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ANO XVIII FEV/15 EDIÇÃO 179 PERPÉTUO SOCORRO SEDIA ENCONTRO DE SANTUÁRIOS DO BRASIL PÁGINA 16 QUARESMA O SIGNIFICADO DAS CINZAS PÁGINA 5 CAMPANHA DA FRATERNIDADE “EU VIM PARA SERVIR” (MC 10,45) Página 10

PÁGINA 16 PÁGINA 5 - perpetuosocorro.org.brperpetuosocorro.org.br/wp-content/uploads/2015/02/Revista... · para uma profunda reflexão e um sincero movimento de con-versão. Precisamos

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ANO XVIII FEV/15 EDIÇÃO 179

PERPÉTUO SOCORRO SEDIA ENCONTRO DE SANTUÁRIOS DO BRASIL PÁGINA 16

QUARESMA O SIGNIFICADODAS CINZAS PÁGINA 5

CAMPANHA DA FRATERNIDADE

“EU VIM PARA SERVIR” (MC 10,45)

Página 10

2 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

3REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

SUMÁRIO/ FEVEREIRO 2015

04 Editorial.

05 Quaresma:

O significado das cinzas.

06 Notas e registros.

08 Igreja em Foco:

A intolerância religiosa

10 CF 2015:

“Eu vim para servir”

12 Catequese:

De novo, o pecado

16 Igreja no Brasil:

Santuário sedia 21º Encontro

de Santuários

18 Papo com a Psicóloga:

Filhos! Ter ou não ter?

21 O leitor sugere:

Doar órgãos é doar vida

24 Curitiba receberá novo arcebispo.

26 Relacionamento:

Pais, mães e nossos filhos

29 Obra social – Parcerias:

Gesto concreto de missão e ação

4 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

[ DOGMAS ] "Sugiro que fosse explicado o que é e quais são os Dogmas da Igreja Católica, em etapas. Minha curiosidade surgiu quando ouvi sobre a Assunção de Nossa Senhora ao Céu, pois como leiga, sempre acreditei que Nossa Senhora teria subido ao céu como Jesus seu Filho. Quero entender melhor a diferença entre o que foi construído pelo homem ou Papas em nossa religião, e o que está escrito realmente na Bíblia. Obrigada!

Marineide de Souza Curitiba - PR

[ PARA TODA A VIDA ] "Olá! Gostaria de ler na Revista do Perpétuo Socorro sobre: Concílio Vaticano Segundo; Vida dos santos, (um por mês); Como testemu-nhar Jesus em tempos modernos; Juventude e Igreja Católica; Como ser sinal de luz no mundo?; Porque é importante fazer círculos bíblicos?; Como ser mais disponível?; Como saber qual é a vontade de Deus em minha vida?; Qual é o maior desafio da Igreja Católica na atualidade?; Como formar uma família santa diante de Deus?; O que é preciso fazer para ser santo?; Será que estou fazendo a vontade de Deus?; Catequese dinâmica. Atenciosamente!" Letícia GasparinRio Branco do Sul - PR

ESPAÇO DO LEITOREste espaço é feito com a sua participação,caro leitor. Mande sua carta ou e-mail para nós com comentários, críticas ou sugestões de temas: [email protected] ou Caixa Postal 20.013 CEP.: 80.062-980 Curitiba/PR

Queridos devotos, dese-jo que a benção de Deus seja constante em vossas vidas! É uma imensa alegria falar ao coração de vocês sobre coisas que têm o dom de enobrecer nossa existência. Fiquei quatro anos como reitor do seminário São Geraldo Magela, na missão de cuidar da vocação de nossos jovens seminaristas, e agora retorno ao Santuário, para jun-to da comunidade redentorista continuar os trabalhos.

O Santuário tem sido sinal de esperança para uma multi-dão de pessoas que chegam aqui. Sei que a missão que estou assumindo é exigente e peço vossas orações. Seguin-do a proposta da Campanha da Fraternidade deste ano afir-mo também que “eu vim para servir” (Mc 10,45). Quando nos colocamos a serviço a gente começa a entender que a lógi-ca de Deus é diferente da lógi-ca do mundo. É tempo então de pedir a Deus um coração sábio e inteligente para bem conduzir o cotidiano de nossas vidas, num exercício contínuo de compromisso com o outro.

A dinâmica da salvação passa pelo viés da solidarie-

dade. Penso que este tempo que vamos entrar é propício para uma profunda reflexão e um sincero movimento de con-versão. Precisamos estar no mundo sem ser do mundo, as-sim como São Paulo apóstolo já anunciava. Que em nosso jeito de viver possamos buscar as coisas celestes e não as ter-restres. O Santuário vai oferecer uma programação para a Qua-resma pensando exatamente na vivência santa e fecunda. A proposta da Campanha da Fraternidade nos ajuda a aden-trar de forma inteira e compro-metida no mistério que o tempo quaresmal exige.

Querido devoto, faça des-ta quaresma um tempo novo em sua vida, participe de forma plena desta liturgia, que tem o dom de nos aproximar do divino. Participe das celebrações fortes deste tempo, receba as cinzas e também reconcilie-se com você, com os outros e com Deus.

Desejo que você, cada dia mais, tenha uma vida em Deus. Receba meu abraço fraterno e minhas orações. Que o Deus da vida por intercessão da Mãe do Perpétuo Socorro te abençoe e te proteja.

Administrador: Pe. Celso Cruz. Conselho editorial: Pe. Celso Cruz, Pe. Lourenço Kearns, Pe. Rodrigo Augusto, Giovani Ferreira e Ana Paula Rodrigues Fer-

reira. Jornalista responsável: Ana Paula Rodrigues Ferreira – MTB 4198/17/38 Proj. gráfico e diagramação: Parresia Comunicação Católica – (33) 3279-

007. Essa produção conta com a participação da Pastoral da Comunicação Contato e sugestões: [email protected] - (41) 3253 2031.

Contato Comercial: [email protected] | Willerson Soares (41) 9638.6673.

EXPEDIENTE

Padre Celso Cruz, CSsR/ Administrador do Santuário

PARA BEM SERVIR

EDITORIAL

5REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

Pe. Gelson Luiz Mikuszka, C.Ss.RMissionário Redentorista

No dia 18 de fevereiro celebramos a Quarta-feira de

Cinzas e o início da Quaresma em toda Igreja Católica.

O significado das cinzas tem sua origem no Antigo

Testamento e simbolizam penitência. Por exemplo, no

livro de Ester, Mardoqueu se veste de saco e se cobre

de cinzas quando soube que o decreto do Rei Asuer I da

Pérsia, condenou à morte todos os judeus de seu império

(cf. Ester 4, 1). Jó, cuja história foi escrita entre os anos VII

e V antes de Cristo, mostra que havia se arrependido e,

por isso, cobriu-se de cinzas (cf. Jó 42, 6).

Cerca de 550 anos antes de Jesus, o profeta Daniel

profetizou a tomada de Jerusalém pela Babilônia, dizen-

do: “Volvi-me para o Senhor Deus a fim de dirigir-lhe uma

oração de súplica, jejuando e me impondo o cilício e a cin-

za” (Dn 9, 3). No século V antes de Cristo, logo depois da

pregação do profeta Jonas, o povo de Nínive proclamou

jejum e pediu que todos se vestissem de saco, e o Rei,

levantou-se de seu trono e sentou sobre cinzas (cf. Jn 3,

5-6). Estes exemplos do Antigo Testamento mostram as

cinzas como símbolo de arrependimento.

Jesus se referiu ao uso das cinzas, dizendo: “Ai de ti,

Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque se tivessem sido feitos

em Tiro e em Sidônia os milagres que foram feitos em vos-

so meio, há muito tempo elas se teriam arrependido sob o

cilício e as cinzas” (Mt 11, 21). Desde os primeiros tempos,

a Igreja assumiu o simbolismos das cinzas. Em seu livro

“De Poenitentia” , Tertuliano (160-220 DC), prescreveu

que todo penitente deveria “vestir-se com um tecido

de saco rude e coberto de cinzas”.

Eusébio, o famoso historiador dos primeiros anos

da igreja (260-340 DC), relata que uma pessoa sem

fé chamada Natalis se apresentou ao papa coberto de

cinzas a fim de pedir perdão. Na história do sacramento

da confissão, sabe-se que houve na Igreja o costume de

colocar cinzas na cabeça do penitente quando este saía

do confessionário.

Com o passar dos tempos, o uso das cinzas tornou-

-se uma celebração para dar início ao tempo da Quares-

ma, isto é, o período de quarenta dias para se preparar

para a Páscoa. Atualmente, as cinzas impostas sobre a

cabeça dos cristãos são feitas com os ramos que foram

abençoados no Domingo de Ramos. Assim, as cinzas

nos ajudam a voltar nosso coração para Deus, conscien-

te que as coisas deste mundo são passageiras e que

um dia nos transformaremos em cinzas, pois seremos

eternos juntos de Deus.

