44
JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, R/C • 4000-263 Porto Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 • E-mail: [email protected]t consulta rápida Edição nº 1/2013 2013-1-12 PROPRIEDADE JORNAL FISCAL, LDA EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS LDA NIPC n.º 504277758 Ficha Técnica Director-Geral: Miguel Peixoto de Sousa Subdirector: J. Peixoto de Sousa Coordenador de Edição: Miguel Peixoto de Sousa ÁREA FISCAL Filipe Bandeira Rute Barreira Sandra Silva Inês Reis ÁREA LABORAL Filipe Bandeira Pedro Campos EDIÇÃO GRÁFICA Rosa Ribeiro REVISÃO Vítor Teixeira Redacção e Produção: Rua Gonçalo Cristóvão, 14, R/C 4000-263 Porto Tel.: 223 399 403 Fax: 222 005 335 E-mail: [email protected] Impressão: Martigraf 4445-225, Alfena Registo n.º 122774 DGCS Depósito Legal n.º 130 050/98 Periodicidade quinzenal (21 n. os /ano) Tiragem desta edição: 1500 IVA Cobrança do IVA com novas regras desde dezembro 2012 1/2013 IVA. Novas regras de faturação 2/2013 IVA. Bens sujeitos a impostos especiais sobre o consumo - Regime suspensivo 3/2013 IRS IRS. Rendimentos com nova taxa de retenção desde 1.1.2013 1/2013 Tabelas práticas do IRS para 2012 2/2013 OUT Nova Lei do Arrendamento determinação do RABC 1/2013 Orientações políticas para a programação de novo ciclo de fundos comunitários 2/2013 TSS Declaração mensal de rendimentos 1/2013 Trabalhadores da Administração Pública. Novas regras de cessação por acordo 2/2013 Empresas Startups. Apoio à contratação de trabalhadores 3/2013 Cooperativas agrícolas. Programa COOPJOVEM 4/2013 1(1)

P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA

Rua Gonçalo Cristóvão, 14, R/C • 4000-263 PortoTel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 • E-mail: [email protected]

consulta rápida

Edição nº 1/2013 2013-1-12PROPRIEDADEJORNAL FISCAL, LDA

EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE

E FINANÇAS LDA

NIPC n.º 504277758

Ficha Técnica

Director-Geral:Miguel Peixoto de Sousa

Subdirector:J. Peixoto de Sousa

Coordenador de Edição:Miguel Peixoto de Sousa

ÁREA FISCAL

Filipe BandeiraRute BarreiraSandra SilvaInês Reis

ÁREA LABORAL

Filipe BandeiraPedro Campos

EDIÇÃO GRÁFICA

Rosa Ribeiro

REVISÃO

Vítor Teixeira

Redacção e Produção:Rua Gonçalo Cristóvão, 14, R/C4000-263 PortoTel.: 223 399 403Fax: 222 005 335E-mail: [email protected]

Impressão:Martigraf4445-225, Alfena

Registo n.º 122774 DGCSDepósito Legal n.º 130 050/98Periodicidade quinzenal (21 n.os/ano)Tiragem desta edição: 1500

IVACobrança do IVA com novas regras desde dezembro 2012 1/2013IVA. Novas regras de faturação 2/2013IVA. Bens sujeitos a impostos especiais sobre o consumo- Regime suspensivo 3/2013

IRSIRS. Rendimentos com nova taxa de retenção desde 1.1.2013 1/2013Tabelas práticas do IRS para 2012 2/2013

OUTNova Lei do Arrendamento determinação do RABC 1/2013Orientações políticas para a programação de novo ciclode fundos comunitários 2/2013

TSSDeclaração mensal de rendimentos 1/2013Trabalhadores da Administração Pública. Novas regrasde cessação por acordo 2/2013Empresas Startups. Apoio à contratação de trabalhadores 3/2013Cooperativas agrícolas. Programa COOPJOVEM 4/2013

1(1)

Page 2: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

INDJORNAL FISCAL

Referência INDÍndice AlfabéticoIND 1/2013

Data: 2013-1-12

1(1)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDARua Gonçalo Cristóvão, 14, R/C • 4000-263 Porto

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 • E-mail: [email protected]

A

ARRENDAMENTO

- Nova Lei do Arrendamento determinação do

RABC, OUT 1/2013

B

BENEFÍCIOS FISCAIS

- Orientações políticas para a programação de

novo ciclo de fundos comunitários, OUT 2/

2013

I

INCENTIVOS

- Orientações políticas para a programação de

novo ciclo de fundos comunitários, OUT 2/

2013

IRS- IRS, rendimentos com nova taxa de retenção

desde 1.1.2013, OUT 1/2013

- Tabelas práticas do IRS para 2012, OUT 2/

2013

IVA- Cobrança do IVA com novas regras desde

dezembro 2012, IVA 1/2013

Este índice inclui todas as referências existentes noJornal Fiscal e é actualizado em cada edição. Seráfeita menção quando existir informação que digarespeito a várias referências.

O conteúdo das referências é especificado através deletras e algarismos. Os algarismos indicam a sequênciadentro da referência do ano respectivo, i.e., IRS2/2000 significa que pode encontrar a informação no2º trabalho do separador IRS.

Algumas referências contêm as siglas:- JUR (Jurisprudência) – indica que o artigo tem porbase a decisão de um tribunal;- DA (Doutrina Administrativa) – indica que o artigotem por base decisões administrativas.

Abreviaturas:

Índice (Alfabético/Temático) INDImposto sobre o Valor Acrescentado IVAImposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas IRCImposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares IRSOutros Impostos OUTBenefícios Fiscais BEFDireitos, Deveres e Garantias dos Contribuintes DDGContabilidade e Sociedades Comerciais CSCTrabalho e Segurança Social TSSAgenda Fiscal e Tabelas AFT

- IVA, Novas regras de faturação, IVA 2/2013

- IVA, bens sujeitos a impostos especiais sobre

o consumo, regime suspensivo, IVA 3/2013

S

SOCIEDADES COMERCIAIS

- Declaração mensal de rendimentos, TSS 1/

2013

T

TRABALHO

- Declaração mensal de rendimentos, TSS 1/

2013

- Trabalhadores da Administração Pública,

novas regras de cessação por acordo, TSS 2/

2013

- Empresas Startups, apoio à contratação de

trabalhadores, TSS 3/2013

- Cooperativas agrícolas, programa

COOPJOVEM, TSS 4/2013

Page 3: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

JORNAL FISCAL

Referência INDÍndice TemáticoIND 1/2013

Data: 2013-1-12

IND

1(1)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA

Rua Gonçalo Cristóvão, 14, R/C • 4000-263 PortoTel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 • E-mail: [email protected]

IVA- Cobrança do IVA com novas regras desde dezembro 2012 1/2013- IVA. Novas regras de faturação 2/2013- IVA. Bens sujeitos a impostos especiais sobre o consumo. Regime suspensivo 3/2013

IRS- IRS. Rendimentos com nova taxa de retenção desde 1.1.2013 1/2013

- Tabelas práticas do IRS para 2012 2/2013

OUT

- Nova Lei do Arrendamento determinação do RABC 1/2013

- Orientações políticas para a programação de novo ciclo de fundos comunitários 2/2013

TSS

- Declaração mensal de rendimentos 1/2013

- Trabalhadores da Administração Pública. Novas regras de cessação por acordo 2/2013

- Empresas Startups. Apoio à contratação de trabalhadores 3/2013

- Cooperativas agrícolas. Programa coopjovem 4/2013

Este índice inclui todas as referências existentes noJornal Fiscal e é actualizado em cada edição. Seráfeita menção quando existir informação que digarespeito a várias referências.

O conteúdo das referências é especificado através deletras e algarismos. Os algarismos indicam a sequênciadentro da referência do ano respectivo, i.e., IRS2/2000 significa que pode encontrar a informação no2º trabalho do separador IRS.

Abreviaturas:

Índice (Alfabético/Temático) INDImposto sobre o Valor Acrescentado IVAImposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas IRCImposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares IRSOutros Impostos OUTBenefícios Fiscais BEFDireitos, Deveres e Garantias dos Contribuintes DDGContabilidade e Sociedades Comerciais CSCTrabalho e Segurança Social TSSAgenda Fiscal e Tabelas AFT

Page 4: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado IVA 1/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12 1(3)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assuntos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Cobrança do IVA com novas regras desde Dezembro de 2012 No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei

nº 64/2012, de 20 de dezembro, ao regime jurídico da cobrança do IVA aprovado pelo Decreto-Lei n.º 229/95, de 11 de setembro. Todavia as alterações só entraram em vigor a 1.1.2013.

Cobrança do IVA Foram introduzidas alterações no sentido de atualizar os locais de cobrança legalmente

autorizados para receber o pagamento do IVA. Locais de cobrança do IVA

Os locais passam a ser os seguintes:

• as secções de cobrança dos Serviços de Finanças; • os balcões dos CTT; • bem como as instituições de crédito que tenham celebrado os necessários acor-

dos com a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, E.P.E. (IGCP).

O pagamento do imposto pode ainda ser feito: • através de sistema de pagamento automático Multibanco ou do serviço de

Homebanking nas instituições de crédito que o disponibilizem. Prova de pagamento

A certificação ou o recibo emitido pelas entidades cobradoras da receita constitui prova de pagamento.

Meios de pagamento aceitáveis

No que respeita aos meios de pagamento do IVA, este só pode ser efetuado, para além da moeda corrente, por:

- cheque sacado sobre instituição de crédito localizada no território nacional ou em

outro Estado membro da União Europeia, ou no Espaço Económico Europeu;

Page 5: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado IVA 1/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12 2(3)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assuntos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

- transferência bancária, efetuada mediante instituição de crédito localizada no ter-

ritório nacional ou em outro Estado membro da União Europeia, ou no Espaço Económico Europeu, devendo conter a referência de pagamento;

- através de outras entidades cobradoras que, para esse efeito, venham a celebrar

com o IGCP os necessários acordos. Compensação Continua a ser possível efetuar compensação sempre que o valor do pagamento efetua-

do for superior ao do imposto apurado com base nos valores indicados na declaração periódica correspondente, embora a diferença daí resultante seja agora creditada em conta corrente, para compensação com o imposto que vier posteriormente a ser apurado.

Creditação na conta corrente

Para efeitos de utilização em períodos de imposto seguintes, são creditados na conta cor-rente do sujeito passivo os seguintes montantes:

- créditos apurados em declarações periódicas enviadas depois do termo do prazo

de entrega; - créditos resultantes de declarações periódicas de substituição, os quais serão

repercutidos nas declarações periódicas dos períodos de imposto seguintes àqueles a que se reportam.

Novas regras de reembolso

Quanto ao reembolso, foram alteradas as normas relativas ao pedido e ao respetivo pagamento.

