1
Para a Força Sindical, lugar de criança é na escola e não trabalhando Miguel: “Não aceitamos demissões. Existem alternativas que podem ser aplicadas antes de demitir, e vamos buscá-las” Trabalho Os metalúrgicos de São Pau- lo e Mogi realizaram, na semana passada, manifestações em todas as regiões da Capital, e em Mogi das Cruzes, com o objetivo de alertar a sociedade para a onda de desempre- go no País, que está só começando, e que, se não houver uma ampla mobi- lização de todas as categorias, sindi- catos e dos setores empresarial e do comércio para contê-la , vamos viver uma grande recessão. “É uma manifestação para ser le- vada a toda sociedade. Não vamos aceitar demissões. Existem alterna- tivas que podem ser negociadas e aplicadas antes de demitir, e vamos buscá-las”. Não podemos admitir que os trabalhadores sejam nova- mente sacrificados com a perda dos empregos, por causa da política eco- nômica errada do governo, e fiquem sem recursos para sustentar suas famílias num momento de dificulda- des”, disse Miguel Torres, lembrando as MPs que limitam o acesso ao se- guro-desemprego, ao abono salarial e à pensão por morte. As mobilizações fazem parte da Semana de Luta pelo Emprego, que começou em Mogi e veio para as Zonas Norte, Leste, Sul e Oeste da Capital, com a participação de mais de onze mil trabalhadores. Outro ato acontece, hoje, em Mogi, em frente à GM, que está dando férias coletivas. Segundo Miguel, essa política trou- xe inflação com aumento de juros, de preços dos remédios, dos alimentos, combustíveis, energia. “O governo está de joelhos para o capital espe- culativo e para o sistema financeiro”, disse. Ressaltamos que, desde o início do ano, trinta mil metalúrgicos perderam seus empregos na Grande São Pau- lo. E que os empregos metalúrgicos estão atrelados à cadeia produtiva. Desta forma, quando fecham postos de trabalho no setor metalúrgico, os demais setores também demitem. Publieditorial Desde o início do ano, cerca de trinta mil trabalhadores metalúrgicos perderam seus empregos apenas na Grande São Paulo A Força Sindical vai realizar, nos dias 16 e 17 deste mês, 3ª e 4ª feiras, uma “Vigília no Palácio do Planalto contra o veto presidencial à fórmula 85/95”, que foi aprovada no Con- gresso e representa uma alterna- tiva ao Fator Previdenciário, meca- nismo instituído em 1999, durante o governo FHC, que reduz o valor das aposentadorias e faz com que o trabalhador se aposente mais tarde – e contribua por mais tempo com a Previdência – caso queira receber seu benefício integral. A concentração, que deverá reu- nir cerca de mil pessoas, será às 17 horas, na frente da Catedral Metro- politana de Brasília, de onde iremos, em passeata, até o Palácio do Pla- nalto, local da vigília do dia 16 até o dia 17. Nossa ideia é realizar um ato ecumênico para ver se consegui- mos “iluminar” a cabeça da presi- denta Dilma, que deverá decidir, até o dia 17, prazo final para a definição presidencial, se veta ou sanciona a fórmula. Diversos parlamentares já confirmaram presença no ato. Vamos cobrar da presidenta sen- sibilidade social para que sancione a fórmula 85/95. Vetá-la significa manter o sacrifício dos trabalhado- res no momento de se aposentar. A aprovação da mesma pelo Con- gresso só aconteceu graças à nos- sa determinação, e não será agora que iremos recuar. Uma alternati- va ao Fator é, há tempos, uma das principais bandeiras de luta da For- ça Sindical e das demais Centrais, constante, inclusive, da Pauta Tra- balhista. Miguel Torres Presidente da Força Sindical Força realiza vigília pela sanção da fórmula 85/95 OPINIÃO METALÚRGICOS-SP Semana de Luta pelo Emprego e contra Demissões SINDICALIZE-SE PARTICIPE DO SEU SINDICATO! A Força Sindical realizará hoje (12) um ato, a partir das 10 horas, na Pra- ça Ramos, em São Paulo, para marcar a data instituída pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) como o ‘Dia Contra o Trabalho Infantil’. “Faremos uma apresentação cultural com crian- ças da Associação Eremim, ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, e entregaremos à população um car- tão vermelho contra o trabalho infantil, explicando porque as crianças não po- dem trabalhar”, afirma Vilma Pardinho, secretária da Criança e do Adolescen- te da Força Sindical. “Lutamos pela garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes. De- fendemos políticas públicas eficien- tes e eficazes por uma educação gra- tuita e de qualidade, pela prevenção e erradicação do trabalho infantil, e contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes”, decla- ra Miguel Torres, presidente da Força Sindical. “A prática é tão importante quanto o debate. Neste sentido, alguns sin- dicatos desenvolvem ações e proje- tos para que, cada vez mais, crianças e adolescentes se distanciem dos ris- cos das ruas no sentido de garantir o futuro do nosso país”, destaca Valclé- cia Trindade, 2ª secretária da Central. Mostrar à sociedade um projeto desenvolvido com crianças e adoles- centes em situação de vulnerabilida- de, e que dá bons resultados, é positi- vo. O tempo livre delas é aproveitado em atividades que envolvem arte, cultura, recreação e lazer. Meta O Brasil comemorou a queda drástica nos índi- ces de trabalho infantil, de 63,75% entre 2003 e 2013, com a redução de 2,406 milhões de pesso- as na faixa etária de cinco a dezessete anos traba- lhando. No entanto, ainda existem 3 milhões e 774 mil trabalhando, de acor- do com dados analisados pela subseção do Dieese na Central, com base na Pesquisa Na- cional de Amostra de Domicílio (Pnad, do IBGE) de 2013. O estudo mostra que a maior parte trabalha como doméstico, considera- da uma das piores formas de trabalho infantil – no País existem mais de 90 atividades com esta classificação –, e que o Brasil assumiu o compromisso de eliminar até 2016. “Esta eliminação será um desafio, porque as políticas públicas têm sido insuficientes, e serão ne- cessários o apoio e a ação da sociedade para extin- gui-las”, ressalta Antonio Dantas, representante da Central no Fórum Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil. Luta pelos direitos de crianças e adolescentes Foto: Jaélcio Santana Foto: Paulo Segura TRABALHO INFANTIL