O Antigo Testamento mostram as cinzas como símbolo de arrependimento

O SIGNIFICADO DAS CINZAS

QUARESMA

6 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

Peregrinação com o Ícone

Peregrinos do Santuário estiveram

em São Francisco do Sul, Santa Catarina,

para levar o Ícone de Nossa Senhora do

Perpétuo Socorro até a Paróquia de

Nossa Senhora dos Navegantes.

A Missa foi celebrada pelo padre Edilei,

missionário redentorista.

Casamento ComunitáriO

Santuário realiza mais uma celebração

de Casamento Comunitário no próximo

mês de junho, dia 27. Informe-se na

secretaria do Santuário.

Nota Oficial

O Santuário Nossa Senhora do Perpé-

tuo Socorro informa a todos os devotos

que não possui vínculos com a empresa

Megamania, que se estabeleceu na Praça

Portugal, onde também se localiza o

Santuário. As rendas obtidas com a venda

de títulos de capitalização pela Megama-

nia nas proximidades do Santuário ou em

quaisquer localidades, não são destinadas

ao Santuário, bem como a seus projetos

sociais e pastorais.

Novo provincial

No dia 5 de janeiro o Santuário celebrou

a Missa de posse do novo provincial

redentorista da Província Campo Grande,

Padre Henrique Lima, e seu conselho,

composto por Padres Celso Cruz e Dirson

Gonçalves. Padre Henrique estará à frente

dos redentoristas durante o próximo qua-

driênio. Que Deus ilumine seu caminho

e sua nova missão!

Receba nossa Newsletter

Caro devoto! Receba as notícias do

Santuário toda quarta-feira, no seu e-mail.

Para receber é fácil, basta entrar em nos-

so site: www.perpetuosocorro.org.br, rolar

até o fim da página. Ali encontrará um

espaço com a mensagem: “Assine nossa

newsletter”. inscreva ali seu e-mail.

Você vai receber um pedido de confir-

mação por e-mail. Entre no seu e-mail,

confirme e pronto! Toda quarta-feira você

receberá notícias do Santuário e artigos

de formação diretamente no seu e-mail.

Até lá! Assine e divulgue!

NOTAS E REGISTROS

Nova comunidade

Em fevereiro o Santuário deu as boas-vindas à nova comunidade redentorista que aqui

irá trabalhar pelo próximo quadriênio (2015-2018). Dom Rafael Biernaski, bispo adminis-

trador da arquidiocese de Curitiba, presidiu a celebração em que Padre Celso Cruz foi

nomeado como novo administrador. A comunidade conta ainda com os padres Rodrigo

Augusto e Lourenço Kearns, e seis seminaristas redentoristas. Na foto: padres Celso,

Rodrigo, Lourenço, Dom Rafael, padres Vicente, Henrique e Primo Hipólito.

7REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

VENHA REZAR NO SANTUÁRIOGrupo de Oração Fonte de Misericórdia/RCC Segunda às 15 horas

Oração do Santo Rosário Terça às 15 horas

Hora Santa das Famílias

Terceira sexta do mês, às 15 horas

Terço das Almas

Segunda às 19 horas

Missa pelas Almas

Segunda às 19h30

Terço das famílias

Terça às 19 horas

Missa pelas famílias

Terça às 19h30

Missa do Santíssimo

Quinta às 9, 15 e 19h30

Missa da Misericórdia Sexta às 19h30

Missa do meio-dia com bênção da Saúde

Todos os dias

Ofício da Imaculada

Primeiro sábado do mês, às 11h30

Apostolado da Oração

Primeira sexta do mês,

Hora Santa às 15 horas,

seguida de Missa do Sagrado

Coração de Jesus às 16 horas.

Legião de Maria

Terça às 15 horas

Vigília ao Santíssimo Sacramento

Primeira sexta do mês,

após Missa das 19h30

Missa das Capelinhas

Último sábado do mês às 12 horas.

Retiro para casais jovens

O Movimento de Casais Jovens (MCJ)

do Santuário convida os casais com até

10 anos de matrimônio para o 7º Encon-

tro de Casais Jovens de Curitiba, a ser

realizado nos dias 27, 28 e 29 de março

de 2015. Inscrições e mais informações

na secretaria do Santuário ou pelo telefo-

ne (41) 3253-2031.

Calendário e agenda 2015

Os Missionários Redentoristas e suas

equipes preparam lindos calendários e

agendas 2015, com destaque para datas

litúrgicas e celebrações da Igreja, liturgia

diária e mensagens de fé. À venda na

loja do Santuário.

Rádio Perpétuo Socorro no celular

Agora os devotos podem acompa-

nhar mais de perto o Santuário Nossa

Senhora do Perpétuo Socorro, baixando

grátis o aplicativo para celular (plata-

forma Android) da Radio Web Perpétuo

Socorro. Acesse a página em seu celular:

www.perpetuosocorro.org.br e baixe o

aplicativo.

Precisa-se de voluntários

O Centro Redentorista de Ação Social

necessita de profissionais voluntários

para as seguintes atividades: Inglês, In-

formática, Curso de Violão e Orientação

Nutricional. Informe-se no CRAS oi pelo

telefone 41 3352-6216. Veja mais deta-

lhes também na página 28 desta edição.

8 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

A INTOLERÂNCIARELIGIOSA

“Paz não é a simples ausência de guerra, mas o resultado de um

processo de purificação e elevação cultural, moral e espiritual de cada

pessoa e povo, no qual a dignidade humana é plenamente respeitada”

(Bento XVI)

Bruno André Souza ColodelDiscípulo da Comunidade Católica Shalom

IGREJA EM FOCO

Os mártires de nossa Igreja em

nenhum momento negaram Jesus

Cristo, de tal modo que optaram por der-

ramar seu sangue e morrer para firmar

o testemunho de fé incondicional no

salvador da humanidade.

Desde os primórdios, o cristianismo

foi extremamente perseguido, como

podemos ler nas escrituras, o relato

de mártires como Estevão e o após-

tolo Tiago, e que perduram até hoje.

Ao longo da história da Igreja, milha-

res de pessoas morreram em nome

da fé, defendendo Jesus Cristo, até

a última gota de sangue.

Com a expansão da doutrina

comunista foi incutida na sociedade

a mentalidade de que a religião é sub-

versiva e inimiga do Estado. Igrejas,

conventos, seminários foram fecha-

dos e destruídos. Com isso, vemos

que a Igreja Católica sempre sofreu

inúmeras perseguições por parte da-

queles que não aceitam Jesus Cristo

como salvador. Em muitos países, os

cristãos precisam viver escondidos,

não podem ter Bíblias, terços, cruzes,

são vigiados ao irem para as missas,

tudo sob o controle de intolerantes

que desejam manipular a fé.

Há também hoje o “martírio da

ridicularização” (termo usado por Ben-

to XVI) ou seja, “se você se denomina

cristão no trabalho, na universidade

ou coloca uma cruz no peito, eles o

ridicularizam. Vão chamá-lo de alie-

nado, fundamentalista, medieval. Não

é uma perseguição armada, mas com a

cultura” (Prof. e teólogo Felipe Aquino).

No Brasil, apesar de sermos livres

para professar nossa fé, há um grupo

de pessoas tentando extinguir a religião

com medidas intolerantes e opressivas,

por isso, precisamos estar atentos aos

movimentos sociais e políticos, para que

não “fechemos o evangelho” e deixe-

mos que os católicos sejam extirpados.

E mais além, podemos ver os ata-ques terroristas que atormentam o mundo todo, dando para nós cristãos, um ar de insegurança. Devemos nes-te tempo nos manter em pé e em pro-funda oração, pois Cristo Ressuscita-do veio trazer a paz ao mundo e não a discórdia e guerras. Inoportuno é ver tantos irmãos morrerem por intolerân-cias religiosas, pregadas por abruptos homens, que pretendem impor seus pensamentos usando de um radica-lismo extremo, e que geram muitas

feridas na sociedade.

Nós católicos professamos uma só

verdade: Jesus Cristo, Filho de Deus,

crucificado e ressuscitado, e esta ver-

dade nos conduzirá à unidade, ao amor

e à paz. Precisamos ficar informados

sobre os motivos de tantas guerras e

terrorismos no mundo para usarmos a

nossa força combatente que é a oração.

Sabemos que tantos foram os apelos

de Nossa Senhora em Fátima, claman-

do aos cristãos que orem sem cessar

e se juntem ao seu Coração Imaculado,

para que a paz possa ser instaurada

que não podemos ficar parados.

