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SUMÁRIO MINERAL DA BAHIA ABRIL/2015 INFORMATIVO MENSAL DE MINERAÇÃO - ANO 4 - Nº04ABRIL/2015 - WWW.SDE.BA.GOV.BR Panorama do Setor Mineral Segundo o Fundo Monetário Internacional, mudanças importantes na economia mundial, nos últimos meses, alteraram as perspectivas do crescimento global. Na China a expansão dos investimentos imobiliários desacelerou para 6% nos primeiros quatro meses, na comparação anual, sugerindo que a segunda maior economia do mundo segue perdendo ímpeto. Os Estados Unidos continuam enfrentando dificuldades para ter uma forte recuperação e para os países emergentes as perspectivas são de que devem continuar a desacelerar. Além de tudo isso, registrou-se queda no preço das commodities e do petróleo e aumento na volatilidade no mercado de câmbio, com uma valorização significativa do dólar e queda de algumas moedas fortes como euro. A desaceleração da economia mundial, aliada à ampliação da oferta de minerais influenciaram o desempenho das principais commodities em abril de 2015, quando suas cotações na LME (Bolsa de Londres) apresentaram uma variação média negativa de 4,99% comparativamente ao mês anterior e retração de 24,60% em relação a abr/14. Os preços médios praticados dessas commodities foram cobre US$ 6.028; zinco US$ 2.207; alumínio US$ 1.817; chumbo US$ 2.000; estanho US$ 15.986; níquel US$ 12.783. Para os minerais produzidos na Bahia, no mês em comento, os preços do cobre e do níquel, apresentaram variação de 1,73% e –7,01% respectivamente em relação a março. Cotações das Commodities Minerais Abril/2014 a Abril/2015 3,04 2,38 - 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 45.000 50.000 Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr US$/t 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 US$ médio Chumbo Alumínio Zinco Cobre Estanho Níquel Dólar F Fonte: LME Elaboração: SDE As cotações do minério de ferro alcançaram um mínimo de US$ 46,70, registrando no decorrer do mês valorização, elevando o seu preço para US$ 56,20, com perspectivas do mercado para um máximo de US$ 60,00 para o ano de 2015. No Brasil, as notícias negativas sobre a atividade econômica continuam se acumulando com uma crescente contração dos investimentos, desaceleração do consumo das famílias, elevação da inflação que corrói o poder real de compra dos salários e redução do ritmo de expansão do crédito que vem persistindo. Diante deste cenário global e nacional a mineração brasileira vem sendo impactada, tendo registrado em abril uma queda na arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) de 21% em relação ao mesmo período de 2014, conforme dados do DNPM, com recolhimento de R$ 109,6 milhões contra R$ 138,9 em igual mês de 2014. Mesmo com todo o cenário desfavorável a Bahia teve boas notícias no mês de abril, com o anúncio da Yamana Gold que irá investir mais de US$ 20 milhões em sua mina de ouro de Santaluz no biênio 2015/2016 para melhorar os processos de recuperação desse metal e retomar a sua produção paralisada deste agosto de 2014. Outra notícia aguardada com ansiedade pelo setor mineral baiano foi a concessão de Licença de Instalação às Industrias Nucleares do Brasil – INB, para lavra a céu aberto de urânio, na mina do Engenho, no distrito uranífero de Lagoa Real, em Caetité. Com isso a INB deverá iniciar uma nova lavra em setembro de 2016. E, ainda outra boa notícia veio da Largo Mineração, que alcançou em março um dos mais baixos custos de produção de vanádio primário em nível mundial, mesmo antes das operações atingirem seu ponto ótimo, o que demonstra ser um forte indício, do que o projeto será capaz de conseguir quando da operação em sua capacidade plena. Estes custos colocam a Largo no quartil mais baixo dos custos de produção de vanádio primário em nível mundial. Protocolos de Intenções Assinados Em abril não houve assinatura de Protocolo de Intenção para o setor mineral. Direitos Minerários e Licenças Ambientais Direitos Minerários Requerimentos de Pesquisa: 136 (2ª posição no ranking nacional); Alvará de Pesquisa: Não houve(2ª posição no ranking nacional jan-abr) Licenciamento: Não houve Em abril o DNPM-Bahia retornou a sua sede no CAB, gerando paralisações em suas rotinas de análise de requerimentos de pesquisa e publicação de títulos Licenças Ambientais Licença de Instalação: 2 Licença de Operação: 1 Licença Unificada: 2 Renovação de Licença de Operação: 2 Produção Mineral Baiana Comercializada PMBC A PMBC em abril de 2015 totalizou R$ 177 milhões, registrando decréscimo de 30,3% em relação ao mês anterior. Comparativamente a abril de 2014, a comercialização de bens minerais da Bahia apresentou um redução de 4,55%. No quadrimestre a PMBC totalizou R$ 817,0 milhões, um aumento de 7,5% em relação ao mesmo período de 2014. PMBC – Janeiro a Abril 2014 x 2015 500.000.000 550.000.000 600.000.000 650.000.000 700.000.000 750.000.000 800.000.000 R$ 760.286.849 817.030.961 Jan a Abr 2014 Jan a Abr 2015 Fonte:DNPM Elaboração: SDE No mês houve a comercialização de 35 substâncias minerais oriundas de 116 municípios e extraídas por 216 empresas. Em abril/2015 as 10 maiores mineradoras que operam na Bahia foram responsáveis por 74,5% do valor da PMBC. Participação das Principais Mineradoras na PMBC Outras 25% Pedreiras Valéria 1% Xilolite 2% Cia Brasileira de Bentonita 3% Magnesita Refratários 4% Corcovado Granitos 4% Mirabela Mineração 5% Mineração Fazenda Brasileiro 12% Ferbasa 13% Mineração Caraíba 15% Jacobina Mineração e Comércio 16% Fonte:DNPM Elaboração: SDE

