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7/21/2019 Perfil Do Rn
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PERFIL DO RIO GRANDE DO
NORTE
7/21/2019 Perfil Do Rn
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Estado do Rio Grande do Norte
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDEDO NORTE
Rosalba Ciarlini Rosado – GovernadoraRobinson Mesquita de Faria – Vice-Governador
SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E DAS FINANÇASFrancisco Obery Rodrigues Júnior – Secretário
José Lacerda Alves Felipe – Secretário Adjunto
COORDENADORIA DE ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS
Maria Anelise Araújo Maia – Coordenadora
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE -
IDEMA
Gustavo Szilagyi – Diretor Geral
Manoel Jamir Fernandes Júnior – Diretor TécnicoGutson Johnson Giovany Reinaldo Bezerra – Diretor Administrativo
EQUIPE TÉCNICAIDEMA
Antonio Gurgel Guerra
Azaias B. De Oliveira Eurico de Souza LeãoHaroldo J. Abdon de Lyra
Iracy Goes de AzevedoLuzier Diniz da Silva
Paulo E. Mourão Holanda
EQUIPE TÉCNICASEPLAN
Américo Maia
Catarina L. A. Lima LeiteJosé Anchiêta de LiraJosé Lacerda Alves Felipe
Maria Anelise A. MaiaMarília C. de FreitasWxlley R. L. Barreto
COLABORADORES
Isabela M. S. ResendeJéssica N. Tavares
Joanna de Oliveira GuerraSonia M. F. Magalhães
Valeska Mariana D. MeloValmir J. da Silva Barros
André Luis NogueiraRaquel Maria C. SilveiraValéria Fátima C. Araújo
Breno Carvalho RoosAna C. Guedes O. Spinelli
Carlos N. da Silva
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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 5
2. EIXO FÍSICO-AMBIENTAL ...................................................................................... 6
2.1 Aspectos físicos territoriais ...................................................................................... 6
2.1.1 Localização e Regionalização ......................................................................... 6
2.1.2 Vegetação e Ecossistemas Estaduais ............................................................. 25
2.1.3 Clima ............................................................................................................. 32
2.2 Aspectos Urbanos ............................................................................................... 33
2.2.1 Planejamento Urbano .................................................................................... 33
2.2.2 Transportes – Vias de Transportes ................................................................ 35
2.2.3 Saneamento Básico ........................................................................................ 40
2.2.4 Comunicação ................................................................................................. 45
2.2.5 Energia ........................................................................................................... 47
2.3 Aspectos Ambientais .............................................................................................. 50
2.3.1 Unidades de Conservação .............................................................................. 50
2.3.2 Áreas de Proteção Ambiental no Rio Grande do Norte (APAS) ................... 51
2.3.3 Zonas de Proteção Ambiental ........................................................................ 52
2.3.4 Recursos Hídricos .......................................................................................... 55
2.3.5 Principais Impactos Ambientais do Rio Grande do Norte ............................ 59
3. EIXO ECONÔMICO ................................................................................................. 62
3.1 Produto Interno Bruto (PIB) ................................................................................... 62
3.1.1 O Rio Grande do Norte no contexto nacional e regional .............................. 63
3.1.2 Distribuição da produção no território potiguar ............................................ 66
3.1.3 Atividades que se destacaram nos municípios (2005-2009) ......................... 70
3.2 Principais atividades econômicas ........................................................................... 71
3.3 Agropecuária .......................................................................................................... 72
3.3.1 Agricultura ..................................................................................................... 72
3.3.2 Pesca e Aqüicultura ....................................................................................... 78
3.4 Serviços .................................................................................................................. 80
3.4.1 Comércio ....................................................................................................... 80
3.4.2 Serviços Públicos ........................................................................................... 81
3.4.3 Outros Serviços ............................................................................................. 83
3.5 Indústria .................................................................................................................. 84
3.6 Recursos Minerais .................................................................................................. 87
3.7 Exportações do RN ................................................................................................ 94 3.7.1 Zona de Processamento de Exportações (ZPE) ............................................. 98
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3.8 Turismo .................................................................................................................. 99
