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Painel - edição 152 - nov.2007

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Revista oficial da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto.

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EditorialA partir desta edição, inauguramos uma nova fase da

revista Painel, em que, por meio da parceria inédita com aPromix e a Texto & Cia, estamos operacionalizandorespectivamente sua comercialização e redação.Juntamente com o Conselho Editorial da AEAARP,buscamos a modernização, a sustentabilidade financeirada publicação e o fomento do debate de temas atuais erelevantes para a sociedade.

Através do peso, idoneidade e tradição da AEAARP, podemos, ao abrir caminhosna discussão dos diversos problemas, influenciar nas propostas de soluções melhorese mais viáveis para nossa região, em todos os sentidos. A publicação, com o passardo tempo, vai se moldar às expectativas que imprimimos em relação ao futuro danossa instituição.

Da mesma maneira, a cada edição do prêmio Profissionais do Ano, vemos, noresultado, o perfil da AEAARP. A escolha de 2007 é reveladora da pluralidade dainstituição. Um dos homenageados pensa a engenharia como solução de problemas,levando em conta a técnica e a exatidão, sem se esquecer do apelo humano que elatem de contemplar. O outro projeta na arquitetura e no urbanismo com a esperança dever premiadas as soluções que visem ao bem-estar do individuo inserido e participanteda comunidade. A terceira exerce a agronomia empunhando a bandeira dodesenvolvimento e da modernização da agricultura por meio das práticas racionais eefetivas do fomento da atividade tratada como agronegócio.

Respeitando a igualdade de importância que os três homenageados têm para aentidade, Carlos Alberto Gabarra, Marcos Spínola de Castro e Mônika Bergamaschipersonalizam aquilo que queremos para a AEAARP: uma entidade organizada, respeitosacom seu passado, com os olhos voltados para a cidade e o campo de hoje e com aorganização daquilo que eles serão em alguns anos, colaborando com discussões eações que visem à sustentabilidade econômica, ambiental e social.

Estas ações fizeram parte dos temas da nossa Semana da Bioenergia, realizadapela primeira vez pela Diretoria de Agronomia da AEAARP, comandada pelo nossocompanheiro diretor José Roberto Scarpellini e Comissão de Agronomia, emcomemoração à Semana da Agronomia, com sucesso de conteúdo, de público e deentusiasmo, dignos de aplausos e merecedores de serem seguidos por todas asoutras diretorias.

Neste encontro, vimos que o uso de nossa conhecida cana-de-açúcar comofonte energética, aliada a culturas anuais de oleaginosas, com a viabilidade da produçãodo biodiesel entre outros, incentivam investimentos na área e apontam para nova fasede desenvolvimento de nossa região. Um dos fatores que impulsionam este cenário éo fato de esta alternativa surgir no comércio internacional como fonte barata ecompetitiva, além de ecologicamente limpa e renovável. Vemos, neste caminho, oenriquecimento da nossa economia, respeitando, contudo, o meio ambiente.

No campo da construção civil, novos empreendimentos rasgam a paisagem, comgrandes e tradicionais empreendedores desembarcando na cidade, oferecendoalternativas para compradores, fornecedores e emprego. Na área agrícola, produtorese industriais investem em novas tecnologias para implementar a produção. As duasáreas geram riquezas, empregos e renda para a cidade e região, que olha para ofuturo. A AEAARP e seus associados são protagonistas desta história.

Em outros terrenos, no entanto, além da novela da CPMF, temos a história doprojeto do governo federal que tramita no Congresso sobre o Pregão Eletrônico. Napossibilidade de se usar esta ferramenta, eficaz no caso das compras de mercadoriasdiversas, porém desastrosa nas licitações para projetos de engenharia, arquitetura eagronomia que, ao ser contratados, devem ser escolhidos pela excelência, tradição,experiência e competência profissional. Anos de prática, graduação em faculdadesconsideradas referência, pós-graduação e dedicação à vida acadêmica não podemser comprados por quilo, nem escolhidos pelo menor preço, como se compram pães,farinha ou merenda escolar, que podem ser perfeitamente quantificados e qualificados.O saber não pode ser tratado como mercadoria, pelo contrário, o trabalho de projetoé dignificante da excelência e do conhecimento.

Neste sentido estamos publicando o brilhante artigo do Presidente do Instituto deEngenharia de São Paulo. Conclamo-os a lutar para que um projeto como este consiga,pela nossa atuação, ser aprovado, porém separando o joio do trigo.

Esta é mais uma luta pela valorização profissional!

Engº CivilRoberto Maestrello

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700Fax: (16) 2102.1700 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Roberto Maestrello José Roberto Hortêncio RomeroPresidente Vice-presidente

DIRETORIA OPERACIONALDiretor-administrativo: Pedro Ailton GhideliDiretor-financeiro: João Lemos Teixeira da SilvaDiretor-financeiro Adjunto: Antônio Rounei JacomettiDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: José Aníbal Laguna

DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: Francisco Carlos FagionatoDiretora Comunicação e Cultura: Maria Inês CavalcantiDiretora Social: Luci Aparecida Silva

DIRETORIA TÉCNICAEngenharia, Agrimensura e Afins: Argemiro GonçalvesAgronomia, Alimentos e Afins: José Roberto ScarpelliniArquitetura, Urbanismo e Afins: Marcia de Paula Santos SantiagoEngenharia Civil, Saneamento e Afins: Luiz Umberto MenegucciEngenharia Elétrica, Eletrônica e Afins: Edson Luís DarcieGeologia e Minas: Caetano Dallora NetoEngenharia Mecânica, Mecatrônica, Ind. de Produção e Afins: Júlio TadashiTanakaEngenharia Química e Afins: Denisse Reynals BerdalaEngenharia de Segurança e Afins: Edson BimComputação, Sistemas de Tecnologia da Informação e Afins: Giulio RobertoAzevedo PradoEngenharia de Meio Ambiente, Gestão Ambiental e Afins: Evandra Bussolo Barbin

DIRETORIA ESPECIALUniversitária: Onésimo Carvalho LimaDa Mulher: Camila Garcia AguileraDe Ouvidoria: Geraldo Geraldi Junior

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: Wilson Luiz Laguna João Paulo de S. C. FigueiredoCarlos Alberto Palladini Filho Luiz Eduardo Lacerda dos SantosCecílio Fraguas Junior Luiz Fernando CozacDílson Rodrigues Cáceres Luiz Gustavo Leonel de CastroEdes Junqueira Manoel Garcia FilhoEdgard Cury Marcos A. Spínola de CastroEricson Dias Mello Marcos Villela LemosHideo Kumasaka Maria Cristina SalomãoHugo Sérgio Barros Riccioppo Ronaldo Martins TrigoInamar Ferraciolli de Carvalho Sylvio Xavier Teixeira Júnior

CONSELHEIRO TITULAR DO CREA-SPREPRESENTANTE DA AEAARPCâmara Especializada em Engenharia Civil: Ericson Dias Mello

REVISTA PAINEL

Conselho Editorial: Maria Inês Cavalcanti, José Aníbal Laguna,Ericson Dias Mello e Hugo Sérgio Barros Riccioppo

Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Paschoal Bardaro, 269,cj 03, Ribeirão Preto-SP, Fone (16) 3916.2840, [email protected]

Editores: Blanche Amâncio – MTb 20907 e Daniela Antunes MTb 25679

Departamento Comercial: Promix (16) 3931.1555 - [email protected]

Tiragem: 3.000 exemplares

Locação e Eventos: Solange Fecuri - (16) 2102.1718

Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader - [email protected]

Impressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Osmesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

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Carlos guarda também uma motocicle-ta Yamaha 75, que comprou zero quilôme-tro e pretende reformar. Outra, uma Honda78, tem uma história curiosa: adquirida nomesmo ano, rodou somente 16 mil quilô-metros porque a mãe dos seus únicos doisfilhos, Ani Cintra e Oliveira, pediu que nãoa usasse para não influenciá-los. “Dei umcarro para o Daniel [o filho mais velho].Ele vendeu e comprou uma moto”, diz,deixando transparecer certo orgulho e vero filho repetir uma de suas paixões.

Além das antigas motocicletas, Carlosmantém uma Honda Shadon 600cilindradas que usa nos finais de semanapara “viagens curtas, de 300 quilômetros”.Para percursos mais longos, vai demotorhome, que já levou a família para oslagos andinos, no Chile, em 2006. “Quan-do estava na faculdade, usava a barraca.Hoje ficou mais sofisticado, mas não me-lhorou a acomodação”, brinca.

Seu próximo projeto é construir umanova casa para ele e a esposa, na CityRibeirão, de 54 metros quadrados e umagaragem de 200 metros quadrados, ondevai acomodar todos os automóveis e mo-tocicletas - além do motorhome - e entãopoderá cuidar de perto de suas paixões.

PROFISSIONAIS DO ANO

A bicicleta foi o primeiro meio de trans-porte utilizado por Carlos Gabarra que,sobre ela, percorreu e conheceu RibeirãoPreto. À época, a avenida 9 de Julho cha-mava-se Independência e o asfalto nãoalcançava todas as ruas da cidade. “O[asfalto] da rua Américo Brasiliense che-gava até a Floriano Peixoto”, exemplificao arquiteto.

