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Secretaria Municipal de Saúde P r o t o c o l o s d e E n f e r m a g e m A t e n ç ã o à S a ú d e d a M u l h e r I T A N H A É M 2015

P r o t o c o l o s d e E n f e r m a g e m A t e n ç ã o ... · Amniorrexe prematura na atual gestação (encaminhar ao HRI) Placenta prévia SUPERIOR A 26 semanas Isoimunização

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Secretaria Municipal de Saúde

P r o t o c o l o s d e E n f e r m a g e m

A t e n ç ã o à S a ú d e d a M u l h e r

I T A N H A É M 2015

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PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015

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Protocolos de Enfermagem

Prefeito: Marco Aurélio Gomes

Secretário de Saúde: Alder Ferreira Valadão

Secretário de Saúde Adjunto: Marcelo Gonçalves de Jesus

Secretário de Saúde Adjunto: José Renato Costa de Oliva

Diretora de Planejamento: Guacira Nóbrega Barbi

Diretora de Atenção Básica: Heidi Dominiscki Luz

Diretora de Atenção Especializada: Iloma Odete Girrulat Boehm

Elaboração Técnica:

Enfermeiros:

Ana Cláudia Fonseca Moura – Enfa/Supervisora Técnica da USF Grandesp

Eudes Alberto da Silva Vitoriano – Enfo/Supervisor Técnico da USF Belas Artes

Gilson Saymour - Enfo/Supervisor Técnico da USF Centro

Tatiana D’Lumena Mello – Enfa/Supervisora Técnica CESCRIM

Médicos:

Thais Octavio de Oliveira – Supervisora Técnica de Atenção a Saúde da

Mulher - Itanhaém

Iloma OdeteGirrulat Boehm - Médica/ Diretora de Atenção Especializada

Outros Profissionais:

Goher Gonzalez – Bióloga/ Coord. de Programa Municipal de DST/AIDS

Heidi Dominiscki Luz – Nutricionista/ Diretora de Atenção Básica

I T A N H A É M

2015

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PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015

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CONSULTA DE ENFERMAGEM

A estratégia de saúde da família tem, entre suas propostas, a execução

das atividades programáticas voltadas da saúde das mulheres nas diferentes

fases do ciclo de vida.

O enfermeiro, na atenção primária, atua em todas as fases do ciclo de

vida dos indivíduos de sua área de responsabilidade, visando à proteção,

promoção e recuperação da saúde.

As ações programáticas realizadas pelos enfermeiros, com enfoque na

mulher, consistem em um conjunto de atividade assistenciais e educativas que

se iniciam pelo acompanhamento da gestante e família.

A detecção precoce da gravidez e o início das ações voltadas ao pré-

natal garantem a melhoria na qualidade de assistência à mulher.

A consulta clínico-ginecológica de enfermagem consiste na avaliação e no

acompanhamento sistemático da saúde da mulher com enfoque na promoção

do planejamento familiar, na prevenção, detecção precoce e controle do câncer

de colo uterino e de mama e de DSTs e na assistência ao climatério.

A consulta de enfermagem é uma atividade específica do enfermeiro,

conforme decreto Lei n.º 94406 de junho de 1987, compreende uma atividade

intelectual, deliberada, por meio da qual a prática da enfermagem é abordada

de uma maneira ordenada e sistemática sendo utilizada prioritariamente para

promoção da saúde e qualidade de vida do cliente/paciente assistido.

Com base no processo de enfermagem a Consulta compreende as

seguintes ações: Levantamento de dados/Histórico de Enfermagem, Exame-

físico, Diagnóstico de Enfermagem, Planejamento/Prescrição de Enfermagem e

Evolução/Avaliação de Enfermagem.

LEVANTAMENTO DE DADOS/ HISTÓRICO: Coleta sistematizada de

dados para determinar o estado de saúde do paciente e identificar

qualquer problema de saúde real ou potencial. Permite a identificação de

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PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015

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dados objetivos (o que a pessoa declara verbalmente ou por escrito) e

subjetivos (o que se observa). Os dados do histórico são obtidos através

da história de saúde e do exame físico que possibilita uma visão do

paciente no contexto biopsicoespiritual, identificando as necessidades

afetadas e adotando condutas relativas às manifestações do paciente,

de maneira direcionada e sistematizada.

EXAME-FÍSICO: Compreendemos por exame físico o levantamento das

condições globais do paciente, tanto físicas como psicológicas, no

sentido de buscar informações significativas para a enfermagem que

possam subsidiar a assistência a ser prestada ao paciente.

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: O diagnóstico de enfermagem é

um julgamento clínico sobre as respostas do indivíduo, da família ou da

comunidade aos problemas de saúde/processos vitais reais e potenciais.

O diagnóstico de enfermagem proporciona a base para a seleção das

intervenções de enfermagem, visando a alcançar resultados pelo qual o

enfermeiro é responsável.

PLANEJAMENTO/PRESCRIÇÃO: Desenvolvimento de metas e

resultados, bem como de um plano de cuidado destinado a assistir o

paciente na resolução dos problemas diagnosticados e atingir as metas

identificadas e os resultados esperados a prescrição de enfermagem

orienta a ação da equipe de enfermagem e o paciente na execução dos

cuidados adequados ao atendimento das necessidades básicas e

específicas do ser humano.

EVOLUÇÃO/AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM: A evolução de

enfermagem permite que o enfermeiro determine a resposta do paciente

às prescrições de enfermagem e a extensão em que os objetivos foram

alcançados. O plano de cuidados é à base da evolução. Os diagnósticos

de enfermagem, os problemas interdependentes, as prioridades, as

prescrições de enfermagem, os resultados esperados propiciam as

orientações específicas que orientam o foco da evolução.

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PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015

