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Análise do Suze O texto Suze, é um relato de um homem sobre Suze, uma prostituta. O eu-lírico conheceu Suze em um teatro e logo começou a sair com ela. Ele a descreve e fala sobre ela o texto inteiro - horas com tom de poesia, horas narrando, misturando assim gêneros textuais - com um ar de saudade e despedida, já que ele quer acreditar que Suze está morta (ele prefere esta ideia à ideia que ela o tenha esquecido). Durante essa descrição, há grande presença de linguagem conotativa, típica do simbolismo, havendo antíteses, sinestesias, metáforas, repetições, entre outras figuras de linguagem. Alguns exemplos dessas conotações são: - “(...) sol, mar, areias ruivas, águas correntes” – antítese; - “(...) o sol deitando (...)” – prosopopeia; - “O nosso desejo ardera…” – sinestesia. Como mencionado no segundo parágrafo, ele narra como se Suze estivesse morta, porém, não há certeza deste fato, pois logo no início da narrativa ele diz que “minha absurda vaidade se recusa a crer que ela me esqueça”. Esse tom vago, de incerteza também é uma característica simbolista. A narrativa é sensorial, e não lógica como no realismo. Ele fala sobre seus sentimentos em relação à Suze, sentimentos esses que são ambíguos, que geram antíteses, como exemplificado nas conotações acima.

Pedd Literatura Portuguesa - Suze

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Análise do texto Suze

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Anlise do Suze

O texto Suze, um relato de um homem sobre Suze, uma prostituta.O eu-lrico conheceu Suze em um teatro e logo comeou a sair com ela. Ele a descreve e fala sobre ela o texto inteiro - horas com tom de poesia, horas narrando, misturando assim gneros textuais - com um ar de saudade e despedida, j que ele quer acreditar que Suze est morta (ele prefere esta ideia ideia que ela o tenha esquecido).Durante essa descrio, h grande presena de linguagem conotativa, tpica do simbolismo, havendo antteses, sinestesias, metforas, repeties, entre outras figuras de linguagem.Alguns exemplos dessas conotaes so:- (...) sol, mar, areias ruivas, guas correntes anttese;- (...) o sol deitando (...) prosopopeia;- O nosso desejo ardera sinestesia.Como mencionado no segundo pargrafo, ele narra como se Suze estivesse morta, porm, no h certeza deste fato, pois logo no incio da narrativa ele diz que minha absurda vaidade se recusa a crer que ela me esquea. Esse tom vago, de incerteza tambm uma caracterstica simbolista. A narrativa sensorial, e no lgica como no realismo. Ele fala sobre seus sentimentos em relao Suze, sentimentos esses que so ambguos, que geram antteses, como exemplificado nas conotaes acima.H tom triste, em relao aos sentimentos do eu lrico por Suze. presente no texto crtica sociedade atual, porm a crtica no explicita como no realismo, e nem o objetivo da narrativa; esta crtica est velada em alguns versos, como no verso seguir: Ningum ir ao teu enterro, e ainda bem! / Por tua causa, ningum jantar, pressa; ningum ir, de sobrecasaca e mau humor, fazer-te o necrlogo ao cemitrio..Atravs das caractersticas acima apontadas, pode-se concluir que esta uma narrativa simbolista.