Devemos valorizar a liberdade

de expressão e sermos a favor dela,

mas não podemos também ser favo-

ráveis com a ridicularização da nossa

ou de outra fé. Ou defendemos nossa

Igreja Católica Apostólica Romana

como os mártires, ou deixamos de

lado o evangelho de Cristo. Por nosso

comodismo, nossa omissão em não

querer se envolver em nada, é que mui-

tos fundamentalistas tomam frente

e massacram os cristãos da forma

mais inescrupulosa possível.

Cristo já nos deu a vitória. O cami-

nho é árduo, pois é caminho de cruz,

mas precisamos estar atentos para

que não nos fechemos na hipocrisia do

9REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

Cristo já nos deu a vitória. O caminho é árduo, pois é caminho de cruz, mas precisamos estar atentos para que não nos fechemos na hipocrisia do individualismo

individualismo, em detrimento de nos-

sa Igreja. É preciso sim lutar, lutar com

oração, unidos em comunidade.

Diz Bento XVI: “na liberdade re-

ligiosa exprime-se a especificida-

de da pessoa humana, que, por ela,

pode orientar a própria vida pessoal

e social para Deus, a cuja luz se com-

preendem plenamente a identidade,

o sentido e o fim da pessoa”. “Negar

ou limitar arbitrariamente esta liber-

dade significa cultivar uma visão re-

dutiva da pessoa humana e isto sig-

nifica tornar impossível a afirmação

de uma paz autêntica e duradora...”.

Bento XVI ainda continua: “Exor-

to os homens e mulheres de boa

vontade a renovarem o seu compro-

misso pela construção de um mundo

onde todos sejam livres para profes-

sar a sua religião ou a sua fé e viver o

seu amor a Deus com todo coração,

toda a alma e toda a mente”.

O homem tem sede de Deus

e necessidade valores éticos e espi-

rituais, universais e compartilhados,

e a religião pode oferecer uma con-

tribuição preciosa na busca para a

construção de uma sociedade justa

e pacífica.

“Uma sociedade reconciliada com

Deus está mais perto da paz, que não

é a simples ausência de guerra. Pelo

contrário, a paz é o resultado de um

processo de purificação e elevação

cultural, moral e espiritual de cada

pessoa e povo, no qual a dignida-

de humana é plenamente respeita-

da”(Bento XVI).

Que Nossa Senhora Rainha da

Paz nos conceda esta graça de ser-

mos propagadores da paz. Sejamos

servos bons e fiéis à Igreja e defen-

damos com propriedade o evangelho

de Cristo Jesus. Shalom!

“EU VIM PARA SERVIR” (Mc 10,45)

Campanha da Fraternidade trata da relação Igreja e Sociedade

Pe. Joaquim Parron. C.Ss.R

Missionário Redentorista

A Campanha da Fraternidade que

é anualmente trabalhada nas comuni-

dades, de modo especial na Quaresma,

trata nesse ano da relação entre Igreja

e Sociedade numa perspectiva de diá-

logo e serviço. Esta campanha recorda

a vocação e a missão de todo cristão

e das comunidades de fé, para que

o diálogo e a colaboração possam

acontecer no espírito do Concílio Ecu-

mênico Vaticano II (1962-1965). Este

Concílio despertou na Igreja uma aten-

ção maior aos problemas sociais, onde

as injustiças sejam superadas numa

visão cristã, onde os cristãos ‘não lavam

as mãos’, mas ao contrário colocam

‘as mãos na massa’ para transformar

a realidade social em um mundo mais

fraterno e solidário.

Esta Campanha é de nível nacional,

onde além da Igreja Católica, outras co-

munidades cristãs também participam

na promoção do bem comum. Tendo

em vista a promoção da dignidade

humana e do bem comum, a Campa-

nha da Fraternidade reflete a dimensão

da vida em sociedade, que é a convi-

vência coletiva, tendo suas leis, normas

de condutas e sua organização em vis-

ta de todos. A organização social, políti-

ca e econômica devem estar em função

da sociedade, isto é das pessoas, e não

em função de si própria ou de um grupo

de privilegiados, seja economicamente

ou de políticos.

A Igreja no Brasil tem sido em sua

história uma força positiva na defesa da

voz e do direito dos que sofrem com a

falta de justiça social e falta também de

democracia política e econômica. Por

10 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

exemplo, a Igreja foi a voz mais for-

te contra a ditadura militar no Bra-

sil nos anos 1964 a 1984 e ajudou

a nação brasileira voltar à democra-

cia. Claro que a defesa da Igreja aos

empobrecidos e injustiças sociais

resulta em perseguição da mes-

ma. No tempo da ditadura muitos

bispos, padres, religiosos e leigos

cristãos foram presos ou proibidos

de atuarem pastoralmente devido à

defesa dos direitos humanos. Eram

as forças da repressão tentando

defender suas próprias mazelas.

A Igreja com suas entidades

e comunidades tem sido também

uma das forças no Brasil no comba-

te à fome e na defesa dos direitos

sociais. O poder público tem sua

obrigação constitucional quanto

aos direitos sociais, econômicos,

educação, saúde, etc., mas muitas

vezes uma parcela da sociedade

fica alijada destes direitos. Mais

uma vez a Igreja, mesmo sendo

perseguida, torna-se ‘a voz dos que

não tem vez’. Esta missão vem do

próprio Jesus Cristo, que diz: “vim

para que tenham vida e a tenham

em abundância” (Jo 10,10). A Igreja

não roga a si a essa voz, mas pro-

move a reflexão onde os cristãos

participam das lutas sociais em

favor de um mundo melhor.

A Sagrada Escritura e o Ensino Social da Igreja são os pilares da Campanha da Fraternidade, ten-do em vista o aprofundamento na relação Igreja e Sociedade. À luz destes pilares os cristãos poderão refletir esta interação e diálogo, onde o bem comum deve ser forta-lecido e a dignidade da pessoa hu-mana seja ressaltada.

A Campanha da Fraternida-de 2015 vem recordar a todos os cristãos e as comunidades que pelo batismo são consagrados para evangelizar, e evangelizar também significa trabalhar para que o bem comum seja promovido e a dignidade da vida humana reja respeitada desde a concepção até a morte natural.

Para esta Campanha, a Confe-rência dos Bispos do Brasil (CNBB) preparou textos e subsídios para ajudar as Dioceses, Paróquias e Comunidades na reflexão da Igre-ja e da Sociedade. Por sua vez, os cristãos terão em suas mãos elementos e sugestões concre-tas para colocar em prática esta vivência da fraternidade em vista de uma sociedade melhor.

Breve história da Campanha da Fraternidade

A história da Campanha da Fraternidade teve seu início nos anos do

Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), quando padres e agentes de

pastorais, sob a liderança de Dom Eugênio Sales, reunia-se em Natal-RN,

a cada mês para orar e refletir sobre a Igreja e a dimensão pastoral. Desta

oração e reflexão surgiram várias iniciativas pastorais práticas. Da região

do nordeste a Campanha foi tomando dimensão nacional, sendo assu-

mida oficialmente pela CNBB em 1964. Os temas da Campanha sempre

ligam a Fraternidade às realidades sofridas do povo brasileiro, como a

falta de pão, falta de justiça, falta de saúde, entre outros, sempre tendo

em vista a promoção da dignidade da pessoa humana e o bem de toda

a sociedade. Nas últimas décadas, outras Igrejas Cristãs também estão

participando e assumindo assim um rosto ecumênico.

Oração oficial da CF 2015

Tema: “Fraternidade: Igreja e Sociedade”

Lema: “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45)

Ó Pai, alegria e esperança de vosso povo, vós conduzis a

Igreja, servidora da vida,nos caminhos da história.

A exemplo de Jesus Cristoe ouvindo sua palavra

que chama à conversão,seja vossa igreja testemunha

viva de fraternidadee de liberdade, de justiça

e de paz.

Enviai o vosso Espírito da verdade para que a sociedade se abra à aurora de um mundo

justo e solidário, sinal do Reino que há de vir. Por Cristo

Senhor nosso. Amém!

Pistas de ações:

Procure ler o manual da Campanha da Fraternidade 2015. Está disponível nas livra-rias católicas e nas paróquias.

Participe dos grupos de reflexão em sua paróquia

ou comunidade neste tempo da Quaresma.

Junto com a família e vizinhos pense em algo que poderá ajudar a sua paróquia a ter ações concretas com esta

Campanha da Fraternidade.

11REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15CF2015

12 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

O tema do pecado dá “pano

pra manga”, como diz nossa gente.

Apesar de assunto espinhoso, há

muito o que conversar sobre ele, tal-

vez até por isso mesmo. Não faltam

aqueles que entendem que tudo é

pecado: desde pensar, sentir, falar...

