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Guia de orientações básicas PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA - anvisa.gov.br · resposta ágil e resolutiva, evitando que pessoas venham a adoecer devido às irregularidades de produtos, bens e serviços

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Guia de orientações básicas

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Guia de orientações básicas

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA

RealizaçãoAgencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)Ouvidoria Assessoria de Divulgação e Comunicação Institucional (Ascom)

Diretor-PresidenteDirceu Raposo de Mello

DiretoresCláudio Maierovitch Pessanha HenriquesJosé Agenor Álvares da SilvaMaria Cecília Martins Brito

OuvidoraVera Maria Bacelar

Equipe de elaboraçãoMary Anne Fontenele MartinsMariana Drumond MarquesAna Paula Ferrari Lemos BarrosLuiz Augusto da Cruz

ApoioDepartamento de Ouvidoria-Geral do SUS

SUMÁRIO

Introdução _______________________________________________________11

Enxergando a ouvidoria ___________________________________________12

O papel atual da ouvidoria _________________________________________13

Ouvindo o Sistema Único de Saúde _________________________________13

Conhecendo o Departamento de Ouvidoria-Geral do SUS _____________14

Enxergando a vigilância sanitária ___________________________________17

A atuação da vigilância sanitária ___________________________________21

Ouvindo a vigilância sanitária ______________________________________22

Os tipos de mensagens ____________________________________________24

Atendendo denúncias e reclamações ________________________________24

Ouvindo crimes e infrações sanitárias _______________________________25

Integrando as ouvidorias __________________________________________31

Referências Bibliográficas __________________________________________33

APRESENTAÇÃO

Integração, eis uma palavra. Palavra essa que é tão importante para os dias atuais, pois vivemos uma realidade fragmentada, dividida em suas estruturas e em seus processos de trabalho. Pensando nisso, é com muito prazer que apresentamos este guia para equipes de ouvidoria e de vigilância sanitária, que compartilham o mesmo objetivo: melhorar a qualidade de vida do cida-dão. Aqui trazemos alguns conceitos e informações que podem contribuir para um trabalho de efetiva integração entre essas equipes.

A ouvidoria se constitui num espaço estratégico e legítimo de comunicação entre o cidadão e os serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde, incluin-do nele a vigilância sanitária. É fundamental que o cidadão tenha onde regis-trar sua denúncia, fazer sua reclamação ou pedir informações sobre vigilância sanitária perto de onde mora, seja no estado ou município. Espera-se que um ponto de referência para esse atendimento em sua localidade resulte numa resposta ágil e resolutiva, evitando que pessoas venham a adoecer devido às irregularidades de produtos, bens e serviços sujeitos à ação da vigilância sanitária.

A proposta é promover a integração da vigilância sanitária com as ouvidorias do SUS. Há uma necessidade de atuação conjunta entre a Ouvidoria da An-visa, a Ouvidoria do SUS e as vigilâncias estaduais e municipais, para melho-ria do canal de comunicação e definição de fluxos de encaminhamento das demandas dos cidadãos, de acordo com as atribuições e as competências de cada esfera de gestão.

Esse é o grande desafio e o convite para formarmos uma eficiente rede, de forma integrada, garantindo a efetiva participação social na construção de um SUS cada vez melhor.

Brasília, julho de 2007.

Vera Borralho BacelarOuvidora da Anvisa

INTRODUÇÃO

O Pacto de Gestão, como parte da consolidação do SUS por meio do Pacto pela Saúde (Portaria nº 399/06), dispõe no item Participação e Controle So-cial que diversas ações devem ser desenvolvidas para fortalecer o processo de participação social, como, por exemplo, apoiar a implantação e a imple-mentação de ouvidorias nos estados e municípios, com vistas ao fortaleci-mento da gestão estratégica do SUS.

Este guia representa, pois, uma ação que visa apoiar e fortalecer esse pro-cesso de pactuação entre as três esferas de governo. Foi elaborado para responder a perguntas básicas sobre a vigilância sanitária e orientar as ou-vidorias do SUS e serviços de vigilância a tratar demandas dessa área. O intuito é melhorar a qualidade e a agilidade do atendimento, encaminhando as demandas corretamente e estabelecendo uma parceria entre a vigilância sanitária e a Ouvidoria do SUS.

