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este livro fala sobre assombrações, que de fato não existem
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Sumrio
1 A Psicanlise das Assombraes 2 Poltergeist e Psicopatologia 3 Por quanto tempo depois da morte? 4 Moldes, luvasdos espritos? 5 Materializao completa, Identificao perfeita 6 Impresses Digitais dos Espritos? 7 Impresses a Fogo 8 Assombraes na Hora da Morte A Psicanlise das Assombraes
Assombraes
Todo e qualquer fenmeno parapsicolgico depende da psicologia e mesmo da fisiologiado vivo. Agora aludo a alguns aspectos muito significativos dessa dependncia, concretamente nos fenmenos de efeitos fsicos (parafsicos).
PSICANLISE DAS ASSOMBRAES
Inibio ou pelo contrrio a confiana tpico. As excees so rarssimas e tm motivos especiais.
Sir William Fletcher Barret Por exemplo Sir William Barret fazia constar que a primeira vez em que entrou na casamal assombrada (poltergeist) pararam instantaneamente as pancadas (tiptologia) nas paredes, nos mveis, em todas as direes. Pararam os movimentos espontneos(telecinesias). Pararam os casos como o de uma grossa pedra que cara sobre a cama, aps atravessar o teto (aporte).
Nos poltergeister tpico o aporte
de objetos atravessando as paredes Tudo ficou na mais perfeita paz. Mas logo que Sir William Barret saiu, os fenmenos voltaram com fria concentrada. O mesmo aconteceu na segunda visita. Pouco a pouco, a presena ou ausncia de Sir William Barret foram fazendo-se cada vez menos significativas. A psquica acostumara-se a tais visitas e estas assim perderam importncia.
Fachada do prdio da SPR
em Londres
SPR Biblioteca Que a presena do celebrrimo fundador da SPR (Society for Psychic Researcht) de Londres inibisse aquela jovem de 20 anos, fsica e psiquicamente retardada, depsicologia insegura, tmida, perfeitamente compreensvel. Mas os espritos dos mortos tambm se assustariam? Variaria o tipo de perisprito da
jovem? As alegadas dificuldades que os sequazes do espiritismo apresentam, alm de pressupor o que deveriam demonstrar, soam a manifesto subterfgio. Seria at contradio. Portanto, quem dirige(telebulia) a telergia o psiquismo do vivo.
Robert Tocquet no
seu laboratrio da Faculdade Lavoisier Igualmente: Referindo-se ao ambiente desestimulante ou animador que rodeia o psquico(nome dado pessoa que manifesta fenmenos parapsicolgicos), Robert Tocquet, com grande experincia e conhecimento, escrevia: certo que nos crculos () espritas ou semelhantes, as faculdades parapsicolgicasindividuais, latentes ou
embrionrias, sero catalisadas e reforadas pela
vontade, desejos e crenas dos assistentes: assim, no
raro v-las manifestar-se no comeo timidamente para
ampliar-se logo. Em contrapartida, os metapsquicos (assim chamados os primeiros especialistas) e osparapsiclogos (os
especialistas modernos)() com sua atitude neutra, ou inclusive hostil com relao s crenas espiritides que
incontestavelmente so incitadoras dos fenmenos, no
so aptos a criar o ambiente ecloso e ao
desenvolvimento das faculdadesparapsicolgicas () Assim, quando os mdiuns saem das mos
dos espritas para cair nas dos anti-espritas, vem suas
faculdades debilitarem-se, s vezes inclusive desaparecem
definitivamente ()Tudo isso significa que o elemento emotivo desempenha um papel essencial nos
fenmenos parafsicos da mediunidade e que suprimi-lo
pode implicar suprimir os fenmenos () Isto difcil de admitir se aplicado explicao esprita, mas lgico e natural admitindo-se a
explicao parapsicolgica (dos vivos). Igualmente o sentimento religioso
Evidentemente, se fosse o demnio ou mau esprito gostaria dessa violncia contra o possesso nos exorcismos dos pastores evanglicos, no fugiria dessa violncia Tambm tpico: mesmo sem violncia, os rituais de Exorcismos ou bnos docristianismo, os defumaes da umbanda, o doutrinamento do kardecismo, etc., todos fracassam, ou todos tm xito. A gosto do consumidor: depende da mentalidade dopsquico causador dos fenmenos. No caso antes citado estudado por Sir William Barret, tudo terminou com a recitao
deexorcismos pelo pastor anglicano, porque a jovem e sua famlia tinham profunda convico da religio anglicana. Definitivamente: tanto o xito como o fracasso dos exorcismos, defumadores etc. so contra a interpretao esprita. Na realidade, para desassombrar a casa basta afastar a mais de 50m. o psquicoresponsvel. (porque o alcance da exteriorizao da energia fsica do psquico vai diminuindo com a distncia). E s uma adequada terapia tem verdadeiro e duradouro xito no psquico (sempre doentia a manifestao habitual e mesmo a espordica de qualquer
fenmenoparapsicolgico).
No so, pois, os espritos ou os demnios etc., mas o inconsciente do vivo que dirige atelergia (a energia exteriorizada invisvel) ou o ectoplasma (a energia exteriorizada visvel) executoras de todos os fenmenos parafsicos. E em geral toda emoo
Compreende-se perfeitamente que a emoo psicolgica, mil fatores ambientais, influi a
favor ou contra, no clmax necessrio para a exteriorizao de um fenmenoparapsicolgico, destacadamente os fenmenos parafsicos.
Dr. Albert Freiherr von Schrenck-
Notzing De sua grande experincia o Dr. Schrenck-Notzing tirava esta concluso: Resumindo tudo, deduzo que a conexo entre o clima psicolgico do crculo
e o desempenho do mdiumno encerra dvida. E afirmo,
pelo contrrio, que se torna suspeito o mdium que para
a manifestao energtica no dependa do ambiente nem
da mentalidade das pessoas presentes. Tratando-se
realmente de fenmenos metapsquicos, para realizar um
fenmeno verdadeiro e positivo necessrio que exista
uma relao psicolgica harmoniosa e benvola entre
o mdium e os participantes. Mais, os
fenmenos metapsquicos no dependem s da vontade
do mdium e dos participantes, necessria tambm a
emoo.
Os irmos Willy (esquerda) e Rudy Schneider entre
pesquisadores
Os fenmenos dependiam do som ritmado musical e do suave contato de uma mulher, no caso do mdium Willy Schneider.
Dr. Eugne Osty E a luz exercia muita influncia em seu irmo Rudy Schneider. Nas 90 sesses dirigidas pelo muito prestigiado parapsiclogo Dr. Eugne Osty, no Instituto Metapsquico Internacional (IMI) de Paris, comprovou-se que as manifestaes eram mais notveis na escurido absoluta. Mesmo com luz vermelha, ultravioleta ou infravermelha o fenmeno era inversamente proporcional intensidade da luz. O motivo era um s: Rudi Schneiderestava imbudo de preconceitos, sem fundamento, ocultistas e espritas (espritos das trevas e no anjos de luz no sincretismo esprita-cristo). Muitos livros de ocultismo e espiritismo exigem plena castidade antes e durante a produo dos fenmenos. Pelo contrrio, Euspia Paladino conseguia melhores resultados quando previamente ficara bem satisfeita sexualmente. E com Willy Schneideros melhores fenmenos eram concomitantes ejaculao seminal. Nos
esposos Ambrosee Olga Worral com o casamento ele entrou em declnio, mas ela continuou e at cresceu na agressividade dos fenmenos. Nos satanistas de hoje, como nas bruxas de antanho, exigem-se orgias sexuais.
Euspia Paladino levitando uma
mesa entre controladores Nesse contexto, certamente todos os que conhecem a biografia dela estaro lembrando a maior de todas as mdiuns de fenmenos parafsicos: Euspia Paladino. Durante quase toda a sua vida, excetuando os ltimos anos, deu freqentes mostras de histeria com fatores componentes precisamente erticos, e seus primeiros fenmenos parafsicossurgiram ao redor da chegada da menstruao quando tinha quase 15 anos. Claramente fatores incentivantes o inibitrios para o psiquismo do vivo, completamente irrelevantes para o esprito dos mortos. Portanto a direo (psicobulia) do inconscientedo vivo . Condicionamento e especializao
Entre os milhes de espritos de mortos que nos estariam rodeando (segundo afirmam
osmestres do espiritismo), seria faclimo encontrar
muitos mdiuns agindo simultaneamente cada um num fenmeno parafsico. Raramente, porm, coincidem nem sequer dois psquicos ao mesmo tempo realizando algum fenmeno de efeito fsico. Reconhecido inclusive pela Micro-Parapsicologia de laboratrio (a escola norte-americana).
Joseph Banks Rhine numa experincia com a queda de dados
O fundador da Micro-Parapsicologia, Dr. Rhine, observa: Quando uma pessoa participou de experincias (de influxo sobre dados rolando) onde se
pretendia alcanar nmeros altos, se passar experincia
de nmeros baixos, parece haver uma clara tendncia a
conseguir soma sete, que de nmeros intermedirios.
Isto apareceu em muitas experincias, e parece umefeito
certo: o deslocamento para combinaes mentais. Isso prova que os fenmenos parafsicos procedem inteiramente do vivo, no s atelergia ou ectoplasma, seno tambm a vontade diretora (psicobulia). O papel da imaginao
Eva Carrire numa das suas
tpicas experincias
O papel de jornais. Truques inconscientes ou reais fenmenos parapsicolgicos, o certo que as figuras que Eva Carrire produzia nas experincias dirigidas pelo Dr. Albert Freiherr von Schrenck-Notzing e Sra. Juliette Alexandre Bissson, correspondiam s imagens que Eva Carrire tinha no seu inconsciente. Os rostos ectoplasmticos nada tinham de espritas. Eram claramente reprodues das ilustraes dos jornais. Por exemplo, numa sesso em novembro reproduz a fotografia que o jornal Le Miroirpublicara dez dias antes. Em sesso de 21 de abril reproduz a fotografia que aparecera em 6 de maro. Esse mesmo rosto j aparece um tanto desfigurado na sesso de 2 de maio. Ia-se apagando da memria de Eva Carrire, que, mesmo assim, conserva as caractersticas mais destacveis e que por isso mais se lhe gravaram na memria: gravata, verrugas Tambm desfigurada a figura da Gioconda Mas evidentemente tenta reproduzir as fotografias publicadas ento em todos os jornais, quando o genial quadro de Leonardo da Vinci acabava de ser roubado do Museu do Louvre.
Sra. Juliette Alexandre Bisson
O prprio tipo de ectoplasma que Eva Carrire emitia era uma imitao da argila pastosa utilizada por sua pesquisadora, Sra. Juliette A. Bisson, estaturia, nos seus trabalhos artsticos.
A mdium Linda Gazzera
numa das suas exibies Chamo Linda Gazzera passarela das misseis do alm. Eram muito bonitas as figuras que ela plasmava (ecto-colo-plasmia. Colon significa cortado, truncado, diferente defantasmognese, que de objeto ou corpo inteiros). Mas tambm nada tinham a ver com o alm. A beleza das criaes de Gazzera correspondia ao seu gosto pelas obras de arte e sua esmerada educao esttica. Linda Gazzera era uma excelente pintora.