Os pedidos de reembolsos devem agora ser solicitados: - nas situações em que passaram 12 meses relativamente ao período em que se

iniciou o excesso e persistir crédito a favor do sujeito passivo superior a A 250 euros, o reembolso deve ser solicitado através da declaração mensal relativa às operações efetuadas no exercício da atividade;

- nos demais casos previstos na lei, em formulário de modelo aprovado. Pedidos de concessão de reembolso

Para efeitos de concessão do reembolso, são considerados apenas os pedidos que cons-tem de declaração periódica enviada dentro do respetivo prazo legal, ainda que se trate de declaração de substituição, sem prejuízo dos respetivos acertos em conta corrente resultantes de valores apurados em declarações apresentadas para além do referido pra-zo.

Page 6: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado IVA 1/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12 3(3)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assuntos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Suspensão da concessão de reembolso

Refira-se que, de acordo com as regras agora fixadas, sempre que o sujeito passivo seja devedor de IVA, é suspensa a concessão de reembolsos que não estejam garantidos, até que o imposto seja pago ou garantido, sem prejuízo de poder ser efetuada a compensa-ção com créditos tributários.

Cessação de atividade

No caso de cessação de atividade, de alteração para um dos regimes especiais ou quan-do o sujeito passivo passe a praticar exclusivamente operações isentas que não confe-rem direito à dedução, os pedidos de reembolso apenas são considerados se solicitados em declaração apresentada dentro do prazo de quatro anos.

Forma de pagamento do reembolso do IVA

Já quanto ao pagamento dos reembolsos do IVA, este é efetuado pelo IGCP por ordem da Direção de Serviços de Reembolsos da Autoridade Tributária e Aduaneira, através de transferência bancária para conta indicada pelo sujeito passivo, que se mostre válida e vigente em qualquer instituição de crédito localizada em território nacional ou em outro Estado membro da União Europeia, ou no Espaço Económico Europeu.

Na falta das condições atrás referidas, o pagamento dos reembolsos será efetuado por

cheque do IGCP, tendo o mesmo o prazo de validade de 60 dias. Referências:

Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro;

Decreto-Lei n.º 229/95, de 11 de setembro, artigos 1.º, 4.º, 5.º, 6.º, 7.º, 8.º, 9.º, 10.º, 12.º, 14.º, 15.º, 18.º e 22.

Page 7: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado IVA 2/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12 1(3)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assuntos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

IVA. Novas regras de faturação Neste artigo procedemos à divulgação de esclarecimentos adicionais da Autoridade

Tributária. Assim, o exposto neste artigo serve para complementar o exposto no artigo IVA 14/2012.

Obrigação de emissão de fatura [artigo 29.º, n.º 1, alínea b), do CIVA]

A alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do CIVA é alterada, passando a determinar a obrigação de emissão de fatura para todas as transmissões de bens ou prestações de serviços, incluindo os pagamentos antecipados, independentemente da qualidade do adquirente ou do destinatário dos mesmos, ainda que estes não a solicitem.

A expressão “fatura ou documento equivalente”, utilizada até agora no normativo do

CIVA, é substituída pelo termo “fatura”. Simultaneamente, são derrogadas todas as refe-rências a “fatura ou documento equivalente”, constantes na demais legislação em vigor, as quais devem entender-se como sendo feitas, apenas, à “fatura”.

Deste modo, apenas a “fatura” ou “fatura-recibo” e a “fatura simplificada” cumprem a obri-gação de faturação, na medida em que contenham os requisitos do n.º 5 do artigo 36.º ou do n.º 2 do artigo 40.º, respetivamente, ambos do CIVA.

Faturas-recibo emitidas no Portal das Finanças (www.portaldasfinancas.gov.pt) A Portaria n.º 426-B/2012, de 28 de dezembro, cuja entrada em vigor ocorre em 1 de

janeiro de 2013, aprova os modelos de “faturas-recibo”, para efeitos do disposto no artigo 115.º do Código do IRS, procedendo à revogação da Portaria n.º 879-A/2010, de 29 de novembro.

O preenchimento e a emissão das faturas-recibo aprovadas pela citada Portaria efetuam-

se obrigatoriamente no Portal das Finanças na Internet, no endereço eletrónico www.portaldasfinancas.gov.pt.

Assim, a partir de 1 janeiro de 2013 deixa de ser possível a emissão do vulgarmente

designado “recibo verde”. Elementos exigíveis na fatura (artigo 36.º, n.º 15, do CIVA) Para determinação do montante (€1000) a partir do qual é obrigatória a indicação, na

fatura, do nome e do domicílio do adquirente ou destinatário que não seja sujeito passivo do imposto, o valor da fatura deve ser considerado sem inclusão do correspondente imposto (IVA).

Page 8: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado IVA 2/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12 2(3)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assuntos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Fatura simplificada (artigo 40.º do CIVA) O artigo 40.º do CIVA passa a estabelecer a possibilidade de emissão de uma fatura sim-

plificada em certas operações tributáveis, quando o imposto seja devido no território nacional:

- Transmissões de bens efetuadas por retalhistas ou vendedores ambulantes a

adquirentes não sujeitos passivos, quando o valor da fatura não seja superior a €1000;

- Outras transmissões de bens e prestações de serviços, independentemente da

qualidade do adquirente ou destinatário, quando o valor da fatura não seja supe-rior a €100.

Para determinação dos citados montantes, o valor da fatura deve ser considerado sem

inclusão do correspondente imposto (IVA). As faturas emitidas nos termos do artigo 40.º, devidamente identificadas como tal (“fatura

simplificada”), devem ser datadas e numeradas sequencialmente. Quando as faturas (simplificadas) são emitidas pelos aparelhos referenciados na segunda

parte do n.º 4 do artigo 40.º (outros meios eletrónicos, nomeadamente máquinas regista-doras, terminais eletrónicos ou balanças eletrónicas, com registo obrigatório das opera-ções no rolo interno da fita da máquina ou em registo interno, por cada transmissão de bens ou prestação de serviços), todas as menções obrigatórias, nomeadamente, o núme-ro de identificação fiscal do adquirente quando for sujeito passivo ou, não o sendo, o exi-ja, devem ser inseridas pelo respetivo equipamento.

Documentos retificativos da fatura (artigo 29.º, n.º 7, e artigo 36.º, n.º 6, do CIVA) De harmonia com a nova redação do n.º 7 do artigo 29.º, quando o valor tributável de

uma operação ou o correspondente imposto sejam alterados, por qualquer motivo, incluindo inexatidão, deve ser emitido documento retificativo da fatura, o qual deve conter os elementos referidos na alínea a) do n.º 5 do artigo 36.º, bem como a referência à fatu-ra a que respeita e a menção dos elementos alterados.

As notas de crédito e as notas de débito são documentos retificativos de fatura, podendo

ser emitidos pelos sujeitos passivos adquirentes dos bens ou destinatários dos serviços, desde que observados os seguintes requisitos:

- resultem de acordo entre os sujeitos passivos intervenientes, fornecedor dos

bens ou prestador dos serviços e adquirente ou destinatário dos mesmos;

Page 9: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado IVA 2/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12 3(3)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assuntos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

- sejam processados em cumprimento do disposto no n.º 7 do artigo 29.º, ou

seja, quando o valor tributável de uma operação ou o imposto corresponden-te sejam alterados por qualquer motivo, incluindo inexatidão;

- contenham os elementos a que se refere o n.º 6 do artigo 36.º, dos quais se

realça a referência à fatura a que respeitam. Quando, em resultado da concessão de descontos do tipo “rappel”, não seja viável a refe-

rência às faturas a que o documento retificativo respeita, podem os sujeitos passivos identificar o período temporal a que se refere, sem prejuizo da indicação do valor tributá-vel e do correspondente imposto, caso este seja objeto de regularização (nos termos do n.º 13 do artigo 78.º do CIVA).

Referências: Ofício Circulado nº 30141/2013, de 4.1.2013, da DSIVA, da AT

Page 10: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado IVA 3/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12 1(3)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assuntos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

IVA. Bens sujeitos a impostos especiais de consumo. Regime suspensivo

As instruções administrativas que se reproduzem mais à frente neste artigo têm por

base o disposto no artigo 68º-A da lei Geral Tributária, onde se estipula que a adminis-tração tributária está vinculada às orientações genéricas constantes em circulares ou outros documentos de idêntica natureza, independentemente da sua forma de comuni-cação, visando desta forma a uniformização da interpretação e da aplicação das nor-mas tributárias. De acordo com o nº 3 do referido preceito, a administração tributária deve proceder à conversão das informações vinculativas ou de outro tipo de entendimento prestado aos contribuintes em circulares administrativas, quando tenha sido colocada a questão de direito relevante e esta tenha sido apreciada no mesmo sentido em 3 pedidos de informação ou seja previsível que o venha a ser.

Ora, foi o que aconteceu relativamente ao regime suspensivo aplicável aos bens sujeitos a impostos especiais sobre o consumo que se encontrem em circulação, pelo que o entendimento definitivo da Autoridade Tributária sobre este assunto passou a ser o seguinte:

De acordo com o disposto na alínea a) do n.º 3 do artigo 15.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA), consideram-se entrepostos não aduaneiros os locais auto-rizados nos termos do artigo 21.º do Código dos Impostos Especiais de Consumo (CIEC), ali designados por entrepostos fiscais, relativamente aos bens sujeitos a impostos espe-ciais de consumo (IEC).

Para efeitos do CIEC, entende-se por «regime de suspensão do imposto» o regime fiscal

aplicável à produção, transformação, detenção e circulação dos produtos sujeitos a impostos especiais de consumo não abrangidos por um procedimento ou regime aduanei-ro suspensivo, em que é suspensa a cobrança dos referidos impostos.

Face ao disposto no n.º v) da alínea b) e na alínea d), ambas do n.º 1 do artigo 15.º do CIVA, estão isentas do imposto as transmissões de bens que se destinem a ser coloca-dos em regime de entreposto não aduaneiro, desde que não se destinem a utilização definitiva ou consumo final e enquanto se mantiverem nesse regime, bem como as transmissões de bens e as prestações de serviços a eles diretamente ligadas, efetuadas nos locais ou sob o referido regime.

No entanto, a isenção prevista no artigo 15.º do CIVA não é aplicável aos bens que circu-

lem ao abrigo do n.º 4 do artigo 35.º do CIEC que consagra a possibilidade de circulação de produtos sujeitos a impostos especiais de consumo, em regime de suspensão do imposto, de um entreposto fiscal para um local de entrega direta designado pelo depositá-rio autorizado e situado em território nacional.

Page 11: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado IVA 3/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12 2(3)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assuntos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Nestes termos, o imposto sobre o valor acrescentado é devido e exigível no momento em

que ocorre a saída dos bens do entreposto não aduaneiro, por força do disposto no n.º 8 do artigo 7.º e n.º 6 do artigo 15.º, ambos do Código do IVA.

