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painel AEAARP Ano XVII nº 226 jan / 2014 Parques de diversão são dotados de muita tecnologia e têm regras específicas para manutenção e instalação Ciência no parque

Painel - edição 226 – jan.2014

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Veículo de divulgação oficial da AEAARP.

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painelA E A A R P

Ano XVII nº 226 jan / 2014

Parques de diversão sãodotados de muita tecnologiae têm regras específicas paramanutenção e instalação

Ciênciano parque PRAÇA

A Praça Jair Yanny, em homenagem ao Palhaço Piolin

JANELAS

Novas tecnologias investem na qualidade ambiental

TELHAS

Engenheiro desenvolve material alternativo ao fi brocimento

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Ano novo, vida nova.

No ano que passou, a AEAARP promoveu diversas ações de ordem administraxva.

A finalidade foi a de adequar espaços da enxdade às exigências de ordem legal e

de segurança que nos foram imputadas pelos órgãos públicos competentes e que,

atendidas, nos permixram obter os respecxvos alvarás de funcionamento.

A AEAARP ao final do processo tornou-se uma das primeiras e poucas enxdades

locais a se adequar à nova demanda de obrigações, aprimoradas e decorrentes das

diversas ocorrências de acidentes ocorridos no país, notadamente as oriundas de

incêndios.

Com isso, xvemos um atraso na promoção dos eventos técnicos previstos para

o ano de 2013, que foram concentrados em um curto espaço de tempo, mas que

obxveram ao final o resultado posixvo previsto.

Nosso entendimento era o de que não deveríamos promover eventos abertos

ao público em geral sem que esxvéssemos com nossas instalações devidamente

regularizadas pelo poder público.

Neste ano, nossa intenção é promover eventos isolados em todas as áreas de

abrangência da área tecnológica, além das semanas técnicas tradicionalmente pro-

gramadas. A AEAARP dispõe de instalações e de infra-estrutura necessárias para a

realização de eventos dessa natureza.

Alémdos nossos eventos programados, estamos emcondições de oferecer espaços

para a realização de outros promovidos pelos associados e por terceiros. Em breve,

vamos anunciar uma nova opção de uxlização de espaços pelos associados, que vai

atender uma anxga reivindicação de nossos pares.

Há também uma negociação em andamento, com a finalidade de oferecer aos jo-

vens profissionais da área associados à AEAARP, umaopção de ingresso emumplano

de saúde específico, vantajoso para os nossos colegas que se encaixem nessa faixa.

Por fim, devo lembrar a todos, que o ano de 2014 pelas peculiaridades e necessida-

des decorrentes da realização da Copa doMundo no Brasil, ainda que tardiamente,

deverá oferecer muitas oportunidades aos profissionais da área tecnológica nos

próximos meses.

Vamos à luta, em frente.

Eng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoPresidente

Eng.º Civil João PauloS. C. Figueiredo

Editorial

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Expediente

A S S O C I A Ç Ã ODE ENGENHARIAARQUITETURA EAGRONOMIA DERIBEIRÃO PRETO

Índice

Horário de funcionamentoAEAARP CREADas 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.

ESPECIAL 05Engenharia e arquitetura para a diversão

HISTÓRIA 10O livro que virou praça

ENGENHARIA 1210 x mais barato

PROFISSÃO 14IPEA diz que não faltam engenheiros

MUNDO 16Água tipo exportação

OPINIÃO 18Eficiência energética na construção civil

CREA-SP 19Cancelamento do registro do CREA

CONSTRUÇÃO CIVIL 20As janelas inteligentes

ANÁLISE 22Tributação do canteiro de obras

FACEBOOK 23No Facebook, tem e-book gratuito sobre uso de material de construção

INDICADOR VERDE 23

TECNOLOGIA 24Uma alternativa para as telhas de fibrocimento

NOTAS E CURSOS 26

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Eng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoPresidente

Arq. e urb. Ercília Pamplona Fernandes Santos1º Vice-presidente

Eng. civil Ivo Colichio Júnior2º Vice-presidente

DIRETORIA OPERACIONALDiretor Administrativo: eng. civil Hirilandes AlvesDiretor Financeiro: eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio BagatinDiretor Financeiro Adjunto: eng. civil Elpidio Faria JúniorDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: eng. eletr. Tapyr Sandroni JorgeDiretor Ouvidoria: eng. civil Milton Vieira de Souza Leite

DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: eng. civil Edes JunqueiraDiretor de Comunicação e Cultura: eng. civil José Aníbal LagunaDiretor Social: arq. e urb. Marta Benedini VecchiDiretor Universitário: arq. e urb. José Antonio Lanchoti

DIRETORIA TÉCNICAAgronomia, Agrimensura, Alimentos e afins: eng. agr. Gilberto Marques SoaresArquitetura, Urbanismo e afins: arq. e urb. Carlos Alberto Palladini FilhoEngenharia e afins: eng. civil José Roberto Hortencio Romero

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: eng. civil Wilson Luiz Laguna

Conselheiros TitularesEng. agr. Callil João FilhoEng. civil Carlos Eduardo Nascimento AlencastreEng. civil Cecilio Fraguas JúniorEng. agr. Dilson Rodrigues CáceresEng. seg. do trab. Fabiana Freire Grellet FrancoEng. agr. Geraldo Geraldi JúniorEng. mec. Giulio Roberto Azevedo PradoEng. elet. Hideo KumasakaEng. civil Iskandar AudeEng. civil José Galdino Barbosa da Cunha JúniorEng. agrimensor José Mario SarilhoEng. civil Nelson Martins da CostaEng. civil Ricardo Aparecido DebiagiEng. civil Roberto MaestrelloConselheiros SuplentesArq. e urb. Celso Oliveira dos SantosArq. Fernando de Souza FreireEng. civil Leonardo Curval MassaroEng. civil e seg. do trab. Luci Aparecida SilvaEng. agr. Maria Lucia Pereira Lima

CONSELHEIRO TITULAR DO CREA-SP INDICADO PELAAEAARPEng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado, Eng. civil Hirilandes Alves

REVISTA PAINELConselho Editorial: - eng. agr. Dilson Rodrigues Cáceres, eng. mec. Giulio RobertoAzevedo Prado, eng. civil José Aníbal Laguna e eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio Bagatin [email protected]

Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Joaquim Antonio Nascimento 39,cj. 24, Jd. Canadá, Ribeirão Preto SP, CEP 14024-180 - www.textocomunicacao.com.brFones: 16 3916.2840 | 3234.1110 - [email protected]

Editores: Blanche Amâncio – MTb 20907 e Daniela Antunes – MTb 25679

Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044

Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - (16) 2102.1719Angela Soares - [email protected]

Tiragem: 3.000 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - (16) 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça NaderImpressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também nãoexpressam, necessariamente, a opinião da revista.

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AEAARP

ESPECIAL

para a diversão

O Brasil tem cerca de 300 empreendimentos de diversão – parques temá�cos,

aquá�cos, fixos ou i�nerantes –, segundo a Associação das Empresas de Parques de

Diversões do Brasil (ADIBRA). Os parques recebem mais de 80 milhões de visitantes

todos os anos e faturam mais de R$ 1 bilhão. Do ponto de vista econômico, o setor

cresceu 8% nos úl�mos 20 anos. Nos Estados Unidos, o crescimento foi de 3% no

mesmo período.