O presente material está dividido em quatro partes:

1) ouvidoria, com destaque para o papel e o processo de trabalho das ouvidorias do Sistema Único de Saúde e da Anvisa;

2) o tema da vigilância sanitária;

3) o acolhimento das manifestações dos cidadãos; e

4) a proposta de parceria entre ouvidorias.

O objetivo deste guia é contribuir com informações e sugestões úteis para possibilitar a efetiva integração nos estados e municípios.

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA12 PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA

ENXERGANDO A OUVIDORIA

“Nem todos que ouvem são ouvidores. O verdadeiro ouvidor ouve os que não falam.”

Humberto Jacques de Medeiros1

A função de ouvidor existe desde a Antigüidade e se fortalece no contexto político atual para transmitir a voz da sociedade para as organizações. Na sua origem, o ouvidor estava a serviço da Administração Pública para fortalecer a centralização do poder.

No século XXI, as ouvidorias ressurgem e se multiplicam no Brasil para garantir que o Estado Democrático de Direito trabalhe para promover a igualdade social, res-peitando os direitos sociais, políticos e civis. Portanto, essas estruturas nos setores público e privado devem possibilitar o controle da sociedade sobre a instituição, por meio das manifestações dos cidadãos.

No Estado, as ouvidorias públicas são apoiadas pela Ouvidoria-Geral da União (órgão ligado à Controladoria-Geral da União – CGU) para que se estabeleça o elo entre o cidadão e a Administração Pública.

1 Procurador Regional da República. Trecho do discurso proferido no seminário “Ouvidoria: instrumento para promoção da cidadania”, promovido pela Ouvidoria da Anvisa em maio de 2007.

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIAPARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA Guia de orientações básicas 13

O PAPEL ATUAL DA OUVIDORIA

Uma ouvidoria tem a responsabilidade de acolher demandas e dar respostas sobre reclamações, denúncias, sugestões, solicitações e elogios. Seu trabalho deve estar direcionado para potencializar a capacidade crítica e elevar o grau de exigência e satisfação do cidadão.

Na relação entre o Estado e a sociedade, esse serviço busca, na tensão, um ponto de equilíbrio. Age de forma imparcial, para favorecer o exercício do diálogo, e está atento para que cada vez mais pessoas possam ser inseridas no debate como ci-dadãs e não apenas como consumidoras. Nesse processo, representa uma “porta lateral”2 aberta especialmente quando a porta principal da instituição não conse-gue receber de forma adequada o cidadão.

Uma ouvidoria deve induzir mudanças e melhorias na instituição, representar o dano individual e o coletivo, emitir relatórios gerenciais para subsidiar a gestão pública, estar aberta a todos e promover a cidadania, estimulando a participação social.

OUVINDO O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

As ouvidorias do SUS são canais democráticos de comunicação responsáveis pela mediação entre o cidadão e os gestores dos serviços de saúde, nas esferas fe-deral, estadual e municipal, devendo prezar por um atendimento humanizado e acolhedor, iniciado pela escuta qualificada do cidadão, prestada por profissionais comprometidos com o respeito e a ética profissional.

A ouvidoria atua para atender a todos, sejam cidadãos, profissionais de saúde, gestores, conselhos de saúde, empresas, entre outros.

2 Expressão usada pelo Professor Frederico Lustosa da Costa, da FGV, durante o seminário Ouvidoria: instrumento para promoção da cidadania.

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA14 PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Ao receber uma manifestação, a ouvidoria procura identificar as causas, a sua procedência e os meios para solucioná-la. Age em contato direto com todas as instâncias competentes, internas ou externas à instituição. Busca a satisfação do cidadão e identifica pontos que possam viabilizar a correção de falhas, estimulan-do processos de melhoria contínua da qualidade.