A redação do artigo 15º do Código do IVA é a seguinte: Artigo 15º Isenções nas operações relacionadas com regimes suspensivos 1 - Estão isentas do imposto as operações a seguir indicadas, desde que os bens a

que se referem não se destinem a utilização definitiva ou consumo final e enquanto estes se mantiverem nas respetivas situações: a) As importações de bens que se destinem a ser colocados em regime de entreposto não aduaneiro; b) As transmissões de bens que se destinem a ser: i) Apresentados na alfândega e colocados eventualmente em depósito provisório; ii) Colocados numa zona franca ou entreposto franco; iii) Colocados em regime de entreposto aduaneiro ou de aperfeiçoamento activo; iv) Incorporados para efeitos de construção, reparação, manutenção, transformação, equipamento ou abastecimento das plataformas de perfuração ou de exploração situadas em águas territoriais ou em trabalhos de ligação dessas plataformas ao con-tinente; v) Colocados em regime de entreposto não aduaneiro; c) As prestações de serviços conexas com as transmissões a que se refere a alínea anterior; d) As transmissões de bens e as prestações de serviços a eles directamente ligadas, efetuadas nos locais ou sob os regimes referidos na alínea b), enquanto se mantive-rem numa das situações ali mencionadas; e) As transmissões de bens efetuadas enquanto se mantiverem os regimes de impor-tação temporária com isenção total de direitos ou de trânsito externo, ou o procedi-mento de trânsito comunitário interno, bem como as prestações de serviços conexas com tais transmissões. 2 - As situações referidas nos nºs i), ii), iii) e iv) da alínea b) do n.º 1 do presente arti-go são as definidas nas disposições aduaneiras em vigor. 3 - Para efeitos do disposto no n.º v) da alínea b) do n.º 1, consideram-se entrepostos não aduaneiros: a) Os locais autorizados nos termos do artigo 21.º do Código dos Impostos Especiais sobre o Consumo, relativamente aos bens sujeitos a impostos especiais de consumo; b) Os locais autorizados de acordo com a legislação aplicável, relativamente aos bens não abrangidos pelo disposto na alínea anterior. 4 - Tratando-se de bens não sujeitos a impostos especiais de consumo, previstos no Código dos Impostos Especiais sobre o Consumo, só pode ser concedida autorização para a colocação em regime de entreposto não aduaneiro a bens mencionados no anexo C ao presente Código que não se destinem a ser transmitidos no estádio do comércio a retalho e desde que o mesmo tipo de bens beneficie já do regime de entreposto aduaneiro, nos termos da legislação aplicável.

Page 12: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado IVA 3/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12 3(3)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assuntos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

5 - Não obstante o disposto no número anterior, podem beneficiar do regime de entreposto não aduaneiro os bens cuja transmissão se destine a ser efectuada: a) Em balcões de venda situados no interior do aeroporto ou de uma gare marítima, a viajantes que se dirijam para outro Estado membro ou para um país terceiro; b) A bordo de uma aeronave ou de um navio, durante um voo ou uma travessia marí-tima cujo local de chegada se situe noutro Estado membro ou fora do território da Comunidade; c) Por um sujeito passivo, nos termos previstos nas alíneas l), m) e n) do n.º 1 do arti-go 14.º. 6 - O imposto é devido e exigível à saída dos bens do regime de entreposto não aduaneiro a quem os faça sair, devendo o valor tributável incluir o valor das opera-ções isentas, eventualmente realizadas enquanto os bens se mantiverem naquele regime. 7 - O disposto nos números anteriores é igualmente aplicável às aquisições intraco-munitárias de bens, efetuadas nos termos do Regime do IVA nas Transacções Intra-comunitárias, quando os bens se destinem a ser colocados num dos regimes ou das situações referidos na alínea b) do n.º 1. 8 - São também isentas de imposto as transmissões de triciclos, cadeiras de rodas, com ou sem motor, automóveis ligeiros de passageiros ou mistos para uso próprio de pessoas com deficiência, de acordo com os condicionalismos previstos no Código do Imposto sobre Veículos, devendo o benefício ser requerido nos termos estabelecidos naquele Código. 9 - Se os proprietários dos veículos adquiridos com a isenção conferida pelo número anterior ou importados com isenção ao abrigo da alínea j) do n.º 1 do artigo 13.º pre-tenderem proceder à sua alienação antes de decorridos cinco anos sobre a data de aquisição ou de importação, devem pagar, junto das entidades competentes para a cobrança do imposto sobre veículos, o imposto sobre o valor acrescentado corres-pondente ao preço de venda, que não pode ser inferior ao que resulta da aplicação ao preço do veículo novo à data de venda, com exclusão do IVA, das percentagens referidas no n.º 2 do artigo 3.º-A do Decreto-Lei n.º 143/86, de 16 de Junho. 10 - Estão isentas do imposto as transmissões de bens a título gratuito, para posterior distribuição a pessoas carenciadas, efetuadas ao Estado, a instituições particulares de solidariedade social e a organizações não governamentais sem fins lucrativos, bem como as transmissões de livros a título gratuito efetuadas aos departamentos governamentais nas áreas da cultura e da educação, a instituições de caráter cultural e educativo, a centros educativos de reinserção social e a estabelecimentos prisio-nais.

Referências: Ofício Circulado nº 30137/2012, de 21.12.2012, da DSIVA, da AT

Page 13: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência IRS Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares IRS 1/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12 1(1)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

IRS. Rendimentos com nova taxa de retenção desde 1.1.2013 Orçamento do Estado para 2013, aprovado pela Lei nº 64-B/2012, de 31.12, introdu-

ziu alterações ao Código do IRS agravando a tributação dos rendimentos prediais, aliás como já era expectável.

Assim, desde 1 de janeiro de 2013 os rendimentos prediais estão sujeitos a uma taxa

liberatória de 28%. Os senhorios podem, no entanto, optar entre o englobamento destes rendimentos e o

pagamento da referida taxa. Nova taxa de retenção na fonte

Por outro lado, a retenção na fonte, quando obrigatória, deve agora ser efetuada à taxa de 25% (anteriormente a taxa era de 16,5%).

Obrigatoriedade de retenção na fonte

A retenção na fonte é obrigatória quando o inquilino é uma entidade que dispõe ou deva dispor de contabilidade organizada, devendo aplicar ao rendimento ilíquido de que seja devedor a retenção na fonte.

Arrendatário com contabilidade organizada

Assim, caso o arrendatário tenha contabilidade organizada, deve aplicar ao valor da renda ilíquido a taxa de retenção na fonte de 25%.

Dedução aos rendimentos prediais do imposto do selo

De referir ainda, quanto aos rendimentos prediais, a alteração introduzida ao nº 1 do artigo 41º do Código do IRS, onde se refere que o imposto do selo que incide sobre o valor dos prédios ou parte de prédios é agora também passível de dedução, desde que o rendimento tenha sido englobado.

Referências: Código do IRS (artigos 41º, 71º e 83º) Lei nº 64-B/2012, de 31.12, Orçamento do Estado para 2013

Page 14: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência IRS Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares IRS 2/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12 1(2)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Tabelas práticas do IRS para 2012 Foram recentemente divulgadas pela Administração Fiscal as tabelas práticas a apli-

car aos rendimentos de 2012, auferidos por sujeitos passivos residentes no continen-te e nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.

As tabelas práticas do IRS constituem um importante instrumento simplificador da apli-

cação das taxas na liquidação do imposto e na conceção das aplicações informáticas que lhe servem de base, permitindo a substituição do mecanismo da divisão do rendi-mento coletável em duas partes e a consequente aplicação de duas taxas, a média, à primeira parte, e a normal à segunda, por um sistema de taxa única (taxa normal), cor-rigido por uma parcela a abater.

Continente Rendimento Coletável (euros) Taxa Normal Parcela a abater

Até 4.898,00 11,50% De mais de 4.898,00 até 7.410,00 14,00% 122,45

De mais de 7.410,00 até 18.375,00 24,50% 900,46

De mais de 18.375,00 até 42.259,00 35,50% 2.921,81

De mais de 42.259,00 até 61.244,00 38,00% 3.978,26

De mais de 61.244,00 até 66.045,00 41,50% 6.121,95

De mais de 66.045,00 até 153.300,00 43,50% 7.442,61 Superior 153.300,00 46,50% 12.041,72

Região Autónoma da Madeira Rendimento Coletável (euros) Taxa Normal Parcela a abater

Até 4.898,00 11,500% De mais de 4.898,00 até 7.410,00 14,000% 122,4

De mais de 7.410,00 até 18.375,00 24,500% 900,4 De mais de 18.375,00 até 42.259,00 35,500% 2.921,8

De mais de 42.259,00 até 61.244,00 38,000% 3.978,2

De mais de 61.244,00 até 66.045,00 41,500% 6.121,9

De mais de 66.045,00 até 153.300,00 43,500% 7.442,6 Superior 153.300,00 46,500% 12.041,7

Page 15: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência IRS Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares IRS 2/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12 2(2)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Região Autónoma dos Açores Rendimento Coletável (euros) Taxa Normal Parcela a abater

Até 4.898,00 8,050% De mais de 4.898,00 até 7.410,00 10,500% 120,0

De mais de 7.410,00 até 18.375,00 19,600% 794,2 De mais de 18.375,00 até 42.259,00 28,400% 2.411,3 De mais de 42.259,00 até 61.244,00 30,400% 3.256,4

De mais de 61.244,00 até 66.045,00 33,200% 4.971,1 De mais de 66.045,00 até 153.300,00 34,800% 6.027,9 Superior 153.300,00 37,200% 9.706,9

Referências: Circular nº 11/2012, de 28 de dezembro de 2012, da Direção de Serviços do IRS, da Autoridade Tributária (AT).

Page 16: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência OUT Outros Impostos OUT 1/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-1-12

1(5)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Nova Lei do Arrendamento – determinação do RABC No passado dia 1 de janeiro do corrente ano entrou em vigor o diploma que vem

finalmente estabelecer os regimes de determinação do rendimento anual bruto corri-gido (RABC) e de atribuição do subsídio de renda, introduzindo, ainda, alterações ao diploma que disciplina os elementos do contrato de arrendamento e os requisitos a que obedece a sua celebração.

Na determinação do RABC têm de ser tidos em conta os rendimentos dos agregados

familiares relativos a 2012 (e não os de 2011). Por força disso, já se previa que não poderiam verificar-se aumentos de rendas antes de 2013.

Na verdade, se o processo negocial, para efeitos do aumento das rendas antigas, tem

de ter em conta os rendimentos de 2012 (e não os de 2011), e se o fisco não poderá atestar tais rendimentos enquanto não receber as declarações de IRS de 2012, já era de prever que até 2013 não se verificariam quaisquer atualizações das rendas.

A nova lei do arrendamento (Lei n.º 31/2012, de 14.8) encontra-se a vigorar desde

Novembro, mas para beneficiarem da eventual isenção de aumento de renda, os inquili-nos apenas conseguirão provar os seus rendimentos em 2013, depois de calculado o IRS relativo a 2012. Perante esta questão, o Governo decidiu agora criar uma exceção, em virtude da qual o senhorio só poderá cobrar o novo valor da renda a partir do segun-do semestre de 2013.

Em contrapartida, o executivo alerta os inquilinos que tentarem utilizar esta exceção

para invocarem "carência económica" sem terem direito, adiantando que os mesmos serão alvo de multas. Assim, caso se venha a verificar uma diferença superior a 20% entre o rendimento efetivo do agregado e o valor máximo de Rendimento Anual Bruto Corrigido (RABC) que impõe limites à subida das rendas, o senhorio tem direito a ser indemnizado.

