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29 O PAPEL NA EDUCAÇÃO

Paper 29 :: O papel na educação

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A Paper 29 trata da importância do papel para a educação.

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29O papel na educaçãO

Responsabilidade social da IP é premiada pela ABTCP

na próxima edição: A importância das florestas plantadas para o meio ambiente

Esta publicação foi imprEssa Em papEl cErtificado pElo programa brasilEiro dE cErtificação florEstal

• Diretoria Jurídica e de Assuntos Corporativos ricardo C. Zangirolami• Direção do Projeto alessandra Fonseca Gerente de Comunicação e Marketing Institucional [email protected]• Estagiária de Comunicação Fernanda Camargo• Criação e Produção agência ideal• Direção de Arte e Projeto Gráfico Tom Comunicação• Coordenação Editorial marina rodriguez• Redação Camila Gonçalves e marina rodriguez• Revisão ricardo Cesar• Impressão ogra• Colaboraram nesta edição Lino de macedo - Professor de Psicologia na Universidade de São Paulo (USP); Lizzi Colla - Área de Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa da IP; maria angela Barbato Carneiro - Coordenadora do Núcleo Cultura e Pesquisa do Brincar da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); mariana prado - Coordenadora de Estratégias para Negócios de Conversão da IP; raquel Caruso - Psicopedagoga e Psicomotricista• Ilustrações Graziela de paula• Jornalista responsável ricardo Cesar - MTB 33669• Sugestões e Correspondências avenida paulista, nº 37, 14° andar - Cep 01311-000

SeTemBro 2010

ESTA é UMA PUBlICAção MENSAl DA

As florestas plantadas, quegeram matéria-prima para a fabricação de papel branco, beneficiam as economias locais.

Além de grandes geradoras de emprego, ajudama complementar o cultivo de outras plantações, sem causar danos à mata nativa. Também vale lembrar que as florestas plantadas brasileiras colaboram com a preservação do meio ambiente, retirando cerca de 64 milhões de toneladas de cO2 da atmosfera anualmente.

Pense nisso

Pape

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pres

sa e

m p

apel

Ch

amb

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40G

/M²

da In

tern

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ação

de

vern

iz lo

caliz

ado

e de

ver

niz

text

uriz

ado.

Pela segunda vez consecutiva, a Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP) elegeu a International Paper como “Destaque no Setor”, na categoria Responsabilidade Social. Em sua 10ª edição, a premiação avalia a atuação econômica, social e ambiental de empresas do setor de papel e celulose no Brasil. A premiação considera os votos de seus mais de 800

associados, e reconhece as empresas cujo desempenho foi tido como acima da média. os projetos socioambientais da International Paper que foram destaque são: os Guardiões da Biosfera, Programa de Educação Ambiental, Projeto EducAção Socioambiental, Guardiões da Águas, entre outros.

IIP lança Projeto Socioambiental 2010

Florestas plantadas brasileiras ajudam a combater o superaquecimento global

A captura de Co2 da atmosfera – um dos principais gases causadores do efeito estufa – é uma das grandes contribuições da indústria de papel de celulose do Brasil para o meio ambiente. o assunto está presente na Carta de Princípios, documento lançado em 2010 pela Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel), e no vídeo Florestas Plantadas: Grandes Aliadas do Planeta, também idealizado pela entidade. o vídeo mostra a importância das árvores para a vida na Terra, e explica como as florestas plantadas brasileiras, por meio da absorção de Co2 da atmosfera, podem ajudar a solucionar o superaquecimento global. Produzido por ocasião da CoP 15 – Conferência Climática de Copenhague, o vídeo encontra-se disponível no canal http://www.youtube.com/user/Bracelpa.

o Instituto International Paper (IIP) acaba de apresentar o Projeto EducAção Socioambiental para todos os

estudantes de 4ª a 8ª séries do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio das redes pública e particular

de ensino de Estiva Gerbi, Mogi Guaçu e Mogi Mirim, do interior de São Paulo. A iniciativa reúne três projetos

desenvolvidos pelo IIP: o tradicional Concurso de Redação, que comemora a sua 35ª edição; o Concurso

literário, em sua 5ª edição; e o plantio de mudas em Estiva Gerbi, originárias do viveiro administrado pelo

Projeto Guardiões do Verde. Este ano, o tema dos dois concursos será “Transformar o Presente para um

Futuro Sustentável”. E o “desafio” proposto às escolas que participarem das competições será plantar três

mil mudas nativas no prolongamento da Avenida Mário Zara e na estrada da Minota, em Estiva Gerbi.