Há uns exagerados que dizem: “Só

de respirar estamos pecando!”, coisa

bem absurda, vamos falar a verdade.

E há aqueles que acham que nada

é pecado: “tudo é fruto da pudica moral

católica que inventou esse negócio de

valores para nos cercear e impedir a li-

berdade”, dizem eles. E há aqueles que

fizeram o pecado cair no folclore, in-

ventando a máxima: “tudo que é bom,

ou engorda ou faz mal ou é pecado!”.

Bom, evitemos os exageros e a

folclorização do tema. Claro que nem

tudo é pecado, muito menos nada é

pecado. O pecado não é bom, ape-

sar de, em alguns casos, parecer bem

atrativo e sedutor... mas ele exige de-

pois o seu preço.

Evitemos definições totalizantes

do termo, pois as definições podem

ser diversas, dependendo do referen-

cial que tomamos. Por enquanto, basta

dizer que pecado é tudo que é contra

a vida: a vida da gente, a vida dos ou-

tros, a vida em geral. O referencial da

vida parece bom, pois a vida é algo que

todos queremos preservar, “por mais

que esteja errada”, como disse Gon-

zaguinha. Alguns preferem dizer que o

pecado é o que ofende a Deus; defini-

ção precária, pois como saber se Deus

fica ofendido e o que o ofende? Bom,

vamos mesmo pelo referencial da vida.

O pecado estraga a vida; tira a

paz, a alegria – ainda que na hora dê

prazer. O pecado compromete a co-

munhão, a amizade, o amor... coisas

sem as quais não sabemos viver. Sem

elas, a convivência social se transfor-

maria num caos, uma selva onde cada

pessoa seria um lobo querendo devo-

rar o outro. Ora, até alguns filósofos

– cuja tarefa primeira não tem nada a

ver com a fé ou a religião – admitiram

que esta sociedade não sobrevive sem

alguns valores. Criaram a famosa teo-

ria do “contrato social” para dizer que,

para a permanência da vida, regras

mínimas de convivência têm de

prevalecer ou será nossa extinção.

Na Bíblia, o autor sagrado vê a vida

sempre referida a Deus e, para falar

do pecado, usa bela metáfora; põe um

lamento na boca do Senhor: “E vira-

ram-me as costas, e não o rosto; ain-

da que eu os ensinava, madrugando

e ensinando-os, contudo eles não de-

ram ouvidos, para receberem o ensino”

(Jr 32,33). Para o povo da escritura, o

pecado é um não teimoso a Deus

porque é um não à vida. No seu amor

imenso por nós, Deus nos ofereceu seu

rosto como fonte de vida, mas nós in-

sistimos em viver de modo a desprezar

a vida que ele nos oferece.

Ao escolher dar as costas para a

vida, “trocamos os pés pelas mãos”.

Na busca desenfreada pela vida, não é

que recusamos a fonte da vida? Então,

damos um não teimoso a Deus e à vida

que dele emana. Imediatamente, senti-

mos que a vida se esvai, que ela foge

de nós, que nos escapa e começamos

a buscá-la ainda mais onde não está.

E confundimos a vida com o prazer,

com a alegria momentânea, com a

adrenalina nas veias... Certamente

o prazer é bom e traz vida; a alegria

também é fonte de vida; a adrenalina

nas veias pode fazer um bem enorme

também. Mas a vida não está nisto.

A vida está em tudo aquilo que huma-

niza, que faz crescer, que melhora as

relações, que faz brotar dentro de nós

aquele “melhor eu”, escondido e ador-

mecido no mais profundo de nós.

DE NOVO,O PECADO

Para o povo da escritura, o pecado é um não

teimoso a Deus porque é um não à vida

CATEQUESE

Solange Maria do Carmo/ Doutora em Teologia

Belo Horizonte/MG - fiquefirme.com.br

CATEQUESE

13REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

O prazer pode contribuir para des-

pertar esse eu; a alegria de viver pode

alimentar esse eu raquítico e fraco,

fazendo-o ganhar vigor. Um pouco de

emoção pode também contribuir para

esse despertar... Mas não são os praze-

res que fazem a vida acontecer, apesar

de haver vida no prazer legítimo, não

egoísta, não manipulador do outro.

Às vezes a vida está lá onde a dor

habita e o prazer já pediu demissão,

como no caso de Jesus na cruz. É exa-

tamente na cruz que o máximo amor

e a fidelidade sem par se manifestam.

E a cruz se tornou fonte de vida para

nós, fonte de nossa humanização.

E a Igreja com sua evangelização, como pode ajudar nesse processo de percepção do pecado? Primeiro, é sua tarefa falar abertamente do assunto, sem pudor ou receios. O pecado conti-nua sendo tema em pauta, desde que afastada toda ótica moralista ou mo-ralizante, em que a vida não é o princí-pio máximo, mas sim as regras abstra-tas de uma suposta moral. Segundo, a igreja pode contribuir despertan-do o gosto pela vida, pelo que é no-bre, belo, louvável: as relações hu-manas e tudo que delas depreende. Desejamos que os pastores de nos-sa Igreja enfrentem o tema do peca-do com muita sabedoria, delicadeza

e confiança na misericórdia divina!

No seu amor imenso por nós, Deus nos ofereceu seu rosto como fonte de vida, mas nós insistimos em viver de modo a desprezar a vida que ele nos oferece.

DOE SANGUE, DOE VIDA

No quesito Doação, ajude-nos a ser nota 10!

O Carnaval está no SANGUE!

Rua Agostinho Leão Júnior, 1083360 -1875

15REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

FAMÍLIA

A prática da oração é uma forma de ligar o humano

ao sagrado. Cada vez que rezamos nos aproximamos

ainda mais de Deus e nos abastecemos de forças para

continuar a caminhada.

Muitas pessoas dizem que buscam essa força mas

não encontram. Qual será o motivo?

A oração também exige de nós alguns requisitos para

bem realizá-la: ela é uma prática constante e necessária

perante a fraqueza do ser humano; ela exige dedicação

e comprometimento com Deus e com nosso próximo, de

forma que se torne natural e agradável aos olhos de Deus.

São inúmeros relatos de pessoas que não conse-

guem encontrar a paz e o equilíbrio em seu cotidiano.

É aí que entra o papel da família, pois “família que reza unida,

permanece unida”.

A oração une os membros da família em um único

e nobre objetivo. Eles se colocam todos juntos naquele mo-

mento para falar com Deus, agradecer, pedir graças, pedir

perdão, rezar por outras pessoas, e isso é muito precioso pois

une as pessoas, reconcilia, nutre a misericórdia, o perdão,

a solidariedade, a paz, e planta no coração dos filhos o dese-

jo de buscar o bem, além de um grande e sólido testemunho

de que a fé é o grande tesouro que uma família pode ter.

É também um momento de troca, de partilha e de des-

cobertas. Os filhos contam coisas que viveram ou que

pensam, rezam pelos amigos, fazem perguntas, gostam

daquela rotina e surpreendem, quando vemos, já estão

eles mesmos pedido para rezar juntos.

O valor daoração na famíliaA fé é o grande tesouro que uma família pode ter

Ana Rocha/ Serviço de Animação Vocacional

Grupo para Famílias Filhos do Céu

Retiro para casais jovens

O Movimento de Casais Jovens

(MCJ) do Santuário convida os casais

com até 10 anos de matrimônio para

o 7º Encontro de Casais Jovens de

Curitiba, a ser realizado nos dias 27,

28 e 29 de Março de 2015. Inscrições

e mais informações na secretaria

Rezar em família é um tesouro que os pais plantam

nos corações dos filhos e que nunca mais será tira-

do deles. É a transmissão do amor a Deus de pai para

filho. Deus abençoa com muitas graças tal família, pois

encontrou ali um espaço, um canal para o derramamento

de Sua graça, uma amizade, um pedido, um convite para

entrar na vida e no lar daquela família. Que cada família,

se coloque no colo da Mãe e sinta seu amor maternal!

16 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

Ana Paula R. Ferreira

Assessoria de Comunicação do Santuário

IGREJA NO BRASIL

Reitores e representantes de

santuários de todo o Brasil estarão

aqui em Curitiba de 23 a 27 de feve-

reiro para participar do 21° Encontro

de Santuários do Brasil. Quem se-

dia e organiza esta edição na capi-

tal paranaense é o Santuário Nossa

Senhora do Perpétuo Socorro.

Mais de 70 representantes já

estão inscritos para o encontro que

acontece no Instituto Salette, no

Bairro Jardim Social. Durante cinco

dias eles irão debater temas perti-

nentes à dinâmica dos santuários

como "A mística missionária do San-

tuário e da Romaria", "O santuário

como lugar de encontro", "Evangeli

Gaudium e os santuários", “Paró-

quia, rede de comunidades e os san-

tuários" e “Novas mídias e evangeli-

zação dos santuários".