Importa referir que, relativamente aos contratos de arrendamento para fim habitacional

celebrados antes da vigência do Regime do Arrendamento Urbano (RAU), passa a dis-tinguir-se consoante esteja em causa a atualização da renda ao abrigo do regime cons-tante dos artigos 30.º a 37.º da Lei n.º 6/2006, de 27.2 (NRAU), na redação que lhe foi conferida pela Lei n.º 31/2012, de 14.8 (revisão ao NRAU), ou a atualização da renda ao abrigo do regime constante dos artigos 30.º a 49.º do NRAU na sua redação originária.

Na verdade, a atualização da renda ao abrigo do regime constante dos referidos artigos

30.º a 49.º do NRAU, na sua redação originária, pode ocorrer se se verificarem os pres-supostos previstos no n.º 1 do artigo 11.º da Lei n.º 31/2012, que passamos a transcre-ver:

Page 17: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência OUT Outros Impostos OUT 1/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-1-12

2(5)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

“Artigo 11.º

Disposição transitória 1 - Os senhorios que tenham iniciado a atualização da renda ao abrigo do regime constante dos artigos 30.º a 56.º da Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro, na sua redação originária, e da respetiva legislação complementar, podem optar pela continuação da aplicação do referido regime se, no momento da entrada em vigor da presente lei, se verificar uma das seguintes situações: a) O período de atualização faseada do valor da renda, em 2, 5 ou 10 anos, se encon-tre a decorrer; b) Estiverem verificados os pressupostos previstos nos artigos 35.º ou 52.º da Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro, na sua redação originária, consoante se trate de arrenda-mento para habitação ou para fim não habitacional. 2 - A opção prevista no número anterior é comunicada pelo senhorio ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, I. P., no prazo de 30 dias a contar da data da entrada em vigor da presente lei. 3 - O disposto na alínea d) do n.º 2 do artigo 1072.º do Código Civil, aditada pela pre-sente lei, é aplicável a todos os contratos de arrendamento, independentemente da data em que tenham sido celebrados. 4 - A determinação do RABC durante o ano de 2012 para efeitos do disposto no artigo 35.º da Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro, deve ter em conta os rendimentos do agre-gado familiar relativos ao ano de 2012 e a suspensão do pagamento de subsídios de férias e de Natal ou equivalentes definida no artigo 21.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro.”

Conforme resulta do n.º 2 da disposição acima transcrita, o senhorio deve comunicar a

sua opção ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, I.P., no prazo de 30 dias a contar da entrada em vigor da referida Lei.

Contudo, por razões de igualdade de tratamento, o diploma ora aprovado vem estabele-

cer que se aplique igual regime às situações em que, embora o senhorio não tenha cumprido a mencionada formalidade, se continuem a verificar os mesmos pressupostos e a renda continue ou passe a ser atualizada, consoante as situações, ao abrigo do regime constante dos artigos 30.º a 49.º do NRAU, na sua redação originária.

Assim, o DL n.º 158/2006, que aprova os regimes de determinação do rendimento anual

bruto corrigido e a atribuição do subsídio de renda, passa agora a estar estruturado em duas partes:

- A primeira para as situações em que a atualização da renda dos contratos para

fim habitacional celebrados antes da vigência do RAU tenha lugar ao abrigo quer dos artigos 30.º a 37.º do NRAU, na redação que lhe foi recentemente con-ferida pela Lei n.º 31/2012, de 14.8 (revisão ao NRAU), quer dos artigos 30.º a 49.º do NRAU, na sua redação originária. Esta primeira parte prevê soluções tendencialmente uniformes para os dois regimes ao abrigo dos quais é possível proceder à atualização da renda.

Page 18: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência OUT Outros Impostos OUT 1/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-1-12

3(5)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

- A segunda regula a atribuição do subsídio de renda aplicável aos contratos para

fim habitacional celebrados antes da vigência do RAU e cuja renda continue ou passe a ser atualizada ao abrigo do regime constante dos artigos 30.º a 49.º do NRAU, na sua redação originária.

O regime da resposta social aplicável aos contratos para fim habitacional celebrados

antes da vigência do RAU e cuja renda seja atualizada ao abrigo dos artigos 30.º a 37.º do NRAU, na sua última versão, introduzida pela Lei n.º 31/2012, requer um tratamento autónomo em diploma próprio. Esse diploma define dos termos e as condições da res-posta social a que têm direito, após o decurso do período de cinco anos previsto na mencionada Lei, os arrendatários com idade igual ou superior a 65 anos ou deficiência com grau comprovado de incapacidade superior a 60% e cujo RABC do seu agregado familiar seja inferior a cinco retribuições mínimas nacionais anuais (RMNA). Esta respos-ta social será efetivada preferencialmente através da atribuição de subsídio de renda.

De referir que o diploma agora aprovado procede a ajustamentos no que concerne ao

conteúdo do documento comprovativo do RABC do agregado familiar do arrendatário, a emitir pelo serviço de finanças competente.

Quando o referido documento seja emitido no âmbito da atualização da renda ao abrigo

dos artigos 30.º a 37.º do NRAU na versão revista pela Lei 31/2012, deve conter o con-creto valor do RABC, na medida em que o mesmo é relevante, designadamente, para efeitos do cálculo do valor máximo atualizado da renda. A emissão do documento com-provativo do RABC depende da apresentação, pelo requerente, de autorização dos membros do agregado familiar e das pessoas que vivam em comunhão de habitação com o arrendatário há mais de um ano, com vista a assegurar uma adequada proteção dos dados pessoais dos respetivos titulares.

Em contrapartida, o documento comprovativo do RABC, quando seja emitido no âmbito

da atualização da renda ao abrigo dos artigos 30.º a 49.º do NRAU, na sua redação ori-ginária, deve apenas mencionar se o RABC do agregado familiar do arrendatário é ou não superior a 3, 5 ou 15 RMNA.

Atendendo à natureza transitória do subsídio de renda aplicável aos contratos para fim

habitacional celebrados antes da vigência do RAU e cuja renda continue ou passe a ser atualizada ao abrigo do regime constante dos artigos 30.º a 49.º do NRAU, na sua reda-ção originária, prevê-se que o mencionado subsídio caduque nas situações em que, tendo o senhorio optado pela atualização da renda ao abrigo dos artigos 30.º a 37.º do NRAU, na versão revista, se vença a primeira renda atualizada nestes termos.

Page 19: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência OUT Outros Impostos OUT 1/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-1-12

4(5)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Tal como já referimos no início do presente artigo, a determinação do RABC durante o

ano de 2012, para efeitos do disposto no artigo 35.º do NRAU na versão revista, deve ter em conta os rendimentos do agregado familiar relativos ao ano de 2012 e a suspensão do pagamento dos subsídios de férias e de Natal ou equivalentes. Mas temos de ter em conta as especialidades em relação à regra geral que define o ano civil relevante para a determinação do RABC, da qual decorre que, durante o ano de 2012, o RABC a ter em consideração é o existente em 2011.

Sucede, todavia, que o serviço de finanças competente apenas pode emitir o documento

comprovativo do qual conste o valor do RABC do agregado familiar do arrendatário após a liquidação do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) relativo ao ano de 2012.

Por isso, foi agora consagrado o direito do arrendatário – tenha ou não idade igual ou

superior a 65 anos ou deficiência com grau comprovado de incapacidade superior a 60% – a, durante o ano de 2012 e para efeito de invocação de que o RABC do seu agregado familiar é inferior a cinco RMNA, optar pela aferição do agregado familiar, da RMNA e dos fatores de correção do rendimento anual bruto relevantes para o apuramento do RABC que existem em 2012.

Todavia, para evitar a utilização abusiva deste direito, o arrendatário que o exerça tem o

dever de remeter ao senhorio o documento comprovativo do qual conste o valor do RABC do seu agregado familiar, no prazo de 60 dias a contar da notificação da liquida-ção do IRS relativo ao ano de 2012, emitida pela Autoridade Tributária e Aduaneira, sob pena de não poder prevalecer-se do regime previsto para o arrendatário que invoque e comprove que o RABC do seu agregado familiar é inferior a cinco RMNA e, sendo caso disso, de poder vir a responder pelos danos que culposamente causar ao senhorio.

Por outro lado, quando ocorrer a atualização da renda, o senhorio tem direito à recupe-

ração do aumento do valor da renda que seria devido durante o período que medeia entre a invocação, pelo arrendatário, de que opta pela aferição dos elementos relevantes para o apuramento do RABC que existem em 2012 e a atualização da renda decorrente da obtenção do documento comprovativo do valor do RABC.

Ainda nesta matéria, o diploma ora provado prevê um limite máximo do valor a recuperar

em cada mês, com vista a não sobrecarregar desproporcionadamente o arrendatário, sem prejuízo de as partes poderem acordar livremente em sentido diverso ou de haver lugar ao vencimento imediato de todo o valor em dívida no caso de cessação do contra-to.

Esse limite máximo não pode ultrapassar, em cada mês, um valor superior a metade do

valor mensal da renda atualizada.

Page 20: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência OUT Outros Impostos OUT 1/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-1-12

5(5)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Por último, importa referir que no dia 1 de Janeiro do corrente ano também entrou em

vigor o DL n.º 266-B/2012, de 31.12, que estabelece o regime de determinação do nível de conservação dos prédios urbanos ou frações autónomas, arrendados ou não, para os efeitos previstos em matéria de arrendamento urbano, de reabilitação urbana e de con-servação do edificado, que passaremos a analisar numa próxima edição do Jornal Fis-cal.

Referências: DL n.º 266-C/2012, de 31 de Dezembro Lei n.º 31/2012, de 14 de Agosto Lei n.º 6/2006, de 27 de Fevereiro Decreto-Lei n.º 158/2006, de 8 de Agosto Decreto-Lei n.º 160/2006, de 8 de Agosto

Page 21: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência OUT Outros Impostos OUT 2/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-1-12

1(2)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Orientações políticas para a programação do novo ciclo de fundos comunitários

Programação do novo ciclo de inter-venção dos fundos comunitários

Foi publicada em Diário da República a Resolução do Conselho de Ministros que esta-belece as orientações políticas essenciais para a programação do novo ciclo de inter-venção dos fundos comunitários no período 2014-2020.