Engenharia e arquitetura

Os parques, fixos e i_nerantes, têm rígidas normas de manutenção

e instalação. O encantamento dos equipamentos depende muito da

ciência, inovação e da cria_vidade

A primeira roda gigante do mundo surgiu em

Chicago para competir com a Torre Eifel (da

França) no quesito monumento

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Revista Painel

ESPECIAL

Os resultados econômicos e comer-

ciais expõem as peripécias que a enge-

nharia – neste caso, principalmente a

mecânica – é capaz de fazer. E faz tão

bem que um parque de diversões é

sempre associado à infância e à alegria.

O engenheiro Francisco Dona�ello

Neto, presidente da ADIBRA, afirma

que no Brasil são produzidos apenas

equipamentos de pequeno porte, nor-

malmente des�nados aos parques que

ocupam ambientes internos (indoor).

“Temos um número muito pequeno de

fabricantes de equipamentos de médio

porte e não temos fabricação de equi-

pamentos de grande porte”, explica.

O custo da montagem depende de to-

dos os fatores envolvidos na operação:

o espaço, o público e a tema�zação. A

adaptação temá�ca de uma atração é

normalmente feita pelo próprio fabri-

cante, seguindo o projeto encomendado

pelo proprietário do empreendimento.

Para crianças, jovens e adultos, um

parque de diversões denota encanta-

mento, adrenalina e magia. Já do ponto

de vista técnico envolve a�vidades de

arquitetura, engenharias civil, mecâni-

ca, elétrica, eletrônica, de segurança e

química, no caso dos parques aquá�-

cos. Aos arquitetos cabe o projeto do

mobiliário, mobilidade e até mesmo da

tema�zação, conforme a necessidade

do inves�dor. Já os engenheiros respon-

sabilizam-se pela montagem (mecânica

e elétrica, por exemplo) e pelo funcio-

namento dos equipamentos.

O Conselho Federal de Engenharia e

Arquitetura (CONFEA) tem uma Decisão

Norma�va específica para esta a�vida-

de – número 52, de 25 de agosto de

1994 – que, dentre outras coisas, exige

a emissão de laudos técnicos. O enge-

nheiro Roberto Gyori, gerente do CREA

em São José dos Campos-SP, observa

que os laudos semestrais restringem-se

aos parques fixos. Os i�nerantes devem

emi�r laudos assinados por engenhei-

ros todas as vezes que for instalado em

um novo local.

Além dos parques de diversão, estão

sujeitos à norma todos os estabeleci-

mentos comerciais que tenham brin-

quedos mecânicos, eletromecânicos,

rota�vos ou estacionários. Isto é, ca-

sas de festas infan�s, teatros, circos ou

qualquer outro estabelecimento que

possua os equipamentos e não tenha

a diversão com os equipamentos como

objeto principal do seu negócio tam-

bém estão sujeitos a esta norma�zação

do Conselho Federal.

O laudo, segundo o CREA, é um docu-

mento fundamentado tecnicamente e

redigido por profissional habilitado que

relata as condições dos equipamentos e

sua montagem. E é esse o documento

Amontanha-russa surgiu em uma brincadeira na neve e no início não passava de 10 km-h

Em 1975, o proje�sta americano Ronald Toomer colocou pela

primeira vez um carrinho de montanha-russa de ponta-cabeça.

Porém, ele permaneceu no chão sob a jus�fica�va de que passaria

mal com os movimentos rápidos e bruscos do equipamento.

Fonte: Revista Superinteressante

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AEAARP

que o CREA usa para fiscalizar os empre-

endimentos, assim como a emissão das

ARTs devidas – como a de montagem,

manutenção etc. Gyori considera que

são as etapas mais importantes na ins-

talação desse �po de empreendimento.

Nos i�nerantes, a estabilidade da ins-

talação dos equipamentos é a questão

mais relevante. Nos fixos, a manuten-

ção periódica. Isso no que diz respeito

à engenharia mecânica. O engenheiro

Gyori alerta, entretanto, para a impor-

tância das instalações elétricas, que po-

dem também causar acidente.

O úl�mo levantamento realizado pela

Secretaria da Saúde do estado de São

Paulo revela que quatro pessoas são

internadas diariamente em decorrência

de acidentes em parques e playgrounds.

Os números são de 2011 e foram divul-

gados em 2012. Segundo a assessoria

de imprensa da secretaria, desde então

não foi realizado novo levantamento.

No Brasil, a tradição de parques tem

mais de um século. Um dos ícones é

o parque Shangai, que operou por 30

anos na região central da cidade de São

Paulo. O lugar, segundo o site São Paulo

An�ga, era marcado não só pelas atra-

ções mecânicas,

mas também por

ar�stas concei-

tuados que lá se

apresentavam

como Luiz Gon-

zaga e Vicente

Leporace. O par-

que sucumbiu a

par�r da segunda

metade nos anos

de 1960, e passou a apresentar pro-

blemas justamente naquilo que é mais

sensível em um empreendimento como

este: a manutenção.

Uma das atrações mais populares do

Shangai era a montanha-russa, feita em

madeira. Hoje, essas atrações são alta-

mente tecnológicas e emnada remetem

à sua origem. As primeiras montanhas

eram estruturas demadeira cobertas de

neve, nas quais os russos do século XVII

brincavam de deslizar durante o inver-

no. Segundo a revista Superinteressan-

te, da editora Abril, são estes os regis-

tros das primeiras montanhas ar�ficiais

para diver�mento público. Em 1804, os

franceses adotaram a ideia. Eles elimi-

naram o gelo e instalaram rodinhas nos

carrinhos. Em Paris, na França, a primei-

ra a funcionar adotou apropriadamente

o nome montagne russe.

FísicaA ciência mais presente em um par-

que de diversões é a |sica. As três pri-

meiras leis de Isaac Newton são decisi-

vas na montagem de uma das atrações

mais tradicionais e emocionantes de um

parque: a montanha-russa. Uma suces-

são de sensações toma conta dos pas-

sageiros do vagão quando ele se projeta

em alta velocidade depois de a�ngir o

cume.Tudo ali é engenharia: o traçado,

a estrutura, a montagem e a operação.

No trajeto, a energia mecânica do va-

gão é usada para mover os geradores

A atração no Japão integra roda gigante à montanha-russa, que atinge 130 km/h

Nos parques itinerantes, a estabilidade dos equipamentos é a questão mais sensível

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Revista Painel

ESPECIAL

Curva clotóide, ou espiral de Cornu a solução matemática para o loop

Uma das atrações do Parque Shangai, em São Paulo, que ficava

nas imediações do Parque Dom Pedro

que fornecem energia às lâmpadas que

iluminam o equipamento. A excedente

é direcionada às baterias, converxda

em energia química que, se necessá-

rio, poderá novamente ser usada na

eletricidade.

As duas primeiras leis de Newton ex-

plicam o funcionamento dos vagões: a

inércia e a aceleração, dois elementos

que fazem o brinquedo andar e ganhar

velocidade.

