Araújo (1º da esq./dir.): “Venceu a razão, pautada, sempre, em nossa união”

Os doze mil trabalhadores da Nestlé conquistaram reajuste sa-

larial de 10% e PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) de R$ 5 mil mais 100% do salário, conforme acor-do fechado entre a Fetiasp (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de S.Paulo) e Sindicatos fi liados.

“Depois de muita luta, a união entre a Federação, os Sindicatos e os tra-balhadores da empresa garantiu um reajuste digno e melhorias em diver-sos benefícios para os trabalhadores e suas famílias”, declara Melquíades de Araújo, presidente da Federação.

“Estamos orgulhosos de defen-der uma categoria que, unida duran-te nossas assembleias nas portas das fábricas da Nestlé, demonstrou confiança em nossa Federação e Sindicatos filiados, apoiando nossos manifestos. Diante de um cenário político e econômico de crise, no qual as negociações se tornam verdadei-

ras batalhas ideológicas e econômi-cas, nossa união concretizou nossa vitória. Podemos comemorar, venceu a razão, pautada, sempre, em nossa união”, afirma Araújo.

Durante a Campanha Salarial, a Federação e os Sindicatos reali-zaram assembleias com os traba-lhadores nas unidades de Araras, Araçatuba, Araraquara, Caçapava, Limeira, Marília, São José do Rio Pardo e São Paulo (centro de distri-

buição e setor administrativo).Eis os principais pontos do acordo

fechado com a Nestlé: reajuste de 10%, a partir de 1º de novembro; piso salarial de R$ 1.474,00; ajuda alimen-tação durante treze meses, no valor de R$ 575,00, com pagamento no dia 20 de cada mês, a partir de janeiro de 2016 (sendo que duas das parcelas deverão ser pagas em 20/12/2015); Participação nos Lucros ou Resulta-dos de 100% do salário, mais R$ 5 mil.

Entre os principais pontos do acordo fechado está a PLR de R$ 5 mil, mais 100% do salário

ALIMENTAÇÃO/ NESTLÉ

TrabalhoPublieditorial

Mais uma vez o governo Dilma Rousseff demons-tra toda sua insensibilidade social, e que não está nem aí para as necessidades dos trabalhadores.

Ao sancionar a lei que institui nova regra para a concessão da aposentadoria integral, baseada na fórmula 85/95 (idade mais tempo de contribuição ao INSS para, respectivamente, mulheres e homens), mas levando em conta a tal da “regra de progressi-vidade” e o aumento da expectativa de sobrevida do trabalhador, a presidenta anula, em poucos anos, os ganhos obtidos por quem se aposenta. A lei vale desde ontem, dia 5.

Com a progressividade, a fórmula é aumentada um

Miguel Torres Presidente da Força Sindical

Mais dois abacaxis para nós descascarmos!Miguel Torres Presidente da Força SindicalOpinião>

ponto a cada dois anos, fi cando de 2018 a 2019 em 86/96, pas-sando a 87/97 de 2020 a 2021, e chegando a 90/100 em 2026.

Outra insensibilidade do governo foi o veto à desaposen-tação, que não permite aos cerca de 300 mil trabalhadores que, após aposentados, continuam trabalhando e contri-buindo com a Previdência, a troca do seu benefício por ou-tro mais vantajoso para cobrir ou igualar o que recebiam quando na ativa.

Ou seja: um VIVA para banqueiros e empresários! E dois ABACAXIS para trabalhadores e aposenta-dos, que, mesmo após tantos anos construindo o País, não podem ter sequer uma aposentadoria digna, descascarem!

Trabalhadores terão reajuste salarial de 10%

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, estará hoje (dia 6), às 16 horas, no Paço Mu-nicipal de Cubatão, junto com repre-sentantes das demais Centrais Sindi-cais para organizar a mobilização dos trabalhadores, que será realizada no próximo dia 11 com a fi nalidade de evi-tar demissões em massa na Usiminas, na unidade daquela cidade. Poderão ocorrer demissões diretas de quatro mil funcionários, e acabar com outros dezesseis mil empregos indiretos.

Os prefeitos da Baixada Santista se reuniram no último dia 3 para discutir a decisão da Usiminas de acabar com parte da produção de aço na siderúrgi-ca da cidade, para formalizar uma car-ta de apoio a Cubatão e, também, para pleitear a derrubada da decisão por 120 dias. “Queremos manter os empregos na região”, diz Marcos Braz de Olivei-ra, Macaé, presidente do Sintracomos (Sindicato dos Trabalhadores nas In-dústrias da Construção e Mobiliário de Santos), que tem em sua base os pres-tadores de serviço (área de manuten-ção) da Usiminas.

Segundo Macaé, os prestadores de serviços (terceirizados) estão sendo dispensados desde 2014. No ano pas-sado, o Sintracomos fez 3.629 homo-logações da Usiminas, mais 3.635 do início de janeiro a 4 de novembro deste ano. Ou seja, os números do ano pas-sado já foram superados.

No dia 4 os sindicalistas, a prefeita de Cubatão, Márcia Rosa, e parlamentares estiveram reunidos com o ministro do Trabalho e Emprego, Miguel Rossetto, que afi rmou que vai pedir a suspensão dessa medida por, pelo menos, três meses. O ministro pretende reunir-se com a direção da Usiminas para encon-trar uma alternativa. “O objetivo é unir forças com os governos municipais, estadual e federal”, informa o presiden-te do Sintracomos.

Macaé: “Nossa luta é pela manutenção dos empregos na região”

Foto: Vespasiano Rocha

Foto: Fábio Melo

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Sintracomos na luta para manter empregos

Usiminas

O secretário nacional de Previdência Social do Ministério do Trabalho e Previdência Social, Carlos Gabas,visitou, ontem (dia 5), a Força Sindical, e falou sobre desaposentação e problemas da Previdência com os dirigen-tes da Central. Segundo ele, o governo ainda não firmou posição sobre a proposta de reforma que será levada ao Fórum da Previdência. “Estamos discutindo”, disse. O secretário afirmou ainda que os brasileiros estão vi-vendo mais e a população está envelhecendo. E isto impõe um desafio à Previdência. “Temos de levar em conta o processo de contribuição”.

Secretário da Previdência fala na Força Sindical

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