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Embora as leituras de hoje nos projectem em sentidos diversos, domina a temática do “envio”: na figura dos 72 discípulos do Evangelho, na figura do profeta anónimo que fala aos habitantes de Jerusalém do Deus que os ama, ou na figura do apóstolo Paulo que anuncia a glória da cruz, somos convidados a tomar consciência de que Deus nos envia a testemunhar o seu Reino. É, sobretudo, no Evangelho (Lc 10,1-12.17-20) que a temática do “envio” aparece mais desenvolvi- da. Os discípulos de Jesus são enviados ao mundo para continuar a obra libertadora que Jesus começou e para propor a Boa Nova do Reino aos homens de toda a terra, sem excepção; devem fazê-lo com urgência, com simplicidade e com amor. Na acção dos discípulos, torna-se realidade a vitória do Reino sobre tudo o que oprime e escraviza o homem. Na primeira leitura (Is 66,10-14c), apresenta-se a palavra de um profeta anónimo, enviado a pro- clamar o amor de pai e de mãe que Deus tem pelo seu Povo. O profeta é sempre um enviado que, em nome de Deus, consola os homens, liberta-os do medo e acena-lhes com a esperança do mundo novo que está para chegar. Na segunda leitura (Gal 6,14-18), o apóstolo Paulo deixa claro qual o caminho que o apóstolo deve percorrer: não o podem mover interesses de orgulho e de glória, mas apenas o testemunho da cruz isto é, o testemunho desse Jesus, que amou radicalmente e fez da sua vida um dom a todos. Mesmo no sofrimento, o apóstolo tem de testemunhar, com a própria vida, o amor radical; é daí que nasce a vida nova do Homem Novo. In “Dehonianos” E E COS COS DA DA M M ATRIZ ATRIZ Boletim Paroquial Paróquias de Caminha e Vilarelho Ano LIII - Nº 1057 - de 03 a 09 de Julho de 2016 XIV DOMINGO DO TEMPO COMUM

Paróquias de Caminha e Vilarelho - paroquiadecaminha.com · Na segunda leitura (Gal 6,14-18), o apóstolo Paulo deixa claro qual o caminho que o apóstolo deve ... deira que nos

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Embora as leituras de hoje nos projectem em sentidos diversos, domina a temática do “envio”: na figura dos 72 discípulos do Evangelho, na figura do profeta anónimo que fala aos habitantes de Jerusalém do Deus que os ama, ou na figura do apóstolo Paulo que anuncia a glória da cruz, somos convidados a tomar consciência de que Deus nos envia a testemunhar o seu Reino. É, sobretudo, no Evangelho (Lc 10,1-12.17-20) que a temática do “envio” aparece mais desenvolvi-da. Os discípulos de Jesus são enviados ao mundo para continuar a obra libertadora que Jesus começou e para propor a Boa Nova do Reino aos homens de toda a terra, sem excepção; devem fazê-lo com urgência, com simplicidade e com amor. Na acção dos discípulos, torna-se realidade a vitória do Reino sobre tudo o que oprime e escraviza o homem. Na primeira leitura (Is 66,10-14c), apresenta-se a palavra de um profeta anónimo, enviado a pro-clamar o amor de pai e de mãe que Deus tem pelo seu Povo. O profeta é sempre um enviado que, em nome de Deus, consola os homens, liberta-os do medo e acena-lhes com a esperança do mundo novo que está para chegar. Na segunda leitura (Gal 6,14-18), o apóstolo Paulo deixa claro qual o caminho que o apóstolo deve percorrer: não o podem mover interesses de orgulho e de glória, mas apenas o testemunho da cruz – isto é, o testemunho desse Jesus, que amou radicalmente e fez da sua vida um dom a todos. Mesmo no sofrimento, o apóstolo tem de testemunhar, com a própria vida, o amor radical; é daí que nasce a vida nova do Homem Novo.

In “Dehonianos”

EECOSCOS DADA MMATRIZATRIZ Boletim Paroquial

Paróquias de Caminha e Vilarelho

Ano LIII - Nº 1057 - de 03 a 09 de Julho de 2016

XIV DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ressentimento e perdão no

hino da caridade...

Diz-nos S. Paulo que o amor não guarda res-

sentimento.

