da Prefeitura daUFRJ e de uma empresa de cons-trução civil que atua no Fundão,Carmo conseguiu aterro e a mão

    S e g u n d o o p r ó - r e i t o rde Planejamento e Desen-vo l v imento (PR- 3) , Car -lo s Lev i , o p roce s so de l i -c i tação para a obra de de-m o l i ç ã o d a a l a s u l d opréd io do Hosp i ta l Un i -v e r s i t á r i o C l e m e n t i n oFraga Fi lho (HUCFF) devese r f e i t o en t r e o s mese sde junho e ju lho . O Mi -

    Vacinação na DVSTA Coordenação de Vacinação da Divisão de Saúde do Trabalhador

    (DVST), que funciona na Cidade Universitária, informa que ficaráfechada de 11 a 15 de maio. Nesse período estará participando doUFRJmar Cabo Frio 2009.

    de obra completa. A obra deve ficarpronta no início de maio. Depois,haverá uma reinauguração à altu-ra, promete Carmo, acrescentando:

    “Depois, vamos buscar tambémapoio para obras no campo A, queatende atualmente a todas as de-mandas.”

    GT-Educação se reúne dia 7 demaio para discutir a Conae

    Nesta quinta-feira, 7, às 14h, na subsede sindical no HU, o GT-Educação dará continuidade à discussão sobre a participação da categoriana Conferência Nacional de Educação (Conae). O evento está marcadopara abril de 2010 e a escolha dos participantes se dará nas conferênciasmunicipais e estaduais. O Conae é um espaço democrático de opinião econtribuição para a melhoria da educação no país.

    A conferência do município do Rio está marcada para junho, por isso anecessidade de organizar a intervenção dos servidores da UFRJ no evento. Otema da Conae é “Construindo um Sistema Nacional Articulado de Educa-ção: O Plano Nacional de Educação, Diretrizes e Estratégias de Ação”.

    Na primeira reunião conjunta entre o GT-Educação e a Representa-ção do Rio de Janeiro na comissão de organização da conferência estadu-al, dia 29 de abril, na subsede sindical no HU, foi iniciada a discussãosobre a participação da categoria nos trabalhos. Para participar da confe-rência nacional é preciso participar da conferência municipal e se elegercomo delegado na Estadual.

    Os dirigentes do SINTUFRJ, Chantal Russi, Petronila Diniz, JonhsonBraz e o representante da Comissão de Organização Estadual, pela Fasubra,Roberto Gomes, fizeram a reunião de trabalho. Os sindicalistas pretendemdiscutir o documento refência da Conae para inserir as contribuições dostécnicos-administrativos da UFRJ.

    CUT participa do ato conjunto na Quinta da Boa Vistasegundo a direção da Central,“uma pequena dose de civilidadeda Prefeitura”. Pois como essa visi-

    ta estava programada há váriosmeses, a CUT-Rio poderia ter sidoavisada com antecedência ou mes-

    mo a Prefeitura, num gesto ele-gante e respeitoso, ter mudado oroteiro da comitiva do COI.”

    Foto: Arquivo

    Foto: Cícero Rabello

    Foto: Jorge do Carmo

    Demolição da perna-seca vai demorarni s t é r io da Educação com-prometeu-se a env iar os re -cur so s ; a PR-3 e s t ima quedevem se r gas to s R$ 24 mi-lhõe s na demol i ção e narecuperação e s t ru tura l dopréd io .

    U m a c o m i s s ã o a n a l i s ao me lhor me io de demol i -ç ã o d o s 1 0 0 m i l m e t r o squadrados da pe rna- s eca :

    s e por implosão ou pe lom é t o d o t r a d i c i o n a l . Aimplosão , ape sa r de mai sráp ida , impõe a r e t i radados pac i en t e s do hosp i -t a l .

    Lev i exp l i cou que s e ac o m i s s ã o d e c i d i r p e l ai m p l o s ã o , e s t a d e v e s e rf e i t a na época de r ece s sode f im de ano .

    Reunião dosaposentados

    D i a 2 0 d e m a i o , à s10h, na subsede s indicalno HU.

    Informe do jurídicoA assessoria jurídica do SINTUFRJ informa à categoria que

    todas as providências estão sendo tomadas para manutenção dasvitórias obtidas através das ações judiciais coletivas dos últimosanos, e adotadas as iniciativas necessárias para efetivação de novasconquistas. Na hipótese de informações relevantes, a categoria seráinformada em assembléia.

  • Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 859 - 4 a 10 de maio de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected] – 3

    Quinhentão ferveu na terça-feira, 28Categoria já tem representantes ao Confasubra, Cecut e Concut

    Realização do Cecut e Concut

    CATEGORIA

    P arcela significativada categoria atendeu ao chamadoda direção sindical e compareceuàs assembleias do dia 28 de abril,no auditório do Quinhentão (CCS),que elegeram representantes ao XXCongresso Nacional da Fasubra(Confasubra) e aos Congressos Es-tadual e Nacional da Central Úni-ca dos Trabalhadores (Cecut e Con-cut).