Panorama do Setor Mineral Protocolos de Intenções Assinados · Panorama do Setor Mineral ... Na China a expansão dos investimentos imobiliários ... comercialização de bens minerais

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SUMÁRIO MINERAL DA BAHIA

ABRIL/2015 INFORMATIVO MENSAL DE MINERAÇÃO - ANO 4 - Nº04ABRIL/2015 - WWW.SDE.BA.GOV.BR

Panorama do Setor Mineral Segundo o Fundo Monetário Internacional, mudanças importantes na economia mundial, nos últimos meses, alteraram as perspectivas do crescimento global. Na China a expansão dos investimentos imobiliários desacelerou para 6% nos primeiros quatro meses, na comparação anual, sugerindo que a segunda maior economia do mundo segue perdendo ímpeto. Os Estados Unidos continuam enfrentando dificuldades para ter uma forte recuperação e para os países emergentes as perspectivas são de que devem continuar a desacelerar. Além de tudo isso, registrou-se queda no preço das commodities e do petróleo e aumento na volatilidade no mercado de câmbio, com uma valorização significativa do dólar e queda de algumas moedas fortes como euro.

A desaceleração da economia mundial, aliada à ampliação da oferta de minerais influenciaram o desempenho das principais commodities em abril de 2015, quando suas cotações na LME (Bolsa de Londres) apresentaram uma variação média negativa de 4,99% comparativamente ao mês anterior e retração de 24,60% em relação a abr/14. Os preços médios praticados dessas commodities foram cobre US$ 6.028; zinco US$ 2.207; alumínio US$ 1.817; chumbo US$ 2.000; estanho US$ 15.986; níquel US$ 12.783. Para os minerais produzidos na Bahia, no mês em comento, os preços do cobre e do níquel, apresentaram variação de 1,73% e –7,01% respectivamente em relação a março.

Cotações das Commodities Minerais Abril/2014 a Abril/2015

3,04

2,38

-

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

50.000

Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr

US$/t

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

US$ médio

Chumbo Alumínio Zinco Cobre

Estanho Níquel Dólar Fonte

Fonte: LME Elaboração: SDE

As cotações do minério de ferro alcançaram um mínimo de US$ 46,70, registrando no decorrer do mês valorização, elevando o seu preço para US$ 56,20, com perspectivas do mercado para um máximo de US$ 60,00 para o ano de 2015.

No Brasil, as notícias negativas sobre a atividade econômica continuam se acumulando com uma crescente contração dos investimentos, desaceleração do consumo das famílias, elevação da inflação que corrói o poder real de compra dos salários e redução do ritmo de expansão do crédito que vem persistindo.

Diante deste cenário global e nacional a mineração brasileira vem sendo impactada, tendo registrado em abril uma queda na arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) de 21% em relação ao mesmo período de 2014, conforme dados do DNPM, com recolhimento de R$ 109,6 milhões contra R$ 138,9 em igual mês de 2014.