No final dos anos 1960, Carlos seenfurnou no escritório de Durval Soavepara conhecer a profissão que concebiaedificações e determinava os traçados ur-banos. O interesse pelo ofício nasceu dasobras executadas pela família e pelas quaisele ficava responsável por acompanhar.

Em 1973 formava-se arquiteto e urba-nista pela FAU-Faculdade de Arquiteturae Urbanismo de São Paulo. “Fiz a faculda-de sem sair daqui, vinha toda semana. Ri-beirão é a minha paixão”, entusiasma-se.

No ano seguinte ao da formatura, foitrabalhar pela primeira vez na Secretaria dePlanejamento da Prefeitura Municipal, le-vado por Durval, e tornou-se responsávelpelo desenho e pavimentação de dezenasde ruas da cidade, abrindo os caminhospor onde circulam hoje milhares de veícu-los. Soma 20 anos no serviço público. Mas,

PROFISSIONAIS DO ANO - 2007resultado demonstra pluralidade da AEAARP

Carlos Gabarra é nascido emRibeirão Preto. A família,

tradicionalmente relacionada àárea da saúde, chegou à cidade em

1929, trazida por seu pai BenoniGabarra, que nasceu em

Jardinópolis e mudou-se paraRibeirão a fim de estudar

Odontologia. Com Olympia Cocchioteve 11 filhos e, ao final da vida,

contaram 48 netos e 22 bisnetos.

Carlos GabarraO homem que abriu caminhos

“todas as vezes que me chamam eu vou,porque ainda tenho esperança”, diz.

A paixão que expressa ao relatar o tra-balho dá lugar a um tom crítico quandotrata da organização do espaço urbanona cidade. “Problemas políticos fazem per-petuar questões que poderiam ser soluci-onadas com projetos que existem na Pre-feitura”, diz.

No serviço público ele se dedica aourbanismo. No escritório, gosta de cons-truir casas. A primeira que ergueu fica naconfluência das ruas Nélio Guimarães eMaringá. “Um amigo disse que deveriaser tombada”, diz, aos risos. Atualmentese dedica à obra do Complexo Gráfico SãoFrancisco, às margens da rodoviaAnhanguera.

Longe dos desenhos, o hobby deCarlos é a “gasolina”, em sua própria de-finição. É um dos fundadores do Clubedo Carro Antigo de Ribeirão e dono deum Ford 29, um Chevrolet Belair 54, umFusca 63 e um Karmanguia 72. Para pas-seios, mantém um Mitsubishi 93 e a espo-sa, Mara Maria Gonzaga Gabarra, tem umSuzuki Vitara 98, o mais novo da casa. Aotodo, já teve mais carros do que anos devida, que são 61.

AEAARP4

Carlos Gabarra e esposaCarlos Gabarra e filhos

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“Reverenciar o histórico, respeitar oatual e qualificar o futuro” são as bases queo engenheiro civil Marcos Spínola deCastro acredita que servem à construçãode uma cidade sustentável. Alçado aoposto de Secretário de Planejamento eGestão Ambiental de Ribeirão Preto,poucos dias após sua escolha comoProfissional do Ano, afirma que, entre serum autônomo e um homem público, elegosta mesmo é de ser engenheiro.

Esta é a segunda vez queassume um cargo público. Aprimeira foi entre 1997 e 2000. Nase s f e r a s p r i v a d a e p ú b l i c a ,con tab i l i za 200 mi l me t rosquadrados de área construída eafirma que se considera um “faz-tudo”. Do edifício que abriga suaconstrutora, a Morada Engenharia,no bairro Vila Seixas, cuidou desdeo projeto até a contratação doserviço de buffet para a inauguração.

O gosto pela engenharia vem dacapacidade que o ofício lhe dá de resolverproblemas. Está sempre à frente das questões,procurando “menos culpados e maissoluções”. Ele acredi ta que todos,independentemente da carreira quepretendem seguir, deveriam cursar umafaculdade de engenharia. No entanto, apenasum dos três filhos - Vinícios, Marcela e Pedro

- anunciou que vai seguir a orientação e acarreira do pai. “Todos têm alguns dos meusdefeitos. Teimosos, todos são”, brinca.

Nacionalista e idealista, declara-sev ic iado em d iscussões po l í t i cas eclassistas. “O que me move é que as coisaspúblicas sejam para o bem público, numagestão que prime pela eficiência”, discursa.Ele vê um futuro promissor para RibeirãoPreto que, em sua avaliação, abriga

empreendimentos que delineiam acidade do futuro.

“ N o s ú l t i m o s 1 5 0 a n o se d i f i c a m o s d e g r a d a n d o ealterando as áreas de preservaçãopermanente, como aconteceu emtodos os centros urbanos”, avalia.Es ta ação desenvolveu umacidade com ruas pequenas (“paracarroças”) e casas apertadas, semr e c u o s . “ H o j e o c a r r o é avestimenta do cidadão”, compara,para justificar a necessidade dop l a n e j a m e n t o d e v i a s q u e

absorvam este movimento crescente.Construir e planejar é o ofício que o

consome. Ao findar a semana, na sexta-feira,reúne-se com os amigos para o happy hour.“Conhecemos todos os bares de Ribeirão”,diverte-se, “com aval e alvará das esposas”,avisa. A lembrança de uma chácara quemanteve por 20 anos o faz persistir nesta

“Eu gosto do coletivo” , diz Marcos,sintetizando sua história, tanto comomembro de entidades importantes,como o Sinduscon-Sindicato daConstrução Civil, quanto como dirigentede órgãos como o Comur-ConselhoMunicipal de Urbanismo de RibeirãoPreto. A maior façanha foi reunir 1,2 milpessoas da família Castro em uma festarealizada em 2001. Entregou para cadaum o desenho da árvore genealógica,que ele pesquisou e desenhou. Opatriarca da família, seu tetravô PedroSeriema (“por causa das grandessobrancelhas e da barba que lembrama ave”), chegou à região de RibeirãoPreto em 1770. Veio de São João DelRei (MG) com meia dúzia de escravos,sal, pimenta, mulas e carros-de-boi. “Eraum bandeirante”, diz, orgulhoso. Eleteve 12 filhos, e o bisavô de Marcosmais 12. O desenho histórico que fezda família não cabia nos galhos daárvore, por isso ele cortou o tronco e ofez em espiral, exibindo robustez esegurança.

Marcos Spínola de CastroO engenheiro do coletivo

atividade de final de tarde. Nela, os amigosse encontravam aos sábados para jogarfutebol (o time se chamava “Tim-Tim”, emalusão ao brinde), truco e “alimentar oco les t e ro l” . Pe r to de se to rna remcinqüentenários, os amigos se dispersaram.

Ele rejeita o rótulo de boêmio, masconfessa que gos ta da boa músicapopular brasileira, de “filosofias baratas ejogar conversa fora”. “É para desopilar asemana”, explica. Marcos sonha com acidade moderna, e que atenda também aosseus desejos, com “mais bares para visitare parques para andar”.

Revista Painel 5

O tradicional happy hour com osamigos engenheiros civis.

Marcos, a esposa Rosa e os filhos

Desenho dotretravô foi feito apartir de relatos

de familiares

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dissipando. Desde setembro de 2001, aABAGRP mantém inserções diárias ememissoras de televisão com informaçõesq u e d e s t a c a m a i m p o r t â n c i a d oa g r o n e g ó c i o e , p a r a l e l a m e n t e ,desenvolve um trabalho educativo em 83cidades, com 24 mil estudantes e 1,4 milprofessores que recebem capacitação deRoberto Rodrigues.

Mônika exibe determinação e muitoentusiasmo quando expõe o que osp r o f e s s o r e s c h a m a r i a m d e“interdisciplinaridade” de uma usina dea ç ú c a r e á l c o o l , q u e a b r a n g eensinamentos de várias disciplinas, comoquímica, física e geografia. Ela defende osurgimento do MST-Movimento dos Sem-Terra, mas ataca sua transformação em um“movimen to ideo lóg ico de cunhopolítico”. Idealista, tem “certeza que épossível melhorar a atuação do setor naárea ambiental”. Acredita nas pesquisassobre transgênicos e que “o Brasil estáperdendo oportunidades” ao barrar oacesso a este conhecimento.

“Bote ciência nas coisas!”, exclama aorechaçar as críticas feitas ao setor quedefende, com unhas, dentes e todas asarmas disponíveis . A prefer ida é acomunicação. “A cana ocupa menos de 1%da área plantada do país”, diz. São, segundo

PROFISSIONAIS DO ANO

Criar aves ornamentais em São Carlosfoi a maneira que Mônika Bergamaschiencontrou de “empobrecer alegremente”.Ela trata este tema com um descontraçãoque some quanto d iscor re sobre oagronegócio, que abraçou em 1993,quando começou a trabalhar na ABAG-Associação Brasileira do Agronegócio, emSão Paulo.

Formada em engenharia agronômicapela Unesp-Universidade EstadualPaulista, já sonhou em desenvolverprojetos de pesquisa na área de sementes.O espírito irrequieto, no entanto, a tiroudeste caminho. “Sou ansiosa para apesquisa”, conta.

O convite para trabalhar na área decrédito rural do Banco Nordeste, nacapital paulista, mudou sua carreira, poisassumiu um caráter mais econômico. Demalas prontas para voltar para o interior,dedicar-se às aves e “ser uma mulhercomum”, foi convidada pelo ex-ministroRoberto Rodrigues para um trabalho naABAG em São Paulo que, em 2001, foirevertido na criação da ABAGRP, da qualé diretora executiva.

