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Parasitologia - Parasitologia - MaláriaMalária
Professor MSc. Eduardo Arruda
Escola Superior da Amazônia – ESAMAZCurso Superior de Farmácia
Introdução Hipócrates 400 – 370 aC; Tão antiga quanto o homem; Formas descritas a muitos anos; Malária: Termo Italiano; “Ar pestilento dos pântanos”; Mal ária ou mal ar.
Introdução Paludismo, febre palustre e
tremedeira; Filo: Apicomplexa; Família: Plasmodiidae; 150 espécies;
Introdução 4 espécies parasitam o homem:
Plasmodium vivax (1890): Terçã benigna;
P.falciparum (1897): Terçã maligna; P.malarie (1881): Quartã benigna; P.ovale (1922): T.benigna (não ocorre
no Brasil).
Introdução Plamodium: “Forma oriunda da
fusão com outras células”; Mais grave parasitose humana;
Introdução Século XIX a Inglaterra, França,
Alemanha e Itália dominavam diversas regiões na África, Ásia e Américas;
Médicos não conheciam a doença; Diversos soldados foram
contaminados; Médicos tropicalistas.
Morfologia Esporozoítos:
Forma infectante (inoculado no humano); Presente nas glândulas salivares do
mosquito; Aspecto alongado; 11 m C / 1 m L; Núcleo central e extremidades afiladas; Apresenta um aparelho de penetração.
Morfologia Esquizonte pré- eritrocítico:
Forma presente nos hepatócitos após a reprodução assexuada (esquizogonia tissular);
30 - 70 m D; Possui mais de 10.000 merozoítos.
Morfologia Trofozoíto jovem:
Forma presente nas hemácias; Aspecto de anel; Aro é formado pelo citoplasma e o
núcleo do parasito (cromatina).
Morfologia Trofozoíto maduro ou amebóide:
Forma presente em hemácias; Citoplasma irregular e vacuolizado; O núcleo ainda está indivisível.
Morfologia Esquizonte:
Forma presente em hemácias; Citoplasma irregular e vacuolizado; O núcleo já apresenta- se dividido em
alguns fragmentos.
Morfologia Merozoíto:
Forma ovalada (fig. em), com núcleo e pequena porção de citoplasma;
Formados nos hepatócitos ou nas hemácia;
Penetram em outras hemácias.
Morfologia Rosácea ou merócito:
Forma presente em hemácias; Cada fragmento do núcleo,
acompanhado de pequena porção do citoplasma, formando tantos merozoítos quantas forem as divisões nucleares;
O conjunto chama- se Rosácea ou Merócito.
Morfologia Macrogametócito:
Célula sexuada feminina; Forma presente em hemácias; Arredondada ou alongada.
Macrogametócitode P. vivax
Macrogametócitode P. falciparum
Morfologia Microgametócito:
Célula sexuada masculina; Forma presente em hemácias; Arredondada ou alongada.
Microgametócitos de P. vivax e de P. falciparum
Morfologia Ovo ou zigoto:
Forma esférica; Presente no estomago do mosquito; Formado pela fecundação do
macrogameta pelo microgameta.
Morfologia Oocineto:
Forma alongada, móvel; Presente no estomago do mosquito.
Morfologia Oocisto:
Ovo ou zigoto encontrado na parede do estomago do mosquito;
É esférico.
A. Estômago de um anofelino com oocistos. B. Oocistos de P. falciparum com 4 dias de idade.
Ciclo Biológico Fase pré- eritrocítica:
Ocorre nos hepatócitos, antes de se desenvolver nos eritrócitos;
Também chamada de fase tissular.
Fase eritrocítica: Ocorre nos eritrócitos (hemácias).
Ciclo Biológico Reprodução Assexuada:
Também chamada de esquizogonia; Ocorre divisão do núcleo e do citoplasma do
parasito, produzindo merozoítos.