    XX ConfasubraXX ConfasubraXX ConfasubraXX ConfasubraXX ConfasubraA primeira assembleia discu-

    tiu as teses ao XX Confasubra. Oconteúdo político dos documentose as propostas para enfrentamentodas questões diretamente ligadasaos técnicos-administrativos dasinstituições de ensino superior(Ifes) e ao conjunto dos trabalha-dores brasileiros afetados pela crisemundial, nortearam a escolha dacategoria dos delegados ao Confa-subra.

    Três teses disputaram a prefe-rência da categoria presente aoQuinhentão e foram elaboradas eapresentadas pelas três forças polí-ticas que compõem o movimentosindical na UFRJ. A tese do Coleti-vo Tribo conquistou a maioria ab-soluta: 61,16% do total dos votos. Acorrente CUT Socialista e Demo-crática (CSD), 27,32% e Vamos àLuta (Val), 11,60%.

    Delegação eleitaDelegação eleitaDelegação eleitaDelegação eleitaDelegação eleitaA disputa em plenário se deu

    através de três chapas, mas a com-posição final da delegação que re-presentará o SINTUFRJ no Confa-subra obedeceu o sistema da pro-porcionalidade. Ao todo participa-rão do Congresso da Fasubra 29companheiros da UFRJ: 18 peloColetivo Tribo, 8 pela CSD e 3 peloVamos à Luta.

    13º Cecut e 10º Concut13º Cecut e 10º Concut13º Cecut e 10º Concut13º Cecut e 10º Concut13º Cecut e 10º ConcutNa segunda assembleia o deba-

    te foi das teses aos Congressos Esta-dual e Nacional da CUT. Mas ape-nas a militância da CSD e do Cole-tivo Tribo participou. Duas chapasforam formadas para disputar apreferência da categoria, tanto paraformação da delegação ao Cecutquanto ao Concut.

    Também nessas disputas o Co-letivo Tribo obteve a maior vota-ção, elegendo 19 delegados ao Ce-cut e 7 ao Concut. A CSD elegeu 10representantes da categoria ao Ce-cut e 3 ao Concut.

    O 13º Congresso Estadual da CUT-RJ será nos dias 19, 20 e 21 de junho, na Colônia de Férias do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telefonia (Sinttel-Rio), no municípiode Miguel Pereira. Já o 10º Congresso Nacional da Central ocorrerá de 3 a 8 de agosto, no Expo Center Norte, em São Paulo.

    Programação do XXConfasubra

    O Confasubra ocorrerá de 10 a16 de maio, na cidade de Poçosde Caldas, Minas Gerais

    Dia 10Dia 10Dia 10Dia 10Dia 109h às 18h – Credenciamento12h – almoço16h – Abertura do XX Confasubra Aprovação do Regimento19h – Jantar20h – Apresentação de teses Instalação da Comissão Diretora Assembleia de ratificação da fundação daFasubra

    Dia 11Dia 11Dia 11Dia 11Dia 118h30 – Debate sobre a conjuntura12h – Almoço14h – Alteração estatutária19 – Jantar20h – alteração estatutária

    Dia 12Dia 12Dia 12Dia 12Dia 128h30 – Concepção de Estado12h – Almoço14h – Autonomia e democratização nas universidades(cotas, acesso, permanência, gestão financeira eadministrativa)19h – Jantar20h – Prestação de contas

    Dia 13Dia 13Dia 13Dia 13Dia 138h30 – Paineis temáticos de interesse: Questão racial,saúde (seguridade, HUs, saúde do trabalhador)12h – almoço14h – Estrutura sindical19h – Jantar20h – Grupos de trabalho

    Dia 14Dia 14Dia 14Dia 14Dia 148h30 – Aprovação do Regimento Eleitoral9h30 – Plenária final (início)12h – Almoço14h – Plenária final (continuação)19h – Jantar

    Dia 15Dia 15Dia 15Dia 15Dia 158h30 – Processo eleitoral (registro das chapas, eleiçãoe apuração)12h – Almoço19h – Jantar

    Dia 16Dia 16Dia 16Dia 16Dia 168h30 – Posse da nova direção nacional da Fasubra eencerramento12h — Almoço

    Fot

    os:

    Cíc

    ero

    Rab

    ello

    Iaci Azevedo Jéferson Salazar

    Roberto Gomes Neuza Luzia

    Ana Maria RibeiroLúcia Reis

    A tese do Coletivo Tribo ao XX Confasubra foi defendida na assembléiapela coordenadora-geral do SINTUFRJ, Iaci Azevedo e os militantesFrancisco Carlos e Roberto Gomes. A tese da CSD pelo coordenador-geral do SINTUFRJ, Jéfferson Salazar, e a presidente da CUT-RJ, NeuzaLuzia. A tese do Vamos à Luta por Agnaldo Fernandes. As teses ao 13ºCecut e 10º Concut da CSD foram apresentadas por Ana Maria Ribeiro e,pelo Coletivo Tribo pela dirigente da CUT nacional, Lúcia Reis.