Dessa forma, disponibiliza informações estratégicas para a tomada de decisão da administração, funcionando como elemento catalizador no processo de mudança e ajustes da organização. Deve ainda contribuir no aprimoramento de regulamen-tos técnicos (tendo como base a experiência adquirida no processo de mediação e atendimento às demandas), sistematizar e dinamizar os canais de comunicação e negociação entre a instituição e o cidadão, visando o desenvolvimento de uma cultura do exercício pleno da cidadania. A ouvidoria torna-se, assim, um agente de mudança social e de promoção da saúde pública e da consciência sanitária.

CONHECENDO O DEPARTAMENTO DE OUVIDORIA GERAL DO SUS

O Departamento de Ouvidoria Geral do SUS (Doges) integra a Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP) do Ministério da Saúde e foi criado em 9 de junho de 2003 pelo Decreto Presidencial nº 4.726. A este Departamento compete:

I - propor, coordenar e implementar a Política Nacional de Ouvidoria em Saú-de, no âmbito do SUS;

II - estimular e apoiar a criação de estruturas descentralizadas de ouvidoria em saúde;

III - implementar políticas de estímulo à participação de usuários e entidades da sociedade no processo de avaliação dos serviços prestados pelo SUS;

IV - promover ações para assegurar a preservação dos aspectos éticos, de pri-vacidade e confidencialidade em todas as etapas do processamento das informações decorrentes;

V - assegurar aos cidadãos o acesso às informações sobre o direito à saúde e às relativas ao exercício desse direito;

VI - acionar os órgãos competentes para a correção de problemas identifica-

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIAPARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA Guia de orientações básicas 15

dos, mediante reclamações enviadas diretamente ao Ministério da Saúde, contra atos ilegais ou indevidos e omissões, no âmbito da saúde; e

VII - viabilizar e coordenar a realização de estudos e pesquisas visando à pro-dução do conhecimento, no campo da ouvidoria em saúde, para subsidiar a formulação de políticas de gestão do SUS.”

Para viabilizar as competências acima, suas atividades desdobram-se em:

• acolhimento das manifestações dos usuários do SUS;

• disseminação de informações em saúde;

• análise e tratamento das demandas;

• análise e gerenciamento de dados e conteúdos.

O Doges acolhe as manifestações dos cidadãos de diversas formas: por meio de atendimento presencial, de cartas, de e-mails e do Disque Saúde – atendimento telefônico gratuito (0800 611997).

O Disque Saúde, principal meio de acolhimento das manifestações que chegam ao Doges, tem também como objetivos disseminar informações gerais sobre os assuntos mais procurados no serviço, como doenças e orientações de saúde; ações e políticas de saúde; preço máximo de medicamentos ao consumidor; orientações sobre como parar de fumar e outros temas ligados à saúde e sobre o exercício desse direito.

A atividade de análise e tratamento das demandas compreende o encaminha-mento, acompanhamento e resposta às manifestações dos cidadãos. Esse pro-cesso consiste em categorizar as manifestações recebidas e estabelecer fluxos e rotinas, conforme as etapas a seguir: registro, classificação (denúncias, reclama-ção, solicitação, informação, elogio e sugestão), tipificação, encaminhamento e acompanhamento.

No tratamento das demandas, é resguardado o sigilo dos dados pessoais quando solicitado pelo cidadão ou considerado necessário pelo Doges. As demandas anô-nimas também são tratadas.

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA16 PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Para análise e gerenciamento de dados e conteúdos, uma das ferramentas utiliza-das é o sistema informatizado OuvidorSUS, regulamentado pela Portaria SGEP/MS n° 08, de 28 de maio de 2007.

O OuvidorSUS foi desenvolvido em parceria com o Departamento de Informática do SUS (DATASUS). É fruto das experiências acumuladas pelo Doges e da necessi-dade de criação de uma ferramenta eficaz, ágil e desburocratizada que facilitasse e otimizasse o processo de descentralização das ouvidorias do SUS.

A utilização efetiva, estruturada e integrada do OuvidorSUS possibilita, além de uma melhoria substancial na democratização de informações em saúde, maior agilidade no processo de acolhimento, encaminhamento, acompanhamento e resposta das manifestações recebidas e a geração de relatórios gerenciais, com indicadores padronizados nas três esferas de governo, que possam subsidiar ações para a melhoria contínua do Sistema Único de Saúde.