Reprodução Sexuada: Também chamada de esporogonia; Ocorre no mosquito com fecundação (micro
+ macrogametas), produzindo esporozoítos.
Ciclo Biológico Heteroxeno; Sexuado no mosquito; Assexuado no humano.
Ciclo Biológico Paciente acaba de se infectar > fêmea de
Anopheles > hematofagia > esporozoítos > desaparecem do sangue após 30 – 60 min. > hepatócitos > início do ciclo pré- eritrocítico > esporozoítos > trofozoítos pré- eritrocíticos > esquizontes com milhares de merozoítos > Esse ciclo demora 1 semana no P.falciparum / P.vivax e 2 semanas no P.malariae.
Ciclo Biológico Alguns esporozoítos permanecem
6 meses no hepatócito, onde então terminam o ciclo;
Responsável pela “recaída tardia” da doença.
Ciclo Biológico Merozoítos rompe o hepatócito>
circulação > fagocitado ou penetra nas hemácias > início do ciclo eritrocítico > merozoíto > trofozoíto jovem > trofozoíto maduro > esquizonte > merócito ou rosácea (cheio de merozoítos) > rompimento da hemácia > libera os merozoítos > penetram em outras hemácias.
Ciclo Biológico O ciclo eritrocítico ocorre em intervalos
regulares: 48h na terçã benigna; 36 – 48h na terçã maligna; 72h na quartã benigna;
Alguns merozoítos penetram em hemácias jovens e transformam- se em gametócitos (ciclo sexuado no mosquito).
Ciclo Biológico Durante a hematofagia, a fêmea
ingere todas as formas presentes no sangue;
Apenas os gametócitos sobrevivem;
Ciclo Sexuado.
Ciclo Biológico Gametócitos > estomago do inseto >
sai da hemácia > Macrogametas / Microgametas > ovo ou zigoto > migra para a parede Oocineto (ovo móvel) > forma um cisto Oocisto > ocorre a esporogonia (reprodução) > forma milhares de esporozoítos > Oocisto rompe> esporozoítos migram para as glândulas salivares do inseto.
Transmissão Picada do mosquito fêmea do gênero
Anopheles; No Brasil:
A.darlingi; A.aquasalis; A.cruzi; A.bellator.
Congênita, transfusão sangüínea etc.
A.aquasalis
A.darlingi
Patogenia Período de incubação:
Plasmodium vivax : 10 – 15 dias; P.falciparum : 07 – 10 dias; P.malarie : 30 dias;
Doença sistêmica: um ou vários órgãos atingidos;
Benigna até fatal; Cepa e genética do parasito e
imunologia do hospedeiro;
Patogenia Forma fatal ocorre em jovens e
adultos de áreas não endêmicas; Patogenia: Anemia e resposta
imunológica; Esquizogonia: destruição de
hemácias e liberação do pigmento malárico chamado hemozoína (produto da digestão da hemoglobina);
Patogenia A hemozoína é escura e aparece
depositada no baço, fígado, cérebro, medula óssea etc.;
Outro pigmento é a hemossiderina (produzido pelos macrófagos e resultante da degradação da hemoglobina liberada na ruptura das hemácias);
É amarelo- escuro sendo visto nos macrófagos e hepatócitos;
Patogenia Sintomas: Febre, anemia e acesso
malárico; Febre:
Causada pelos pigmentos maláricos e liberação de pirogênios pelos macrófagos.
Patogenia Anemia:
Destruição das hemácias durante a esquizogonia;
Destruição das hemácias parasitadas (SI);
Hemólise de hemácias normais por autoanticorpos, com afinidade tanto pelo parasito como para a hemácia;
Disfunção da medula óssea pela ação das citosinas.
Patogenia Os portadores do P.falciparum
apresentam anemia mais precoce e intensa;
Acesso malárico: desequilíbrio bioquímico no momento da esquizogonia; Elevação do K, queda do Na, alterações
nas taxas de clorestos e hipoglicemia (perigo em grávidas).
