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MARÇO DE 2009 ANO XXI Nº 853 SEG 16 TER 17 QUA 18 QUI 19 SEX 20 SÁB 21 DOM 22 sintufrj.org.br [email protected] A forma de abertura do processo de eleição no Instituto de Neurologia Deolindo Couto detonou um barril de pólvora que está há tempos para explodir. O instituto, que está sob intervenção há quatro anos, sofre de esvaziamento crônico e desintegração. Funcionários denunciam a situa- ção e questionam a forma como foi convocado e está sendo conduzido o processo eleitoral na unidade. O diretor-geral pro tempore, José Luiz de Sá Cavalcanti, rebate as acusações. O SINTUFRJ cobra do reitor normali- zação da unidade. Reunião com os funcionários será convocada pelo Sindicato. PÁGINAS 4, 5 E 6 Mais de 500 auxiliares em administração podem ser beneficiados com decisão do Consuni SINTUFRJ COMEMORA D IA I NTERNACIONAL DA MULHER A aprovação de recurso so- bre enquadramento de um servidor técnico-administrati- vo no Plano de Carreira – na classe D – abre possibilidade para muitos profissionais da UFRJ. Foto: Cícero Rabello - Montagem: Luís Fernando Couto Os especialistas em den- gue Maulori Cabral, Edimil- son Migowski e Roberto Me- dronho estão na linha de fren- te no combate à epidemia pro- vocada pelo mosquito Os três “mosquiteiros” da UFRJ

Os três “mosquiteiros” da UFRJ...2 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 853 - 16 a 22 de março de 2009 - - [email protected] JORNAL DO SINDICATO DOS TRABALHADORES

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  • MARÇO DE 2009 ANO XXI Nº 853 SEG 16 TER 17 QUA 18 QUI 19 SEX 20 SÁB 21 DOM 22 sintufrj.org.br [email protected]

    A forma de abertura do processo de eleição no Instituto de NeurologiaDeolindo Couto detonou um barril de pólvora que está há tempos paraexplodir. O instituto, que está sob intervenção há quatro anos, sofre deesvaziamento crônico e desintegração. Funcionários denunciam a situa-ção e questionam a forma como foi convocado e está sendo conduzido oprocesso eleitoral na unidade. O diretor-geral pro tempore, José Luiz deSá Cavalcanti, rebate as acusações. O SINTUFRJ cobra do reitor normali-zação da unidade. Reunião com os funcionários será convocada peloSindicato. PÁGINAS 4, 5 E 6

    Mais de 500auxiliares emadministração

    podem serbeneficiadoscom decisãodo Consuni

    SINTUFRJ COMEMORA DIA INTERNACIONAL DA MULHER

    A aprovação de recurso so-bre enquadramento de umservidor técnico-administrati-vo no Plano de Carreira – naclasse D – abre possibilidadepara muitos profissionais daUFRJ.

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    Os especialistas em den-gue Maulori Cabral, Edimil-son Migowski e Roberto Me-dronho estão na linha de fren-te no combate à epidemia pro-vocada pelo mosquito

    Os três“mosquiteiros”

    da UFRJ

  • 2 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 853 - 16 a 22 de março de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

    JORNAL DO SINDICATODOS TRABALHADORESEM EDUCAÇÃO DA UFRJ

    Coordenação de Comunicação Sindical: Ednea Martins, Jonhson Braz e Nivaldo Holmes. / Conselho Editorial: Coordenação Geral e Coordenação de Comunicação/ Edição: E. A. C / Reportagem: Ana de Angelis, E. A. C. e Regina Rocha / Secretária: Katia Barbieri / Projeto Gráfico: Luís Fernando Couto / Diagramação:Luís Fernando Couto, J. F. M e Gilson Castro. / Ilustração: André Amaral / Fotografia: Cícero Rabello / Revisão: Roberto Azul / Tiragem: 11 mil exemplares/ As matérias não assinadas deste jornal são de responsabilidade da Coordenação de Comunicação Sindical / Correspondência: aos cuidados da Coordenação deComunicação. Fax: 21 2260-9343. Tels.: 2560-8615/2590-7209, ramais 214 e 215.

    Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJCx Postal 68030 - Cep 21941-598 - CNPJ:42126300/0001-61

    DOIS PONTOS

    Diretor da Educação Física reclama queReitoria permitiu invasão do Cenpes

    A cessão de área da Escola deEducação Física pela Reitoria paraas obras de expansão do Centro dePesquisa da Petrobras ainda é po-lêmica. Parte do terreno em tornoda Sede Campestre (cerca de 30mil metros quadrados, no Fun-dão) foi cedida para obras de umasubestação. A Reitoria garante queé só parte do canteiro de obras eque a sede vai ser devolvida com arecuperação do que tiver sido da-nificado.