Página Sindical do Diário de São Paulo - Força Sindical - 12 de junho de 2015

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Página Sindical do Diário de São Paulo - Força Sindical - 12 de junho de 2015

Para a Força Sindical, lugar de criança é na escola e não trabalhando

Miguel: “Não aceitamos demissões. Existem alternativas que podem ser aplicadas antes de demitir, e vamos buscá-las”

Trabalho

Os metalúrgicos de São Pau-lo e Mogi realizaram, na semana

passada, manifestações em todas as regiões da Capital, e em Mogi das Cruzes, com o objetivo de alertar a sociedade para a onda de desempre-go no País, que está só começando, e que, se não houver uma ampla mobi-lização de todas as categorias, sindi-catos e dos setores empresarial e do comércio para contê-la , vamos viver uma grande recessão.

“É uma manifestação para ser le-vada a toda sociedade. Não vamos aceitar demissões. Existem alterna-tivas que podem ser negociadas e aplicadas antes de demitir, e vamos buscá-las”. Não podemos admitir que os trabalhadores sejam nova-mente sacrifi cados com a perda dos empregos, por causa da política eco-nômica errada do governo, e fi quem sem recursos para sustentar suas famílias num momento de difi culda-des”, disse Miguel Torres, lembrando as MPs que limitam o acesso ao se-guro-desemprego, ao abono salarial e à pensão por morte.

As mobilizações fazem parte da Semana de Luta pelo Emprego, que começou em Mogi e veio para as Zonas Norte, Leste, Sul e Oeste da Capital, com a participação de mais

de onze mil trabalhadores. Outro ato acontece, hoje, em Mogi, em frente à GM, que está dando férias coletivas.

Segundo Miguel, essa política trou-xe infl ação com aumento de juros, de preços dos remédios, dos alimentos, combustíveis, energia. “O governo está de joelhos para o capital espe-culativo e para o sistema fi nanceiro”,

disse.Ressaltamos que, desde o início do

ano, trinta mil metalúrgicos perderam seus empregos na Grande São Pau-lo. E que os empregos metalúrgicos estão atrelados à cadeia produtiva. Desta forma, quando fecham postos de trabalho no setor metalúrgico, os demais setores também demitem.