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PROTOCOLOS DE ENFERMAGEMNA ATENÇÃO A SAÚDE DA MULHER

PRÉ NATAL DE BAIXO RISCO

1.1. Fluxograma do Pré- natal .......................................................................06

1.2. Rotina das Consultas de Pré- natal........................................................07

1.3. Procedimentos técnicos ........................................................................14

1.3.1 Cálculo da idade gestacional....................................................................14

1.3.2 Cálculo da data provável do parto............................................................15

1.3.3 Avaliação do estado nutricional e do ganho de peso gestacional.........16

1.3.4 Controle da pressão arterial.....................................................................19

1.3.5 Palpação obstétrica e medida da altura uterina (AU)...............................20

1.3.6 Ausculta dos batimentos cardíacos fetais (BCF)......................................23

1.3.7 Verificação da presença de edema..........................................................24

1.3.8 Coleta de material para pesquisa de estreptococo do grupo B.............26

1.4. Exames Laboratoriais – Interpretação e condutas..............................26

1.5. Queixas e intercorrências frequentes...................................................29

1.5.1 Náuseas, vômitos e tonturas....................................................................29

1.5.2 Pirose (azia).............................................................................................30

1.5.3 Sialorréia(salivação excessiva)................................................................30

1.5.4 Fraquezas e desmaios.............................................................................30

1.5.5 Dor abdominal e cólicas...........................................................................31

1.5.6 Flatulência(gases) e obstipação intestinal...............................................31

1.5.7 Hemorróidas ............................................................................................31

1.5.8 Corrimento vaginal...................................................................................31

1.5.9 Falta de ar e dificuldades para respirar....................................................32

1.5.10 Mastalgia................................................................................................32

1.5.11 Lombalgia...............................................................................................32

1.5.12 Cefaléia..................................................................................................33

1.5.13 Sangramento nas gengivas....................................................................33

1.5.14 Câimbras................................................................................................34

1.5.15 Cloasma gravídico..................................................................................34

1.5.16 Estrias.....................................................................................................34

1.5.17 Queixas urinárias e Infecção urinária na gravidez..................................34

1.5.18 Hemorragias...........................................................................................35

1.6. Consulta Puerperal..................................................................................36

REFERÊNCIAS.................................................................................................37

ANEXO I –LISTA DE MEDICAMENTOS

ANEXO II–LISTA DE EXAMES COMPLEMENTARES

ANEXO III – MODELO PARA DE SAE PRÉ-NATAL 1° CONSULTA

ANEXO IV – MODELO PARA SAE CONSULTAS SUBSEQUENTES

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1. PRÉ NATAL DE BAIXO RISCO

1.1. Fluxograma do Pré- natal

Confirmação diagnóstica

de gravidez

Primeira Consulta Enfermeiro ou Médico

Avaliação do

Risco

Gestacional

Agendar retorno

Consultas Intercaladas

Médico/Enfermeiro

Encaminhar para Pré-natal de Alto-

risco – CESCRIM

e agendar retorno de Consultas

Intercaladas Médico/Enfermeiro

na USF.

Solicitar Exames-1ºrotina

Solicitar exames para parceiro

Preenchimento do SisPrenatal

Solicitar/Realizar Testes Rápidos

Solicitar Avaliação Odontológica

Iniciar ácido fólico e/ou Sulf. Ferroso

(se 20º semana ou Anemia)

Encaminhar para vacinação S/N

Realizar Exame-físico

Captação/conscientização da gestante

Baixo Risco Médio e Alto-risco

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1.2. Rotina das Consultas de Pré- natal

A primeira consulta do pré-natal tem como objetivo:

• acolher a mulher respeitando sua condição emocional em

relação à atual gestação, buscando esclarecer suas dúvidas,

medos, angústias ou simplesmente curiosidades em relação a

este novo momento em sua vida;

• identificação e classificação de riscos, confirmação de

diagnóstico, adesão ao pré-natal e educação para saúde

estimulando o auto-cuidado.

Em anexo a este protocolo esta a ficha específica para a primeira

consulta de pré-natal e o acompanhamento subsequente, as informações

também podem ser registradas no prontuário padrão a critério da equipe.

Roteiro da 1ª consulta:

1. Anotar na ficha de Sistematização da Assistência de Enfermagem e

ficha do Sispré-natal o resultado do exame de confirmação da gestação:

2. Ler a Ficha e o histórico em prontuário (avaliar realidade

socioeconômica, condições de moradia, composição familiar e

atendimentos anteriores), preferencialmente antes da gestante entrar na

sala de atendimento.

3. Esclarecer que o pai da criança ou qualquer acompanhante pode

participar do atendimento, desde que seja vontade da mulher.

4. Levantar as expectativas da gestante com relação ao atendimento do

pré-natal e sua gestação.

BHCG sérico BHCG urinário Ultrassom

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5. Explicar a proposta de acompanhamento do pré - natal e identificar

experiências anteriores, levantando o histórico obstétrico.

6. Abordagem da dinâmica familiar com a gestação (relação com o

companheiro, filhos, outros membros da família);

7. Abordagem da situação de trabalho; sobrecarga com a gestação,

direitos trabalhistas, adaptações necessárias para intercorrências com a

gestação;

8. Orientações de enfermagem específicas: alimentação, mudanças do

corpo, cuidados com a pele, etc;

9. Realização do exame físico geral e Obstétrico.

10. Realizar avaliação do risco gestacional, conforme critérios abaixo:

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Critérios de Risco Gestacional

Encaminhar ao Pré-natal de Alto risco se houver intercorrências clínicas e/ou antecedentes obstétricos relevantes:

dependência química de substâncias lícitas ou ilícitas morte perinatal em gestação anterior abortamento de repetição(3ou mais abortos anteriores) Antecedente pessoal de Trombose venosa profunda Endocrinopatias Cardiopatias (com avaliação cardíaca) Pneumopatias Crônicas Hemopatias Psicopatias (com avaliação psicológica/psiquiátrica conhecida) Neuropatias Doenças infecto contagiosas na atual gestação (CINI) ITU de repetição (mais de 3 episódios na atual gestação) Crescimento fetal Intra-uterino alterado com comprovação

ultrassonográfica Idade materna maior de 40 anos ou menor de 14 anos Fetos múltiplos Malformação fetal comprovada no USG ( Solicitar avaliação médica e

encaminhar Alterações de volume de líquido amniótico (confirmado com USG)

ILA Normal: entre 80 e 180 mm ILA Menor que 80 mm: considerar oligâmnio ILA ENTRE 180 E 230 mm: considerar ILA aumentado ILA MAIOR QUE 230 mm: considerar polidrâminio

Trabalho de parto prematuro na atual gestação Cérvico dilatação precoce Sangramento na atual gestação Gestação acima de 40 semanas (encaminhar para realização de

cardiotocografia em dias alternados no HRI) Amniorrexe prematura na atual gestação (encaminhar ao HRI) Placenta prévia SUPERIOR A 26 semanas Isoimunização (Rh negativo COM coombs indireto positivo), solicitar

tipaem sanguínea do parceiro Sindromes hipertensivas (encaminhar com controlediário de PA por 1

semana) Diabetes gestacional (Após confirmação com TTGO ou 2 glicemias de jejum

acima de 92mg/dl) encaminhar ao PROMEDI.

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11. Preencher Cartão da Gestante, registrar os achados, levantamento de

dados, diagnósticos de enfermagem, plano de cuidados e prescrição de

enfermagem respeitando a Sistematização da Assistência de

Enfermagem;

12. Prescrever ácido fólico 5mg, 1 comprimido dose única diária,até 16

semanas;

13. Prescrever Sulfato ferroso 40mg, 1 comprimido dose única diária a partir

de 20 semanas ou dosagem maior conforme avaliação de exame

laboratoriais (hemoglobina/hematócrito);

14. Prescrever outro medicamento caso necessário;

15. Solicitar exames conforme tabela abaixo:

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Primeira consulta

ABO Rh

Coombs indireto (bimestral se Rh neg)

hemograma

Glicemia jejum

TTGO com 24 semanas (se antecedentes positivo para DM ou glicêmia de

jejum entre 85 e 91 mg/dl)

Urina I e Urocultura

PPF

Citologia oncótica (colposcopia se NIC2 ou NIC3)

Sorologias

o HIV

o VDRL

o HBsAG

o Toxoplasmose Igg e Igm (repetir no segundo e terceiro trimestre se

susceptível)

Ultrassom Gestacional

28 semanas

Hemograma

Glicemia jejum

Urina I e urocultura

Sorologias

o HIV

o VDRL

o HBsAG

o Toxoplasmose Igg e Igm (se susceptível)

Toxoplasmose (se susceptível)

Pesquisa estreptococo B em secreção vaginal – entre 34 e 36 semanas

Solicitar VDRL e HIV para o Parceiro

Ultrassom Gestacional

32 semanas

Urina I

IMPORTANTE: Cobrar exames com tempo de coleta maior de 45 dias.