Patogenia Calafrio / Calor / Suor; Calafrio:
Sensação de forte frio; Temperatura em elevação; 20 – 60 minutos; Fraqueza.
Patogenia Calor:
Sensação de calor; Dor de cabeça; 02 – 03 horas.
Suor: Sudorese intensa; Sensação de alívio.
Patogenia Repetição do ciclo:
Plasmodium vivax : 48 horas; P.falciparum : 36 – 48 horas; P.malarie : 72 horas;
Reinfecção: altera.
Patogenia Fase aguda dura cerca de 1 mês; Fase crônica: parasitemia reduzida
com acessos esporádicos, podendo durar 3 anos;
Pode ocorre: Recrudescência: sintomas retornam
após 1 ou 2 meses (reativação do ciclo);
Recaída: sintomas retornam após vários meses ou anos.
Patogenia Complicações da malária:
Malária cerebral: 2% de pacientes (P.falciparum) não imunes, evolui para coma;
Anemia grave; Insuficiência renal; Edema pulmonar agudo; Hemoglubinúria (Hiper hemoglobinemia).
Diagnóstico Clínico:
Sintomas + região endêmica; Inicia- se a terapêutica.
Diagnóstico Parasitológico:
Hemoscopia; Colher o sangue logo após o acesso
malárico; Utilizar uma lanceta, para coleta no
dedo anular; Esfregaço delgado e Gota espessa; Giemsa;
Diagnóstico + = 1 / 100 campos; ++ = 2 – 20 / 100
campos; +++ = 1 – 10 / 1 campo; ++++ = > 10 / 1 campo.
Diagnóstico Imunológico:
Pesquisa de antígenos (proteína II);
Utilizado em bancos de sangue;
Custo ainda elevado.
Epidemiologia África Central e Ásia existe a
possibilidade de macacos albergarem Plasmodium humanos e vice- versa (zoonose);
Nas Américas, a malária não é considerada uma zoonose;
Gametóforo (parasito) x Mosquito x Homem.
Epidemiologia Relatório da OMS (2008):
África: 212 milhões; Sudeste Asiático: 21 milhões; Pacífico Ocidental: 2,2 milhões; Américas: 2,7 milhões; Total: 247 milhões de pessoas.
Epidemiologia Relatório da OMS (2008):
881.000 mortes; 91% das mortes na África; Pobreza, subdesenvolvimento,
baixíssimo nível de organização social, de serviços sanitários e de saúde pública.
Epidemiologia Amazônia: 99,5% dos casos no
Brasil; Populações dispersas; Migrações; Moradia inadequada; Locais com P.falciparum resistentes a
Cloroquina e Anófeles DDT- resistentes;
Profilaxia Profilaxia individual:
Repelentes, telas, mosquiteiros etc.; Profilaxia coletiva:
Combate ao anófeles adultos: inseticidas;
Combate as larvas: inseticidas; Tratamento do doente: esgota a fonte
de infecção.
Tratamento Cloroquina:
Eficaz contra as forma assexuadas; Efeito esquizonticida sangüíneo; Pouco ativo contra P.falciparum e
contra os esquizontes hepáticos.
Cloroquina
Tratamento Primaquina:
Eficaz contra os esquizontes hepáticos;
Primaquina
Tratamento Quinina:
É um alcalóide encontrado na casca da Quina;
Foi o primeiro antimalárico utilizado e o único disponível durante anos;
Atualmente é usado somente nos casos de resistência à Cloroquina e nas infecções graves por P.falciparum.
Quinina
Tratamento Mefloquina:
Atualmente é usado somente nos casos de resistência à Cloroquina;
Deve ser reservado para casos de poli-fármacos resistentes.
Mefloquina
Vacina Estudos iniciaram em 1970; Ainda não foi possível alcançar
uma imunização eficiente e duradora.