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ANO XVIII FEV/15 EDIÇÃO 179
PERPÉTUO SOCORRO SEDIA ENCONTRO DE SANTUÁRIOS DO BRASIL PÁGINA 16
QUARESMA O SIGNIFICADODAS CINZAS PÁGINA 5
CAMPANHA DA FRATERNIDADE
“EU VIM PARA SERVIR” (MC 10,45)
Página 10
3REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
SUMÁRIO/ FEVEREIRO 2015
04 Editorial.
05 Quaresma:
O significado das cinzas.
06 Notas e registros.
08 Igreja em Foco:
A intolerância religiosa
10 CF 2015:
“Eu vim para servir”
12 Catequese:
De novo, o pecado
16 Igreja no Brasil:
Santuário sedia 21º Encontro
de Santuários
18 Papo com a Psicóloga:
Filhos! Ter ou não ter?
21 O leitor sugere:
Doar órgãos é doar vida
24 Curitiba receberá novo arcebispo.
26 Relacionamento:
Pais, mães e nossos filhos
29 Obra social – Parcerias:
Gesto concreto de missão e ação
4 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
[ DOGMAS ] "Sugiro que fosse explicado o que é e quais são os Dogmas da Igreja Católica, em etapas. Minha curiosidade surgiu quando ouvi sobre a Assunção de Nossa Senhora ao Céu, pois como leiga, sempre acreditei que Nossa Senhora teria subido ao céu como Jesus seu Filho. Quero entender melhor a diferença entre o que foi construído pelo homem ou Papas em nossa religião, e o que está escrito realmente na Bíblia. Obrigada!
Marineide de Souza Curitiba - PR
[ PARA TODA A VIDA ] "Olá! Gostaria de ler na Revista do Perpétuo Socorro sobre: Concílio Vaticano Segundo; Vida dos santos, (um por mês); Como testemu-nhar Jesus em tempos modernos; Juventude e Igreja Católica; Como ser sinal de luz no mundo?; Porque é importante fazer círculos bíblicos?; Como ser mais disponível?; Como saber qual é a vontade de Deus em minha vida?; Qual é o maior desafio da Igreja Católica na atualidade?; Como formar uma família santa diante de Deus?; O que é preciso fazer para ser santo?; Será que estou fazendo a vontade de Deus?; Catequese dinâmica. Atenciosamente!" Letícia GasparinRio Branco do Sul - PR
ESPAÇO DO LEITOREste espaço é feito com a sua participação,caro leitor. Mande sua carta ou e-mail para nós com comentários, críticas ou sugestões de temas: [email protected] ou Caixa Postal 20.013 CEP.: 80.062-980 Curitiba/PR
Queridos devotos, dese-jo que a benção de Deus seja constante em vossas vidas! É uma imensa alegria falar ao coração de vocês sobre coisas que têm o dom de enobrecer nossa existência. Fiquei quatro anos como reitor do seminário São Geraldo Magela, na missão de cuidar da vocação de nossos jovens seminaristas, e agora retorno ao Santuário, para jun-to da comunidade redentorista continuar os trabalhos.
O Santuário tem sido sinal de esperança para uma multi-dão de pessoas que chegam aqui. Sei que a missão que estou assumindo é exigente e peço vossas orações. Seguin-do a proposta da Campanha da Fraternidade deste ano afir-mo também que “eu vim para servir” (Mc 10,45). Quando nos colocamos a serviço a gente começa a entender que a lógi-ca de Deus é diferente da lógi-ca do mundo. É tempo então de pedir a Deus um coração sábio e inteligente para bem conduzir o cotidiano de nossas vidas, num exercício contínuo de compromisso com o outro.
A dinâmica da salvação passa pelo viés da solidarie-
dade. Penso que este tempo que vamos entrar é propício para uma profunda reflexão e um sincero movimento de con-versão. Precisamos estar no mundo sem ser do mundo, as-sim como São Paulo apóstolo já anunciava. Que em nosso jeito de viver possamos buscar as coisas celestes e não as ter-restres. O Santuário vai oferecer uma programação para a Qua-resma pensando exatamente na vivência santa e fecunda. A proposta da Campanha da Fraternidade nos ajuda a aden-trar de forma inteira e compro-metida no mistério que o tempo quaresmal exige.
Querido devoto, faça des-ta quaresma um tempo novo em sua vida, participe de forma plena desta liturgia, que tem o dom de nos aproximar do divino. Participe das celebrações fortes deste tempo, receba as cinzas e também reconcilie-se com você, com os outros e com Deus.
Desejo que você, cada dia mais, tenha uma vida em Deus. Receba meu abraço fraterno e minhas orações. Que o Deus da vida por intercessão da Mãe do Perpétuo Socorro te abençoe e te proteja.
Administrador: Pe. Celso Cruz. Conselho editorial: Pe. Celso Cruz, Pe. Lourenço Kearns, Pe. Rodrigo Augusto, Giovani Ferreira e Ana Paula Rodrigues Fer-
reira. Jornalista responsável: Ana Paula Rodrigues Ferreira – MTB 4198/17/38 Proj. gráfico e diagramação: Parresia Comunicação Católica – (33) 3279-
007. Essa produção conta com a participação da Pastoral da Comunicação Contato e sugestões: [email protected] - (41) 3253 2031.
Contato Comercial: [email protected] | Willerson Soares (41) 9638.6673.
EXPEDIENTE
Padre Celso Cruz, CSsR/ Administrador do Santuário
PARA BEM SERVIR
EDITORIAL
5REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
Pe. Gelson Luiz Mikuszka, C.Ss.RMissionário Redentorista
No dia 18 de fevereiro celebramos a Quarta-feira de
Cinzas e o início da Quaresma em toda Igreja Católica.
O significado das cinzas tem sua origem no Antigo
Testamento e simbolizam penitência. Por exemplo, no
livro de Ester, Mardoqueu se veste de saco e se cobre
de cinzas quando soube que o decreto do Rei Asuer I da
Pérsia, condenou à morte todos os judeus de seu império
(cf. Ester 4, 1). Jó, cuja história foi escrita entre os anos VII
e V antes de Cristo, mostra que havia se arrependido e,
por isso, cobriu-se de cinzas (cf. Jó 42, 6).
Cerca de 550 anos antes de Jesus, o profeta Daniel
profetizou a tomada de Jerusalém pela Babilônia, dizen-
do: “Volvi-me para o Senhor Deus a fim de dirigir-lhe uma
oração de súplica, jejuando e me impondo o cilício e a cin-
za” (Dn 9, 3). No século V antes de Cristo, logo depois da
pregação do profeta Jonas, o povo de Nínive proclamou
jejum e pediu que todos se vestissem de saco, e o Rei,
levantou-se de seu trono e sentou sobre cinzas (cf. Jn 3,
5-6). Estes exemplos do Antigo Testamento mostram as
cinzas como símbolo de arrependimento.
Jesus se referiu ao uso das cinzas, dizendo: “Ai de ti,
Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque se tivessem sido feitos
em Tiro e em Sidônia os milagres que foram feitos em vos-
so meio, há muito tempo elas se teriam arrependido sob o
cilício e as cinzas” (Mt 11, 21). Desde os primeiros tempos,
a Igreja assumiu o simbolismos das cinzas. Em seu livro
“De Poenitentia” , Tertuliano (160-220 DC), prescreveu
que todo penitente deveria “vestir-se com um tecido
de saco rude e coberto de cinzas”.
Eusébio, o famoso historiador dos primeiros anos
da igreja (260-340 DC), relata que uma pessoa sem
fé chamada Natalis se apresentou ao papa coberto de
cinzas a fim de pedir perdão. Na história do sacramento
da confissão, sabe-se que houve na Igreja o costume de
colocar cinzas na cabeça do penitente quando este saía
do confessionário.
Com o passar dos tempos, o uso das cinzas tornou-
-se uma celebração para dar início ao tempo da Quares-
ma, isto é, o período de quarenta dias para se preparar
para a Páscoa. Atualmente, as cinzas impostas sobre a
cabeça dos cristãos são feitas com os ramos que foram
abençoados no Domingo de Ramos. Assim, as cinzas
nos ajudam a voltar nosso coração para Deus, conscien-
te que as coisas deste mundo são passageiras e que
um dia nos transformaremos em cinzas, pois seremos
eternos juntos de Deus.
O Antigo Testamento mostram as cinzas como símbolo de arrependimento
O SIGNIFICADO DAS CINZAS
QUARESMA
6 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
Peregrinação com o Ícone
Peregrinos do Santuário estiveram
em São Francisco do Sul, Santa Catarina,
para levar o Ícone de Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro até a Paróquia de
Nossa Senhora dos Navegantes.