Os princípios que fazem esta atração

funcionar são os mesmos desde o sur-

gimento na Rússia, acrescido de novos

obstáculos e trajetos. As mais impor-

tantes inovações referem-se ao mate-

rial empregado. Antes, madeira, as mais

modernas, aço, que tem exigências dife-

renciadas em relação à manutenção. Os

trilhos são tubulares, permixndo movi-

mentos cada vez mais bruscos e radicais

pelo fato de cada par de rodas envolver

o tubo formado pelo trilho. Dessa for-

ma, os projetos ficam cada vez mais

criaxvos e extravagantes.

Até 1900, os passageiros xnham de saltar dos carrinhos da montanha-russa

para que funcionários do parque os empurrassem até o topo da segunda

inclinação. Foi a parxr do início do século XX que surgiram os equipamentos

mais modernos que aproveitavam a energia acumulada para vencer a subida.

Fonte: Revista Superinteressante

Em Tóquio, no Japão, os projexstas

mesclaram as duas atrações mais tradi-

cionais dos parques: uma roda-gigante

foi construída ao redor de uma mon-

tanha-russa em um parque temáxco.

A roda não tem um eixo axial e os pas-

sageiros, além de enfrentarem a altura

da atração, são submexdos à passagem

dos vagões da montanha-russa, que

passa por dentro do brinquedo a uma

velocidade de 130 km/h.

A tecnologia desenvolvida no decor-

rer da história, entretanto, possibilita

submeter o passageiro de uma atração

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AEAARP

como esta às mais incríveis acrobacias.

Os técnicos usam um equipamento

chamado acelerômetro que mede a in-

cidência da gravidade nos passageiros

de um vagão. Algumas atrações anx-

gas chegam a registrar índices negax-

vos de gravidade, o que significa que o

passageiro perde contato qsico com o

banco. Em uma curva, por exemplo, os

projexstas ajustam a trajetória e resol-

vem a questão.

LoopEm 1887 foi feita a primeira tentaxva

de virar um trem de cabeça para baixo.

Porém sem sucesso. Os projexstas des-

cobriram que o círculo de 360 graus não

era a alternaxva viável. Em alta veloci-

dade, esta trajetória geraria uma força

No mundo, a Disney (nos

(EUA) é responsável por

aproximadamente 10% do

turismo. Em Paris (França),

a Euro Disney recebe mais

público que o Louvre.

Fonte: ADIBRA

tão intensa que pressionaria os passa-

geiros nos bancos. E, quando o vagão

axngisse o topo do círculo, entraria em

desaceleração e, se a velocidade fosse

reduzida além do limite, a força da gravi-

dade puxaria para o chão os passageiros

que estariam de cabeça para baixo.

Naquela época, ninguém sabia que a

solução já exisxa. Em 1744 foi criada a

curva clotóide, que foi usada somente

em 1977 em uma solução para monta-

nhas-russas. O raio variável controla a

velocidade do vagão e mantém os passa-

geiros em segurança até mesmo quando

o vagão está de cabeça para baixo. A des-

coberta permite manobras cada vez mais

altas. A maior do mundo fica nos Estados

Unidos e tem 40 metros de altura.

Ainda que a força centrífuga prenda

os passageiros nos bancos do vagão, os

equipamentos de segurança devem ser

usados. É na manobra que deixa as pes-

soas de cabeça para baixo que a tercei-

ra lei de Newton se aplica: a da ação e

a reação diz que para toda força exerci-

da sobre um corpo surge outra igual em

senxdo contrário. Se os trilhos não segu-

rassem o vagão, a ação da velocidade o

faria voar.

Fonte: Revista Superinteressante, Portal Guia dos

Curiosos, Wikipedia, CONFEA e CREA-SP

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Revista Painel

HISTÓRIA

O arquiteto Roberto Bergamo é o autor dos painéis da praça

Jair Yanni, que é um monumento à memória do palhaço Piolin

O livroque virou praça

Sete paineis em estrutura de concreto

e alvenaria surgiram na porta do Ribei-

rão Shopping no início deste ano de 2014

reves�dos de cerâmica pintada com�nta

vitrificável. Os paineis formam um con-

junto de 14 murais com imagens e poe-

sias alusivas ao Palhaço Piolin, um ícone

da cultura ribeirão-pretana. O arquiteto

Roberto Bergamo é o autor da obra, con-

cebida inicialmente como um livro cuja

autora, Jair Yanni, dá nome à praça.

Bergamo ilustrou o livro de Jair em

2006. “Vendo a grandiosidade do traba-

lho, propus para a Jair transformarmos

aquele belíssimo trabalho em um’’livro

aberto a visitação pública’’, explica. A

idéia foi apresentada a Adriana Silva,

então secretária de Cultura, que reuniu

as condições para torná-la realidade.

“No princípio somente seriam exe-Bergamo trabalhando nos paineis da praça

Page 11: Painel - edição 226 – jan.2014

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AEAARP

cutadas as ilustrações, sem as poesias.

Porém não teria sen�do. A idéia evoluiu

e resolvemos trabalhar com as duas lin-

guagens em ummonumento diferente”,

conta Bergamo.

Os sete painéis são distribuídos em

uma circunferência de 40 metros de di-

âmetro que lembra um picadeiro. Um

deles, posicionado ao centro, tem 7x5

metros. Os outros seis têm 5,4x3,5 me-

tros. A obra, que incluiu intervenções

viárias, foi executada em 14 meses.

Bergamo considera que a des�naçãoA planta da Praça Jair Yanni

A inauguração reuniu a família de Jair Yanni, autoridades e artistas do Circo Tianny, que esteve na cidade

de espaços públicos voltados para a arte

contribui para humanizar as cidades e,

neste caso específico, o lugar é dedica-

do também à preservação da memória.

“É fundamental para o desenvolvimento

do conceito cidadania”, opina.

“A praça Jair Yanni, monumento Pio-

lin, é um reconhecimento a esses dois

grandes personagens da história cultu-

ral de Ribeirão Preto. Piolin, um nome

nacional, símbolo da arte circense,

ícone da cultura popular, um mestre

do riso. Jair Yanni, ar�sta apaixonada

e apaixonante, que dedicou seus úl�-

mos anos a preservar a memória de

Piolin”, explica.

AEAARPBergamo é arquiteto e urbanista e

trabalha há três décadas fazendo arte

em espaços públicos. Iniciou a carreira

restaurando edificações históricas e exe-

cutando pinturas em igrejas, como as da

catedral de Batatais. É ele o autor do pai-

nel gravado emplaca de alumínio expos-

to no quiosque da sede da Associação.

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Revista Painel

ENGENHARIA

Pontes e passarelas projetadas pela USP São Carlos são 10 vezes mais

baratas que modelos convencionais; a durabilidade pode a_ngir 20 anos

As pontes e passarelas feitas com

eucalipto tratado desenvolvidas con-

juntamente pelo Departamento de En-

genharia de Estruturas (SET) da Escola

de Engenharia de São Carlos (EESC) e

pelo Ins�tuto de Arquitetura e Urbanis-

mo (IAU) - ambas unidades da USP São

Carlos, já estão presentes em várias re-

giões do país, especialmente no estado

de São Paulo.