    MESA DA ASSEMBLEIA: Lúcia Reis (executiva nacional da CUT),Jéfersor Salazar e Francisco de Assis (coordenadores gerais doSindicato), Walter de Sousa (dirigente da Fasubra) e Darby Igayara(vice-presidente da CUT-RJ)

    No início da assembleia foi aberto espaço para manifestação darepresentação dos funcionários do SINTUFRJ expor sobre o cumprimentodo Contrato Coletivo de Trabalho e a redução salarial dos professores daentidade. Documento solicitando providências foi entregue formalmente àCUT-RJ e à Fasubra.

    A direção do SINUTFRJ informa que houve entendimento anterior paraconvocação de assembleia específica que deliberará sobre as reivindica-ções dos funcionários e sobre questões administrativas da entidade.

    Agnaldo FernandesFrancisco Carlos

  • 4 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 859 - 4 a 10 de maio de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

    CARREIRA

    Planejamento criará

    Alojamento da UFRJ é órfão

    GTA Secretaria de Recursos Hu-

    manos do Ministério do Plane-jamento, Orçamento e Gestão(MPOG) pretende criar um gru-po de trabalho para colocar emprática a discussão técnica dareestruturação da carreira dostécnicos-administrativos dasinstituições de ensino superior(IES). Mas ainda não há previ-são para o início dos trabalhos,porque é preciso a publicaçãodas portarias com os represen-tantes das entidades.

    para tratar da carreiraNo total devem ser instalados

    18 grupos de trabalho de categoriasdiferentes de servidores públicos. AFasubra deve ser uma das entidadescujo grupo de trabalho deve iniciaro funcionamento mais rápido, hajavista que o Termo de Acordo foi oprimeiro a ser fechado em 2007.“Precisamos definir um calendá-rio de planejamento para aceleraros debates”, afirmou o chefe da Di-visão de Acompanhamento e Des-centralização da Secretaria de Re-cursos Humanos do Planejamen-

    to, Sandro Olivieri.A Federação, atendendo à so-

    licitação que está sendo feita peloMinistério da Educação às enti-dades, reiterou as informações deofício encaminhado em janeirodeste ano cobrando a continuida-de do processo de negociação einformando os nomes dos direto-res participantes do GT. São eles:Léia Oliveira, Luiz Antônio, JoãoPaulo Ribeiro, Paulo Henriquedos Santos e José Almiran.

    Segundo Sandro Olivieri, exis-

    tem nas universidades brasileiras99.556 técnicos em atividade e ou-tros 56.545 inativos. Por isso, paraele, é necessário priorizar os deba-tes sobre a racionalização dos car-gos, “principalmente para agru-parmos os que possuem as mes-mas atribuições, funções e remu-nerações”. Um dos temas tambémpresentes nas futuras discussõesserá a definição de percentuais deincentivo à qualificação.

    A formação do grupo de traba-lho relativo aos técnicos-adminis-

    trativos das universidades está de-terminada no artigo 5º do Termode Compromisso fechado em 2007,no entanto as atividades ainda nãoforam iniciadas porque em 2008o Planejamento deu prioridadeaos processos de negociação. Ameta do Ministério agora é passarpara um segundo momento, esta-belecendo as discussões sobre ascarreiras.

    “Precisamos definir um calen-dário de planejamento, para acele-rar os debates”, afirmou Olivieri.

    Os problemas do AlojamentoEstudantil da UFRJ com seus 504quartos são históricos. Recente-mente matéria de página inteirapublicada em jornal de grandecirculação mostrou suas mazelas:fios desencapados, vazamentos,canos expostos, cupins e ratos. Noplano diretor da universidade estáprogramado melhorias e amplia-ção, inclusive com a construçãode novos módulos, mas o crono-grama é para ser cumprido até2020. A curto prazo, ao que parece,os estudantes continuarão a con-viver com soluções paliativas,como obras pontuais – feitas con-forme a urgência do problema,como a da rede elétrica e no siste-ma de distribuição de água.

    Orfão?Orfão?Orfão?Orfão?Orfão?Na administração central da

    universidade, gestores alegam quenão têm responsabilidade direta so-bre a unidade. O Alojamento é ofilho feio: não tem nem pai nemmãe, apesar de fazer parte da estru-tura administrativa da Pró-Reito-ria de Gradução (PR-1). Segundo apró-reitora, Belkis Valdman, a situ-ação do Alojamento é complicada.

    “A PR-1 não cuida da infraes-trutura do Alojamento; somos res-ponsáveis pela coordenação acadê-mica, como distribuição de vagas econcessão de bolsas. Pelo que sei, oAlojamento é da responsabilidadedo gabinete do reitor desde a épocade Horácio Macedo (ex-reitor daUFRJ). Aliás, as demandas em rela-ção à infraestrutura do Alojamento

    são encaminhadas diretamente paralá”, afirmou Belkis. E acrescentouque existe uma comissão trabalhan-do para construir o regimento doAlojamento e apontar soluções paraos problemas existentes.

