28
JULHO ‘16 | DEZEMBRO ’16 “Para a Reforma Legislativa e do Sector da Justiça em Timor-Leste” CRL

“Para a Reforma Legislativa e do Sector da Justiça em ... · Assim, o objeto principal deste Relatório são as atividades concretas realizadas em preparação ... ao Primeiro-Ministro

Embed Size (px)

Citation preview

JULHO ‘16 | DEZEMBRO ’16

“Para a Reforma Legislativa e do Sector da Justiça em Timor-Leste”

C R L

Díli, março de 2017

Comissão para a Reforma Legislativa e do Sector da Justiça (CRL)

Palácio do Governo, Edificio 2, 1º andar, Av.Marginal, Díli, Timor-Leste

+670 735 52 849 | [email protected]

www.crl.gov.tl

© Comissão para a Reforma Legislativa e do Sector da Justiça

Toda a reprodução deste relatório, por fotocópia ou outro qualquer processo, sem prévia autorização escrita da CRL, é ilícita e passível de procedimento judicial contra o infrator.

JULHO ‘16 | DEZEMBRO ’16

“Para a Reforma Legislativa e do Sector da Justiça em Timor-Leste”

APRESENTAÇÃO DA COMISSÃO PARA A REFORMA LEGISLATIVA E DO SECTOR DA JUSTIÇA (CRL)

Criação............................................................................................................................. i Mandato........................................................................................................................... i Missão.............................................................................................................................. ii Composição..................................................................................................................... ii Métodos........................................................................................................................... ii

ÍNDICERelatório Semestral - Segundo Semestre (julho 2016 – Dezembro 2016)

Abreviaturas e Acrónimos............................................................................................... 1

1. Introdução....................................................................................................... 3

2. Processo............................................................................................... 4

3. Programa Geral - Análise e Avaliação Jurídica....................................................... 7

Na área da análise geral do estado da legislação.................................................... 7

Na área da análise do processo legislativo a nível do Governo ................................. 7

Na área da avaliação da implementação de leis selecionadas.................................................... 8

Na área da adequação e desenvolvimento da lei penal substantiva.................................. 8

Na área da lei processual penal e instrução preparatória.................................................... 9

Na área de uma política de resolução de conflitos centrada na sociedade.................... 9

Na área da reforma do Código Civil relacionada com as iniciativas em curso......... 10

Na área da adequação e desenvolvimentos das leis comerciais..................................... 10

Na área da formulação de uma agenda e programa de reforma legislativa e do sector da justiça................................................................................................................................... 11

Na área do suporte institucional e legal à continuidade da reforma legislativa e do sector da justiça.......................................................................................... 11

4. Produtos..................................................................................................... 12

4.1. Na área da análise geral do estado da legislação................................................... 12

4.2. Na área da análise do processo legislativo a nível do Governo................................. 12

4.3. Na área da avaliação da implementação de leis selecionadas.............. 12

4.4. Na área da adequação e desenvolvimento da lei penal substantiva.............. 13

4.5. Na área da lei processual penal e instrução preparatória....................... 13

4.6. Na área de uma política de resolução de conflitos centrada na sociedade.... 13

4.7. Na área da reforma do Código Civil relacionada com as iniciativas em curso. 13

4.8. Na área da adequação e desenvolvimento das leis comerciais.............. 14

4.9. Na área da formulação de uma agenda e programa de reforma legislativa e do sector da justiça ............................................................................................................... 14

4.10. N a á r e a d o s u p o r t e i n s t i t u c i o n a l e l e g a l à c o nt i nu i d a d e d a refor ma leg i s lat iva e do sec tor da just iç a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

5. Conclusões e Recomendações................................................................................ 16

ANEXOS (disponíveis em www.crl.gov.tl)

A. Perfil da CRL

B. Plano Estratégico da CRL

C. Diagrama dos Estudos e Propostas da CRL

D. Termos de Referência do Diagnóstico sobre o Sistema de Justiça de Timor-Leste: Sistema Formal

E. Termos de Referência do Diagnóstico sobre o Sistema de Justiça de Timor-Leste: Sistema Informal

F. Relatório da Primeira Fase - Trabalho de Campo de Diagnóstico sobre o Sistema de Justiça de Timor-Leste: Sistema Formal

G. Roda de Avaliação da Primeira Fase – Trabalho de Campo de Diagnóstico sobre o Sistema de Justiça de Timor-Leste: Sistema Informal

H. Termos de Referência para Avaliação do Processo Penal em Timor Leste: Linhas Orientadoras

I. Termos de Referência para Avaliação Preliminar da Aplicação da Lei Contra a Violência Doméstica em Timor-Leste (Lei Nº 7/2010, de 7 de Julho)

i

APRESENTAÇÃO DA COMISSÃO PARA A REFORMA LEGISLATIVA E DO SECTOR DA JUSTIÇA (CRL)

CRIAÇÃO

A Comissão para a Reforma Legislativa e do Sector da Justiça, adiante designada por Comissão ou CRL, foi estabelecida nos termos da Resolução do Governo n° 30/2015, de 26 de agosto1.