Palestras e mesas redondas es-

tão previstas na programação, que

conta também com uma visita ao

Santuário N. Sra. do Perpétuo Socor-

ro, no Alto da Glória, onde os partici-

pante celebram a Santa Missa e No-

vena, na quarta-feira, dia 25. Entre os

palestrantes, Dom Darci José Nicioli,

CSsR, bispo auxiliar em Aparecida

e Pe. Leomar Antônio Brustolin.

O Brasil tem hoje em seu territó-

rio centenas de santuários católicos

espalhados por sua extensão e abri-

ga aquele que está entre os maiores

do mundo, o Santuário Nacional de

Aparecida, em Aparecida do Nor-

te, São Paulo. Mas outro fenômeno

observado no cotidiano dos santuá-

rios brasileiros, além do espaço físico,

é a quantidade de pessoas visitan-

tes, os romeiros ou peregrinos. Em

Curitiba, por exemplo, o Santuário

Nossa Senhora do Perpétuo Socor-

ro recebe em média 35 mil pessoas

toda quarta-feira. E nesta média,

na capital estão os Santuários de

Nossa Senhora do Carmo e Nossa

Senhora de Guadalupe. "E não po-

deria ser diferente, pois um santuá-

rio nasce da devoção do povo e do

movimento que ele faz até o local,

considerado pelos cristãos sagrado

e de onde emanam graças vinda de

Deus e por vontade Dele", ressalta

Padre Celso Cruz, reitor anfitrião do

evento.

Santuário sedia 21º Encontro

de Santuários do BrasilMais de 70 representantes já estão inscritos e irão debater

temas pertinentes à dinâmica dos santuários

17REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

18 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

FILHOS! TER OU NÃO TER?

Tenho 36 anos e estou vivendo um relacionamento

afetivo com uma moça da mesma idade. Estamos muito

apaixonados, pensando em nos casar, mas eu não quero

ter filhos. Ela ao contrário tem o sonho de ser mãe. Que de-

vemos fazer diante desta situação? Terminar ou continuar?

Gilson Luiz - Campo Largo

Marineide Coelho Martins de Souza

Psicóloga voluntária no CRAS

Leitor, se você tem alguma dúvida em relação à área da psicologia,

escreva-nos através do e-mail: [email protected]

Atualmente esta escolha do casal

em não ter filhos vem fazendo parte

de um projeto de vida bem constante

e há vários especialistas neste as-

sunto, enumerando as razões pelas

quais estão optando por este novo

conceito de família. Entre os motivos

mais frequentes observados nestes

estudos estão: o medo de não saber

exercer o papel de pai ou mãe, a prio-

ridade pela vida e carreira profissio-

nal, o fator financeiro, a hipótese de

diminuição da vida social e sexual, a

tentativa de evitar erros do passado

(em caso de filhos de pais separa-

dos), a ideia de ter que abrir mão de

sonhos, gostos e momentos a dois,

enfim vários são os motivos que en-

grossam a lista de casais que optam

por uma vida sem filhos.

A sua questão entretanto, caro

leitor, é específica, a medida que se

trata de uma divergência de pensa-

mento, de afetos e de condições in-

ternas, diante de uma escolha que é

ao mesmo tempo individual e con-

junta. Individual, enquanto faz parte

da sua escolha como homem, como

ser humano, autor de sua própria his-

tória. E conjunta, quando a relação

afetiva ultrapassa os limites da indi-

vidualidade, ao encontrar uma ques-

tão pertinente ao futuro e a felicidade

de um casal.

É extremamente delicado ficar

adiando seu compromisso, até por-

que as mulheres são “biologicamente

programadas” para terem uma “data

de validade” neste aspecto e não po-

dem demorar a realizar este sonho

da maternidade. Por esta condição

inclusive, alguns autores acreditam

que a decisão final deve ficar por con-

ta das mulheres, já que são elas que

geram as crianças.

Procure pensar, questionar-se,

listar, escrever, ler e reler os motivos

pelos quais você reprime a possibili-

dade da paternidade, para ter certeza

que esta decisão é definitiva e imu-

tável. Caso sinta-se confortável, po-

deria quem sabe procurar um apoio

psicológico e levar esta questão em

terapia, para não tomar atitudes das

quais venha a se arrepender ou se

frustrar. Nesta equação, infelizmente

tentar convencer o companheiro com

seus argumentos não é a solução,

pois esta situação não é uma com-

petição.

Finalizando, diria que em se tra-

tando de filhos, ser pai ou mãe não

é obrigatório, mas a partir do mo-

mento que se faz esta escolha, que

ela venha fortalecida por um desejo

de tê-los e amá-los profundamente,

com responsabilidade, seriedade e

fé, pois eles vêm sem garantias, mas

são para a vida toda! Não se aceita

devolução! Que Deus os ilumine nas

suas atitudes e decisões!

PAPO COM A PSICÓLOGA

19REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

Quando levar o

bebê ao dentista?

SAÚDE

O cirurgião dentista especia-

lizado em cuidar da saúde bucal

das crianças é o Odontopediatra.

A primeira consulta da criança deve

ser entre os 6 meses e o primeiro

ano, ou seja, quando os dentinhos

de leite estiverem começando a

nascer. Nessa primeira consulta, o

dentista faz uma anamnese (entre-

vista) bem completa com os pais

ou responsáveis, questionando

sobre a gestação, o nascimento, o

crescimento e o desenvolvimento

do bebê, além de seus hábitos. O

profissional também examina toda

a cavidade bucal do bebê, com a fi-

nalidade de avaliar se o desenvolvi-

mento está dentro do normal.

Essa consulta é importante para

que os pais recebam orientações

sobre alimentação, higiene, uso ade-

quado do flúor, causas da cárie e

hábitos deletérios (chupar o dedo,

chupar chupeta, roer as unhas).

A educação em saúde e o acompa-

nhamento contínuo nos permitem in-

terceptar eventuais problemas ainda

em sua fase inicial, minimizando as

consequências. Muitos pais adiam

a primeira consulta dos filhos com o

cirurgião dentista. Mas, quando maio-

res, torna-se mais difícil modificar

hábitos de dieta e higiene.

Esse primeiro contato do bebê com

o cirurgião dentista e com o ambiente

odontológico também é importante

porque, se a primeira visita acontecer

numa situação envolvendo um aciden-

te com os dentinhos de leite, a criança

ainda não se sente familiarizada e

confortável com o ambiente odonto-

lógico, estranho para ela, o que difi-

culta o atendimento emergencial.

Patricia Kochany Felipak

Graduanda em Odontologia

Universidade Federal do Paraná

VOCÊ É QUEM FAZCamiseta exclusiva

Querido leitor, você também faz esta Revista

acontecer! Muito obrigado pela sua participa-

ção. A Revista Perpétuo Socorro é um espaço

de evangelização, formação e informação e fa-

zemos isso para você e para todos os que estão

sedentos de Cristo, que é caminho, verdade e

vida. Neste mês de fevereiro, brindamos nosso

leitores com um presente de Carnaval Cristão:

uma camiseta exclusiva do Retiro de Carnaval do

Santuário, que está muito linda.

Atenção leitores, as mensagens enviadas podem ser publicadas tanto neste espaço da Promoção, quanto na coluna “Espaço do leitor”, da página 2. Já os assuntos podem ser abordados nos artigos da RPS de maneira geral, em diversas edições. Por isso fique atento!

1. Responda a pergunta: “Qual

tema você gostaria de ler na

Revista Perpétuo Socorro?”;

2. Envie por e-mail para:

perpetuosocorroimprensa@uol.

com.br, com o assunto:

“Promoção Você é que faz”;

3. Inclua no e-mail seu nome,

endereço completo e telefone,

para receber uma lembrança

especial em sua casa.

Participe, veja como é fácil:

PROMOÇÃO

[ Filhos ]

“Olá. Gostaria de ler uma

matéria sobre: “Como lidar com

tanta tecnologia com as crianças?”

Eliana da Silva de Oliveira

Ribeirão Claro - Paraná

[ Cultura, ciência e fé ]

“A paz de Cristo! Minha sugestão: falar sobre

como a Igreja Católica influenciou o mundo

com as primeiras universidades, na cultura, na

ciência (tão duramente criticada por ser contra

a ciência), entre outras. Um feliz Ano de 2015!”