Em atenção às diversas concepções, realidades e estruturas consolidadas, o Do-ges pretende a integração do OuvidorSUS com os demais sistemas informatizados existentes.

Você sabia que existe um Fórum Nacional de Ouvidorias?

Trata-se de um espaço criado pela Ouvidoria do SUS para promover dis-cussões sobre a implantação e o desenvolvimento de ouvidorias em saú-de. No fórum, é possível trocar idéias, informações e materiais sobre o funcionamento das ouvidorias.

Acesse o link do fórum na página da Ouvidoria do SUS, no sítio do Mi-nistério da Saúde, e contribua com suas opiniões para melhorar cada vez mais esse importante instrumento de gestão participativa. Endereço: http://dtr2004.saude.gov.br/ouvforum/

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIAPARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA Guia de orientações básicas 17

ENXERGANDO A VIGILÂNCIA SANITÁRIA

A vigilância sanitária é a forma mais antiga e complexa de saúde pública e abrange um amplo campo de atuação. Nos dias de hoje, sua importância cresce por causa da enorme circulação de pessoas e de mercadorias, do aumento da produção in-dustrial e do consumo no mundo. Esse movimento intenso favorece a ocorrência de doenças, contaminações e outros problemas.

A vigilância sanitária, a partir da Constituição Federal de 1988 e da Lei Orgânica da Saúde (8.080/90), passou a ser definida como:

1) um direito fundamental do cidadão;

2) um conjunto de ações para controlar riscos;

3) o estabelecimento de normas para proteção da saúde;

4) a busca por disponibilidade, segurança e qualidade de produtos e serviços; e

5) a preocupação com o meio ambiente.

Essa legislação reflete o reconhecimento da sociedade brasileira, que vivenciou tragédias sociais nas últimas décadas do séc XX e reivindicou uma posição de destaque para a vigilância sanitária dentro do Estado. A vigilância sanitária tem, portanto, um papel estratégico para a sobrevivência e a qualidade de vida da po-pulação.

O funcionamento desse serviço público se dá por meio do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), que faz parte do Sistema Único de Saúde (SUS). O SNVS funciona de forma descentralizada em todo território nacional. É coorde-nado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), criada pela Lei n˚ 9.782/99. Como uma autarquia especial, a Anvisa tem independência financeira e autonomia, estando ligada ao Ministério da Saúde por um contrato de gestão.

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA18 PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Para que o SNVS seja eficiente, é importante a participação e a atuação do cida-dão em parceria com os órgãos do Estado. O cidadão tem o direito de denunciar irregularidades e crimes, e contribuir para que a vigilância sanitária funcione de forma democrática, atuando em conselhos de saúde, audiências e consultas públicas, ouvidorias e outros espaços. Entidades da sociedade civil e órgãos de defesa do consumidor, conselhos profissionais e empresas devem exercer e zelar por esse serviço.

Em contrapartida, o Estado, em suas três esferas (federal, por meio da Anvisa; estadual e municipal com órgãos de vigilância sanitária ligados às secretarias de saúde ou como agências regionais), deve informar a sociedade sobre os riscos à

A população, como ente mais interessado nas ações de vigilância sanitá-ria, deve ter o seu espaço para participação, de acordo com as diretrizes da Lei 8.078/90, o Código de Defesa do Consumidor, o qual dispõe, em seu art.4º, que:

Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objeti-vo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses eco-nômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transpa-rência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios:

I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;

II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o con-sumidor:

a) por iniciativa direta;

Assim, a manutenção de canais como ouvidorias, fale conosco, atendi-mentos via 0800 e e-mails, criados de forma organizada, são de funda-mental importância para a participação do cidadão, que, na exposição de seus interesses, muito tem a contribuir para o desenvolvimento das ações de vigilância sanitária.

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIAPARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA Guia de orientações básicas 19

saúde e como evitá-los, tomando as providências para combatê-los e preveni-los. Possui poder de polícia, tanto para estabelecer normas, quanto para garantir o cumprimento dessas. Assim, todos têm a responsabilidade de favorecer uma vida saudável e segura.