MANDATO

A Comissão iniciou as suas funções a 16 de dezembro de 2015, com a atribuição pelo Primeiro-Ministro da posse a quatro Comissários, de entre os quais o Presidente.

O mandato da Comissão compreende a análise legislativa e a avaliação da implementação de leis.

A análise legislativa abrange as leis, decretos-lei e decretos que integram o sistema normativo nacional em vigor, bem como a identificação dos vazios de legislação, com o duplo sentido da reforma: a revisão de normas em vigor e a criação de novas normas jurídicas tendo em vista o desenvolvimento do sistema legislativo nacional.

A avaliação das leis incide sobre as normas legais vigentes previamente selecionadas para o efeito, tendo em consideração critérios de seleção e a iniciativa das instituições competentes que queiram introduzir melhorias nas disposições legais que lhes são aplicáveis ou na efetividade da sua implementação.

No exercício do seu mandato, a Comissão goza de ampla autonomia técnica e responde perante o Ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros e, através dele, o Primeiro-Ministro e o Conselho de Ministros. O mandato da Comissão cessa juntamente com o do VI Governo Constitucional, o que se verificará em resultado das eleições legislativas de 2017.

1 Resolução do Governo nº30/2015, de 26 de agosto, que estabelece a Comissão para a Reforma Legislativa e do Sector da Justiça. Disponível em http://www.mj.gov.tl/jornal/public/docs/ 2015/serie_1/ SERIE_I_NO_32.pdf

ii

MISSÃO

A missão da Comissão é catalisar, dinamizar, promover e monitorizar a reforma legislativa e do sector da justiça, no âmbito do seu mandato, segundo metodologias conducentes à modernização, simplificação, harmonização, adequação e eficácia das leis e ao desenvolvimento do quadro normativo nacional.

COMPOSIÇÃO

Tendo uma composição legalmente prevista de seis membros, a Comissão foi constituída a 16 de dezembro de 2015 por quatro Comissários, dos quais três permanentes, incluindo o Presidente, e um não permanente. Cada Comissário responde diretamente por áreas e atividades definidas pela Comissão.

A Comissão é assistida por sete profissionais distribuídos por trêsunidades funcionais - política e pesquisa legislativa, comunicação e imagem, e secretariado e gestão.

MÉTODOS

A Comissão segue métodos de pesquisa e análise legislativa documental e de campo, dando preferência a uma ampla participação e inclusão na recolha primária de dados bem como na discussão de temáticas, estudos, opções, propostas e recomendações para a reforma legislativa e do sector da justiça.

A consulta pública é contínua e ampla, tanto da iniciativa da CRL como de terceiros.

As relações de informação e coordenação entre a Comissão, o PN, o Governo, o Ministério da Justiça e cada uma das instituições independentes ou autónomas do sector da justiça - tribunais judiciais, ministério público, defensoria pública e entidade de gestão e disciplina do exercício da advocacia privada – são essenciais para uma adequada preparação para a reforma legislativa e do sector da justiça.

São estabelecidas formas de cooperação e assistência técnica com peritos, instituições e organizações nacionais e internacionais em razão das especializações requeridas pela análise legislativa e monitoria da implementação das leis definidas pela Comissão.

1

AMJTL

CC

CCI

CEDIS

CFJ

CGDA

CMNT

Comissão A

CRL

CP

CPP

CRDTL

DFAT

DNAJL

ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS

Associação de Magistrados Judiciais de Timor-Leste

Código Civil

Código Comercial Indonésio

Centro de Investigação e Desenvolvimento sobre Direito e Sociedade da Universidade Nova de Lisboa

Centro de Formação Jurídica

Conselho de Gestão e Disciplina da Advocacia

Chief Magistrate of the Northern Territory (Magistratura Superior do Território do Norte)

Comissão de Assuntos Constitucionais, Justiça, Administração Pública, Poder Local e Anti-Corrupção do Parlamento Nacional

Comissão para a Reforma Legislativa e do Sector da Justiça

Código Penal

Código de Processo Penal

Constituição da República Democrática de Timor-Leste

Department of Foreign Affairs and Trade of the Australian Embassy in Timor-Leste (Departamento de Assuntos Externos e Comércio da Embaixada da Austrália em Timor-Leste)

Direção-Geral de Estatística do Ministério das Finanças

2

DNRN

JSMP

LCVD

MAE

MECAE

MJ

MECAAEJ

MEPCM

MP

OPJ

PCIC

PN

PNUD

UAJ

UIJLP

UNTL

Department of Justice, Northern Territory Government (Governo do Território do Norte, Departamento de Justiça)

Judicial System Monitoring Program (Programa de Monitorização do Sistema Judicial)

Lei Contra a Violência Doméstica

Ministro da Administração Estatal

Ministro de Estado, Coordenador dos Assuntos Económicos

Ministro da Justiça

Ministro de Estado, Coordenador dos Assuntos da Administração do Estado e da Justiça

Ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros

Ministério Público

Observatório Permanente da Justiça do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra

Polícia Científica de Investigação Criminal

Parlamento Nacional

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

Unidade de Apoio Jurídico do Ministério da Presidência de Conselho de Ministros

União Internacional de Juízes de Língua Portuguesa

Universidade Nacional de Timor Lorosa’e

3

1. INTRODUÇÃOO presente Relatório da Comissão para a Reforma Legislativa e do Sector da Justiça (CRL) corresponde ao segundo semestre do exercício do seu mandato legal, pelo que adiante designamos por Relatório Semestral – Segundo Semestre (julho - dezembro de 2016, Relatório do Segundo Semestre 2016 ou simplesmente Relatório).