O projeto sustentável, e que teve re-

curso de R$ 1 milhão da Fundação de

Amparo à Pesquisa do Estado (FAPESP)

em seu desenvolvimento entre os anos

de 2002 e 2006, é umaalterna�va “extre-

10 vezes

mamente viável

para situações

tanto normais

como emergen-

ciais para cons-

trução de pon-

tes com baixo

custo”, aponta o

coordenador do

projeto, o profes-

sor Carlito Calil Jr,

do SET/EESC. Ele cri�ca quem chamou

essas pontes e passarelas de ‘pingueli-

nhas’. “Isso demonstra desconhecimen-

to técnico e ignorância sobre tema e

o projeto”, diz Calil Jr. Em um primeiro

momento ele foi concebido no âmbito

do Programa Emergencial das Pontes de

Madeira para o Estado de São Paulo.

mais barato

Passarela de madeira sobre o córrego do Gregório, na região central

de São Carlos - Fotos: Alexandre Milanetti

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AEAARP

Calil fala que a manutenção de pon-

tes é um problema no país e revela que

uma ponte de madeira bem estrutura-

da pode durar até 20 anos e com um

custo de produção e instalação até 10

vezes menos que os tradicionais mode-

los de concreto armado. “O tempo de

produção da superestrutura de uma

ponte de madeira pode ser, em alguns

casos, de até uma semana, auxiliando

rapidamente locais que �veram pontes

destruídas, por exemplo, por chuvas ex-

cessivas ou desastres naturais”, explica

o professor da USP.

As pesquisas para o projeto foram

feitas em grande parte no Laboratório

deMadeiras e de Estruturas deMadeira

(LaMEM), do SET/EESC. A unidade rea-

liza pesquisas teóricas e experimentais

em estruturas de madeira e prestação

de serviço para a comunidade na área

de controle de qualidade do produto

e seus derivados, normalização e reco-

mendações de projeto e construção de

estruturas que u�lizam o material.

O projeto arquitetônico das pontes

ficou a cargo do arquiteto Marcelo Su-

zuki, do IAU/USP, que defende o uso

da madeira devido às suas excelentes

condições de manejo no Brasil. “Trata-

-se uma material do futuro. Habitantes

de regiões onde hoje ficam o Japão e a

Finlândia já usam madeira para esta e

outras finalidades há pelo menos 2.000

anos”.

O arquiteto alega em defesa do mate-

rial, pois para produzir uma tonelada de

aço (também empregado na estrutura

de pontes de concreto armado) é ne-

cessária a queima de 10 metros cúbicos

de madeira, gerando poluição, entre

outros problemas ambientais. “As flo-

restas jovens de eucalipto sequestram

carbono da atmosfera e são aliadas na

redução do efeito estufa”, defende o

professor do IAU.

Do ponto de vista arquitetônico, Su-

zuki explica que o obje�vo de implantar

as passarelas em áreas urbanas, exigiu

que o design fosse modificado para re-

ceberem bancos e pergolados no meio

da estrutura.

Segundo o professor Calil, a madeira

roliça é mais resistente e os eucaliptos

u�lizados são classificados e possuem

controle de qualidade, destacando tam-

bém que a cidade de São Carlos possui

produção desse material. “Todo o pro-

cesso atende os preceitos da norma

NBR 7190 [norma que dá as diretrizes

para a criação de projetos de estruturas

de madeira]. Estamos falando de uma

nova opção de uso, além das tradicio-

nais para lenha e combus�vel”.

Em São Carlos, existem 12 estruturas

de madeira oriundas do projeto da USP,

sendo cinco pontes, uma delas – do �po

protendida (formato de tabuleiro), su-

porta até 45 toneladas

e está situada sobre o

Rio Monjolinho– é pio-

neira na América do

Sul, e sete passarelas,

algumas localizadas nos

dois campi da USP-São

Carlos, outra no Cór-

rego do Gregório e em

outros veios d’água no

município – região do

Parque do Kartódromo

e Cidade Aracy.

Além de São Carlos,

existem estruturas ins-

taladas em outras cida-

des: Piracicaba-SP (12

pontes), Paracatu-MG

(1 ponte), Aiuruoca-MG

(1 ponte) e Catalão-GO

(1 ponte). “O DER [De-

partamento de Estradas

de Rodagem] implantou quatro pontes

de madeira na Estrada Velha de Santos

[Cubatão], conhecida hoje como Cami-

nho do Mar”, destacou Calil.

Tanto ele como Suzuki acreditam que

as pontes poderiam ser adotadas em

maior escala na região amazônica, cuja

logís�ca para construção de pontes de

concreto armado é complexa, onerosa

e sofre com a falta de pedreiras próxi-

mas aos locais de construção. “Naquela

região imensa, a madeira é uma solução

natural”, aponta o arquiteto do IAU.

“A madeira é um produto ecologica-

mente correto e pode ser amplamente

u�lizada na construção civil. Ela desta-

ca-se por ser o único material estrutural

de fonte renovável e de baixo consumo

energé�co. Além disso, ela tem resis-

tência específica [relação resistência-

-peso] melhor que o aço e o concreto. E

arquitetonicamente é mais agradável”,

finaliza Calil (UFSCAR).

Page 14: Painel - edição 226 – jan.2014

14

Revista Painel

PROFISSÃO

Pesquisadores concluem que o aumento da oferta de vagas em

ins_tuições de ensino mudou o cenário divulgado nos anos anteriores

O Brasil não corre o risco de um “apa-

gão” generalizado de mão de obra de

engenharia. Essa é a conclusão que

está em arxgo do Insxtuto de Pesquisa

Econômica Aplicada (IPEA). Segundo os

autores, apesar de ainda estar abaixo

de outras profissões, o número de en-

genheiros exercendo a axvidade tem

crescido desde os anos 2000 e a ten-

dência é aumentar ainda mais no curto

e médio prazo com a graduação de no-

vos profissionais.

O arxgo é dos pesquisadores da Uni-

versidade de São Paulo (USP) Mario Ser-

gio Salerno, Leonardo Melo Lins, Bruno

Cesar Pino Oliveira de Araujo, Leonardo

profissões. O estudo cita a carreira mé-

dica, cujo percentual chega a 80%.

“Em termos quanxtaxvos, o mercado

tem sinalizado bem. Desde 2005, 2006,

com a valorização do prêmio salarial e

com a divulgação na imprensa [da fal-

ta de profissionais], tem aumentado a

procura pelos cursos. As insxtuições pú-

blicas e privadas começaram a ofertar

muitas vagas e os alunos responderam.

No ano passado xvemos mais alunos

procurando engenharia que direito,

pela primeira vez na história”, diz um

dos autores, Bruno de Araujo.

O pesquisador mostra uma preocupa-

ção. No longo prazo, caso haja um enfra-

não faltam engenheirosIPEA diz que

Augusto Vasconcelos Gomes, Demétrio

Toledo e Paulo Meyer Nascimento. Se-

gundo eles, um cenário econômico favo-

rável torna a carreira atraxva - o que vale

também para o oposto. Os dados anali-

sados por eles mostram que o percentu-

al de engenheiros exercendo ocupações

wpicas era 29% em 2000 e foi crescendo

ano a ano até alcançar 38% em 2009.

A tendência é seguida pela oferta no

mercado de trabalho. As vagas para

engenheiros cresceram 85% em uma

década, chegando a aproximadamente

230 mil profissionais. Os engenheiros

apresentam, no entanto, um percentual

de ocupações wpicas inferior ao outras

Page 15: Painel - edição 226 – jan.2014

15

AEAARP

quecimento da economia é possível que

haja também a fuga desses profissionais

e a carência pode vir a ser um problema.