A Missa foi celebrada pelo padre Edilei,
missionário redentorista.
Casamento ComunitáriO
Santuário realiza mais uma celebração
de Casamento Comunitário no próximo
mês de junho, dia 27. Informe-se na
secretaria do Santuário.
Nota Oficial
O Santuário Nossa Senhora do Perpé-
tuo Socorro informa a todos os devotos
que não possui vínculos com a empresa
Megamania, que se estabeleceu na Praça
Portugal, onde também se localiza o
Santuário. As rendas obtidas com a venda
de títulos de capitalização pela Megama-
nia nas proximidades do Santuário ou em
quaisquer localidades, não são destinadas
ao Santuário, bem como a seus projetos
sociais e pastorais.
Novo provincial
No dia 5 de janeiro o Santuário celebrou
a Missa de posse do novo provincial
redentorista da Província Campo Grande,
Padre Henrique Lima, e seu conselho,
composto por Padres Celso Cruz e Dirson
Gonçalves. Padre Henrique estará à frente
dos redentoristas durante o próximo qua-
driênio. Que Deus ilumine seu caminho
e sua nova missão!
Receba nossa Newsletter
Caro devoto! Receba as notícias do
Santuário toda quarta-feira, no seu e-mail.
Para receber é fácil, basta entrar em nos-
so site: www.perpetuosocorro.org.br, rolar
até o fim da página. Ali encontrará um
espaço com a mensagem: “Assine nossa
newsletter”. inscreva ali seu e-mail.
Você vai receber um pedido de confir-
mação por e-mail. Entre no seu e-mail,
confirme e pronto! Toda quarta-feira você
receberá notícias do Santuário e artigos
de formação diretamente no seu e-mail.
Até lá! Assine e divulgue!
NOTAS E REGISTROS
Nova comunidade
Em fevereiro o Santuário deu as boas-vindas à nova comunidade redentorista que aqui
irá trabalhar pelo próximo quadriênio (2015-2018). Dom Rafael Biernaski, bispo adminis-
trador da arquidiocese de Curitiba, presidiu a celebração em que Padre Celso Cruz foi
nomeado como novo administrador. A comunidade conta ainda com os padres Rodrigo
Augusto e Lourenço Kearns, e seis seminaristas redentoristas. Na foto: padres Celso,
Rodrigo, Lourenço, Dom Rafael, padres Vicente, Henrique e Primo Hipólito.
7REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
VENHA REZAR NO SANTUÁRIOGrupo de Oração Fonte de Misericórdia/RCC Segunda às 15 horas
Oração do Santo Rosário Terça às 15 horas
Hora Santa das Famílias
Terceira sexta do mês, às 15 horas
Terço das Almas
Segunda às 19 horas
Missa pelas Almas
Segunda às 19h30
Terço das famílias
Terça às 19 horas
Missa pelas famílias
Terça às 19h30
Missa do Santíssimo
Quinta às 9, 15 e 19h30
Missa da Misericórdia Sexta às 19h30
Missa do meio-dia com bênção da Saúde
Todos os dias
Ofício da Imaculada
Primeiro sábado do mês, às 11h30
Apostolado da Oração
Primeira sexta do mês,
Hora Santa às 15 horas,
seguida de Missa do Sagrado
Coração de Jesus às 16 horas.
Legião de Maria
Terça às 15 horas
Vigília ao Santíssimo Sacramento
Primeira sexta do mês,
após Missa das 19h30
Missa das Capelinhas
Último sábado do mês às 12 horas.
Retiro para casais jovens
O Movimento de Casais Jovens (MCJ)
do Santuário convida os casais com até
10 anos de matrimônio para o 7º Encon-
tro de Casais Jovens de Curitiba, a ser
realizado nos dias 27, 28 e 29 de março
de 2015. Inscrições e mais informações
na secretaria do Santuário ou pelo telefo-
ne (41) 3253-2031.
Calendário e agenda 2015
Os Missionários Redentoristas e suas
equipes preparam lindos calendários e
agendas 2015, com destaque para datas
litúrgicas e celebrações da Igreja, liturgia
diária e mensagens de fé. À venda na
loja do Santuário.
Rádio Perpétuo Socorro no celular
Agora os devotos podem acompa-
nhar mais de perto o Santuário Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro, baixando
grátis o aplicativo para celular (plata-
forma Android) da Radio Web Perpétuo
Socorro. Acesse a página em seu celular:
www.perpetuosocorro.org.br e baixe o
aplicativo.
Precisa-se de voluntários
O Centro Redentorista de Ação Social
necessita de profissionais voluntários
para as seguintes atividades: Inglês, In-
formática, Curso de Violão e Orientação
Nutricional. Informe-se no CRAS oi pelo
telefone 41 3352-6216. Veja mais deta-
lhes também na página 28 desta edição.
8 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
A INTOLERÂNCIARELIGIOSA
“Paz não é a simples ausência de guerra, mas o resultado de um
processo de purificação e elevação cultural, moral e espiritual de cada
pessoa e povo, no qual a dignidade humana é plenamente respeitada”
(Bento XVI)
Bruno André Souza ColodelDiscípulo da Comunidade Católica Shalom
IGREJA EM FOCO
Os mártires de nossa Igreja em
nenhum momento negaram Jesus
Cristo, de tal modo que optaram por der-
ramar seu sangue e morrer para firmar
o testemunho de fé incondicional no
salvador da humanidade.
Desde os primórdios, o cristianismo
foi extremamente perseguido, como
podemos ler nas escrituras, o relato
de mártires como Estevão e o após-
tolo Tiago, e que perduram até hoje.
Ao longo da história da Igreja, milha-
res de pessoas morreram em nome
da fé, defendendo Jesus Cristo, até
a última gota de sangue.
Com a expansão da doutrina
comunista foi incutida na sociedade
a mentalidade de que a religião é sub-
versiva e inimiga do Estado. Igrejas,
conventos, seminários foram fecha-
dos e destruídos. Com isso, vemos
que a Igreja Católica sempre sofreu
inúmeras perseguições por parte da-
queles que não aceitam Jesus Cristo
como salvador. Em muitos países, os
cristãos precisam viver escondidos,
não podem ter Bíblias, terços, cruzes,
são vigiados ao irem para as missas,
tudo sob o controle de intolerantes
que desejam manipular a fé.
Há também hoje o “martírio da
ridicularização” (termo usado por Ben-
to XVI) ou seja, “se você se denomina
cristão no trabalho, na universidade
ou coloca uma cruz no peito, eles o
ridicularizam. Vão chamá-lo de alie-
nado, fundamentalista, medieval. Não
é uma perseguição armada, mas com a
cultura” (Prof. e teólogo Felipe Aquino).
No Brasil, apesar de sermos livres
para professar nossa fé, há um grupo
de pessoas tentando extinguir a religião
com medidas intolerantes e opressivas,
por isso, precisamos estar atentos aos
movimentos sociais e políticos, para que
não “fechemos o evangelho” e deixe-
mos que os católicos sejam extirpados.
E mais além, podemos ver os ata-ques terroristas que atormentam o mundo todo, dando para nós cristãos, um ar de insegurança. Devemos nes-te tempo nos manter em pé e em pro-funda oração, pois Cristo Ressuscita-do veio trazer a paz ao mundo e não a discórdia e guerras. Inoportuno é ver tantos irmãos morrerem por intolerân-cias religiosas, pregadas por abruptos homens, que pretendem impor seus pensamentos usando de um radica-lismo extremo, e que geram muitas
feridas na sociedade.
Nós católicos professamos uma só
verdade: Jesus Cristo, Filho de Deus,
crucificado e ressuscitado, e esta ver-
dade nos conduzirá à unidade, ao amor
e à paz. Precisamos ficar informados
sobre os motivos de tantas guerras e
terrorismos no mundo para usarmos a
nossa força combatente que é a oração.
Sabemos que tantos foram os apelos
de Nossa Senhora em Fátima, claman-
do aos cristãos que orem sem cessar
e se juntem ao seu Coração Imaculado,
para que a paz possa ser instaurada
que não podemos ficar parados.
Devemos valorizar a liberdade
de expressão e sermos a favor dela,
mas não podemos também ser favo-
ráveis com a ridicularização da nossa
ou de outra fé. Ou defendemos nossa
Igreja Católica Apostólica Romana
como os mártires, ou deixamos de
lado o evangelho de Cristo. Por nosso
comodismo, nossa omissão em não
querer se envolver em nada, é que mui-
tos fundamentalistas tomam frente
e massacram os cristãos da forma
mais inescrupulosa possível.