Conselheiros da ABTCP em frente à fábrica da IP, em Três lagoas

A unidade de Três lagoas recebeu a visita de 12 conselheiros da Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP). o conselho da associação conheceu as instalações da IP e participou de uma reunião com a gerência da unidade. “os visitantes ficaram impressionados com as instalações e o desempenho da fábrica. Para nós, isso é motivo de orgulho e nos orienta a buscarmos a melhoria contínua de nossos processos de produção”, diz o gerente-geral da fábrica, Alcides Júnior.

Fábrica de Três Lagoas recebe visita da ABTCP

Viva Bem, Viva Já! é o novo programa da companhia lançado simultaneamente em todas as unidades da International Paper do Brasil, o projeto Viva Bem, Viva Já! tem como objetivo melhorar a qualidade de vida dos profissionais da empresa. Em 2010, a iniciativa terá como foco a boa alimentação e a prática de exercícios – para tanto, a companhia realizou avaliações

nutricionais, disponibilizou em seus refeitórios pratos mais leves e concedeu descontos em academias conveniadas. os aspectos espiritual, emocional, social, intelectual e profissional – também importantes para o bem-estar de um indivíduo – serão abordados mais adiante pelo projeto.

O papel na educação

NUMA FolhA qUAlqUER

papel e Companhia

“Todos esses estímulos são levados ao cérebro e, com o tempo, formam conceitos que evoluem e somam-se uns aos outros. É como se fosse um quadro a ser preenchido, cujos elementos são

incluídos com o passar do tempo.”maria angela Barbato Carneiro

Coordenadora do Núcleo Cultura e Pesquisa do Brincar da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

O papel é ferramenta fundamental para o desenvolvimento e a

educação das crianças. Ele é essencial desde a infância, quando

treinam a coordenação motora com os primeiros desenhos e as

bolinhas de papel, até a descoberta da leitura, quando os pequenos

aprendem a viajar, sozinhos, nas páginas de um livro.

Com um pouco de imaginação e criatividade, uma simples folha de papel pode se transformar em

inúmeros brinquedos. Basta amassá-la para que vire uma bola. Com algumas dobras, surge um barquinho

ou um chapéu. quando acompanhada de uma caixa de lápis de cor, serve de plataforma para desenhos

que dão vida às mais criativas aventuras, ou mesmo para o registro das primeiras palavras escritas.

Mais que simples diversão, todas essas

atividades são fundamentais para o crescimento

de qualquer criança. Desde que nasce, o bebê

é apresentado a diversas situações que o

estimulam e induzem seu desenvolvimento.

Atividades como reconhecer o rosto das

pessoas, segurar objetos ou engatinhar,

que parecem simples para os adultos, são

pequenos desafios rotineiros. “Todos esses

estímulos são levados ao cérebro e, com o tempo,

formam conceitos que evoluem e somam-se uns

aos outros. é como se fosse um quadro a ser

preenchido, cujos elementos são incluídos com o

passar do tempo”, explica Maria Angela Barbato

Carneiro, coordenadora do Núcleo Cultura e Pesquisa do Brincar da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Cabe aos pais e professores

ajudar os pequenos a desenvolverem suas habilidades. “Entre as capacidades que devem ser trabalhadas, estão a visual, auditiva e tátil”, sinaliza

Raquel Caruso, psicopedagoga e psicomotricista. Para que esse progresso aconteça de forma saudável, é essencial respeitar os limites de cada

criança e prestar atenção à fase de desenvolvimento na qual ela se encontra. “Com cerca de dois anos, elas devem brincar com objetos maiores, que

cedem facilmente à pressão de suas mãos. Conforme vão crescendo, o ideal é oferecer, gradativamente, brinquedos de tamanho menor”, diz Raquel.

As atividades com papel também contribuem de forma

significativa para o desenvolvimento das crianças. Brincar com

algumas folhas, por exemplo, é um bom exercício motor.

“Antes de escrever ou desenhar, aprendemos a

amassar, dobrar e rasgar. São funções que

ajudam a conhecer e controlar os movimentos

das mãos”, conta Maria Angela. é fundamental

que esses estímulos comecem a ser

trabalhados o mais cedo possível. Isso porque

se a criança desenvolve um bom controle

motor desde muito pequena, o processo de

aprendizagem da escrita se torna mais fácil. o ato

de colorir desenhos no papel também é importante.