    Mas o diretor da Escola, Wal-dyr Mendes Ramos, não está a pardisso e acha que houve uma certainabilidade no caso. Para ele, nãofoi o Cenpes que invadiu: “A Uni-versidade permitiu a invasão e adestruição das quadras. A Admi-nistração Superior sabia. Não seiaté que ponto o reitor tinha ideiado estrago. Mas sabiam que ia serusado pelo Cenpes”, disse.

    O diretor da Escola solicitouao reitor que a cerca (colocadapara a obra) fosse recuada parapreservar uma das quadras, “dasque eles não tinham destruído”, eque fosse afastada da pista de atle-tismo.

    “A cerca foi afastada. Agora,quanto à recomposição da área,não temos notícia sobre quandonem como. O que há é uma con-versa. Conversei com Carlos Levi(pró-reitor de Planejamento) e oprefeito Hélio de Mattos e fizemos

    algumas reivindicações”, disse o di-retor.

    Ele enviou o pedido na primeirasemana de janeiro. Ainda não teveresposta e pretende voltar ao assun-to: “Temos disciplinas no bachare-lado que utilizam a pista. Mas as

    instalações estão ruins e abandona-das”. Waldyr Mendes solicitou, entreas reivindicações de recomposição daárea, a melhoria da pista para que osestudantes possam voltar a utilizá-la,o cercamento da área, iluminação econstrução de acesso da Escola à pista.

    Canteiro provisórioCanteiro provisórioCanteiro provisórioCanteiro provisórioCanteiro provisórioCarlos Levi explicou que a área

    foi ocupada como uma extensãoda parte do canteiro e que o uso éprovisório: “O que foi anexado éum pedacinho pequeno, para ins-talação da subestação. Essa é de-les. A contrapartida é uma subes-tação nossa que está em processode negociação. Passa pela aprova-ção (de que o financiamento sejautilizado por esse fim), porque osrecursos são gerenciados pela Agên-cia Nacional de Petróleo”, expli-cou.

    Segundo ele, a cessão do ter-reno passou pela tramitação nor-mal de todos os outros, sendo apro-vada por diversos colegiados. “Ascessões de longo prazo são aprova-das no próprio Conselho Universi-tário”, destacou o pró-reitor. As-sim foi também, segundo ele,com o Cepel e a Embratel. Já oParque Tecnológico, foi um pro-jeto aprovado com outra finali-dade – de estimular o interessepela área. Ele lembra, porém, quea expansão do Cenpes foi aprova-da em administrações anteriores.

    A Coordenação de Educação,Cultura e Formação Sindical con-vida os sindicalizados e seus depen-dentes a participarem da Oficinade Dança de Salão do SINTUFRJ naPraia Vermelha. A mesma oficinano Fundão reúne mais de 50 parti-cipantes, sendo que na Praia Ver-melha ainda existem muitas va-gas disponíveis.

    “A oficina funciona como umaválvula de escape, além de ser umexcelente meio de exercitar o cor-po, a mente e a alma”, argumentao instrutor de dança Edson Paixão.Além dele, outros dois profissionais,Luiz Ferreira e Davi Adão, ensinamdança de salão.

    O instrutor Luiz Ferreira listouos principais benefícios físicos paraquem pratica a atividade: “A dan-ça exercita os músculos de formasuave; melhora a circulação; ali-via a ansiedade; queima calorias;melhora a coordenação motora;

    trabalha o equilíbrio e a postu-ra”. A oficina dá rítmos como sam-ba, bolero, saltinho (fox), forró esalsa. É importante lembrar que adança, assim como outras ativi-dades lúdicas, ajuda no processode integração entre as pessoas. Osbenefícios são sentidos individuale coletivamente, inclusive melho-rando o ambiente de trabalho.“No começo os alunos chegammeio tímidos, mas a integração éincrível. O grupo com o qual tra-balhamos hoje já marca saídas

    para dançar aos fins de semana”,contou Paixão.

    Para participar é preciso ser fun-cionário ativo ou aposentado, ouser dependente. Não há idade mí-nima. As inscrições podem ser rea-lizadas na subsede da Praia Verme-lha ou diretamente com os instru-tores. A oficina é realizadas às quar-tas e sextas-feiras, das 17h às 19h,em frente ao campo de futebol, naPraia Vermelha.

    O início dos trabalhos daCoordenação de Aposentadosestá marcado para dia 18 demarço, quarta-feira, às 10h,na subsede do HU. Além dosinformes, haverá apresenta-ção do coral da UFRJ. Todosestão convidados. O GT-Apo-s e n t a d o s s e r á c o n v o c a d oposteriormente.

    Aula magna da UFRJAula magna da UFRJAula magna da UFRJAula magna da UFRJAula magna da UFRJA professora Maria da Concei-

    ção Tavares vai proferir a aula mag-na no dia 19 de março, às 10h, noauditório do Roxinho.