Este Relatório segue o anterior, sobre o primeiro semestre (dezembro de 2015 - junho de 2016), que contém as bases de partida, o contexto, a estratégia, o programa e a orientação sobre o caminho a seguir, incluindo as primeiras recomendações, para a preparação da reforma legislativa e do sector da justiça, processo esse que está em curso. Uma vez que estes dois relatórios estão estreitamente ligados entre si, é aconselhável a leitura do primeiro, para que se tenha uma boa compreensão do presente relatório, o segundo na cadeia de relatórios semestrais de desempenho da CRL. Seguir-se-á um outro relatório semestral, pelo período de janeiro a junho de 2017, que também será o relatório final, em que se globalizarão as atividades e resultados até ao termo do mandato da CRL, a 31 de agosto de 2017.

Mantêm-se o “Contexto” e “Uma Estratégia para a Reforma Legislativa e do Sector da Justiça”, tratados nos capítulos 1 e 2, respetivamente, do Relatório Semestral – Primeiro Semestre (dezembro 2015 - junho 2016), à exceção de “O Processo” (ponto 3.6) e “Programa Geral” (ponto 3.7), dado que dependeram do processo e atividades específicas do novo período em que decorreram (junho a dezembro de 2016). O capítulo 4 deste Relatório, sobre o “Nosso caminho – atividades em curso (dezembro 2015 - junho 2016) também teve, como é natural, alterações com a continuação da execução dessas atividades durante o segundo semestre de 2016.

Foi neste quadro que a CRL deu continuidade à implementação do Plano Estratégico e Programa Geral da CRL, no período de julho a dezembro de 2016.

Assim, o objeto principal deste Relatório são as atividades concretas realizadas em preparação para a reforma legislativa e do sector da justiça. Estas matérias serão também tratadas no relatório subsequente, que corresponderá às atividades relativas ao primeiro semestre de 2017.

O presente Relatório, tal como os demais, é apresentado ao Ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros, ao Primeiro-Ministro e ao Governo de Timor-Leste2, assim como à Comissão A do PN.

O Relatório também tem carácter público e segue regras de transparência, tal como enunciado no Relatório Semestral anterior.3

2 Alíneas f) e g) do nº 2 da Resolução do Governo nº 30/2015, de 26 de agosto.3 Relatório Semestral – Primeiro Semestre (dezembro 2015 – junho 2016), p. 9.

4

2. PROCESSO

O processo de trabalho da CRL, no período de julho a dezembro de 2016, foi caraterizado pela:

• Continuação da aplicação de uma metodologia participativa, embora mais voltada para públicos específicos em função das áreas de atividade priorizadas pelo Plano Estratégico e Programa Geral da CRL. Foram, por exemplo, envolvidos, no âmbito do sector da justiça, os Tribunais Judiciais, o Ministério Público, a Defensoria Pública Geral e os Advogados, bem como as áreas jurídicas e técnicas ministeriais.

• Continuação das auscultações e consultas sobre as temáticas para a reforma, partindo das primeiras reflexões da CRL, que passou a apresentar os resultados do primeiro semestre e a perspetivar os trabalhos de preparação da reforma legislativa e do sector da justiça. É o caso da apresentação ao Governo da implementaçao da metodologia de análise legislativa por sectores, que aprovou uma Resolução para o exame da situação da legislação no país.

• Elaboração do relatório semestral relativo ao primeiro semestre de desempenho da CRL (dezembro de 2015 – junho de 2016), do relatório especializado sobre a temática do direito penal substantivo, programado para o semestre de julho a dezembro de 2016.

• Realização de levantamentos preliminares em preparação para a execução de pesquisa e análise de dados em matérias sobre o casamento e família, no âmbito do Código Civil, e sobre o quadro legal da atividade comercial e económica, no contexto da legislação comercial em geral e do Código Comercial e regime jurídico dos contratos em especial, assim como terras e propriedade.

No que se refere à legislação comercial e, em especial ao Código Comercial, a Comissão reuniu-se com a unidade jurídica do MECAE e participou em várias reuniões do Grupo de Trabalho Interministerial para a Revisão do Enquadramento Legal e Regulação da Atividade Económica.