“Trata-se de uma experimentação de diferentes

possibilidades”, diz lino de Macedo, professor de

Psicologia na Universidade de São Paulo (USP). Ele explica

que, ao se deparar com um desenho, a criança deve escolher

quais cores vai usar em cada parte e precisa analisar como

equilibrar todas essas informações. Melhor ainda se o pequeno artista

tiver à sua disposição uma grande variedade de materiais — como giz de cera,

tintas e lápis diversos. “Aos poucos, a criança descobre que muita tinta pode

borrar o papel, ou que uma cor não combina com a outra. Tudo isso ajuda

a aprimorar a linguagem visual”, pontua Macedo.

À medida que começam a perceber os efeitos que as cores exercem no

papel, as crianças formulam conceitos como “feio” e “bonito”, “dentro” ou

“fora” de uma linha. Além disso, travam contato com formas geométricas e

noções de “maior” e “menor”. Uma boa atividade, por exemplo, é deitar a

criança em uma folha grande de papel e traçar

seu contorno. “Depois, peça para ela desenhar os

olhinhos, a boca, e outras partes do corpo e

colori-las. Essa é uma maneira de estimular o

autoconhecimento”, explica Raquel. Contornar as

mãos dos pais e dos irmãos e compará-las com

as da criança também ajuda a dar noções de

tamanho. quando realizadas com os pais,

essas práticas melhoram o relacionamento

com as crianças, além de aumentarem a

autoestima dos pequenos. Além disso, vale a

pena guardar esses registros como parte da

história pessoal.“

“Trata-se de uma experimentação de diferentes

possibilidades.”Lino de macedo

Professor de Psicologia na Universidade de São Paulo (USP).

eu

de

Se

nh

o u

m S

oL a

ma

re

Lo

As crianças da nova geração dispõem de diversas

formas de tecnologia em seus brinquedos. No

entanto, desenhar no papel continua sendo uma

das brincadeiras preferidas. Para os adultos, o

resultado dessas atividades muitas vezes parece

apenas um rabisco, mas eles são muito

significativos para seus autores. “A criança começa

a perceber que no mundo à sua volta as pessoas

se comunicam. o desenho é o primeiro processo

escrito de inserção nesse universo”, explica Maria

Angela. Até cerca de três anos, as crianças

desenham pelo simples prazer da atividade. São

registros ainda pouco consistentes, como rabiscos

em vaivém. Mais adiante, elas começam a

representar figuras humanas e objetos do seu

cotidiano, tendo como ferramentas uma variedade

de materiais. Nessa fase, os símbolos passam a

ter um significado. “é importante que os pais

estimulem seus filhos a se expressarem pelo

desenho, deixando vários tipos de papel e

instrumentos para colorir à disposição”, afirma

Raquel. Existem situações em que os pequenos

não conseguem se expressar por meio da fala e

deixam “pistas” no papel. “Se está alegre ou

triste, se tem algum problema, está tudo

simbolizado ali”, explica Raquel. Conforme as

crianças vão crescendo, esses registros evoluem.

