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Apoio: Pedro Caldeira Cabral e Duncan Fox _07 nov_sáb / 16h30 _Museu de São Roque Nova Cítara Portuguesa As diversas facetas de um instrumento essencial na tradição musical portuguesa

Pedro Caldeira Cabral e Duncan Fox · 2020. 11. 2. · Pedro Caldeira Cabral e Duncan Fox Nova Cítara Portuguesa Luis de Milán (1500-1561) Pavana Alonso Mudarra (1520-1580) Fantasia

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Pedro Caldeira Cabral e Duncan Fox Nova Cítara Portuguesa

Apoio:

Pedro Caldeira Cabrale Duncan Fox

_07 nov_sáb / 16h30_Museu de São Roque

Nova Cítara PortuguesaAs diversas facetas de um instrumentoessencial na tradição musical portuguesa

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Pedro Caldeira Cabral e Duncan Fox Nova Cítara Portuguesa

Luis de Milán (1500-1561)

Pavana

Alonso Mudarra (1520-1580)

Fantasia

Anthony Holborne (1550-1602)

Pavana Quadro

Miguel Leitão de Andrada (1553-1630)

Romance

Gilles Durant de La Bergerie (1554-1605)

Ma Belle si ton âme

Santiago de Murcia (1673- 1739)

Prelúdio e Canción

Domenico Scarlatti (1685- 1757) Sonata K. 208

Pedro Caldeira CabralDiretor artísticoCítara Portuguesa

Duncan FoxContrabaixista

PROGRAMAManuel José Vidigal (1763- 1827)

Cotilhão

João Francisco Leal (1792-1829)

Modinha (Instrumental)

João Paullo Pereira (1820-1850)

Allegro

Carlos Paredes (1925-2004) / Pedro Caldeira Cabral (1950)

Fantasia Verdes Anos

Pedro Caldeira Cabral (1950)

Momentos Astoriana Baile dos Carêtos

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Pedro Caldeira Cabral e Duncan Fox Nova Cítara Portuguesa

A Cítara Portuguesa tem vindo a despertar o interesse crescente do público atento à fruição de géneros musicais diferentes do uso popular deste instrumento no acompanhamento do fado e a sua apresentação no contexto de festivais de música clássica é cada vez mais frequente.

Para tal temos contribuído, desde a década de 1970, com a criação de um novo repertório solístico alargado, constituído por composições originais e transcrições de peças de música do passado, estas originalmente concebidas para instrumentos de corda dedilhada da tradição europeia, como a cítara, o alaúde, a viola de mão, ou os de tecla como o cravo e o pianoforte, de cuja identidade tímbrica se aproxima.

Desde a sua origem, no século XVI, este cordofone era conhecido entre nós pelo nome de Cítara e tocado nos meios aristocráticos, abrangendo o seu repertório vários géneros: O acompanhamento do canto, a execução de peças de dança, as versões transcritas de canções polifónicas, simples ou glosadas e de fantasias instrumentais a solo. Integrava também frequentemente os conjuntos vocais e instrumentais, realizando uma função harmónica e rítmica, a par das violas, da harpa, do cravo e do órgão.

Na segunda metade do século XVIII a cítara foi renomeada Guitarra, sendo revalorizada socialmente em Inglaterra e em Portugal e usada em contexto doméstico a solo e em pequenos grupos de música de câmara (cravo, violino, violoncelo ou trompas, etc.).

No século XX em Portugal, após a criação da rádio e da edição fonográfica, a tradição musical popular do uso da cítara no fado e no folclore fez esquecer a prática musical anterior de tradição escrita e os solos de concerto ou a música de câmara ficaram também ignorados até à década de 1970. Um dos contributos da minha prática musical tem sido a abertura à diversidade de estilos de composição e de combinações instrumentais tendo como instrumento solístico a cítara portuguesa.

DESCRIÇÃO BREVE DO PROGRAMA NOTAS DE PROGRAMAO formato de câmara em Trio, em Quarteto ou em pequenas orquestras de cordas tem sido regularmente praticado por mim com a utilização de um repertório que cruza as obras clássicas com peças de cariz popular e com as minhas composições originais.

O século XX assistiu à requalificação social e musical do instrumento, entretanto elevado à categoria de símbolo identitário, frequentemente incluído em representações pictóricas eruditas (de Mário Eloy, Cândido da Costa Pinto a Júlio Pomar e Graça Morais), citado pelos mais famosos poetas (de Fernando Pessoa e Sophia de Mello Breyner Andersen a ManuelAlegre).

Concluindo, a Cítara Portuguesa de hoje entrou definitivamente na categoria de instrumento de concerto, apreciada internacionalmente em festivais e representada por um conjunto alargado de intérpretes, apostados na divulgação das várias vertentes que constituem o seu reportório, bem ilustrado no programa deste concerto.