    A diretora do Alojamento, Veralu-ce Aguiar Esteves, preferiu não fazerdeclarações oficiais ao Jornal do SIN-TUFRJ, limitando-se apenas a infor-mar que não tem o poder de resolver

    os problemas do Alojamento que jásão conhecidos de todos, cabendo aela apenas administrar o caos. Vera-luce recomendou que fosse ouvida apró-reitora de Graduação.

    O pró-reitor de Planejamen-to, Carlos Levi, também disseque o Alojamento era de res-ponsabilidade da PR-1. O Jor-nal do SINTUFRJ quis saber delese existia algum plano emer-

    gencial de socorro à unidade, in-dependente do cronograma apro-vado no plano diretor.

    Quebra-galhoQuebra-galhoQuebra-galhoQuebra-galhoQuebra-galhoO superintendente-geral da

    Pró-Reitoria de Graduação, Eduar-do Mach Queiroz, informou que osreparos em andamento no Aloja-mento são na fiação dos chuveirospor sobrecarregarem a rede elétrica

    ALOJAMENTO: segundo lar de estudantes da UFRJ pede socorro, mas ninguém assume a responsabilidade pelo caos

    Fot

    o: C

    ícer

    o R

    abel

    lo

    da unidade. Sobre outras providên-cias, disse que somente o gabinetedo reitor poderia responder. O chefede gabinete do reitor, João EduardoFonseca, foi procurado pelo Jornaldo SINTUFRJ várias vezes, mas atéo fechamento desta edição não re-tornou os contatos.

    O SINTUFRJ continuará insis-tindo na busca do responsável peloAlojamento Estudantil.

  • Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 859 - 4 a 10 de maio de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected] – 5

    UFRJ

    Ilha de intraquilidadeUniversidade discute controle de acesso aos prédios da Cidade Universitária

    No momentoque a reportagem do

    Jornal do SINTUFRJ

    entrevistava na se-

    mana passada o

    prefeito da Cidade

    Universitária, Hélio

    de Mattos, sobre as

    condições de segu-

    rança no campus do

    Fundão, em virtude

    dos recentes casos

    de assalto e seques-

    tros relâmpago,

    chegou a notícia do

    furto de um laptop

    numa das salas de

    aula do Instituto de

    M i c r o b i o l o g i a

    (CCS). No feriadão

    da semana anterior

    ladrões levaram dois

    micros completos da

    PR-5.

    Alunos do curso

    de Nutrição passa-

    ram por momentos

    de tensão quando

    criminosos assalta-

    ram a sala onde fa-

    ziam prova, no sub-

    solo do Centro de

    Ciências da Saúde

    (CCS), dia 17 de

    abril. Nos últimos

    cinco anos foram

    quatro assaltos em

    salas de aulas, um

    no campus da Praia

    Vermelha e três no

    Fundão.

    Difícil controleDifícil controleDifícil controleDifícil controleDifícil controleEm março, três pessoas foram

    vítimas de sequestro relâmpago, noFundão. Uma das vítimas foi umestudante. Ele foi abordado por doishomens armados quando entravaem seu carro, no estacionamentodo HU, e obrigado a sacar dinheirono caixa eletrônico. Além dos casosno CCS, já houve também no CT.

    Histórias de assaltos no Fundãoé o que não faltam e o prefeito reco-nhece a impossibilidade de contro-

    lar as 65 mil pessoas que entram esaem do campus diariamente. Mes-mo assim argumenta que os índicesdas ocorrências no Fundão são infe-riores aos registrados na cidade, eque vêm caindo. Levantamento fei-to pelo diretor da Escola Politécni-ca, Erickson Almendra, reforça o ar-gumento de Mattos.

    Situação era piorSituação era piorSituação era piorSituação era piorSituação era piorPara Almendra, as medidas de

    segurança adotadas pela UFRJtêm dado certo, comparando a si-

    tuação atual com o passado.“Raro era o dia em que não haviaum episódio de furto no prédio doCT. Hoje, há câmeras em todos oscorredores e uma central de con-trole discreta, ligada com a Divi-são de Segurança (Diseg) e a Polí-cia Militar. Na década de 70, oFundão era o local da Cidade doRio de Janeiro onde mais se furta-vam carros. Eram 2 furtos por dia,mais de 800 por ano. Em 2008foram 43, um número que ainda

    acho alto, mas é 20 vezes menor enossa população aumentou.”