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16. Solicitar atualização vacinal, o mais precocemente possível, conforme

tabela abaixo:

Gripe

Hepatite B (para não vacinadas anteriormente)

Antitetânica

Se vacinação completa até 5 anos: não necessário

Se completaentre 5 e 10 anos: reforço

Se incompleta, desconhecida ou mais de 10 anos: 3doses ( intervalos de 4 a 8 semanas a partir do 5°mês)

dTpa

Vacinar com dTpa todas as gestantes a partir da 27ªsemana, preferencialmente até a 36ª semana de gestação, independente do número de doses prévias de dT ou se a mulher recebeu dTpa em outras gestações.

Exames para o parceiro: Sorologias

HIV VDRL Hbsag Anti- HCV ABO-rh

FITA URINÁRIA:

Realizar pesquisa de proteinúria em toda gestante com fator de risco ou achados sugestivos para pré-eclâmpsia à partir de 26 semanas de gestação em todas as consultas até o termo.

Realizar pesquisa de nitrito e leucocitúria em todas as gestantes com queixa de dor pélvica sugestiva de ITU ou com ITU de repetição

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17. Agendamento do primeiro grupo;

18. Encaminhar para avaliação odontológica;

19. Solicitar retorno para primeira consulta médicade acordo com o

fluxograma de acompanhamento e/ou necessidades:

20. Encaminhamento para Cescrim se médio ou Alto risco.

Roteiro das consultas subsequentes:

1. Preencher Cartão da Gestante, registrando os problemas identificados,

levantamento de dados,

2. Determinação do peso: anotar no gráfico e observar o sentido da curva

para avaliação do estado nutricional da gestante;

3. Avaliar a pressão arterial;

4. Revisar a ficha obstétrica e anamnese atual;

5. Atualizar a idade gestacional;

6. Realizar o Exame-físico geral e obstétrico;

7. Identificar possíveis diagnósticos de enfermagem, replanejar os

cuidados de enfermagem e realizar prescrição respeitando a

Sistematização da Assistência de Enfermagem;

Frequência (realizar pelo menos 6 consultas)

Até 28 semanas: mensal

*28 a 32 semanas – medir PA semanal

28 a 37semanas: a cada 2 ou 3 semanas

37 a 40 semanas: semanal

Após 40 sem(pós datismo): a cada 2 dias no HRI com limite de 41

semanas

Alternar consultas entre médico e enfermeiro

Alternar consultas com Pré-natal de Alto Risco-CESCRIM e/ou CINI

A gestante deve ser acolhida sempre que houver uma intercorrência,

independente do calendário estabelecido;

IMPORTANTE: REALIZAR BUSCA ATIVA DE GESTANTES FALTOSAS

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PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015

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8. Interpretação de exames laboratoriais solicitados, tratamentos e

encaminhamentos se necessários;

9. Solicitação de exames se necessários, conforme tabela já apresentada;

10. Prescrever Sulfato ferroso 40mg, 1 comprimido dose única diária a partir

de 20 semanas ou dosagem maior conforme avaliação de exame

laboratoriais (hemoglobina/hematócrito);

11. Reavaliação do risco gestacional, conforme critérios;

12. Agendamento de retorno.

1.3. Procedimentos técnicos

1.3.1 Cálculo da idade gestacional

Os métodos para essa estimativa dependem da data da última

menstruação (DUM), que corresponde ao primeiro dia de sangramento do

último período menstrual referido pela mulher.

A) Quando a data da última menstruação é conhecida e de certeza, o

método para se calcular a idade gestacional em mulheres com ciclos

menstruais regulares, que não estão amamentando nem fazendo uso de

métodos anticoncepcionais hormonais são:

• Uso do calendário: somar o número de dias do intervalo entre a DUM

e a data da consulta, dividindo o total por sete (resultado em

semanas).

• Uso de disco (gestograma): colocar a seta sobre o dia e o mês

correspondentes ao primeiro dia da última menstruação e observar o

número de semanas indicado no dia e mês da consulta atual.

B) Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se

conhece o período do mês em que ela ocorreu:

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PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015

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• Se o período foi no início, meio ou fim do mês, considerar como DUM

os dias 5, 15 e 25, respectivamente. Proceder, então, à utilização de

um dos métodos descritos anteriormente.

C) Quando a data e o período do mês não forem conhecidos, a idade

gestacional e a data provável do parto serão, inicialmente, determinadas por

aproximação, basicamente pela medida da altura do fundo do útero e pelo

toque vaginal, além da informação sobre a data de início dos movimentos

fetais, que ocorrem habitualmente entre 15 e 20 semanas. Pode-se utilizar a

altura uterina mais o toque vaginal,considerando os seguintes parâmetros:

• até a 5ª semana não ocorre alteração do tamanho uterino;

• na 8ª semana o útero corresponde ao dobro do tamanho normal;

• na 10ª semana o útero corresponde a três vezes o tamanho habitual;

• na 12ª semana ele ocupa a pelve de modo que é palpável na sínfise

púbica;

• na 15ª semana o fundo uterino encontra-se entre a sínfise púbica e a

cicatriz umbilical;

• na 20ª semana o fundo do útero encontra-se na altura da cicatriz

umbilical;

• a partir da 20ª semana existe relação direta entre as semanas da

gestação e a medida da altura uterina. Porém, esse parâmetro torna-

se menos fiel a partir da 32ª semana de idade gestacional.

D) Lembrar que o exame de ultrassonografia obstétrica pode ser um

excelente meio de confirmação da idade gestacional, sobretudo quando

realizado precocemente durante a gravidez.

1.3.2 Cálculo da data provável do parto

Calcula-se a data provável do parto levando-se em consideração a

duração média da gestação normal (280 dias, ou 0 semanas a partir da DUM),

mediante a utilização de calendário.

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PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015

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• Com o disco (gestograma), colocar a seta sobre o dia e o mês

correspondentes ao primeiro dia da última menstruação e

observar a seta na data (dia e mês) indicada como data provável

do parto.

• Outra forma de cálculo é somar 7 dias ao primeiro dia da última

menstruação e subtrair 3 meses ao mês em que ocorreu a última

menstruação (ou adicionar 9 meses, se corresponder aos meses

de janeiro a março) – Regra de Naegele. Nos casos em que o

número de dias encontrado for maior do que o número de dias do

mês, passar os dias excedentes para o mês seguinte,

adicionando 1 ao final do cálculo do mês.

• Quando a DUM não for conhecida, proceder de forma análoga

utilizando a idade gestacional estimada no exame

ultrassonográfico mais precoce disponível.

1.3.3 Avaliação do estado nutricional e do ganho de peso gestacional

O primeiro passo para a avaliação nutricional da gestante é a aferição do

peso e da altura maternos e o cálculo da idade gestacional, conforme técnicas

descritas anteriormente.