Mônika assumiu o desafio de melhorara imagem do setor e acredita que o rançodo passado, especialmente em relaçãoàqueles ligados à cana-de-açúcar, está se

Mônika é a única mulher entre os15 membros do Conselho daABAGRP. Situação semelhanteacontece no Conselho Superior doAgronegócio da FIESP-Federaçãodas Indústrias do Estado de SãoPaulo, do qual é membro. Estescenários não são novos na vida daexecutiva, que estudou em umcolégio de padres de São Carlos,sua cidade natal, e foi eleita em2005, pela Revista Forbes, com amulher mais influente do Brasil nacategoria agronegócio e pecuária.É a única mulher entre dois irmãoshomens, uma das nove na turmada Faculdade de EngenhariaAgronômica e das poucas queterminaram o curso, no início dosanos 1990. Aos 24 anos, quandoencarou a cidade de São Paulo noinício da carreira, pesava 41 quilose era “frágil, magrinha e cabeluda”,em sua própria descrição. Aquelaque “achavam que ia quebrar”tornou-se uma das executivas doagronegócio mais respeitadas dopaís, que não aceita rótulosfeministas e acha graça nas piadasque alimentam a guerra dos sexos,batalha que ela acredita que aindaexista.

AEAARP6

Foto Weber Sian A CIDADE

Mônika BergamaschiA imagem do agronegócio

ela, seis milhões de hectares de cana e 220milhões de pastagens. Para o agronegócioavançar com sustentabilidade - econômica,ambiental e social - o país tem “terra, água erecursos humanos, falta comunicação einiciativa política”. E as aves ornamentais?“Minha mãe toma conta delas e eu as visitotodos os finais de semana”, diz Mônika quese emociona ao presenciar o nascimento dosfilhotes.

Em campo, na faculdade Com a família, na formatura Com Roberto Rodrigues,mestre e tutor

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SOCIAL

A Sociedade Recreativa e de Esportesvai sediar, no dia 24 de novembro, a festados Profissionais do Ano 2007. Realizadopela AEAARP há mais de 30 anos, oevento celebra a dedicação deengenheiros agrônomo e civil e dearquitetos e urbanistas às suas áreas deatuação.

Luci Aparecida da Silva, diretora socialda AEAARP, afirma que a expectativa éreunir 500 pessoas no evento, que terámúsica comandada por um DJ e jantarassinado pelo buffet da Recreativa. “Esteé um momento no qual, além de celebrar apremiação, promovemos a integraçãoentre os associados”, afirma a diretora.

Além da entrega do prêmio, a festavai comemorar o Dia do Engenheiro e dar

É o número médio de pessoasque já participaram da festa‘Profissionais do Ano’

15 MIL

Festa vai celebrarPROFISSIONAIS DO ANO 2007

a largada para as comemorações em tornodos 60 anos da AEAARP, que serãocompletados em 2008.

As reservas de mesas e convitespodem ser feitas na sede da Associação.A adesão de R$ 50,00 dá direito a todosos serviços oferecidos na festa.

Luci Aparecida da Silva,diretora social da AEAARP

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ALMOÇO DOS AGRÔNOMOS

AEAARP8

A FESTA DAAGRONOMIAMais de 500 pessoas, entre elas, 132

engenheiros agrônomos, suas famílias e amigosse reuniram na chácara Recanto Boa Vista, nodia 20 de outubro, no Almoço dos Agrônomos.Promovido pela AEAARP há 32 anos, o evento

encerrou a Semana Agronômica.

Presidente Roberto Maestrello,Scarpellini e Geraldo Geraldi

Ricardo Rodrigues Nogueira e ScarpelliniCesar recebeu o primeiro prêmio do sorteio,entregue por Scarpellini e Guido de Sordi

Engenheiros agrônomos Juliana Boldini, a 132ª assinatura na lista depresença, recorde de 32 anos de almoço

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Revista Painel 9

Patrocinadores: Aeasp, Agrária, Agrichem, AgroHemar, Agropampa, Andef, Apis Flora, Bar Curiango,Basf, Bayer, Bella Sicília, Binova, Bunge Fertilizantes,Manáh, Café Total, Cap Agropecuária Industrial,Cheminova, Choops Germânia, ChurrascariaCoxilha dos Pampas, Churrascaria Ribeirão,Coplana, Dinagro Agropecuária, Dow AgroSciences,Dopont, Engetubo, Fmc Agricultural, Germiterra,Gráfica São Francisco, Iharabras, Itograss, JonhDeere, Leão Engenharia, Marangatu, Marchesan,Microsértil, Milenia, Na Terra, Ouro FinoAgroScience, Oxiquímica, Painew, Pátobras,Pizzaria Papagone, Realpec, RestauranteNapoleón, Ribersolo, Seprotec Sementes,Syngenta, Tracan, Usina São Francisco, Wolf Seeds

Brincadeiras para as crianças duranteo almoço dos agrônomos

Cantinho da Cachaça reuniu a produção de várias propriedades pararecepcionar os convidados na chácara Recanto Boa Vista

Giulia, Rosana e José Roberto ScarpelliniGuido de Sordi com os músicos Eddy e Christy

Maestrello com agrônomos e oProfissional do Ano de 2006, Calil João Filho

Maria Augusta, Adriana Landell,Marcos Landell e Alex Motta

Luiz Augusto Campos,José Alberto Monteiro,

Marcelo Arantes de Oliveira,José Roberto Scarpellini,

José Carlos Barbosa,Gilberto Soares,

Geraldo Geraldi Junior,Carlos Alberto Amarolli,

Guido de Sordi,Dílson Cáceres,Noboro Saiki,

da Comissão Organizadora.

Pedro Katayama, Maestrello, Evandra eAlexandre Barbin e Scarpellini

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TECNOLOGIA

Um projeto inovador e sem similaresno mercado está sendo implementado pelaMult icorpos, empresa incubada noP a r q Te c , e m S ã o C a r l o s / S P.Pesquisadores estão desenvolvendodesde setembro/2006 um simulador derobô submarino de operação remota (ROV- Remotely Operated Vehicle) para acapacitação de pilotos em missões demanutenção e instalação de plataformasde petróleo em alto mar. Seu diferencial épossibilitar o treinamento com redução decustos.

Um ROV é um submergível não-tripulado preso a um cabo pelo qual sãot ransmi t idos , a l ém da energ ia , oscomandos do operador para o sistemapropulsor. Pelo mesmo cabo, o operadorrecebe informações dos sensores e

Incubada do Parqtec de São Carloscria projeto inédito para Petrobras

c â m e r a s i n s t a l a d a s n o R O V.As chances de sucesso da missão e osr i s cos de ac iden t e s dependem daexperiência e habilidade do operador. Esseknow how, entretanto, é muito difícil de seradquirido. Um dos entraves é o alto custooperacional do equipamento (cerca deUS$ 50 mil por dia), o que inviabiliza suau t i l i z a ç ã o p a r a t r e i n a m e n t o .Nesse contexto, o desenvolvimento de umsimulador virtual para esse tipo de veículotraz inúmeras vantagens. “Permite otreinamento do operador em diferentesmissões e em situações muito próximas àsencon t r adas na s ope rações r ea i s ,aprimorando assim a sua habilidade eminimizando os riscos de acidentes”,aponta Marcelo Prado, engenheiro daMulticorpos.

A exploração de petróleo em águasprofundas é responsável por uma partes ignif ica t iva da produção to ta l depetróleo no Brasil e, desta forma, temimportância estratégica para o País. “Essetipo de exploração, entretanto, requer ouso de técnicas específicas, tais comomecanismos, estruturas e ferramentasadaptadas às condições de luminosidade,temperatura e pressão”, explica GersonBrand, pesquisador da Multicorpos.Dessa forma, a utilização de veículossubmarinos de operação remota se faznecessária por trazer inúmeras vantagensem processos de montagem e manutençãode equipamentos em águas profundas,onde mergulhadores só conseguemalcançar no máximo 300 metros deprofundidade.

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Livro lança olharespara a construção

em RIBEIRÃO

BIBLIOTECA

As influênciasarquitetônicas,a s dec i sões

do poder público sobreo uso e ocupação do solo e os

momentos econômico e político quedef in i ram o desenho da c idade deRibei rão Pre to no século XXI sãoesmiuçadas no livro “Um olhar vertical ehorizontal - 150 anos da construção civilde Ribeirão Preto”, com textos e pesquisadas jo rna l i s tas Blanche Amâncio ,Daniela Antunes e Valéria Brizola e daarquiteta Adriana Capretz Borges daSilva Manhas.

Rico em imagens, em sua maioriacedidas pelo Arquivo Público e Históricode Ribeirão Preto, e ilustrações do artistaAndré Costa, o livro apresenta um designclean, assinado pelo designer gráficoWilmar Targa. Dividida em seis capítulos,a obra faz um retrato da ocupação dacidade, desde 1845 com uma doação deterra feita por José Mateus dos Reispara a construção de uma capela.Outros momentosq u e m a r c a r a m ao c u p a ç ã o d acidade pontuam ao b r a , c o m o ademolição da velhamatriz, em 1905, ei n c r e m e n t o d aindustrialização, apartir da década de

1970, que faz emergir o modernismo emRibeirão Preto.