Cristo já nos deu a vitória. O cami-
nho é árduo, pois é caminho de cruz,
mas precisamos estar atentos para
que não nos fechemos na hipocrisia do
9REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
Cristo já nos deu a vitória. O caminho é árduo, pois é caminho de cruz, mas precisamos estar atentos para que não nos fechemos na hipocrisia do individualismo
“
individualismo, em detrimento de nos-
sa Igreja. É preciso sim lutar, lutar com
oração, unidos em comunidade.
Diz Bento XVI: “na liberdade re-
ligiosa exprime-se a especificida-
de da pessoa humana, que, por ela,
pode orientar a própria vida pessoal
e social para Deus, a cuja luz se com-
preendem plenamente a identidade,
o sentido e o fim da pessoa”. “Negar
ou limitar arbitrariamente esta liber-
dade significa cultivar uma visão re-
dutiva da pessoa humana e isto sig-
nifica tornar impossível a afirmação
de uma paz autêntica e duradora...”.
Bento XVI ainda continua: “Exor-
to os homens e mulheres de boa
vontade a renovarem o seu compro-
misso pela construção de um mundo
onde todos sejam livres para profes-
sar a sua religião ou a sua fé e viver o
seu amor a Deus com todo coração,
toda a alma e toda a mente”.
O homem tem sede de Deus
e necessidade valores éticos e espi-
rituais, universais e compartilhados,
e a religião pode oferecer uma con-
tribuição preciosa na busca para a
construção de uma sociedade justa
e pacífica.
“Uma sociedade reconciliada com
Deus está mais perto da paz, que não
é a simples ausência de guerra. Pelo
contrário, a paz é o resultado de um
processo de purificação e elevação
cultural, moral e espiritual de cada
pessoa e povo, no qual a dignida-
de humana é plenamente respeita-
da”(Bento XVI).
Que Nossa Senhora Rainha da
Paz nos conceda esta graça de ser-
mos propagadores da paz. Sejamos
servos bons e fiéis à Igreja e defen-
damos com propriedade o evangelho
de Cristo Jesus. Shalom!
“EU VIM PARA SERVIR” (Mc 10,45)
Campanha da Fraternidade trata da relação Igreja e Sociedade
Pe. Joaquim Parron. C.Ss.R
Missionário Redentorista
A Campanha da Fraternidade que
é anualmente trabalhada nas comuni-
dades, de modo especial na Quaresma,
trata nesse ano da relação entre Igreja
e Sociedade numa perspectiva de diá-
logo e serviço. Esta campanha recorda
a vocação e a missão de todo cristão
e das comunidades de fé, para que
o diálogo e a colaboração possam
acontecer no espírito do Concílio Ecu-
mênico Vaticano II (1962-1965). Este
Concílio despertou na Igreja uma aten-
ção maior aos problemas sociais, onde
as injustiças sejam superadas numa
visão cristã, onde os cristãos ‘não lavam
as mãos’, mas ao contrário colocam
‘as mãos na massa’ para transformar
a realidade social em um mundo mais
fraterno e solidário.
Esta Campanha é de nível nacional,
onde além da Igreja Católica, outras co-
munidades cristãs também participam
na promoção do bem comum. Tendo
em vista a promoção da dignidade
humana e do bem comum, a Campa-
nha da Fraternidade reflete a dimensão
da vida em sociedade, que é a convi-
vência coletiva, tendo suas leis, normas
de condutas e sua organização em vis-
ta de todos. A organização social, políti-
ca e econômica devem estar em função
da sociedade, isto é das pessoas, e não
em função de si própria ou de um grupo
de privilegiados, seja economicamente
ou de políticos.
A Igreja no Brasil tem sido em sua
história uma força positiva na defesa da
voz e do direito dos que sofrem com a
falta de justiça social e falta também de
democracia política e econômica. Por
10 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
exemplo, a Igreja foi a voz mais for-
te contra a ditadura militar no Bra-
sil nos anos 1964 a 1984 e ajudou
a nação brasileira voltar à democra-
cia. Claro que a defesa da Igreja aos
empobrecidos e injustiças sociais
resulta em perseguição da mes-
ma. No tempo da ditadura muitos
bispos, padres, religiosos e leigos
cristãos foram presos ou proibidos
de atuarem pastoralmente devido à
defesa dos direitos humanos. Eram
as forças da repressão tentando
defender suas próprias mazelas.
A Igreja com suas entidades
e comunidades tem sido também
uma das forças no Brasil no comba-
te à fome e na defesa dos direitos
sociais. O poder público tem sua
obrigação constitucional quanto
aos direitos sociais, econômicos,
educação, saúde, etc., mas muitas
vezes uma parcela da sociedade
fica alijada destes direitos. Mais
uma vez a Igreja, mesmo sendo
perseguida, torna-se ‘a voz dos que
não tem vez’. Esta missão vem do
próprio Jesus Cristo, que diz: “vim
para que tenham vida e a tenham
em abundância” (Jo 10,10). A Igreja
não roga a si a essa voz, mas pro-
move a reflexão onde os cristãos
participam das lutas sociais em
favor de um mundo melhor.
A Sagrada Escritura e o Ensino Social da Igreja são os pilares da Campanha da Fraternidade, ten-do em vista o aprofundamento na relação Igreja e Sociedade. À luz destes pilares os cristãos poderão refletir esta interação e diálogo, onde o bem comum deve ser forta-lecido e a dignidade da pessoa hu-mana seja ressaltada.
A Campanha da Fraternida-de 2015 vem recordar a todos os cristãos e as comunidades que pelo batismo são consagrados para evangelizar, e evangelizar também significa trabalhar para que o bem comum seja promovido e a dignidade da vida humana reja respeitada desde a concepção até a morte natural.
Para esta Campanha, a Confe-rência dos Bispos do Brasil (CNBB) preparou textos e subsídios para ajudar as Dioceses, Paróquias e Comunidades na reflexão da Igre-ja e da Sociedade. Por sua vez, os cristãos terão em suas mãos elementos e sugestões concre-tas para colocar em prática esta vivência da fraternidade em vista de uma sociedade melhor.
Breve história da Campanha da Fraternidade
A história da Campanha da Fraternidade teve seu início nos anos do
Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), quando padres e agentes de
pastorais, sob a liderança de Dom Eugênio Sales, reunia-se em Natal-RN,
a cada mês para orar e refletir sobre a Igreja e a dimensão pastoral. Desta
oração e reflexão surgiram várias iniciativas pastorais práticas. Da região
do nordeste a Campanha foi tomando dimensão nacional, sendo assu-
mida oficialmente pela CNBB em 1964. Os temas da Campanha sempre
ligam a Fraternidade às realidades sofridas do povo brasileiro, como a
falta de pão, falta de justiça, falta de saúde, entre outros, sempre tendo
em vista a promoção da dignidade da pessoa humana e o bem de toda
a sociedade. Nas últimas décadas, outras Igrejas Cristãs também estão
participando e assumindo assim um rosto ecumênico.
Oração oficial da CF 2015
Tema: “Fraternidade: Igreja e Sociedade”
Lema: “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45)
Ó Pai, alegria e esperança de vosso povo, vós conduzis a
Igreja, servidora da vida,nos caminhos da história.
A exemplo de Jesus Cristoe ouvindo sua palavra
que chama à conversão,seja vossa igreja testemunha
viva de fraternidadee de liberdade, de justiça
e de paz.
Enviai o vosso Espírito da verdade para que a sociedade se abra à aurora de um mundo
justo e solidário, sinal do Reino que há de vir. Por Cristo
Senhor nosso. Amém!
Pistas de ações:
Procure ler o manual da Campanha da Fraternidade 2015. Está disponível nas livra-rias católicas e nas paróquias.
Participe dos grupos de reflexão em sua paróquia
ou comunidade neste tempo da Quaresma.
Junto com a família e vizinhos pense em algo que poderá ajudar a sua paróquia a ter ações concretas com esta
Campanha da Fraternidade.
11REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15CF2015
12 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
O tema do pecado dá “pano
pra manga”, como diz nossa gente.
Apesar de assunto espinhoso, há
muito o que conversar sobre ele, tal-
vez até por isso mesmo. Não faltam
aqueles que entendem que tudo é
pecado: desde pensar, sentir, falar...
Há uns exagerados que dizem: “Só
de respirar estamos pecando!”, coisa
bem absurda, vamos falar a verdade.
E há aqueles que acham que nada
é pecado: “tudo é fruto da pudica moral
católica que inventou esse negócio de
valores para nos cercear e impedir a li-
berdade”, dizem eles. E há aqueles que
fizeram o pecado cair no folclore, in-
ventando a máxima: “tudo que é bom,
ou engorda ou faz mal ou é pecado!”.