Primeiro, o que é o ressentimento? O ressen-

timento é a «mágoa sentida por uma ofen-

sa». Não me parece que seja possível impedir

o ressentimento. Todos nós ficamos ressenti-

dos se nos ofendem, se nos magoam. Ora,

esta mágoa depende muito do tipo de ofensa

que nos fazem. A ofensa vai de uma brinca-

deira que nos magoa até um ato de uma

crueldade inaudita. Reparemos que S. Paulo

não nos diz que o amor não fica ressentido.

Diz que não guarda ressentimento. Aqui, eu

gostava de acrescentar uma coisa: a pessoa

cristã, magoada, pode não guardar ressenti-

mento para sempre, mas guarda ressenti-

mento durante algum tempo. Senão não era

uma pessoa normal. E se fomos muito

magoados, o ressentimento dura muito tem-

po. E, ainda, se somos magoados constante-

mente, o ressentimento também é constan-

te; não acaba enquanto a dor se mantiver.

O ressentimento é, pois, proporcional à dor

da ferida e à nossa sensibilidade. O ressenti-

mento há de passar, mas se fomos muito

magoados, não passa durante muito tempo. E

se formos constantemente magoados, nunca

passa. Há, assim, duas causas que podem

fazer o nosso ressentimento durar muito

tempo:

– ou um ato que nos magoou muito,

– ou uma série de atos que não param.

Vou dar dois exemplos:

Uma vez tive que fazer o enterro de uma

senhora que tinha sido assaltada, violada,

assassinada e depois os criminosos ainda dei-

taram fogo à casa. A família dessa senhora vai

guardar ressentimento durante muito tempo

porque é uma ferida horrorosa. Provavelmen-

te vai, mesmo, guardar ressentimento toda a

vida, se bem que possa ir diminuindo.

Outro caso, que pode acontecer, é nós ser-

mos magoados de forma continuada. Neste

caso, há alguém que não para de nos magoar,

que nos está sempre a magoar. Assim o res-

sentimento não acaba porque aquilo que nos

magoa também não acaba.

Às vezes achamos que não estamos em posi-

ção de sacudir essa pessoa das nossas vidas.

Na minha vida de padre já me deparei com

pessoas que eram muito humilhadas no

emprego, mas que não conseguiam arranjar

outro. E também me deparei com pessoas

achincalhadas pelos pais, não tendo forças

para cortar com eles porque achavam que

não se podiam desligar dos pais. Já para não

falar dos casos de violência doméstica, em

que a pessoa atacada não luta para se libertar

daquela situação.

S. Paulo também nos diz: «a caridade tudo

desculpa». Sim, o amor desculpa tudo mas às

vezes demora muito tempo.

E o que é desculpar? Desculpar é deixarmos

de querer mal à pessoa que nos fez mal. Des-

culpar é ainda rezar por essa pessoa. E é ser

capaz de querer bem. Desculpar não é convi-

dar a pessoa para minha casa, desculpar não

é convidar para casa quem me fez mal ou

fazer-me amigo dessa pessoa. Também não é

esquecer.

Este ponto é muito importante porque há

muitas pessoas que confundem as duas coi-

sas. Podemos já ter perdoado e continuar a

Dia 03: - Élio Augusto Simões Favas; - Ilda da Conceição Lopes Vilarinho; - Ana Luísa C. Ferreira Pinto; - Manuel Salvador Valadares Magalhães; - Maria Isabel Pires Lourenço; - Manuela M. Porto Reis Lourenço; - Gonçalo Miguel Lage de Barros. Dia 04: - Marisa Alexandra A. de Matos Ribas; - Carlos Daniel Capela da Silva; - Júlio Sousa Morais; - Fernanda de Jesus Rocha Porto; - Alcida Pinto Magalhães Marques; - Natália Cabanas G. Bráz; - Gonçalo Filipe Costa Varela. Dia 05: - Fernando António Serro Barrocas; - Maria de Fátima Covinha Viana; - Duarte Estêvão da Silva Carvalhosa. Dia 06: - Palmira Pereira Lourenço; - Manuel José Fernandes; - Alexandre Miguel Gonçalves Lindade; - Sara Fernandes Lopes; - Maria João Almeida dos Santos; - Marisa Sofia Oliveira Rodrigues. Dia 07: - Vítor Manuel Pinto Gil; - Vítor Daniel Gonçalves Vila Pouca; - Alice Pires M. Carvalho Afonso; - Maria Helena de Matos R. Pereira; - Rosa Maria Valadares de Sousa. Dia 08: - Manuel Joaquim Silva Araújo; - Teresa Maria Fernandes Carvalho; - Paulo Jorge R. Fernandes Silva. Dia 09: - Jorge da Conceição Soares Barbosa; - Bruno Daniel Sá Pinto; - David Daniel Monteiro Pinto; - Carolina Fernandes Baixinho.