Prioridades Da referida resolução resulta que, a intervenção em Portugal dos fundos comunitários

incluídos no Quadro Estratégico Comum (QEC) para o período 2014-2020 assentará nas seguintes prioridades:

- promoção da competitividade da economia; - formação de capital humano; - promoção da coesão social; - reforma do Estado. Objectivos Para o efeito, deverão os apoios públicos proporcionados pelos fundos estruturais e de

coesão e pelos fundos agrícolas, marítimos e das pescas focalizar-se nos seguintes objetivos:

- Estímulo à produção de bens e serviços transacionáveis e à internacionalização

da economia; - Estímulo à qualificação do perfil de especialização da economia portuguesa,

nomeadamente à sua reconversão estrutural através da dinamização da indús-tria e promovendo a ciência e a transferência dos seus resultados para o tecido produtivo;

- Reforço do investimento na educação e na formação profissional, através de ini-

ciativas dirigidas à empregabilidade e do desenvolvimento do sistema de forma-ção dual e de qualidade das jovens gerações, assegurando o cumprimento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos;

- Reforço da integração das pessoas em risco de pobreza e do combate à exclu-

são social; - Promoção da coesão e competitividade territoriais, em especial nas cidades e

em zonas de baixa densidade, e promoção do desenvolvimento territorial de espaços regionais e sub-regionais;

Page 22: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência OUT Outros Impostos OUT 2/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-1-12

2(2)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

- Apoio ao programa da reforma do Estado, com vista à racionalização, moderni-

zação e capacitação institucional da Administração Pública. Apoios reembolsáveis

Da Resolução do Conselho de Ministros resulta também a prioridade a atribuir aos apoios reembolsáveis, reservando a utilização dos subsídios a fundo perdido a situações excecionais ou com baixas taxas de apoio.

Grandes projetos públicos

Por outro lado, o diploma dá conta da necessidade e da exigência de uma ponderação prévia da sustentabilidade económica e financeira dos grandes projetos públicos, condi-cionando os apoios à criação de novos equipamentos ou infraestruturas à existência de instrumentos de planeamento que permitam aferir, além da sua sustentabilidade finan-ceira, a cobertura do serviço no território nacional.

Referências:

Resolução do Conselho de Ministros n.º 98/2012, de 26 de novembro.

Page 23: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência TSS Trabalho e Segurança Social TSS 1/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12

1(7)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Declaração Mensal de Remunerações – AT A Lei do Orçamento do Estado para 2013 prevê a entrega de uma nova declaração à

Autoridade Tributária pelas entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente, referente a estes rendimentos e respetivas retenções de imposto, de contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde, bem como de quotizações sindicais relativas ao mês anterior.

Envio da declaração pela Internet

Esta nova declaração, designada por “Declaração Mensal de Remunerações – AT”, deve ser entregue à Autoridade Tributária e Aduaneira obrigatoriamente pela internet pelas entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente (categoria A) sujeitos a IRS, auferidos por sujeitos passivos residentes em território nacional, incluindo os rendimentos dispensados de retenção na fonte, os rendimentos isentos, como, por exemplo, os rendimentos provenientes da propriedade literária, artística e científica, e ainda os que se encontrem excluídos de tributação, nos termos dos arts 2º e 12º do Código do IRS, nomeadamente os montantes auferidos em virtude de cessação do contrato de trabalho, subsídio de refeição e ajudas de custo (parte não sujeita a imposto).

Devem ainda ser declaradas as retenções de sobretaxa de IRS, das contribuições

obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde e ainda as quotizações sindicais.

Sujeitos passivos deficientes

Os rendimentos auferidos por sujeitos passivos deficientes com grau de incapacidade permanente devidamente comprovado igual ou superior a 60% devem ser indicados pela totalidade.

Nova redação do art. 119º do Código do IRS Nos termos da nova redação do art. 119º, nº 1, do Código do IRS, introduzida pela Lei

que aprovou o OE para o corrente ano, as entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente devem:

- entregar à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) uma declaração referente aos

rendimentos pagos ou colocados à disposição e respetivas retenções de imposto, de contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde, bem como de quotizações sindicais:

• até ao dia 10 do mês seguinte ao do pagamento ou colocação à disposição,

caso se trate de rendimentos do trabalho dependente, ainda que isentos ou não sujeitos a tributação, sem prejuízo de poder ser estabelecido por portaria do Governo a sua entrega anual nos casos em que tal se justifique;

Page 24: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência TSS Trabalho e Segurança Social TSS 1/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12

2(7)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

• até ao final do mês de fevereiro de cada ano, relativamente aos restantes

rendimentos do ano anterior. Procedimentos A Declaração Mensal de Remunerações deve ser enviada pela Internet através do Portal

das Finanças – www.portaldasfinancas.gov.pt ou da Segurança Social – www.seg-social.pt

O envio da declaração deve ser efetuado de acordo com os procedimentos indicados

nestes endereços eletrónicos.

Anexo

Page 25: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência TSS Trabalho e Segurança Social TSS 1/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12

3(7)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Page 26: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência TSS Trabalho e Segurança Social TSS 1/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12

4(7)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Page 27: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência TSS Trabalho e Segurança Social TSS 1/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12

5(7)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Page 28: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência TSS Trabalho e Segurança Social TSS 1/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12

6(7)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Page 29: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência TSS Trabalho e Segurança Social TSS 1/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12

7(7)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Referências: Portaria nº 6/2013, de 10 de janeiro; Lei nº 66-B/2012, de 31 de dezembro, artigo 186º.

Page 30: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência TSS Trabalho e Segurança Social TSS 2/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12

1(3)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Trabalhadores da Administração Pública Novas regras de cessação por acordo

Das recentes alterações ao Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas,

em vigor desde 1 de janeiro, importa destacar as novas regras de cessação do contrato por acordo entre as partes nos serviços da Administração Pública.

Requisitos para cessação por acordo Assim, nos termos da lei ora publicada, a entidade empregadora pública e o trabalhador

podem fazer cessar o contrato por acordo reduzido a escrito, respeitados os seguintes requisitos:

- sejam comprovadas a obtenção de ganhos de eficiência e a redução

permanente de despesa para a entidade empregadora pública, designadamente pela demonstração de que o trabalhador não requer substituição;

- a entidade empregadora pública demonstre a existência de disponibilidade

orçamental, no ano da cessação, para suportar a despesa relativa à compensação a atribuir ao trabalhador.

Autorização pré-via do Governo: exceções

Deve ter-se presente que a celebração de acordo de cessação nos referidos termos depende de prévia autorização dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e Administração Pública e da tutela da entidade empregadora pública a cujo mapa de pessoal o trabalhador pertence, salvo quando este se encontre integrado na carreira de assistente operacional ou de assistente técnico e estejam verificados os requisitos acima indicados.

No entanto, aqueles membros do Governo podem, em fase prévia à autorização de

celebração de acordo de cessação, requerer à entidade gestora da mobilidade a avaliação da possibilidade de colocação do trabalhador em posto de trabalho compatível com a sua categoria, experiência e qualificações profissionais, noutro órgão ou serviço da Administração Pública.

Impedimento de novo vínculo

A celebração de acordo de cessação gera a incapacidade do trabalhador para constituir uma relação de vinculação, a título de emprego público ou outro, incluindo prestação de serviços, com os órgãos e serviços das administrações direta e indireta do Estado, regionais e autárquicas, incluindo as respetivas empresas públicas e entidades públicas empresariais, e com quaisquer outros órgãos do Estado ou pessoas coletivas públicas, durante o número de meses igual ao quádruplo do número resultante da divisão do montante da compensação atribuída pelo valor de 30 dias de remuneração base, calculado com aproximação por excesso.

Page 31: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência TSS Trabalho e Segurança Social TSS 2/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12

2(3)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Programas setoriais de redução de efetivos Prevê-se a possibilidade de o Governo regulamentar, por portaria, programas setoriais

de redução de efetivos por recurso à celebração de acordo de cessação de contrato, estabelecendo os requisitos e as condições específicas a aplicar nesses programas, as quais devem ser objeto de negociação prévia com as organizações sindicais representativas dos trabalhadores.

Antecipação da aposentação

O acordo de cessação carece de demonstração de redução efetiva de despesa e da consequente autorização prévia do ministro das Finanças na situação em que o trabalhador reúne as condições para ter acesso ao mecanismo legal de antecipação da aposentação no âmbito do regime de proteção social convergente ou ao abrigo de regime de flexibilização ou de antecipação da idade de pensão de reforma por velhice no regime geral de segurança social.

Montante da compensação A compensação a atribuir ao trabalhador no âmbito dos acordos de cessação (com

exceção dos programas setoriais de redução de efetivos por recurso à celebração de acordo de cessação de contrato) corresponde no máximo a 20 dias de remuneração base por cada ano completo de antiguidade, sendo apurada da seguinte forma:

- o valor diário de remuneração base é o resultante da divisão por 30 da

remuneração base mensal; - em caso de fração de ano, o montante da compensação é calculado

proporcionalmente; - o montante global da compensação não pode ser superior a 100 vezes o valor

do salário mínimo. Limite do mon-tante total da compensação

Importa ainda referir que o montante global da compensação não pode ser superior ao montante das remunerações base a auferir pelo trabalhador até à idade legal de reforma ou aposentação.

Legislação alterada A Lei nº 66/2012, de 31 de dezembro, alterou os seguintes diplomas referentes a regras

laborais aplicáveis aos trabalhadores que exercem funções públicas: • Lei nº 12-A/2008, de 27 de fevereiro, que estabeleceu os regimes de vinculação,

de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas;

Page 32: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência TSS Trabalho e Segurança Social TSS 2/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12

3(3)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

• Lei nº 59/2008, de 11 de setembro, que aprovou o Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas;

• Decreto-Lei nº 209/2009, de 3 de setembro, que adaptou a Lei nº 12-A/2008, de

27.2, aos trabalhadores que exercem funções públicas na administração autárquica e procedeu à adaptação à administração autárquica do disposto no Decreto-Lei nº 200/2006, de 25.10, no que se refere ao processo de racionalização de efetivos;

• Decreto-Lei nº 259/98, de 18 de agosto, que estabeleceu as regras e os

princípios gerais em matéria de duração e horário de trabalho na Administração Pública;

• Decreto-Lei nº 100/99, de 31 de março, que estabelece o regime de férias, faltas

e licenças dos funcionários e agentes da administração central, regional e local, incluindo os institutos públicos.

A nova lei determina ainda a aplicação aos trabalhadores em funções públicas dos

regimes previstos no Código do Trabalho relativos a feriados (arts. 234º e seguintes) e ao estatuto do trabalhador-estudante (arts. 89º e seguintes).

Referências: Lei nº 66/2012, de 31 de dezembro.

Page 33: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência TSS Trabalho e Segurança Social TSS 3/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12

1(3)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Empresas Startups – apoio à contratação de trabalhadores A medida de Apoio à Contratação de Trabalhadores por Empresas Startups consiste

no reembolso de uma percentagem da Taxa Social Única (TSU) da responsabilidade do empregador que celebre contrato de trabalho com desempregados qualificados, ou equiparados, inscritos no centro de emprego, ou com qualquer trabalhador qualificado, para a prestação de trabalho em empresa startup.

São equiparados a desempregados os inscritos no centro de emprego como

trabalhadores com contrato de trabalho suspenso com fundamento no não pagamento pontual da retribuição.

Conceito De acordo com o Governo, importa promover a criação de empresas baseadas em

conhecimento e com potencial de crescimento em mercados internacionais, designadas startups, que poderão vir a desempenhar um papel fundamental no aumento das exportações, na criação de emprego e no combate ao desemprego.

Estas empresas têm o potencial de colocar no mercado produtos e serviços

transacionáveis, inovadores e de elevado valor acrescentado, nomeadamente nas áreas das tecnologias de informação, da comunicação e da eletrónica, das energias limpas e eficientes, das ciências da vida, e da indústria avançada.