A Anvisa, por sua vez, na defesa da saúde da população, tem a função de:

1) autorizar ou proibir a produção, circulação e comercialização de produtos por meio de inspeções, registros e notificações;

2) conceder ou cancelar autorizações de funcionamento para estabelecimen-tos de interesse à saúde;

3) estabelecer normas e padrões que devem ser adotados em todo país;4) fiscalizar quando o risco à saúde pode afetar o país ou complementar a

ação dos estados e municípios;5) monitorar a propaganda, verificando a qualidade das mensagens publici-

tárias para evitar que o consumo indiscriminado coloque em risco a saúde do cidadão; e

6) verificar o risco sanitário de embarcações, aeronaves e veículos, produtos e matérias-primas de saúde que entram no país pelos portos, aeroportos e fronteiras.

As vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, por estarem mais próximas do ci-dadão, devem estabelecer normas sanitárias locais, de forma a adequar regras nacionais a sua realidade, e são responsáveis pela fiscalização de estabelecimentos como fábricas, clínicas, farmácias, hospitais, creches, salões de beleza, supermer-cados e outros que interessem à saúde. Ainda, auxiliam a Anvisa na concessão de autorizações, fazendo inspeções, e também nas ações repressivas, por meio de apreensões, suspensões e interdições.

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA20 PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Lei 8.080/90

Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):

I - a execução de ações:a) de vigilância sanitária;[...]

§ 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:

I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e proces-sos, da produção ao consumo; e

II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIAPARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA Guia de orientações básicas 21

A ATUAÇÃO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA

A definição atual da vigilância sanitária torna sua abrangência vasta e ilimitada. Ela deve intervir em todos os aspectos, da produção ao uso de produtos e serviços, e conseqüências para o meio ambiente que possam afetar a saúde dos cidadãos. Assim, atua em:

1) produtos e serviços de saúde

a) alimentos – a forma como são manipulados, ou industrializados, arma-zenados, transportados e oferecidos ao consumidor. Por exemplo, as re-feições e as bebidas oferecidas pelos restaurantes e os alimentos vendidos nos mercados;

b) beleza, limpeza e higiene – a forma de produção, armazenamento, transporte e uso pelo consumidor de cosméticos, perfumes, produtos de higiene pessoal e limpeza da casa (saneantes domissanitários);

c) produtos para saúde – como: medicamentos, soros, vacinas, equipa-mentos médico-hospitalares, cuidados médicos e cirúrgicos e os objetos envolvidos na atenção à saúde como um todo; são considerados produtos para saúde os destinados ao paciente, ao diagnóstico, ao uso terapêutico e na prevenção ou apoio educacional;

d) produção industrial e agrícola – envolve produtos agrícolas, como agrotóxicos; químicos, como cloro, inseticidas e raticidas; drogas veteriná-rias e outros usados pelo ser humano, além dos processos de produção;

e) lazer – entendido como processos e espaços em que se exercem ativida-des que interferem na saúde das pessoas, como centros esportivos, insti-tutos de beleza, espaços culturais, clubes, hotéis;

f) educação e convivência – processos e espaços de escolas, creches, asilos, orfanatos, presídios; locais em que as condições das aglomerações humanas interferem na saúde.

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA22 PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA

2) no meio ambiente

a) natural – interessa ao controle sanitário as tecnologias utilizadas na construção de sistemas de abastecimento de água potável para o consu-mo humano, na proteção de mananciais, no controle da poluição do ar, na proteção do solo, no controle dos sistemas de esgoto sanitário e dos resíduos sólidos, entre outros. A vigilância sanitária age, neste caso, para proteger os recursos naturais e garantir o equilíbrio ecológico e a saúde humana;

b) não natural – para prevenir acidentes, danos individuais e coletivos e proteger o meio ambiente, o controle sanitário atua sobre as edificações (casas, edifícios, indústrias, estabelecimentos comerciais), as formas do uso e parcelamento do solo no campo ou na cidade, os meios de loco-moção, a infra-estrutura urbana e de serviços; os ruídos urbanos e outros fatores; e

c) do trabalho – verificando as condições dos locais de trabalho quanto ao risco à saúde física e psicológica e a vida do cidadão e da comunidade.