A CRL realizou as primeiras negociações para assistência técnica e cooperação interna e internacional nesses âmbitos, tendo nomeadamente reunido com a cooperação australiana (DFAT), a 25 e 26 de julho de 2016, para a apresentação e análise da estratégia e programa da CRL, tendo-se caminhado para um maior enfoque na área da reforma do quadro legislativo da atividade comercial ou económica.

• Estabelecimento de relações profissionais com peritos e instituições nacionais e de outros países, incluindo centros de investigação das universidades e parceiros de desenvolvimento.

A CRL orientou-se para a obtenção de uma cooperação e assistência técnicas de base institucional, através de entendimentos ou acordos com instituições de investigação e formação, como sejam o CES e o OPJ da Universidade de Coimbra e a Universidade Nacional de Timor Lorosa’e, organizações da sociedade civil, como sejam o JSMP e a Belun, projectos em curso em Timor-Leste, como sejam “Projetu Ba Distritu” e agências de cooperação

5

bilateral, como seja o DFAT, Austrália. Incluem-se neste âmbito temáticas fundamentais como sejam um diagnóstico sobre a justiça formal, com enfoque nos tribunais, e sobre a justiça informal, a preparação para a avaliação do CPPe da aplicação da LCVD, ao nível judicial.

• Continuação da divulgação da visão, missão, objetivos, resultados pretendidos e programa geral de atividades da CRL, como meios de motivação e envolvimento de parceiros institucionais e peritos, tendo organizado ou participado em diversas ações, tais como mesas redondas, conferências e seminários, incluindo a participação em reuniões do PNUD sobre boa governação, a seu convite, também com o intuito da obtenção de assistência técnica e cooperação.

• Funcionamento regular da CRL e das suas unidades de política e pesquisa legislativa, comunicação e imagem, secretariado e gestão.

No estabelecimento ou estreitamento de relações institucionais com potenciais parceiros de assistência técnica e cooperação com a CRL, bem como promoção da estratégia e programa para a reforma legislativa e do setor da justiça, a Comissão promoveu ou participou em várias ações, tais como:

• Reunião entre o Governo de Timor-Leste e os Parceiros de Desenvolvimento sob o tema “Financing Sustainable Development Goals (“TLDPM”), coordenada pelo PNUD, realizada a 5 de julho de 2016, no Centro de Convenções de Díli, em que o Ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros, Dr. Agio Pereira, fez uma intervenção sobre o progresso do programa para a reforma legislativa e do setor da justiça.

• Conferência da “Northern Territory Bar Association”, em associação com a Universidade Charles Darwin, do Território do Norte da Austrália, realizada entre 14 a 16 de julho de 2016, em Díli. Nesta conferência, a CRL teve a oportunidade de dar a conhecer a visão, missão, áreas e estratégia para a reforma legislativa e do setor da justiça do âmbito do seu mandato, procurando, de alguma forma, não só divulgar o papel da Comissão, porém, cativar os mais variados participantes na identificação de temas relevantes nos quais pudessem colaborar.

• Reunião Informal dos Parceiros da Governação (“Informal Governance Donor Meeting”), realizada a 11 de agosto de 2016, na “UN House”, Caicoli, Díli, com oficiais das áreas de boa governação coordenados pelo PNUD, na qual participaram representantes do Governo de Timor-Leste.

• Reunião de cooperação com parceiros de desenvolvimento, organizada juntamente pela CRL e PNUD, realizada no dia 6 de setembro de 2016, no Palácio do Governo de Timor-Leste, Díli, em que, com o propósito de interessar os parceiros de desenvolvimento na assistência técnica e cooperação necessárias à reforma legislativa.

• Seminário Internacional sobre “Tribunais no Estado de Direito”, organizado conjuntamente pela AMJTL e UIJLP, com o apoio do PACED, que teve lugar entre 27 a 29 de julho de 2016, em Díli, no qual a CRL, no âmbito do 4º Painel - “A independência judicial, a administração da justiça e os sistemas judiciais: organização judiciária, estatutos e gestão processual” e sob o tema “A reforma da Justiça em Timor-Leste: a organização da justiça e dos tribunais”, a

6

CRL deu a conhecer a visão, missão, áreas e estratégia para a reforma legislativa e do setor da justiça do âmbito do seu mandato e apresentou as linhas para um diagnóstico e reflexão sobre a consolidação da construção e desenvolvimento dos tribunais judiciais no quadro da reforma do setor da justiça.

• Mesa redonda e seminário público realizados em Portugal:

o Mesa Redonda promovida pela CRL, em parceria com a Embaixada de Timor-Leste em Portugal e o CEDIS, da Universidade Nova de Lisboa, com o tema “Quadro Normativo Penal e Judiciário: Perspetiva do direito a constituir e sua viabilização partindo da situação atual em Timor-Leste”, realizada nas instalações do CEDIS, na Universidade Nova de Lisboa, a 12 de setembro de 2016, em Lisboa.

o Seminário público conjunto do CES e da CRL com o tema “Direito, Justiça e Transformação Social: Desafios das Políticas Públicas em Timor-Leste, realizada nas instalações do CES, Universidade de Coimbra, a 15 de setembro de 2016, em Coimbra.