    Controle dos prédiosControle dos prédiosControle dos prédiosControle dos prédiosControle dos prédiosDe acordo com o prefeito, a

    segurança no campus é feita porseis viaturas e 19 câmeras ligadasa uma central, e a PM tambémauxilia no patrulhamento. Rou-bo e furto de carros, assaltos a pe-destres e a ônibus são as ocorrên-cias mais comuns. Hélio de Mat-tos disse que encaminhou umacarta ao secretário de SegurançaPública, José Mariano Beltrame,relatando os fatos e pedindo refor-ço no policiamento. Um dos ar-gumentos que utiliza para justi-ficar as falhas na segurança é otamanho do campus e o contin-gente populacional: “Uma áreade aproximadamente 4.650.000m², que corresponde às á-reas físi-cas dos bairros de Ipanema e Le-blon juntos, e cerca de 65 milpessoas circulando diariamente.”

    Segundo Mattos, o campus temquatro acessos viários e portões con-trolam o acesso de veículos, sendoque um permanece aberto durante24 horas, dois ficam abertos entre5h30 e 23h e o último funcionaaté as 12h. Em 2005 foram cons-truídas três guaritas blindadas quefazem o controle eletrônico do 25mil veículos que diariamente en-tram e saem da Cidade Universitá-ria; 16 câmeras monitoram as prin-cipais ruas e avenidas. Seis viaturasfazem ronda ostensiva e estão sen-do investidos R$1,8 milhão em ilu-minação pública.

    Hélio de Mattos informou quetodas as estatais localizadas nocampus e alguns prédios da UFRJ,como o HU, IPPMG, NCE e a Co-ppead ,fazem o controle, e que oConselho Superior de CoordenaçãoExecutiva já está tratando do tema.Ele lembrou que a Reitoria há doisanos solicitou ao governo aberturade concurso para 100 vigilantes,mas até hoje não houve resposta.Esse contingente reforçaria a ron-da, que na avaliação de Mattos nãodeve ser feita por terceirizados. Masele confia na competência dos ter-ceirizados para atuarem nos prédi-os, e cita como exemplo o CCS,prédio de oito entradas e onde cir-culam seis mil alunos por dia: “Naminha opinião deve ser implanta-do um sistema de controle de en-trada e saída lá de dentro. Não parainibir a circulação das pessoas. Masonde não há controle de entrada esaída, o vigilante acaba como umafigura decorativa.” FUNDÃO: 4.650.000 m², o tamanho da área física dos bairros de Ipanema e Leblon juntos

    Foto: Arquivo

  • 6 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 859 - 4 a 10 de maio de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

    UFRJ

    Conselho de Ensino de Graduação discuteaplicação do Enem no vestibular de 2010

    O Conselho de Ensino de Gra-duação (CEG) abriu na quarta-feira,dia 29 de abril, a discussão sobre autilização do Exame Nacional doEnsino Médio (Enem) no vestibularda UFRJ. A presidente da Comissão deVestibular do CEG, a técnica-admi-nistrativa Ana Maria Ribeiro, apre-sentou a proposta que os integrantesda comissão já discutiam há três se-manas.

    A partir de agora o projeto serádiscutido pelos conselheiros em suasunidades. Na próxima sessão doCEG, dia 6 de maio, será discutido ouso ou não do Enen como uma dasetapas da seleção para ingresso noscursos de graduação da UFRJ. Osdemais itens da proposta (veja boxe)serão debatidos com a comunidadeuniversitária. Somente em julho,prazo final para elaboração do edi-tal do vestibular 2010, deve haverdeliberação final.

    Como usar o EnemComo usar o EnemComo usar o EnemComo usar o EnemComo usar o EnemHá, segundo o MEC, possibilida-

    de de o Enem ser utilizado de mais deuma forma: como fase única de sele-ção; como primeira fase ou combi-nado com o vestibular da instituição,por exemplo. A proposta da comissãodo CEG é fazer uso do exame nacio-nal na seleção de 2010 utilizando asprovas gerais objetivas como instru-mento de pré-seleção para a etapaseguinte (com provas discursivas daUFRJ). A UFRJ convocaria para estaetapa uma quantidade de candida-tos três vezes maior que o número devagas oferecidas por curso – algo emtorno de 25 mil pessoas.

    O reitor Aloísio Teixeira gostoudo projeto apresentado pela comis-são do CEG e destacou a importân-cia da preservação da autonomia dauniversidade ao se adotar o Enemcomo apenas uma das fases da sele-ção, de forma que caiba à UFRJ enão ao MEC a alocação dos candi-datos nas vagas.

    Uma das etapasUma das etapasUma das etapasUma das etapasUma das etapasA Comissão do CEG analisou re-

    sultados do senso feito recentementesobre o ensino básico e superior. Se-gundo a presidente da Comissão, oestudo revela que há mais vagas noensino superior do que alunos con-cluintes do ensino médio. E há ummovimento de redução do númerode estudantes que ingressam no ensi-no superior. O estudo revela aindaque, apesar de estarem em maior nú-mero, muitos estudantes que con-

    Propostas discutidasna comissão

    cluem os estudos em escolas públi-cas não se inscrevem para concorrer auma vaga na UFRJ.