Bom, evitemos os exageros e a
folclorização do tema. Claro que nem
tudo é pecado, muito menos nada é
pecado. O pecado não é bom, ape-
sar de, em alguns casos, parecer bem
atrativo e sedutor... mas ele exige de-
pois o seu preço.
Evitemos definições totalizantes
do termo, pois as definições podem
ser diversas, dependendo do referen-
cial que tomamos. Por enquanto, basta
dizer que pecado é tudo que é contra
a vida: a vida da gente, a vida dos ou-
tros, a vida em geral. O referencial da
vida parece bom, pois a vida é algo que
todos queremos preservar, “por mais
que esteja errada”, como disse Gon-
zaguinha. Alguns preferem dizer que o
pecado é o que ofende a Deus; defini-
ção precária, pois como saber se Deus
fica ofendido e o que o ofende? Bom,
vamos mesmo pelo referencial da vida.
O pecado estraga a vida; tira a
paz, a alegria – ainda que na hora dê
prazer. O pecado compromete a co-
munhão, a amizade, o amor... coisas
sem as quais não sabemos viver. Sem
elas, a convivência social se transfor-
maria num caos, uma selva onde cada
pessoa seria um lobo querendo devo-
rar o outro. Ora, até alguns filósofos
– cuja tarefa primeira não tem nada a
ver com a fé ou a religião – admitiram
que esta sociedade não sobrevive sem
alguns valores. Criaram a famosa teo-
ria do “contrato social” para dizer que,
para a permanência da vida, regras
mínimas de convivência têm de
prevalecer ou será nossa extinção.
Na Bíblia, o autor sagrado vê a vida
sempre referida a Deus e, para falar
do pecado, usa bela metáfora; põe um
lamento na boca do Senhor: “E vira-
ram-me as costas, e não o rosto; ain-
da que eu os ensinava, madrugando
e ensinando-os, contudo eles não de-
ram ouvidos, para receberem o ensino”
(Jr 32,33). Para o povo da escritura, o
pecado é um não teimoso a Deus
porque é um não à vida. No seu amor
imenso por nós, Deus nos ofereceu seu
rosto como fonte de vida, mas nós in-
sistimos em viver de modo a desprezar
a vida que ele nos oferece.
Ao escolher dar as costas para a
vida, “trocamos os pés pelas mãos”.
Na busca desenfreada pela vida, não é
que recusamos a fonte da vida? Então,
damos um não teimoso a Deus e à vida
que dele emana. Imediatamente, senti-
mos que a vida se esvai, que ela foge
de nós, que nos escapa e começamos
a buscá-la ainda mais onde não está.
E confundimos a vida com o prazer,
com a alegria momentânea, com a
adrenalina nas veias... Certamente
o prazer é bom e traz vida; a alegria
também é fonte de vida; a adrenalina
nas veias pode fazer um bem enorme
também. Mas a vida não está nisto.
A vida está em tudo aquilo que huma-
niza, que faz crescer, que melhora as
relações, que faz brotar dentro de nós
aquele “melhor eu”, escondido e ador-
mecido no mais profundo de nós.
DE NOVO,O PECADO
Para o povo da escritura, o pecado é um não
teimoso a Deus porque é um não à vida
CATEQUESE
Solange Maria do Carmo/ Doutora em Teologia
Belo Horizonte/MG - fiquefirme.com.br
CATEQUESE
13REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
O prazer pode contribuir para des-
pertar esse eu; a alegria de viver pode
alimentar esse eu raquítico e fraco,
fazendo-o ganhar vigor. Um pouco de
emoção pode também contribuir para
esse despertar... Mas não são os praze-
res que fazem a vida acontecer, apesar
de haver vida no prazer legítimo, não
egoísta, não manipulador do outro.
Às vezes a vida está lá onde a dor
habita e o prazer já pediu demissão,
como no caso de Jesus na cruz. É exa-
tamente na cruz que o máximo amor
e a fidelidade sem par se manifestam.
E a cruz se tornou fonte de vida para
nós, fonte de nossa humanização.
E a Igreja com sua evangelização, como pode ajudar nesse processo de percepção do pecado? Primeiro, é sua tarefa falar abertamente do assunto, sem pudor ou receios. O pecado conti-nua sendo tema em pauta, desde que afastada toda ótica moralista ou mo-ralizante, em que a vida não é o princí-pio máximo, mas sim as regras abstra-tas de uma suposta moral. Segundo, a igreja pode contribuir despertan-do o gosto pela vida, pelo que é no-bre, belo, louvável: as relações hu-manas e tudo que delas depreende. Desejamos que os pastores de nos-sa Igreja enfrentem o tema do peca-do com muita sabedoria, delicadeza
e confiança na misericórdia divina!
No seu amor imenso por nós, Deus nos ofereceu seu rosto como fonte de vida, mas nós insistimos em viver de modo a desprezar a vida que ele nos oferece.
“
DOE SANGUE, DOE VIDA
No quesito Doação, ajude-nos a ser nota 10!
O Carnaval está no SANGUE!
Rua Agostinho Leão Júnior, 1083360 -1875
15REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
FAMÍLIA
A prática da oração é uma forma de ligar o humano
ao sagrado. Cada vez que rezamos nos aproximamos
ainda mais de Deus e nos abastecemos de forças para
continuar a caminhada.
Muitas pessoas dizem que buscam essa força mas
não encontram. Qual será o motivo?
A oração também exige de nós alguns requisitos para
bem realizá-la: ela é uma prática constante e necessária
perante a fraqueza do ser humano; ela exige dedicação
e comprometimento com Deus e com nosso próximo, de
forma que se torne natural e agradável aos olhos de Deus.
São inúmeros relatos de pessoas que não conse-
guem encontrar a paz e o equilíbrio em seu cotidiano.
É aí que entra o papel da família, pois “família que reza unida,
permanece unida”.
A oração une os membros da família em um único
e nobre objetivo. Eles se colocam todos juntos naquele mo-
mento para falar com Deus, agradecer, pedir graças, pedir
perdão, rezar por outras pessoas, e isso é muito precioso pois
une as pessoas, reconcilia, nutre a misericórdia, o perdão,
a solidariedade, a paz, e planta no coração dos filhos o dese-
jo de buscar o bem, além de um grande e sólido testemunho
de que a fé é o grande tesouro que uma família pode ter.
É também um momento de troca, de partilha e de des-
cobertas. Os filhos contam coisas que viveram ou que
pensam, rezam pelos amigos, fazem perguntas, gostam
daquela rotina e surpreendem, quando vemos, já estão
eles mesmos pedido para rezar juntos.
O valor daoração na famíliaA fé é o grande tesouro que uma família pode ter
Ana Rocha/ Serviço de Animação Vocacional
Grupo para Famílias Filhos do Céu
Retiro para casais jovens
O Movimento de Casais Jovens
(MCJ) do Santuário convida os casais
com até 10 anos de matrimônio para
o 7º Encontro de Casais Jovens de
Curitiba, a ser realizado nos dias 27,
28 e 29 de Março de 2015. Inscrições
e mais informações na secretaria
Rezar em família é um tesouro que os pais plantam
nos corações dos filhos e que nunca mais será tira-
do deles. É a transmissão do amor a Deus de pai para
filho. Deus abençoa com muitas graças tal família, pois
encontrou ali um espaço, um canal para o derramamento
de Sua graça, uma amizade, um pedido, um convite para
entrar na vida e no lar daquela família. Que cada família,
se coloque no colo da Mãe e sinta seu amor maternal!
16 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
Ana Paula R. Ferreira
Assessoria de Comunicação do Santuário
IGREJA NO BRASIL
Reitores e representantes de
santuários de todo o Brasil estarão
aqui em Curitiba de 23 a 27 de feve-
reiro para participar do 21° Encontro
de Santuários do Brasil. Quem se-
dia e organiza esta edição na capi-
tal paranaense é o Santuário Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro.
Mais de 70 representantes já
estão inscritos para o encontro que
acontece no Instituto Salette, no
Bairro Jardim Social. Durante cinco
dias eles irão debater temas perti-
nentes à dinâmica dos santuários
como "A mística missionária do San-
tuário e da Romaria", "O santuário
como lugar de encontro", "Evangeli
Gaudium e os santuários", “Paró-
quia, rede de comunidades e os san-
tuários" e “Novas mídias e evangeli-
zação dos santuários".