• Encontro de informação e análise de eventuais áreas de cooperação com o CEJ, a 13 de setembro de 2016, em Lisboa.

• Encontro de cortesia, informação e exploração de eventuais áreas de cooperação com a Procuradora-Geral da República Portuguesa, a 14 de setembro de 2016, em Lisboa.

• Seminário sobre “A Polícia de Investigação Criminal e a Consolidação do Estado de Direito”, organizado pelo Programa de Justiça em Timor-Leste, da Cooperação delegada pela União Europeia em Portugal – Camões, I.P., que teve lugar nos dias 20 e 21 de outubro de 2016, em Díli.

7

3. PROGRAMA GERAL – ANÁLISE E AVALIAÇÃO JURÍDICAA Comissão realizou, no quadro do processo anteriormente enunciado, as atividades de análise legislativa e avaliação de implementação de leis previstas para o período de julho a dezembro de 2016, em conformidade com o seu Programa Geral 2016 – 2017, Anexo D do Relatório Semestral – Primeiro Semestre (dezembro 2015 – junho 2016) da CRL.

Com efeito, as atividades programadas foram executadas conforme resumidamente se indica a seguir:

Na área da análise geral do estado da legislação A 23 de novembro de 2016, o Presidente da CRL apresentou, em Conselho de Ministros, uma proposta de Resolução do Governo, no âmbito da implementação da metodologia de exame do estado da legislação e da análise do processo legislativo a nível do Governo.

O Conselho de Ministros aprovou essa proposta de Resolução, que determina o envolvimento dos sectores ministeriais através de pontos focais da nomeação dos Ministros que supervisionam os respetivos setores e de técnicos que sejam necessários envolver em função dos temas a analisar.

Em seguida, a Comissão realizou três sessões de trabalho por grupos de pontos focais e técnicos, para sensibilização sobre a metodologia a implementar – questionário, relatório setorial e calendário de atividades - e recolha de contribuições de interesse para a sua execução. As sessões de trabalho realizaram-se a 24 e 25 de novembro e a 19 de dezembro de 2016.

Por ocasião dessas sessões de sensibilização foi marcada para 16 de janeiro de 2017 uma sessão de treinamento sobre a execução da referida metodologia.

Na área da análise do processo legislativo a nível do GovernoA Comissão preparou uma primeira minuta de metodologia para a análise do processo legislativo ao nível do Governo, mas, ao analisá-la na sua reunião ordinária mensal de 30 de dezembro de 2016, concluiu que não era apropriada para as condições específicas em que operam as unidades jurídicas envolvidas, do Conselho de Ministros e ministeriais.

8

Considerou a Comissão que se deveria aplicar um método de entrevistas guiadas, em vez de mais um questionário a ser preenchido por essas unidades, tanto mais que as unidades jurídicas ministeriais estavam em fase de preenchimento do questionário e relatório sobre o exame geral do estado da legislação, referido no ponto anterior.4

Assim, a CRL optou pela aplicação do método de entrevistas guiadas, a serem conduzidas por analista de política legislativa a ser contratado para o efeito. Para o que se elaboraria os termos de referência aplicáveis. Foram calendarizados para o primeiro trimestre de 2017 a aprovação dos termos de referência e o recrutamento do técnico necessário à execução da metodologia de análise do processo legislativo.

Na área da avaliação da implementação de leis selecionadasA Comissão deu continuidade à análise destinada a adoptar um método de avaliação da implementação de leis selecionadas, que deveria ter em consideração o ter-se escolhido a LCVD. Dada a complexidade da avaliação e articulações que implicavam tempo e recursos, para que a avaliação fosse participada pelos próprios agentes que aplicam a LCVD e os cidadãos seus destinatários, a Comissão acabou por concluir que apenas seria viável efetuar uma avaliação experimental e preliminar ao nível judicial da referida Lei.

Por isso, a CRL considerou que deveria ligar a avaliação da aplicação da LCVD ao diagnóstico sobre a justiça formal, em curso, que envolve o funcionamento do judiciário, por forma a que fosse possível realizarmos a pretendida avaliação ainda em 2017, no período do mandato da Comissão.

Assim, a Comissão procurou assistência técnica especializada para a realização da avaliação da aplicação da LCVD, tendo selecionado o CES para parceiro, tanto mais já estava a participar como instituição investigadora na execução do diagnóstico sobre a justiça formal.

Em seguida, foram elaborados os termos de referência para a execução desta avaliação e negociada a assistência técnica do CES, já em dezembro de 2016 no termo da primeira fase do diagnóstico sobre a justiça formal.

Na área da adequação e desenvolvimento da lei penal substantivaDe realçar a elaboração do Relatório Especializado sobre a Lei Penal Substantiva em Timor-Leste – Recomendações para a sua Reforma (documento colocado para discussão pública), no quadro da adequação e desenvolvimento do direito penal substantivo em Timor-Leste.