lembrar o mal que nos fizeram. Continuar,

mesmo, a sentir dor, incómodo, revolta (etc.)

de cada vez que pensamos na pessoa que nos

magoou não quer dizer que não tenhamos

perdoado. São sensações que têm mais a ver

com a Psicologia do que com a Moral. São

sensações de quem não esqueceu e não de

quem não perdoou. Não tem a ver com o

perdão, tem a ver com aquilo que nos marca.

Positiva ou negativamente. Tanto não esque-

cemos o dia da Primeira Comunhão como

aquela terrível ida ao dentista. Daí que se a

ofensa foi muito grande, como nos marcou

muito, nunca mais vá ser esquecida. Mas

atenção que enquanto a ofensa não parar,

não é possível perdoar. Se uma pessoa nos

achincalha ou maltrata com regularidade, a

ferida (psicológica) que nos provoca está per-

manentemente a ser aberta, logo é muito

difícil, senão de todo impossível, perdoar.

Concluindo:

O ressentimento é a dor que sentimos.

Esta dor demora tanto mais tempo a passar

quanto maior foi a ofensa.

Perdoar é não querer mal e ser capaz de rezar

por. Nem implica ser amigo nem implica

esquecer. Gonçalo Miller Guerra, s.j.

O Livro Uma loura está a ler um livro e diz ao mari-

d o :

- Que descaramento tem o Fernando Pessoa!

Pergunta o marido:

- Porque dizes isso?

Responde a mulher:

- Tu acreditas que ele publicou um livro com

os poemas que tu me escreveste quando

namorávamos?!?!?

SORRIA!

ANIVERSÁRIOS

Serviço Religioso

FICHA TÉCNICA Propriedade: Paróquia de Nossa Senhora da Assunção de Caminha • Director: Pe. José Filipe Sá

Colaborador: Ricardo Miguel Lourenço Lagoa • Publicação: Semanal • Tiragem: 300 Ex. • Tel.: 258 921 413 E-mail: [email protected] • Site: paroquiadecaminha.com - Isento a) nº1 art 12º DR 8/1999 de 9 Junho

DIA HORA/LOCAL INTENÇÕES

Todos os

Dias 08:00 Eucaristia no Convento de St. António

Terça

Dia 05

19:00

Matriz

- Almas do Purgatório - m. c. Confraria das Almas;

- Lino José Portela, pais, sogros, cunhados e sobrinhos;

- Laurinda Fernandes Pereira de Carvalho e sogros;

- Maria Beatriz Azevedo da Cunha Felgueiras Carvalho.

Quarta

Dia 06

08:30

Misericórdia

- João Luís Lourenço Ribeiro, avós e padrinho;

- Matilde Rosa Gomes, Maria Martins de Sousa e família.

Exposição, Oração de Laudes e Bênção do Santíssimo Sacramento

Quinta

Dia 07 18:00 Eucaristia na Capela de Nossa Senhora da Agonia

Sexta

Dia 08

16:00

19:00

Eucaristia na Casa de Repouso do Bom Jesus dos Mareantes

Eucaristia na Igreja Matriz

Sábado

Dia 09

19:00

Matriz

- António Dionísio Marques - m. c. Confraria do Bom Jesus dos

Mareantes;

- João Tomás Lopes Gavinho;

- Teresa Alves Lameira e marido José António Lourenço Lima;

- Armando José Jorge de Matos;

- Maria das Dores Lopes e Gaspar Avelino Carrilho.

Domingo

Dia 10

09:00

Vilarelho

10:30

Misericórdia

12:00

Matriz

XV DOMINGO DO TEMPO COMUM

- Maria da Conceição Coutinho Barbosa Gil - m. c. Confraria das Almas;

- Rita Nazaré Ramos Rodrigues, marido e filho;

- Nair dos Anjos Geraldo e Francisco Maria Pinheiro de Aragão;

- João Pedro Subtil Silva Cancela Fernandes.

Irmãos e Benfeitores da Santa Casa da Misericórdia

Povo de Deus

Todos os Sábados, até ao final do Ano da Misericórdia, o pároco está disponível para o Sacramento da Reconciliação, às 18:00h na Igreja Matriz.