Na primeira consulta de pré-natal: nessa oportunidade, a avaliação

nutricional da gestante, com base em seu peso e sua estatura, permite

conhecer seu estado nutricional atual e subsidia a previsão de ganho de peso

até o fim da gestação. Essa avaliação deve ser registrada no gráfico de

acompanhamento nutricional da gestante.

Técnica para medidas do peso

• O peso deve ser aferido em todas as consultas de pré-natal. A

estatura da gestante adulta (idade > 19 anos) deve ser aferida

apenas na primeira consulta e a da gestante adolescente pelo

menos trimestralmente. Recomenda-se a utilização da balança

eletrônica ou mecânica, certificando-se se está em bom

funcionamento e calibrada. O cuidado com as técnicas de

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PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015

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medição e a aferição regular dos equipamentos garante a

qualidade das medidas coletadas.

Técnica para medidas da altura

• A gestante deve estar em pé e descalça, no centro da plataforma

da balança, com os braços estendidos ao longo do corpo. Quando

disponível, poderá ser utilizado o antropômetro vertical.

• Calcanhares, nádegas e espáduas devem se aproximar da haste

vertical da balança. Caso se utilize antropômetro vertical, a

gestante deverá ficar com calcanhares, nádegas e espáduas

encostados no equipamento.

• A cabeça deve estar erguida de maneira que a borda inferior da

órbita fique no mesmo plano horizontal que o meato do ouvido

externo.

• O encarregado de realizar a medida deverá baixar lentamente a

haste vertical, pressionando suavemente os cabelos da gestante

até que a haste encoste-se no couro cabeludo.

• Fazer a leitura na escala da haste. No caso de valores

intermediários (entre os traços da escala), considerar o menor

valor. Anotar o resultado no prontuário.

IMC- Índice de Massa Corpórea

O ideal é que o IMC considerado no diagnóstico inicial da gestante seja

o IMC pré-gestacional referido ou o IMC calculado a partir de medição

realizada até a 13ª semana gestacional. Caso isso não seja possível, inicie a

avaliação da gestante com os dados da primeiraconsulta de pré-natal, mesmo

que esta ocorra após a 13ª semana gestacional.

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Manual Técnico do Pré-natal e Puerpério (SES-SP 2010)

Condutas segundo a avaliação do estado nutricional encontrado:

• Baixo peso (BP) – investigar história alimentar, hiperêmese gravídica,

infecções, parasitoses, anemias e doenças debilitantes; dar orientação

nutricional, visando à promoção do peso adequado e de hábitos

alimentares saudáveis; remarcar consulta em intervalo menor que o

fixado no calendário habitual.

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• Adequado (A) – seguir calendário habitual, explicar à gestante que seu

peso está adequado para a idade gestacional, dar orientação nutricional,

visando à manutenção do peso adequado e à promoção de hábitos

alimentares saudáveis.

• Sobrepeso e obesidade (S e O) –dar orientação nutricional, visando à

promoção do peso adequado e de hábitos alimentares saudáveis,

ressaltando que, no período gestacional, não se deve perder peso;

remarcar consulta em intervalo menor que o fixado no calendário

habitual;

Investigar obesidade pré-gestacional, edema, polidrâmnio,

macrossomia, gravidez múltipla e doenças associadas (diabetes, pré-

eclâmpsia, etc.) e encaminhar para Alto-risco.

Ganho de peso recomendado (em kg) na gestação, segundo estado

nutricional inicial

Manual Técnico do Pré- natal e Puerpério (SES-SP 2010)

1.3.4 Controle da pressão arterial

Solicitar de rotina o controle da pressão arterial da gestante

semanalmente entre 28 e 32 semanas, além das medidas realizadas nas

consultas.

O achado de estado hipertensivo durante a gravidez deve ser

classificado como um fator de risco gestacional devendo ser encaminhada,

mais precoce possível, para avaliação médica na unidade e referida ao Alto-

risco.

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Considera-se estado hipertensivo na gestação:

• A observação de níveis tensionais iguais ou maiores que 140 mmHg

de pressão sistólica, e iguais ou maiores que 90 mmHg de pressão

diastólica, mantidos em duas ocasiões e podendo ser aferidos com

intervalo de quatro horas entre as medidas, conceitua como estado

hipertensivo na gestação.

• O aumento de 30 mmHg ou mais na pressão sistólica (máxima) e/ou

de 15 mmHg oumais na pressão diastólica (mínima), em relação aos

níveis tensionais pré-gestacionais e/ou conhecidos até a 16ª semana

de gestação. Deve ser utilizado como sinal de alerta e para

agendamento de controles mais próximos.

• A presença de pressão arterial diastólica ≥ 110 mmHg em uma única

oportunidade ou aferição.

1.3.5 Palpação obstétrica e medida da altura uterina (AU)

Palpação obstétrica:

A palpação obstétrica deve ser realizada antes da medida da altura

uterina, iniciando-se pela delimitação do fundo uterino, bem como de todo o

contorno da superfície uterina (esse procedimento reduz o risco de erro da

medida da altura uterina). A identificação da situação e da apresentação fetal é

feita por meio da palpação obstétrica, procurando reconhecer os pólos

cefálicos e pélvicos e o dorso fetal, o que ocorre facilmente a partir do 3º

trimestre. Pode-se, ainda, estimar a quantidade de líquido amniótico.

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Manobras de palpação Obstétricas

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Tipos de apresentações

Manual Técnico do Pré- natal e Puerpério (SES-SP 2010)

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Altura uterina:

Estimar o crescimento fetal, correlacionando-se a medida da altura

uterina

com o número de semanas de gestação através da curva de crescimento

disponível na ficha de acompanhamento pré-natal e na carteira da gestante.

Enquanto ainda não estejam disponíveis curvas de referência feitas para toda a

população brasileira, recomenda-se a utilização das curvas de altura uterina

para idade gestacional desenhadas a partir dos dados do Centro Latino-

Americano de Perinatologia (CLAP), embora já existam indícios de que essa

curva não seja representativa da população brasileira. Serão considerados

parâmetros de normalidade para o crescimento uterino o percentil 10, para o

limite inferior, e o percentil 90, para o limite superior.

Manual Técnico do Pré- natal e Puerpério (SES-SP 2010)

Na técnica de medida, a extremidade da fita métrica é fixada na margem

superior do púbis com uma das mãos, deslizando a fita entre os dedos

indicador e médio da outra mão, até alcançar o fundo do útero com a margem

cubital dessa mão.

1.3.6 Ausculta dos batimentos cardíacos fetais (BCF)

Verificar a vitalidade fetal, atentando para a presença, ritmo, frequência e

normalidade dos BCF, conforme descrito a seguir:

• Lavar as mãos antes e após o procedimento.

• A gestante deverá estar em decúbito lateral ou decúbito a °

(semissentada).

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• Após palpação do abdômen materno, determinar a apresentação e a

posição do dorso fetal, localizando a região de melhor ausculta dos BCF

que corresponderá ao nível do coração do concepto (nos casos em que

a equipe já conhece essa localização, o procedimento pode ser efetuado

sem nova palpação abdominal).