José Gilberto Heimovski

Bigorrilho - Curitiba

Os vencedores das duas agendas

do mês de dezembro são:

Roberto Reigiro Matsukura,

Jardim Botânico/ Letícia Gasparin,

Rio Branco do Sul

E os vencedores da agenda

e calendário de janeiro são:

Calendário: Deisi mèri de Macedo, Mercês

Agenda: Eliana da Silva de Oliveria

Venc

edor

es20 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

21REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

Pe. Gelson Luiz Mikuszka, C.Ss.RMissionário Redentorista

“Merece particular

apreço a doação de

órgãos feita segundo

normas eticamente

aceitáveis para oferecer

possibilidades de saúde

e de vida a doentes”

A doação de órgãos é um proce-

dimento médico não mencionado

diretamente na Bíblia. Mas o epi-

sódio em que Deus põe Adão num

sono profundo e retira dele uma

costela, formando a mulher (Eva),

é uma inspiração para a doação

de órgãos. Segundo o relato bíbli-

co, Adão doou um pedaço do seu

corpo para que Eva vivesse, mos-

trando que Deus deu ao homem

a capacidade de pensar, inven-

tar e ajudar pessoas. Deus nunca

condenou o progresso tecnológico

e a medicina em si.

Deus deixou a liberdade para que

o ser humano use sua capacidade de

pensar e agir para o bem. Ele nos deu

a capacidade de defender e salvar

vidas a qualquer custo. Assim, doar

para o benefício dos outros é sempre

uma atitude boa (cf. Atos dos Após-

tolos 20, 35). Doar órgãos para sal-

var vidas é um elevado ato de amor

(cf. João 15, 13). A forma mais comum é

doar órgão de alguém que já morreu.

A doação acontece por decisão da fa-

mília ou pela própria pessoa, enquan-

to estava viva. Esse ato de bondade e

amor beneficia o outro. Se estivermos

mortos e nosso coração puder bater

em outro peito ou nossos olhos pu-

derem ajudar outro a enxergar, cer-

tamente que seremos abençoados

por Deus. Se não estivermos mortos

e quisermos doar órgãos a alguém

sem danos maiores à nossa saúde,

também seremos abençoados.

A doação de órgãos não contra-

ria a fé cristã, pois “Deus dá vida aos

mortos e chama à existência o que

antes não existia” (Rm 4, 17). Mas,

esse procedimento precisa ser reali-

zado dentro das normas éticas, com

toda segurança possível e feito gra-

tuitamente. A encíclica Evangelium

Vitae ensina: “merece particular apre-

ço a doação de órgãos feita segundo

normas eticamente aceitáveis para

oferecer possibilidades de saúde e

de vida a doentes, por vezes já sem

esperança”. Todos aqueles que doam

órgãos aos irmãos, doam um pouco

do seu amor e permanecem sem-

pre nesse amor, pois “o amor jamais

acabará” (1Cor 13, 8). O Catecismo da

Igreja Católica afirma: “A doação gra-

tuita de órgãos é legítima e meritó-

ria”. Vale lembrar que doar sangue e

medula óssea também é um ato que

salva vidas. Basta procurar nos ór-

gãos competentes e desde já ajudar

na preservação da vida.

Se Jesus deu sua própria vida

por nós, também somos chamados

a doar um pouco da nossa vida a al-

guém que precisa, pois não há maior

prova de amor que doar a vida pelo

outro, dizia o cântico: “Prova de amor

maior não há, que doar a vida pelo ir-

mão". Pense nisso!

DOAR ÓRGÃOSÉ DOAR

VIDA

O LEITOR SUGERE

22 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

Partilho este milagre

“Senhores Missionários Redentoristas e queridos devotos:

Em setembro de 2010, meu filho de quatro anos foi diagnosticado

com leucemia. No início ficamos mudos e levou algum tempo para

recuperarmos o chão. A médica nos explicou que no primeiro ano

o tratamento seria mais intensivo e ele teria de fazer quimiotera-

pia por mais ou menos três anos. Foram vários momentos difíceis:

cirurgia para colocação de cateter, aversão à medicação, que muitas

vezes ele teve de tomar à força e, sobretudo, o sofrimento de vê-lo tão

pequeno enfrentando uma batalha tão difícil.

Sempre fomos devotos de Nossa Senhora do Perpétuo

Socorro e durante o tratamento meu marido vinha religiosamen-

te às novenas a pé, colocando a vida de nosso filho nas mãos

da Mãezinha querida e tudo ia bem.

Na reta final do tratamento, após uma sessão de quimiote-

rapia, ele teve um quadro gravíssimo: queimaduras na boca,

garganta e esôfago, além de alterações nos rins e fígado.

As plaquetas e leucócitos estavam em estado precário. Mesmo in-

ternado, a situação piorava e fomos informados de que a medula

poderia ter sido afetada. Desesperados, imploramos um milagre

a Nossa Senhora e ele foi melhorando aos poucos. Algum tempo

depois, a médica nos comunicou que o hospital havia cometido

um erro gravíssimo: meu filho havia recebido uma hiperdosagem

de medicação, por isso aquela reação.

Graças à proteção da Mãe do Perpétuo Socorro, ele concluiu

o tratamento em dezembro de 2012, completamente curado, sem

sequelas.

Em julho de 2014, novos exames indicaram que tudo está bem

com ele. Prezados devotos, partilho este milagre em detalhes para

alegrar-vos, pois a Mãe do Perpétuo Socorro nunca nos desampara

e nos momentos mais difíceis, Seu filho, Jesus, nos carrega no colo.

Obrigada, Mãezinha querida.”

Uma família eternamente agradecida.

CARTA DE AGRADECIMENTO

23REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15COMO VAI SEU PORTUGUÊS

Duas igrejas de Ouro Preto receberam como presente uma imagem de determinada santa, e, para decidir qual das duas ficaria com a escultu-

ra, os vigários apelaram à decisão de um burrico. Colocaram-no entre as duas paróquias e esperaram o animalzinho caminhar até uma delas.

A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. O burrico caminhou direto para uma. Só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários

havia treinado o animal, e ‘conto do vigário’ passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.

“Língua distinta não combina com o estúpido, menos ainda, com o notável língua mentirosa.” (Prov.17,7)

Dando sequência aos erros mais comuns cometidos,

atenção redobrada para:

1. Há dez anos atrás.Há e atrás indicam passado na frase.

Use apenas 'há dez anos' ou 'dez anos atrás'.

2. “Entrar dentro”.O correto é: Entrar em.

Outras redundâncias como esta: Sair para fora;

elo de ligação; monopólio exclusivo;

já não há mais; ganhar grátis; viúva do falecido.

Basta a primeira palavra para definir o que se quer dizer.

3. “Venda à prazo”. Não existe crase antes de palavra masculina.

Então o correto é: venda a prazo.

4. “Vai assistir “o” jogo hoje. Assistir no sentido de presenciar exige preposição 'a':

Vai assistir ao jogo hoje.

5. Preferia ir “do” que ficar.Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia ir a ficar.

É preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a

morrer sem glória.

6. Quebrou “o” óculos.Concordância no plural: os óculos, meus óculos.

Da mesma forma: Meus parabéns, meus pêsames,

seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias.

7. Comprei “ele” para você. Eu, tu, ele, nós, vós, eles não podem ser objeto direto.

Assim: Comprei-o para você. Deixe-o sair,

mandou-me entrar, viu-a, deu-nos.

Elisabet M. M. Bonafini

Psicomotricidade/Inglês-Português

Curiosidade: a origem da expressão “conto do vigário”:

24 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

Atualmente, Dom José Peruzzo exerce a função de bispo referencial

da Pastoral da Pessoa Idosa da CNBB e é o bispo referencial da Catequese

no Regional Sul 2 do Paraná

CURITIBA RECEBE NOVO ARCEBISPO EM MARÇO

Nomeado no dia 7 de janeiro, Dom José Antonio

Peruzzo, toma posse de sua nova missão em 19 de março,

dia de São José, às 19 horas, na Catedral Metropolitana de

Curitiba, Nossa Senhora da Luz.

O novo arcebispo de Curitiba é natural de Cascavel,

Paraná. Foi nomeado bispo de Palmas/Francisco Beltrão

pelo papa Bento XVI, em 24 de agosto de 2005, tendo como

lema episcopal “Fazei discípulos… ensinai”. Possui mestra-

do e doutorado em Ciências Bíblicas pela Pontifícia Univer-

sidade de Santo Tomás de Aquino, em Roma.

Atualmente, Dom José Peruzzo exerce a função de bispo

referencial da Pastoral da Pessoa Idosa da CNBB e é o Bispo

referencial da Catequese no Regional Sul 2 do Paraná.

“É uma graça de Deus, que está agindo em nossa

família e em nossa comunidade”, afirma Dona Lourdes,

mãe de Dom José. O pai, Ângelo, emocionado, ressaltou:

“É gratificante. Quando ele era criança jamais eu imaginava

que um dia poderia ser um bispo”.