OUVINDO A VIGILÂNCIA SANITÁRIA

A Ouvidoria da Anvisa existe desde 1999, sem vinculação hierárquica com a Agên-cia, e funciona de forma independente. O ouvidor é indicado pelo Ministro da Saúde e nomeado pelo Presidente da República, com mandato de 2 anos, sendo possível uma recondução.

Em busca de melhorar o atendimento, a ouvidoria implantou um sistema eletrôni-co para registrar as mensagens recebidas. Denominado Anvis@tende, o sistema permite que haja um prazo de atendimento e uma resposta para todas as men-sagens enviadas, as quais recebem um número de registro e são acompanhadas pela equipe da ouvidoria e pelo próprio remetente da mensagem. Esse registro informatizado de dados entrou em operação em 2002. Antes do sistema, o aten-dimento era registrado manualmente. De 2002 a 2006, o número de mensagens recebidas por ano aumentou de 4.000 para cerca de 13.000.

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIAPARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA Guia de orientações básicas 23

A Ouvidoria da Anvisa é procurada por um público variado: cidadãos, empresas, organizações civis e empresariais, poderes e órgãos públicos das três esferas. A ouvidoria identifica a demanda (qualifica de acordo com tipo, prioridade, compe-tência e outras categorias), encaminha-a para a área competente e acompanha-a até a resposta final.

Assim, nesse processo, a ouvidoria:

1) verifica a estrutura e organiza o processo de atendimento interno às de-mandas;

2) promove a discussão de processos de trabalho relacionados ao atendi-mento das demandas;

3) recebe, qualifica e encaminha a demanda para a área competente;

4) recebe a resposta;

5) avalia a qualidade de seu conteúdo em relação à demanda; e

6) retorna ao demandante.

Quando houver atrasos ou se a resposta apresentar problemas quanto à qualida-de, a ouvidoria:

1) solicita a resposta adequada;

2) identifica as áreas críticas; e

3) promove ações para solucionar os problemas.

A ouvidoria publica relatórios mensais, trimestrais, semestrais e anuais, divulgando as estatísticas de atendimento, os dados sobre o cumprimento ou descumprimen-to do prazo de resposta e outras informações necessárias para produzir mudanças na gestão da instituição e promover a transparência para os cidadãos.

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA24 PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA

OS TIPOS DE MENSAGENS

O tipo ou natureza das mensagens identifica a demanda em seis categorias:

1) elogio – demonstração de apreço, reconhecimento ou satisfação para com o serviço recebido e/ou prestado;

2) sugestão – manifestação que apresenta uma idéia ou proposta para o aprimoramento dos processos de trabalho, das unidades administrativas e/ou dos serviços;

3) solicitação – requerimento de natureza administrativa ou assistencial;

4) reclamação – manifestação que relate insatisfação, desagrado ou pro-testo sobre um ato ou serviço;

5) denúncia – manifestação que indique irregularidade ou indício de irre-gularidade contra a prática de ato que descumpre ou não observa o que prevê a lei ou normas; e

6) informação – questionamento, comunicação ou pedido de instrução.

ATENDENDO DENÚNCIAS E RECLAMAÇÕES

Nas denúncias e nas reclamações, a Ouvidoria da Anvisa mantém em sigilo os da-dos do remetente para protegê-lo, quando for o caso (Decreto n˚ 3.029, art. 27). Esses dois tipos de mensagem também podem contar com um prazo especial de resposta, dependendo da complexidade.

Nesses casos, a Ouvidoria pode dar uma resposta parcial dentro do prazo estipu-lado, indicando a providência adotada, como a abertura de uma investigação. No final do processo, outra resposta conclusiva deve ser enviada ao remetente.

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIAPARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA Guia de orientações básicas 25

Além disso, deve-se procurar desenvolver parcerias para ter sucesso na execução de suas ações. O Ministério Público, os órgãos de controle social do SUS, como o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS), os órgãos de defesa do consumi-dor, entre outros podem ser grandes parceiros para a solução de problemas.

OUVINDO CRIMES E INFRAÇÕES SANITÁRIAS

O tema das denúncias pode ser infração sanitária, crime contra a saúde pública ou envolver ambos. As infrações sanitárias estão previstas na Lei n˚ 6.437/77 e devem ser investigadas pelos órgãos de vigilância sanitária.