• Colocar gel transdutor do Sonar Doppler e apoiá-lo na região como

acima identificada.

• Contar os batimentos obtidos durante um minuto, considerando

normocardico o intervalo entre 110-10 bpm; registrar em instrumentos

próprios: ficha de acompanhamento pré-natal, cartão da gestante, etc.

• Nos casos de gemelaridade, identificar os locais de ausculta de cada

coração fetal.

• Caso haja dúvida de que o batimento auscultado seja cardíaco fetal,

palpar o pulso da gestante para verificar se a frequência é diferente, ou

se trata-se de ausculta de atividade do coração materno.

• Embora o Sonar Doppler já tenha se tornado o padrão ouro de

procedimento para a ausculta dos BCF durante a gestação, as unidades

de saúde ainda devem estar equipadas com estetoscópio de Pinard e os

profissionais também treinados para seu uso, o que pode ser necessário

em algumas situações.

• Avaliar resultados da ausculta dos BCF

1.3.7 Verificação da presença de edema

Detectar precocemente a ocorrência de edema patológico nas seguintes

regiões:

Nos membros inferiores:

• Posicionar a gestante em decúbito dorsal ou sentada, sem meias.

• Pressionar a pele na altura do tornozelo (região perimaleolar) e na

perna, no nível do seu terço médio, face anterior (região pré-tibial).

Na região sacra:

• Posicionar a gestante em decúbito lateral ou sentada.

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• Pressionar a pele, por alguns segundos, na região sacra, com o dedo

polegar. O edema fica evidenciado mediante presença de depressão

duradoura no local pressionado.

Na face e em membros superiores:

• Identificar a presença de edema pela inspeção.

Condutas

Edema ausente

• Acompanhar a gestante seguindo o

calendário de rotina.

Apenas edema de tornozelo sem

hipertensão ou aumento súbito

de peso

+

• Verificar se o edema está relacionado:

– à postura;

– ao aumento da temperatura;

– ao tipo de calçado.

Edema generalizado (face,

tronco, membros), ou que já se

manifesta ao acordar

acompanhado ou não de

hipertensão ou aumento

súbito de peso

++

• Gestante

de risco em virtude de suspeita de pré-

eclâmpsia ou outras intercorrências.

• Deve ser

avaliada pelo(a) médico(a) da unidade

e encaminhada para o serviço de alto

risco e/ou referida para avaliação

hospitalar.

Edema limitado aos membros

inferiores, porém na presença de

hipertensão ou ganho de peso

aumentado e/ou de proteinúria

++

• Orientar repouso em decúbito lateral

esquerdo.

• Verificar a presença de sinais/sintomas

de pré- eclâmpsia e interrogar sobre os

movimentos fetais.

• Marcar retorno em 7 dias, na ausência

de sintomas.

• Deve ser avaliada e acompanhada

pelo(a) médico(a) da unidade.

• Encaminhar para o Alto risco e/ou

referir para avaliação hospitalar.

Edema unilateral de MMII, com

dor e/ou sinais flogísticos.

++++

• Suspeita

de processos tromboembólicos

(tromboflebites, TVP).

• Deve ser

avaliada pelo(a) médico(a) da unidade

e encaminhada para serviço hospitalar.

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1.3.8 Coleta de material para pesquisa de estreptococo do grupo B

A coleta do material biológico para pesquisa de estreptococos do grupo

B, não tem o intuito de orientar antibiótico profilaxia de infecção neonatal,

devendo ser realizada entre a 30º e 34º semana de gestação.

Procedimento:

• Paciente em posição ginecológica.

• Realizar coleta de amostras com o mesmo swab, primeiramente do

terço externo da vagina e depois retal, introduzindo o swab até ultrapassar o

esfíncter, colocado em meio de transporte.

• Não é recomendado banho ou higiene íntima prévia à coleta.

• Colher o material preferencialmente antes de toques vaginais.

• Não colher material cervical e não usar espéculo.

• Encaminhar o swab o mais rápido possível para o laboratório de

análises clínicas, onde será semeado em meio específico.

1.4. Exames Laboratoriais – Interpretação e condutas

Exame Resultado Conduta

TipagemSanguines ABO-rh

Rh negativo Solicitar Coombs indireto:

Se negativo, repetir Coombs a cada

4 semanas, a partir da 24º semanas

Se positivo, encaminhar para Pré

natal de Alto-risco.

Rh positivo Acompanhamento de Baixo risco.

VDRL

Positivo Solicitar teste treponêmico

(Teste rápido para Sífilis ou

TPHA) e referir para Infectologia

no CINI.

Solicitar também exame do

parceiro, caso não realizado na

1ª rotina.

Negativo Repetir exame conforme rotina

Urina I e Urocultura Proteinúria “Traços”: repita em 15 dias; caso se

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mantenha, encaminhe a gestante

ao pré-natal de alto risco.

“Traços” e hipertensão e/ou edema:

é necessário referir a gestante ao

pré-natal de alto risco.

“Maciça”: é necessário referir a

gestante ao pré--natal de alto risco.

Piúria/Bacteriúria/

leucocitúria/ cultura

positiva (>105col/ml)

Trate a gestante para infecção do

trato urinário (ITU) empiricamente,

até o resultado do antibiograma.

Solicite o exame de urina tipo I

(sumário de urina) após o término

do tratamento.

Em caso de persistência do quadro

após o tratamento, encaminhar

para avaliação médica.

Acima de 3 episódios na atual

gestação a gestante deve ser

referida ao pré-natal de alto risco.

Hematúria Se for piúria associada, considere

ITU e proceda

da mesma forma como foi

apresentada no item

anterior.

Se for isolada, uma vez que tenha

sido excluído

sangramento genital, é necessário

encaminhar para avaliação médica

Cilindrúria É necessário referir a gestante para

avaliação médica ou pré-natal de

alto risco.

Hemograma -

Dosagem Hemoglobina

Hb>11g/dl

Ausência de Anemia

Acompanhamento de rotina.

Hb>8g/dl e <11g/dl

Anemia leve a

moderada

Anemia leve a moderada.

Prescrever sulfato ferroso

em dose de tratamento de anemia

ferropriva, de 3 a 4 drágeas de

sulfato ferroso/dia

(900 a 1200 mg/dia), via oral, uma

hora antes das principais refeições.

É preciso ainda:

– repetir o exame em 60 dias – se

os níveis estiverem subindo, manter

o tratamento até a hemoglobina

atingir 11 g/dl, quando deverá ser

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mantida a dose de suplementação

(300 mg ao dia);

– repetir o exame

aproximadamente na 30ª semana –

se os níveis de hemoglobina

permanecerem estacionários ou em

queda, referir a gestante ao pré-

natal de alto risco.

Hb<8g/dl

Anêmia grave

A gestante deve ser referida

imediatamente ao pré-natal de alto

risco.

Glicemia de jejum

Atè 84mg/dl Repetir exame conforme rotina

85- 91mg/dl Orientações alimentares e realizar

TTGO com 24 semanas.

>92mg/dl Repetir exame imediatamente, se

alterado a gestante deve ser referida

imediatamente ao pré-natal de alto

risco, caso discordante, proceder

conforme orientações anteriores.