    TTTTTreinos para campeonato Uni-reinos para campeonato Uni-reinos para campeonato Uni-reinos para campeonato Uni-reinos para campeonato Uni-souza amador da capitalsouza amador da capitalsouza amador da capitalsouza amador da capitalsouza amador da capital

    A promoção é da federação es-tadual do Rio de Janeiro, com iní-cio marcado para 5 de abril. Abai-xo a relação de treinos para as cate-gorias infantil e juvenil do projetoda UFRJ:

    Infantil: 4ª e 6ª feiras, das 14hàs 16 h - Campo A da Prefeitura.

    Juniores: 3ª e 6ª feiras às 14h -Campo B da Prefeitura .

    Juvenil : 3ª e 5ª feiras das 14hàs 16h - Campo A da Prefeitura.

    CulturaCulturaCulturaCulturaCulturaA Editora da UFRJ convida para

    o lançamento do Livro “ A constru-ção e a destruição do conhecimen-to”, de Ronaldo Lima Lins, dia 18de março, às 19h, na Livraria daTravessa, na Rua Afrânio de MeloFranco, 290, loja 205 A, ShoppingLeblon, telefone: 3138-9600.

    Debate e premiaçãoDebate e premiaçãoDebate e premiaçãoDebate e premiaçãoDebate e premiaçãoNo dia 26 de março ocorrerá o

    debate “A evolução da crise econô-mica e seus efeitos em ambiente deparque produtivo desnacionaliza-do” com os professores do Institutode Economia da UFRJ ReinaldoGonçalves e Armando Castelar. Odebate será por ocasião da entregado V Prêmio CORECON/RJ de jor-nalismo econômico-2008. O even-to será no auditório do CORECON/RJ, na Avenida Rio Branco, 109,19º andar, Centro.

    O SHOW NÃO PODE PARAR. Esta é a Oficina de Dança

    WALDYR MENDES: “ A universidade permitiu a invasão”

    Fotos: Cícero Rabello

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    MOVIMENTO

    Decisão do Consuni pode beneficiarmais de 500 auxiliares em administração

    O recurso sobre o enquadramen-to de servidor técnico-administra-tivo no Plano de Carreira apresen-tado na sessão do dia 5 de março doConselho Universitário poderia sermais um entre os que comumentesão apreciados no colegiado. Masnão. Tornou-se um paradigma paratodo um segmento da categoria.

    O recurso do auxiliar em ad-ministração José Pereira Cardoso,solicitando que, por similaridadede funções com um assistente emadministração, fosse enquadradona Classe D e não na Classe C, é aaspiração de profissionais de todo opaís e uma das demandas maisestudadas pela Fasubra. O recursode Cardoso é baseado em um pro-cesso administrativo com mais de500 companheiros da UFRJ.

    O auxiliar administrativo deveser enquadrado, segundo a Lei daCarreira (nº 11.091, de 12/01/2005), no nível de classificação C."Mas desde o início do processo deenquadramento há reivindicaçãode instituições de todo o país de

    A categoria reunida em Brasí-lia decide manter – entre os crité-rios para o regimento do Congresso– cláusula que limita a um per-centual mínimo a escolha de dele-gados, a chamada cláusula de bar-reira. O tema ocupou a maior par-te do tempo da plenária estatutá-ria, realizada entre os dias 6 e 8 demarço. A mudança a ser feita é noregimento, não no estatuto, e foiaprovada (parareferendo) ao XX Congresso da Fa-subra (Confasubra).

    O XX Confasubra será realiza-do entre os dias 10 e 16 de maio,em Poços de Caldas, Minas Gerais.Além da importância comum des-te tipo de evento de caráter nacio-nal, este tem a peculiaridade decontar com temperos políticos amais: o congresso vai eleger a novadireção nacional da Fasubra e dis-cutir alterações estatutárias. O con-gresso vai tratar ainda da ratifica-ção da fundação da Fasubra, daconjuntura nacional e internacio-nal, de democratização de acesso eda autonomia financeira e admi-nistrativa das Ifes. Prato cheio parao acalorado debate político.

    Para antecipar o debate, a Fa-

    vidor seja revisto. Segundo Rober-to, a decisão pode ser extensiva atodos que se encontram nesta si-tuação.

    Mais importante ainda é a vi-tória política: "Com certeza. Ad-ministrativamente serve de para-digma para os demais. Agora a de-cisão deve ser encaminhada para aAdministração para que se faça aimplantação", explicou.

    Roberto comenta, porém, quepoderá advir alguma dificuldade:"Outras instituições tiveram essemesmo caso aprovado. Mas tive-ram dificuldade em implantarporque o sistema de pagamentonão permite a mudança de nívelde classificação", comentou.