Execução e regulamentação Entidades responsáveis

São responsáveis pela execução da medida o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI) e o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), aos quais compete a elaboração do regulamento específico.

Requisitos de atribuição do apoio financeiro Para efeitos de atribuição do apoio financeiro é necessária: • a celebração de contrato de trabalho, a tempo completo, com desempregado

inscrito em centro de emprego ou com outro trabalhador, em ambos os casos detentor de nível III de qualificação do Quadro Nacional de Qualificações (ensino secundário vocacionado para prosseguimento de estudos de nível superior) ou superior. O contrato de trabalho é celebrado sem termo ou a termo certo, pelo período mínimo de 18 meses.

• a criação líquida de emprego. Este requisito verifica-se quando:

Page 34: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência TSS Trabalho e Segurança Social TSS 3/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12

2(3)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

- o empregador atingir por via do apoio um número total de trabalhadores superior

à média mais baixa dos trabalhadores registados nos 4, 6 ou 12 meses que precedem a data da apresentação da candidatura;

- a partir da contratação e, pelo menos, durante o período de duração do apoio

financeiro, o empregador registar, com periodicidade mensal, um número total de trabalhadores igual ou superior ao número de trabalhadores atingido por via do apoio.

Limite de contra-tação

Refira-se que cada empregador não pode contratar mais de 20 trabalhadores ao abrigo desta nova medida de apoio.

Apoio financeiro Reembolso do valor da TSU

O empregador que celebre contrato de trabalho ao abrigo da medida de apoio à contratação tem direito, durante o período máximo de 18 meses, ao reembolso, total ou parcial, do valor da TSU paga mensalmente pelo mesmo, relativamente a cada trabalhador, nos seguintes termos:

• 100% do valor da TSU, até um valor máximo de 300 euros por mês, por

trabalhador, no caso de contratação sem termo de desempregado inscrito no centro de emprego há pelo menos 4 meses consecutivos;

• 75% do valor da TSU, até um valor máximo de 225 euros por mês, por

trabalhador, no caso de contratação a termo de desempregado inscrito no centro de emprego há pelo menos 4 meses consecutivos;

• 50% do valor da TSU, até um valor máximo de 175 euros por mês, por

trabalhador, no caso de contratação sem termo de desempregado inscrito no centro de emprego há menos de 4 meses e na contratação sem termo de qualquer trabalhador cujo contrato de trabalho anterior noutra empresa não era sem termo.

Procedimento Para obtenção do apoio, o empregador apresenta a candidatura no portal “NetEmprego”

do IEFP, em www.netemprego.gov.pt, através do registo da oferta de emprego, podendo identificar o destinatário que visa contratar.

O IEFP procede à validação da oferta e verifica os demais requisitos de atribuição do

apoio, nomeadamente verificando a elegibilidade do destinatário identificado pelo empregador ou apresentando-lhe, para efeitos de seleção, desempregados que reúnam os requisitos necessários ao preenchimento daquela oferta.

Page 35: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência TSS Trabalho e Segurança Social TSS 3/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12

3(3)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Decisão do IEFP É posteriormente proferida decisão pelo IEFP, sendo notificado o empregador no prazo

de 20 dias seguidos a contar da data da apresentação da respetiva candidatura. O empregador deve celebrar os contratos de trabalho após a notificação da decisão de

aprovação, sem prejuízo de o empregador poder celebrar os contratos de trabalho a partir do momento da apresentação da candidatura, assumindo, nesse caso, os efeitos da eventual não elegibilidade da mesma.

Cumulação de apoios Medida Estímulo 2012

O apoio financeiro é cumulável com a medida Estímulo 2012, criada pela Portaria nº 45/2012, de 13 de fevereiro (TSS 8/2012) ou com outra medida de apoios diretos ao emprego equivalente.

A medida Estímulo 2012 consiste na concessão, à entidade empregadora, de um apoio

financeiro à celebração de contrato de trabalho com desempregado inscrito no centro de emprego há pelo menos seis meses consecutivos, com a obrigação de proporcionar formação profissional.

Prazo para candidaturas As candidaturas aos apoios podem ser efetuadas até 31 de dezembro de 2013, ou até

data anterior fixada por deliberação conjunta do IEFP e IAPMEI, quando for previsível que venha a ser atingido o limite de fundos disponíveis para esta medida.

Referências: Portaria nº 432/2012, de 31 de dezembro; Resolução do Conselho de Ministros nº 51-A/2012, de 14 de junho; Impulso Jovem – www.impulsojovemportugal.pt

Page 36: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência TSS Trabalho e Segurança Social TSS 4/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12

1(4)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Cooperativas agrícolas Programa COOPJOVEM

O Programa COOPJOVEM, de apoio ao empreendedorismo cooperativo, destina-se a

apoiar os jovens na criação de cooperativas ou em projetos de investimento que envolvam a criação líquida de postos de trabalho em cooperativas agrícolas existentes, como forma, segundo o Governo, “de desenvolvimento de uma cultura solidária e de cooperação, facilitando a criação do seu próprio emprego e a definição do seu trajeto de vida.”

Objetivos O COOPJOVEM tem por objetivo promover a cooperação, através das seguintes

iniciativas: - o acesso a bolsa aos jovens para o desenvolvimento do projeto cooperativo; - o apoio técnico aos jovens para alargamento de competências na área do

empreendedorismo cooperativo e da capacitação na estruturação do projeto cooperativo;

- o acesso ao crédito ao investimento, bonificado e garantido nos termos da

tipologia MICROINVEST, prevista na Portaria nº 985/2009, de 4 de setembro - MICROINVEST, para operações de crédito até 15 000 euros, para financiamento de projetos de investimento até 15 000 euros.

Destinatários São destinatários do COOPJOVEM todos os jovens com idade entre os 18 e os 30 anos,

que possuam, pelo menos, o 9º ano de escolaridade, com referência à data da apresentação da candidatura, e que pretendam constituir uma nova cooperativa composta por, pelo menos cinco cooperadores, com um máximo de nove.

São também destinatários os jovens com idade compreendida entre os 18 e os 40 anos

que possuam, no mínimo, o 9º ano de escolaridade, com referência à data da apresentação da candidatura, e que pretendem criar, com o limite máximo de nove jovens agricultores, uma cooperativa agrícola ou uma nova secção em cooperativas agrícolas já existentes que tenham até 10 trabalhadores.

Page 37: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência TSS Trabalho e Segurança Social TSS 4/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12

2(4)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Entidade gestora O COOPJOVEM é promovido e executado pela Cooperativa António Sérgio para a

Economia Social - Cooperativa de Interesse Público de Responsabilidade Limitada (CASES).

No acesso ao crédito ao investimento, nos termos da tipologia MICROINVEST, a CASES

articula com o Instituto do Emprego e Formação Profissional. Apoios A bolsa COOPJOVEM para o empreendedorismo cooperativo destina-se a apoiar os

jovens a desenvolverem o seu projeto cooperativo. Montante da bolsa

A bolsa tem o valor máximo mensal de 1,65 vezes o indexante dos apoios sociais (IAS) para jovens com ensino superior completo, o valor máximo de 1,3 vezes o IAS para jovens com o ensino secundário completo e o valor máximo de uma vez o IAS para jovens sem o ensino secundário completo, a atribuir por um período mínimo de 2 meses e até ao máximo de 6 meses (IAS = 419,22 euros).

Apoio técnico O apoio técnico pretende promover o desenvolvimento de competências dos jovens,

designadamente nas áreas da estruturação de ideias e de arquitetura de negócio e da sua capacitação na estruturação do projeto cooperativo, na implementação de ações e políticas de planeamento estratégico, na gestão estratégica do negócio, na antecipação de necessidades e expectativas de mercado, no relacionamento com todas as partes interessadas, na tomada de decisões e no exercício da liderança.

Atividades O apoio técnico traduz-se nas seguintes atividades: - sessões de orientação e acompanhamento dos empreendedores cooperativos; - workshops temáticos de desenvolvimento de competências, partilha de ideias

entre os empreendedores cooperativos e de apresentação de boas práticas de cooperativas já existentes;

- acompanhamento na construção, desenvolvimento e amadurecimento

colaborativo da ideia de negócio e construção e desenvolvimento do projeto cooperativo.

Acesso ao crédito ao investimento

O crédito ao investimento consiste numa linha de crédito bonificada e garantida, nos termos da tipologia MICROINVEST prevista na referida Portaria nº 985/2009, de 4 de setembro, com as seguintes especificidades:

Page 38: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência TSS Trabalho e Segurança Social TSS 4/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12

3(4)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

• são elegíveis os projetos de investimento, económica e financeiramente viáveis,

em ativos fixos e constituição do fundo de maneio, desde que resulte a criação de, pelo menos, um posto de trabalho na nova cooperativa, ou a criação líquida de postos de trabalho nas cooperativas agrícolas já existentes, por meio da celebração de contrato de trabalho.

• para o efeito, considera-se que há criação de postos de trabalho quando a

entidade registar, no fim do prazo de execução do projeto de investimento, um número total de trabalhadores superior à média dos trabalhadores registados nos 12 meses que precedem o pedido de financiamento.

Apresentação das candidaturas As candidaturas são apresentadas pelos jovens junto da CASES, mediante

preenchimento de ficha com modelo próprio, disponível na sua página na Internet, em www.cases.pt devendo a Cooperativa assegurar o recurso a mecanismos e procedimentos alternativos para fazer face a circunstâncias em que não haja a possibilidade de utilização de meios eletrónicos.

Depois de preenchido e gravado, o ficheiro do Formulário de Candidatura deverá ser

enviado para o e-mail: [email protected] No momento da apresentação do projeto, os jovens devem comprovar que reúnem os

requisitos necessários para acesso ao COOPJOVEM. A análise e seleção das candidaturas são da competência da CASES, de acordo com as

regras previstas no regulamento a emitir por esta cooperativa. O projeto que pretenda beneficiar de crédito MICROINVEST é apresentado pelos

promotores de novas cooperativas ou de novas secções, no caso das cooperativas agrícolas existentes, às instituições bancárias aderentes, após validação pela CASES.

A CASES deve entregar um comprovativo da receção da candidatura. Não pode ser apresentada mais de uma candidatura por cada projeto ao abrigo deste

Programa.

Page 39: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

Referência TSS Trabalho e Segurança Social TSS 4/2013

JORNAL FISCAL Data: 2013-01-12

4(4)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 1º • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Regulamentação Regulamento da CASES

A CASES procede à definição, através de regulamento, das regras que se mostrem necessárias à correta execução do programa COOPJOVEM, em articulação com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), nomeadamente, no que se refere aos aspetos técnicos e de natureza procedimental necessários para a execução da linha de crédito bonificada e garantida nos termos da tipologia MICROINVEST.