Dom José fez sua primeira visita a Roma, após sua

ordenação episcopal, de 15 a 30 de setembro de 2006,

quando participou de Seminário promovido pela Congrega-

ção para a Evangelização dos Povos. Em visita Ad Limina,

realizada em outubro de 2010, Dom José esteve com o Papa

Bento XVI, no Vaticano: “Foi um encontro que não esquece-

rei jamais. Parece que a sabedoria se tornou pessoa e é im-

pressionante com que amabilidade ele se referia à juventu-

de em nosso estado do Paraná. Eu lhe referi sobre o grande

número de catequistas. Falei dos programas de educação

da fé. Também lhe mencionei sobre a Pastoral Familiar”.

Dom José deu especial atenção à formação dos leigos,

dando continuidade ao trabalho de Dom Agostinho. Den-

tre outras atividades, incentivo à catequese, aos ministros

auxiliares de comunidade, às equipes litúrgicas, à educa-

ção política e fé, à teologia e aos estudos bíblicos. À fren-

te da diocese de Palmas/Francisco Beltrão viveu um mo-

mento inédito na diocese, quando foi bispo ordenante da

ordenação episcopal de Dom Geremias Steinmetz e Dom

Agenor Girardi, em março de 2011.

Após sua posse, em março, Dom José virá ao

Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde

preside a Missa de nomeação de Padre Celso Cruz como

reitor desta comunidade.

Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Curitiba

O irmão sempre Alegre

"Criança feliz, feliz a cantar...". Esta música

nos lembra que crianças geralmente são ale-

gres e não precisam de muito para se diverti-

rem. Às vezes, algo muito simples as envolve.

Uma vez li o livro do frei Jorge E. Hartmann

chamado "Francisco, o irmão sempre alegre".

Este livro me fez descobrir que São Francisco,

além de todas as qualidades que já conhe-

cia dele, como amar os animais, defender a

paz e a simplicidade de vida, seu amor por Je-

sus, sua bondade, era também muito alegre,

e isso também contribuiu para sua santidade.

E assim também todos os cristãos, crian-

ças ou mais crescidos, precisamos buscar a

alegria, pois quem tem o amor de Deus não

deve ser triste!

O Carnaval pode ser um tempo de alegria,

de diversão saudável, mas que não seja ape-

nas de euforia, que é uma falsa impressão de

que estamos alegres.

Que a nossa alegria seja sempre verdadei-

ra, e para isso, precisamos buscá-la direto em

Jesus.

Seja alegre, seja feliz!

25REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15 25FOLHINHA

26 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15 RELACIONAMENTO26

PAIS, MÃES E NOSSOS FILHOS

Eliani Fatima Fabian / CRP 08/04381

Psicóloga Clínica, voluntária do CRAS

“Viver exclusivamente em função dos filhos pode levar a esquecer

quem realmente somos, deixando em segundo plano nossa própria

individualidade e felicidade

Para muitas mulheres, desenvolver esta atitude frente aos seus filhos é um grande desafio.

27REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

A vida é um eterno fluir! Nasce-

mos, crescemos, nos enamoramos e

casamos. Para muitos surge aquele

desejo de ter filhos e construir uma fa-

mília. Este parece ser o percurso natu-

ral da vida. E quando os filhos chegam,

desejamos intensamente que eles te-

nham um futuro feliz e próspero. E não

iremos medir esforços para isso.

Mas, para que este objetivo pos-

sa ser alcançado, desde muito cedo

precisaremos ensiná-los e incentivá–

los a seguir seus próprios caminhos.

Será necessário que, gradativamente,

aprendam a assumir responsabilida-

des por seus interesses e escolhas.

Para muitas mulheres, desenvolver

esta atitude frente aos seus filhos é um

grande desafio, pois o mais comum

é tornar-se mãe, dar adeus à vida

pessoal, projetos, e agarrar-se aos filhos.

A maternidade torna-se a única e

principal tarefa e o lema passa a ser:

“Ser mãe é para sempre!”.

Esta atitude, porém, apesar de

profundamente bem intencionada,

pode gerar consequências trágicas e

nocivas para todos os envolvidos:

para ela mesma, a mãe, para seu par-

ceiro e para os filhos.

Na realidade, o que muitas vezes

acontece é que, inconscientemente,

nós mulheres podemos usar nossos

filhos para suprir sentimentos de carên-

cia, de impotência e de abandono que

vivenciamos em nossas infâncias. Por

dependerem física e emocionalmente

de nós, ou seja, da figura materna, nos-

sos filhos tornam-se álibis ideais para

que desviemos a atenção de nós mes-

mas. Para sempre.

De fato, esse tipo de atitude mater-

na pode, ainda que sutilmente, revelar

aos nossos filhos que nossa vida não

está sendo nem fácil e nem feliz. Pois é

com ansiedade que cuidaremos deles e

é de forma excessiva que lhe daremos

atenção, enquanto estes nossos com-

portamentos estarão sendo cuidado-

samente captados por nossos filhos.

E um dia, infelizmente, serão por eles

reproduzidos ao longo de suas próprias

vidas, podendo essa forma de exercer a

maternidade, infelizmente, ser transmi-

tida por gerações e mais gerações de

mães.

Quando não aprendemos a viven-

ciar com consciência nossas emoções

e nossas necessidades, a opção por

esta atitude pode tornar nossas vi-

das extremamente difíceis e pesadas.

E será esta, exatamente, a mensagem

subliminar que estaremos passando

para nossos filhos.

Nos tempos em que vivemos, optar

por este tipo de exercício da maternida-

de – de viver exclusivamente em função

dos nossos filhos, pode levar-nos a es-

quecer de quem realmente somos, dei-

xando em segundo plano nossa própria

individualidade e felicidade.

É possível que a principal função

da maternidade seja exatamente a

de mostrar aos nossos filhos as “por-

tas“ para o mundo, e assim ajudá-los

a abrir seus olhos e firmar seus pas-

sos para todas as possibilidades que

a vida oferece.

Permita-se. Proponha-se repensar

a forma com a qual você exerce sua

maternidade. Analise-a. Veja se ela po-

deria ser diferente. Dê-se conta de que

a maternidade saudável é uma fase de

transição, temporária. É um período du-

rante o qual você pode desenvolver, no

intimo dos seus filhos, individualização,

liberdade e segurança frente às esco-

lhas que a vida lhes apresentará. Uma

maternidade equilibrada pode evitar

que filhos/as vivam emaranhados com

suas mães, ainda aos 30 ou 40 anos.

Além desse resultado catastrófico, pri-

var-se de relacionamentos adultos e

saudáveis leva a “mãe profissional” a

perder a oportunidade de estabelecer

relacionamentos vigorosos, alegres e

excitante, onde o “amor“ entre mulhe-

res e homens seja a tônica máxima - por

longos e longos anos.

Por isso tudo, ao repensar sua forma

de exercer a maternidade, proponha-se

avaliar o seguinte aspecto: na sua díade

pessoal com seu(s) filho(s), como fica a

relação com seu marido?

Muitos pais, sem o saberem, são vi-

timas dessa concepção equivocada de

maternidade. E é possível que aceitem

essa situação pois, ainda que incons-

cientemente, reconhecem situação

similar por eles vivida com a sua pró-

pria mãe. A reflexão proposta pode ser

assim resumida: como estou vivencian-

do minha maternidade? Dito isso, uma

pequena sugestão: deixe que a refle-

xão proposta ocorra de forma simples e

espontânea, para que o fluir natural da

vida não sofra descontinuidade.

“...mostrar aos nossos filhos as “portas“ para o mundo, e assim ajudá-los a abrir seus olhos e firmar seus passos para todas as possibili-dades que a vida oferece.

Centro Redentorista de Ação Social – CRAS Rua Amâncio Moro, 135, próximo ao Santuário.

Telefone: (41) 3352-6216 [email protected]

Missionários Redentoristas/Núcleo Social

VENHA SERUM VOLUNTÁRIO

O nosso Centro Redentorista

de Ação Social existe e acontece

graças também à doação pes-

soal de profissionais de diversas

áreas, que chegaram até aqui,

grande parte, através da partici-

pação na Novena.

Por isso queremos reforçar este

convite! Se você deseja realizar um

trabalho voluntário doando parte

de seu tempo e conhecimento pro-

fissional, venha para o CRAS.

Aqui oferecemos diversos ser-

viços gratuitamente a milhares

de pessoas, que são beneficiadas

todos os anos, graças à doação

de pessoas generosas. Para 2015,

pense nisso.

Atualmente estamos preci-

sando de voluntários na seguin-

tes atividades: Inglês, Informática,

Violão, Nutrição e Fonoaudiologia.