Mesmo com todo o cenário desfavorável a Bahia teve boas notícias no mês de abril, com o anúncio da Yamana Gold que irá investir mais de US$ 20 milhões em sua mina de ouro de Santaluz no biênio 2015/2016 para melhorar os processos de recuperação desse metal e retomar a sua produção paralisada deste agosto de 2014.

Outra notícia aguardada com ansiedade pelo setor mineral baiano foi a concessão de Licença de Instalação às Industrias Nucleares do Brasil – INB, para lavra a céu aberto de urânio, na mina do Engenho, no distrito uranífero de Lagoa Real, em Caetité. Com isso a INB deverá iniciar uma nova lavra em setembro de 2016.

E, ainda outra boa notícia veio da Largo Mineração, que alcançou em março um dos mais baixos custos de produção de vanádio primário em nível mundial, mesmo antes das operações atingirem seu ponto ótimo, o que demonstra ser um forte indício, do que o projeto será capaz de conseguir quando da operação em sua capacidade plena. Estes custos colocam a Largo no quartil mais baixo dos custos de produção de vanádio primário em nível mundial.

Protocolos de Intenções Assinados

Em abril não houve assinatura de Protocolo de Intenção para o setor mineral.

Direitos Minerários e Licenças Ambientais

Direitos Minerários

���� Requerimentos de Pesquisa: 136 (2ª posição no ranking nacional);

���� Alvará de Pesquisa: Não houve(2ª posição no ranking nacional jan-abr)

���� Licenciamento: Não houve

Em abril o DNPM-Bahia retornou a sua sede no CAB, gerando paralisações em suas rotinas de análise de requerimentos de pesquisa e publicação de títulos

Licenças Ambientais

���� Licença de Instalação: 2

���� Licença de Operação: 1

���� Licença Unificada: 2

���� Renovação de Licença de Operação: 2

Produção Mineral Baiana Comercializada PMBC

A PMBC em abril de 2015 totalizou R$ 177 milhões, registrando decréscimo de 30,3% em relação ao mês anterior. Comparativamente a abril de 2014, a comercialização de bens minerais da Bahia apresentou um redução de 4,55%. No quadrimestre a PMBC totalizou R$ 817,0 milhões, um aumento de 7,5% em relação ao mesmo período de 2014.

PMBC – Janeiro a Abril 2014 x 2015

500.000.000

550.000.000

600.000.000

650.000.000

700.000.000

750.000.000

800.000.000

R$ 760.286.849 817.030.961

Jan a Abr 2014 Jan a Abr 2015

Fonte:DNPM Elaboração: SDE

No mês houve a comercialização de 35 substâncias minerais oriundas de 116 municípios e extraídas por 216 empresas.

Em abril/2015 as 10 maiores mineradoras que operam na Bahia foram responsáveis por 74,5% do valor da PMBC.

Participação das Principais Mineradoras na PMBC

Outras

25%

Pedreiras Valéria

1%

Xilolite

2%

Cia Brasileira de

Bentonita

3%

Magnesita

Refratários

4% Corcovado

Granitos

4%

Mirabela

Mineração

5%

Mineração

Fazenda

Brasileiro

12%

Ferbasa

13%

Mineração

Caraíba

15%

Jacobina

Mineração e

Comércio

16%

Fonte:DNPM Elaboração: SDE

Secretaria da Indústria Comércio e Mineração SUMÁRIO MINERAL DA BAHIA

ABRIL/2015 INFORMATIVO MENSAL DE MINERAÇÃO - ANO 4 - Nº04ABRIL/2015 - WWW.SDE.BA.GOV.BR

Compensação Financeira pela Exploração Mineral - CFEM

A Bahia ocupou a quinta posição entre os maiores arrecadadores de CFEM do país no mês em análise, ficando atrás de Minas Gerais, Pará, Goiás, São Paulo, com participação de 2,9% no total da arrecadação do Brasil. Em termos regionais, a Bahia ocupa o primeiro lugar entre os maiores arrecadadores, seguido por Sergipe e Maranhão.

