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O Impacto da “Informalidade” na Competitividade do Brasil Brasília, 28 de Outubro de 2008

Painel Competitividade: Brasil no mundo, por Nicola Calicchio, sócio-diretor da empresa de consultoria McKinsey - 2009

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O Impacto da “Informalidade”na Competitividade do BrasilBrasília, 28 de Outubro de 2008

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Informalidade é uma questão central nos paísesem desenvolvimento

Países analisados pelo MGIcom presença elevada deinformalidade

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Diferenças em produtividade ajudam a entender diferençasno PIB per capita

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110

PIB/capita

Produtividade da mão-de-obra

EUA

Brasil

AlemanhaFrançaJapão Reino

UnidoTaiwan

Malásia

TailândiaPolônia

Rússia

Índia

Coréia

Filipinas

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A informalidade é uma das principais causas para a menorprodutividade em Portugal e na Turquia

33

46

14

7

Informalidade

Turquia

100% = 30 p.p*

Instabilidademacroeconômica

Monopólio/participação estatal

Outras

* p.p. = pontos percentuais

Serviços públicosdeficientes

Legislação trabalhista

Regulamentaçãode produtos

Burocracia

28

24

22

13

13

Informalidade

Portugal

100% = 18 p.p*

Causas para diferença entre a produtividade atual e a produtividade potencial

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A baixa produtividade é a principal explicação para adiferença no PIB/capita do Brasil e dos EUA2004, Base EUA = 100*

21

100

82

322

PIB percapita doBrasil

Nível deemprego

Horastrabalhadasporempregado

Diferençasno mix desetores

Gap deprodutivi-dade (PIBpor horatrabalhada)

PIB percapita dosEUA

Quantidade detrabalho per capita

• A produtividadeé a principalalavanca paraeliminar o gapdo PIB percapita

• Quantidade detrabalho ediferenças nomix de setoresnão são fatoresrelevantes

* PIB per capita em PPP - 1995Fonte: IBGE, Fundo Monetário Internacional, OECD, análise da equipe

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A informalidade é a principal barreira ao crescimento daprodutividade no Brasil% do hiato total

Gap deproduti-vidade doBrasil

Barreirasde 2ªordem

Gap deproduti-vidadeprimário

Informali-dade eregulamen-tação

Instabili-dademacro-econô-mica

Provisãodeserviçospúblicos

Infra-estru-tura

Barreiras de 1ª ordem

5813

39

35

100

65

Fonte:Análise McKinsey

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A produtividade no setor informal é menordo que no formal

• Menor acessoa crédito

• Receio defiscalização

• Cadeiasprodutivasinformais

~ 40~ 45

Turquia Brasil

100%Produtividadedo setor formal

Produtividade dosetor informal emrelação ao formal

% da produtividade do setor formal

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Maior produtividade do setor formal pode não compensarvantagem de custos da informalidade

Exemplo varejo alimentício – Brasil

Vendas por funcionário

Produtividade cresceapós a aquisição...

... mas a rentabilidade despenca

Margem sobre vendas

9,1

12,8

3,0

0,1

%

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As barreiras ao crescimento da economia formal reduzemo potencial de crescimento do PIB

Concorrênciadesigual

Barreiras àeconomiaformal

Induzempresas àinformalidade

Reduzcompetitividadee rentabilidadedas empresasformais

Menoresganhos deprodutividade

Menoresinvestimentos(físico, financeiro,orgnizacional)

Menorcrescimentoeconômico

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A informalidade afeta cerca de 40% do produto e 50% doemprego não-rural no Brasil

África subsaariana

Paquistão, Filipinas,Indonésia

Turquia, Tailândia,Brasil

México

Chile

80

70

40

38

30

50

Portugal

Informalidade no mercado de trabalho% da mão-de-obra não rural% da renda interna bruta

Informalidade na economia

Rússia

Brasil

México

Índia

Chile

China

46

30

23

20

13

40

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10

15

18

67

A informalidade se difunde nos mais diversos setoresda economia

>50%

20-50%

< 20%

6

5

4

3 Economia demercado

Saúde e serviçossociais

Administraçãopública

Educação

Distribuição do total de empregospor nível de informalidade do setor

%

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A informalidade se manifesta de forma diferenciada nosdiversos setores

•Não registro defuncionários

•Compra demateriais semnota fiscal

•Não atendimentoa normas técnicas

Varejoalimentício

Construção

Combustíveis

•Produtos comadulteração

•Sonegação deimpostos sobrevendas

•Adulteração decombustível

•Fabricaçãoirregular de álcoolhidratado

•Sonegação deimpostos sobrevendas

•Inserção nacadeia informal

Farmacêutico

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Vários fatores impulsionam a informalidade

Custos deser formal

Estrutura etendências

socio-demográficas

Informalidade

Instituições& sanções

Fatores administráveis

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Prioridade doPrioridade dogovernogoverno

Foco setorialFoco setorial

ReformasReformasestruturaisestruturais

Coordenação eCoordenação eresponsabilizaçãoresponsabilização

Programas bem sucedidos de redução da informalidadetem quatro componentes

1

3

2

4

Muita coisajá foi feita no

Brasil

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Portugal tornou o combate à economia paralelaum dos principais componentes de seu programade desenvolvimento

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Mapa da evasão por setor

0%

50%

100%

500 1000 1500 2000 2500

Restaurantes

Alimentos,bebidas ecigarros

Construção

Varejo

Comércio poratacado

Têxteis e calçados

Maquinários/equipamentos

Eletricidade, gás e água

Serv. Transp.e Comunic.

Bancos efinanceiras Serviços

profissionais

SaúdeOutras ind.manufatureiras

Produtos químicosHotéis

Exemplo de país latino-americano

Inte

nsi

dad

ere

lati

vad

eev

asão

Magnitude absoluta da evasão

Penalizar ainformalidade

Atrair para aformalidade

Solução sistêmica•É necessário mudar

as regras do jogo nacadeia tributária

Controle e execução•Melhoria do controle

através de ferramentasde percepção do risco

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1815

12

Na Espanha, ganhos substanciais foram atingidosrapidamente

Aumento de 75% naarrecadação junto apequenas e médiasempresas

4753

60

1994 1998

OCDE

Desemprego

2002

Ocupação

1994 1998 2002

%

7%

64%OCDE

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Programas bem sucedidos de redução da informalidadetem quatro componentes

Prioridade doPrioridade dogovernogoverno

Foco setorialFoco setorial

ReformasReformasestruturaisestruturais

Coordenação eCoordenação eresponsabilizaçãoresponsabilização

1

3

2

4

• Já existe umreconhecimento plenode que o caminho para odesenvolvimento implicauma formalização daeconomia?

• Qual deve ser aaspiração com relaçãoao crescimento daeconomia?

• Como se facilita atransição para a atuaçãoformal, especialmentenos setores dominadospela informalidade?

• Como criar momentumpara uma 2ª onda dereformas institucionaise legislativas?

• Como mobilizarsociedade civil,empresariado e governopara contribuições àimplementação doPrograma?