3.8.1 Pólos Turísticos ........................................................................................... 102
3.8.2 Investimentos Turísticos .............................................................................. 108
3.8.3 Dados do Turismo do RN ............................................................................ 109
4. EIXO INSTITUCIONAL ......................................................................................... 111
4.1 Organização Político-administrativa .................................................................... 111
4.2 Finanças Públicas ................................................................................................. 113
5. EIXO SOCIAL ......................................................................................................... 115
5.1 Demografia ........................................................................................................... 115
5.2 Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) ........................................................ 123
5.3 População Economicamente Ativa (PEA) ........................................................... 124
5.4 Domicílio .............................................................................................................. 126
5.5 Segurança ............................................................................................................. 130
5.6 Saúde .................................................................................................................... 136
5.7 Educação .............................................................................................................. 144
5.8 Habitação .............................................................................................................. 153
5.9 Esporte .................................................................................................................. 157
BILIOGRAFIA CONSULTADA .............................................................................. 159
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1. APRESENTAÇÃO
O Perfil do Rio Grande do Norte é um documento que apresenta informações
gerais e atualizadas sobre o Estado do RN, que tem por objetivo contribuir com o
trabalho de planejadores, professores, estudantes e o público geral. O documento reúne
informações referentes a diversos aspectos da realidade norte-riograndense. Acredita-se
que este trabalho seja o ponto de partida para aqueles que vão iniciar um estudo mais
aprofundado do Estado, bem como para aqueles que desejam informações gerais e
objetivas sobre o Rio Grande do Norte.
O Perfil fornece informações sobre os diversos temas que abrangem o Estado,
respectivamente: aspectos físico-ambientais, econômicos, institucionais e sociais.
A partir do eixo físico-ambiental é possível identificar aspectos físicos
territoriais do Estado, como área, clima, relevo, vegetação, etc, bem como aspectos
urbanos e ambientais, que abordam questões relevantes ao planejamento urbano e
conteúdos referentes ao meio ambiente.
O Eixo Econômico aborda aspectos referentes ao PIB e sobre as principais
atividades econômicas desenvolvidas no estado: agricultura, serviços, indústria,
recursos minerais, exportações e turismo.
O Eixo Institucional considera a estrutura político-administrativa do Estado, que
demonstra como o RN está composto e dividido entre os poderes, atribuições e
competências de cada entidade que o compõe. O Eixo também apresenta as finanças
públicas do RN, relatando as receitas e despesas de todo o estado.
O Eixo Social explana questões referentes à Demografia do estado, Índice de
Desenvolvimento Humano, População Economicamente Ativa, Domicílios, Segurança,
Saúde, Educação, Habitação e Esportes.Os dados abordados no documento são apresentados a partir de elementos
textuais, gráficos e índices, dentro de uma perspectiva temporal e com um recorte
geográfico, bem como as análises que explicam as implicações dos fatores.
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2. EIXO FÍSICO-AMBIENTAL
2.1 Aspectos físicos territoriais
2.1.1 Localização e Regionalização
O Estado do Rio Grande do Norte
localiza-se na esquina do continente sul-
americano, ocupando posição privilegiada em
termos de localização estratégica, pois se trata
do Estado brasileiro que mais próximo fica dos
continentes africano e europeu. Com uma
extensão de 53.077,3 km2, o Estado ocupa
3,41% de área da Região Nordeste e cerca de
0,62% do território nacional. Limita-se com o
Estado do Ceará a Oeste, ao Sul com o Estado
da Paraíba, e a Leste e ao Norte com o Oceano
Atlântico.
O território norteriograndense localiza-se, mais precisamente, no hemisfério sul
ocidental e seus pontos extremos são limitados pelos paralelos de 4°49`53``de latitude
sul e pelos meridianos de 34°58`03``e 38°36`12`` de longitude oeste de Greenwich. A
distância entre os pontos extremos do Norte-Sul é de 233 km e entre os pontos extremos
Leste-Oeste, 403 km .
O Rio Grande do Norte está situado próximo ao Equador, o que lhe confere
características climáticas bem específicas como o verão seco e a presença do sol durante
a maior parte do ano. Assim, além da tradicional atividade salineira e de condições
edáfico-climáticos para a produção de fruticultura irrigada, o Estado dispõe de um
excelente potencial para a exploração da atividade turística, sendo o maior atrativo para
esta ação, a extensa faixa litorânea com cerca de 410 km de praias belas e mares com
temperaturas amenas. Além disso, está localizado perto de capitais importantes dos
Estados do Nordeste como Pernambuco, Ceará e Paraíba, conforme Tabela 1 das
distâncias que envolvem todas as capitais do Brasil.