Publieditorial

Desde o início do ano, cerca de trinta mil trabalhadores metalúrgicos perderam seus empregos apenas na Grande São Paulo

A Força Sindical vai realizar, nos dias 16 e 17 deste mês, 3ª e 4ª feiras, uma “Vigília no Palácio do Planalto contra o veto presidencial à fórmula 85/95”, que foi aprovada no Con-gresso e representa uma alterna-tiva ao Fator Previdenciário, meca-nismo instituído em 1999, durante o governo FHC, que reduz o valor das aposentadorias e faz com que o trabalhador se aposente mais tarde – e contribua por mais tempo com a Previdência – caso queira receber seu benefício integral.

A concentração, que deverá reu-nir cerca de mil pessoas, será às 17 horas, na frente da Catedral Metro-politana de Brasília, de onde iremos, em passeata, até o Palácio do Pla-nalto, local da vigília do dia 16 até o dia 17. Nossa ideia é realizar um ato ecumênico para ver se consegui-mos “iluminar” a cabeça da presi-denta Dilma, que deverá decidir, até o dia 17, prazo fi nal para a defi nição presidencial, se veta ou sanciona a fórmula. Diversos parlamentares já confi rmaram presença no ato.

Vamos cobrar da presidenta sen-sibilidade social para que sancione a fórmula 85/95. Vetá-la signifi ca manter o sacrifício dos trabalhado-res no momento de se aposentar. A aprovação da mesma pelo Con-gresso só aconteceu graças à nos-sa determinação, e não será agora que iremos recuar. Uma alternati-va ao Fator é, há tempos, uma das principais bandeiras de luta da For-ça Sindical e das demais Centrais, constante, inclusive, da Pauta Tra-balhista.

Miguel TorresPresidente

da Força Sindical

Força realiza vigília pela sanção da fórmula 85/95

OPINIÃO

Miguel Torres

METALÚRGICOS-SP

Semana de Luta pelo Emprego e contra Demissões

SINDICALIZE-SE

PARTICIPE DO SEU SINDICATO!

A Força Sindical realizará hoje (12) um ato, a partir das 10 horas, na Pra-ça Ramos, em São Paulo, para marcar a data instituída pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) como o ‘Dia Contra o Trabalho Infantil’. “Faremos uma apresentação cultural com crian-ças da Associação Eremim, ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, e entregaremos à população um car-tão vermelho contra o trabalho infantil, explicando porque as crianças não po-dem trabalhar”, afi rma Vilma Pardinho, secretária da Criança e do Adolescen-te da Força Sindical.

“Lutamos pela garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes. De-fendemos políticas públicas efi cien-tes e efi cazes por uma educação gra-tuita e de qualidade, pela prevenção e erradicação do trabalho infantil, e contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes”, decla-ra Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

“A prática é tão importante quanto o debate. Neste sentido, alguns sin-dicatos desenvolvem ações e proje-tos para que, cada vez mais, crianças e adolescentes se distanciem dos ris-cos das ruas no sentido de garantir o futuro do nosso país”, destaca Valclé-cia Trindade, 2ª secretária da Central.

Mostrar à sociedade um projeto

desenvolvido com crianças e adoles-centes em situação de vulnerabilida-de, e que dá bons resultados, é positi-vo. O tempo livre delas é aproveitado em atividades que envolvem arte, cultura, recreação e lazer.

Meta O Brasil comemorou a

queda drástica nos índi-ces de trabalho infantil, de 63,75% entre 2003 e 2013, com a redução de 2,406 milhões de pesso-as na faixa etária de cinco a dezessete anos traba-lhando. No entanto, ainda existem 3 milhões e 774 mil trabalhando, de acor-do com dados analisados pela subseção do Dieese

na Central, com base na Pesquisa Na-cional de Amostra de Domicílio (Pnad, do IBGE) de 2013.

O estudo mostra que a maior parte trabalha como doméstico, considera-da uma das piores formas de trabalho infantil – no País existem mais de 90 atividades com esta classifi cação –,

e que o Brasil assumiu o compromisso de eliminar até 2016. “Esta eliminação será um desafi o, porque as políticas públicas têm sido insufi cientes, e serão ne-cessários o apoio e a ação da sociedade para extin-gui-las”, ressalta Antonio Dantas, representante da Central no Fórum Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil.

Luta pelos direitos de crianças e adolescentes Foto: Jaélcio Santana

Foto: Paulo Segura

TRABALHO INFANTIL