Outro ar�go apresentado no deba-

te, de autoria dos técnicos do IPEA,

Aguinaldo Nogueira Maciente e Paulo

Meyer Nascimento, faz uma projeção

da demanda por engenheiros. De acor-

do com eles, a expecta�va é que, até

2020, o número de engenheiros reque-

ridos pelo mercado de trabalho formal

a�nja entre 600 mil e 1,15 milhão de

profissionais.

O presidente do Ins�tuto Nacional de

Estudos e Pesquisas Educacionais Aní-

sio Teixeira (INEP), Luiz Cláudio Costa,

disse que o Brasil tem aumentado o nú-

mero de ingressantes em engenharias,

especialmente desde 2007, com o Pro-

grama de Apoio a Planos de Reestru-

turação e Expansão das Universidades

Federais (Reuni).

O Brasil tem 18,8 ingressantes em en-

genharia para cada 10 mil habitantes,

número acima da média dos países da

Organização para a Cooperação e De-

senvolvimento Econômico (OCDE), que

é 15,3. Entretanto, o número total de

matrículas ainda é a metade da média

desses países - 44,5 para cada 10 mil

habitantes no Brasil e 78,5 em média

para cada 10 mil habitantes nos países

da OCDE. “Ainda há o que fazer, mas es-

tamos no caminho certo”, avalia Costa.

O INEP planeja uma forma de acom-

panhamento dos estudantes concluintes

de engenharias. A intenção é, em parce-

ria com as ins�tuições, fazer um acom-

panhamento dos estudantes egressos e

verificar de que forma estão atuando no

mercado ou no ambiente acadêmico. A

proposta ainda está em discussão.

Fonte: Agência Brasil

É esta a ordem de preferência dos candidatos à universidade no

Sistema de Seleção Unificada (Sisu), segundo informações fornecidas

pelo Ministério da Educação (MEC): medicina foi a carreira com o maior

número de candidatos por vaga, 60,47 inscritos para cada vaga, direito

teve 40,45 candidatos por vaga e engenharia civil, 34,82.

Fonte: exame.com.br

Page 16: Painel - edição 226 – jan.2014

16

Revista Painel

MUNDO

Países que sofrem com a escassez de água importam produtos de alto

consumo na fase produ_va para preservar suas reservas

exportaçãoÁgua tipo

As commodixes agrícolas estão en-

tre os principais itens de exportação do

Brasil. A produção é tão elevada que se

esxma, atualmente, que a agricultura

responde por mais de um quarto do Pro-

duto Interno Bruto nacional.

Porém, há um novo elemento, de

abundante quanxdade no país, que vem

sendo muito bem cotado no mercado

internacional e a China, um dos maiores

clientes de nossas riquezas, já desponta

mentar as importações de culturas de

elevado uso de água, como a soja, o

que reduz a demanda de água na Ásia,

mas aumenta a dependência de quem

produz mercadorias que necessitam de

irrigação no Mato Grosso”, explica Maria

Victória Ramos Ballester, professora do

Centro de Energia Nuclear na Agricultura

(Cena) da USP, em Piracicaba.

Para países situados em regiões que

sofrem com escassez hídrica, o comér-

como um dos grandes mercados para

este anxgo, porém valioso produto: a

água.

O Brasil é hoje um dos maiores expor-

tadores globais de água virtual, concei-

to criado para explicar a quanxdade de

água empregada para produzir um pro-

duto em um determinado local, porém

desxnado para outra localidade, criando

assim um fluxo virtual entre os países.

“A China adotou uma políxca de au-

Page 17: Painel - edição 226 – jan.2014

17

AEAARP

Rodovia Régis BittencourtDuplicação e dispositivo

de acesso

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oferecendo qualidade, agilidadee pleno atendimento.

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Concreto

Tubo Circular

cio de água virtual é atraente e benéfico.

“Por meio da importação de mercado-

rias que consomem muita água durante

seu processo produxvo, nações, estados

e municípios podem aliviar as pressões

que sofrem sobre suas próprias fontes”,

esclarece a professora. “Quando umpro-

duto, seja ele qual for, é comercializado

entre países, estados ou municípios,

entende-se que a água uxlizada em seu

processo fabril também foi exportada”,

completa.

Alto XinguAo longo das úlxmas quatro décadas,

o Alto Xingu sofreu um processo de des-

matamento em larga escala, impulsio-

nado principalmente pela intensificação

da criação de gado e lavouras.

Nos úlxmos vinte anos, a crescente

demanda mundial por carne tem ali-

mentado a expansão das áreas de culx-

vo na região, especialmente a soja para

a alimentação animal. “As exportações

de soja aumentaram e deslocaram-se

da Europa, que era o principal mercado

de desxno em 2000, para a China, que

hoje se tornou o maior importador de

soja de Mato Grosso”.

As tendências de crescimento popu-

lacional na Ásia indicam que esse co-

mércio de água virtual se tornará ainda

mais estratégico para a segurança hídri-

ca dos países da região, principalmente

a China.

Os pesquisadores do projeto do Cena

pretendem avaliar o consumo de água

da cultura de soja e sua eficiência, já

que os recursos hídricos subterrâneos

no Alto Xingu estão entre os menos ex-

plorados do planeta, o que sugere que a

futura intensificação da agricultura pode

recorrer a essa região para explorar ain-

da mais seus recursos para irrigação.

“Enquanto a água virtual, relacionada

com as exportações de soja do Mato

Grosso, está ajudando a subsidiar a se-

gurança alimentar e hídrica na China,

existem inúmeras demandas conflitan-

tes de água dentro da bacia do Alto Xin-

gu”, conclui a professora.

Fonte: inovacaotecnologica.com.br

com informações de usp.br

Page 18: Painel - edição 226 – jan.2014

18

Revista Painel

na construção civilEficiência energética

O princi-

pal desafio

da constru-

ção c i v i l ,

um dos se-

tores com

maior demanda de energia no mundo,

é aumentar a eficiência energéxca du-

rante e após a obra. Cada vez mais as

medidas de contenção na uxlização do

insumo são discuxdas, especialmente

porque o país já passou por um grande

racionamento em 2001. O setor cons-

truxvo é responsável pelo consumo de

quase metade do total de quilowars

produzido no mundo, segundo levan-

tamento da Agência Internacional de

Energia (AIE). No Brasil, de acordo com

dados da Universidade Federal de San-

ta Catarina (UFSC), as edificações con-

somem 42% de toda a energia gerada.

O uso residencial corresponde por 23%

do total produzido no país, enquanto os

setores comercial e público respondem

por 11% e 8%, respecxvamente.

O que agrava ainda mais essa situa-

ção nos países em desenvolvimento

é o consumo de energia da crescente

classe média, que vem contribuindo

significaxvamente para o aumento da

demanda global das tradicionais formas

de geração energéxca. Isso nos leva à

necessidade de uma mudança na forma

de construção e na responsabilidade da

indústria no desenvolvimento de pro-

dutos sustentáveis a parxr das mais

avançadas tecnologias.