é aconselhável que os pais ofereçam diversos

formatos (ou tamanhos) de papel para as crianças

aperfeiçoarem suas habilidades. “A folha ajuda a

criança a se situar espacialmente. Ela sabe que o

papel acaba em determinado ponto, ou seja,

aquele é o seu limite”, explica Maria Angela. “As

margens, por exemplo, as ajudam a se localizar. E

papéis menores fazem com que a criança redefina

limites.” Desenhar também auxilia as crianças a se

prepararem para a alfabetização. quando elas já

estão acostumadas a manusear papel e lápis,

escrever as letras torna-se uma consequência, um

processo natural. “é comum que a primeira letra

que a criança aprenda seja a do seu nome”, lembra

Maria Angela. “Afinal, elas são símbolos gráficos,

como os desenhos.” Mais uma vez, o papel prova

ser uma ferramenta fundamental nesse processo

de desenvolvimento. é nessa fase que, já na

escola, os alunos são apresentados a papéis

pautados e aos conhecidos cadernos de caligrafia,

que apresentam o desafio de escrever dentro de

limites bastante definidos. o processo de

alfabetização muda a realidade da criança de forma

significativa. Ela passa a se sentir incluída no

mundo da escrita, que antes era uma espécie de

privilégio dos adultos. Poder escrever um bilhete

para os pais ou para um amiguinho dá a sensação

de realização e independência. “Até então, ela

ficava apenas observando os pais lerem e

escreverem. Fazer parte desse tipo de

comunicação que é padrão, ao contrário do

desenho que demanda interpretações, é muito

importante para a autoestima da criança”, enfatiza

lino de Macedo. Conseguir ler sem a ajuda dos

adultos também é um grande passo. Eles

observam os pais e professores lendo todo o

tempo, e precisam deles para ouvir histórias.

“Ao conseguir escolher um livro e ler sozinha, a

criança também se sente mais independente”,

diz Macedo. De acordo com o psicólogo, o

contato com o papel é fundamental tanto para

os desenhos quanto para a leitura. “As crianças

pequenas não conseguem interagir com a

tecnologia dos computadores para desenhar ou

escrever de forma produtiva”, explica. “Pode ser

divertido clicar nas telas dos aparelhos eletrônicos,

mas a expressão e a comunicação, em um

primeiro momento, só acontecem por meio do

papel”, finaliza.

O papel da ip na educaçãO

“Pode ser divertido clicar nas telas dos

aparelhos eletrônicos, mas a expressão e a comunicação, em um primeiro momento, só acontecem por meio do papel”.

Lino de macedo

Professor de Psicologia na Universidade de São Paulo (USP).

Muitos dos produtos fabricados pela International

Paper são usados para a educação, segmento que

mais movimenta o mercado de papel no Brasil.

Cerca de um terço dos livros didáticos impressos

no País e dos cadernos comercializados em

território nacional é produzido com papel da IP.

Para livros didáticos e apostilados, a companhia

oferece o Chambril Book. Já o Chambril Tablet é

matéria-prima para cadernos, e o Chambril Laser

Print é usado para a impressão de provas,

apostilas e avaliações aplicadas pelo governo.

A empresa possui parcerias com as mais

importantes editoras, caderneiras e gráficas

brasileiras. Além disso, todos os papéis produzidos

pela IP possuem certificação Cerflor - Programa

Brasileiro de Certificação Florestal, coordenado

pelo INMETRO e reconhecido internacionalmente

pelo PEFC (Programme for the Endorsement of

Forestry Certification).

Livro

O papel na educação

NUMA FolhA qUAlqUER

papel e Companhia

“Todos esses estímulos são levados ao cérebro e, com o tempo, formam conceitos que evoluem e somam-se uns aos outros. É como se fosse um quadro a ser preenchido, cujos elementos são

incluídos com o passar do tempo.”maria angela Barbato Carneiro

Coordenadora do Núcleo Cultura e Pesquisa do Brincar da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

O papel é ferramenta fundamental para o desenvolvimento e a

educação das crianças. Ele é essencial desde a infância, quando

treinam a coordenação motora com os primeiros desenhos e as

bolinhas de papel, até a descoberta da leitura, quando os pequenos

aprendem a viajar, sozinhos, nas páginas de um livro.

Com um pouco de imaginação e criatividade, uma simples folha de papel pode se transformar em

inúmeros brinquedos. Basta amassá-la para que vire uma bola. Com algumas dobras, surge um barquinho

ou um chapéu. quando acompanhada de uma caixa de lápis de cor, serve de plataforma para desenhos

que dão vida às mais criativas aventuras, ou mesmo para o registro das primeiras palavras escritas.

Mais que simples diversão, todas essas

atividades são fundamentais para o crescimento

de qualquer criança. Desde que nasce, o bebê

é apresentado a diversas situações que o

estimulam e induzem seu desenvolvimento.

Atividades como reconhecer o rosto das

pessoas, segurar objetos ou engatinhar,

que parecem simples para os adultos, são

pequenos desafios rotineiros. “Todos esses

estímulos são levados ao cérebro e, com o tempo,

formam conceitos que evoluem e somam-se uns

aos outros. é como se fosse um quadro a ser

preenchido, cujos elementos são incluídos com o

passar do tempo”, explica Maria Angela Barbato

Carneiro, coordenadora do Núcleo Cultura e Pesquisa do Brincar da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Cabe aos pais e professores

ajudar os pequenos a desenvolverem suas habilidades. “Entre as capacidades que devem ser trabalhadas, estão a visual, auditiva e tátil”, sinaliza

Raquel Caruso, psicopedagoga e psicomotricista. Para que esse progresso aconteça de forma saudável, é essencial respeitar os limites de cada

criança e prestar atenção à fase de desenvolvimento na qual ela se encontra. “Com cerca de dois anos, elas devem brincar com objetos maiores, que

cedem facilmente à pressão de suas mãos. Conforme vão crescendo, o ideal é oferecer, gradativamente, brinquedos de tamanho menor”, diz Raquel.