    Há um processo com maisHá um processo com maisHá um processo com maisHá um processo com maisHá um processo com maisde 500de 500de 500de 500de 500

    "O recurso de Cardoso é basea-do em um processo administrati-vo com mais de 500 companhei-ros que tramita na PR-4", expli-cou Alberto Wagner Yunes, auxi-liar em administração do CCMN,

    comentando que a aprovação be-neficia os demais, porque cria umaespécie de jurisprudência que podeinfluir, inclusive, na ação judi-cial que o grupo pretende mover.

    Ele e Walquiria Maciel, auxi-liar em administração da Reito-ria, montaram o processo e procu-raram apoio do SINTUFRJ: "Re-corremos à coordenadora Iaci Aze-vedo, para que o Sindicato nosdesse apoio político e jurídico nes-se caso. A universidade, pelo queeu entendo, não tem autonomiapara fazer a mudança. O Ministé-rio do Planejamento não vai acei-tar enquanto não se resolver aquestão entre a Fasubra e o MEC.A gente vai tentar respaldo jurídi-co para conseguir a igualdade”,resumiu o servidor. Alberto, Wal-quiria e Iaci atuaram junto aosconselheiros esclarecendo dúvidassobre a Carreira.

    O SINTUFRJ vai agora cha-mar uma reunião do grupo comseu assessor jurídico para discutira próxima etapa do processo.

    Plenária mantém cláusula de barreira

    subra convocou uma plenária quetinha como pauta, além da con-juntura fundações privadas, decre-to de autonomia e prestação de con-tas, alterações do estatuto da Fasu-bra e aprovação do regimento doXX Confasubra.

    Debate intensoDebate intensoDebate intensoDebate intensoDebate intensoComo se previa, no tocante ao

    estatuto, estabeleceu-se intensa dis-puta em torno da proposta de que-bra da cláusula de barreira. Depois

    de muita discussão, a necessidadede um percentual mínimo queuma chapa deve obter na assem-bleia para ter direito a eleger dele-gados foi mantida. Mas o percen-tual acabou reduzido. Antes era de20% se houvesse duas chapas e 10%se houvesse três ou mais. Pela vota-ção da maioria, com alguns votoscontra e algumas abstenções, o pa-rágrafo 6º do artigo 17 do regimen-to mantém a cláusula de barreira,mas define que a chapa deve terum mínimo de 10% de votos sehouver duas chapas e 5% se houvermais.

    Por enquanto, essa não é umamudança no estatuto. É no regi-mento, e foi aprovada

    ao XX CONFASUBRA.Mas já vale para a escolha dasdelegações ao Congresso.

    Segundo a coordenadora-geraldo SINTUFRJ Iaci Azevedo, dele-gada à Plenária, a questão foi de-batida em encontros regionais ejá era sabido que o debate conver-geria para a discussão do regimen-to do congresso, que será levado àaprovação dos delegados no Con-fasubra (antes da abertura do con-gresso os delegados devem aprovar

    o regimento e instalar a comissãodiretora).

    Para ela, a cláusula de barreiragarante um mínimo de represen-tatividade: "Como pode um dele-gado sem um mínimo de votos?Vai lá para representar a si mesmo?A defesa da quebra não era por ques-tão de princípio, mas de conveniên-cia", comentou.

    O coordenador-geral do SINTU-FRJ Francisco de Assis apresentoudemandas da categoria, apontan-

    alteração do nível C para o D", ex-plicou Roberto Gomes, da Comis-são de Enquadramento e da ban-cada técnico-administrativa.

    A Fasubra discute, dentro doprocesso em curso de racionaliza-ção dos cargos, a possibilidade des-sa alteração. "Como as atribuiçõessão muito próximas e como a gran-de maioria dos auxiliares desem-penham atividades similares àsdos assistentes, eles solicitam essacorreção", disse Roberto.

    O parecer sobre o processo, rela-tado por Agnaldo Fernandes, indi-cou o deferimento do pleito e ovoto do relator foi acompanhadonão só pela bancada técnico-ad-ministrativa, como pela maioriados conselheiros.

    O que muda?O que muda?O que muda?O que muda?O que muda?

    Com a aprovação, a decisão seráencaminhada à Administraçãopara que o enquadramento do ser-

    do a posição da assembleia geralda UFRJ a favor da cláusula debarreira e contra a eleição diretana Fasubra (outro ponto em evi-dência no debate sobre alteraçõesestatutárias), porque, segundo ele,a Federação não é sindicato nacio-nal.

    Ele encaminhou a proposta deque a questão do regimento do con-gresso antecedesse a alteração esta-tutária: "Defendi que não fosse dis-cutido o estatuto e que priorizásse-mos o regimento. Tanto foi polê-mica a questão que a plenária aca-bou às 22h30 da noite de domin-go", comentou.