Dr. Charles Richet Numa sesso controlada pelo Dr. Richet, Premio Nobel em Fisiologia e um notvel pioneiro da Parapsicologia (que em ento era chamada Metapsquica), foi plasmada porLinda Gazzera uma preciosa cabea de anjo. Claro, no se referia a nenhum esprito de morto (nem a nenhum anjo, que nem tm nem tiveram corpo).
Detalhe do quadro Martrio de So Livino, de Rubens
Rubens em auto desenho O que Linda Gazzera habia plasmado era imitao de um quadro de Petrus PaulusRubens que poucos dias vira com manifestas mostras de admirao.
Daniel Dunglas Home num dos
seus numerosos fenmenos Sobre Home (o mais famoso dos se-dizentes mdiuns) apareceu uma cabea de umesprito materializado, com moldura e tudo, num leno de renda.
Adah Menken No sei se essa cabea se parecia com a da poetisa Adah Menken quando viva. Mas certamente diferente quando morta, que Dunglas Home dizia estar incorporando (dizia para impressionar, palavras textuais quando anos depois afirmar que nunca acreditou no espiritismo), mas era certamente a reproduo exata de uma vinheta que estava no frontispcio de um livro da poetisa. No se pode excluir certo pequeno influxo das faculdades de adivinhao. Mas sumamente significativo o fato, comprovado, de que os teleplastas nunca reproduziram com exatido a aparncia de alguma pessoa ou algum outro objeto qualquer que lhes fossem normalmente plenamente desconhecidos.
Cesare Lombroso Quando Lombroso reconheceu sua falecida me num dos raros fantasmas completos reproduzidos por Euspia Paladino, foi por dois ou trs traos caractersticos, mais do que pela perfeio da imitao. Quando, porm, algum reproduz o fantasma da prpria me ou de outra pessoa muito conhecida, ou mesmo de um animal ou coisa antes freqentemente observados, ofantasma pode ser de uma semelhana quase perfeita. Evidente prova da origem na imaginao e memria do vivo (ideoplasmia = idia plasmada). Evidentes provas de que tudo provocado pelos vivos, nada tendo a ver com a imaginao dos espritos dos mortos.
Experincia com Katheleen
Goligher De que estaria cheia a imaginao de Katheleen Goligher, sempre em convvio com o Dr. William Jackson Crawford, entusiasta professor de mecnica na Universidade de Belfast (Irlanda do Norte). E como evidente, as ectoplasmias do grupo Goligher em nada se pareciam s ectoplasmias modeladas por Eva Carrire ou Linda Gazzera. Com Golighertudo eram hastes, alavancas No a mecnica do alm, imitao da mecnica do aqum. A Psicopatologia
V embora, homem. Numa casa em Rio Negro (Buenos Aires, Argentina). Quando a famlia voltou casa, que ficara vazia naquela tarde, viram que umas penas de pavo, adorno num vaso sobre um aparador, estavam queimadas, e sobre a parede havia marcas de fogo. No deram muita importncia ao fato, por isso no se pode precisar a data exata. S sabemos que foi
em 1974. Esquec-lo-iam plenamente, se no se repetisse de modo bem mais grave a 17 de setembro. Voltavam tambm da rua, estiveram ausentes da casa durante trs horas. Ao abrir a porta, veem tudo cheio de fumaa. A fumaa provinha do dormitrio. O dono da casa correu para l, encontrou fogo. Jogou um balde de gua Mas a fumaa era tanta que depois no encontrou a porta de sada do dormitrio. Teve de quebrar os vidros da janela, quase asfixiado.
Entraram todos. O roupeiro continuava ardendo. Apagaram o fogo E perceberam com grande surpresa que o fogo atingira e consumira s a parte do armrio correspondente ao dono da casa, em nada atingindo as roupas e a parte do mesmo armrio que correspondiam esposa e ao beb.
Nossa me vivia com eles trs. O susto e o desgosto foram tanto que certamente foi este o motivo da morte dela, que sofria do corao.
A famlia recorreu ao CLAP procura de explicao. E no de soluo. Nada havia que solucionar, pois os fatos haviam acontecido e terminado um ano antes. Para explicao, oCLAP remeteu suas publicaes sobre pirognese. Por haver j terminado a pirognese no era necessrio, nem conveniente, dizer-lhes quem fora a psquica que emitira a telergia. Para o leitor fica alguma dvida? Foi a sogra que trouxera as penas de pavo; e morreu de desgosto pelos fatos O marido perdeu toda sua roupa, inclusive vrios
documentos. Nada perdeu a esposa nem seu querido beb. O leitor tambm compreende que apesar de no haver ficado ningum na casa, o fenmeno nas penas de pavo surge quando esto saindo. O fogo no guarda-roupa quando esto chegando. Como sempre a menos de 50m de distncia da esposa! Opsiquismo assim manifestava seu desejo: V embora, homem
A pirognese, entre os fenmenos parafsicos, um dos mais freqentes, e por isso mesmo, um dos melhor comprovados. No caso da foto anterior, a pesquisa durou mais de um ms, dia e noite, comprovando-se por numerosas testemunhas toda classe de fogarus perto dessas duas jovenzinhas. E na longa pesquisa participaram amplamente (foto, a partir da esquerda) nada menos que Robert Amadou, um os melhoresparapsiclogos modernos, por policiais, por um detetive. E apesar da oposio de Robert Amadou (que tambm sacerdote), por ordem do bispo administraram os exorcismos. E precisamente no meio dos exorcismos, pela ao inconsciente das jovens psquicas surgiu outro fogaru.
Cimes demais, espritos de menos!
San Salvador (El Salvador), abril de 1978. O irmo Ceclio, marista, intrigado e alarmado recorre ao parapsiclogo Oscar Lpez Guerra, colaborador e seguidor da escolaclapiana. Era um caso de pirognese: O dono da casa, Dr. Ernesto Lima, homem culto, advogado, est desesperado. Alm de algumas telecinesias, o pior que sucessiva, persistentemente, todos os nove colches da casa foram sendo irreparavelmente danificados por fogos espontneos (pirognese). um fogo esquisito. Ardem os colches, e os lenis no se queimam Fracassam os espritas. Fracassam os exorcismos de dois pastores protestantes e de um padre catlico. E surgem labaredas das paredes de tijolos e cal, das lajes do cho, deixando feias manchas negras. O fogo atingiu tambm vrios mveis, e destroou quase toda a roupa da famlia. Outros mveis foram estragados pelos prprios moradores com gua benta, incenso, cruzes com cinzas, at no aparelho de som de alta fidelidade! alm das inundaes para apagar as ameaas de incndio. Jornalistas e curiosos, com as freqentes visitas, aumentam o desespero da famlia, menos de Eva Emrita Galindo, recm-chegada de Nova Iorque, ex-esposa do dono da casa O Dr. Oscar Lpez Guerra, j na primeira visita, localiza o que chamavam espritos edemnios: so os cimes de Eva Emrita. Parecia que superara o ressentimento de que a melhor amiga lhe tivesse roubado o marido. Parecia
que superara o desquite. Parecia que superara o novo casamento do ex-esposo com uma jovem que ela empregara At que vindo de Nova Iorque para visitar seus filhos, perante a ex-empregada que divide minha cama com meu ex-esposo, explode no ressentimento acumulado durante quase 30 anos E o primeiro a arder foi o colcho da cama do casal H meses que tudo est em paz. Explicada a causa, e com uma breve terapia pelo Dr. Oscar Lpez Guerra, os pretendidos espritos e demnios se tranqilizaram? Tenso nervosa
Atribuir as doenas nervosas a encostos de espritos maus, to absurdo quanto atribuir aos espritos preferncia pelos neurticos. Teresa Costa, da Calbria (Itlia), era uma jovem senhora, igual a tantas outras. Casada, me de dois filhos Mas as causas do seu sofrimento no eram to comuns: sozinha, muitas dificuldades, o marido havia tempo emigrara para Saint Jean de Maurianne, na Alta Sabia (Frana). Em fevereiro de 1955, ela decidiu seguir com os filhos atrs do marido Sem essas circunstncias talvez seus nervos nunca tivessem explodido, mas com a incerteza, angstia e o desengano, Teresa Costa, logo que chegou a Saint Jean de Maurianne, comeou a sentir-se mal, caa em delrios cada vez mais freqentes, e mais adiante perdia a conscincia at completamente. Por fim, perda de conscincia se acrescentaram mltiplas telecinesias: os pequenos objetos da casa espalhavam-se aqui e l, toalhas e guardanapos flutuavam no ar como
bandeirolas Tudo acompanhado com violentssimas tiptologias nas paredes. Primeiro foi a curiosidade dos vizinhos. Depois, por toda a cidadezinha, Bruxa!, Bruxa!,gritavam ao v-la as crianas e certas comadres. Teresa Costa, com os filhos, teve de refugiar-se na vizinha Saint Julien. Mas as descargas parapsicolgicas acompanharam a doente. E os insultos e certa perseguio O padre catlico foi o primeiro a se interessar pelo caso, inutilmente. Depois o mdico, tambm em vo. Em seguida, multido de jornalistas de toda parte. O padre declarou que vira, junto com outras pessoas, um bule voadorfazendo complicadas circunvolues antes de derramar do alto seu contedo. Quando o jornalista ingls Freddy Russel pretendeu aproximar-se, todos os presentes viram uma caarola com ar de pesada brincadeira voar para golpe-lo suavemente na fronte. Entre gargalhadas interpretaram o fato como protesto contra o assdio do jornalista. A concluso de todos os vizinhos era que a bruxa deveria sair tambm de Saint Julien. Mas parapsiclogos e mdicos esclarecidos a internaram no hospital com o diagnstico de doena nervosa passageira acompanhada de fenmenos parapsicolgicos plenamente aceitvel e caracterstico que a tenso nervosa estoure descarregando-se nas telecinesias e tiptologias. Tambm num adulto. Mas inaceitvel, absurdo, que os espritos dos
mortos estejam espreita do paroxismo nervoso para descarregar a prpria raiva! Os especialistas confirmam
Dr. Frederich W. H. Myers J nos incios da metapsquica, Frederic Myers alertava e comentava o conceito depsicorragia. No s os fantasmas, mas todos os fenmenos parafsicos so, em analogia com a hemorragia, escapes doentios da tenso psquica. Hemorragia e psicorragia podem ter seus efeitos benficos. Na hemorragia, por exemplo para combater a infeco. Na psicorragia para descarregar a tenso interna. Mas certamente so sintomas de desagregao doentia: ruptura de tecidos na hemorragia, ruptura da sntese psicolgica na psicorragia. Ambas, claro, podem ser mais ou menos graves. E certamente, no se devem fomentar
Emile Tizan Partindo de trs casos concretos de fenmenos parafsicos, Tizan generaliza a todos os casos:
Trs diferentes acontecimentos separados no tempo e no espao, trs constataes idnticas: aqui um
rapaz nervoso, no normal () L uma jovenzinha muito nervosa tambm () Acol um menino, tambm muito nervoso. Por sua parte, outro grande estudioso e terico. Pe. Giovanni Battista Alfano, em nome de todos os especialistas, prescindindo e contra a Micro-Parapsicologia da escola norte-americana, frisa que sabido que os realizadores de fenmenos parafsicos genunos encontram-se entre os adolescentes muitos mis frequentemente do que entre os adultos; tipicamente feminino, raramente masculino; como tambm caracterstico dosneuropatas, no das pessoas normais. Dr. Hans Bender estuda os aspectos psicolgicos da parapsicologia, e muito acertadamente qualifica os fenmenos parafsicos como descargas de tenses internas. Tambm o Dr. George Owen dedica um amplo e documentado captulo, com o significativo ttulo Condies psiconeurticas nos casos de poltergeist, a provar que o responsvel por um poltergeist uma pessoa viva, que, como consequncia de
algum trauma emocional, ou por uma perturbao mental,
ou por algum acidente fsico de que foi vtima, projeta
incontestavelmente certa
energia (telergia ou ectoplasma). E assim sempre
Enfim, em todos os casos em que foi feita anlise a este respeito, os protagonistas de fenmenos de poltergeist so de personalidade dissociada ou
portadores de longas represses morais, de remorsos, de complexos de culpa e autopunio, de frustraes, ou esto imbudos de anseio de vingana, mesmo inconscientemente. Os fenmenos so efeitos de rude agressividade contra determinadas pessoas ou contra todos e contra tudo. O parapsiclogo e psicanalista Emlio Servadio fala de compresses psicolgicas. Na velha casa de Ash Manor (Sussex, Inglaterra), ocorreu o famoso caso da famlia Keel.Tiptologias como passos, golpes ou murmrios vagos, telecinesias de portas que se fechavam e abriam, ventos frios (um tipo de termognese), fantasmognese sob forma de um velho com rosto esverdeado e com um largo corte no pescoo. Nandor Fodor curou uma jovenzinha que morava naquela casa. E assim curaram-se todos os fenmenos parapsicolgicos. Eram descargas de problemas psicolgicos, psicolgicos eram os smbolos empregados, e a jovem foi curada pelas modernas tcnicas psicoteraputicas. Sem nenhuma tcnica, mas no menos eficientemente, curou-se o famoso endemoninhado do convento dos Padres Oratorianos: O novio Carlo Mrio, de 19 anos, acordou por golpes (tiptologia) de grande barulho no cho, teto e paredes ocasionados por sombras (fantasmognese) horrendas, e apavorado saiu do quarto pedindo socorro. Durante quase dois anos choviam pedras(aporte), quebravam-se mveis e as portas abriam-se e fechavam-se sozinhas(telecinesia). Em nada
ajudaram os exorcismos, mas quando se decidiu despedir Carlo Mrio do noviciado, o endemoninhado ficou em paz. Confessou ento que no queria ser religioso e tinha escrpulo de manifest-lo. O inconsciente encontrou o modo de conseguir seus objetivos sem remorsos de conscincia. Com a mesma simplicidade, num caso tpico muito comentado pelos vizinhos, resolveram-se as telecinesias e tiptologias que tanto apavoravam, quando os pais decidiram no mais deixar a filha sozinha em casa Era medo que os desencarnados tinham quando ficavam sozinhos com a menina? Absurdo.