A proposta das autoras é que o leitorfaça uma viagem pela história da cidade,da influência cafeeira à decadência dosant igos barões, que invest i ram emgrandes obras, como o Theatro Pedro II,t a m b é m r e t r a t a d o n a f a s e d e s u areconstrução e restauro, ocorrida nosanos de 1990.

“Procuramos expor tanto as grandesobras quanto as mais populares, comocasas e vilas de imigrantes italianos, quetiveram relevância na ocupação dacidade, a fim de mostrar um panoramageral da his tór ia da const rução dacidade”, afirma a arquiteta AdrianaCapretz.

O livro termina com o relato da primeiratentativa de estabelecer um Plano Diretorpara a cidade - em 1945, com um projetoencomendado ao engenheiro urbanistaJosé de Oliveira Reis, que foi chefe daComissão do Plano da Cidade e diretor doDepartamento de Urbanismo da Cidade do

Rio de Janeiro - ea v a l i a ç õ e s d eprofissionais comoS í l v i o C o n t a r t eOzório Calil Juniorsobre a efetivaçãodeste plano e suasconseqüências parao p l a n e j a m e n t ofuturo da cidade.

“Algumas ações propostas por Reis foram aproveitadas isoladamente, como acriação do quadrilátero formado pelas avenidas Jerônimo Gonçalves, FranciscoJunqueira, avenida Independência e avenida Nove de Julho. Outras sucumbiramcom a ausência de investimento público, como a ampliação do BosqueMunicipal “Fábio Barreto”, prevista com o objetivo de amenizar o clima, e acriação de um parque na região do córrego do Tanquinho, no zona norte dacidade. Em 1945, Ribeirão Preto contava 79.771 habitantes e a estruturaproposta por Reis previa abrigar 400 mil habitantes. A ausência de um PlanoDiretor fez proliferar ações isoladas e um emaranhado de leis específicas parao uso e ocupação do solo”

Trecho do livro “Um olhar vertical e horizontal - 150 anos da construção civil deRibeirão Preto” - ed. F. I. Mendes Sá

Primeira Matriz

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Novos rumos para a bioenergia

SEMANA AGRONÔMICA

AEAARP12

Sustentabilidadeno processo de

produção debioenergia

Engenheiro AgrônomoDenizart Bolonhezi(APTA Regional)

O p a l e s t r a n t er e s s a l t o u a g r a n d econtr ibuição vinda da

agricultura para a balança comercialb r a s i l e i r a e , c o m e n t a n d o s o b r e aimportância da sustentabilidade, disse:“Hoje, não é importante só produzir, masavaliar como estamos produzindo”.

B o l o n h e z i c o m e n t o u s o b r e acompetitividade dos Estados Unidos naprodução de etanol a partir do milho elembrou que o governo norte-americanodestinou à agricultura U$ 34 bilhões, emsubsídios, no período de 1995 a 2003.

Falou da importância da transgeniapara a melhoria da produtividade dasculturas e como forma de baixar custos eda necessidade da adoção de sistemas

conservacionistas de manejo do solo parareduzir o uso do óleo diesel, garantireconomia de água, manutenção daprodutividade e baixar o custo geral deprodução. Falou também do risco damonocultura. “De 1975 a 1995, a Austráliaaumentou a área de cultivo de cana e aprodutividade. Mas não conseguia maismelhorar a produtividade, depois de 20anos. Hoje, estamos fazendo cana em cimade cana e os australianos viram que ocombinado de culturas rotativas e o usode pastagem têm contribuído para oaumento da produtividade”. Finalmentelembrou que é preciso reduzir custos deprodução de matérias-primas para obiodiesel e viabilizar consórcios.

Manejo bioenergético paraprodução integrada de alimentos,

fibras e energiaEngenheiro Agrônomo

José Roberto de Menezes (consultor)O crescimento da economia mundial,

a s pa r t i cu l a r idades da l eg i s l ação

ambiental no Brasil, o preço do petróleo, aquestão da logística, a competitividade doálcool de mi lho nos EUA frente àinteriorização da economia no Brasil, a altacarga tributária e juros brasileiros e aproibição dos transgênicos no Brasil sãoos principais determinantes do atualcenário para a agricultura nacional.

Menezes ana l i sou cus tos ef inanc iamento de vá r ias cu l tu ras ,comparando culturas transgênicas econvencionais. E alertou: “De 1996 a 2007, osprejuízos da proibição tecnológica (OGMs)ultrapassam R$100 bilhões no Brasil”,lembrando da importância do manejobioenergético e da integração agricultura-pecuária . “Um boi de 14@ produz 15toneladas de fertilizante por ano”, ressaltou.

Como exemplo, o álcool de milho nosEUA chega a uma produção média de9.000 kg/ha. em 140 dias, com rendimentode 25 litros de álcool/ha./dia e a cana-de-açúcar brasileira tem produção média de 80t./ha. em 365 dias, com rendimento de 17litros de álcool/ha./dia.

Veja a íntegra das palestras no site - www.aeaarp.org.br.

Novos rumos para a bioenergia“O uso de óleos vegetais como combustível pode ser

insignificante hoje. Entretanto, no devido tempo, tais produtosse tornarão tão importantes quanto o petróleo e o carvão sãoatualmente”. A frase soa como atual, porém foi dita, em 1912,por Rudolf Diesel, criador do primeiro motor movido pelocombustível batizado com seu nome. A viabilidade das culturasalternativas para a produção do biodiesel, as pesquisas emandamento também para a lavoura de cana-de-açúcar e aspotencialidades do mercado consumidor e industrial foramdebatidos na Semana Agronômica, realizada pela AEAARPem parceria com a APTA Regional e o Sindicato Rural deRibeirão Preto. O tema foi a Bioenergia.

Nos dias 17, 18 e 19 de outubro, foram realizadaspalestras que enriqueceram o debate em torno da viabilidadedos biocombustíveis. Cerca de 250 pessoas participaram doevento, que levantou polêmicas e apontou caminhos. Anecessidade de investimento em conhecimento foi eleita comoessencial para que os avanços pretendidos pelo poderpúblico, e aguardados com entusiasmo pela sociedade civil,sejam alcançados. “Precisamos aprimorar as matérias-primas

e já existem pesquisas em andamento”, afirma José RobertoScarpellini, engenheiro agrônomo e diretor de Agronomia,Alimentos e Afins da Associação.

Os biocombustíveis são conhecidos por pesquisadoreshá pelo menos 100 anos. “É uma energia limpa, que garantea sustentabilidade do ponto de vista ambiental e insere muitagente em um mercado de trabalho ainda pouco explorado”,avalia Scarpellini. O aprimoramento tecnológico, em sua visão,deve atender às culturas que demonstram mais aptidão paraa produção de óleo, entre elas a soja, o amendoim, o dendêe macaúba.

O Brasil tem 20% da área agricultável do planeta, 10% daágua doce do mundo e o sol que atinge o território brasileiroequivale à energia gerada em 24 horas por 320 mil usinashidroelétricas como a de Itaipu. Além disso, existem aqui maisde 200 espécies de plantas produtoras de óleo. Este foi umdos cenários apresentados durante as palestras, cujaconclusão aponta o Brasil como o país com mais condiçõesde produzir bioenergia. Veja um resumo das apresentaçõesde cada palestrante.

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SEMANA DA AGRONOMIA

Revista Painel 13

Manejo varietal em cana-de-açúcar:estratégias de alocaçãoEngenheiro Agrônomo

Marcos G. Landell (APTA/IAC)Nos últimos 30 anos o Brasil teve

ganhos significativos com pesquisas,h o u v e i n v e s t i m e n t o c o n t í n u o emodernização dos grupos de pesquisa.As pesquisas em cana-de-açúcar forammuito maiores do que em outras culturas,o que acabou gerando uma vantagem paraa cana. O produto foi modificado com amelhora genética e isso gerou um salto naprodução: o aumento da produtividadefoi de 38,5%, o aumento do número decortes dobrou de 3 para 6, o rendimentoindustrial para 1 tonelada de cana passoude 90 quilos de açúcar para 120 quilos e de60 litros de álcool para 89 litros e a safrapassou de 165 dias para 220, um aumentode 33%, no período.

Lande l l l embrou as var iedadesr e g i o n a i s g e r a d a s p e l o I A C v ê mproporcionando ganhos significativos,ap r e sen tou a l gumas va r i edades eresultados positivos da seleção regionalem algumas localidades brasileiras.

Cenários da pesquisa emcana-de-açúcar

Engenheiro Agrônomo Tadeu Andrade(CTC-Piracicaba)

Dentre as novidades em pesquisapara a cana-de-açúcar, o palestranteapresentou o sistema de lavagem a seco,desenvolvido entre CTC e ITA. A canapassa por uma câmara de ventilação querecolhe impurezas vegetais e terra – estacompromete o sistema de moagem e, como novo sistema, volta para o campo.

Outra novidade para o campo é agaseificação do bagaço e palha da canaque gera seis vezes mais energia. “Se opaís utilizasse as mais avançadas técnicasem co-geração, o setor sucro-alcooleitoe s t a r i a p rovendo 30% da ene rg i aconsumida no país”, afirmou.

N o s c a n a v i a i s a t e n d ê n c i a é aminiaturização do processo de análise decana com o infravermelho, hoje disponívelnas esteiras gerando informações online.Mas novas técnicas de coleta de imagempor satélite identificam variedades elongevidade de uma plantação.