Já os crimes contra a saúde estão previstos no Código Penal Brasileiro, em seu Capí-tulo III, artigos 267 a 285. Como são infrações penais, as denúncias desses crimes devem ser encaminhadas para:

1) o Ministério Público, que poderá denunciar o caso para a justiça levando o denunciado a responder penalmente, ou seja, ser condenado a cumprir as penas correspondentes à infração criminal cometida; e

2) para as polícias civil e federal, com o objetivo de garantir segurança aos fiscais sanitários e de investigar, prender e apreender, se necessário.

O caput do artigo 2° da Lei 6.437/77 diz que:

Art. 2º - Sem prejuízo das sanções de natureza civil ou penal ca-bíveis, as infrações sanitárias serão punidas, alternativa ou cumu-lativamente [...]

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA26 PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA

São crimes contra a saúde pública:

• causar epidemia;

• infringir medida sanitária preventiva;

• omitir notificação de doença;

• envenenar água potável ou de substância alimentícia ou medicinal;

• corromper ou poluir água potável;

• empregar processo proibido ou substância não permitida na fabricação de produto destinado a consumo;

• indicar em invólucro ou recipiente “existência de substância que não se en-contra em seu conteúdo ou que nele existe em quantidade menor que a mencionada”;

• vender produto com indicação falsa;

• comercializar substâncias nocivas à saúde;

• fornecer medicamento em desacordo com receita médica; e

• falsificar, corromper, adulterar ou alterar substâncias ou produtos alimentícios e produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais.

A Lei n˚ 9.677/98 classificou como crimes hediondos a falsificação e a alteração de produtos como medicamentos, matérias-primas e insumos farmacêuticos, cosmé-ticos, saneantes e alimentos

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIAPARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA Guia de orientações básicas 27

Além disso, a Lei 6.437/77 prevê 31 tipos de infrações sanitárias, que podem ser classificadas em leves, graves e gravíssimas. As denúncias mais comuns que che-gam à ouvidoria são relativas a:

1) estabelecimentos como farmácias e laboratórios que funcionam sem licen-ça e autorizações do órgão sanitário competente e oferecem ao consumo produtos sem registro, contrariando as normas;

2) prestação de serviços de promoção, proteção e de recuperação da saúde que não respeitam condições de limpeza e outras previstas em lei;

3) propagandas de produtos sob vigilância sanitária, alimentos e outros con-trariando a legislação sanitária;

4) retirada ou aplicação de sangue, proceder ou outras atividades hemoterá-picas contrariando normas legais e regulamentares;

5) rotulagem de alimentos, medicamentos, produtos dietéticos, de higiene, cosméticos, saneantes e quaisquer outros contrariando as normas; e

6) exposição para venda ou entrega ao consumo de produtos de interesse à saúde com prazo de validade vencido ou com nova data, mesmo após expirado o prazo.

Algumas infrações sanitárias podem ser também infrações criminais e outras são apenas infrações sanitárias. Um exemplo desse segundo caso: um farmacêutico impede a fiscalização da vigilância sanitária numa pri-meira visita e causa dificuldades, sempre impondo empecilhos à atuação dos fiscais.

A Lei 6.437/77 (art. 10, inciso X) determina que “obstar ou dificultar a ação fiscalizadora das autoridades sanitárias competentes no exercício de suas funções” deve ter como pena: advertência, intervenção, interdi-ção, cancelamento de licença e/ou multa.

Já um médico que deixar de notificar aos órgãos públicos o aparecimen-to de uma epidemia nociva ao homem comete um crime e uma infração sanitária.

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA28 PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Lei 6.437/77

Art. 10 - São infrações sanitárias:

[...]

VI - deixar, aquele que tiver o dever legal de fazê-lo, de notificar doença ou zoonose transmissível ao homem, de acordo com o que disponham as normas legais ou regulamentares vigentes:

pena - advertência, e/ou multa.

Código Penal

Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade pública do-ença cuja notificação é compulsória:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Se o médico for um servidor público, ainda terá que responder por um ilícito civil por ter contrariado a Lei 8.112/90:

Art. 116. São deveres do servidor:

I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

[...]