Matthew Manning Um dos mais conhecidos realizadores de prodgios no mundo contemporneo o jovem Manning. Ao chegar adolescncia, ele j tinha experimentado mais fenmenos parapsicolgicos do que a maioria das
pessoas chega a conhecer, mesmo s por ouvir contar, ao
longo de sua vida, afirmou o parapsiclogo Peter Bender. Especialmente as telecinesias destruidoras, vingativas, e pneumografias (ou, na nomenclatura dos espritas, escrita direta) carregadas de insultos e ameaas.
O Dr.Karl Osis, diretor da ASPR (SPR americana), ficou alegremente admirado
daparacinesia que havia ele mesmo controlado quando a realizava Matthew Manning.
O Dr. George Owen, grande autoridade em fenmenos parapsicolgicos de efeitos fsicos, segurando trs talheres entortados em diferentes oportunidades por Matthew Manning. Nestes casos, que controlara muito bem, o Dr. Owen garante que no houve truque. Tratava-se mesmo de ridicularizar os truques do enganador Uri Geller. E o Dr. Owen felicitou o diretor pela deciso de manter Manning no Colgio apesar dos grandes
transtornos. Era necessrio para equilibrar a psicologia do adolescente. E acrescenta o parapsiclogo: Recomendo, com relao aos alunos, que trate de combater a idia de que os acontecimentos
tm alguma coisa de sobrenatural, como interveno
dedemnios ou espritos de mortos, etc. O prprio Matthew Manning, refletindo sobre seus prprios fenmenos, problemas epsicologia, acabou por compreender: Os rapazes em idade escolar costumam apegar-se a alguma moda () Uma das manias ou afeies que se apoderou dos meus colegas de aula, em
fins de 1969, consistia em organizar supostas
sesses espritas, com minha presena, embora hoje eu
reconhea que (tal interpretao) era uma solene tolice. Personificao do prprio EU
Os espritos dos mortos no so os agentes ou diretores da telergia ou ectoplasma dos vivos nos fenmenos parafsicos. o inconsciente dos prprios vivos. Mas precisamente por proceder do inconsciente, a personalidade oficial ou consciente no reconhece haver perdido a direo, da a necessidade psicolgica, primria, infantil, de atribuir a direo aos espritos dos mortos (ou a outras entidades, em outros ambientes). Prosopopia(mscara). O inconsciente geralmente se apresenta mascarado. Mas tambm geralmente para as pessoas inteligentes fcil e nem se precisa ser especialista, basta no estar fanatizado, para perceber o inconsciente por baixo daprosopopia.
Harry Boddington, fantico autor esprita muito prestigiado entre os espritas ingleses, dedica quase
um captulo inteiro do seu livro a descrever os aportes realizados por uma menina de trs anos. E esfora-se absurdamente em atribu-los ao esprito que ela chamava Julia. Desapareciam continuamente pequenos objetos. Os pais, intrigados, perguntaram menina e esta sem se intimidar, respondeu que sua amiguinha Julia os havia levado. Nada de extraordinrio que uma criana de poucos anos tenha dupla personalidade e inclusive veja seus amigos imaginrios (imagens eidticas). Os pais pediram: melhor que voc diga a Julia que queremos tudo aquilo de volta. E da mesma maneira que os objetos desapareceram, apareceram todos, um a um. Foi completamente intil a estrita vigilncia dos pais sobre a filhinha. Mas a estranheza chegou ao mximo quando sumiu o pndulo (pequeno) do relgio. Julia dizia que no podia devolv-lo agora. E essa resposta foi sendo repetida por seis meses. De repente apareceu. Uma criana de trs anos como que poderia tirar e repor o pndulo do relgio no alto da parede? Nem mesmo os pais poderiam faz-lo sem subir numa escada e sem alguma habilidade para alcanar o encaixe.
O pai, farmacutico, tinha observado e dirigido a vigilncia, e anotara meticulosamente o desaparecimento e reaparecimento de cada objeto.
Parecia-lhes impossvel que fosse a menina. E como suspeitar de si mesmos? Nenhuma outra pessoa freqentava a casa, e certamente no naquelas ocasies. Consultaram
mdicos, policiais E o esprita Boddington se esforou por convencer os pais, de que a menina era mdium e vtima do esprito desencarnado de Julia. Com bom senso, os pais no aceitaram a absurda interpretao esprita. Concluram que fosse a menina misteriosamente, sem culpa e por isso sem castigo. Julia seria ainda tema mais misterioso. Compreendiam que Julia era manifestamenteprosopopia (mscara) das lgicas ambies da criana, raivosinha, vingativa e renitente obedincia. A menina predizia com exatido os desaparecimentos e reaparecimentos. Se conhecessem o aporte parapsicolgico, tudo ficaria claro. Na poca da mediunidade
Das hoje abandonadas, mas na sua poca pioneira pesquisa com mdiuns espritas ficou claro que as produes ectoplasmticas respondem psicologia do mdium.
Eva Carrire
Assim como as ectoplasmias de Linda Gazzera correspondiam ao seu depurado gosto artstico, as de Eva Carrire correspondiam s revistas ilustradas, pelas quais sentia verdadeiro fascnio. Em contrapartida Euspia Paladino se acreditava atormentada e via perfis de animais monstruosos. Prosopopia que no podia faltar em sua fantasia traumatizada por haver visto seu pai morrer numa briga desapiedada. Tambm monstros no traumatizado Klouski. Em outras oportunidades, ao tratar o tema Fenmenos parapsicolgicos, Dom ou Doena?, apresentarei abundantes exemplos das prosopopias que correspondem ao angustiado e desequilibrado psiquismo dos causadores dos fenmenos parafsicos. O prprio Jung se auto-analisa
Carl Gustav Jung, o grande psicanalista, auto-analisou-se quando experimentou, numa poca angustiada de sua vida, profunda desagregao da sntese psicolgica, quando parte do seu inconsciente se fazia independente e provocava notveis fenmenosparafsicos. sua auto-anlise dedica o livro Memrias, Sonhos e Reflexes. A inteligncia do inconsciente, muito superior do consciente aparece-lhe sob a figura e smbolo do velho profeta bblico Elias. O erotismo representado pela figura de Salom (o nome da danarina que encantou aHerodes no episdio evanglico). Uma serpente negra a tendncia ao erotismo. Etc. Mas quero agora destacar certas cristalizaes ou
divises do seu inconscienteparapsicolgico, simbolizadas sob os nomes de nima (alma, em latim) e deFilemon (nome de um dos colaboradores, o predileto, do apstolo So Paulo). A independncia que estas partes inconscientes, Filemone anima, chegaram a adquirir com respeito ao consciente, Jung a destaca com estas palavras: Filemon e outras figuras de minhas fantasias fizeram-me ver (ao consciente) algo fundamental: existem coisas no psiquismo (inconsciente) que eu (o consciente) no produzo. Produzem-se a si mesmas e tm vida
prpria. Filemon representava uma
fora (doinconsciente), o outro eu, secundus , que no era eu (o consciente, primus). Nas minhas fantasias eu mantinha dilogos com ele, e ele disse coisas que eu no tinha
pensado conscientemente. Claramente percebi que era ele
que falava, e no eu. Ele afirmou que eu tratava os
pensamentos como se fossem produzidos por mim, mas ele
opinava que os pensamentos so como animais na
floresta (independentes, livres). Anima a figura feminina no homem e figura masculina na mulher. Simboliza a parte complementar da psicologia humana caracterstica de cada sexo. Jung sintetiza assim os dilogos do seu eu consciente com seu outro eu, anima, inconsciente e plenamente independente: Durante dcadas, sempre me voltei para a anima quando me sentia emocionalmente perturbado e quando
percebia que algo tinha se cristalizado no inconsciente.