Foi pensando nesse cenário que

surgiu a idéia de trazer para o Brasil a

CasaE, Casa de Eficiência Energéxca da

BASF, que reúne inovações em cons-

trução sustentável e energexcamen-

te eficiente. Esse é o décimo projeto

executado pela empresa no mundo e

o primeiro em clima tropical. A ideia é

mostrar como a indústria pode contri-

buir com pesquisa e tecnologia para a

sustentabilidade nas construções.

As soluções aplicadas permitem uma

redução de até 70% no consumo de

energia. São tecnologias inteligentes

como as microcápsulas poliméricas

com parafina em seu interior e que,

adicionadas ao gesso, mantêm a tem-

peratura dos ambientes internos, a

parxr da troca de calor com a área ex-

terna. A solução chega a diminuir em

1/3 o uso do ar-condicionado. Outra

contribuição é dos pigmentos adicio-

nados à xnta que bloqueiam a absor-

ção dos raios solares, mantendo a su-

perqcie pintada fria, mesmo quando

forem escolhidas cores escuras, como

preto ou cinza.

O sistema construxvo, com blocos

de poliesxreno expansível (EPS) e gra-

fite, garante o isolamento térmico da

casa acima de 20% em comparação ao

Engenheiro civil, formado

pela Universidade estadual

de Maringá, com MBA pela

USP e responsável pelo

Industry Team Construc_on

da BASF

Alberto Gomez Ruiz *

OPINIÃO

produto convencional, o que também

auxilia na economia de energia. Ilumi-

nação natural, janelas e portas com vi-

dros duplos para manter a temperatu-

ra e eletrodomésxcos adequados são

outros fatores que contribuem para a

redução do consumo energéxco.

Construções desse xpo ainda não

são realidade no Brasil, mas o merca-

do começa a perceber que é possível

erguer obras mais eficientes do ponto

de vista energéxco, gerando também

ganhos ambientais. Embora o custo

mais alto ainda seja, em alguns casos,

um dificultador, a sustentabilidade é

um dos principais impulsionadores do

crescimento e geração de valor. No fu-

turo, estará ainda mais fortemente in-

tegrada às decisões de negócios.

São muitos os desafios que a cons-

trução civil tem pela frente na questão

da eficiência energéxca, porém, sabe-

mos que o setor tem se movimentado

para a promoção da sustentabilidade.

Já são 50 empreendimentos no país

com LEED (Leadership in Energy and

Environmental Design), uma cerxfica-

ção americana para construções sus-

tentáveis, e sabemos que isso deve

aumentar a parxr do momento que

houver uma mudança de comporta-

mento da indústria e, principalmente,

dos consumidores que passaram a exi-

gir obras mais eficientes.

Page 19: Painel - edição 226 – jan.2014

Comentários acerca do artigo 64 da Lei 5194 de 1966

De acordo com a Lei Federal 5194 de

24 de dezembro de 1966, que regula o

exercício das profissões ligadas às áreas

da engenharia e agronomia em nosso

pais:

Art. 35 - Cons�tuem rendas dos Con-

selhos Regionais:

I - anuidades cobradas de

profissionais e pessoas jurídicas;

II - taxas de expedição de carteiras

profissionais e documentos

diversos;

III - emolumentos sobre registros,

vistos e outros procedimentos;

IV - quatro quintos da arrecadação da

taxa ins�tuída pela Lei nº 6.496,

de 7 de dezembro de 1977;

V - multas aplicadas de conformidade

com esta Lei e com a Lei nº6.496,

de 7 de dezembro de 1977;

VI - doações, legados, juros e receitas

patrimoniais;

VII - subvenções;

VIII - outros rendimentos eventuais.

O não pagamento da taxa anual de

pessoa |sica ou empresa implica em

cancelamento do registro do mesmo

junto ao CREA-SP.

O profissional ou empresa que deixar

de pagar anuidade por dois anos con-

secu�vos terá seu registro cancelado,

conforme estabelece o ar�go 64 da Lei

5194/66:

Art. 64 da Lei 5194/66 - Será automa�-

camente cancelado o registro do profis-

sional ou da pessoa jurídica que deixar

de efetuar o pagamento da anuidade a

que es�ver sujeito, durante 2 (dois) anos

consecu�vos sem prejuízo da obrigato-

riedade do pagamento da dívida.

Parágrafo único - O profissional ou

pessoa jurídica que �ver seu registro

cancelado nos termos deste Ar�go, se

desenvolver qualquer a�vidade regula-

da nesta Lei estará exercendo ilegalmen-

te a profissão, podendo reabilitar-se

mediante novo registro, sa�sfeitas, além

das anuidades em débito, as multas que

lhe tenham sido impostas e os demais

emolumentos e taxas regulamentares.

CREA-SP

Cancelamento do registro

Contamos com suacolaboração!

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AEAARP(Associação de

Engenharia, Arquiteturae Agronomia deRibeirão Preto)

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Page 20: Painel - edição 226 – jan.2014

20

Revista Painel

CONSTRUÇÃO CIVIL

Com foco no conforto dos usuários, pesquisadores

desenvolvem tecnologias que permitem direcionar a

luminosidade e equipamento que elimina e filtra ruídos

inteligentesAs janelas

O conforto ambiental é o grande de-

safio em um projeto. A arquiteta Ercília

Pamplona, vice-presidente da AEAARP,

afirma que o obje�vo final do profissio-

nal deve ser garan�r o conforto de seu

cliente em todas as estações do ano. As

janelas, explica Ercília, são estratégicas.

E nem sempre podem ser posicionadas

no local que proporciona o conforto

ambiental necessário. Os avanços em

pesquisas de novos materiais oferecem

grande auxílio nesta questão.

Já existem janelas que se fecham

quando detectam chuva, janelas que

controlam a temperatura, e até janelas

que regulam a luz e o calor de forma

independente. A novidade agora é a

janela que distribui a luz do Sol unifor-

memente e o disposi�vo que regula o

barulho que incide no ambiente.

Veja no atalho http://youtu.be/Mv6sBuwzLhk o vídeo que mostra como o dispositivo filtra os sons

LuminosidadeQuando o Sol incide sobre uma jane-

la comum, a parte interna do ambiente

não é afetada diretamente, enquanto a

parte mais próxima da janela fica com

muita luz, obrigando o usuário do espa-

ço a fechar as persianas ou cor�nas e

deixar tudo escuro.

O dilema entre o muito claro (e quen-

te, no caso do Brasil) e o escuro incomo-

dou os pesquisadores Anton Harfmann

e Jason Heikenfeld, da Universidade

de Cincinna�, nos Estados Unidos. Eles

criaram uma solução: a SmartLight, ou

luz inteligente, em tradução livre.

A técnica consiste em uma série de

minúsculas células eletrofluídicas e uma

série de dutos vazios que espalham a

luz do Sol de forma controlada. A ilu-

minação natural vai para a parte mais

interna do ambiente e o excesso de luz

nas proximidades da janela é reduzido.

Segundo os dois pesquisadores, a tec-

nologia pode ser aplicada a qualquer

�po de edificação, de pequenos aparta-

mentos a prédios comerciais.

As células eletrofluídicas, cada uma

medindo apenas alguns milímetros

quadrados, conduzem pelos microca-

nais um líquido com propriedades óp�-

cas especiais, similares às do vidro.

A tensão superficial do fluido pode

ser rapidamente manipulada para for-

mar lentes ou prismas, controlando a

passagem da luz pela célula. Desta for-

ma, a luz pode ser dirigida.