TTGO 75g

Jejum < 91mg/dl

2h < 140mg/dl

Teste negativo.

Jejum > 92mg/dl

2h > 140mg/dl

A gestante deve ser referida

imediatamente ao pré-natal de alto

risco.

Sorologia HIV

Negativo Realizar aconselhamento e repetir

conforme rotina.

Positivo Encaminhar para Pré- natal de Alto

risco no CINI.

Sorologia Hepatite B

Negativo Realizar aconselhamento e repetir

conforme rotina.

Positivo Encaminhar para CINI.

Estreptococo B

Acompanhamento de rotina.

Encaminhar para avaliação médica.

Toxoplasmose

Igg positivo e Igm

negativo

Gestante Imune. Seguimento de rotina,

não necessita repetir exame.

Igg negativo e Igm

negativo

Gestante Susceptível. Orientações e

repetir exame conforme rotina.

Igg negativo e Igm

positivo/ Igg positivo e

Igm positivo

Solicitar avaliação médica imediata e

encaminhar para Pré- natal de Alto-

risco no CINI.

PPF Ancilostomíase Mebendazol 100 mg- duas vezes ao dia,

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(Helmintíases e

Protozooses)

Ascaridíase por VO, durante 3 dias seguidos.

Repetir exame após tratamento. Enterobíase

Tricuríase

Esquistossomose Encaminhar para avaliação médica.

Repetir exame após tratamento. Himenolepíase

Estrongiloidíase Encaminhar para avaliação médica.

Repetir exame após tratamento.

Teníase Mebendazol200 mg- duas vezes ao dia

(manhã/noite), VO, durante 4 dias

seguidos.

Repetir exame após tratamento.

Amebíase Metronidazol250 mg- três vezes ao dia,

VO, durante 10 dias.

Repetir exame após tratamento.

Giardíase Metronidazol250 mg, duas vezes ao

dia, por VO, durante 7 dias seguidos.

Repetir exame após tratamento.

Citologia Oncótica

Seguir fluxos, condutas e realizar prescrições conforme “Manual

FOSP de Condutas frente aos resultados de Papanicolau” dos

protocolos de enfermagem na atenção a saúde da mulher.

1.5. Queixas e intercorrências frequentes

1.5.1 Náuseas, vômitos e tonturas

• Explique que tais sintomas são comuns no início da gestação;

• Oriente a gestante a:

- consumir uma dieta fracionada (6 refeições leves ao dia);

- evitar frituras, gorduras e alimentos com cheiros fortes ou

desagradáveis;

- evitar líquidos durante as refeições, dando preferência à sua

ingestão nos intervalos;

-ingerir alimentos sólidos antes de se levantar pela manhã, como

bolacha de água e sal;

-ingerir alimentos gelados;

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• Agende consulta médica ou refira a gestante ao pré-natal de alto

risco em caso de vômitos frequentes refratários mesmo adotando-se as

medidas citadas, pois podem provocar distúrbios

metabólicos,desidratação, perda de peso, tontura, sonolência e desmaio.

Prescrição eventual, se necessária:

Metoclorpramida 10mg – 1comp, via oral, 3x ao dia

1.5.2 Pirose (azia)

• consumir dieta fracionada, evitando frituras;

• evitar café, chá preto, mates, doces, álcool e fumo.

Prescrição eventual, se necessária:

Hidróxido de alumínio 60mg/mL – 5ml, via oral, 15 minutos antes das

principais refeições

1.5.3 Sialorreia (salivação excessiva)

• Explique que é um sintoma comum no início da gestação;

• Oriente dieta semelhante à indicada para náusea e vômitos;

• Oriente a gestante a deglutir a saliva e tomar líquidos em

abundância (especialmente em épocas de calor).

1.5.4 Fraquezas e desmaios

• Oriente a gestante para que não faça mudanças bruscas de posição

e evite a inatividade;

• Indique dieta fracionada, de forma que a gestante evite jejum

prolongado e grandes intervalos entre as refeições;

• Explique à gestante que sentar com a cabeça abaixada ou deitar

em decúbito lateral, respirando profunda e pausadamente, melhora a

sensação de fraqueza e desmaio.

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1.5.5 Dor abdominal e cólicas

• Certifique-se de que não sejam contrações uterinas;

• Se a gestante apresentar flacidez da parede abdominal sugira o uso

de cinta (com exceção da elástica) e exercícios apropriados;

1.5.6 Flatulência (gases) e obstipação intestinal

• Oriente dieta rica em resíduos: frutas cítricas, verduras, mamão,

ameixas e cereais integrais;

• Recomende que a gestante aumente a ingestão de líquidos e evite

alimentos de alta fermentação, tais como repolho, couve, ovo, feijão,

leite e açúcar;

• Recomende caminhadas, movimentação e regularização do hábito

intestinal;

Prescrição eventual, se necessário:

• Simeticona 75mg/ml solução oral – 40-80mg, vo, 4x ao dia

1.5.7 Hemorróidas

• Alimentação rica em fibras, a fim de evitar a obstipação intestinal. Se

necessário, prescreva supositórios de glicerina;

• Que não use papel higiênico colorido ou áspero (nestes casos, deve-

se molhá-lo) e faça higiene perianal com água e sabão neutro, após a

evacuação;

• Que faça banhos de vapor ou compressas mornas;

• Encaminhar para avaliação médica, caso haja dor ou sangramento

anal persistente.

1.5.8 Corrimento vaginal

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• Explique que um aumento de fluxo vaginal é comum na gestação;

• Não prescreva cremes vaginais, desde que não haja diagnóstico de

infecção vaginal;

• Realizar exame-físico ginecológico se ocorrer fluxo de cor

amarelada, esverdeada ou com odor fétido ou caso haja prurido. Nestes

casos, seguiras condutas mencionadas no Manual de Tratamento e

Controle de Doenças Sexualmente Transmissíveis/DST-Aids/MS.

1.5.9 Falta de ar e dificuldades para respirar

• Tais sintomas são frequentes na gestação, em decorrência do

aumento do volume do útero por compressão pulmonar, assim como por

consequência da ansiedade da gestante;

• Recomende repouso em decúbito lateral esquerdo;

• Ouça a gestante e converse sobre suas angústias, se for o caso;

• Esteja atento para outros sintomas associados (tosse, chiado e

sibilância) e para achados no exame cardiopulmonar, pois – embora seja

pouco frequente – pode se tratar de um caso de doença cardíaca ou

respiratória;

• Encaminhar para avaliação médica caso haja dúvida ou suspeita

de problema clínico.

1.5.10 Mastalgia

• Oriente a gestante quanto à normalidade de incômodo mamário,

pela fisiologia da gestação, devido ao aumento mamário e ao

desenvolvimento de suas glândulas;

• Recomende à gestante o uso constante de sutiã, com boa

sustentação, após descartar qualquer intercorrência mamária;

• Oriente a gestante sobre o colostro (principalmente nas fases

tardias da gravidez), que pode ser eliminado em maior quantidade,

obrigando o diagnóstico diferencial com anormalidades.