Ento eu perguntava anima: O que voc est
aprontando agora?, ou o que voc est vendo? Aps alguns minutos ela produzia uma imagem. Quando a
imagem estava formada, desaparecia minha sensao de
agitao ou de opresso. Toda a energia dessas
emoes (surgidas doinconsciente) transformava-se em interesse e curiosidade (consciente) com respeito imagem. Foram vrias as manifestaes parafsicas dirigidas por anima e Filemon, e tiveram um lgico desenvolvimento, do sonho interno objetivao externa: Primeiramente Filemon aparecia em sonhos. Estava num cu azul, mas coberto de levas de terra, ou torres. Sua figura era de velho, mas com chifres de touro e com asas como as do martim-pescador, embora enormes com relao s do pequeno pssaro. Mais adiante, Jung estava desenhando a figura de Filemon, quando surgiu uma manifestao de HP (Subjugao Telepsquica) ou duas: talvez uma fosse atrair, diramos chamar, um martim -pescador, que so raros naquela rea de Zurique. Outra, fulminar o passarinho que caiu morto no jardim. Uma vez Jung estava cheio de tenses interiores O lenol da cama de cada uma das suas filhas foi arrancado por mo invisvel. A menina, um tanto surpreendida por no entender o que acontecera, recobriu-se com o lenol, que pela segunda vez foi puxado Ento que a menina gritou. Sua irm maior viu anima, como um fantasma branco, atravessando o quarto onde Jung estava. sabido que Jung se interessou muito por religio. Em uma tarde de domingo (precisamente de
domingo, dia religioso), a campainha da porta comeou a chamar insistentemente. A porta estava completamente aberta para o jardim vazio. No havia ningum fora A casa encheu-se de fantasmas ou de produtos de minhas fantasias (como analisava Jung), que lhe gritavam: estamos voltando de Jerusalm, no encontramos l nada do que
procuramos. Isto , no na Jerusalm atual onde Jung encontrar as respostas s suas perguntas religiosas Jung comeou ento a escrever, e como de hbito nestas oportunidades, seuinconsciente se acalmou e o consciente tomou de novo as rdeas da sua personalidade.
Em fim, e claro, como frisamos no comeo a respeito do castelo de Edimburgo, as pessoas cultas ridicularizam e sabem tirar proveito da superstio popular. Assim aps alto pagamento num parque de atraes, fachada do prdio onde os visitantes, uns se divertem, mas outros Poltergeist e Psicopatologia
Assombraes
Adolescncia e a importncia da idade
J Camille Flammarion assinalava a respeito de uma casa
mal-assombrada por um garoto de 12 anos; Neste, como na maior parte dos casos anlogos, a causa
desconhecida produtora dos fenmenos est associada a
um organismo moo. Um dos fundadores da SPR, Frank Podmore, que
inicialmente fora esprita e depois, com o estudo, passou a
rejeitar tal interpretao, esforou-se por apresentar em
cada caso a explicao natural. Concretamente com
referncia aos fenmenos parafsicos, analisou
cuidadosamente todas as centenas de casos de
poltergeist recolhidos pela Sociedade nos primeiros 14 anos de fundao. Comprovou que todos os casos estavam
relacionados com adolescentes, principalmente do sexo
feminino. A tese de Podmore passou a ser conhecida
humorstica, ou um tanto sarcasticamente, como a teoria da mocinha malcriada (naughty little girl theory).
Schrenck-Notzing corrobora a concluso com os casos de
sua pequena coleo, independentemente dos
pesquisadores da SPR:
No caso bem documentado e estabelecido por vias judiciais, o da casa mal-assombrada de Ylojarvi, uma
empregada de 13 anos, Emma Lindroos, estava
estreitamente relacionada com todas as manifestaes. No
mesmo instante em que ela abandonou a casa, cessaram
repentinamente as telecinesias, aportes e aes maldosas.
Tambm na casa mal-assombrada de Dietersheim os fenmenos estavam ligados com a filha, de 9 anos, de uma
empregada.
Johanna P., causante de processos parapsicolgicos que a acompanharam de karnten a Braunau e Londres, no
comeo da assombrao, 14 anos. No ano seguinte suas
manifestaes comearam a debilitar-se, at desaparece
completamente. provvel que isto fosse pelo maior
desenvolvimento tanto fsico como psquico, e tambm
pelo desenvolvimento mais livre da vida sexual.
Eleonore Zugun, mocinha camponesa romena, tinha 14 anos quando () se constituiu em objeto de estudo () ( muito famosa em parapsicologia). Com sua menarquia
(primeira menstruao) tardia, aos 15 anos, cessaram suas
faculdades ()
Repetiu-se o mesmo no caso de Anna Gronauer, de 15 anos, filha de um mineiro em Peissenberg Alta Baviera. Com sua menarquia, relativamente tardia, acabaram os
fenmenos ()
Vilma Molnar, de 14 anos, era uma moa camponesa de Bergeland, levada em 1926 ao Castel de Schonau e a
Viena para a observao dos fenmenos.
Therese Winklhofer considerada agente de assombrao na casa da Augustenstrasse de Munique.
Essa histrica de 17 anos funcionava somente na presena do estudante Ludwig..
No h a mnima lgica em atribuir aos espritos dos
mortos ou aos demnios etc., tal preferncia por
adolescentes problemticos.
Mas ningum ignora que essa idade pode acarretar,
principalmente para ao sexo feminino, problemas, tenses,
agressividade E conseqentemente poletrgeist!
Tambm o metapsquico Hereward Carrington, com a
colaborao de Nandor Fodor, recolheu 375 casos de
poltergeist que ele considerou os mais famosos na histria da pesquisa desde o poltergeist de Bingen-am-Rheim, no ano de 355 (aportes de pedras, telecinesias
inclusive desmantelando uma casa, tiptologia e
psicofonias) at 1949 (dois anos antes da publicao do
livro embora Carrington tenha vivido at 1959 -). Submeteu-os a criteriosa crtica, e considerou fraudulentos
26 casos, e 29 duvidosos. Mesmo que todos estes casos
duvidosos fossem fraudulentos, ficam 330 casos que
Carrington considera irrefutavelmente autnticos. Para
somar sua autoridade, transcrevo as palavras com que
Frank Smyth formula uma das concluses do livro de
Carrington e Fodor:
Caracterstica de quase todos os poltergeist sua preferncia por () adolescentes, acreditando-se que o incio da puberdade pode ser um fator desencadeante deste
tipo de perturbaes.
O prestigioso parapsiclogo alemo. Dr. Hans Bender,
diretor do Instituto de Parapsicologia da Universidade de
Friburgo na Brisgvia, em nome de toda a parapsicologia
moderna, pode garantir com certeza:
Antes de tudo se constata geralmente que estes fenmenos
dependem de pessoas jovens, na idade da puberdade.
As autoridades citadas deve-se incluir o ingls Dr. Owen,
da Universidade de Cambridge, que publicou um livro
imprescindvel no estudo dos poltergeist. Owen analisou todos os casos recolhidos pelos pesquisadores da SPR,
alm dos numerosos casos colecionados por ele mesmo
em amplo inqurito, e ainda muito casos de outros
pesquisadores. De to rica casustica, pode-se deduzir com
segurana que se trata de fora exteriorizada e dirigida
com manifesta freqncia por uma adolescente e, num
segundo lugar bem distanciado, por meninos na mesma
idade crtica, sendo que os casos decorrentes de outras
categorias de pessoas podem-se considerar pura exceo.
Com relao sexualidade, muito freqente nas
observaes de poltergeist que se faa constar que a responsvel geralmente uma jovenzinha sexualmente
reprimida. Outros falam tambm em senhoras na
menopausa e sexualmente marginalizadas. Inclusive
alguns elucubraram com a nascente sexualidade e os
hormnios de meninas retardadas no aparecimento da
puberdade e adolescncia: no desabrochando no
desenvolvimento corporal e psicolgico, estourariam pelos
fenmenos parafsicos.
Aporte moderno O Dr. Cuenot, laureado da Academia de Medicina, relata
para a Revista do Instituto Metapsquico Internacional de
Paris os aportes sofridos durante quatro meses (de meados
de maro at comeo de setembro de 1963), na Clnica
Ortopdica de sua propriedade, em Arcachon. O
prestigioso parapsiclogo Robert Tocquet foi l verificar e
garante tambm os fatos.
Os doentes hospitalizados foram atormentados durante
todo esse perodo com telecinesias e aportes de at
trezentas pedras de diversos tamanhos. Vrias testemunhas
afirmaram ter visto cair entre 10 e 20 pedras ao seu redor.
Uma testemunha contou 17 aportes em cinco minutos. s
vezes eram pedrinhas muito pequenas, em algumas
ocasies alcanavam tamanho de meio tijolo. A trajetria
e a velocidade dos disparos tambm foram muito diversos.
No se sabia de onde caam as pedras, pareciam
claramente lanadas do alto. Freqentemente caam
vertical, atravessando a folhagem das rvores. Vrias
testemunhas declararam que as pedras entraram (aporte)
no banheiro, fechado. O Sr. T. Andr, agente de polcia
parisiense, viu sair uma janela uma pedra de uns 250g.
Verificou imediatamente que o quarto estava vazio e,
como todos outros cmodos desocupados, fechado a
chave. Outra noite, quatro hspedes da clnica estavam no
terrao quando recomearam os lanamentos das pedras,
visivelmente procedendo do quarto andar do prdio.
Subiram correndo. Estavam todos os quartos fechados a
chave. Desceram de novo e de novo caiu uma chuva de
pedras, agora procedente do segundo andar, que tambm
estava (a porta geral do andar assim como de todas as
dependncias) fechado a chave.
Em uma tarde em que fazia muito bom tempo, reuniram-se
todos os hspedes, assim como todo o pessoal da clnica,
no terrao. No faltou ningum reunio. Jamais foi lanada tal quantidade de pedras. Isso levou ao
convencimento geral de que no se podia suspeitar de
nenhum paciente, nem mesmo do pessoal. Alm do mais, que hbil prestidigitador teria lanado pedras dentro do
banheiro, como testemunharam alguns hspedes?
Regras do alm? Os aportes produziam-se a qualquer hora, mas
principalmente no crepsculo.
Como se os espritos dos mortos fossem afetados pelo
peso do dia e a proximidade da noite. A influncia, porm,
do cansao foi observado entre os doentes nas
enfermarias, clnicas e hospitais de todo o mundo.
As pedras constituam uma ameaa, manifestamente
expressavam revolta, mas como sempre jamais foi ferido nenhum doente, e s dois deles, foram tocados muito
ligeiramente. Palavras textuais do Dr. Cuenot.
Com respeito aos ataques satnicos (ou de espritos pouco desenvolvidos segundo os Kardecistas!), Grres j observava que paradoxalmente as pedras no atingem as
pessoas (s o prprio doente).
O mesmo paradoxo aparece nos clssicos
endemoninhados (?) do cemitrio de So Medardo.
Ora, a conhecida lei da fsica, foras do mesmo sinal se repelem, tem analogia na parapsicologia, aplicada
telergia que conduz os objetos. Na interpretao esprita,
porm, um perisprito rejeita outro perisprito? Isso prova que o perisprito de um defunto no age sobre o perisprito de um vivo
Destaca o Dr. Cuenot: A nica condio suficiente para que se desencadeasse o fenmeno era a presena, por
perto, de Jacqueline R., de 17 anos. O Dr. Cuenot submeteu Jacqueline a um interrogatrio psicolgico.