Art. 117. Ao servidor é proibido:

[...]

XV - proceder de forma desidiosa;

Por outro lado, se um empresário suborna um coordenador de vigilância sanitária para que sua empresa não seja fiscalizada e o coordenador, por sua vez, aceita o suborno, este último infringiu:

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIAPARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA Guia de orientações básicas 29

Código Penal

Corrupção passiva

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

Lei 8.112/90

Art. 117. Ao servidor é proibido:

IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

[...]

XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qual-quer espécie, em razão de suas atribuições;

Já o empresário cometeu um crime e uma infração sanitária:

Código Penal

Corrupção ativa

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA30 PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.

Lei 6.437/77

Art. 10 - São infrações sanitárias:

[...]

X - obstar ou dificultar a ação fiscalizadora das autoridades sanitá-rias competentes no exercício de suas funções:

pena - advertência, intervenção, interdição, cancelamento de li-cença e/ou multa.

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIAPARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA Guia de orientações básicas 31

INTEGRANDO AS OUVIDORIAS

A integração das ouvidorias envolve algo mais do que apenas trocar informações a respeito das diversas demandas dos cidadãos. Estar integrado significa realizar conjuntamente ações concretas que modifiquem o processo de trabalho das diver-sas equipes técnicas, ajudando-as a chegar mais rapidamente a seus objetivos.

A articulação pode ser expressa como um conjunto de valores compartilhados pe-las equipes, de forma integrada, democrática e participativa. Fazer parte desse pro-cesso não significa deixar de lado sua independência. Ao contrário, requer exercitar o respeito às diferenças, complementar ações, conteúdos, conhecimentos e pro-mover uma integração das equipes, para o fortalecimento das lutas cotidianas.

Assim, a integração e a descentralização das ouvidorias do SUS e da vigilância sani-tária são traduzidas num trabalho que será construído e desenvolvido respeitando as experiências existentes.

Cada esfera de governo pode se organizar de forma diferenciada para atender às demandas dos cidadãos. A proposta é que se planeje e pactue um fluxo adequado a cada realidade das equipes de ouvidorias e de vigilância sanitária. Além disso, sugere-se a utilização do OuvidorSUS como ferramenta principal ou como possibi-lidade de integração com outros sistemas.

Um dos principais objetivos deste guia é permitir um diálogo de modo legal e ar-ticulado. Nesse contexto, destina-se a fomentar a discussão entre os interessados no processo de integração das ouvidorias, no intuito de melhorar o atendimento ao cidadão e fortalecer a cidadania e o controle social.

Com essas informações básicas, espera-se que o atendimento de questões de vigi-lância sanitária tenha êxito. Mãos à obra, enxergando, ouvindo e, enfim, transmi-tindo a voz da sociedade na saúde!

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA32 PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA

PARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIAPARA OUVIR A VIGILÂNCIA SANITÁRIA Guia de orientações básicas 33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANVISA; IDEC. Vigilância Sanitária – Guia Didático. 2007. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/institucional/ouvidoria/material_divulga.htm>. Acesso em: 24 de mai. 2006.

BARROS, A. Saúde, Sociedade e Imprensa – A visibilidade do cidadão na cobertura da Vigilância Sanitária. (Dissertação de Mestrado em Comunicação) - Universidade de Brasília; 2007.

FLEM, Fundação Luís Eduardo Magalhães. Ouvidoria: um modelo para o Estado da Bahia. Salvador, 2004.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretrizes operacionais dos Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão. Brasília: 2006. Disponível em: <http://www.saude.gov.br/edi-tora>. Acesso em: 24 de mai. 2006.

OUVIDORIA-GERAL DA UNIÃO. Orientações para implantação de unidade de ou-vidoria. Brasília: 2004.

Outras fontes de consulta:

http://dtr2004.saude.gov.br/dab/saude_cidadania/ed_08/index.html

http://www.anvisa.gov.br/institucional/ouvidoria/index.htm

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)SEPN 515 - Bloco B - Ed. ÔmegaCEP 70770-502 - Brasília -DFTelefone: (61) 3448 1000www.anvisa.gov.br