    CalendárioCalendárioCalendárioCalendárioCalendário

    FRANCISCO DEFENDEUdemandas da categoria e aposição da AG da UFRJ

    IACI REAFIRMOU quedecisão garante mínimo derepresentação

    A MAIORIA DOS CONSELHEIROS votou a favor

    26/3 26/3 26/3 26/3 26/3 - data-limite para en-trega das teses;

    30/330/330/330/330/3 - limite para disponi-bilizar teses na página eletrô-nica;

    Até 10/4Até 10/4Até 10/4Até 10/4Até 10/4 - data-limite deconvocação de assembleia e in-formação à Fasubra;

    11111ooooo a 30/4 a 30/4 a 30/4 a 30/4 a 30/4 - período de rea-lização de AGs.

    Fotos: Cícero Rabello

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    CRISE NA NEUROLOGIA

    9o CONSINTUFRJ aprovou moção de apoioaos técnicos-administrativos do INDC

    Em seu 9º Congresso os téc-nicos-administrativos da UFRJaprovaram por unanimidademoção em defesa do Instituto deNeurologia Deolindo Couto(INDC). Confira a posição:

    (...) “O INDC necessita de sé-ria reorganização de sua estrutu-ra administrativa dirigente, ade-quação a uma nova dinâmica degestão – com plena autonomiaindividual e coletiva, onde a de-mocracia e o mérito acadêmicoverdadeiro convivam indissocia-velmente. Defendemos a autono-mia, a democracia e a integraçãopara discutirmos os rumos acadê-micos necessários e inadiáveis acurtíssimo prazo para o INDC.

    Para todos que estão acompa-nhando a situação do INDC, tor-na-se vital, para mantê-lo viável,crescer interna e externamentecomo unidade universitária, ca-paz de suportar a qualificação deprofissionais de saúde generalis-tas para a assistência neurológicafundamental, produzir mecanis-mos de avaliação desta assistên-

    cia e, também, validar os procedi-mentos empregados nos pacientesatendidos pela rede assistencial pre-tendida pelo SUS.

    Neurologia é referência de tratamentoO INDC foi criado por

    deliberação do Conselho Uni-versitário em 1946 e constituiu-se, segundo os termos de seuestatuto, em unidade responsá-vel pela assistência, ensino epesquisa em neurologia. Atra-vés da assistência na área daneurologia e neurocirurgia, pro-punha-se desenvolver, com maisvigor, as ciências neurológicasclínicas e básicas.

    Sua história mostra a ade-quação de sua produção à mis-são explicitada no seu regimen-to, ainda em vigor. Entretanto,as políticas das últimas déca-das de abandono das institui-ções públicas ttiveram seus efei-tos no INDC, principalmente noquadro de pessoal, hoje reduzi-do a apenas quatro docentes ecerca de 150 técnicos-adminis-

    trativos. Vale lembrar que o Pla-no Diretor confirmou a perma-nência do instituto na PraiaVermelha e sua missão atual.

    O hospitalO hospitalO hospitalO hospitalO hospitalO INDC é um hospital de 40

    leitos, inserido na área progra-mática da Zona Sul do Rio deJaneiro, mas atende toda a po-pulação, é referência em neuro-logia para todo o estado. Cercade 80% dos pacientes vêm deoutras cidades que não a capi-tal fluminense, como NovaIguaçu, Belford Roxo, Caxias,São Gonçalo, pois não existe ou-tro grande centro neurológico noRio de Janeiro. Em 2005 o CTIfoi fechado por falta de funcio-nários e equipamentos. E conti-nua até hoje. “Não temos UTI.Nunca tivemos”, diz o diretorJosé Luiz de Cavalcanti.

    Com três décadas de atuaçãonas áreas de assistência, ensino,pesquisa e extensão, o INDC tor-nou-se referência nacional no es-tudo da esclerose lateral amio-trófica (ELA) – doença crônica,degenerativa, fatal e incomumque acomete adultos na faixa de40 a 60 anos. Segundo o médicoClaudio Heitor, todo o programaestá sendo atacado pela direção,por lá estar concentrada a oposi-ção ao diretor José Luiz.

    José Luiz disse à reportagemque encontrou o hospital em pés-sima situação, “tinha até sa-mambaia no banheiro”, e nessesanos promoveu a sua recupera-ção. Ele mostrou as obras nasenfermarias como exemplo dasações empreendidas e colocou-seà disposição para todos os escla-recimentos.

    CRÉDITO DA POPULAÇÃO. Mesmo com todos osproblemas, os pacientes recorrem ao hospital, confiantesna qualidade do atendimento

    POR UNANIMIDADE, os participantes do 9 º Congresso apoiaram a defesa da Instituto e a convocação de eleições democráticas

    Neurologia é referência de tratamentoNeurologia é referência de tratamento

    Defendemos um INDC onde se-jam indissociáveis o ensino, a pes-quisa, a extensão e assistência. De-fendemos um INDC autônomo e

    completamente vinculado às ne-cessidades da sociedade brasileira.Pela convocação imediata de umprocesso eleitoral democrático e

    participativo de toda a comunida-de do INDC para a escolha de umanova direção comprometida com aeducação e a saúde pública.”