E a grande corrida mundial hoje é pelabusca de enzimas capazes de quebrar asmoléculas de pentoses (moléculas de 5carbonos) encontradas na celulose para aprodução de açúcar. Não existe processoc o n h e c i d o p a r a t r a b a l h a r c o m a s

pentoses. Hoje o açúcar é produzido comhexoses (6 carbonos). No dia 13 desetembro de 2007, em Copenhague, ogoverno brasileiro firmou acordo depesquisa com a maior produtora deenzimas do mundo, a dinamarquesaNovozymes.

Tendências e desafios damecanização da lavoura canavieira

Engenheiro AgrônomoKesler Bastos (John Deere)

O palestrante fez uma análise dom e r c a d o m u n d i a l e m q u e o sbiocombustíveis propiciarão uma novaera para a política agrícola global. Nestecenário, a demanda global de açúcarcrescerá 26 milhões de toneladas e ademanda por etanol crescerá duas vezesou mais com excelentes perspectivaspara o preço do açúcar e álcool. Haveráaumento do uso da cana para produtosvariados, tendência de aceleração dasfusões e aquisições por multinacionais (eF u n d o s ) c o m o p a r t e d a e x p a n s ã oacelerada de implantação de unidadesprodutoras, ao lado da ampliação daspreocupações com a questão ambiental ea crescente importância e participação daPetrobras no Brasil e no exterior. Haverá,ainda, melhoria na coordenação de P&De no modelo energético brasileiro e maiorbusca de opções de acordos para etanol/açúcar com entrada livre nos EUA/Europa.

Os solos e a cana-de-açúcarEngenheiro Agrônomo

Helio do Prado (APTA/IAC)E s p e c i a l i s t a e m p e d o l o g i a , o

engenheiro agrônomo apresentou aspotencialidades de cada tipo de solo parao cultivo da cana-de-açúcar. “Determinaro tipo de solo é necessário para definir omanejo correto, que auxilia no aumento daprodução na indústria”, afirmou. Eleexplicou que a quantidade de argilapredominante em cada solo interfere naquantidade de água que será absorvidapela planta. O “argisolo” – que tem grandequantidade de argila abaixo da camadaarável – é mais comum na região deJaboticabal, rumo ao oeste do Estado.Nele, a planta tem a possibilidade deabsorver mais água. O “latossolo”, aocontrário, tem valores de argila similares nacamada arável e abaixo dela, e possibilitamenor acesso à água. A quantidade deágua absorvida pela cana é determinanteem seu desempenho industrial. Não ter

conhecimento sobre o solo onde estáplantando “é o mesmo que não ter alicerceem um prédio”, disse.

Plantio direto e a cana-de-açúcarEngenheiro Agrônomo

Denizart Bolonhezi (APTA Regional)O manejo do solo depois da colheita é

determinante para garantir a qualidade dasafra seguinte. Quando o maquinárioagrícola remexe toda a estrutura do solo,as chuvas tendem a açorear o terreno ealgumas plantações são totalmenteperdidas. Ele expôs imagens de canaviaisque poderiam ter sido preservados com omanejo adequado do solo. “A chuva levaos fertilizantes”, disse o engenheiroagrônomo. Manter a palha da cana naterra garante material orgânico para aplanta e retém mais água, sem prejudicar osolo. O s is tema de manejo de soloapresentado pelo agrônomo não é comumnos canaviais, mas já é usado em outrostipos de culturas. Na região de RibeirãoPreto, uma das poucas usinas que optarampor este tipo de manejo é a Usina AltaMojiana, de São Joaquim da Barra. “Nãorevolver o solo resulta em dividendos.Revolver é prejuízo”.

Manejo de pragas nacultura da

cana-de-açúcarEngenheira AgrônomaLeila Dinardo Miranda

(APTA/IAC)A p a l e s t r a n t e

apresentou as formas dei d e n t i f i c a ç ã o ,tratamento e combatedas pragas mais comuns

nos canaviais, como a cigarrinha, ocupim e a broca. Ela abriu a apresentaçãoressaltando a necessidade de o produtordecidir a tática de combate tendo comobase a “análise de custo/benefício queleva em conta o interesse e o impacto nosp r o d u t o r e s , n a s o c i e d a d e e n oambiente” . Há formas de combateusando inimigos naturais e controlequímico. Perda da produtividade, dequalidade da matéria-prima, aumento doscustos de controle de contaminação eredução da longevidade dos canaviaissão as principais conseqüências destaspragas. A agrônoma ressaltou ainda aimportância de verificar a procedênciadas mudas e o cuidado em sua retirada,como forma de evitar as pragas nasplantações.

Veja a íntegra das palestras no site - www.aeaarp.org.br.

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SEMANA AGRONÔMICA

AEAARP14

Manejo de plantas daninhas emcana-de-açúcar

Engenheiro AgrônomoCarlos Azania (APTA/IAC)

O palestrante expôs as principaisespécies de plantas daninhas que atacamos canaviais e os herbicidas usados paracombatê-las. Algumas exigem maisa p l i c a ç ã o d e h e r b i c i d a s e ,conseqüentemente, maiores custos deprodução, entre elas a tiririca e a gramaseda . O agrônomo exp l icou que ap o s s i b i l i d a d e d e c u l t i v o d e c a n atransgênica gera a oportunidade de usarapenas um tipo de herbicida, de amploespectro, que poderá reduzir a grandediversidade de herbicidas usados naplantação.

Importância econômicada co-geração

de energiaProf. Dr. Zilmar José de

Souza (Unesp/Jaboticabal)

O Brasil é o país quem a i s p r o d u z e n e r g i arenováve l no mundo:41% da energia do país

são de fontes renováveis contra 14%no mundo, onde o carvão ainda é amaior fonte. Com esta informação opalestrante abriu sua exposição, quet eve como foco a nece s s idade deinves t imen to indus t r i a l em novasfontes de geração de energia. É umaoportunidade, em sua visão, para osetor sucroalcooleiro, que já atende omercado nos períodos de seca, umavez que a principal fonte de energia dopaís são as usinas hidroelétricas. Elemostrou gráficos que revelam que oconsumo no Brasil - 163 kw/h-mês -está abaixo da média mundial que é de210kw/h-mês. A demanda reprimida, emsua visão, deve ser atendida pelo setorsuc roa lcoo le i ro , o que obr iga umr e d i r e c i o n a m e n t o d a p r o d u ç ã oagrícola e a conseqüente definição deum novo marco regulatór io para osetor. Segundo ele, a iminente criseenergética em 2012 pode ser evitadacom planejamento. Em sua avaliação,este é um cenário favorável para osetor sucroalcooleiro, cuja entradaneste mercado é mais viável do que“ e s t a c i o n a r a s b a r c a ç a s d etermoelétr icas” na costa marí t ima,caus an do r i s c os e danos ao me ioambiente.

Girassol como basepara o biodiesel

Engenheiro AgrônomoDílson Rodrigues

Cáceres (CATI-DSMM)Reconhecidamente

u m d o s g r a n d e sentusiastas do biodiesel,o pesquisador assinaloulogo no início de sua

exposição: “O programa do biodieselcomeçou com 20 anos de atraso”. Eleapresentou o panorama histórico daprodução e pesquisa do girassol e avaliouque há capacidade de expansão no Brasil.Este cenário se deve, principalmente, pelascaracterísticas da planta: alto teor de óleonos grãos possibilita a extração a frio, atorta resultante da extração tem boaqualidade nutricional, produz mel, podeser usado para rotação de culturas, tembaixo custo de implantação, entre outrascoisas. No entanto, falta tradição doagricultor com a cultura e incentivo àpesquisa, alguns dos entraves para aexpansão da p rodução no pa í s . Ohistórico do cultivo de girassol comprovaesta avaliação: depois da desaceleraçãoda produção, registrada em meados dosanos 1980, a retomada coincidiu com oinvestimento da indústria em novastecnologias, no final da década de 1990.

Cultura do pinhão mansoEngenheiro Agrônomo

Eduardo Suguino (APTA Regional)A rusticidade e o teor tóxico do pinhão

manso são algumas das informaçõesdisponíveis sobre a planta, tratada comocoqueluche do biodiesel. O palestrantealertou para a falta de informações arespeito da viabilidade de seu uso em largaescala para produção de biodiesel e aproibição do uso comercial no país, umavez que não está cadastrada no RegistroNacional de Cultivares, do Ministério daAgricultura. “Ninguém pesquisava afundo o pinhão manso até três anosatrás”, disse. A destinação da tortaresultante da extração do óleo, altamentetóxica, é apenas um dos entraves para ouso industrial. Esta massa não pode serusada para al imentação animal , aocontrário de outras matérias-primas, e hárisco de contaminação do lençol freático.“A avalanche de otimismo em relação àplanta não foi acompanhada de avalanchede pesquisa, necessária para seu usocomo fonte energética”, alertou. Suap r o d u ç ã o a t u a l m e n t e é r e s t r i t a à

agricultura familiar, como cerca viva esuporte para plantas. Há utilidade tambémcomo fonte de energia para iluminaçãopública, planta medicinal, óleo lubrificantee tintura.