Uma janela com a tecnologia Smar-

tLight consome entre 10.000 e 100.000

vezes menos energia do que uma lâm-

pada convencional, o que permite que

as células eletrofluídicas sejam alimen-

tadas por células solares incorporadas

na própria estrutura.

Os pesquisadores agora estão traba-

lhando em um aplica�vo que permita

que a luminosidade seja controlada à

distância, por um sistema sem fios.

Conforto sonoroA arquiteta Ercília observa que nos

grandes centros o desafio dos projetos

também é reduzir o ruído dentro das

construções. Neste caso, um disposi�vo,

fixado à janela, promete reduzir baru-

lhos externos e proporcionar isolamento

acús�co. A novidade, denominada Sono,

traz alguns diferenciais: sons ambientes

Page 21: Painel - edição 226 – jan.2014

21

AEAARP

mais confortáveis, como o de uma floresta,

além de um filtro que consegue eliminar ou

preservar sons externos.

Sono é um disposixvo fixado na janela que,

além de cancelar o ruído externo de um am-

biente, pode também isolar os sons que se

quer ouvir. Ou seja, o morador de um apar-

tamento que fica em frente a um parque, por

exemplo, pode configurar o disposixvo para

eliminar o barulho de carros e manter o canto

de pássaros. O conceito foi criado pelo de-

signer industrial austríaco Rudolf Stefanich,

conforme informa reportagem publicada no

site extremetech.com.

Além desses verdadeirosmilagres acúsxcos,

o produto é também dotado de tecnologia

que promete anular da janela a vibração cau-

sada pelo som externo. O teste do protóxpo

proporcionou, com sucesso, o cancelamento

de ruído com sinal de áudio de 12 decibéis.

Fonte: vdibrasil.com.br e iengenharia.org.br

Page 22: Painel - edição 226 – jan.2014

22

Revista Painel

ANÁLISE

canteiro de obrasTributação do

A questão da tributação na construção

civil é alvo de muitas discussões acerca

da base de cálculo do Imposto Sobre

Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN),

gerando dúvidas quanto à dedução do

valor dos materiais u�lizados na presta-

ção do serviço de empreitada global.

Com efeito, o ar�go 156, III, da Cons�-

tuição Federal, dispõe que osmunicípios

têm competência para ins�tuição do ISS,

a serem deferidos em Lei Complemen-

tar, desde que não compreendidos no

ar�go 155, II, do mesmo diploma legal.

Já a Lei Complementar nº 116/2003

é expressa em seu ar�go 7º, § 2º, I ao

determinar a não inclusão do valor dos

materiais fornecidos pelo prestador dos

serviços de empreitada e de obras de

construção civil, hidráulica ou elétrica e

de outras semelhantes.

Por sua vez, o ar�go 610 do Código

Civil prevê que “o empreiteiro de uma

obra pode contribuir para ela só com

seu trabalho ou com ele e os materiais”,

estando arrolado em seu parágrafo pri-

meiro que “a obrigação de fornecer os

materiais não se presume; resulta da lei

ou da vontade das partes”.

No caso da empreitada global, con-

sistente no serviço de mão de obra e

fornecimento de materiais, a aquisi-

ção destes se mostra imprescindível à

finalidade do contrato, representando

não a remuneração pelo serviço pres-

tado, mas um reembolso das despe-

sas incorridas, sobre as quais incide o

Imposto sobre Operações rela�vas à

Circulação de Mercadorias e Prestação

Advogada de direito

tributário e consultora do

escritório de advocacia

Giovani Duarte Oliveira e

Advogados Associados

Kaline Michels Boteon *

de Serviços (ICMS).

Ora, a capacidade contribu�va do

prestador de serviço deve ser analisa-

da segundo critérios isonômicos para

aferição da riqueza previstos no ar�go

n° 150, II da Cons�tuição Federal, sope-

sando-se, inclusive, o esforço humano

despendido pelo empreiteiro para fins

de lançamento tributário.

Dessa forma, os contribuintes que

vêm sendo obrigados a pagar o ISS tam-

bém sobre as receitas decorrentes do

reembolso dos materiais adquiridos de

terceiros e u�lizados nas obras de em-

preitada de construção civil têm bons

argumentos para ques�onar judicial-

mente a exigência, inclusive baseados

na jurisprudência do Superior Tribunal

de Jus�ça (STJ).

Page 23: Painel - edição 226 – jan.2014

23

AEAARP

FACEBOOK

No Facebook,tem e-book gratuito

sobre uso de material de construção

Pesquisa revelou que a

construção civil gasta, em

média, 56% mais cimento

do que o necessário

A Espaço Livre Arquitetura, de Flo-

rianópolis, lança o ebook Mais plane-

jamento, menos desperdício na cons-

trução civil. O material, disponível

gratuitamente no www.facebook.com/

espacolivrearquitetura, traz informa-

ções sobre geração de resíduos em can-

teiros de obras, impactos financeiros do

desperdício e cuidados que podem ser

tomados para minimizar o problema.

Uma pesquisa do Programa Habitare,

desenvolvido por universidades de todo

o País e financiado pela Finep, idenxfi-

cou que a construção civil gasta, emmé-

dia, 56% a mais, em peso, de cimento

do que seria o previsto para uma obra.

O índice é de 44% para a areia e de

15% para tubos de PVC e Eletrodutos.

“O mercado da construção civil está

aquecido, mas também muito compex-

xvo, o que exige a busca constante por

eficiência . Desperdício de material é

desperdício de dinheiro, bastante pre-

judicial para qualquer empresa”, diz a

arquiteta Patrizia Chippari, diretora da

Espaço Livre. O planejamento é uma

das formas de diminuir as perdas. “A

possibilidade de prevenir problemas é

total na fase de projetos, antes do iní-

cio da obra, e diminui à medida que o

trabalho avança. Por isso é fundamental

se preocupar com o tema desde as pri-

meiras etapas do desenvolvimento da

edificação”, diz Patrizia.

A arquiteta é especializada no de-

senvolvimento de projetos e em com-

paxbilização, processo executado por

uma equipe de arquitetos que fazem a

sobreposição harmônica dos diversos

projetos necessários para uma cons-

trução - topográfico, estrutural, hidro-

sanitário, elétrico, de refrigeração, ar-

quitetônico, entre outros - e também

coordena equipes de projexstas, acom-

panha cronogramas e orienta mudan-

ças. Estudos indicam que a compaxbi-

lização pode reduzir de 5% a 10% do

custo de uma obra.

Pe

cons

A Espaço Livre Arquitetura de Flo arquitet

É quanto Ribeirão Preto produz

por ano de resíduos eletrônicos,

segundo o Insxtuto Brasileiro de

Geografia e Estawsxca (IBGE). No

lixo comum estes objetos liberam

substâncias químicas contidas

nos componentes eletrônicos,

tais como mercúrio, cadmo e

chumbo, que contaminamo lençol

freáxco e o solo. Cada brasileiro

anualmente produz 2,6kg de

resíduos eletrônicos, de acordo o

Comitê Interministerial da Políxca

Nacional de Resíduos Sólidos

(PNRS). EmRibeirãoPreto,oCentro

de Informáxca de Ribeirão Preto

(CIUSP-RP) recebeo lixo eletrônico.