As atividades com papel também contribuem de forma

significativa para o desenvolvimento das crianças. Brincar com

algumas folhas, por exemplo, é um bom exercício motor.

“Antes de escrever ou desenhar, aprendemos a

amassar, dobrar e rasgar. São funções que

ajudam a conhecer e controlar os movimentos

das mãos”, conta Maria Angela. é fundamental

que esses estímulos comecem a ser

trabalhados o mais cedo possível. Isso porque

se a criança desenvolve um bom controle

motor desde muito pequena, o processo de

aprendizagem da escrita se torna mais fácil. o ato

de colorir desenhos no papel também é importante.

“Trata-se de uma experimentação de diferentes

possibilidades”, diz lino de Macedo, professor de

Psicologia na Universidade de São Paulo (USP). Ele explica

que, ao se deparar com um desenho, a criança deve escolher

quais cores vai usar em cada parte e precisa analisar como

equilibrar todas essas informações. Melhor ainda se o pequeno artista

tiver à sua disposição uma grande variedade de materiais — como giz de cera,

tintas e lápis diversos. “Aos poucos, a criança descobre que muita tinta pode

borrar o papel, ou que uma cor não combina com a outra. Tudo isso ajuda

a aprimorar a linguagem visual”, pontua Macedo.

À medida que começam a perceber os efeitos que as cores exercem no

papel, as crianças formulam conceitos como “feio” e “bonito”, “dentro” ou

“fora” de uma linha. Além disso, travam contato com formas geométricas e

noções de “maior” e “menor”. Uma boa atividade, por exemplo, é deitar a

criança em uma folha grande de papel e traçar

seu contorno. “Depois, peça para ela desenhar os

olhinhos, a boca, e outras partes do corpo e

colori-las. Essa é uma maneira de estimular o

autoconhecimento”, explica Raquel. Contornar as

mãos dos pais e dos irmãos e compará-las com

as da criança também ajuda a dar noções de

tamanho. quando realizadas com os pais,

essas práticas melhoram o relacionamento

com as crianças, além de aumentarem a

autoestima dos pequenos. Além disso, vale a

pena guardar esses registros como parte da

história pessoal.“

“Trata-se de uma experimentação de diferentes

possibilidades.”Lino de macedo

Professor de Psicologia na Universidade de São Paulo (USP).

eu

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formas de tecnologia em seus brinquedos. No

entanto, desenhar no papel continua sendo uma

das brincadeiras preferidas. Para os adultos, o

resultado dessas atividades muitas vezes parece

apenas um rabisco, mas eles são muito

significativos para seus autores. “A criança começa

a perceber que no mundo à sua volta as pessoas

se comunicam. o desenho é o primeiro processo

escrito de inserção nesse universo”, explica Maria

Angela. Até cerca de três anos, as crianças

desenham pelo simples prazer da atividade. São

registros ainda pouco consistentes, como rabiscos

em vaivém. Mais adiante, elas começam a

representar figuras humanas e objetos do seu

cotidiano, tendo como ferramentas uma variedade

de materiais. Nessa fase, os símbolos passam a

ter um significado. “é importante que os pais

estimulem seus filhos a se expressarem pelo

desenho, deixando vários tipos de papel e

instrumentos para colorir à disposição”, afirma

Raquel. Existem situações em que os pequenos

não conseguem se expressar por meio da fala e

deixam “pistas” no papel. “Se está alegre ou

triste, se tem algum problema, está tudo

simbolizado ali”, explica Raquel. Conforme as

crianças vão crescendo, esses registros evoluem.