    Fotos: Cícero Rabello

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    SAÚDE

    Os três “Mosquiteiros” da UFRJ na luta contra a dengueMaulori, Migowski e Me-

    dronho. Carinhosamentechamados de “os três mos-quiteiros” da UFRJ – solda-dos que colocam seu co-nhecimento na luta contraa dengue. Três especialis-tas – entre os muitos daUFRJ cujos estudos e pes-quisas têm focos diferentes– ora no combate ao trans-missor ou na prevenção, orano paciente e no tratamen-to da doença – mas com amesma finalidade: debelarmais este flagelo que a au-sência de políticas eficazesde saúde pública faz recairsobre a população.

    A dengue acabou? Que nada.A dengue acabou? Que nada.A dengue acabou? Que nada.A dengue acabou? Que nada.A dengue acabou? Que nada.A sensação de que os casos de

    dengue diminuíram em compara-ção com a epidemia do ano passa-do se justifica. De fato, comparan-do-se com a loucura do ano passa-do, até diminuíram. Mas continu-am a ser notificados e o pessoalrelaxou antes do tempo. Porque aluta continua e se baseia, princi-palmente, em prevenção, com ocombate aos focos. No Rio de Ja-neiro, por exemplo, a alta densida-de populacional somada às condi-ções climáticas fazem o cenárioideal para a proliferação do trans-missor

    O Ministério da Saúde divul-gou que nas seis primeiras sema-nas deste ano foram notificados42,9 mil casos, contra 72,2 mil em2008. Apesar disso, as informaçõesainda são preliminares e, segundoo próprio ministério, não dispen-sam cautela e manutenção docombate ao mosquito.

    O Rio também está em estadode alerta, apesar do número muitomenor de casos notificados que noano passado (2,29 mil em 2009 –quase dois mil casos só em janeiro– contra 22,3 mil em 2008). Acidade registrou o maior númerode ocorrências da dengue, com 783doentes. A capital é seguida de Ita-boraí com 230, Niterói com 204 eAngra dos Reis e Barra do Piraícom 142 casos cada uma.

    Há pelo menos cinco óbitos sen-do investigados pela Secretaria Es-tadual de Saúde. São duas suspei-tas na capital fluminense, umaem Duque de Caxias, uma emQueimados e uma em São João deMeriti. A faixa etária com maiornúmero de notificações (69%) é ade 15 a 49 anos.

    Por isso a importância da atua-ção destes três “Mosquiteiros”. Opesquisador do Instituto de Micro-biologia Maulori Cabral é especia-lista em flaviviroses, como a den-gue e a febre amarela, e trabalhana popularização das ciências mi-crobianas. Edimilson Migowski échefe do Serviço de Infectologia Pe-

    diátrica do IPPMG, e o doutor emsaúde pública Roberto Medronho,chefe do Departamento de Medici-na Preventiva da Faculdade de Me-dicina da UFRJ.

    O que faz cada um?O que faz cada um?O que faz cada um?O que faz cada um?O que faz cada um?Maulori coordena o projeto

    UFRJ contra a Dengue, que propõea prevenção com informação eeducação dentro e fora da univer-sidade. O professor leva a escolas o“Fuzuê da dengue”, palestras eapresentações de teatro promovi-das pelo seu grupo em comunida-des e escolas, que incluiu bolsistasde extensão, e que esclarecem asdúvidas e apresentam a “mosqui-térica”, a mosquitoeira genéricada UFRJ que, mais que um instru-mento de detecção de focos de

    e armadilha para eli-minar o mosquito, é uma ferra-menta educacional. O projeto in-clui ainda o Disque-dengue UFRJ

    (2562-6698).Se Maulori atua com prevenção,

    Edimilson, médico infectologista,“olha” para a doença e para o doen-te. Com grande inserção na mídia,alerta que o perigo ronda a popula-ção: “Tenho ressaltado a importân-cia de que o pessoal de saúde se atu-alize. Venho tentando sempre quepossível orientar a população a nãobaixar a guarda. Dizem que está tudosob controle. Isso não é verdadeiro.Não podemos bobear.”

    Ele explica que, se há um pe-ríodo de calmaria, (muito em fun-ção do esgotamento do pessoal vul-nerável que já foi contaminado,mas que deixa expostos os que ain-da não adoeceram), não se poderelaxar com o combate ao vetor. Osconselhos são os de sempre: nãodeixar Acumular lixo, água e gar-rafas pneus e outros potenciaiscriadouros.

    Seu envolvimento é tanto que

    escreveu um livro, que será publi-cado em abril, sobre a dengue (ain-da sem título), com base na teseque fez para a Academia Flumi-nense de Medicina e nos casos queenfrenta no IPPMG: “Vale a penaser lido por todo mundo. Há umcapítulo para não médicos e para amídia”, explicou (leia trechos noboxe a seguir).