Palestras e mesas redondas es-
tão previstas na programação, que
conta também com uma visita ao
Santuário N. Sra. do Perpétuo Socor-
ro, no Alto da Glória, onde os partici-
pante celebram a Santa Missa e No-
vena, na quarta-feira, dia 25. Entre os
palestrantes, Dom Darci José Nicioli,
CSsR, bispo auxiliar em Aparecida
e Pe. Leomar Antônio Brustolin.
O Brasil tem hoje em seu territó-
rio centenas de santuários católicos
espalhados por sua extensão e abri-
ga aquele que está entre os maiores
do mundo, o Santuário Nacional de
Aparecida, em Aparecida do Nor-
te, São Paulo. Mas outro fenômeno
observado no cotidiano dos santuá-
rios brasileiros, além do espaço físico,
é a quantidade de pessoas visitan-
tes, os romeiros ou peregrinos. Em
Curitiba, por exemplo, o Santuário
Nossa Senhora do Perpétuo Socor-
ro recebe em média 35 mil pessoas
toda quarta-feira. E nesta média,
na capital estão os Santuários de
Nossa Senhora do Carmo e Nossa
Senhora de Guadalupe. "E não po-
deria ser diferente, pois um santuá-
rio nasce da devoção do povo e do
movimento que ele faz até o local,
considerado pelos cristãos sagrado
e de onde emanam graças vinda de
Deus e por vontade Dele", ressalta
Padre Celso Cruz, reitor anfitrião do
evento.
Santuário sedia 21º Encontro
de Santuários do BrasilMais de 70 representantes já estão inscritos e irão debater
temas pertinentes à dinâmica dos santuários
18 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
FILHOS! TER OU NÃO TER?
Tenho 36 anos e estou vivendo um relacionamento
afetivo com uma moça da mesma idade. Estamos muito
apaixonados, pensando em nos casar, mas eu não quero
ter filhos. Ela ao contrário tem o sonho de ser mãe. Que de-
vemos fazer diante desta situação? Terminar ou continuar?
Gilson Luiz - Campo Largo
Marineide Coelho Martins de Souza
Psicóloga voluntária no CRAS
Leitor, se você tem alguma dúvida em relação à área da psicologia,
escreva-nos através do e-mail: [email protected]
Atualmente esta escolha do casal
em não ter filhos vem fazendo parte
de um projeto de vida bem constante
e há vários especialistas neste as-
sunto, enumerando as razões pelas
quais estão optando por este novo
conceito de família. Entre os motivos
mais frequentes observados nestes
estudos estão: o medo de não saber
exercer o papel de pai ou mãe, a prio-
ridade pela vida e carreira profissio-
nal, o fator financeiro, a hipótese de
diminuição da vida social e sexual, a
tentativa de evitar erros do passado
(em caso de filhos de pais separa-
dos), a ideia de ter que abrir mão de
sonhos, gostos e momentos a dois,
enfim vários são os motivos que en-
grossam a lista de casais que optam
por uma vida sem filhos.
A sua questão entretanto, caro
leitor, é específica, a medida que se
trata de uma divergência de pensa-
mento, de afetos e de condições in-
ternas, diante de uma escolha que é
ao mesmo tempo individual e con-
junta. Individual, enquanto faz parte
da sua escolha como homem, como
ser humano, autor de sua própria his-
tória. E conjunta, quando a relação
afetiva ultrapassa os limites da indi-
vidualidade, ao encontrar uma ques-
tão pertinente ao futuro e a felicidade
de um casal.
É extremamente delicado ficar
adiando seu compromisso, até por-
que as mulheres são “biologicamente
programadas” para terem uma “data
de validade” neste aspecto e não po-
dem demorar a realizar este sonho
da maternidade. Por esta condição
inclusive, alguns autores acreditam
que a decisão final deve ficar por con-
ta das mulheres, já que são elas que
geram as crianças.
Procure pensar, questionar-se,
listar, escrever, ler e reler os motivos
pelos quais você reprime a possibili-
dade da paternidade, para ter certeza
que esta decisão é definitiva e imu-
tável. Caso sinta-se confortável, po-
deria quem sabe procurar um apoio
psicológico e levar esta questão em
terapia, para não tomar atitudes das
quais venha a se arrepender ou se
frustrar. Nesta equação, infelizmente
tentar convencer o companheiro com
seus argumentos não é a solução,
pois esta situação não é uma com-
petição.
Finalizando, diria que em se tra-
tando de filhos, ser pai ou mãe não
é obrigatório, mas a partir do mo-
mento que se faz esta escolha, que
ela venha fortalecida por um desejo
de tê-los e amá-los profundamente,
com responsabilidade, seriedade e
fé, pois eles vêm sem garantias, mas
são para a vida toda! Não se aceita
devolução! Que Deus os ilumine nas
suas atitudes e decisões!
PAPO COM A PSICÓLOGA
19REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
Quando levar o
bebê ao dentista?
SAÚDE
O cirurgião dentista especia-
lizado em cuidar da saúde bucal
das crianças é o Odontopediatra.
A primeira consulta da criança deve
ser entre os 6 meses e o primeiro
ano, ou seja, quando os dentinhos
de leite estiverem começando a
nascer. Nessa primeira consulta, o
dentista faz uma anamnese (entre-
vista) bem completa com os pais
ou responsáveis, questionando
sobre a gestação, o nascimento, o
crescimento e o desenvolvimento
do bebê, além de seus hábitos. O
profissional também examina toda
a cavidade bucal do bebê, com a fi-
nalidade de avaliar se o desenvolvi-
mento está dentro do normal.
Essa consulta é importante para
que os pais recebam orientações
sobre alimentação, higiene, uso ade-
quado do flúor, causas da cárie e
hábitos deletérios (chupar o dedo,
chupar chupeta, roer as unhas).
A educação em saúde e o acompa-
nhamento contínuo nos permitem in-
terceptar eventuais problemas ainda
em sua fase inicial, minimizando as
consequências. Muitos pais adiam
a primeira consulta dos filhos com o
cirurgião dentista. Mas, quando maio-
res, torna-se mais difícil modificar
hábitos de dieta e higiene.
Esse primeiro contato do bebê com
o cirurgião dentista e com o ambiente
odontológico também é importante
porque, se a primeira visita acontecer
numa situação envolvendo um aciden-
te com os dentinhos de leite, a criança
ainda não se sente familiarizada e
confortável com o ambiente odonto-
lógico, estranho para ela, o que difi-
culta o atendimento emergencial.
Patricia Kochany Felipak
Graduanda em Odontologia
Universidade Federal do Paraná
VOCÊ É QUEM FAZCamiseta exclusiva
Querido leitor, você também faz esta Revista
acontecer! Muito obrigado pela sua participa-
ção. A Revista Perpétuo Socorro é um espaço
de evangelização, formação e informação e fa-
zemos isso para você e para todos os que estão
sedentos de Cristo, que é caminho, verdade e
vida. Neste mês de fevereiro, brindamos nosso
leitores com um presente de Carnaval Cristão:
uma camiseta exclusiva do Retiro de Carnaval do
Santuário, que está muito linda.
Atenção leitores, as mensagens enviadas podem ser publicadas tanto neste espaço da Promoção, quanto na coluna “Espaço do leitor”, da página 2. Já os assuntos podem ser abordados nos artigos da RPS de maneira geral, em diversas edições. Por isso fique atento!
1. Responda a pergunta: “Qual
tema você gostaria de ler na
Revista Perpétuo Socorro?”;
2. Envie por e-mail para:
perpetuosocorroimprensa@uol.
com.br, com o assunto:
“Promoção Você é que faz”;
3. Inclua no e-mail seu nome,
endereço completo e telefone,
para receber uma lembrança
especial em sua casa.
Participe, veja como é fácil:
PROMOÇÃO
[ Filhos ]
“Olá. Gostaria de ler uma
matéria sobre: “Como lidar com
tanta tecnologia com as crianças?”
Eliana da Silva de Oliveira
Ribeirão Claro - Paraná
[ Cultura, ciência e fé ]
“A paz de Cristo! Minha sugestão: falar sobre
como a Igreja Católica influenciou o mundo
com as primeiras universidades, na cultura, na
ciência (tão duramente criticada por ser contra
a ciência), entre outras. Um feliz Ano de 2015!”