    “Com base nesses dados a genteteve a ideia de o aluno da escolapública estar automaticamente ins-crito. Poderíamos usar o Enem comouma etapa e ele, depois, faria umapré-inscrição pela Internet no nossovestibular”, explica Ana Maria, quehá algum tempo já defendia o uso doexame nacional não como nota, mascomo pré-requisito de ingresso na uni-versidade. “Esse exame pode desmis-tificar a ideia de que é a universidadeque reprova, quando, na verdade, é aqualidade do ensino médio que faz osujeito avançar ou não”, acrescenta.

    Segundo Ana Maria, poderiamser convocados para a segunda etapacandidatos em número três vezesmaior que o número de vagas dispo-níveis e, se formado em escola públi-ca, o candidato não pagaria taxa deinscrição. “Estamos discutindo pro-postas para estimular a participaçãodos estudantes de escolas públicas”,

    afirma a presidente da comissão.

    LimitaçãoLimitaçãoLimitaçãoLimitaçãoLimitaçãoAna Maria informou que 47%

    dos cerca de 50 mil candidatos à UFRJconcorrem para apenas seis opçõesdas 108 oferecidas: engenharia, me-dicina, comunicação, administração,química e direito. O que representaum terço das vagas. “Estou convenci-da que há muitos jovens que queremse inscrever no vestibular da UFRJmas não o fazem porque acreditamque não têm condições de passar.”Com a isenção e a utilização do Enemcomo primeira etapa do concurso,ela acredita que pode ser um estímu-lo ao candidato que nas atuais condi-ções não se inscreveria.

    Segundo o superintendente da Pró-Reitoria de Graduação, Eduardo Mach,“a proposta [de utilizar o Enem] éoportuna. Acredito que contribui paraa mudança do perfil do estudante àmedida que se democratiza o acesso.Muitos se excluem porque nem sequerse inscrevem”, afirmou.

    – Aprovar a participação da UFRJ no novo Enem comouma das etapas do próximo vestibular e utilizandoapenas a nota das provas objetivas.– Pré-inscrição pela Internet sem pagamento de taxa: ocandidato manifesta a intenção do curso desejado e éinformado da obrigatoriedade de fazer o Enem.– De acordo com o resultado do Enem os candidatosseriam ordenados por nota decrescente e convocadosde acordo com a opção do curso indicado.– Para confirmação da inscrição poderá ou não haverpagamento de taxa.– Será realizada uma segunda etapa da UFRJ (com umaprova específica do grupo).– Mantendo o modelo da UFRJ, apenas as provasespecíficas seriam aplicadas.– A seleção se daria em dois dias (por exemplo, numsábado e domingo de dezembro).– No primeiro dia, haveria prova de língua portuguesa eredação; no segundo, três específicas (com manuten-ção dos grupos existentes e união dos grupos 5 e 6).

    POR ENQUANTO, a maioria dos estudantes do ensino médio de escolas públicas somente pisa nos campi da universidadequando participa do projeto “Conhecendo a UFRJ”. Mas essa realidade pode mudar

    Foto: Cícero Rabello

  • Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 859 - 4 a 10 de maio de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected] – 7

    SERVIDOR PÚBLICO

    Não há inchaço da máquina públicaÉ o que revela pesquisa realizada por especialistas em Políticas Públicas do MPOG

    Ao contrário do que muitospensam, o emprego público no Bra-sil representa cerca de 12% do totaldas pessoas ocupadas no mercadode trabalho, como revelam dadosda Relação Anual de InformaçõesSociais (Rais) – divulgados peloMinistério do Trabalho e Emprego– e da Pesquisa Nacional por Amos-tra de Domicílios (Pnad) do Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE). Já nos países da Eu-ropa Ocidental, o emprego públicoequivale a pelo menos 25% do to-tal de ocupados, com destaque paraos países escandinavos, onde umaem cada três pessoas que trabalhamestá o no serviço público. Na Fran-

    ça, o emprego público chega a qua-se 28% do total. Nos Estados Uni-dos, aproximadamente 15%.

    Na América Latina, o Brasilnão foge à curva, visto que no Uru-guai, o emprego público represen-ta 15% das pessoas ocupadas; noParaguai, 13%; no México, 14%;na Costa Rica, 14% e no Panamá,15%. Profissionais do Instituto dePesquisa Econômica Aplicada(Ipea), destacam que, nos últimos10 anos, o emprego público no Bra-sil cresceu na mesma proporçãoque a população residente. E res-saltam não haver inchaço na esfe-ra federal, considerando que naúltima década a proporção do em-

    prego público no âmbito federalcaiu de 18% para quase 15%. Naesfera estadual caiu de 44% para35% e, no âmbito municipal, su-biu de 38% para 50%, em especialdevido aos serviços de ensino fun-damental e infantil e de saúde.

    Na rabeiraNa rabeiraNa rabeiraNa rabeiraNa rabeiraOutro estudo do Ipea fala da

    comparação mais utilizada inter-nacionalmente, a da quantidadede servidores por habitante. Esse tra-balho também não corrobora omito do inchaço da máquina pú-blica. Em 2000, por exemplo, o Bra-sil tinha 5,52 servidores por milhabitantes. Outros países de estru-

    tura federativa ou similar apresen-tavam, na mesma época, númerossuperiores: Alemanha, 6,19 servi-dores por mil habitantes; México,8,46 e Estados Unidos, 9,82.