Potencial das variedades deamendoim para o biodiesel

Engenheiro AgrônomoInácio J. de Godoy (APTA/IAC)

“A indústria do biodiesel está tratandoas questões no atacado, sem descer nodetalhe dos aspectos qualitativos dasculturas”, disse o pesquisador, queapresentou as potencialidades do grão -composto por 25% de proteína e até 50% deóleo. O IAC pesquisa variedades com maiorteor de oléico. A “IAC Caiapó” é a variedadecom mais vantagens, atualmente, para aprodução de óleo - é composta por 60% deóleo. No entanto, exige um período maislongo de produção, o que a torna inviávelpara as áreas de renovação de cana. Estavariedade é também mais resistente,evitando controle químico das plantações.A “IAC 147” é outra variedade que está emdesenvolvimento. Tem alta produtividadeem grãos e em óleo e estará disponível nospróximos anos. O instituto também pesquisavariedades de amendoim com maior teor deácido oléico, que oferecem ao mercado dematérias-primas para biodiesel produtos quecontribuem para a qualidade do combustível,além do potencial para a indústria decosmé t i cos . A p rodução nac iona la t u a l m e n t e e s t á d i r e c i o n a d apredominantemente para o mercado interno.O maior atrativo comercial é o uso culinário,especialmente a Tatu e a Runner, o que limitao uso desta cultura para o biodiesel.

A macaúba como fontede óleo para biodiesel

Engenheiro Agrônomo JoaquimAzevedo Filho (APTA Regional)A APTA mapeou os locais no Estado

de São Paulo onde há árvores de macaúba.Folhas, sementes, estipe, frutos, plânulas eraízes têm usos comerciais, tanto para aobtenção de madeira para parede, ripas ec a i b r o s , q u a n d o p a r a a i n d ú s t r i afarmacêut ica ( ra ízes) e ar tesanato(sementes para confecção de botões ebijuterias). O palestrante disse que querempolgar os pesquisadores para quedesenvolvam pesquisas sobre a planta,considerada praga de pastagem e eliminadapor criadores de gado. O mapeamento feitopela APTA confirmou que, por estemotivo, as árvores ficam restritas às áreas

Veja a íntegra das palestras no site - www.aeaarp.org.br.

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Revista Painel 15

de difícil acesso. A produção de óleo apartir da macaúba pode chegar a 4 mil kgpor hectare, e tem qualidade de azeite.“Vamos usar para alimentação e deixar as o j a p a r a o b i o d i e s e l ” , d i s s e . Apredominância de óleo nos grãos chama aatenção: a casca tem 8% de óleo, a polpatem 30% e a amêndoa 50%. A tecnologiapara extração do óleo deve avançar paraviabilizar o uso na produção do biodiesel.

Mamona e agroenergiaEngenheiro AgrônomoRoberto Branco (APTA

Regional)I n c e n t i v o s d o

g o v e r n o e s t ã op r o p o r c i o n a n d ocrescente produção damamona no Bras i l . ON o r d e s t e é o m a i o r

produtor, com destaque para o Estado daBahia, mas, apesar de ser considerada umacultura cosmopolita capaz de suportarvários tipos de solo – existem dados deprodução até na Escócia –, o Norte eCentro-Oeste do país não têm cultura demamona. Sul e Sudeste brasileiros têm

Veja a íntegra das palestras no site - www.aeaarp.org.br.

Patrocinadores : Syngenta, John Deere,Fundação Agrisus, Du Pont, Milenia,Faesp, Senar, Coplana, FMC e Basf.Apoio : CATI, APTA, Fórum Permanentede Debates Ribeirão Preto do Futuro,FEA/RP, Observatório do SetorSucroalcooleiro, Seprotec Sementes,Mútua Caixa de Assistência, JornalCana, FundAg, CTC e Associação Ruralde Ribeirão Preto

João Batista Lorenzato,produtor de amendoimem DumondAdquirir conhecimentopara direcionar suaprodução. Foi este oobjetivo do produtor ao

atender o convite da AEAARP paraparticipar da Semana Agronômica. Comohomem da terra, “ já sabia que oamendoim não é competitivo para aprodução de biodiesel” . “Estesencontros colaboram para orientar oprodutor sobre as boas práticas daagr icul tura que auxi l iam nacomercialização de nossa produção”.

Eduardo Romão,Secretario Municipal deAgricultura de JaúA cana-de-açúcar éresponsável por 80% dacultura agrícola de Jaú epelo menos 80% daspropriedades agrícolas do

município têm até 50 hectares. Foi parabuscar novas oportunidades de negóciospara estes produtores, abrir as portas dacidade para a realização de pesquisas naárea agrícola e potencializar as políticaspúblicas em andamento no município queo secretário participou do evento. “Obiodiesel é uma janela de oportunidades”.

tecnologia para cultivo da mamona comoutros produtos. O Brasil tem algunsaspectos que favorecem o aumento daprodução da mamona como grande áreaterritorial agricultável, incidência deradiação solar, pluviosidade ao longo doano, política de incentivo à produção debioenergia junto com a necessidademundial de combustíveis alternativos.

A soja no contexto daagroenergia

Engenheira AgrônomaSandra Helena Uneda

(APTA Regional)S e g u n d o m a i o r

produtor do mundo, oBrasil cultiva soja emtodas as suas regiões.Principal matéria-primap a r a a p r o d u ç ã o d e

biodiesel e uma das mais competitivas nopaís, segundo a pesquisadora, a soja temmerecido pesquisas de melhoramento quetêm conseguido aumentar o percentual deóleo na planta, com prejuízo do teor deproteína, dispensável na produção dobiodiesel. A pesquisadora fez uma análise

do cenário da produção de soja no Brasile ressaltou que a produção brasileira estáencostando nos EUA e o Brasil já temgrande chance de ser o primeiro produtormundial nos próximos anos.

Integração lavoura-pecuária:

alimentação animalEngenheira Agrônoma

Maria Lucia PereiraLima (APTA Regional)

A i n t e g r a ç ã olavoura-pecuária vems e n d o b a s t a n t epesquisada no pa í s ,

entretanto, apesar de seu maior desafiopara o tema estar no custo da implantação,espec ia lmente dev ido ao cus to dasemente, o grande problema, ainda, é adificuldade de acesso do produtor àsinformações. A pesquisadora ressaltouq u e o a s s u n t o e s t á n o s a r t i g o sa c a d ê m i c o s e é d e s c o n h e c i d o d oempresário rural brasileiro. Minas Gerais eGoiás abrigam as propriedades maisorganizadas no Brasil em termos deintegração lavoura-pecuária.

Modesto Barreto, professorda Unesp de JaboticabalA Semana Agronômica, na visãodo professor, é a oportunidadepara discutir fontes alternativas deenergia, “senão fica setorizado”.“A diversificação é benéfica até

para a cana”, diz. As dificuldades expostas emrelação à viabilidade do uso de algumas culturaspara o biodiesel foram relevantes. “É bom que asdificuldades sejam colocadas”.

Flávio Augusto Santos Silva,estudante de EngenhariaAgronômica do CentroEducacional Moura LacerdaO evento expôs informaçõesrelevantes e esclarecimentos quepodem ajudar a definir sua áreade atuação profissional. O

biodiesel, na visão do estudante, “promete” umfuturo rentável. “O mundo depende muito disso”.

Caroline Sampaio,estudante de Biologia daUnesp de JaboticabalVeio interessada em sabersobre as inovações napesquisa e no mercado e,principalmente, para ter contato

com profissionais. “Eu tinha uma idéia arespeito do biodiesel e estou saindo com outravisão por conta das opiniões que vi sobrecustos e tecnologia”.

Luciana Lazaro,estudante de Zootecniada Unesp de Jaboticabal“O evento me acrescentoubastante, especialmente otema integração lavoura-pecuária”.

Manoel Polycarpo deCastro NetoCoordenador Geral EDF(Brasília) ANP-AgênciaNacional de Petróleo“A ANP acompanha oseventos relevantes que

tratam do biodiesel no Brasil pelo fato deque esses eventos são uma esperançade novidades e novas luzes em relação aoque estamos trabalhando”, disse. Sobre oevento, acrescentou: “A semana está muitobem organizada. A questão da cana e dobiodiesel foram muito bem trabalhados”.

Eu fui

Page 16: Painel - edição 152 - nov.2007

O w o r k s h o p , p r o m o v i d o p e l aAEAARP, de 17 a 19 de outubro, contoucom cerca de 180 participantes, mais 20palestrantes, mediadores e debatedores.

As palestras e debates foram de altonível técnico, tendo sido alcançadostodos os objetivos propostos. Realizou-se uma integração entre os principaisgrupos que pesquisam matérias-primaspara a agroenergia no Estado de SãoPaulo, especialmente os maiores avançost é c n i c o s n a c a n a - d e - a ç ú c a r, c o mapresentação de lançamento próximo den o v e n o v a s v a r i e d a d e s , m e l h o raproveitamento dos resíduos da cana,quer sejam palhada, bagacilho etc.,encurtamento da exploração da cana-soja,com aumento de disponibilidade de áreapara renovação e conseqüentementeprodução de al imentos ou cul turasenergéticas. Manejo de solos, pragas eervas daninhas e plantio direto sobrepalhada.