O citado regulamento é disponibilizado na página na Internet da CASES (www.cases.pt)

e no Portal do Impulso Jovem (www.impulsojovemportugal.pt). Referências: Portaria nº 432-E/2012, de 31 de dezembro; Portaria nº 985/2009, de 4 de setembro; Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES) – www.cases.pt

Page 40: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

1(5)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, R/C • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assuntos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

NOTÍCIAS LEGAIS 1/2012 De 19 de dezembro de 2012 a 10 de janeiro de 2013

FISCALIDADE

LEGISLAÇÃO CIMI - valor da construção por metro quadrado Port. n.º 424/2012, de 28.12 Fixa em (euro) 482,40 o valor médio de construção por metro quadrado, para efeitos do artigo 39.º do

Código do Imposto Municipal sobre os Imóveis, a vigorar no ano de 2013.

Facturas electrónicas

Port. nº 426-A/2012, de 28.12 (2.º Supl) Aprova o modelo oficial de declaração para a comunicação dos elementos das faturas, por transmissão eletrónica de dados, prevista na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º do Decreto Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto

Factura-recibo – trabalhadores independentes Port. nº 426-B/2012, de 28.12 (2.º Supl) Aprova os modelos das faturas-recibo para efeitos do disposto no artigo 115.º ao Código do IRS

Impostos – cobrança de créditos

DL n.º 263/2012, de 20.12 Transpõe a Diretiva n.º 2010/24/UE, do Conselho, de 16 de março de 2010, relativa à assistência mútua em matéria de cobrança de créditos respeitantes a impostos, direitos e outras medidas, definindo os termos de aplicação do regime de assistência mútua à cobrança a que fica sujeito o Estado Português

IRS – novos modelos

Port. n.º 421/2012, de 21.12 Aprova os novos modelos de impressos a que se refere o n.º 1 do artigo 57.º do Código do IRS

OE – 2012 alterações

Lei n.º 64/2012, de 20.12 Procede à segunda alteração à Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro (Orçamento do Estado para 2012), no âmbito da iniciativa para o reforço da estabilidade financeira, alterando ainda as Leis n.os 112/97, de 16 de setembro, e 8/2012, de 21 de fevereiro, a Lei Orgânica n.º 1/2007, de 19 de fevereiro, e os Decre-tos-Leis n.os 229/95, de 11 de setembro, 287/2003, de 12 de novembro, 32/2012, de 13 de fevereiro, 127/2012, de 21 de junho, 298/92, de 31 de dezembro, 164/99, de 13 de maio, e 42/2001, de 9 de Feve-reiro IVA 1/2013

Orçamento Madeira 2013

RALRA Madeira n.º 44/2012/M, de 20.12 Aprova o Orçamento da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira para o ano de 2013

Orçamento Madeira - alterações

DLR n.º 41-A/2012/M, de 28.12 (Supl.) Primeira alteração ao Decreto Legislativo Regional n.º 5/2012/M, de 30 de março que aprova o Orçamen-to da Região Autónoma da Madeira para 2012

Orçamento Madeira – 2013

DLR n.º 42/2012/M, de 31.12 Aprova o Orçamento da Região Autónoma da Madeira para 2013

OE 2013

Lei n.º 66-B/2012, de 31.12 (Supl.) Orçamento do Estado para 2013 IRS 1/2013

IRS - Declaração Mensal de Remunerações – AT

Port. n.º 6/2013, de 10.1 Aprova a Declaração Mensal de Remunerações - AT e as respetivas instruções de preenchimento e revoga a Portaria n.º 426-C/2012, de 28 de Dezembro TSS 1/2013

Page 41: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

2(5)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, R/C • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assuntos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

DOUTRINA ADMINISTRATIVA

Regime especial de isenção previsto no artigo 53.º do código do IVA Of. Circulado n.º 30138/2012, de 27.12.2012, da DSIVA, da AT

Esclarece as dúvidas suscitadas sobre o âmbito de aplicação do regime especial de isenção em sede de IVA

IVA – Impostos especiais sobre o consumo

Ofício Circulado nº 30137/2012, de 21.12.2012, da DSIVA, da AT

Esclarece que, de acordo com o disposto na alínea a) do n.º 3 do artigo 15.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA), consideram-se entrepostos não aduaneiros, os locais autorizados nos termos do artigo 21.º do Código dos Impostos Especiais de Consumo (CIEC), ali designados por entre-postos fiscais, relativamente aos bens sujeitos a impostos especiais de consumo (IEC). IVA 3/2013

IVA – novas regras de facturação

Of. Circulado nº 30141/2013, de 4.1.2013, da DSIVA, da AT

Esclarece as instruções divulgadas pela AR sobre as novas regras de faturação IVA 2/2013

ACÓRDÃOS

Acórdãos do Tribunal Central Administrativo – Sul Incidência IRS Processo n.º 03410/09, de 20/12/2012 Considera que “1. A incidência dos impostos está sujeita ao princípio, constitucional, da legalidade

tributária, do que resulta, entre o mais, a proibição da analogia (arts. 8.º n.º 1 e 11.º n.º 4 LGT). 2. O art. 5.º n.º 2 al. h) CIRS (redação do DL. 198/2001 de 3.7.) apenas se reporta aos “associados ou titulares” das entidades sujeitas a IRC, sem perceptível extensão a eventuais representantes legais ou voluntários destes. 3. Acresce, para que seja possível assumir o funcionamento da regra de incidência, do IRS, em apreço, a exigência de a administração tributária/at demonstrar e quantificar os lucros auferidos, condição sine qua non do adiantamento ou entrega aos seus associados/titulares. 4. A definição de “rendimentos de capitais”, implantada, pela L. 30 -G/2000 de 29.12., no art. 5.º n.º 1 CIRS, traduz e incorpora uma regra de incidência tão ampla, distendida, que é capaz de englobar qual-quer situação, envolvente de valores mobiliários, que não seja tributada noutra das categorias, em que opera o IRS. 5. Além de outros, são susceptíveis de integrar a versada previsão legal, “vantagens económicas”, independentemente da natureza ou denominação, pecuniárias ou em espécie, provenientes, direta ou indiretamente, de elementos patrimoniais, bens, direitos ou situações jurídicas, bem como, da respectiva modificação, transmissão ou cessação; atente-se que nas diversas alíneas do seu n.º 2 são fornecidos exemplos das “vantagens económicas” mais frequentes, comuns. 6. Esta grande amplitude apresenta-se-nos legitimante da tributação, em cédula de IRS, categoria E, de um rendimento cuja existência e titularidade não merecem discussão, só sendo inviável apontar a concre-ta fonte do mesmo, em resultado das particularidades, que envolvem a situação tributária do impugnante marido, longamente, descritas no relatório da inspeção tributária e atos procedimentais conexos.”

IRC – métodos indirectos Processo n.º 04785/11, de 20/12/2012 Considera que “1. Encontram-se preenchidos os pressupostos para o lucro tributável ser apurado por

métodos indirectos quando através da contabilidade da contribuinte, mercê das suas omissões, deficiên-cias ou irregularidades, não é possível apurar os reais custos e nem os reais proveitos; 2. Em sede de impugnação judicial, actualmente, no âmbito da vigência da LGT e do CPPT, cabe à Administração Fiscal assentar os pressupostos que levaram à tributação, em juízos de probabilidade, necessariamente elevada, e ao contribuinte, que alegue e prove factos (através de prova concludente) que ponham em dúvida (fundada) os pressupostos em que assentou o juízo de probabilidade elevado feito pela Administração para prova da existência do facto tributário; 3. Não tendo a impugnante, em sede de contra alegações, quanto ao fundamento em que decaiu na 1.ª Instância, vindo esgrimir as concretas razões por que se mostram errados os fundamentos que o estea-ram, não pode o mesmo deixar de improceder, na falta também, de qualquer fundamento de conheci-mento oficioso que outra solução ditasse; 4. Não tendo a impugnante vindo fazer qualquer prova da desadequação do critério utilizado pela AT para a determinação da quantificação da matéria tributável alcançada e nem que esta possa padecer de qualquer erro ou excesso, não pode a mesma deixar de se manter, por tal ónus probatório, neste caso, lhe caber”

Acórdãos do Supremo Tribunal de Justiça

Crime de Abuso de Confiança fiscal Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça n.º 1/2013, de 7.1

Em processo penal decorrente de crime de abuso de confiança contra a Segurança Social, p. e p. no artº 107º nº 1, do R.G.I.T., é admissível, de harmonia com o artº 71.º, do C.P.P., a dedução de pedido de indemnização civil tendo por objecto o montante das contribuições legalmente devidas por trabalhadores e membros dos órgãos sociais das entidades empregadoras, que por estas tenha sido deduzido do valor das remunerações, e não tenha sido entregue, total ou parcialmente, às instituições de segurança social

Page 42: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

3(5)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, R/C • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assuntos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

DIREITO DO TRABALHO E DA SEGURANÇA SOCIAL LEGISLAÇÃO Código do Trabalho DLR n.º 39/2012/M, de 21.12 Adapta à Região Autónoma da Madeira as alterações ao atual Código do Trabalho

Jogos sociais – repartição das verbas Port. n.º 418/2012, de 19.12 Fixa as normas regulamentares necessárias à repartição das verbas dos jogos sociais afetas ao Ministé-

rio da Solidariedade e da Segurança Social

Port.n.º 422/2012, de 24.12 Fixa as normas regulamentares necessárias à repartição das verbas dos jogos sociais atribuídas ao Ministério da Solidariedade e da Segurança Social

Trabalhador-Estudante – regime de feriados Lei n.º 66/2012, de 31.12 Procede à sexta alteração à Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro, à quarta alteração à Lei n.º 59/2008,

de 11 de setembro, à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 209/2009, de 3 de setembro, à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 259/98, de 18 de agosto, e à décima alteração ao Decreto-Lei n.º 100/99, de 31 de março, determinando a aplicação do regime dos feriados e do Estatuto do Trabalhador-Estudante, previstos no Código do Trabalho, aos trabalhadores que exercem funções públicas, e revoga o Decreto-Lei n.º 335/77, de 13 de agosto, e o Decreto-Lei n.º 190/99, de 5 de Junho TSS 2/2013

Apoio à contratação por Empresas Startups

Port. n.º 432/2012, de 31.12 Cria a medida de Apoio à Contratação de Trabalhadores por Empresas Startups TSS 3/2013

Actualização das pensões mínimas

Port. n.º 432-A/2012, de 31.12 (2º Supl.) Atualiza para 2013 as pensões mínimas da Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações

Apoio à contratação de desempregados

Port. n.º 3-A/2013, de 4.1 (Supl.) Cria a medida de Apoio à contratação de desempregados com idade igual ou superior a 45 anos, via Reembolso da Taxa Social Única (TSU), de ora em diante designada por Medida

Programa de Estágios Profissionais

Port. n.º 3-B/2013, de 4.1 (Supl.) Segunda alteração à Portaria n.º 92/2011, de 28 de fevereiro, que regula o Programa de Estágios Profis-sionais

Pagamento de subsídios em duodécimos

DL n.º 3/2013, de 10.1 Determina que durante o ano de 2013 o pagamento do montante adicional das pensões de invalidez, velhice e sobrevivência atribuídas pelo sistema de segurança social, referente ao mês de dezembro, relativamente aos pensionistas cuja soma das pensões seja igual ou superior a (euro) 600, e do subsídio de Natal dos aposentados, reformados e demais pensionistas da Caixa Geral de Aposentações, seja efetuado em duodécimos