Conclui assim que a adolescente estava desenganada da
vida, no gostava de namoro, no queria ter filhos, ria e
sentia-se consolada quando presenciava enterros, chorava
desiludida quando assistia a qualquer casamento s gostava de chamar ateno e de que se ocupassem dela.
Por que tudo isso? At 11 anos fora uma menina
psicologicamente normal. O desespero, a revolta, o dio
surgiram com a primeira menstruao, fenmeno que a
traumatizou e de que jamais falara com ningum. Com a
descarga pelas confidncias dela e pela explicaes do
mdico, Jacqueline R. se acalmou e os fenmenos
cessaram.
Regras dos espritos dos mortos? O psiquiatra A. Assailly deduz das colees de casos de
poltergeist que nos poucos casos que no se deve ao incio
da sexualidade, costuma ver no ambiente senhoras no
climatrio.
Ou ser a menopausa dos desencarnados?
Inferioridade Coisas de crianas
Os poltergeist ou casas mal-assombradas, com seus fenmenos fsicos de todo tipo, esto quase sempre
ligados adolescncia; e sempre a pessoas problemticas,
reprimidas. s vezes, esto ligados a pessoas mentalmente
retardadas. Por isso geralmente nas casas mal-
assombradas aparece claramente essa psicologia infantil,
retardada ou problemtica.
Foi precisamente a constatao dessa realidade uma das
principais causas pelas que Flammarion abandonou as
interpretaes espritas. Escreve:
fcil compreender a grande importncia terica desses
fatos (), a primeira impresso que nos causam esses fenmenos a de sua banalidade e vulgaridade () Exerccios bem singulares! Foras inteligentes em ao,
mas inteligncias bem medocres () Esses exerccios fsicos, extravagantes e incompreensveis, so sempre
idnticos em toda parte () O que mais nos impressiona,
nesses eventos, as vezes () Podemos afirmar a realidade dos fatos, e confessamos que eles so absurdos,
idiotas, inexpressivos, assemelhando-se a traquinadas de
garotos astuciosos () Sapatos que saltam e mudam de posio? Deslocamento de mveis? Pancadas? No mais
que vulgaridade.
** Os responsveis pelos fenmenos de efeitos fsicos
costumam estar presos vida instintiva desordenada e no
se deixam guiar pela razo e pelos critrios superiores. s
vezes esto presos a fortes paixes, a depresses
profundas.
Detalhes muito significativos O caso de poltergeist que mais impressionou o Dr. Owen, foi de Sauchie (Esccia). No que apresentasse
fenmenos especiais ou em maior intensidade. Atrever-
me-ia a dizer inclusive que estava abaixo da mdia. Mas
foi o nico a que Owen teve acesso direto atravs de uma gravao magnetofnica! (Se viesse ao Brasil! Ao CLAP quase diariamente chegam pedidos de ajuda).
Foi em meados de dezembro de 1960 que o Dr. Owen
viajou a Sauchie para recolher informaes sobre os
fenmenos que comearam em 22 de novembro e que
praticamente terminaram em 1 de dezembro. A BBC
difundira o caso, tendo seus reprteres constatado
pessoalmente alguns fenmenos. Entre numerosas
testemunhas, devem-se destacar os mdicos Drs. W. H.
Nisbet e William Logan e sua esposa Sheila, mdica
conceituada.
Tudo comeou por uma tiptologia forte, um barulho fragoroso provindo do quarto onde Vrginia Campbell, de
11 anos, com sua prima, se dispunha a dormir. Os outros
primos (maiores de idade) e os tios verificaram verificaram-no depois freqentemente que tudo se tranqilizou quando Virgnia, por fim, relaxou e caiu no
sono. No dia seguinte viram uma mesinha levantar-se no
ar quase dois decmetros durante uns segundos, perto de
Virgnia, sem que ela a tocasse.
O proco anglicano de Sauchie, Rev. T. W. Lund, foi
chamado pela famlia meia-noite, e constatou tambm as
violentas tiptologias nas paredes, nos mveis etc., sem que
deixassem marcas. Um ba certas noites abria e fechava
sozinho, deslocava-se no ar, disparava. O Reverendo viu
os movimentos e pequenos vos a meio metro de altura
realizados pelo ba cheio de roupa. Na noite seguinte, o
Reverendo Lund e mais dois pastores que trouxera consigo benziam a casa As tiptologas acompanharam os servios e foram aumentando gradativamente de
intensidade at se tornarem realmente violentas.
Na escola primria, professora e alunos viram que a tampa
da escrivaninha abria e fechava sozinha vrias vezes.
Quando a professora se aproximou, levantou-se no ar,
inteira, uma escrivaninha que o aluno vizinho, apavorado,
deixara momentaneamente desocupada. Outro dia, a
pesada mesa da professora deslizou quando Virgnia
estendia os braos naquela direo. Depois, uma varinha,
que a professora tinha sobre a mesa, comeou a vibrar e
foi deslizando at chegar ao extremo da mesa e cair; ento
a prpria mesa comeou a vibrar e a girar.
As tiptologias o fenmeno mais freqente neste caso numa tarde foram to fortes que inclusive os vizinhos
ouviram. Foram precisamente esses estrondos, gravados
pela BBC, que impressionaram o Dr. Owen.
Observaram-se tambm outras telecinesias: travesseiros
girando 90 graus e ondulando ao longo da sua superfcie
como se algum fosse correndo a mo em presso sobre
eles.
Praticamente a isso se reduzem os fenmenos do
poltergeist de Sauchie. Mas muito interessante para ns agora pelos abundantes detalhes psicolgicos e
patgenos que muito acertadamente o Dr. Owen soube
recolher:
1. At esse ano, a vida de Virgnia, caula de pais idosos,
fora excessivamente isolada: vivera no campo, na Irlanda.
Os pais passaram a ficar o dia todo e todos os dias
trabalhando. Os irmos, adultos, em outra cidade. Ela, sem
mais companhia que o cachorrinho Toby, ao qual se
agarrava com exagerado carinho; e eventualmente uma
amiguinha da sua idade, Ana, a quem tambm se afeioou
profundamente. Nos seus transes (estados alterados de conscincia: perda de conscincia e afloramento do inconsciente) no perodo de poltergeist, como tambm em falas durante os sonhos, Virgnia no chamava pelos
pais, parentes, professores ou mdico, no apelava aos
sentimentos religiosos: reclamava desesperadamente por
Ana e especialmente por seu cachorrinho Toby.
2. No comeo de 1960, Virgnia, com a me o pai ficou na Irlanda por problemas de trabalho -, viajou Esccia
para morar na casa de uns tios e primos. Ao ser
matriculada na escola primria, o diretor fez constar a
estranha impresso que lhe causara: Virgnia, como
tambm a me, davam a impresso de pessoas que tivessem vivido sempre num lugar longnquo e isolado, a
realidade transformando-se para elas numa mistura dos
seus contornos imediatos e das ilimitadas fantasias do seu
pensamento. Virgnia era muito tmida e sua professora encontrou dificuldades, no comeo, para se comunicar
com ela. Virgnia enfrentou obstculos para se comunicar
com os colegas, tambm por causa da diferena de dialeto.
3. O diretor da escola fez constar tambm que Virgnia nos
testes de inteligncia demonstrou ser claramente
superdotada Q.I 111, apesar da evidente inibio -, como tambm demonstrou superioridade mdia nos testes de
destreza manual, docilidade etc.
4. A me continua o diretor da escola no deu mais informaes do que as estritamente solicitadas, sua voz
parecia sair, a contragosto, de um rosto firme como uma
mscara. Mulher seca, fria, dura 5. Virgnia tinha 11 anos. muito alta para sua idade () Atualmente est atravessando um perodo de rapidssimo desenvolvimento fsico e maturao. A
puberdade, no seu sentido concreto (menstruao) no se
apresentou ainda, mas ela est caminhando
rapidissimamente para isso. 6. Durante os transes demonstrava ausncia das normais inibies, como se seus pensamentos (ou instinto sexual)
reprimidos (pela severssima educao materna)
estivessem emergindo (). Registra-se notvel quantidade de garrulices histricas de Virgnia, nas quais aparecia a
mesma falta de inibio que caracterizava seu transe. 7. No perodo do poltergeist, ela apresentava clarssimos sintomas de distrbios mentais e emotivos at ento latentes e depois de novo contornados.
8. Algum tempo depois de acalmada a situao em meados de janeiro de 1961 Virgnia aceitou tranqilamente o fato de ela ter passado por aqueles
fenmenos de poltergeist, inclusive tirou deles um certo
senso de orgulho, batizando-os como Wee Hughie' (o pequeno Huguinho).
Pais idosos, solido desabrochando rapidamente na
sexualidade, educao severamente repressiva, tmida e
caipira, repentinamente Virgnia, superdotada, tem de enfrentar a cidade e a escola em pais diferente. Nestas
circunstncias algum poder duvidar de que tem lgica,
embora patolgica, que Virgnia sinta saudades do
cachorrinho e da amiguinha perdidos, estoure em
poltergeist e depois se vanglorie da popularidade compensadora assim alcanada? Algum poderia duvidar
de que a telergia dirigida inconscientemente pela prpria
Virgnia? Algum poderia no ver o absurdo que seria
atribuir este caso aos espritos dos mortos, demnios,
ou?
Betsy Bell, um drama clssico Muitos livros de parapsicologia estudam este caso.
Richard William Bell tinha seis anos na poca em que
comearam os problemas em sua famlia e muitos anos
depois escreveria um livro, Our Family Trouble, logicamente com vrias e evidentes distores em suas
lembranas. O ncleo, porm, muito claro.
John Bell, com sua esposa Luce e seus nove filhos, vivia
numa grande fazenda no Condado de Robertson, no estado
de Tennesse, EUA. Betsy tinha doze anos quando
comeou o poltergeist, e 16 quando terminou em tragdia
com a morte do fazendeiro. Inicialmente se tratava de
tiptologias tipo arranhadelas, que logo se converteram em
pancadas cada vez mais fortes e inexplicveis. Com o passar do tempo comearam as telecinesias tipo cadeiras e
louas pelo cho de toda a casa, e aportes em forma de
chuva de pedras e paus.
Os dois escritores Bell destacavam nos seus livros que os
fenmenos giravam com destacada e indiscutvel
preferncia ao redor de Betsy
Quando os fenmenos comearam a ser agressivos, o casal
compreendeu que no poderia continuar mantendo o
problema em segredo, e que precisava de ajuda. Poderia
ser meramente uma espcie de pesadelo quando os
pequenos Richard William e Joel acordaram aos prantos e
gritos dizendo que algum lhes puxara os cabelos, mas
Elisabeth (Betsy) certamente se sentiu atormentada por
vrias horas durante aquela noite.
Acudiram ento ao proco, pastor James Johnson, que
logo atribuiu os fenmenos aos demnios, apesar de as
psicofonias serem muito piedosas, pois repetiam os
sermes do prprio Johnson e de outro pastor seu colega!