Se você é profissional nestas áreas

e gostaria de realizar um trabalho

voluntário procure-nos.

Caso seja de outras áreas e

também sente este chamado, es-

tamos igualmente abertos à sua

proposta. Deus abençoe a todos

os voluntários!

Reforço escolar

Atendimento as crianças e adolescentes do

ensino fundamental Acompanhamentos,

atendimentos aos pais. Atendimento indivi-

dual e pequenos grupos, em todas as áreas

do conhecimento. Informações no CRAS .

Amor exigente

O Amor Exigente agora está no CRAS.

Trata-se de um grupo para dependentes

químicos e familiares. Toda terça-feira às

19h30. Faça a sua parte na luta pela vida

saudável! Participe!

Autoestima para mulheres

Mulher, no CRAS você tem um espaço ex-

clusivo na Terapia em grupo com psicó-

loga. Toda quarta das 10 às 11h30. Venha

participar!

Violão

Mais novo curso que o Centro Redentoris-

ta está oferecendo. Informe-se no CRAS

e participe!

Alcoólicos anônimos

Um grupo pioneiro de ajuda na doença

do alcoolismo. Se sua família padece com

esta enfermidade, junte-se a nós.

Toda quarta-feira, às 19h45, no CRAS.

Terapias gratuitas

No CRAS você encontra: Terapia individual

com psicólogos, Estimulação Cognitiva

para Idosos (grupo) e Acupuntura.

Ligue e informe-se!

Projetos sociais

O CRAS oferece: Reforço escolar, Aten-

dimento com Assistente Social, Bazar

Beneficente (toda quarta), Comunidade

Terapêutica Perpétuo Socorro (para depen-

dentes químicos), doações de alimentos

para famílias e instituições cadastradas.

Venha conhecer esta obra!

Cursos

O CRAS oferece cursos de Informática, In-

glês, Artesanato, Alfabetização de Adultos

e Tricô. Aprenda algo novo. Capacite-se!

Doe roupas

Doe roupas e calçados ao Bazar Benefi-

cente do Santuário. A renda é revertida

a obras sociais. Entregue sua doação no

CRAS ou no Santuário. Obrigado!

Materiais para artesanato

O CRAS necessita de doações de mate-

riais para o Curso de Artesanato gratuito.

Confira a lista na Secretaria do Santuário.

Obrigado!

Serviços

Orientação jurídica, Fonoaudiologia e Nu-

tricionista para famílias com baixa renda

você encontra aqui no Centro Redentorista.

Procure-nos!

28 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

29

PARCERIAS: GESTO CONCRETO

DE MISSÃO E AÇÃOO Bazar Beneficente de roupas usadas acontece todas

as quartas-feiras no espaço cedido pelo Coritiba

Mais um ano se inicia e a grande

alegria é poder contar com parceiros

que caminham juntos no crescimen-

to de nossas obras sociais e pasto-

rais. O Santuário de Nossa Senhora

do Perpétuo Socorro, tem uma be-

líssima parceria com o Coritiba Foo-

tball Club (projeto Coritiba Retribui),

e para iniciar as atividades de 2015,

a nova diretoria do clube solicitou as

bênçãos de Nossa querida mãezinha

do Perpétuo Socorro, para que assim

seja um ano de muita paz, realiza-

ções e união entre todos que fazem

parte do Coritiba.

Foi um momento de oração e

graças para a vida das pessoas que

acreditam no amor de Deus e que ex-

pressam sua fé através do reconhe-

cimento divino para suas atividades.

Padre Jorge Rocha, Missionário Re-

dentorista e integrante da Comuni-

dade Terapêutica Perpétuo Socorro,

esteve no clube abençoando a nova

equipe e partilhando suas experiên-

cias de vida e missão.

Para o Santuário é muito impor-

tante essa parceria, pois através dela

muitas crianças são beneficiadas pelo

do Lar Mãe Maria, administrado pelas

Irmãs Beneditinas da Divina Provdên

cia, que também atuam pastoralmen-

te no Santuário e contribuem com

nossas obras sociais, coordenando o

Bazar Beneficente de roupas usadas,

que acontece todas as quartas-feiras

no espaço cedido pelo Coritiba. Nesse

espaço também acontecem as ofici-

nas de artesanato do Centro Redento-

rista de Ação Social, além de abrigar

um amplo depósito de materiais de

uso do Santuário.

Seja você também um colabora-

dor desta obra que gera vida, informe-

-se no Centro Redentorista de Ação

Social, que fica à Rua Amâncio Moro,

135 ou pelo telefone: (41) 3352-6216.

Ana Rocha/ Núcleo Social

29REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15OBRA SOCIAL

PERPETÓLEO

A maior satisfação no desenvolvimento de um pro-

jeto é o seu desempenho, para chegar em um resultado

satisfatório. Para o Santuário, o resultado do Projeto

Perpetóleo está sendo muito positivo, graças à confiança

e ao comprometimento da comunidade e de todos os que

participam.

Em 2014 foram mais de 100 mil litros de resíduo

retirado do solo. Isso prova o quanto as pessoas se

preocupam com a natureza e com a qualidade de vida.

Um dos fatores importantes é a conscientização, pois se ela

acontece, com certeza tudo se torna mais fácil.

Neste ano não será diferente, muitos de nossos cola-

boradores já retomaram suas atividades e percebe-se que

o Perpetóleo já faz parte de sua rotina. Podemos identificar,

através da demanda de coleta realizada no mês de janeiro,

o que nos alegra e nos dá força e coragem para caminhar-

mos nesse novo ano.

O Projeto Perpetóleo é fruto da Campanha da Fraterni-

dade de 2011, que trouxe como tema “Fraternidade e vida

no planeta”. Em 2012, atendendo também o tema “Que a

saúde se difunda sobre a terra”, o Santuário foi muito além,

iniciou uma grande missão na área da saúde, inaugurando

a Comunidade Terapêutica Perpétuo Socorro, de acolhida

a dependentes químicos. E a partir disso o projeto passou a

contribuir com a comunidade, destinando sua renda.

Em 2015 não será diferente, pois o tema “Eu vim para

servir” também está em consonância ao projeto pelo seu

objetivo, servir a Deus cuidando da natureza e dos mais

necessitados, através de seu cunho evangelizador e de

doação. Cada pessoa que contribui com o Projeto Perpetóleo

está contribuindo para a construção de um Reino de amor,

ecologia e saúde. A preservação da natureza com força de

vontade e consciência trará um retorno direto e positivo

a nós mesmos e às futuras gerações.

Se você ainda não é parceiro deste projeto informe-se:

(41) 3253-2031 ou 8739-8023, e conheça um pouco mais

desta obra que gera vida.

Ana Rocha

Núcleo Perpetóleo

“Eu vim para servir”

Em 2014 foram mais de 100 mil litros

de resíduo retirado do solo

30 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15

Novenas

Quarta-feira: 6h, 7h*, 8h, 9h, 10h, 11h, 12h*, 13h, 14h, 15h, 16h, 17h, 18h, 19h, 20h, 21h*, 22h. * Novenas com Missas

Missas

Domingo: 8h30, 10h30, 12h e 19h

Segunda-feira:

12h e 19h30 (Missa das Almas)

Terça-feira: 7h, 12h e 19h30

Quarta-feira: 7h, 12h e 21h

Quinta-feira: 9h, 12h, 15h e 19h30

Sexta-feira: 7h, 12h e 19h30

Sábado: 7h, 12h e 19h30

Missas do Santíssimo

Todas as quintas-feiras às 9h, 15h e 19h30

Missas da Misericórdia

Todas as sextas-feiras às 19h30

Bênção da Saúde

Todos os dias nas Missas das 12h e nas Novenas de quarta-feira

Confissões

Das 6h às 22h nas quartas-feiras Nos demais dias, meia hora antes das missas, ou marcar hora na secretaria.

Batizados

Todo primeiro e terceiro sábado do mês às 10h.

Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Praça Portugal, s/n – Alto da Glória 80030-170 Cx Postal 20013 Curitiba/PR Fone/Fax: 41 3253 [email protected] www.perpetuosocorro.org.br

Expediente da Secretaria: Segunda a sexta das 8h às 18h Sábado das 8h às 12h

Campanha do devoto perpétuo Fone: 41 3363 [email protected]

Centro Redentorista de Ação Social Rua Amâncio Moro, 135 Alto da Glória 80.030-220 Curitiba/PR Fone: 41 3352 [email protected]

HORÁRIOS DO SANTUÁRIO

Projeto: MarcaCliente: Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

PRIVILEGIE NOSSOS PARCEIROS NA EVANGELIZAÇÃO

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36 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14

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