    No livro, o pesquisador apresen-ta um posicionamento crítico emrelação à postura de o governo acharque está tudo bem: “Na verdade nãoestá. A crítica é para que o governoatue de forma mais contundente.Casos continuam ocorrendo e nãohouve controle do vetor. A atual cal-maria não é por conta da compe-tência das autoridades, e sim peloesgotamento do pessoal vulnerável.Mas se chegar um vírus novo ou arenovação da população, podemoster problemas de novo.”

    O epidemiologista Roberto

    Dengue: a próxima epidemia já tem data marcada!(T(T(T(T(TRECHORECHORECHORECHORECHO DODODODODO LIVROLIVROLIVROLIVROLIVRO DEDEDEDEDE M M M M MIGOWSKIIGOWSKIIGOWSKIIGOWSKIIGOWSKI)))))

    Medronho também tem usado amídia, e foi o primeiro a alertarpara a gravidade do caso ano pas-sado. Ele concorda com Edimil-son e alerta: “O fato de não haveruma nova epidemia não se deveem função do combate ao mos-quito e sim à imu-nidade que a população adqui-riu na última epidemia”, afir-mou. As ações de combate, a seuver, serão mais importantes parao verão de 2010 do que para odeste ano: “Se esse processo nãofor feito o ano todo, se for feitosomente no verão, o modelo nãoirá se sustentar. Essas medidasdão esperança, mas devem serperenes.” Para ele está havendoum trabalho conjunto entre asesferas municipal, estadual e fe-deral, mas lamenta o fato de queforam necessários muitos óbitospara que o governo agisse dessamaneira.

    A julgar pelas tendências eprovidências que até o momentoforam tomadas, associadas às tro-cas de governo, quer no âmbitoFederal, quer no Estadual, nãoseria pessimista, mas sim REA-LISTA, acreditar que a próximaepidemia já tem data marcada!

    Percebo que, mesmo as “ver-dades verdadeiras”, que são aque-las com comprovação científica,

    ou talvez apenas fundamentadas embom senso, quando estamos diantede uma urgência e não se tem tempode fundamentar todas as nossas con-vicções através da ciência, não são dedomínio público. Já as “verdades nãotão verdadeiras assim”, de tanto quesão repetidas, passam como se fos-sem verdades inquestionáveis e fun-damentadas em vastas pesquisas elevam-nos a cometer erros graves.

    Os erros a que me refiro emrelação ao dengue não são apenasde natureza gramatical (onde unso consideram masculino e outrosfeminino), mas também de ordempolítica e técnica. Desta forma, apóscentenas de aulas e entrevistas parajornais, rádios, televisões, sites nainternet e etc., optei por elaborareste texto, resumindo os fatos maisrelevantes que me questionaram e

    os absurdos declarados por umaquantidade enorme de “Ph-Ds.”.Se bem que, do jeito que as coisasandam, espero não adoecer até queeste texto esteja publicado, afinalquando o assunto é dengue, infe-lizmente a minha idoneidade fí-sica não depende só de mim, per-meia a competência do poder pú-blico e do envolvimento e educa-ção dos meus vizinhos!

  • AS MULHERES,

    DIA INTERNACIONAL DA MULHER

    No dia símbolo da luta das mulheres por igualdade, aCUT marcou presença nas atividades realizadas em todos osestados do país e na fronteira Brasil-Uruguai, em evento inter-nacional organizado pela Coordenadora de Centrais Sindicaisdo Cone Sul (CCSCS), da qual a Central faz parte e que abrangemulheres trabalhadoras do Brasil, Uruguai, Argentina e Para-guai.

    Mais de cinco mil reuniram-se na fronteira para escrevermais uma parte de uma história marcada por uma trajetória deluta por uma sociedade justa e igualitária. Na UFRJ a comemo-ração foi na última sexta-feira. No dia 20 o SINTUFRJ promoveuma bonita comemoração. Reproduzimos nesta edição artigoda presidente da CUT/RJ, Neuza Luzia Pinto, que trata da lutapor soberania alimentar e da incorporação desta pauta nomovimento pelas mulheres.

    Por que falar em soberaniaalimentar? O que isso quer dizer?Deve ser uma bandeira de luta domovimento sindical cutista? Asmulheres devem se apropriar des-se tema? Soberania alimentar é odireito que os povos e os paísestêm de definir suas políticas agrí-colas e alimentares e protegeremsua produção e sua cultura ali-mentar, para não serem prejudi-cados pelos demais. A relação en-tre os povos não precisa ser deprejuízo; trabalhadores podemplantar para si e trocar seus exce-dentes com outros povos.