    Na Coreia, que difunde aimagem de um Estado enxuto, arelação era de 11,75 servidores pormil habitantes. Na Finlândia,país que oferece forte proteçãosocial, a relação era ainda mai-or, de 24,24 por mil. Na Irlanda,mesmo após rigoroso processo deajuste fiscal, a relação chegava a54,86 por mil. Embora não hajadados comparativos disponíveispara anos mais recentes nos estu-dos do Ipea é importante desta-

    Origem do estudoOrigem do estudoOrigem do estudoOrigem do estudoOrigem do estudoEssas informações foram extra-

    ídas do estudo realizado por três es-pecialistas em Políticas Públicas eGestão Governamental, do Ministé-rio do Planejamento, Orçamento eGestão (MPOG): Marcelo Viana Es-tevão de Moraes, secretário de Ges-tão, Tiago Falcão Silva, economis-ta, mestre em desenvolvimento eco-nômico e secretário-adjunto, e Pa-trícia Vieira da Costa, jornalista,mestra em ciência política e gerentede projetos na Secretaria de Gestão,sob o título de “O mito do inchaçoda força de trabalho do ExecutivoFederal”. De acordo com os autores,o objetivo do trabalho é contestar atese do superdimensionamento daforça de trabalho na máquina pú-blica com base em dados quantita-tivos e qualitativos.

    car que no Brasil a relação servi-dor/habitante caiu para 5,33 pormil em 2008. Em novembro des-se ano, a União contava com538.797 servidores civis na ativa.A trajetória de redução dessequantitativo, iniciada em 1990,foi interrompida em 2003, po-rém, não houve crescimento ex-plosivo desde então, pois a quan-tidade de ativos de 2008 é seme-lhante à de 1997 (531.725) e con-sideravelmente inferior aos705.548 de 1988. Ou seja, foramnecessários cinco anos após a in-terrupção da trajetória de quedapara se chagar a um patamarcompatível ao de 12 anos atrás.

    EvoluçãoEvoluçãoEvoluçãoEvoluçãoEvoluçãoA tese do inchaço da “máquina

    pública”, segundo os pesquisado-res, e da necessidade de redução do“tamanho do Estado” no Brasilmerece uma análise mais aprofun-dada. Os autores admitem que osnúmeros absolutos impressionam,mas que, sendo um país de dimen-sões continentais e com uma dascinco maiores populações do mun-do, superando os 190 milhões dehabitantes, é natural que o Brasilconte com uma quantidade expres-siva de servidores públicos.

    Em novembro de 2008 havia1.010.388 servidores ativos, civis emilitares no Poder Executivo. Mascontabilizados apenas os servido-res civis na ativa, esse número des-ce para 538.797. Desde o início doatual governo, o crescimento quan-

    titativo de servidores foi de 1,7% aoano, ao passo que o crescimento daPopulação Economicamente Ativa(PEA) foi da ordem de 1,8% ao ano.

    Política de gestãoPolítica de gestãoPolítica de gestãoPolítica de gestãoPolítica de gestãoO estudo mostra que do total de

    43.044 vagas de concursos autoriza-dos em 2008, 70% foram destinadas àeducação. A agenda de profissionali-zação do setor público prevê a destina-ção de parte das funções comissiona-das a servidores ocupantes de cargoefetivo, restringindo indicações polí-ticas e induzindo à profissionaliza-ção áreas essenciais do Estado.

    Outro compromisso do governoé substituir todos os trabalhadoresterceirizados em situação irregularna administração direta até 2010.Com a alteração na legislação so-bre contratações temporárias, ele

    pôde conferir mais racionalidade àgestão de pessoas.

    Mesmo com o ingresso de maisde 170 mil servidores efetivos e tem-porários no atual governo, o quan-titativo de servidores civis alterou-se expressivamente menos no pe-ríodo, passando de 485.741 servido-res em dezembro de 2002 para538.797 em novembro de 2008.Uma variação de 53.056, cresci-mento de 11%, muito próxima davariação da PEA no período. Os es-tudiosos concluem que está ocor-rendo um processo inovador de for-talecimento institucional das áre-as em situação mais precária emtermos de força de trabalho na ad-ministração pública federal. E ci-tou como exemplo as novas carrei-ras criadas, como a de analista deinfraestrutura e os cargos isolados

    de infraestrutura. Nesse caso espe-cífico o objetivo é prover de profis-sionais altamente qualificadosuma área prioritária para o desen-volvimento, por tratar-se de garga-los estruturais do crescimento.