ACÓRDÃOS Supremo Tribunal de Justiça Promoção na Administração pública Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo n.º 7/2012, de 19.12

Uniformiza a jurisprudência nos seguintes termos: O DL nº 408/89, de 18 de Novembro, contém normas específicas relativamente ao regime de promoção do pessoal docente universitário e do ensino superior politécnico e do pessoal de investigação científica, devendo, em consequência, o regime por ele estabelecido, designadamente no seu art. 3º, al. b), in fine, ser considerado como lei especial, prevalecendo sobre as regras gerais para as carreiras da Administração Pública previstas no DL nº 353-A/89, de 16 de Outubro, concretamente a contida no seu art. 17º, nº 2

Supremo Tribunal de Justiça

Contrato de trabalho desportivo

Proc. nº. 9035/03.0TVLSB.L1.S1, de 18.12.2012 Considera que “I - A transferência de praticantes desportivos, v.g., jogadores de futebol profissionais, pressupõe a existência de três contratos coligados: a) o distrate/extinção do contrato de trabalho

Page 43: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

4(5)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, R/C • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assuntos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

desportivo celebrado entre o praticante desportivo e o clube vendedor; b) o contrato de transferência stricto sensu celebrado entre o clube vendedor e o clube comprador; c) o novo contrato de trabalho desportivo celebrado entre o praticante desportivo e o clube comprador. II - Aqueles contratos, apesar de interdependentes, conservam a sua individualidade própria. III - É legal a inserção de um pacto de preferência, a favor de um clube, num contrato de trabalho de praticante desportivo profissional, v.g. jogador de futebol, prevenindo a hipótese da sua futura trans-ferência. IV - Para a constituição do pacto de preferência é imprescindível que o praticante desportivo tenha prestado o seu consentimento, sob pena do mesmo se revelar ineficaz. V - Em princípio, o dever de comunicação imposto ao clube vendedor, por força da existência de um pacto de preferência, cinge-se aos termos e às condições da oferta recebida do clube que pretende adquirir os direitos desportivos do praticante desportivo e não envolve a obrigatoriedade de comuni-cação das futuras condições do novo contrato de trabalho desportivo ao clube titular do direito de preferência. VI - Nessas circunstâncias, o prazo, legal ou convencional, para o exercício do direito de preferência conta-se a partir do momento em que o clube obrigado à preferência transmitiu ao clube beneficiário da preferência, e este recepcionou, o conteúdo da oferta recebida; isto é: o montante do preço da transferência, o prazo ou prazos para o respectivo pagamento, bem como as cláusulas acessórias (por ex. existência de garantias bancárias). VII - Tendo sido veiculadas todas as condições do contrato de transferência stricto sensu, objecto do pacto de preferência, e deixando o beneficiário do respectivo direito transcorrer o prazo para o seu exercício, ocorre a caducidade desse direito. VIII - O facto de a parte não ter sucesso na pretensão trazida a juízo apenas a conduz, em princípio, a sofrer o encargo de suportar as custas processuais; coisa diversa é a parte, antecipadamente, saber que não tem razão e, procedendo de má-fé e com culpa, litigar dessa forma, situação em que será condenada, também, em multa e indemnização a favor da outra parte, caso esta formule tal pedido.”

CONTABILIDADE E SOCIEDADES COMERCIAIS LEGISLAÇÃO Regulamento das Contrastarias – taxas e emolumentos Port. nº 418-A/2012, de 19.12 (Supl.) Aprova os emolumentos, as taxas e as propinas previstos no Regulamento das Contrastarias, apro-

vado pelo Decreto-Lei nº391/79, de 20 de setembro, e revoga a Portaria nº 477-A/90, de 27 de junho.

Código do Direito de Autor – alterações Lei n.º 65/2012, de 20.12 Altera o artigo 47.º do Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos - Sétima alteração ao

Decreto-Lei n.º 63/85, de 14 de Março

Apoio a clientes bancários

Portaria n.º 2/2013, de 2.1 Estabelece o regime e o procedimento aplicáveis ao reconhecimento das entidades que integram a rede extrajudicial de apoio a clientes bancários, adiante designada "Rede", a que se refere o Decre-to-Lei n.º 227/2012, de 25 de outubro

Arrendamento – nível de conservação

DL n.º 266-B/2012, de 31.12 (2º Supl.) Estabelece o regime de determinação do nível de conservação dos prédios urbanos ou frações autónomas, arrendados ou não, para os efeitos previstos em matéria de arrendamento urbano, de reabilitação urbana e de conservação do edificado, e que revoga os Decretos-Leis n.ºs 156/2006, de 8 de agosto, e 161/2006, de 8 de agosto

Arrendamento – RABC

DL n.º 266-C/2012, de 31.12 (2º Supl.) Procede à adaptação à Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro, na redação que lhe foi conferida pela Lei n.º 31/2012, de 14 de agosto, do Decreto-Lei n.º 158/2006, de 8 de agosto, que estabelece os regi-mes de determinação do rendimento anual bruto corrigido e de atribuição do subsídio de renda, e do Decreto-Lei n.º 160/2006, de 8 de agosto, que regula os elementos do contrato de arrendamento e os requisitos a que obedece a sua celebração OUT 1/2013

Balcão Nacional do Arrendamento

DL n.º 1/2013, de 7.1 Procede à instalação e à definição das regras do funcionamento do Balcão Nacional do Arrendamen-to e do procedimento especial de despejo

Port. n.º 7/2013, de 10.1 Determina a composição do mapa de pessoal do Balcão Nacional do Arrendamento

Port.n.º 9/2013, de 10.1 Regulamenta vários aspetos do Procedimento Especial de Despejo

Page 44: P Edição nº 1/2013 J F , L - VidaEconomica · 2013-01-14 · No dia 21 de Dezembro de 2012 entraram em vigor as alterações introduzidas pela Lei nº 64/2012, de 20 de dezembro

5(5)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, R/C • 4000-263 PORTO

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335

NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assuntos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Apoio a micro e pequenas empresas

DL n.º 2/2013, de 9.1 Primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 118/2010, de 25 de outubro, reduzindo o prazo limite de paga-mento para 30 dias quando o credor for uma micro ou pequena empresa de bens alimentares exclu-sivamente destinados ao consumo humano

Associações públicas profissionais

Lei n.º 2/2013, de 10.1 Estabelece o regime jurídico de criação, organização e funcionamento das associações públicas profissionais

ACÓRDÃOS Supremo Tribunal de Justiça Contrato de sociedade – cessão de quotas Proc. nº. 2460/07.0TBFAF.G1.S1, de 6.12.2012 Considera que “I - Tendo o autor J e o réu C acordado entre si várias cessões de quotas – envolven-

do uma multiplicidade de sociedades e participações sociais entre ambos, mas que a determinada altura decidiram «desirmanar» seguindo cada um o seu negócio com um percurso próprio e autóno-mo – e resultando desse mesmo acordo a obrigação de pagamento do réu C ao autor J do montante de € 630 000, que aquele se obrigou a pagar a este logo que formalizadas tais separações (sendo certo que os contratos de cessão de quotas foram celebrados em Março de 2007), cabia ao réu C o ónus de provar que efectuou tal pagamento, enquanto causa extintiva da sua obrigação. II - Resultando provado que – após a substituição de inúmeros cheques – o réu C entregou ao autor J o cheque n.º 0..da conta n.º yyy do réu banco B, cheque esse titulado pela ré V Lda., no montante de € 630 000, e que essa mesma ré V Lda. (através do réu C) comunicou e solicitou ao réu banco B a revogação do mesmo «face à divergência de falta, vício e divergência na formação da vontade, atenta a inexistência por incumprimento de qualquer negócio subjacente», e que essa mesma ordem foi acatada pelo réu banco B (que devolveu o mesmo com a menção «cheque revogado/vício forma-ção da vontade»), resulta claro que o único facto susceptível de consubstanciar o pagamento acor-dado, entre autor e réu C, não se concretizou, pelo que teria sempre que subsistir a condenação deste pagamento do montante titulado pelo cheque. III - Não obstante o disposto no art. 6.º do CSC (que dispõe «Considera-se contrária ao fim da socie-dade a prestação de garantias reais ou pessoais a dívidas de outras entidades, salvo se existir justificado interesse próprio da sociedade garante…»), a ré V Lda., ao subscrever o cheque, com o qual cumpria a obrigação assumida pelo réu C, co-assumiu a dívida deste, não se podendo ignorar que quem o fazia – quem subscrevia o cheque – era exactamente a mesma pessoa física que supor-tava a dívida original para com o autor e aquele que incorporava e representava o interesse societá-rio que co-assumia essa dívida. IV - A sociedade V Lda., ao emitir o cheque para pagamento da obrigação do réu C, mais não fez do que agir em seu interesse próprio, interesse esse consubstanciado na intenção de ter apenas como sócios o réu C e os seus filhos, sem a participação do autor. V - Aligeirar responsabilidades na emissão do cheque – invocando que ao fazê-lo a sociedade estaria a agir em violação do disposto no art. 6.º do CSC – sempre configuraria um abuso de direito, na modalidade de venire contra factum proprium. VI - De igual forma é de responsabilizar o réu banco B uma vez que, ao aceitar uma ordem de revo-gação dentro do prazo de apresentação a pagamento – cujos efeitos o art. 32.º do LUCh lhe negava – violou o direito do autor a ver cumprida a ordem de pagamento que o mesmo incorporava ou, ao menos, de ver assinalada no verso a verdadeira indicação do não pagamento por falta de provisão, com as consequências daí decorrentes. VII - Assim, e conforme referido no AUJ n.º 4/2008, de 28-02-2008, «o banco é, em princípio, res-ponsável pelo pagamento ao tomador de uma indemnização correspondente ao valor dos cheques ou, pelo menos, ao valor do prejuízo resultante do seu não pagamento, se se entender que o mesmo não é idêntico ao valor dos cheques não pagos». VIII - Nem mesmo a inexistência de provisão suficiente poderia conduzir a solução diferente, sendo certo que o réu banco não cuidou sequer de afirmar qual a provisão quantitativa de que a conta dispunha, e que a ele competia o ónus de provar que o tomador do cheque havia recebido o montan-te do mesmo, a totalidade ou mesmo parte e que, por via disso, o prejuízo do autor seria inexistente ou diferente para menos.

Crime de condição em estado de embriaguez

Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça n.º 2/2013, de 8.1

Em caso de condenação, pelo crime de condução em estado de embriaguez ou sob a influência de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas, do art. 292.º do CP, e aplicação da sanção acessória de proibição de conduzir prevista no art. 69.º, n.º 1, al. a), do CP, a obrigação de entrega do título de condução derivada da lei (art. 69.º, n.º 3 do CP e art. 500.º, n.º 2 do CPP), deverá ser reforçada, na sentença, com a ordem do juiz para entrega do título, no prazo legal previsto, sob a cominação de, não o fazendo, o condenado cometer o crime de desobediência do art. 348.º, n.º 1, al. b), do CP.