Emb ora , nos p róx imos d i a s , o

BALANÇO“Agroenergia: matérias-primas”

SEMANA AGRONÔMICA

AEAARP16

Ministério da Agricultura, Pecuária eAbastecimento poderá incluir a Jetrophacurcas (pinhão manso) no RegistroNacional de Cultivares e, assim queoficializado o registro, o cultivo e acomercialização do pinhão manso ficamliberados, algumas objeções a estamatéria-prima (considerada a maispromissora) foram colocadas no evento.

Outras matérias-primas, como amamona, que tem alto valor como óleosfinos (evitar atr i to), o amendoim emacaúba, como substrato alimentar, oproblema de pássaros na produtividadedo girassol também mostrou dificuldadespara utilização destas matérias-primas.

As matérias-primas que mostraram-semais promissoras na opinião dos técnicosque debateram o assunto seriam a soja(que deve ser melhorada com variedadesespecíficas para este fim) o amendoim(com novas variedades oléicas e reduçãonos custos de produção) e o pinhãomanso, resolvendo-se os problemas de

colheita e cultivares registrados.Foram mostradas possibilidades no

manejo bioenergético para produçãointegrada de alimentos, fibras e energia ea sus tentabi l idade no processo deprodução de bioenergia.

O setor está se organizando e este tipode discussão, envolvendo pesquisadores,representantes da indústria do biodiesel,dos produtores de cana, de energia, dosprodutores de matérias-primas, dosrepresentantes de montadoras , dasagências reguladoras e Petrobras é de sumaimportância, o que deve ocorrer em breve.

Segundo participantes da reunião,ainda estamos longe do profissionalismoem relação à agroenergia, mas existemm u i t a s i n f o r m a ç õ e s s o l t a s econcatenando-as logo teremos um forteprograma de agroenergia, tão forte comoo Proálcool.

Jose Roberto Scarpellinicoordenador do evento

Page 17: Painel - edição 152 - nov.2007

PAINEL DE NEGÓCIOS

Revista Painel 17

Painel de NegóciosLIGUE E ANUNCIE 16 3931.1555

Page 18: Painel - edição 152 - nov.2007

A pressão arterial alta (hipertensão) éuma doença crônico-degenerativa queprovoca elevação anormal da pressão nasartérias. Atinge aproximadamente 6% a8% das crianças, 20% dos adultos e 65%d o s i d o s o s . A h i p e r t e n s ã o édiagnosticada quando a pressão dopaciente, medida várias vezes em umconsultório médico, é igual ou superior a140mmHg (pressão sistólica) por 90mmHg (pressão diastólica).

Causa - Entre as principais estão osmaus hábitos de vida, como o consumoexcessivo de sal, alimentos gordurosos,bebidas alcoólicas, sedentarismo, cargaemocional excess iva gerada pe loscompromissos e dificuldades da vidacotidiana, tabagismo e fator genético.

Principais sinais e sintomas - Emgeral, ela não produz sintomas duranteanos, mas deixa pistas quando lesa algumórgão vi tal . Alguns são a cefaléia ,

Hipertensãosangramento pelo nariz, tontura, ruborfacial e cansaço. Os pacientes mais gravespodem apresentar sonolência ou mesmo ocoma em razão do edema cerebral, situaçãoque requer tratamento de emergência.Quando o distúrbio afeta o cérebro, osolhos, o coração ou os rins, pode causarcefaléia, fadiga, náusea, vômito, dispnéia,agitação e visão borrada.

Complicações - A pressão lesa os vasoss a n g ü í n e o s , q u e v ã o s e t o r n a n d oendurecidos e estreitados e podem entupirou romper. Quando o entupimento de umaartéria acontece no coração, o quadro de doré denominado angina e pode ocasionarinfarto do miocárdio. No cérebro, a ruptura ouobstrução arterial leva ao acidente vascularcerebral (AVC). Se o órgão atingido for o rim,pode instalar-se a insuficiência renal.

Terceira maior causa de mortes noplaneta, no Brasil, 30 milhões sofrem depressão alta e, a cada ano, 150 mil morrem em

decorrência dessemal. O distúrbio ér e s p o n s á v e l p o r40% dos casos dederrame cerebral, por20% dos infartos epor 70% das lesõesr e n a i s d o s p a c i e n t e s q u e f a z e mhemodiálise.

Tratamento - O indivíduo com pressãoalta deve ser tratado durante toda a vida.O tratamento consiste em remédios queajudam a controlar a pressão e em manterhábitos de vida saudáveis. A hipertensãonão tem cura, o tratamento a controla.Prevenção - A qualidade de vida e hábitossaudáveis de alimentação são a únicamaneira de prevenir a hipertensão ou decontrolá-la.

Dr. Alcyr Barbin Filhocooperado da Unimed Ribeirão Preto

SAÚDE

Page 19: Painel - edição 152 - nov.2007

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- Requerimento de Profissionais,preenchido e assinado*

- carteira de identidade **- se estrangeiro, cédula de

identidade com indicação depermanência no país **

- Cartão de Cadastro de PessoaFísica (CPF) **

- título de eleitor, se brasileiro **- diploma (frente e verso) caso

o registro anterior tenha sidoefetuado após de 30 de junhode 1992

- duas fotografias atuais,tamanho 3x4, em cores ecom fundo branco

- comprovante de pagamentoda taxa de carteira (R$ 14,50até dia 30/12 com boletobancário impresso aoefetuar o agendamento)

* Pode ser obtido no site doConselho, por meio doqual é também possívelfazer o agendamento -www.creasp.org.br

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Os profissionais de engenharia,agronomia e arquitetura

poderão agendar horário deatendimento no CREA.

Para aqueles que

quiserem inserir o tipo

sanguíneo na carteira, é

necessário apresentar

o original e a cópia do

comprovante

laboratorial ou atestado

médico de tipo

sanguíneo e fator Rh.

O Call Center do

CREA - 0800.171811

está dirimindo as

dúvidas dos

profissionais que

ainda não

providenciaram o

recadastramento.

O CREA-SP-Conselho Regional deEngenharia, Agronomia e Arquitetura doEstado de São Paulo vai recadastrar osprofissionais da área tecnológica até o dia 30de dezembro deste ano. A convocação atingeaqueles que têm carteiras e vistos emitidosantes de 18 de dezembro de 2006. No primeirosemestre o Conselho recadastrou 90 milprofissionais em todo o Estado.

De acordo com o CONFEA, aquelesque não atenderem à convocação perderãoo acesso a serviços oferecidos peloConselho, inclusive a possibilidade der e g i s t r o d e A RT- A n o t a ç ã o d eR e s p o n s a b i l i d a d e T é c n i c a . Orecadastramento deverá ser agendadoatravés do site www.creasp.org.br, onde oprofissional escolherá um dos escritóriosdo CREA.

O procedimento foi determinado peloC O N F E A - C o n s e l h o F e d e r a l d eEngenharia, Arquitetura e Agronomia, emjulho de 2006, e tem por objetivo atualizaros dados cadastrais de profissionaisbrasileiros e estrangeiros em atividade nopaís. Os profissionais que providenciaremo documento até o prazo vão usufruir dodesconto de 50%, com o valor da taxafixado em R$ 14,50.

Após o recadastramento, a novacarteira estará disponível em um prazo deaproximadamente 90 dias. Neste período,para fins legais, o profissional vai utilizarum documento provisório emitido peloConselho. Após o prazo previsto naconvocação, as carteiras antigas perderãovalidade legal e será cobrado o valorn o r m a l p a r a e m i s s ã o d e n o v o sdocumentos de R$ 29,00.

fará recadastramento até dezembro

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Repúdio ao Pregão Eletrônicopara serviços de Engenharia

OPINIÃO

AEAARP20

A s i s t ema t i z ação da s compraspúblicas, permitida pelo desenvolvimentoda tecnologia da informação, foi umgrande avanço no combate à má gestãopública e à corrupção, permitindo tambémuma maior igualdade nas oportunidadesde fornecimento de bens e serviços aosgovernos . A int rodução do PregãoEletrônico foi um grande avanço para oBrasil e seu uso deve ser difundido eincentivado.

Mas engana-se a sociedade e seusrepresentantes ao considerar o PregãoEletrônico um elixir mágico, capaz des o l u c i o n a r t o d o s o s p r o b l e m a senvolvendo as contratações do poderpúblico. Como também enganam-seaqueles que consideram o menor preço omais importante, senão único, fator deseleção de prestadores de serviços deengenharia e arquitetura.

O projeto em tramitação na Comissãode Assuntos Econômicos do Senado éfruto do desconhecimento dos resultadosdas licitações em todas as esferas no paíse também da necessidade eleitoreira deresponder à opinião pública, face aosescândalos revelados diariamente namídia.

Enquanto os holofotes apontam paraobras superfa turadas e desvios derecursos públicos, ficam às sombras,longe das manchetes , mi lhares de

Edemar de Souza AmorimPresidente do Instituto de

Engenharia

esqueletos inacabados por fal ta decapacidade financeira da contratada,acidentes fatais por falta de qualificaçãotécnica dos profissionais empregados eos custos financeiros e sociais da máseleção de prestadores de serviços.

A inversão do processo licitatório,priorizando o preço sobre a qualidadetécnica, é uma aberração. Sua defesa só épossível por parte daqueles que ignorama complex idade de um pro je to deengenharia, que desrespeitam a formaçãoacadêmica dos profissionais e técnicos e,acima de tudo, não têm consciência doquanto desconhecem do histórico dosprocessos licitatórios brasileiros e dasobras de infra-estrutura do país.