O referido Relatório Especializado foi apreciado pela Comissão, tendo-se finalizado uma primeira versão para discussão pública no período de janeiro a abril de 2017, tendo sido dado conhecimento do mesmo ao Governo.

4 Resolução do Governo nº 38/2016, de 23 de novembro, que determina a nomeação dos pontos focais e técnicos por sectores para a reforma legislativa.

9

Na área da lei processual penal e instrução preparatóriaDe entre as consultas realizadas, inclui-se a auscultação à PCIC, a 15 de julho de 2016, através de dois encontros, sendo um com o Diretor Nacional e outro com o Diretor Nacional Adjunto.

Nas consultas realizadas, analisaram-se preliminarmente aspetos específicos do CPP, no que parece ser excessivamente garantístico de direitos e liberdades individuais em matéria de investigação de crimes de maior gravidade, nomeadamente no que se refere, por exemplo, à recolha de provas nos crimes transnacionais e do âmbito de criminalidade organizada objeto de leis especiais.

Por outro lado, iniciou-se a análise da questão da reintrodução ou não de um momento ou fase de intervenção judicial na instrução (juiz de instrução), em que eventualmente se admita a fiscalização por um juiz da suficiência da prova para a acusação e se esta deve proceder ou não para julgamento.

A CRL veio a concluir que estas matérias se prendiam também com o funcionamento e capacidade dos tribunais, em especial no que se refere ao número de juizes, sua formação e especialização da sua atividade, pelo que considerou que seria preciso uma avaliação da pertinência, viabilidade e sustentabilidade da instrução preparatória.

Estas razões, e porque outros aspetos relevantes podem ainda vir a ser suscitados, levaram a CRL a concluir pela necessidade de um estudo empírico da aplicação do CPP pelos tribunais e ponderação do juízo de instrução preparatória, a ser realizado em associação com o diagnóstico sobre a justiça formal, em curso.

Assim, a Comissão procurou assistência técnica especializada para a realização desta avaliação, tendo selecionado o CES para parceiro, tanto mais que já estava a participar como instituição investigadora na execução o diagnóstico sobre a justiça formal.

Em seguida, foram elaborados os termos de referência para a execução da avaliação referida e negociada a assistência técnica do CES, já em dezembro de 2016 no termo da primeira fase do diagnóstico sobre a justiça formal.

Na área de uma política de resolução de conflitos centrada na sociedadeRealizou-se a primeira fase do diagnóstico dos sistemas de justiça, formal e informal, de que resultou o Relatório do Trabalho de Campo, de 26 de novembro a 8 de dezembro de 2016 e o Memorando 1 – Roda de avaliação da primeira fase do trabalho de campo, no qual participaram equipas conjuntas da CRL e CES, com envolvimento do JSMP e Belun para a recolha de dados e participação em entrevistas ao nível da comunidades.

10

Foram atualizados os Termos de Referência para a realização da segunda fase do diagnóstico, prevista para o período de março a maio de 2017, de modo a atender a experiência de trabalho na primeira fase e a necessidade de completar a recolha de dados, passar à sua análise e discussão interna e com os atores das instituições do sector da justiça, da sociedade civil e académicos, bem como concluir sobre as linhas fundamentais dos relatórios a elaborar pelas equipas técnicas nas componentes da justiça formal e da justiça informal.

Na área da reforma do Código Civil relacionada com as iniciativas em cursoDeu-se continuidade à análise das relações de casamento e família numa perspetiva legiferativa, em preparação para uma reunião técnica com a DNAJL e DNRN do MJ, no quadro das iniciativas em curso com implicações no CC em vigor.

Outra iniciativa com impacto no CC, que a CRL tem vindo a acompanhar, é a proposta de regime especial para a definição da titularidade dos bens imóveis, da iniciativa do Governo e que se encontra em apreciação pela Comissão A do PN. É intenção da CRL realizar uma pesquisa abrangente sobre as necessidades legislativas no âmbito da terra e propriedade imobiliária e suas inter-relações com as disposições envolvidas ou relacionadas do CC.

Com este propósito, a CRL iniciou contactos com a Universidade de Leiden, em novembro de 2016, tendo-se acordado através de correspondência eletrónica na realização de uma pesquisa conjunta cujos primeiros passos seriam: preparação de termos de referência, elaboração de um documento concetual e posteriormente execução da pesquisa. A realização destes dois primeiros ficou prevista para o primeiro semestre de 2017, dado que os especialistas a serem envolvidos na matéria dispõem de muito pouco tempo para esse estudo. A execução da pesquisa seria prevista no documento conceptual.

Na área da adequação e desenvolvimentos das leis comerciaisA CRL realizou em julho e agosto de 2016 encontros com a DFAT com vista à obtenção de assistência técnica nesta matéria, tendo-se acordado na preparação de uma análise do quadro legal das atividades comerciais, de que resultaria um relatório especializado. Para o efeito, foram elaborados os termos de referência e de concurso público para uma consultoria necessária à elaboração do relatório especializado correspondente. A CRL, juntamente com a DFAT e a CARDNO constituíram um júri para a análise das candidaturas ao concurso público, cuja realização se prevê para janeiro de 2017.