    O documento também apon-ta a carência de quadros especi-alizados na área social, o que jus-tifica, segundo os pesquisadores,a proposta do governo para a cri-ação de carreira de Desenvolvi-mento de Políticas Sociais, atu-almente em tramitação no Se-nado. O foco dos servidores danova carreira estará nas ativida-des de assistência técnica, moni-toramento e avaliação de progra-mas e projetos na área social. Oprojeto de lei prevê a criação de2.400 cargos de Analista Técnicode Políticas Sociais.

  • Brasil sem recessão?PAÍS

    O presidentedo Instituto dePesquisaEconômicaAplicada (Ipea),Marcio Pochmann,disse que, apesarda criseeconômica, aeconomia brasileiravai crescer entre1,5% e 2,5% em2009. Pochmann,que é economistae professor daUniversidade deCampinas(Unicamp), afirmouque a série demedidas adotadaspelo governoampliando osinvestimentos,mantendo a políticade aumento real dosalário mínimo epressionando paraa queda dos jurosvai reduzir osefeitos da crise nopaís. O presidentedo Ipea veio àUFRJ (campus daPraia Vermelha)como convidadopara a palestra quemarcou olançamento daedição nº 1 darevista VERSUS,do Centro deCiências Jurídicase Econômicas(CCJE).

    Apesar da crise, presidente do Ipea prevê crescimento da economia em 2009

    VERSUSVERSUSVERSUSVERSUSVERSUSA revista VERSUS, do CCJE,

    foi lançada em dezembro de2008. O nº Zero da publicaçãoteve como assunto de capa a crisedo capitalismo. Esta edição, a denº 1, traz entrevista exclusiva fei-ta em Assunção com o presidentedo Paraguai, Fernando Lugo.Traz também: Frei Betto, LuizGonzaga Beluzzo, Marcio Poch-mann, Jean-Claude Bernardet,Beatriz Resende, Nilmário Mi-randa, Zelito Vianna, EduardoCoutinho, entre outros. Site dapublicação: www.versus.ufrj.br.

    Marcio Pochmann desconside-rou as previsões do Fundo Monetá-rio Internacional (FMI) que apon-tam queda de 1,3% no PIB (Pro-duto Interno Bruto) brasileiro paraeste ano. Segundo ele, com fre-quência as previsões do FMI não seconfirmam. “E o pior: eles nãofazem autocrítica quando erram”,ironizou. Na palestra, Pochmannaprofundou o diagnóstico sobre acrise no plano internacional eapontou os mecanismos que, emsua opinião, amortecem o seu im-pacto na economia brasileira. Elecitou o fato de o Brasil contar combancos públicos fortes que podemcontornar o problema da oferta decrédito, um dos principais sinto-mas da crise.

    O economista reconheceu, noentanto, que a crise é sistêmica eestrutural. E que uma de suas prin-

    cipais consequências no país será apulverização de postos de trabalhoe o aumento da informalidade,numa tendência inversa ao que vi-nha ocorrendo na economia emexpansão. Pochmann, aliás, disseque um dos maiores desafios dogoverno é impedir que o ciclo ex-pansionista dos últimos 5 anos,com a combinação entre um bomdesempenho econômico com re-sultados sociais positivos, seja com-prometido. Para isso, segundo opresidente do Ipea, o governo teráque fazer escolhas entre atender ri-cos ou pobres.

    Até aqui, segundo o profes-sor da Unicamp, mesmo comuma visão que procurava am-pliar as ações do governo paraatender de forma mais ampla asociedade, a política econômi-ca beneficiava os ricos com o

    pagamento de bilhões porconta dos juros da dívida.Agora, segundo Pochmann, épreciso escolher entre atenderos ricos ou atender os pobres.

    Juros extorsivosJuros extorsivosJuros extorsivosJuros extorsivosJuros extorsivosMarcio Pochmann é um dos

    críticos mais ácidos da políticade juros altos implementadapelo Banco Central – que é pre-sidido pelo banqueiro HenriqueMeirelles. Num de seus estudosmais conhecido, o economistaafirma que apenas 20 mil clãsde famílias concentram a possedos títulos públicos. “O paga-mento dos juros representa umdos mais perversos gastos do Es-tado”, ele diz. Na sua opinião (edos economistas do Ipea), nãoexiste explicação técnica quejustifique uma taxa de juros su-

    perior a 7%. Os bilhões que segastam com juros, observa Po-chmann, devem ser transferidospara que o governo invista naeconomia e garanta o desenvol-vimento, a única forma de ge-rar empregos.

    Nesse sentido, o presidentedo Ipea defende as ações dogoverno frente à crise. “Não secortou investimento; pelo con-trário, o governo trabalha parareduzir os juros; não reduz gas-tos significativos; mantém apolítica de salário mínimo eainda amplia os gastos com oBolsa Família”, enumera. Namesma linha de raciocínio,Marcio Pochmann defendeu,ainda, o PAC (Programa deAceleração do Crescimento)como “um programa que or-ganiza investimentos.”

    MARCIO POCHMANN (abaixo) e na mesa ao lado do decano do CCJE, Alcino CâmaraFotos: Cícero Rabello