José Gilberto Heimovski
Bigorrilho - Curitiba
Os vencedores das duas agendas
do mês de dezembro são:
Roberto Reigiro Matsukura,
Jardim Botânico/ Letícia Gasparin,
Rio Branco do Sul
E os vencedores da agenda
e calendário de janeiro são:
Calendário: Deisi mèri de Macedo, Mercês
Agenda: Eliana da Silva de Oliveria
Venc
edor
es20 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
21REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
Pe. Gelson Luiz Mikuszka, C.Ss.RMissionário Redentorista
“Merece particular
apreço a doação de
órgãos feita segundo
normas eticamente
aceitáveis para oferecer
possibilidades de saúde
e de vida a doentes”
A doação de órgãos é um proce-
dimento médico não mencionado
diretamente na Bíblia. Mas o epi-
sódio em que Deus põe Adão num
sono profundo e retira dele uma
costela, formando a mulher (Eva),
é uma inspiração para a doação
de órgãos. Segundo o relato bíbli-
co, Adão doou um pedaço do seu
corpo para que Eva vivesse, mos-
trando que Deus deu ao homem
a capacidade de pensar, inven-
tar e ajudar pessoas. Deus nunca
condenou o progresso tecnológico
e a medicina em si.
Deus deixou a liberdade para que
o ser humano use sua capacidade de
pensar e agir para o bem. Ele nos deu
a capacidade de defender e salvar
vidas a qualquer custo. Assim, doar
para o benefício dos outros é sempre
uma atitude boa (cf. Atos dos Após-
tolos 20, 35). Doar órgãos para sal-
var vidas é um elevado ato de amor
(cf. João 15, 13). A forma mais comum é
doar órgão de alguém que já morreu.
A doação acontece por decisão da fa-
mília ou pela própria pessoa, enquan-
to estava viva. Esse ato de bondade e
amor beneficia o outro. Se estivermos
mortos e nosso coração puder bater
em outro peito ou nossos olhos pu-
derem ajudar outro a enxergar, cer-
tamente que seremos abençoados
por Deus. Se não estivermos mortos
e quisermos doar órgãos a alguém
sem danos maiores à nossa saúde,
também seremos abençoados.
A doação de órgãos não contra-
ria a fé cristã, pois “Deus dá vida aos
mortos e chama à existência o que
antes não existia” (Rm 4, 17). Mas,
esse procedimento precisa ser reali-
zado dentro das normas éticas, com
toda segurança possível e feito gra-
tuitamente. A encíclica Evangelium
Vitae ensina: “merece particular apre-
ço a doação de órgãos feita segundo
normas eticamente aceitáveis para
oferecer possibilidades de saúde e
de vida a doentes, por vezes já sem
esperança”. Todos aqueles que doam
órgãos aos irmãos, doam um pouco
do seu amor e permanecem sem-
pre nesse amor, pois “o amor jamais
acabará” (1Cor 13, 8). O Catecismo da
Igreja Católica afirma: “A doação gra-
tuita de órgãos é legítima e meritó-
ria”. Vale lembrar que doar sangue e
medula óssea também é um ato que
salva vidas. Basta procurar nos ór-
gãos competentes e desde já ajudar
na preservação da vida.
Se Jesus deu sua própria vida
por nós, também somos chamados
a doar um pouco da nossa vida a al-
guém que precisa, pois não há maior
prova de amor que doar a vida pelo
outro, dizia o cântico: “Prova de amor
maior não há, que doar a vida pelo ir-
mão". Pense nisso!
DOAR ÓRGÃOSÉ DOAR
VIDA
O LEITOR SUGERE
22 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
Partilho este milagre
“Senhores Missionários Redentoristas e queridos devotos:
Em setembro de 2010, meu filho de quatro anos foi diagnosticado
com leucemia. No início ficamos mudos e levou algum tempo para
recuperarmos o chão. A médica nos explicou que no primeiro ano
o tratamento seria mais intensivo e ele teria de fazer quimiotera-
pia por mais ou menos três anos. Foram vários momentos difíceis:
cirurgia para colocação de cateter, aversão à medicação, que muitas
vezes ele teve de tomar à força e, sobretudo, o sofrimento de vê-lo tão
pequeno enfrentando uma batalha tão difícil.
Sempre fomos devotos de Nossa Senhora do Perpétuo
Socorro e durante o tratamento meu marido vinha religiosamen-
te às novenas a pé, colocando a vida de nosso filho nas mãos
da Mãezinha querida e tudo ia bem.
Na reta final do tratamento, após uma sessão de quimiote-
rapia, ele teve um quadro gravíssimo: queimaduras na boca,
garganta e esôfago, além de alterações nos rins e fígado.
As plaquetas e leucócitos estavam em estado precário. Mesmo in-
ternado, a situação piorava e fomos informados de que a medula
poderia ter sido afetada. Desesperados, imploramos um milagre
a Nossa Senhora e ele foi melhorando aos poucos. Algum tempo
depois, a médica nos comunicou que o hospital havia cometido
um erro gravíssimo: meu filho havia recebido uma hiperdosagem
de medicação, por isso aquela reação.
Graças à proteção da Mãe do Perpétuo Socorro, ele concluiu
o tratamento em dezembro de 2012, completamente curado, sem
sequelas.
Em julho de 2014, novos exames indicaram que tudo está bem
com ele. Prezados devotos, partilho este milagre em detalhes para
alegrar-vos, pois a Mãe do Perpétuo Socorro nunca nos desampara
e nos momentos mais difíceis, Seu filho, Jesus, nos carrega no colo.
Obrigada, Mãezinha querida.”
Uma família eternamente agradecida.
CARTA DE AGRADECIMENTO
23REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15COMO VAI SEU PORTUGUÊS
Duas igrejas de Ouro Preto receberam como presente uma imagem de determinada santa, e, para decidir qual das duas ficaria com a escultu-
ra, os vigários apelaram à decisão de um burrico. Colocaram-no entre as duas paróquias e esperaram o animalzinho caminhar até uma delas.
A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. O burrico caminhou direto para uma. Só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários
havia treinado o animal, e ‘conto do vigário’ passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.
“Língua distinta não combina com o estúpido, menos ainda, com o notável língua mentirosa.” (Prov.17,7)
Dando sequência aos erros mais comuns cometidos,
atenção redobrada para:
1. Há dez anos atrás.Há e atrás indicam passado na frase.
Use apenas 'há dez anos' ou 'dez anos atrás'.
2. “Entrar dentro”.O correto é: Entrar em.
Outras redundâncias como esta: Sair para fora;
elo de ligação; monopólio exclusivo;
já não há mais; ganhar grátis; viúva do falecido.
Basta a primeira palavra para definir o que se quer dizer.
3. “Venda à prazo”. Não existe crase antes de palavra masculina.
Então o correto é: venda a prazo.
4. “Vai assistir “o” jogo hoje. Assistir no sentido de presenciar exige preposição 'a':
Vai assistir ao jogo hoje.
5. Preferia ir “do” que ficar.Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia ir a ficar.
É preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a
morrer sem glória.
6. Quebrou “o” óculos.Concordância no plural: os óculos, meus óculos.
Da mesma forma: Meus parabéns, meus pêsames,
seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias.
7. Comprei “ele” para você. Eu, tu, ele, nós, vós, eles não podem ser objeto direto.
Assim: Comprei-o para você. Deixe-o sair,
mandou-me entrar, viu-a, deu-nos.
Elisabet M. M. Bonafini
Psicomotricidade/Inglês-Português
Curiosidade: a origem da expressão “conto do vigário”:
24 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
Atualmente, Dom José Peruzzo exerce a função de bispo referencial
da Pastoral da Pessoa Idosa da CNBB e é o bispo referencial da Catequese
no Regional Sul 2 do Paraná
CURITIBA RECEBE NOVO ARCEBISPO EM MARÇO
Nomeado no dia 7 de janeiro, Dom José Antonio
Peruzzo, toma posse de sua nova missão em 19 de março,
dia de São José, às 19 horas, na Catedral Metropolitana de
Curitiba, Nossa Senhora da Luz.
O novo arcebispo de Curitiba é natural de Cascavel,
Paraná. Foi nomeado bispo de Palmas/Francisco Beltrão
pelo papa Bento XVI, em 24 de agosto de 2005, tendo como
lema episcopal “Fazei discípulos… ensinai”. Possui mestra-
do e doutorado em Ciências Bíblicas pela Pontifícia Univer-
sidade de Santo Tomás de Aquino, em Roma.
Atualmente, Dom José Peruzzo exerce a função de bispo
referencial da Pastoral da Pessoa Idosa da CNBB e é o Bispo
referencial da Catequese no Regional Sul 2 do Paraná.
“É uma graça de Deus, que está agindo em nossa
família e em nossa comunidade”, afirma Dona Lourdes,
mãe de Dom José. O pai, Ângelo, emocionado, ressaltou:
“É gratificante. Quando ele era criança jamais eu imaginava
que um dia poderia ser um bispo”.