é aconselhável que os pais ofereçam diversos

formatos (ou tamanhos) de papel para as crianças

aperfeiçoarem suas habilidades. “A folha ajuda a

criança a se situar espacialmente. Ela sabe que o

papel acaba em determinado ponto, ou seja,

aquele é o seu limite”, explica Maria Angela. “As

margens, por exemplo, as ajudam a se localizar. E

papéis menores fazem com que a criança redefina

limites.” Desenhar também auxilia as crianças a se

prepararem para a alfabetização. quando elas já

estão acostumadas a manusear papel e lápis,

escrever as letras torna-se uma consequência, um

processo natural. “é comum que a primeira letra

que a criança aprenda seja a do seu nome”, lembra

Maria Angela. “Afinal, elas são símbolos gráficos,

como os desenhos.” Mais uma vez, o papel prova

ser uma ferramenta fundamental nesse processo

de desenvolvimento. é nessa fase que, já na

escola, os alunos são apresentados a papéis

pautados e aos conhecidos cadernos de caligrafia,

que apresentam o desafio de escrever dentro de

limites bastante definidos. o processo de

alfabetização muda a realidade da criança de forma

significativa. Ela passa a se sentir incluída no

mundo da escrita, que antes era uma espécie de

privilégio dos adultos. Poder escrever um bilhete

para os pais ou para um amiguinho dá a sensação

de realização e independência. “Até então, ela

ficava apenas observando os pais lerem e

escreverem. Fazer parte desse tipo de

comunicação que é padrão, ao contrário do

desenho que demanda interpretações, é muito

importante para a autoestima da criança”, enfatiza

lino de Macedo. Conseguir ler sem a ajuda dos

adultos também é um grande passo. Eles

observam os pais e professores lendo todo o

tempo, e precisam deles para ouvir histórias.

“Ao conseguir escolher um livro e ler sozinha, a

criança também se sente mais independente”,

diz Macedo. De acordo com o psicólogo, o

contato com o papel é fundamental tanto para

os desenhos quanto para a leitura. “As crianças

pequenas não conseguem interagir com a

tecnologia dos computadores para desenhar ou

escrever de forma produtiva”, explica. “Pode ser

divertido clicar nas telas dos aparelhos eletrônicos,

mas a expressão e a comunicação, em um

primeiro momento, só acontecem por meio do

papel”, finaliza.

O papel da ip na educaçãO

“Pode ser divertido clicar nas telas dos

aparelhos eletrônicos, mas a expressão e a comunicação, em um primeiro momento, só acontecem por meio do papel”.

Lino de macedo

Professor de Psicologia na Universidade de São Paulo (USP).

Muitos dos produtos fabricados pela International

Paper são usados para a educação, segmento que

mais movimenta o mercado de papel no Brasil.

Cerca de um terço dos livros didáticos impressos

no País e dos cadernos comercializados em

território nacional é produzido com papel da IP.

Para livros didáticos e apostilados, a companhia

oferece o Chambril Book. Já o Chambril Tablet é

matéria-prima para cadernos, e o Chambril Laser

Print é usado para a impressão de provas,

apostilas e avaliações aplicadas pelo governo.

A empresa possui parcerias com as mais

importantes editoras, caderneiras e gráficas

brasileiras. Além disso, todos os papéis produzidos

pela IP possuem certificação Cerflor - Programa

Brasileiro de Certificação Florestal, coordenado

pelo INMETRO e reconhecido internacionalmente

pelo PEFC (Programme for the Endorsement of

Forestry Certification).

Livro

29O papel na educaçãO

Responsabilidade social da IP é premiada pela ABTCP

na próxima edição: A importância das florestas plantadas para o meio ambiente

Esta publicação foi imprEssa Em papEl cErtificado pElo programa brasilEiro dE cErtificação florEstal

• Diretoria Jurídica e de Assuntos Corporativos ricardo C. Zangirolami• Direção do Projeto alessandra Fonseca Gerente de Comunicação e Marketing Institucional [email protected]• Estagiária de Comunicação Fernanda Camargo• Criação e Produção agência ideal• Direção de Arte e Projeto Gráfico Tom Comunicação• Coordenação Editorial marina rodriguez• Redação Camila Gonçalves e marina rodriguez• Revisão ricardo Cesar• Impressão ogra• Colaboraram nesta edição Lino de macedo - Professor de Psicologia na Universidade de São Paulo (USP); Lizzi Colla - Área de Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa da IP; maria angela Barbato Carneiro - Coordenadora do Núcleo Cultura e Pesquisa do Brincar da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); mariana prado - Coordenadora de Estratégias para Negócios de Conversão da IP; raquel Caruso - Psicopedagoga e Psicomotricista• Ilustrações Graziela de paula• Jornalista responsável ricardo Cesar - MTB 33669• Sugestões e Correspondências avenida paulista, nº 37, 14° andar - Cep 01311-000

SeTemBro 2010

ESTA é UMA PUBlICAção MENSAl DA

As florestas plantadas, quegeram matéria-prima para a fabricação de papel branco, beneficiam as economias locais.