11

Na área da formulação de uma agenda e programa de reforma legislativa e do sector da justiçaDurante a primeira fase do diagnóstico sobre a justiça formal, a CRL reuniu-se com o CES e acordaram na assistência técnica para a elaboração de uma proposta de agenda e programa nacional de reforma legislativa e do sector da justiça, em que participaram o CES e outros peritos, em colaboração com a Comissão.

Continuou-se a reflexão iniciada sobre esta matéria no primeiro semestre de 2016, com o sentido de vir a incluir na proposta, não só a agenda e programa, mas também linhas de política (sendo possível), bem como a monitorização, observação e revisão próprias dos ciclos de reforma, em articulação com os estudos em curso do âmbito das áreas de especialidade (dos relatórios especializados).

Na área do suporte institucional e legal à continuidade da reforma legislativa e do sector da justiçaTambém nesta área e durante a primeira fase do diagnóstico sobre a justiça formal, a CRL reuniu-se com o CES, tendo acordado na assistência técnica para a elaboração de uma proposta de suporte institucional e legal à monitorização, observação e investigação da implementação e desenvolvimento do programa nacional de reforma legislativa e do sector da justiça proposto pela CRL e submetido à aprovação do Governo.

A Comissão também deu continuidade à análise comparativa de experiências de outros países com relação a entidades de reforma legislativa, iniciada no primeiro semestre de 2016. Nesta análise, é de realçar a obra analisada, intitulada “The Promise of Law Reform”, da autoria de Brian Opeskin e David Weisbrot5.

5 Brian OPESKIN and David WEISBROT, The Promise of Law Reform, Federation Press, 2005, Sydney, Australia.

12

4. PRODUTOSSão produtos referidos à execução das atividades programadas para o período de julho a dezembro de 2016:

4.1. Na área da análise geral do estado da legislação:

✓ Metodologia de Exame do Estado da Legislação (Termos de Referência, Questionário e Relatório Sectorial e Calendário).

✓ Resolução do Governo nº 38/2016, de 23 de novembro.

✓ Duas sessões de trabalho preparatórias e de sensibilização dos pontos focais e técnicos do setor, a 24 e 25 de novembro de 2016 e uma sessão de trabalho de discussão da respetiva metodologia, a 19 de dezembro de 2016.

4.2. Na área da análise do processo legislativo a nível do Governo:✓ Proposta de Metodologia de Análise do Processo Legislativo e resolução da CRL na sua

Reunião Ordinária Mensal de 30 de dezembro de 2016 em como não seria de aplicar essa metodologia mas sim o método de entrevistas semiestruturadas a realizar por perito da CRL em colaboração com a UAJ do Conselho de Ministros.

4.3. Na área da avaliação da implementação de leis selecionadas:✓ Termos de Referência da Avaliação Preliminar da Aplicação Judicial da Lei Contra a Violência

Doméstica em Timor-Leste (Lei nº 7/2010, de 7 de julho). As auscultações realizadas sobre a lei a selecionar, desde meados de dezembro de 2015 e a mesa redonda organizada pela CRL sobre “Aspetos do Direito Penal Substantivo”, realizada a 10 de novembro de 2016, foram claramente no sentido da avaliação da execução dessa Lei, pelo que a CRL veio a concluir por realizar essa avaliação e criar as condições técnicas para esse fim.

✓ Entendimento entre a CRL e o CES, em dezembro de 2016, para a assistência técnica por esta entidade à execução desta avaliação.

13

4.4. Na área da adequação e desenvolvimento da lei penal substantiva:✓ Mesa redonda sobre “Aspetos do Direito Penal Substantivo”, realizada a 10 de novembro

de 2016.

✓ Submissão ao Governo do Relatório Especializado “A Lei Penal Substantiva em Timor-Leste: Recomendações para a sua Reforma”, de dezembro de 2016.

4.5. Na área da lei processual penal e instrução preparatória:✓ Termos de Referência da Avaliação do Processo Penal: Linhas Orientadoras.

✓ Entendimento entre a CRL e o CES, em dezembro de 2016, para a assistência técnica por esta entidade à execução desta Avaliação.

4.6. Na área de uma política de resolução de conflitos centrada na sociedade:✓ Termos de Referência para o Diagnóstico sobre o Sistema de Justiça em Timor-Leste: Sistema

Formal.

✓ Entrevistas, reuniões e outras atividades preparatórias e de execução da Fase 1 do Diagnóstico.

✓ Relatório do Trabalho de Campo de 26 de novembro a 8 de dezembro de 2016, Díli, dezembro de 2016.

✓ Termos de Referência para o Diagnóstico sobre o Sistema de Justiça em Timor-Leste: Justiça Informal.

✓ Entrevistas, reuniões e outras atividades preparatórias e de execução da Fase 1 do Diagnóstico.

✓ Memorando 1 – Roda de Avaliação da Primeira Fase de Trabalho de Campo, Díli, dezembro de 2016.