Compensação Financeira pela Exploração Mineral – CFEM (Valores em R$)

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

4.000.000

4.500.000

CFEM/2015 2.750.711,83 3.848.504,85 4.060.419,78 2.748.870,75

Janeiro Fevereiro Março Abril

Fonte:DNPM Elaboração: SDE

Imposto sobre Circulação de Mercadorias ICMS

ICMS devido em abril conforme declaração das mineradoras: R$ 8.229.962,00

Destinação dos Royalties de CFEM para os Municípios

MUNICÍPIO VALOR (R$) Jaguarari 240.785,66 Andorinha 234.667,28 Jacobina 178.804,36 Itagibá 120.998,79 Brumado 119.692,63 Barrocas 115.541,27 Salvador 85.372,53 Lauro de Freitas 64.031,26 Campo Formoso 63.400,95 Vitória da Conquista 41.984,01 Outros 521.487,25 TOTAL 1.786.765,99

Fonte: DNPM Elaboração: SDE

Comércio Exterior de Bens Minerais

Na Bahia, o saldo da balança comercial de bens minerais de janeiro a abril de 2015 foi negativa em US$ 169 milhões, menor que o valor registrado no mesmo período em 2014. Em abril, as exportações superaram as importações em US$ 18 milhões, tendo a China como principal destino dos minerais embarcados. As importações foram lideradas por produtos proveniente do Peru (Sulfetos de Cobre).

Bahia – Comércio Exterior de Bens Minerais (jan a abr/2015 x 2014 -valores em US$)

-200.000.000

-100.000.000

0

100.000.000

200.000.000

300.000.000

400.000.000

JAN - ABR 2015 165.313.089 334.383.898 -169.070.809

JAN - ABR 2014 118.578.851 312.075.903 -193.497.052

EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES SALDO DA BALANÇA

Fonte: MDIC/SECEX- ALICE Elaboração: COEMII

Exportações

Bahia – Principais Bens Minerais Exportados – Abr/2015 Bem Mineral Valor (US$) % Níquel 23.789.152 56,26 Ouro 12.251.349 28,97 Vanádio 4.817.665 11,39 Rocha Ornamental 840.617 1,99 Magnesita 217.657 0,51 Talco 137.756 0,33 Quartzo 93.383 0,22 Pedras preciosas 89.871 0,21 Grafita 45.820 0,11 TOTAL 42.283.270 100,00

Fonte: MDIC/SECEX- ALICE Elaboração: COEMI

Bahia – Principais Destinos das Exportações – Abr/2015 Pais Valor (US$) Bem Mineral

China 24.039.072 Níquel, Rocha Ornamental, Quartzo, Pedras Preciosas

Canadá 8.913.345 Ouro e Grafita Suíça 3.855.785 Ouro Coréia do Sul 2.542.373 Vanádio Holanda 1.440.817 Vanádio Itália 499.905 Rocha Ornamental

Estados Unidos 228.702 Rocha Ornamental, Magnesita e Pedras Preciosas

Japão 203.747 Vanádio e Grafita Índia 185.610 Vanádio e Pedras Preciosas Outros 373.914 Diversos TOTAL 42.283.270 Diversos

Fonte: MDIC/SECEX- ALICE Elaboração: COEMI

Importações

Bahia – Principais Bens Minerais Importados – Abr/2015 Bem Mineral Valor (US$) %

Sulfetos de Cobre 17.061.147 79,30 Fosfatos 2.728.669 12,68 Enxofre 1.055.628 4,91 Boratos 240.947 1,12 Outros 427.732 1,99 TOTAL 21.514.123 100,00

Fonte: MDIC/SECEX- ALICE Elaboração: COEMI

Bahia – Principais Destinos das Importações – Abr/2015 País Valor (US$) Bem Mineral Peru 19.789.816 Sulfeto de Cobre e Fosfato Antilhas Holandesas 1.055.628 Enxofre Índia 162.404 Enxofre Chile 151.704 Boratos Naturais Alemanha 127.446 Enxofre e Minerais Aluminosos Outros 227.125 Diversos TOTAL 21.514.123

Fonte: MDIC/SECEX- ALICE Elaboração: COEMI

Governo do Estado da Bahia: Ruy Costa Secretaria de Desenvolvimento Econômico - SDE: Paulo Roberto Brito Guimarães Superintendência de Indústria e Mineração - SIM: Rafael Valverde de Miranda Souto Diretoria de Mineração - DIMIN: Ana Cristina Franco Magalhães Coordenação de Desenvolvimento e Economia Mineral - CODEM: Wilton Pinto de Carvalho

Equipe Técnica: Ana Cristina Franco Magalhães André Bolinches de Carvalho Débora Teles Coelho Graça Maria Campos Almeida Wi Wilton Pinto de Carvalho Apoio: Reijane Sílvia Cruz dos Santos Passos Rose Vânia Bispo dos Santos

Informativo Mensal da Mineração Baiana – Secretaria de Desenvolvimento Econômico