1.5.11 Lombalgia

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• Faça a correção de sua postura ao se sentar e ao andar;

• Use sapatos com saltos baixos e confortáveis;

• Faça a aplicação de calor local;

Prescrição eventual, se necessária:

Paracetamol 500mg comp. ou Paracetamol 200mg/mlSol. Oral –

máx. de 500mg/dose,vo, 8/8hs

1.5.12 Cefaleia

• Afaste as hipóteses de hipertensão arterial e pré- eclâmpsia (se

houver mais de 24 semanas de gestação);

• Converse com a gestante sobre suas tensões, seus conflitos e seus

temores;

• Oriente a gestante quanto aos sinais e sintomas que podem indicar

doença grave.

• Encaminhar para consulta médica, se o sintoma persistir mesmo

com oanalgésico proposto neste protocolo;

Prescrição eventual, se necessário:

Paracetamol 500mg comp. ou Paracetamol 200mg/mlSol. Oral –

máx. de 500mg/dose, vo, 8/8hs.

1.5.13 Sangramento nas gengivas

• Recomende a escovação após as refeições, assim como o uso de

escova de dentes macia;

• Oriente a realização de massagem na gengiva;

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34

• Recomende o uso de fio dental;

• Agende atendimento odontológico sempre que possível.

1.5.14 Câimbras

• Massageie o músculo contraído e dolorido e aplique calor local;

• Evite o excesso de exercícios;

• Realize alongamentos antes e após o início de exercícios ou

caminhadas longas, assim como na ocasião da crise álgica e quando for

repousar.

1.5.15 Cloasma gravídico

• Explique que é uma ocorrência comum na gravidez e que costuma

diminuir ou desaparecer, em tempo variável, após o parto;

• Recomende que a gestante não exponha o próprio rosto

diretamente ao sol e que use protetor solar.

1.5.16 Estrias

• Explique que são resultantes da distensão dos tecidos e que não

existe método eficaz de prevenção. As estrias, que no início apresentam

cor arroxeada, tendem com o tempo a ficar comuma cor semelhante à

da pele.

Ainda que controversas, podem ser utilizadas massagens locais, com

substâncias oleosas ou cremes, na tentativa de preveni-las.

1.5.17 Queixas urinárias e Infecção urinária na gravidez

• Explique que, geralmente, o aumento do número de micções é

comum no início e no final da gestação (devido ao aumento do útero e à

compressão da bexiga). Mesmo sendo incômodo o aumento do número

de micções, é de extrema importância incentivar a ingestão hídrica

adequada;

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• Urina I deve ser pedida sempre que houver queixa de dor em baixo

ventre persistente após o uso de sintomáticos, sempre que houver

queixas urinárias, ameaça de trabalho de parto prematuro ou ITU de

repetição.

• Se a gestante estiver assintomática aguardar resultado para

conduta.

• Se gestante sintomática: iniciar tratamento após coleta de exames.

• Repetir exame de controle após 2 dias da finalização do tratamento

medicamentoso, conforme proposto na tabela abaixo:

Medicamentos Preconizados Manual Técnico do Pré- natal e Puerpério (SES-SP 2010)

Antibiótico Dose/dia Via Apresentação por drág/comp.

Posologia/tempo de tratamento

Cefalosporina de 1ª geração

(Cefalexina)

2g/dia Via oral 500mg Uma drágea de 6/6 h, por 7 a 10 dias.

Na verificação do exame de controle, caso haja persistência da infecção, solicitar avaliação médica.

• Orientar as gestantes sobre a necessidade do tratamento correto.

• Alertar para possíveis consequências do tratamento irregular.

• Atenção especial para casos de gravidez indesejada.

• Caso ITU de repetição com mais de 3 episódios na atual

gestação encaminhar para alto-risco.

1.5.18 Hemorragias

• Avaliar a gestante identificando possíveis causas de hemorragia,

reavaliar o risco gestacional e referir a paciente ao serviço obstétrico

de urgência.

• Evitar o toque vaginal, que pode ser prejudicial no caso de placenta

prévia.

• As situações hemorrágicas mais importantes durante a gravidez são:

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• Primeira metade – abortamento, descolamento cório-amniótico,

gravidez ectópica e neoplasia trofoblástica gestacional benigna

(mola hidatiforme);

• Segunda metade – placenta prévia (PP), descolamento prematuro

da placenta (DPP).

1.6. Consulta Puerperal

A consulta de puerpério deverá ocorrer em até 45 dias pós parto.

Considerar os seguintes dados:

Tipo de parto e data (se operatório, verificar indicação);

Amamentação exclusiva ou não;

Orientação e escolha de um método contraceptivo para o casal.

Ao exame físico realizar avaliação das mamas e ginecológico.

Como conduta incentivar e orientar o método contraceptivo de escolha,

barreira comportamental ou progestágeno diário oral, também chamado de

minipílula, ou de depósito mensal/trimestral.

Quanto aos exames a serem pedidos, considerar intercorrências na

gestação.

Métodos contraceptivos para mulheres que amamentam:

Norestin 0,35 – uso contínuo, sem interrupção até a criança

completar 6 meses de idade ou iniciar outro alimento que não seja

o aleitamento materno exclusivo;

Depoprovera 150 – injetável intramuscular, trimestral, orientar

quanto a possíveis sangramentos (suspender o uso), ou ausência

de menstruação durante o período de uso da injeção.

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REFERÊNCIAS

Brasil. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco / Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília:Editora do Ministério da Saúde, 2012. 318 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n° 32) Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Manual de Controle das DoençasSexualmente Transmissíveis/Ministério da Saúde, Secretaria deVigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. Brasília:Ministério da Saúde. 2005. Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (COREN-GO). Protocolo de Enfermagem em Atenção à Saúde de Goiás. Goiania / GO, 2010, 223p. Florianópolis. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Saúde. Programa Saúde da Mulher. Protocolo de Atenção Integral a Saúde da Mulher. /Secretaria Municipal de Saúde. - - Tubarão : Ed. Copiart, 2010. Governo do Estado de São Paulo. (FOSP). Condutas clínicas frente aos resultados dos exames de papanicolaou, 2005. São Paulo(Estado). Secretaria da Saúde. Coordenadoria de Planejamentoem Saúde. Assessoria Técnica em Saúde da Mulher. Atenção à gestante e à puérpera no SUS – SP: manual técnico do pré-natal e puerpério / organizado por Karina Calife, Tania Lago, Carmen Lavras– São Paulo: SES/SP, 2010.