Além de grandes geradoras de emprego, ajudama complementar o cultivo de outras plantações, sem causar danos à mata nativa. Também vale lembrar que as florestas plantadas brasileiras colaboram com a preservação do meio ambiente, retirando cerca de 64 milhões de toneladas de cO2 da atmosfera anualmente.

Pense nisso

Pape

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ado.

Pela segunda vez consecutiva, a Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP) elegeu a International Paper como “Destaque no Setor”, na categoria Responsabilidade Social. Em sua 10ª edição, a premiação avalia a atuação econômica, social e ambiental de empresas do setor de papel e celulose no Brasil. A premiação considera os votos de seus mais de 800

associados, e reconhece as empresas cujo desempenho foi tido como acima da média. os projetos socioambientais da International Paper que foram destaque são: os Guardiões da Biosfera, Programa de Educação Ambiental, Projeto EducAção Socioambiental, Guardiões da Águas, entre outros.

IIP lança Projeto Socioambiental 2010

Florestas plantadas brasileiras ajudam a combater o superaquecimento global

A captura de Co2 da atmosfera – um dos principais gases causadores do efeito estufa – é uma das grandes contribuições da indústria de papel de celulose do Brasil para o meio ambiente. o assunto está presente na Carta de Princípios, documento lançado em 2010 pela Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel), e no vídeo Florestas Plantadas: Grandes Aliadas do Planeta, também idealizado pela entidade. o vídeo mostra a importância das árvores para a vida na Terra, e explica como as florestas plantadas brasileiras, por meio da absorção de Co2 da atmosfera, podem ajudar a solucionar o superaquecimento global. Produzido por ocasião da CoP 15 – Conferência Climática de Copenhague, o vídeo encontra-se disponível no canal http://www.youtube.com/user/Bracelpa.

o Instituto International Paper (IIP) acaba de apresentar o Projeto EducAção Socioambiental para todos os

estudantes de 4ª a 8ª séries do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio das redes pública e particular

de ensino de Estiva Gerbi, Mogi Guaçu e Mogi Mirim, do interior de São Paulo. A iniciativa reúne três projetos

desenvolvidos pelo IIP: o tradicional Concurso de Redação, que comemora a sua 35ª edição; o Concurso

literário, em sua 5ª edição; e o plantio de mudas em Estiva Gerbi, originárias do viveiro administrado pelo

Projeto Guardiões do Verde. Este ano, o tema dos dois concursos será “Transformar o Presente para um

Futuro Sustentável”. E o “desafio” proposto às escolas que participarem das competições será plantar três

mil mudas nativas no prolongamento da Avenida Mário Zara e na estrada da Minota, em Estiva Gerbi.

Conselheiros da ABTCP em frente à fábrica da IP, em Três lagoas

A unidade de Três lagoas recebeu a visita de 12 conselheiros da Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP). o conselho da associação conheceu as instalações da IP e participou de uma reunião com a gerência da unidade. “os visitantes ficaram impressionados com as instalações e o desempenho da fábrica. Para nós, isso é motivo de orgulho e nos orienta a buscarmos a melhoria contínua de nossos processos de produção”, diz o gerente-geral da fábrica, Alcides Júnior.

Fábrica de Três Lagoas recebe visita da ABTCP

Viva Bem, Viva Já! é o novo programa da companhia lançado simultaneamente em todas as unidades da International Paper do Brasil, o projeto Viva Bem, Viva Já! tem como objetivo melhorar a qualidade de vida dos profissionais da empresa. Em 2010, a iniciativa terá como foco a boa alimentação e a prática de exercícios – para tanto, a companhia realizou avaliações

nutricionais, disponibilizou em seus refeitórios pratos mais leves e concedeu descontos em academias conveniadas. os aspectos espiritual, emocional, social, intelectual e profissional – também importantes para o bem-estar de um indivíduo – serão abordados mais adiante pelo projeto.