O Jornal O Estado de São Paulo, em seueditorial de 10 de outubro, defende aadoção do pregão eletrônico e a mudançan a s r e g r a s l i c i t a t ó r i a s u s a n d oargumentos, no mínimo, infantis. Imaginarque a competição permitirá a manutençãoda qualidade enquanto reduzem-se ospreços é o mesmo que defender o fim docontrole a l fandegár io na Ponte daAmizade, imaginando que assim conteráos preços da indústria.

P ior a inda é querer ace lerar osprocessos de licitação, como se fossemestes os responsáveis pelos atrasosn a s e n t r e g a s d a s o b r a s p ú b l i c a s .Não é segredo que as políticas erráticas

e temerárias de gestão de pessoal detodas as esferas dos mais diversosgovernos bras i le i ros a fas ta ram osprofissionais mais qualificados, que afalta de investimentos desmantelou osd e p a r t a m e n t o s t é c n i c o s e aproliferação de cargos políticos quaseeliminou a pouca eficiência do serviçopúblico.

Po r i s t o , de f ende r um s i s t emalicitatório que elimine o julgamentot é c n i c o p r é v i o , a s s u m i n d o s e rconstante e homogênea a qualidadeentre todas as empresas, onde o poderpúblico brasileiro paga rigorosamenteem dia todas suas contas e as fraudesacontecem na contratação dos serviços,n ã o n a s m e d i ç õ e s e a l t e r a ç õ e sposteriores de projetos é imaginar que oBrasil é a nova ilha da fantasia, bemd i f e r e n t e d o s f a t o s n o t i c i a d o sdiariamente pela imprensa.

A aprovação deste Projeto é umaatitude eleitoreira de alto risco para asoc iedade bras i le i ra . Os senhoresSenadores têm o dever de defender osbrasileiros de aventuras populistas nacontratação de serviços de engenharia.Pois, se os custos relativos à infra-e s t r u t u r a j á c o m e ç a m a t r a v a r odesenvolvimento brasileiro, acrescentar orisco aos cidadãos a este custo é nomínimo irresponsável.

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Alexandre Barcelos Dalri Engenheiro Agrícola

Ary Poletto Engenheiro Eletricista

Danilo Fonseca Mazoni Engenheiro Agrônomo

Luciano Carreira Engenheiro Eletricista

Márcia Serdeira Vallim Arquiteta e Urbanista

Márcio Ferreira da Rosa Engenheiro Agrônomo

Rodrigo Borsari Engenheiro Agrônomo

Wilson José de Bortoli Engenheiro Civil

CURSOS

Revista Painel 21

exclusivamente ao tema. Seu objetivo principal éa difusão do atual estado de arte dos Geossintéticospara todo o Brasil, procurando demonstrar afacilidade de utilização e a eficiência que essesprodutos podem proporcionar às obras deengenharias.

Trata-se de uma obra abrangente e profunda,preparada por um grupo de especialistas da maiorcompetência no assunto, que apresenta conceitos,especi f icações, cr i tér ios de pro jeto,recomendações práticas de aplicação e, comose não bastasse, inúmeros exemplos deaplicação.

Nele contém informações que interessa a toda a cadeiada engenharia civil, desde o estudante de graduaçãoaté o engenheiro de obra passando, portanto, pelospós-graduandos, professores, engenheiros projetistas,consultores e contratantes de obras.

A redação do Manual esteve a cargo de 26 renomadosprofissionais com larga experiência teórica e práticano assunto, a maioria com mestrado e doutorado emimportantes instituições acadêmicas do Brasil e doexterior. Isso confere à obra uma característica deecletismo e não somente uma linha de pensamentosobre o tema. R$ 85,00 (20% abaixo do preço deprateleira).

07/11/07Das 8h às 18hLocal: Instituto de Engenharia - Av. Dr. DantePazzanese, 120Instrutor: Eng. Benedito de Souza Bueno

Investimento: Associados do IE/ABMS/IGS:R$100,00Não Associados: R$125,00Estudantes Graduação: R$50,00Incluso no custo: material didático, coffee breake certificado.

Manual Brasileiro de Geossíntéticos (únicapublicação Brasileira sobre o tema 418páginas) – R$ 85,00 exemplar

Informações:IE (11) 5574.7766 r. 214www.institutodeengenharia.org.br

*Livro texto “Manual Brasileiro deGeossintéticos” - Editora Edgard Blucher(418 páginas).

O Manual Brasileiro de Geossintéticos - MBGé o primeiro livro brasileiro dedicado

Controle tecnológico doCONCRETO

22/11/07Das 8h às 18hLocal: Instituto de Engenharia - Av. Dr. DantePazzanese, 120 São Paulo /SPInstrutor: Egydio Hervé Neto

Investimento:Associados do IE: R$180,00Não Associados: R$240,00Incluso no custo: material didático, coffee breake certificado

Informações: IE (11) 5574.7766www.institutodeengenharia.org.br

GEOSSINTÉTICOSConceitos, Aplicações, Noções de Dimensionamento e

Técnicas de Instalação

13/11/07Às 19hLocal: Sede do IBAPE/SP - Rua MariaPaula, 122 cj. 106 - 1º andar - São Paulo/SPPalestrante: Engº Jerônimo Cabral PereiraFagundes Neto.

Informações: (11) [email protected]

PALESTRA

Método para investigação depatologias em sistemas depintura látex de fachadas

NOVOS ASSOCIADOS NA REDE

O site criado pelo engenheiroagrônomo Hélio do Prado, do

IAC-Instituto Agronômico,conta a história da pedologia

no mundo, mostra asclassificações do solo,

disponibiliza um glossáriocom verbetes comuns a esta

atividade e divulga artigostécnicos sobre o tema.

www .pedologiafacil.com.br

Page 22: Painel - edição 152 - nov.2007

NOTAS

AEAARP22

PÉ NO ACELERADOR... E NO FREIOO boom da construção civil em RibeirãoPreto motiva preocupações de arquitetose urbanistas que pretendem ver até ondea malha urbana suportará tamanhocrescimento. O bom momento e euforiano mercado, estampados empublicações de circulação nacional, sãocompartilhados pelo setor em todo opaís, com registros de recordes e

reações.

O RECORDEA ABECIP-Associação Brasileira dasEntidades de Crédito Imobiliário ePoupança divulgou que no mês desetembro de 2007 foram concedidos R$1,85 bilhão em crédito imobiliário, 137%mais do que no mesmo mês do anopassado.

O RISCOReportagem do jornal Folha de S.Paulo, do dia 15 de outubro, alertasobre o risco de um “apagão” no setorda construção por falta de material emão-de-obra, caso a aceleração noconsumo se mantenha nos próximosdois anos. Com informações deentidades como o Sindicato daIndústria do Cimento e da AssociaçãoBrasileira da Indústria de Materiais deConstrução, o texto expõe, comoexpectativa de crescimento de vendas,o índice de 12% entre 2007 e 2008.

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Não à CPMF

A AEAARP aderiu àcampanha contra aprorrogação da CPMF-Contribuição Provisóriasobre MovimentaçãoFinanceira, cujo projetotramita no Senado Federal.Outras entidades da cidadetambém assinaram odocumento, entre elas aA C I R P - A s s o c i a ç ã oComercial e Industrial,A B I M A Q - A s s o c i a ç ã oBrasileira da Indústria deMáquinas e Equipamentos,SINCOVARP-Sindicato doComércio Varejista deRibeirão Preto, SINDUSCON-Sindicato da Indústria daConstrução Civil do Estadode São Paulo, CDL-Câmarados Dirigentes Lojistas eA B A G R P - A s s o c i a ç ã oBrasileira do Agronegócio daRegião de Ribeirão Preto. Osinteressados em integrar omovimento devem procurar asede do CIESP-Centro dasIndústrias do Estado de SãoPaulo, em Ribeirão Preto(Rua Bernardino de Campos,1001) ou acessar o sitewww.contraacpmf.com.br.

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A EUFORIAA Anamaco-Associação Nacional dosComerciantes de Materiais deConstrução revela que no primeirosemestre deste ano o setor apresentoucrescimento acumulado de 7% nacomparação com igual período de2006. Na comparação mês a mês, odesempenho em julho foi 4,8%superior a junho e 1,5% em relação amaio de 2007. A Anamaco defende aredução do ICMS-Imposto sobreCirculação de Mercadorias e Serviços,que incide sobre os materiais deconstrução, para esquentar ainda maissuas projeções.

A REAÇÃOO SindusCon-SP-Sindicato da Indústriada Construção Civil do Estado de SãoPaulo “acredita que há e haverá insumosda construção suficientes para atendera demanda, inclusive se para tanto fornecessário importar, e rejeita eventuaisaumentos oportunistas de preços demateriais”, segundo nota publicada nosite da entidade.

EM RIBEIRÃORoberto Maestrello, presidente daAEAARP, avalia que a queda nainflação, o baixo valor da moedaamericana, entre outros fatores,forçaram um acúmulo de capital napoupança, que é investido naconstrução civil. Há um aumento dademanda de projetos nos escritórios deengenharia e arquitetura e os serviçosnecessários para a execução das obras,como fornecimento de concreto e tijolos,precisam ser planejados comantecedência. “Mas não falta material,pelo menos por enquanto”, diz.

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ANÚNCIOGráfica São Francisco

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