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ANEXO I – LISTA DE MEDICAMENTOS COM PESCRIÇÃO AUTORIZADA

MEDICAMENTO USO APRESENTAÇÃO POSOLOGIA

Acetato de medroxiprogesterona

(Depoprovera)

Anticoncepção Consulta de Puerpério

Ampola 50mg/ml (INJETÁVEL)

1 ampola, IM, 3/3 meses

Ácido fólico Prevenção de defeitos tubo

neural e anemia Comp. 5mg

5mg, VO, dose única diária

Benzoato de benzila

Escabiose solução tópica Aplicar sob a pele

1 vez ao dia por 03 dias

Cefalexina ITU Comp. 500mg 500mg, VO,6/6hs ( por 7

dias)

Hidróxido de alumínio

Pirose (Azia) Suspensão 60mg/mL 5ml, via oral, 15 minutos

antes das principais refeições

Mebendazol Helmintíase Comp. 150mg/

Sol. Oral 20mg/ml

1comp.,VO, 12/12hs (3 dias)

5ml,VO, 12/12hs (3 dias)

Metildopa Hipertensão Comp. 250mg CONFORME

TRANSCRIÇÃO

Metoclopramida Hiperêmese Comp. 10mg 1comp, VO, 8/8hs

Metronidazol Parasitose Intestinal

Comp. 250mg

Amebíase- 1 comp,

VO,8/8hs (10 dias)

Giardíase- 1 comp.,VO,

duas vezes ao dia, (7

dia)

Noretisterona

(Norestin ou Micronor)

Anticoncepção Consulta de Puerpério

Comp. 0,35mg 1 comp., VO, ao dia ininterruptamente

Paracetamol Analgésico, Antitérmico

Comp. 500mg/ Sol. Oral 5mg/ml

500mg,VO, 1-4x ao dia

Simeticona Gases Sol. Oral 75mg/ml 40-80mg,VO, 6/6hs

Sulf. ferroso Anemia Comp. Revest.

1comp, VO, dose única diária( a partir da 20ª

semana até 6ª semana pós parto)

A PRESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS DESTE PROTOCOLO DEVE ESTAR EMBASADA NA CONSULTA DE

ENFERMAGEM, MEDIANTE APLICAÇÃO SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (RESOLUÇÃO

COFEN Nº358/2009) OFERECENDO SEGURANÇA AO PROFISSIONAL E À GESTANTE ACOMPANHADA

CONFORME DETERMINA O CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM.

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ANEXO II – LISTA DE EXAMES AUTORIZADOS

ABO Rh

Coombs indireto

Hemograma

Glicemia jejum

TTGO 75g

Urina I

Urocultura

PPF

Citologia oncótica(colposcopia se NIC2 ou NIC3)

Pesquisa de Streptococcus B

Testes Rápidos HIV/VDRL/HBsAG

Sorologias

o HIV

o VDRL e TPHA

o HBsAG

o Toxoplasmose Igg e Igm

Pesquisa estreptococo B em secreção vaginal – entre 34 e 36

semanas

Ultrassom Gestacional

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FOLHA DE EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM

NOME:

DATA DE NASCIMENTO: ____/____/____ TELEFONE:

ENDEREÇO:

CNS: Data: ____/_____/_____ Hora:_____:_____

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL

1° CONSULTA

1. História Clínica

I. Identificação N° SISPRENATAL: /Idade: /Cor:

Nacionalidade: /Naturalidade:

Tipo de moradia: /N° de cômodos:

Água encanada: ( )sim ( )não / Energia elétrica: ( )sim ( )não

Saneamento básico: ( )sim ( )não / Coleta de lixo: ( )sim ( )não

Risco para enchente: ( )sim ( )não / Iluminação natural: ( )sim ( )não

Ocupação: /Religião:

Quantas pessoas moram na casa: /Quantas pessoas possuem renda:

Distancia da residência até a unidade de saúde:

Animais domésticos:

Renda familiar: /Situação conjugal:

Grau de instrução:

II. Antecedentes Familiares

III. Antecedentes Pessoais

lV. Antecedentes Ginecológicos

Ciclo menstrual: ( )regular ( )irregular

Método contraceptivo:

Tratamento para engravidar: ( )sim ( )não

DST: ( )sim / qual: ( )não / DIP: ( )sim ( )não

Cirurgia ginecológica: ( )sim (tipo: )( )não / Menarca:

Histórico patológico das mamas:

Ultimo exame de colpocitologia oncótica:

V. Sexualidade

Coitarca: / N° de parceiros sexuais:

Dispareunia: ( )sim ( )não / Atividade sexual na gestação: ( )sim ( )não

Uso de preservativos: ( )sempre ( )nunca ( )as vezes

Vl. Antecedentes obstétricos

Gestações: / Partos: /Abortos: /Vivos: / Primigesta ( )

Idade na 1° gestação: / Intervalo entre as gestações:

Tipo de parto: / Amamentação:

Intercorrencia em gestações anteriores:

Vll. Gestação atual

DUM (referida): DUM (USG):

Peso: /Altura: /IMC:

DPP (DUM): /DPP (USG): IG (DUM): / IG (USG):

Diagnóstico nutricional: ( )BP ( )A ( )S ( )O

Medicamentos usados nesta gestação:

Internação durante esta gestação: ( )sim ( )não

Tabagismo: ( )sim ( cigarros p/ dia) ( )não / Etilismo: ( )sim ( )não

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Drogas ilícitas: ( )sim ( )não / Estresse: ( )sim ( )não

Esforço físico intenso nesta gestação: ( )sim ( )não

Exposição a agentes químicos: ( )sim ( )não

Gravidez planejada: ( )sim ( )não /Aceitação da gravidez: ( )sim ( )não

Alimentação: ( )adequada ( )inadequada / Micção: ( )normal ( )alterada

Evacuação: ( )normal ( )constipação ( )diarréia

Queixas sintomáticas:

Violência doméstica: ( )sim ( )não

Imunizações:

2. Exames

I. Laboratoriais

ll. USG Gestacional

3. Exame Físico obstétrico

Altura uterina: / BCF: / MF:

Apresentação:

Edemas:

Abdome:

Pressão arterial:

4. Risco gestacional

( )baixo risco ( )alto risco

5. Diagnósticos de Enfermagem

6. Planejamento de Enfermagem

7. Prescrição de Enfermagem

PRÓXIMA CONSULTA EM:_______/________/________

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FOLHA DE EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM

NOME:

DATA DE NASCIMENTO:_____/_____/_______ TELEFONE:

ENDEREÇO:

CNS: Data: ____/_____/_____ Hora:_____:_____

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PRÉ-NATAL

CONSULTAS SUBSEQUENTES

P.A: / Peso: / Altura: / IMC:

Ganho de peso:

IG (DUM): / IG (USG):

Intercorrências desde ultima consulta:

Queixas:

Atividade sexual: ( )+ ( )- / Alimentação: ( )adequada ( )inadequada

Micção: ( )normal ( )alterada / Evacuação: ( )normal ( )constipação ( )diarréia

Sono e repouso: ( ) normal ( )insônia ( )hipersonia

Excesso de esforço físico: ( )sim ( )não / Estresse: ( )não ( )leve ( )intenso

Estado emocional:

Imunização:

Exames laboratoriais/imagem:

Exame obstétrico:

Altura uterina: / BCF: / MF: Perceptível ( ) Não perceptível ( )

Apresentação: Cefálica ( ) Pélvica ( ) Indiferente ( )

Edemas: / Abdome:

Risco gestacional: ( )BR ( )AR

Exames:1°trim. ( )completo ( )incompleto ( )não realizados ( )aguardando resultado

Exames:3°trim. ( )completo ( )incompleto ( )não realizados ( )aguardando resultado

5. Diagnósticos de Enfermagem (CIPESC ou NANDA )

6. Planejamento de Enfermagem

7. Prescrição de Enfermagem

PRÓXIMA CONSULTA EM:_______/________/________