O pastor recitou sobre a famlia os macabros exorcismos.
O efeito da sugesto foi aparentemente benfico s por
pouco tempo, porque a tenso se acumulou e estourou
precisamente pela macabra sugesto demonolgica: logo
as psicofonias, em vez de sermes, repetiam grandes
blasfmias; e Betsy explodiu em violenta auto-sugesto.
Dizia receber violentos tabefes. Ningum via a mo
agressora, mas todos viam aparecer imediatamente marcas
vermelhas no seu rosto (dermografia). E viam os violentos
e contnuos puxes de cabelos que faziam-na rolar pelo
cho em contoro de dor. Betsy entrava em transes ou
desmaios que duravam at meia hora. Acordava em meio a
psicofonias tipo assobios estridentes e vozes ininteligveis.
Aps o fracasso dos exorcismos, passaram a atribuir os
fenmenos ao esprito de uma bruxa falecida. O pastor
Johnson primeiro, depois numerosos vizinhos, vieram
fazer consulta bruxa, e obtinham respostas por meio das
tiptologias nas paredes, e de psicofonias rudimentares,
sons como de estalidos com a lngua. Um mdico, para
certificar-se de que as psicofonias no eram hbeis truques
de ventriloquia, tampava a boca de Betsy com as mos. As
psicofonias continuavam.
Anlise psicopatolgica Neste caso pioneiro (1817 a 1821) e famoso, os
pesquisadores modernos logo, claro, garantem que no
eram demnios nem o esprito da bruxa, seno, como
sempre, o inconsciente de Betsy, quem dirigia a sua
prpria telergia.
Muitas das psicofonias expressavam os sentimentos de
Betsy:
Com referncia ao pai, as psicofonias e outros fenmenos manifestavam um dio feroz, prometiam atorment-lo o mais possvel e por todo o resto da sua
vida. Havia motivo me mostravam todo o carinho que a prpria Betsy
sempre manifestava.
Com respeito aos irmos Joel, Richard e Drewry
manifestavam essa ambivalncia freqente entre os
irmos: as psicofonias os insultavam, ameaavam, e
voavam pedras e paus vindos do nada, mas nunca lhes causaram ferimento (o leitor, lembrar que a telergia de
uma pessoa no pode agir sobre outras pessoas, a no ser
de raspo ou de ricochete). Os outros irmos, dada a
diferena de idade, pouco se relacionavam com Betsy, e os
fenmenos praticamente os ignoravam. Simples
relacionamento, tambm sem emotividade, com os
vizinhos.
Com referncia a si mesma, Betsy mostrava a diviso da
sua personalidade. Refiro-me agora ao rompimento com o
noivo. Sob o vu de ameaas, na realidade se defendia a si
mesma.
Quando Betsy tinha entre 13 e 14 anos, namorava um
vizinho, Joshua Gardner. As vozes constantemente
sussurravam: Por favor, Betsy Bell, no aceite Joshua, suplico-lhe, no se case com Joshua, e choviam ameaas de uma vida de tormentos se no atendesse os
conselhos das psicofonias. Assim todos aceitaram o
rompimento.
Para o fazendeiro, os fenmenos e as ameaas
psicofnicas da filha terminaram tragicamente:
A angstia, a superstio, o medo, os remorsos tinha motivos para isso! arruinaram sua sade, que quatro anos antes parecia inquebrantvel. Sentia fortes cimbras
nos maxilares, a boca intumescida, a lngua se inchou de
tal modo que no fim no podia nem ingerir alimentos nem
falar. Os tiques nervosos comearam ao redor da boca,
estendendo-se depois a todo o corpo. Tinha transes e
convulses que duravam at quinze dias. Por vrios meses
foi vtima de delrio, obrigado a permanecer de cama.
Num dia do outono de 1820, John Bell reagiu contra a
prostrao, levantou-se da cama e saiu a inspecionar a
fazenda. Subitamente cambaleou, caiu prostrado, e os
filhos viram espantados como o rosto se contorcia de um modo horroroso, enquanto seus sapatos saam dos ps e
voavam longe, para repetir a mesma operao sempre que
um dos filhos tentava cal-lo. A cena era acompanhada
por psicofonias em zombara de ns e gritos demonacos. O pai teve de ficar de cama de novo. Um ms mais tarde, em 19 de dezembro, foi encontrado em
profundo sopor, do qual morreu. Ao lado, o vidro onde o
remdio receitado pelo mdico fora substitudo por uma beberagem escura. O mdico fez com que o gato engolisse a beberagem, e o animal morreu em poucos
minutos.
Suicdio? Pouco provvel, dada a invalidez do fazendeiro.
Poderia ser um assassinato inculpvel e inconsciente numa
das freqentes trocas de personalidade de Betsy, que assim
plasmou e levou at as ltimas conseqncias seu dio ao
pai.
Quando o mdico chegou para lavrar o atestado de bito, o
inconsciente de Betsy secundus, a bruxa disse pela psicofonia:
No perca tempo com o velho, desta vez agarrei-o bem, no mais levantar. No dia seguinte, quando o cadver do fazendeiro descia sepultura, a psicofonia permitiu-se o
acidente de entoar uma cano de bbados
Tudo indica que o agudo sentimento de culpa de John Bell
e o dio que a filha sentia tinham desencadeado a ciso da
personalidade de Betsy e de seu pai.
Betsy era sexualmente precoce. Seu ambiente familiar era
extremamente fechado de critrios. O pai, hipocritamente
puritano.
Muito acertadamente o psicanalista Nando Fodor chama a
ateno para a coincidncia do incio de poltergeist com o despertar sexual de Betsy e as primeiras manifestaes
do complexo de culpa do pai. Fodor, no seu livro, The
Story of the Poltergeist, acena para a possibilidade de John
ter violentado a prpria filha. O incesto naquela poca e
naquelas fazendas no era to raro.
A psicologia tambm explica que a Segunda
Personalidade de Betsy, ao mesmo tempo em que se
revolta contra o pai, tambm esbofeteia a si mesma na
personalidade oficial, pelo duplo motivo de repreenso
moralista de m filha e autodesprezo pela experincia
brutal sofrida. Tambm por esta experincia traumtica
rejeitou o namorado.
Descarregada a tenso nervosa com a morte do pai, e
aliviada com a separao do namorado, Betsy no
precisou mais de emisses telrgicas, e os fenmenos
cessaram.
Nem demnios nem esprito da bruxa. Basta uma simples
anlise dos fatos para perceber que quem dirige a telergia
o inconsciente problemtico dos vivos.
Por quanto tempo depois da morte?
Assombraes
Manifestaes Parapsicolgicas
Est muito bem documentado que uma adivinha (psquica)
teve uma precognio do divrcio e posterior exlio de
Napoleo. Ora, se possvel adivinhar o futuro, por que
surpreenderia que tambm possa adivinhar-se algo do
passado? Nenhuma das duas modalidades da adivinhao
(= PSI Gamma, PG) depende do esprito do morto, alm do absurdo e contradio de atribuir
reencarnao (?) o conhecimento do futuro!
Mais aspectos nas assombraes Ao problema do tempo na atividade psquica durante a morte aparente
ainda acresce que os fenmenos podem ser aes dos
prprios vivos, tanto de adivinhao como toda classe de
projees simbolizando a adivinhao: fantasma (ou ao
menos simples projeo visual), tiptologia, telecinesia,
fotognese, aporte, pirognese, etc., etc., a menos de 50
metros. Nem todos esses efeitos causados pelos vivos tm
por causa ou objeto os desejos ou pensamentos do
inconsciente daqueles que no artigo anterior optamos por
chamar morrentes.
Mais ainda, entre o momento da morte clnica e o
momento dos efeitos pode haver variedade de tempos.
Podem muito bem os vivos, sobreviventes, manifestar
efeitos mais ou menos retardados de conhecimentos
captados anteriormente sobre o morrente. Podem ser
tambm manifestaes dos vivos por conhecimento agora
adivinhando o passado: Retrocognio (RC). Psi-Gamma
(PG) prescinde do tempo.
Por quanto tempo depois da morte? Sem esquecer esta complexidade, indaguemos: Por quanto tempo o morrente pode ser considerado agente?
Nos inmeros casos de adivinhao espontnea, como
tambm em toda classe de assombraes recolhidas pelos parapsiclogos j desde o incio da pesquisa,
incontestvel que os casos relacionados com a morte so
com muito os mais freqentes.
A Escola Norte-americana, que o CLAP por desdm chama micro-parapsicologia, deixou de lado a casustica e a observao qualitativa, e se concentrou nas
experincias de laboratrio. Evidentemente estes
fenmenos -e tantos outros!- so inibidos quando os
agentes ficam prensados e engaiolados nas frias quatro
paredes de um laboratrio na experimentao quantitativa.
A casustica e observaes qualitativas so
imprescindveis! As colees de casos espontneos e a
observao qualitativa so abundantssimas e fecundas
para concluses de grande valor cientfico.
Na curva de freqncia das manifestaes dos morrentes,
o ponto mximo alcanado cinco horas depois da morte
clnica. Depois a freqncia decresce rapidamente. Doze
horas depois da morte clnica, muitas aparies de
fantasmas (e outras manifestaes) sem dvida podem ser
ainda fantasmas de vivos, segundo o amplo estudo dos fundadores da SPR (Sociedade de Pesquisas
Parapsicolgicas) de Londres.
*** Camille Flammarion, na anlise de milhares e milhares de relatos, conclui com pouca preciso e excesso de mentalidade esprita:
As aparies e manifestaes so relativamente freqentes nas horas que se seguem
imediatamente transio (o correto seria dizer morte
clnica). Seu nmero diminui medida que dela se afasta,
e atenua-se de dia para dia. As almas separadas dos corpos
(disparate!) conservam por muito tempo sua mentalidade
terrestre.
&& Deve-se corrigir. Na realidade as almas nunca esto
nem podem estar sem seu corpo: aos poucos vo deixando
um corpo corruptvel e animando um corpo incorruptvel,
vo ressuscitando para a eternidade. A mentalidade terrestre conservada por algum tempo, tanto e na medida em que tiver mais do morrente do que do
ressuscitante.
*** Frederico Myers bem mais preciso, mas haveria que
copiar longos trechos para entend-lo exatamente
diferenciando o que atribuvel ao morrente e o que do
vivo:
Se pudssemos traar uma curva que expressasse o nmero relativo das aparies antes e depois da morte,
veramos que este nmero aumenta rapidamente durante
as horas que precedem, para diminuir gradualmente
durante as primeiras horas e os primeiros dias que se
seguem morte. Depois do primeiro ano, as aparies so
totalmente raras e excepcionais.
Aparies antes da morte: aparece como morto antes de morrer.
E o nmero destas aparies aumenta rapidamente durante as horas que precedem morte. Claro, so comunicaes telepticas do vivo anunciando a
proximidade da sua morte.
Do nmero mais alto passa a diminuir gradativamente durante as primeiras horas aps a morte. Claro, Sugesto Teleptica, o desejo de comunicar a noticia, a atividade do
morrente vai diminuindo gradativamente.