Dom José fez sua primeira visita a Roma, após sua
ordenação episcopal, de 15 a 30 de setembro de 2006,
quando participou de Seminário promovido pela Congrega-
ção para a Evangelização dos Povos. Em visita Ad Limina,
realizada em outubro de 2010, Dom José esteve com o Papa
Bento XVI, no Vaticano: “Foi um encontro que não esquece-
rei jamais. Parece que a sabedoria se tornou pessoa e é im-
pressionante com que amabilidade ele se referia à juventu-
de em nosso estado do Paraná. Eu lhe referi sobre o grande
número de catequistas. Falei dos programas de educação
da fé. Também lhe mencionei sobre a Pastoral Familiar”.
Dom José deu especial atenção à formação dos leigos,
dando continuidade ao trabalho de Dom Agostinho. Den-
tre outras atividades, incentivo à catequese, aos ministros
auxiliares de comunidade, às equipes litúrgicas, à educa-
ção política e fé, à teologia e aos estudos bíblicos. À fren-
te da diocese de Palmas/Francisco Beltrão viveu um mo-
mento inédito na diocese, quando foi bispo ordenante da
ordenação episcopal de Dom Geremias Steinmetz e Dom
Agenor Girardi, em março de 2011.
Após sua posse, em março, Dom José virá ao
Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde
preside a Missa de nomeação de Padre Celso Cruz como
reitor desta comunidade.
Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Curitiba
O irmão sempre Alegre
"Criança feliz, feliz a cantar...". Esta música
nos lembra que crianças geralmente são ale-
gres e não precisam de muito para se diverti-
rem. Às vezes, algo muito simples as envolve.
Uma vez li o livro do frei Jorge E. Hartmann
chamado "Francisco, o irmão sempre alegre".
Este livro me fez descobrir que São Francisco,
além de todas as qualidades que já conhe-
cia dele, como amar os animais, defender a
paz e a simplicidade de vida, seu amor por Je-
sus, sua bondade, era também muito alegre,
e isso também contribuiu para sua santidade.
E assim também todos os cristãos, crian-
ças ou mais crescidos, precisamos buscar a
alegria, pois quem tem o amor de Deus não
deve ser triste!
O Carnaval pode ser um tempo de alegria,
de diversão saudável, mas que não seja ape-
nas de euforia, que é uma falsa impressão de
que estamos alegres.
Que a nossa alegria seja sempre verdadei-
ra, e para isso, precisamos buscá-la direto em
Jesus.
Seja alegre, seja feliz!
25REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15 25FOLHINHA
26 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15 RELACIONAMENTO26
PAIS, MÃES E NOSSOS FILHOS
Eliani Fatima Fabian / CRP 08/04381
Psicóloga Clínica, voluntária do CRAS
“Viver exclusivamente em função dos filhos pode levar a esquecer
quem realmente somos, deixando em segundo plano nossa própria
individualidade e felicidade
Para muitas mulheres, desenvolver esta atitude frente aos seus filhos é um grande desafio.
27REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
A vida é um eterno fluir! Nasce-
mos, crescemos, nos enamoramos e
casamos. Para muitos surge aquele
desejo de ter filhos e construir uma fa-
mília. Este parece ser o percurso natu-
ral da vida. E quando os filhos chegam,
desejamos intensamente que eles te-
nham um futuro feliz e próspero. E não
iremos medir esforços para isso.
Mas, para que este objetivo pos-
sa ser alcançado, desde muito cedo
precisaremos ensiná-los e incentivá–
los a seguir seus próprios caminhos.
Será necessário que, gradativamente,
aprendam a assumir responsabilida-
des por seus interesses e escolhas.
Para muitas mulheres, desenvolver
esta atitude frente aos seus filhos é um
grande desafio, pois o mais comum
é tornar-se mãe, dar adeus à vida
pessoal, projetos, e agarrar-se aos filhos.
A maternidade torna-se a única e
principal tarefa e o lema passa a ser:
“Ser mãe é para sempre!”.
Esta atitude, porém, apesar de
profundamente bem intencionada,
pode gerar consequências trágicas e
nocivas para todos os envolvidos:
para ela mesma, a mãe, para seu par-
ceiro e para os filhos.
Na realidade, o que muitas vezes
acontece é que, inconscientemente,
nós mulheres podemos usar nossos
filhos para suprir sentimentos de carên-
cia, de impotência e de abandono que
vivenciamos em nossas infâncias. Por
dependerem física e emocionalmente
de nós, ou seja, da figura materna, nos-
sos filhos tornam-se álibis ideais para
que desviemos a atenção de nós mes-
mas. Para sempre.
De fato, esse tipo de atitude mater-
na pode, ainda que sutilmente, revelar
aos nossos filhos que nossa vida não
está sendo nem fácil e nem feliz. Pois é
com ansiedade que cuidaremos deles e
é de forma excessiva que lhe daremos
atenção, enquanto estes nossos com-
portamentos estarão sendo cuidado-
samente captados por nossos filhos.
E um dia, infelizmente, serão por eles
reproduzidos ao longo de suas próprias
vidas, podendo essa forma de exercer a
maternidade, infelizmente, ser transmi-
tida por gerações e mais gerações de
mães.
Quando não aprendemos a viven-
ciar com consciência nossas emoções
e nossas necessidades, a opção por
esta atitude pode tornar nossas vi-
das extremamente difíceis e pesadas.
E será esta, exatamente, a mensagem
subliminar que estaremos passando
para nossos filhos.
Nos tempos em que vivemos, optar
por este tipo de exercício da maternida-
de – de viver exclusivamente em função
dos nossos filhos, pode levar-nos a es-
quecer de quem realmente somos, dei-
xando em segundo plano nossa própria
individualidade e felicidade.
É possível que a principal função
da maternidade seja exatamente a
de mostrar aos nossos filhos as “por-
tas“ para o mundo, e assim ajudá-los
a abrir seus olhos e firmar seus pas-
sos para todas as possibilidades que
a vida oferece.
Permita-se. Proponha-se repensar
a forma com a qual você exerce sua
maternidade. Analise-a. Veja se ela po-
deria ser diferente. Dê-se conta de que
a maternidade saudável é uma fase de
transição, temporária. É um período du-
rante o qual você pode desenvolver, no
intimo dos seus filhos, individualização,
liberdade e segurança frente às esco-
lhas que a vida lhes apresentará. Uma
maternidade equilibrada pode evitar
que filhos/as vivam emaranhados com
suas mães, ainda aos 30 ou 40 anos.
Além desse resultado catastrófico, pri-
var-se de relacionamentos adultos e
saudáveis leva a “mãe profissional” a
perder a oportunidade de estabelecer
relacionamentos vigorosos, alegres e
excitante, onde o “amor“ entre mulhe-
res e homens seja a tônica máxima - por
longos e longos anos.
Por isso tudo, ao repensar sua forma
de exercer a maternidade, proponha-se
avaliar o seguinte aspecto: na sua díade
pessoal com seu(s) filho(s), como fica a
relação com seu marido?
Muitos pais, sem o saberem, são vi-
timas dessa concepção equivocada de
maternidade. E é possível que aceitem
essa situação pois, ainda que incons-
cientemente, reconhecem situação
similar por eles vivida com a sua pró-
pria mãe. A reflexão proposta pode ser
assim resumida: como estou vivencian-
do minha maternidade? Dito isso, uma
pequena sugestão: deixe que a refle-
xão proposta ocorra de forma simples e
espontânea, para que o fluir natural da
vida não sofra descontinuidade.
“...mostrar aos nossos filhos as “portas“ para o mundo, e assim ajudá-los a abrir seus olhos e firmar seus passos para todas as possibili-dades que a vida oferece.
Centro Redentorista de Ação Social – CRAS Rua Amâncio Moro, 135, próximo ao Santuário.
Telefone: (41) 3352-6216 [email protected]
Missionários Redentoristas/Núcleo Social
VENHA SERUM VOLUNTÁRIO
O nosso Centro Redentorista
de Ação Social existe e acontece
graças também à doação pes-
soal de profissionais de diversas
áreas, que chegaram até aqui,
grande parte, através da partici-
pação na Novena.
Por isso queremos reforçar este
convite! Se você deseja realizar um
trabalho voluntário doando parte
de seu tempo e conhecimento pro-
fissional, venha para o CRAS.
Aqui oferecemos diversos ser-
viços gratuitamente a milhares
de pessoas, que são beneficiadas
todos os anos, graças à doação
de pessoas generosas. Para 2015,
pense nisso.
Atualmente estamos preci-
sando de voluntários na seguin-
tes atividades: Inglês, Informática,
Violão, Nutrição e Fonoaudiologia.