O CIUSP-RP adotou os moldes do

programa do Centro de Descarte e

Reuso de Resíduos de Informáxca

(CEDIR), da Universidade de São

Paulo (USP). Para encaminhar os

resíduos, basta preencher um

formulário no site hrp://sistemas.

cirp.usp.br/p4a/applications/

lixo/, agendar pelo telefone (16)

3602.3504 e entregar na USP-RP.

Fonte:

cirp.usp.br e ribeiraopreto.sp.gov.br

1.688,84toneladas

INDICADORVERDE

Page 24: Painel - edição 226 – jan.2014

24

Revista Painel

TECNOLOGIA

Pesquisa desenvolvida por engenheiro na Poli-USP revela eficácia no

processo de produção industrial de telhas de fibrocimento

as telhas de fibrocimentoUma alternativa para

Pesquisa desenvolvida no projeto

Cimento-Celulose, elaborado pelos pro-

fessores Holmer Savastano e Vanderley

John, da Escola Politécnica (Poli) da Uni-

versidade de São Paulo (USP), apresenta

uma alternaxva mais sustentável para

o processo de produção de telhas de

fibrocimento. Na tese de doutorado de-

fendida pelo engenheiro Cleber Marcos

Ribeiro Dias, na Poli, a proposta é redu-

zir o uso de fibras sintéxcas—que já são

uxlizadas como alternaxva ao amianto

— na composição do fibrocimento. As fi-

bras possuemumalto valor nomercado,

o que encarece o preço final da telha. O

estudo ganhouMenção Honrosa no Prê-

mio Tese Destaque USP 2013.

O amianto, por suas propriedades de

resistência, qualidade e durabilidade, é

largamente usado na fabricação de te-

lhas. Contudo, tanto a sua manipulação

pelos trabalhadores, e também a sua

uxlização por consumidores pode oca-

sionar sérios problemas de saúde, como

alguns xpos de câncer, por exemplo.

Devido a isto, muitos países o proibiram

em seus territórios.

Em seu estudo, que foi financiado

pela Fundação de Amparo à Pesquisa

do Estado de São Paulo (Fapesp), Dias

desenvolveu uma maneira de reduzir a

quanxdade de fibras sintéxcas no fibro-

cimento sem que ele sofra alterações

em seu desempenho. “Focamos em de-

senvolver uma forma de oxmizar o em-

prego das fibras, reduzindo o teor deste

material nos produtos de fibrocimento

sem alterar o desempenho. Obxvemos

o conhecimento de que a natureza já faz

Page 25: Painel - edição 226 – jan.2014

25

AEAARP

isso. Alguns organismos naturais são o�-

mizados dessa forma, o que fizemos foi

imitar o que a natureza já faz”, explica.

Gradação funcional

Inicialmente foram estudadas quais

eram as tensões — durante a ação do

vento, por exemplo —sofridas pelas te-

lhas de fibrocimento, chegando à con-

clusão de que elas não eram uniformes,

ou seja, não as a�ngiam de maneira

igual. Desse modo, a homogeneidade

das fibras do produto foi ques�onada,

visto que as tensões sofridas não são

regulares. Contudo, verificou-se que

em seu modo de produção atual ape-

nas as telhas com fibras homogêneas

eram possíveis. “Até o momento não �-

nhamos disponível tecnologia capaz de

produzir fibrocimentos com gradação

funcional”, explica Dias.

O passo seguinte do estudo foi pro-

duzir em escala laboratorial os fibro-

cimentos com estas caracterís�cas,

denominados de fibrocimentos com

gradação funcional, ou seja, materiais

que possuem a resistência adequada

de acordo com as suas necessidades.

Nesta fase, o pesquisador concluiu que

é possível produzi-los dessa maneira,

de modo a apresentar baixos teores de

fibras e desempenho melhorado, o que

levou a um pedido de patente. Segundo

Dias, “os fibrocimentos com gradação

funcional podem apresentar diferentes

teores de fibras e de cimento em dis-

�ntas partes do produto, e isso pode

ser feito para qualquer matéria-prima

da composição”. Após alguns testes,

foi comprovado que esse �po de telhas

pode ser produzido em escala industrial

de maneira rela�vamente simples.

O projeto Cimento-Celulose conta

com o apoio de indústrias nacionais,

como a Infibra/Permatex e Imbralit, e

surgiu da necessidade de desenvolver e

implantar a tecnologia de produção de

fibrocimentos sem amianto no País.

Fonte: Agência USP

16 | [email protected]

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ANUNCIE NAPAINEL

Page 26: Painel - edição 226 – jan.2014

26

Revista Painel

NOTAS E CURSOS

O ambicioso projeto da Dutch Docklands, empresa

neerlandesa especializada em empreendimentos em

alto-mar, é levantar um terminal de cruzeiros alimentado

por energia solar no meio do oceano. Denominado

“Floa�ng Cruise Terminal”, o porto capaz de suportar três

cruzeiros atracados. Lanchas, navios de pesca e outros

barcos pequenos podem estacionar na região interna

da construção. O empreendimento será reves�do com

painéis capazes de captar a luz solar e transformá-la em

eletricidade.

Fonte: ie.org.br

Nanocristais de celulose são o foco dos pesquisadores americanos da

Universidade de Purdue, como alterna�va ambiental sustentável para

reforçarmateriais u�lizados na construção civil. Extraída principalmente

damadeira e do algodão, a celulose é o polímero naturalmais resistente

das plantas. Por sua vez, os nanoscristais possuem cerca de 500

nanómetros de comprimento por 3 nanómetros de largura e seriam

transformados em nanotubos.

Contendo um módulo de elas�cidade semelhante aos do aço e por

apresentarem 206GPa, os nanocristais, de acordo com o professor

Pablo Zava{eri, seriam viáveis ao reforço das estruturas de projetos,

tento pela facilidade de encontrar essamatéria prima emgrande escala,

quanto para aderir nos diferentes �pos materiais compósitos e betão.

Fonte: engenhariacivil.com

Entretenimento no oceano

Nanotubos de celulose prometem reforçar

estruturas de projetos na arquitetura

Diversas ranhuras onduladas em lâminas de vidro usadas em microscópios são

as principais caracterís�cas do protó�po do vidro que o pesquisador Mohammad

Mirkhalaf, da universidade canadense McGill, desenvolveu e promete ser 200

vezes mais resistente que o vidro convencional. Os entalhes feitos a laser foram

preenchidos com poliuretano, o que tornou o vidro mais resistente, apesar de ser

mais fino. Um pedaço trincado, por exemplo, para de quebrar assim que encontra

uma dessas ranhuras. A nanoestrutura das conchas de moluscos inspirou os

pesquisadores. Eles concluíram que quando há um impacto na parte mais fina da

madrepérola, as ranhuras da borda absorvem e impedem que trinque até o centro

da concha. De acordo com Mirkhalaf, observar o mundo natural pode auxiliar na

melhoria demateriais feitos pelo homem.Os pesquisadores optarampelo vidro por

sua fragilidade, mas o intuito é prosseguir os testes com a cerâmica e o polímero.

Fonte: inovacaotecnologica.com.br

Moluscos inspiram vidro quase inquebrável

Nanocristais surgem como alternativa sustentável para a construção civil.

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