E quando mais ressuscitante do que morrente (aps oito
dias), e quando plenamente ressuscitado, nada sobre eles
pode captar deles a adivinhao dos vivos.
Depois do primeiro ano, so totalmente raras e excepcionais: Claro, o fator emotivo nos vivos, vai diminuindo e por isso diminuem tambm as manifestaes
exclusivamente dos prprios vivos.
Situaes que se prestam a disquisies H, por outra parte, situaes especiais, por exemplo de letargo, coma
profundo, congelamento, nestes casos, depois de um ano, de cinco anos, de muitos anos a atividade est suspensa, embora o paciente no morreu Durante todo o longo decurso dessa morte aparente, nesse
estado de suspenso da atividade corporal, tambm a vida
psquica inconsciente est em plena suspenso? Ou no
mais alto da vida espiritual h suficiente independncia
para desenvolver alguma atividade psquica? Consciente?
Ao menos inconsciente? Se forem reanimados, tero
sempre e plenamente, todos, passado por um total vazio
mental? Ou podero lembrar alguma coisa? O esprito
pode ficar completamente inativo por causa da sua relativa
e extrnseca dependncia do corpo?
Descoberta nada menos que de Thurston Tenho profunda admirao por Herbert Thurston. Este jesuta
ingls, grande parapsiclogo, foi considerado pelo diretor
dos famosos historiadores chamados bolandistas, Pe. Delehaye, como o homem que em todo o mundo melhor
conhecia os milagres, assim como os prodgios
parapsicolgicos de todas as religies e de todos os povos,
todas as questes com eles relacionadas e os mtodos mais
seguros de crtica.
Tenho certeza de que ningum como o bolandista Pe.
Thurston soube unir e comparar cincia e religio. O Pe.
Thurston, membro tambm da SPR de Londres, pesquisou
ininterruptamente durante sessenta anos. Com todo seu
conhecimento histrico, teolgico e parapsicolgico,
adiantou-se imensamente aos conhecimentos da sua poca
(morreu em 30 de novembro de 1939, com 83 anos; no dia
de sua morte foi publicado mais um artigo dele), sofreu
muito porque alguns telogos (catlicos e protestantes)
no compreendiam que os fatos misteriosos no podem ser analisados s de um lado, isso miopia
Thurston, em primeiro lugar, opunha-se aos telogos que
consideravam demonacos ou de almas do inferno etc. certos fenmenos do espiritismo, das chamadas casas mal
assombradas e de outros ambientes. E admitia, em
segundo lugar, que alguns fenmenos se devem mesmo
aos morrentes que dizem ser seus autores. No no sentido
esprita, mas durante a morte aparente. Escreve:
Em alguns casos excepcionais e rarssimos, talvez por causas fsicas a ns desconhecidas, poderiam permanecer
ligados terra inclusive por anos, em espera da definitiva
liberao (deste mundo), nica que lhes permitir
apresentar-se ao Juzo de Deus. E pode-se admitir que
justamente durante este intervalo estariam em condies
de manifestar-se aos vivos como aparies de fantasmas
(os vivos captariam seus pensamentos e os projetariam:
Projeo de PG), e igualmente em certas condies,
comunicar-se com temperamentos singularmente sensveis
a tais influncias (Isto , mais uma vez, os vivos captariam seus desejos: na ST o papel primordial do
percipiente, como sabido).
Uma lenda siciliana e doutrina esprita! Um pouco da descoberta de Thurston, embora adornada absurdamente, subjaze no fundo de uma lenda secular
siciliana:
As almas dos condenados morte (melhor seria dizer
simplesmente os condenados morte, no almas, como se elas pudessem estar sem corpo), concretamente
dos judeus e das bruxas na poca da Inquisio, das vtimas de acidentes, dos mortos nos hospitais quando
falha uma operao cirrgica etc. ficariam por algum
tempo onde foram enterrados. As almas (?) das vtimas de
assassinato vagueiam no lugar onde caram. Todos esses
espritos (?) de mortos prematuros ficam na terra
lamentando-se durante todo (?) o tempo que lhes restaria
de vida. Igualmente as dos suicidas antes de se
precipitarem no inferno (?).
***A lenda pareceria achar confirmao na tese do Pe.
Thurston.
Mas trata-se de coisas totalmente diferentes. O sbio
parapsiclogo ingls refere-se a quaisquer causas fsicas talvez por ns desconhecidas, logicamente aquelas que conservam a vida das clulas. Portanto esto vivas.
Animadas pela nica alma que temos
*** Os mantenedores da lenda siciliana atrevem-se a
determinar com exatido o tempo de durao da morte
aparente: at esgotar-se todo o tempo que lhes restaria de vida . Os mantenedores da lenda pensam em espritos de realmente mortos, espritos que continuariam na terra como castigo imposto por Deus aos hereges, bruxas etc. E
at condenam os suicidas ao inferno!
Tudo errado. Enquanto que o Pe. Thurston refere-se
exclusivamente aos morrentes, antes da libertao plena
do corpo mortal que lhes permitir com corpo glorioso
apresentar-se ao Juzo de Deus, cuja sentena o sbio jesuta no se atreve, logicamente, a usurpar nem
suspeitar.
*** Na lenda, tal situao naquelas pessoa comum,
sempre.
Para o Pe. Thurston essas causas fsicas e a conseqente aparncia de morte to prolongada so casos excepcionais e rarssimos.
(No ignoro que La Civilt Cattolica impugnou esta, e
outras teses do grande sbio Pe. Thurston. No julgo
conveniente deter-me em refutar, por minha vez, o
articulista de La Civilt Cattlica, porque apesar da boa
acolhida que tiveram no seu tempo, na realidade seus
artigos so fracos, o autor excessivamente tradicional no
pior sentido do termo, fechado colaborao da cincia
para melhor compreenso e colocar base racional para
aceitao da doutrina catlica e refutao das doutrinas
falsas, e inclusive deturpa ou no entendeu o pensamento
do Pe. Thurston).
Comunicao da morte Na Sugesto Teleptica (ST) no se trata de ao de algum que quer comunicar sua
morte. Na ST a telebulia (o desejo de comunicao) do
moribundo mero objeto da adivinhao do percipiente. O
mal chamado agente teleptico, na realidade objeto da
adivinhao teleptica do percipiente. Como na percepo
normal, o mrito da viso, da audio do percipiente; o que visto, ouvido, no passa de objeto externo.
Poder-se-iam citar milhares de casos, de todas as pocas.
A ST dos moribundos exacerbada porque o inconsciente
(freqentemente passando tambm ao consciente) tem a
espantosa faculdade de prever o momento exato da morte
clnica. A correspondente atitude de aceitao da
decathesis (= estado final da agonia) um indcio
revelador para os mdicos, mesmo quando at esse
momento no tenham observado qualquer indcio certo do
fim.
Esse conhecimento que o moribundo tem da sua morte,
equivale a uma telebulia implcita: evidentemente esse
conhecimento vai acompanhado do desejo de comunicar a
morte aos seres queridos ausentes. Nos assassinatos, nos
acidentes etc., a brutalidade da irrupo da morte aumenta
pela emotividade essa telebulia do morrente com relao
especialmente aos parentes e amigos ou pessoas por algum
motivo interessadas.
Casos clebres. Um de Petrarca Francesco Petrarca, por exemplo, refere que estando em Verona na madrugada de
6 de abril de 1348, meio dormindo, vislumbrou o rosto de
sua amiga Laura de Novis, esposa de V. de Sade.
Preocupado, no conseguiu desvincular a viso da
sensao da morte da amiga. Um ms mais tarde, chegou a
confirmao daquela assombrao: soube que no mesmo dia e quase no mesmo instante da viso do rosto, Laura de
Novis morrera vtima da peste que assolara Avinho.
Outro de Petrarca Este mesmo grande poeta italiano tambm refere a viso que teve do seu grande amigo e
bispo Lombez. Petrarca sabia que D. Lombez estava
doente havia longo tempo. Uma noite, viu que o bispo
atravessava o jardim. Teve a sensao de que
conversavam amenidades. Quando quis abra-lo como
resposta ao gesto do bispo que pousara sua mo
carinhosamente sobre o ombro de Petrarca, o poeta viu a palidez da morte no seu rosto, e no senti nos meus braos
seno um corpo frio e inanimado. Espantado pelo terror deste sonho, Petraca saiu do transe e tomou nota da data.
Vinte e cinco dias depois inteirou-se de que o bispo
morrera na mesma noite da assombrao.
Catarina de Mdicis Agripa DAubigne, o grande poeta de Les Tragiques, refere como fato pblico e notrio um
transe e assombrao de Catarina de Mdicis. Na noite de 23 de dezembro de 1574, em Avinho, junto Rainha
estavam o Rei de Navarra, o arcebispo de Lio, as damas
de Retz, de Lignerolles e de Sauve e outras personalidades
da corte. De repente, a Rainha deixou-se cair sobre os
almofades, ps as mos em pnico sobre o rosto e com
gritos falou ao cardeal Charles, de Lorraine O cardeal no estava l! Comprovou-se que o cardeal morrera no
momento do transe, viso e gritos de Catarina de Mdicis.
Dois marqueses Em uma manh, o marqus De Precy, acordando, viu ao lado da cama o fantasma do seu querido
amigo marqus de Rambouillet, que naquele momento
deveria estar na guerra de Flandres junto ao rei Lus XIV.
De Precy soube depois que precisamente naquela manh
haviam matado seu amigo.
Uma atriz J. Mac Graw, clebre atriz norte-americana, representava em Londres como protagonista de um drama.
Improvisamente interrompeu a apresentao, empalideceu
e caiu desmaiada. Quando recuperada, no camarim,
explicou que vira um palcio em Nova Iorque e seu
marido caindo da janela do quarto andar. Com efeito, no
dia seguinte chegou um telegrama comunicando o mortal
acidente do marido. Entre os espectadores da atriz em
Londres estava Guilherme Marconi. O famoso inventor
costumava referir-se a esta assombrao como um caso de televiso natural.
&& Sabendo-se quo longe est a morte real da morte
clnica -e mais longe nos crimes, acidentes, suicdios etc.-,
ridculo atribuir essas adivinhaes aos espritos desencarnados que viriam comunicar-se do outro mundo: nem haveriam ainda chegado l
Os casos mais clebres da histria Certamente so os evanglicos:
*** S. Jos adivinhou a morte de Herodes, depois da qual
desapareceria o perigo de morte eminente para Jesus (Mt
1,19ss.).
contraditrio atribuir o solcito aviso ao prprio esprito
pouco desenvolvido de Herodes morto, como interpretam os espritas!
Por outro lado, no se deve explicar sobrenaturalmente,
como milagres, o que pode ser muito bem explicado
naturalmente. Os milagres, SN, so muitssimo superiores
as faculdades humanas ou foras naturais. Adivinhao,
PG, de So Jos. Providencial, sim: Deus se serviu dessa
faculdade natural, parapsicolgica. Se fosse revelao
divina (do Anjo de Deus), no seria to incompleta a
ponto de deixar de avisar que o filho de Herodes,
Arquelau, constitua o mesmo perigo.