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Pedro Caldeira Cabral e Duncan Fox Nova Cítara Portuguesa

Dados BiográficosPedro Caldeira Cabral e Duncan FoxPedro Caldeira Cabral, nasceu em Lisboa em 1950. Inicia os estudos musicais na infância em ambiente familiar, começando a tocar flauta de bisel, guitarra clássica e Cítara portuguesa.Mais tarde estuda teoria musical, contraponto, harmonia e composição com os professores Artur Santos e Jorge Peixinho.

Desenvolve como compositor, um estilo próprio para cítara solista compondo igualmente peças de música de câmara para Teatro, Cinema e Bailado.

Ao longo da sua carreira de mais de cinquenta anos tem feito várias apresentações nacionais e internacionais e desenvolvido vários projetos dentro da música antiga e em torno da Cítara Portuguesa cuja ja dimensão solística vem promovendo através dos concertos, conferências e seminários em instituições académicas na Europa, EUA, Brasil e Colômbia.

A introdução do contrabaixo como instrumento de acompanhamento da cítara portuguesa teve lugar no ano de 1975 quando, respondendo a um desafio do compositor Luis Cília, convidou o contrabaixista de jazz José Eduardo para o acompanhar numa série de concertos no Teatro Aberto em Lisboa.

Dessa colaboração nasceu o Álbum “Encontros” e a partir daí uma colaboração regular com celebrados contrabaixistas como Carlos Bica, Mário Franco, Duncan Fox, entre outros.

Residente em Portugal desde 1993 e destacado poli-instrumentista, Duncan Fox aderiu de imediato à ideia de colaborar regularmente nos grupos Concerto Atlântico, Circa 1800 e no projecto de apresentação da Cítara Portuguesa em duo, contribuindo com o seu grande talento, sensibilidade e técnica musical para o enriquecimento expressivo dos programas apresentados em Concertos e Festivais na Europa, em África, na China, etc.

Neste projecto em duo, a cumplicidade pessoal e profissional dos músicos traduzido no diálogo musical entre contrabaixo e cítara portuguesa conduzem o público pelo repertório de evolução da utilização da Cítara Portuguesa ao longo dos tempos.

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Museu de São RoqueUm dos primeiros museus a serem criados em Portugal, o Museu de São Roque foi inaugurado em 1905 para expor o importante Tesouro da Capela de São João Baptista, referência incontornável no estudo da arte italiana setecentista. Encontra-se instalado no espaço da antiga Casa Professa da Companhia de Jesus em Lisboa, edifício contíguo à Igreja de São Roque.

O Museu de São Roque reúne uma das mais completas coleções de arte sacra a nível nacional. Apresenta ainda um conjunto de obras de arte de grande representatividade no cômputo da arte portuguesa, que pode ser admirado no museu.

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Pedro Caldeira Cabral e Duncan Fox Nova Cítara Portuguesa

Filipe Carvalheiro é formado em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa e em Direção pela Universidade de Cincinnati (Estados Unidos). Desenvolveu ainda estudos de aperfeiçoamento em Composição com Emmanuel Nunes (França) e Karlheinz Stockhausen (Alemanha) e de Direção de Orquestra com Donato Renzetti (Itália) e Jorma Panula (Finlândia). Como maestro tem-se apresentado sobretudo na Dinamarca, Suécia, Áustria, Inglaterra, Polónia e Alemanha.

É atualmente maestro titular da Kammerorkestret Musica e do Kammerkoret Musica (Copenhaga).

Como maestro convidado ou assistente tem ainda colaborado com diversas orquestras e coros no norte da Europa, destacando-se a sua colaboração com o Teatro Real (Ópera de Copenhaga) e a Opera Hedeland (Hillerød).

Filipe CarvalheiroDiretor artístico Temporada Música em São Roque

Em concursos internacionais conquistou por duas vezes o Conductors Prize, na Polónia em 2013 e em Espanha em 2015.

Em 2015 gravou o CD “Kvindestemmer” e dirigiu no Castelo de Kronborg, Helsingør, o concerto de gala para o lançamento da organização de cooperação internacional “Transition”, transmitido em direto para a Dinamarca, Suécia, Hungria, Japão e Índia.

A convite da Rainha Margrethe II da Dinamarca dirigiu o concerto comemorativo dos 100 anos de direito de voto feminino naquele país. Desde 1989, o Maestro e compositor Filipe Carvalheiro é o diretor artístico da Temporada Música em São Roque, organizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

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Pedro Caldeira Cabral e Duncan Fox Nova Cítara Portuguesa

David Costa e Pedro Ferro

_08 nov_dom/ 16h30_Museu de São Roque

PRÓXIMO CONCERTO

Oboé e Piano em PortuguêsA música para oboé e piano de compositoresportugueses contemporâneos

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