Se você é profissional nestas áreas
e gostaria de realizar um trabalho
voluntário procure-nos.
Caso seja de outras áreas e
também sente este chamado, es-
tamos igualmente abertos à sua
proposta. Deus abençoe a todos
os voluntários!
Reforço escolar
Atendimento as crianças e adolescentes do
ensino fundamental Acompanhamentos,
atendimentos aos pais. Atendimento indivi-
dual e pequenos grupos, em todas as áreas
do conhecimento. Informações no CRAS .
Amor exigente
O Amor Exigente agora está no CRAS.
Trata-se de um grupo para dependentes
químicos e familiares. Toda terça-feira às
19h30. Faça a sua parte na luta pela vida
saudável! Participe!
Autoestima para mulheres
Mulher, no CRAS você tem um espaço ex-
clusivo na Terapia em grupo com psicó-
loga. Toda quarta das 10 às 11h30. Venha
participar!
Violão
Mais novo curso que o Centro Redentoris-
ta está oferecendo. Informe-se no CRAS
e participe!
Alcoólicos anônimos
Um grupo pioneiro de ajuda na doença
do alcoolismo. Se sua família padece com
esta enfermidade, junte-se a nós.
Toda quarta-feira, às 19h45, no CRAS.
Terapias gratuitas
No CRAS você encontra: Terapia individual
com psicólogos, Estimulação Cognitiva
para Idosos (grupo) e Acupuntura.
Ligue e informe-se!
Projetos sociais
O CRAS oferece: Reforço escolar, Aten-
dimento com Assistente Social, Bazar
Beneficente (toda quarta), Comunidade
Terapêutica Perpétuo Socorro (para depen-
dentes químicos), doações de alimentos
para famílias e instituições cadastradas.
Venha conhecer esta obra!
Cursos
O CRAS oferece cursos de Informática, In-
glês, Artesanato, Alfabetização de Adultos
e Tricô. Aprenda algo novo. Capacite-se!
Doe roupas
Doe roupas e calçados ao Bazar Benefi-
cente do Santuário. A renda é revertida
a obras sociais. Entregue sua doação no
CRAS ou no Santuário. Obrigado!
Materiais para artesanato
O CRAS necessita de doações de mate-
riais para o Curso de Artesanato gratuito.
Confira a lista na Secretaria do Santuário.
Obrigado!
Serviços
Orientação jurídica, Fonoaudiologia e Nu-
tricionista para famílias com baixa renda
você encontra aqui no Centro Redentorista.
Procure-nos!
28 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
29
PARCERIAS: GESTO CONCRETO
DE MISSÃO E AÇÃOO Bazar Beneficente de roupas usadas acontece todas
as quartas-feiras no espaço cedido pelo Coritiba
Mais um ano se inicia e a grande
alegria é poder contar com parceiros
que caminham juntos no crescimen-
to de nossas obras sociais e pasto-
rais. O Santuário de Nossa Senhora
do Perpétuo Socorro, tem uma be-
líssima parceria com o Coritiba Foo-
tball Club (projeto Coritiba Retribui),
e para iniciar as atividades de 2015,
a nova diretoria do clube solicitou as
bênçãos de Nossa querida mãezinha
do Perpétuo Socorro, para que assim
seja um ano de muita paz, realiza-
ções e união entre todos que fazem
parte do Coritiba.
Foi um momento de oração e
graças para a vida das pessoas que
acreditam no amor de Deus e que ex-
pressam sua fé através do reconhe-
cimento divino para suas atividades.
Padre Jorge Rocha, Missionário Re-
dentorista e integrante da Comuni-
dade Terapêutica Perpétuo Socorro,
esteve no clube abençoando a nova
equipe e partilhando suas experiên-
cias de vida e missão.
Para o Santuário é muito impor-
tante essa parceria, pois através dela
muitas crianças são beneficiadas pelo
do Lar Mãe Maria, administrado pelas
Irmãs Beneditinas da Divina Provdên
cia, que também atuam pastoralmen-
te no Santuário e contribuem com
nossas obras sociais, coordenando o
Bazar Beneficente de roupas usadas,
que acontece todas as quartas-feiras
no espaço cedido pelo Coritiba. Nesse
espaço também acontecem as ofici-
nas de artesanato do Centro Redento-
rista de Ação Social, além de abrigar
um amplo depósito de materiais de
uso do Santuário.
Seja você também um colabora-
dor desta obra que gera vida, informe-
-se no Centro Redentorista de Ação
Social, que fica à Rua Amâncio Moro,
135 ou pelo telefone: (41) 3352-6216.
Ana Rocha/ Núcleo Social
29REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15OBRA SOCIAL
PERPETÓLEO
A maior satisfação no desenvolvimento de um pro-
jeto é o seu desempenho, para chegar em um resultado
satisfatório. Para o Santuário, o resultado do Projeto
Perpetóleo está sendo muito positivo, graças à confiança
e ao comprometimento da comunidade e de todos os que
participam.
Em 2014 foram mais de 100 mil litros de resíduo
retirado do solo. Isso prova o quanto as pessoas se
preocupam com a natureza e com a qualidade de vida.
Um dos fatores importantes é a conscientização, pois se ela
acontece, com certeza tudo se torna mais fácil.
Neste ano não será diferente, muitos de nossos cola-
boradores já retomaram suas atividades e percebe-se que
o Perpetóleo já faz parte de sua rotina. Podemos identificar,
através da demanda de coleta realizada no mês de janeiro,
o que nos alegra e nos dá força e coragem para caminhar-
mos nesse novo ano.
O Projeto Perpetóleo é fruto da Campanha da Fraterni-
dade de 2011, que trouxe como tema “Fraternidade e vida
no planeta”. Em 2012, atendendo também o tema “Que a
saúde se difunda sobre a terra”, o Santuário foi muito além,
iniciou uma grande missão na área da saúde, inaugurando
a Comunidade Terapêutica Perpétuo Socorro, de acolhida
a dependentes químicos. E a partir disso o projeto passou a
contribuir com a comunidade, destinando sua renda.
Em 2015 não será diferente, pois o tema “Eu vim para
servir” também está em consonância ao projeto pelo seu
objetivo, servir a Deus cuidando da natureza e dos mais
necessitados, através de seu cunho evangelizador e de
doação. Cada pessoa que contribui com o Projeto Perpetóleo
está contribuindo para a construção de um Reino de amor,
ecologia e saúde. A preservação da natureza com força de
vontade e consciência trará um retorno direto e positivo
a nós mesmos e às futuras gerações.
Se você ainda não é parceiro deste projeto informe-se:
(41) 3253-2031 ou 8739-8023, e conheça um pouco mais
desta obra que gera vida.
Ana Rocha
Núcleo Perpetóleo
“Eu vim para servir”
Em 2014 foram mais de 100 mil litros
de resíduo retirado do solo
30 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO FEV/15
Novenas
Quarta-feira: 6h, 7h*, 8h, 9h, 10h, 11h, 12h*, 13h, 14h, 15h, 16h, 17h, 18h, 19h, 20h, 21h*, 22h. * Novenas com Missas
Missas
Domingo: 8h30, 10h30, 12h e 19h
Segunda-feira:
12h e 19h30 (Missa das Almas)
Terça-feira: 7h, 12h e 19h30
Quarta-feira: 7h, 12h e 21h
Quinta-feira: 9h, 12h, 15h e 19h30
Sexta-feira: 7h, 12h e 19h30
Sábado: 7h, 12h e 19h30
Missas do Santíssimo
Todas as quintas-feiras às 9h, 15h e 19h30
Missas da Misericórdia
Todas as sextas-feiras às 19h30
Bênção da Saúde
Todos os dias nas Missas das 12h e nas Novenas de quarta-feira
Confissões
Das 6h às 22h nas quartas-feiras Nos demais dias, meia hora antes das missas, ou marcar hora na secretaria.
Batizados
Todo primeiro e terceiro sábado do mês às 10h.
Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Praça Portugal, s/n – Alto da Glória 80030-170 Cx Postal 20013 Curitiba/PR Fone/Fax: 41 3253 [email protected] www.perpetuosocorro.org.br
Expediente da Secretaria: Segunda a sexta das 8h às 18h Sábado das 8h às 12h
Campanha do devoto perpétuo Fone: 41 3363 [email protected]
Centro Redentorista de Ação Social Rua Amâncio Moro, 135 Alto da Glória 80.030-220 Curitiba/PR Fone: 41 3352 [email protected]
HORÁRIOS DO SANTUÁRIO
Projeto: MarcaCliente: Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
PRIVILEGIE NOSSOS PARCEIROS NA EVANGELIZAÇÃO