    A Central Única dos Traba-lhadores, na condição de entida-de de classe que se relaciona comentidades coirmãs de todo o mun-do, pode e deve contribuir nesteprocesso de estabelecer outros pa-tamares de trocas alimentares en-tre os povos, sem a mediação dasempresas transnacionais que vi-sam o lucro e não o bem- estardas pessoas. A luta por soberaniaalimentar é, portanto, a luta deum povo pela prerrogativa de es-colher o que quer produzir e con-sumir, bem como o que necessitapara sua sobrevivência e bem-es-tar!

    O MOVIMENTO SINDICAL E A LUTA POR SOBERANIA ALIMENTARNós, mulheres, somos um

    sujeito político central nestaluta, uma vez que as compa-nheiras do campo, que detinhamo conhecimento sobre as semen-tes e cumpriam uma funçãofundamental nas comunidadesrurais, hoje vêm sendo sistema-ticamente expulsas do campo,vindo para o meio urbano e comisso engrossando as fileiras dodesemprego, ou se submetendoa trabalhos precários e infor-mais.

    Assim, para nós, sindicalistasda CUT, a bandeira da soberaniaalimentar integra a luta por traba-lho decente no campo e na cidade.É correto afirmar que uma naçãoque assume o desafio de construir asua soberania alimentar está tam-bém em busca de novas relaçõessociais, livres da opressão e das de-sigualdades entre homens e mu-lheres.

    Por isso, quando nós da CUTfalamos em igualdade de oportu-nidades, ela também é pensada naperspectiva da produção, distribui-ção e consumo de alimentos. Oprincípio da soberania alimentarfoi proposto pela Via Campesina apartir de 1996, para se contrapor às

    políticas neoliberais que protegemo interesse das grandes empresas eque aparece mascarada com onome de segurança alimentar. Naspolíticas de livre-comércio, a ali-mentação é apenas mais uma mer-cadoria, e não um direito. Para osmovimentos do campo, a ideia desoberania alimentar é tambémuma ferramenta de luta e gera pro-postas, que são apresentadas tantopara os governos locais como paraas instituições internacionais.

    No último período, nós assu-mimos o desafio de incorporar es-sas reivindicações às nossas pautas,e as mulheres vêm dando exemploquando mobilizam milhares paraa Marcha das Margaridas, durantea qual as companheiras rurais daContag têm a oportunidade de apre-sentar agendas propositivas. Paraas mulheres sindicalistas, essa ques-tão é importante, porque o campo,hoje, está dominado por grandesempresas transnacionais que detêma propriedade das sementes e deci-dem o que deve ser plantado, comodeve ser plantado e o preço a servendido.

    O problema é que essa decisãonão é tomada levando-se em contaa qualidade de vida das pessoas, a

    necessidade de alimentar os povose o cuidado com a preservação daágua e do solo. Ela tem o únicoobjetivo de aumentar o lucro dasempresas. Os alimentos têm cadavez mais agrotóxicos, sobem de pre-ço e nossos países ficam progressi-vamente mais vulneráveis aos ob-jetivos das empresas, que, muitasvezes, plantam alimentos que nãoserão consumidos por nossos povos,já que serão vendidos para os paísesnos quais as empresas possam termais lucro.

    Ou ainda a plantação de artigosalimentícios é substituída por mo-nocultura da cana para o agrocom-bustível, ou do eucalipto para a ce-lulose, assim como a biotecnologiae os transgênicos que contaminamo solo dificultam o plantio de se-mentes orgânicas e

    Por tudo isso, o Brasil é umpaís que produz muitos alimentose, no entanto, não é uma naçãoem vias de conquistar a soberaniaalimentar. Este é um problema es-trutural no Brasil, potencializadopor uma conjunto de fatores: a his-tórica ausência de uma reformaagrária, as taxas crescentes de ex-portação de alimentos para mer-cados externos, o aumento da de-

    pendência de empresas transna-cionais da agroindústria, a cen-tralização do controle sobre ati-vos e recursos naturais, a concen-tração da renda, os baixos salá-rios, os altos índices de desempre-go e as políticas recessivas ou debaixo crescimento.

    Por soberania alimentar, lu-tamos contra o poder das trans-nacionais e pelo direito dos povosa comer, cultivar, distribuir e pre-parar os alimentos com autono-mia, sem dever nada a ninguém.Nas políticas de livre-comércio, aalimentação é apenas mais umamercadoria e não um direito.Enfrentar a opressão e a explora-ção é fundamental nas lutascamponesas por soberania ali-mentar.

    Essa luta se vê refletir nas mo-bilizações das mulheres por au-tonomia, compartilhamento deresponsabilidades e pela susten-tabilidade da vida humana. As-sim, convidamos todos e todassindicalistas cutistas a entrar nes-sa luta pelo direito de produziralimentos saudáveis para alimen-tar nosso povo!

    Neuza Luzia Pinto