*** O sonho da mulher de Pilatos: Enquanto estava sentado no tribunal, sua mulher lhe mandou dizer: `No te
envolvas com este justo, porque muito sofri hoje em
sonhos por causa dele (Mt 27,19).
As mesmas consideraes: Foi por Pcg natural que
conheceu a morte de Jesus e, sem que saibamos com
quanta preciso, adivinhou tambm a tragdia vindoura,
essa tragdia que Cristo anunciar pouco depois com
aquelas palavras: Viro dias em que se dir () s montanhas ca sobre ns! (), porque se assim se trata o Lenho Verde, o que acontecer com o que est seco? (Lc 23,29s).
O fator emotividade A freqncia de comunicaes de morte deve-se simplesmente a que a maior emotividade da
morte rompe mais facilmente a porta de passagem do
inconsciente para o consciente. Mais emotividade no
morrente. Mais emotividade no adivinho que capta a triste
notcia da morte de um ser querido.
Entre muitas estatsticas cito a dirigida pelo Dr. Hans
Bender no seu Instituto de Parapsicologia da Universidade
de Friburgo na Brisgvia (Alemanha). Sobre mais de mil
casos recolhidos por aqueles pesquisadores, s 6%
referem-se adivinhao de temas pouco emotivos. J
18% referem-se adivinhao onde existe amizade
profunda ou amor. Adivinhaes de contedo bem mais
emotivo, acontecimentos de perigo de morte, acidente
grave embora sem morte etc., de um ser querido, alcanam
27%. E o recorde atingido pela adivinhao de morte
(clnica) de alguma pessoa amada: 43%.
Centenas de vezes, em cursos realizados para o grande
pblico, comprovei entre os assistentes que suas
experincias pessoais correspondem exatamente a esses
resultados estatsticos obtidos em tantos inquritos e
coletneas de casos espontneos.
Dou sempre um passo alm na estatstica. Entre os casos
de adivinhao comprovo com o pblico que os casos
mais numerosos so adivinhaes do futuro: capta-se a
mensagem antes de que seja lanada; conhece-se a morte ou acidente do ser querido, antes que acontea. A
Pcg (Precognio) em igualdade de emotividade do objeto
de mais freqente manifestao porque em si mais
emotiva. A Pcg mais freqente que a SC (Simul-
Cognio) e a RC (Retro-Cognio) juntas. Isto , os
mortos so vistos pelos vivos e surgem assombraes antes de morrerem!
*** Na Pcg a respeito da morte h, alm do mais, um
desejo implcito ou interpretativo, psicolgico, de avisar,
de tentar evitar.
Desejo intil. Conhece-se fora do tempo a realidade. Se
fosse evitado esse fato, no haveria sido verdadeiro
conhecimento, fora do tempo, dessa realidade *** Acidentes: como o caso daquela senhora de So Paulo
que v o acidente e morte do marido dois meses antes que acontecesse.
*** Mortes: como o caso do Dr. Savelli que ouve com 24
horas de antecedncia os gritos de desespero de uma me
pela morte do filho, ento ambos ainda desconhecidos
pelo mdico.
*** Tragdias com mortes coletivas: como o naufrgio do
Titanic, e nos terremotos de Alip
e Antioquia.
Etc., etc.
As precognies de morte arrasam at com a mera
hiptese de atribu-las aos desencarnados (?!) antes de morrerem E, por outra parte, explicam as comunicaes e assombraes com referncia a mortes j acontecidas: se ha conhecimento do futuro, nada
deveria estranhar o conhecimento do passado.
E, ainda, poderia ser simulcognio com manifestao
retardada E por procurao H tambm as comunicaes de morte por intermedirio. O chamado comportamento em L ou a Trs, isto , algum capta na mente de outra pessoa o que esta sabe a respeito da morte de uma terceira.
Entre muitos casos:
*** O caso do Pe. Dontaz que s na terceira alucinao
v o telegrama do pai comunicando morte da irm.
*** O Dr. Mitchell que v e conversa com a menina morta porque a ausncia da menina era o que lamentava a
me doente precisando de auxlio.
Etc., etc.
Pcg Em L E pode ser conjuntamente Pcg e Em L *** Como o caso da Condessa Toutskoff que ouve e v o
mensageiro trazendo a notcia da morte do marido, fatos
que s acontecero meses depois.
Etc., etc.
Tudo junto Morte aparente, ST, Pcg, RC, SC, Em L. Cada uma dessas explicaes basta e pode haver casos em
que todas conjuntamente estejam gritando para fazer completamente ridcula a interpretao esprita. Por
exemplo entre muitos:
O Sr. Stores, de Edimburgo, quase esgotado senta-se para
descansar sobre os trilhos do trem. O luar iluminava o
terreno ao lado, uma ribanceira. Cochilou
A quilmetros de distncia, em Hobar Town, na
Tasmnia, sua irm gmea teve um sonho
estranho, numa srie de imagens que se sucediam. Viu o
irmo sentado na parte alta de uma ribanceira iluminada
pela lua
PC.
De repente o irmo ergue os braos gritando espavorido:
O trem! O trem!. ST.
Depois ela sonha que uma massa escura e enorme
apitando esbarra contra o irmo e este
cai inerte.
Morte aparente, embora a irm no tenha percebido que se
tratava de morte.
Depois sonhou com o interior de um compartimento de
vago rodovirio onde um senhor, em gesto de desespero,
oprime a cabea com as mos. Ela pensou que era seu
irmo. Na realidade o Reverendo Johnston pensava como
comunicar aquela morte trgica. A Sra. Storie ouviu uma
voz lhe dizendo que seu irmo acabava de morrer
Comportamento Em L.
*** Camille Flammarion, depois de abandonar o
Espiritismo, atribui a mensagem ao conhecimento
paranormal que o inconsciente do jovem tinha (por Pcg)
da sua morte prxima.
No provvel, mas se assim fosse, teramos ento
tambm Pcg.
O papel do percipiente Outro aspecto importante, antes simplesmente aludido: no h agente no conhecimento
parapsicolgico. S nos efeitos para-fsicos. Um exemplo
esclarecedor, como sempre entre muitos:
A viva de um comerciante de Bristol (Inglaterra)
conversava tranqilamente com o pastor da parquia,
numa esplndida tarde, de outono. De repente, irrompe no
jardim um cabriol levando trs pessoas. O homem que
estava sentado no banco traseiro ps-se de p e acenou
efusivamente para a viva.
A viva reconheceu imediatamente no cabriol o seu
nico filho, que ento deveria estar
servindo ao exrcito na ndia E desapareceram o filho, os dois homens que estavam no banco da frente, o cavalo,
a carruagem
Semanas depois, por comunicao do Ministrio da
Guerra, soube que seu filho morrera
naquele mesmo dia daquela ampla assombrao.
*** Interpretao teosfica. Escreve Leadbeater:
A interpretao mais vivel (?!) a de que, ao ficar mortalmente ferido, ele pensasse estar sendo recolhido por
dois homens para ser levado sua casa naquele veculo,
embora fosse necessria muita energia para a
materializao de tal pensamento, pois foi visto por duas
pessoas ao mesmo tempo.
Na realidade uma alucinao coletiva de s duas ou at
umas cinco pessoas contgio psquico comum.
Absolutamente descabia a materializao ectoplasmtica de toda aquela assombrao. Em todo caso o leitor sabe que a mnima objetivao que fosse, seria projeo da
me, no do morrente quela distncia. No h fenmenos
para-fsicos a mais de 50m de distncia, nem para o
passado nem para o futuro. S em casos SN.
*** Interpretao esprita. A proposta pelo to estimado
pelos espritas Ernesto Bozzano, antes de logicamente
abandonar o Espiritismo. No momento da morte, o
esprito desencarnado teria vindo comunicar a notcia Estes fatos -diz- no podem ser explicados por hipteses naturalistas. Considera estes casos o melhor argumento a favor do espiritismo.
Ora, o ferido nem sequer est morto. E seria necessria
fora demais para plasmar, por mais levemente que fosse,
cabriol, cavalo, trs pessoas E mais difcil ainda, se coubesse!, para um desencarnado. E acudindo ao perisprito do desencarnado, teria de acudir tambm ao perisprito das outras duas pessoas vivas e ao do cavalo (!) e ao da carruagem (!!) Quanto acmulo de sandices na interpretao esprita!
O papel exclusivo do percipiente: A me. Projeo de
PG. Basta a projeo alucinatria.
Fantasma do vivo ou fantasma do morto tem a mesma
explicao:
projeo do inconsciente do vidente.
Os cinco fatores so contra Bozzano dava a mxima importncia aos acontecimentos fsicos no momento da
morte. Rene, por exemplo, cinco casos em que os
relgios param congelando a hora do ltimo suspiro de
algum.
Na realidade
1) Os efeitos parafsicos como tais so sempre dos vivos,
e a menos de cinqenta metros
2) O relgio parar -e semelhantes efeitos- so simbolismo
tpico na mentalidade dos vivos. No simbolismo para os
mortos, no parar, ao contrario para eles comea a vida
sem fim
3) Nada nesses casos pode ser atribudo aos espritos dos mortos, porque simplesmente no se trata de mortos,
seno de morrentes que esto iniciando o lento processo
do morrer
4) Como estamos agora lembrando, o papel primordial do percipiente. Os quatro aspectos externos dos fenmenos parafsicos no
momento da morte (clnica) constituem, juntos, argumento
irrefutvel contra a absurda hiptese esprita.
5) Um quinto argumento acrescenta-se com freqncia: a
anlise interna facilmente mostra a vinculao de todo o
conjunto ao percipiente.
Por exemplo no simbolismo, tambm tpico, do quadro
que cai quando morre a pessoa nele
representada. Bozzano dedica uma parte de uma
monografia a esses casos que ele, naquele ento
convencidssimo, considera irredutveis a favor do
espiritismo.
Evidentemente, no casualidade, tanto mais que
freqentemente nestes casos no foi arrancado o prego da
parede nem rebentou o barbante que suspendia o quadro.
Evidentemente, no se trata de vibraes, terremotos ou
outras foras meramente fsicas: fenmeno parafsico e
h uma intencionalidade. Por que cai precisamente o
quadro com a fotografia do morto, e no outro objeto
qualquer menos significativo?
Evidentemente, nestes aspectos perifricos, dou razo a
Bozzano. Mas o problema central outro, e a Bozzano
mostra-se totalmente apriorstico. Tudo est contra o
absurdo espiritismo, os cinco argumentos conjuntamente,
e no h outros aspectos a considerar. Reflitamos sobre
um caso concreto, entre tantos semelhantes.
A Sra. Costa, do Rio de Janeiro, uma tarde estava falando
do seu filho Antoninho, ento no
Paraguai. Queria dizer quando Toninho nasceu. Mas teve um lapso e disse quando Toninho morreu. Ficou impressionadssima.
No porque soubesse do significado que Freud e os
psiclogos atribuem a certos lapsos, mas antes porque,
muito supersticiosa -novidade no Brasil!-, considerou o
erro de muito mau augrio. Os amigos esforaram-se inu