4.7. Na área da reforma do Código Civil relacionada com as iniciativas em curso:✓ Informação breve de análise comparativa (em elaboração para a reunião técnica a realizar

com o MJ, no primeiro trimestre de 2017).

14

✓ Entendimento de princípio em reunião exploratória e através de correspondência eletrónica, entre a CRL e o Van Vollenhoven Institute of Law, Governance and Development, da Universidade de Leiden, Holanda, para a elaboração de uma Nota Conceptual sobre investigação do quadro legal de terras e propriedade em Timor-Leste, em 2017.

4.8. Na área da adequação e desenvolvimento das leis comerciais:✓ Entendimento em reunião exploratória e através de correspondência eletrónica, entre

a CRL e DFAT da Austrália para a prestação de assistência técnica e financiamento de consultoria para a elaboração de um Relatório Especializado sobre o Quadro Legal da Atividade Comercial/Económica em Timor-Leste e Recomendações de Política Legislativa nesse âmbito, a executar no primeiro e segundo trimestres de 2017.

✓ Termos de Referência para a contratação de um Consultor Sénior de Política Legislativa.

4.9. Na área da formulação de uma agenda e programa de reforma legislativa e do sector da justiça:✓ Entendimento entre a CRL e o CES, em dezembro de 2016, para a assistência técnica por

esta entidade à preparação da proposta de política, agenda e programa da reforma legislativa e do sector da justiça a partir dos relatórios especializados e análises complementares.

4.10. Na área do suporte institucional e legal à continuidade da reforma legislativa e do sector da justiça:✓ Entendimento entre a CRL e o CES, em dezembro de 2016, para a assistência técnica por esta

entidade à preparação da proposta de suporte institucional e legal à continuidade da reforma legislativa e do sector da justiça, a partir da análise da experiência da CRL e comparativa de entidades similares noutros quadrantes e da previsão sobre a monitorização, observação e promoção da execução do programa de reforma legislativa e do sector da justiça proposto.

15

A Comissão prevê elaborar até ao final do 3º semestre (janeiro 2017 - junho 2017) do seu mandato os estudos e relatórios constantes no seguinte diagrama.

16

5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

ConclusõesDo exposto anteriormente é de concluir-se o seguinte: a CRL prosseguiu no essencial as atividades previstas para a reforma legislativa e do setor da justiça no período de referência deste relatório semestral (julho a dezembro de 2016).

Através dessas atividades foi possível assegurar a realização ou preparação das análises necessárias à elaboração dos relatórios especializados, na maior parte do previsto para o período em referência. Todavia, irá verificar-se uma forte concentração dos trabalhos de análise e elaboração dos relatórios no decurso dos primeiros seis meses de 2017, reservando-se a sua finalização para o mês seguinte (julho).

Essa situação do processo de preparação da reforma, em 2017, implicará um reforço da capacidade interna de pesquisa, coordenação e planificação por parte da CRL, bem como de recursos orçamentais.

Recomendações1. As recomendações do Relatório Semestral, de dezembro 2015 a junho 2016, foram no fundamental realizadas, nomeadamente:

• Têm vindo a ser dadas indicações pelo Governo de que a reforma legislativa e do setor da justiça deverá ser continuada, uma vez que a preparação em curso tem revelado a sua abrangência, transversalidade e alcance amplo, o que exige uma preparação adequada, bem como a previsão de uma política, programa e mecanismos de execução da reforma que venha a ser proposta.

• Foi também expresso pelo Governo que a CRL seria dotada do orçamento necessário à execução das suas atividades principais programadas para 2017.

• O Governo aprovou por Resolução a implementação da metodologia de análise legislativa a partir dos setores, através de pontos focais e técnicos nomeados pelos Ministros.

17

2. A Comissão deverá continuar com as atividades programadas para 2017, de que se destacam:

• A discussão pública do Relatório Especializado sobre Direito Penal Substantivo, com recolha das contribuições e revisão correpondente do Relatório.

• Diagnóstico sobre a justiça formal e a justiça informal e relatórios especializados decorrentes, prosseguindo e intensificando a colaboração entre as instituições do sector da justiça e a CRL.

• Análise do processo penal e instrução preparatória no quadro do estudo sobre a justiça formal, como parte da elaboração do relatório especializado correspondente à justiça formal.

• Análise da matéria de casamento de um modo que abranja as relações de família e tenha em consideração a efetivação do registo civil do casamento, enquanto estudos preliminares para a preparação de uma eventual revisão do Livro IV do CC e possível individualização desta parte da lei civil, para o que se recomenda uma efetiva participação das direções nacionais envolvidas do MJ em conjunto com a CRL.

• Desenvolver o estudo sobre a lei comercial – melhoria do ambiente de negócios, no que se recomenda uma estreita colaboração entre a CRL e a unidade jurídica que trata da componente jurídica do programa de reforma económica (MECAE) e empresários através da CCI-TL.

- Fim -

Consulte os anexos deste documento em

www.crl.gov.tl