MAPA 1: LOCALIZAÇÃOGEOGRÁFICA DO RN
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TABELA 1: DISTÂNCIA ENTRE AS CAPITAIS BRASILEIRAS – EM KM
Nota: Números acima do zero = Distâncias Aéreas / Números abaixo do zero = Distâncias Rodoviárias
Politicamente o Estado está dividido em 167 municípios, agrupados em oito
Zonas Homogêneas de acordo com estudo realizado pela SEPLAN/IDEC em 1975. Este
estudo levou em consideração os aspectos físicos, as características econômicas edemográficas das regiões.
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MAPA 2: ZONAS ECONÔMICAS DO RIO GRANDE DO NORTE
Fonte: IDEMA
Este estudo levou em consideração os aspectos físicos, as características
econômicas e demográficas das regiões. Outro zoneamento, utilizado pelo IBGE,
agrupa os municípios do Estado em quatro mesorregiões e dezenove microrregiões.
O estudo da geografia de um dado território requer a sua divisão em parcelas
menores, ou regiões, que em geral, constituem áreas distintas por suas características
físicas, econômicas, políticas, sociais, culturais e outras. Como se vê, o conceito deregião está vinculado a critérios de agrupamento em torno de uma determinada
referência física ou humana.
A diversidade da paisagem geográfica, por exemplo, pode ser um bom critério
de regionalização, pois a paisagem explicita nitidamente a desigualdade entre os
lugares. No entanto, não se pode deixar de considerar a importância da economia como
critério de regionalização que ultrapassa as fronteiras das regiões naturais,
desconsiderando a paisagem.
Critérios políticos para a divisão de um país em grandes regiões, Estados e
municípios também não têm sido suficientes, pois diversos são os fatores a se levar em
conta quando se pretende caracterizar os lugares e agrupá-los, classificando-os através
de divisões regionais. Da mesma forma, o avançado e crescente processo de
comunicação em rede entre os lugares próximos e distantes, como o uso dos satélites
pelas estações de rádio, televisão e Internet , tem incrementado o intercâmbio cultural,
dificultando a regionalização pelo critério cultural.
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Observamos, entretanto, que os critérios predominantes nos diversos processos
de regionalização têm sido os de ordem prática. Ou seja, as diferentes regionalizações a
que os lugares são submetidos refletem, muitas vezes, necessidades político-
administrativas, especialmente aquelas em que o interesse do Estado prevalece, em
nome das necessidades de implementar políticas públicas em uma área territorial ampla
e diversificada.
Com o estado do Rio Grande do Norte não é diferente. Mesmo tratando-se de
um espaço relativamente pequeno (se comparado a outros estados brasileiros), o Estado
apresenta variada e complexa diversidade regional, que pode ser agrupada através de
critérios como as diferentes paisagens do seu quadro natural, da sua economia e até
mesmo os interesses de órgãos públicos para a organização sistemática de suas ações
sobre o território estadual. Vejamos algumas das regionalizações adotadas para o
Estado.
2.1.1.1 - Zonas Fisiográficas
As zonas fisiográficas são áreas que se distinguem das demais a partir de
critérios geográficos, como os aspectos físicos, humanos e econômicos. No Rio Grande
do Norte esta divisão foi adotada em 1975 pelo Governo do Estado, compreendendo as
seguintes zonas:
I- Zona Costeira Oriental -Envolve uma faixa de cerca de 40 km de largura, a
partir do sul do Estado, até o município de Touros, cuja principal característica é a
intensa urbanização em função de concentrar os municípios da Grande Natal.
II- Zona Interior da Costa – Compreende a faixa que vai da Zona Costeira
Oriental até o Seridó. Inclui os altos e médios cursos dos rios que compõem as
principais bacias do leste do estado, como o Ceará-Mirim, o Potengi, o Trairi e o Jacu.
III- Zona Costeira do Norte – Ocupa a faixa litorânea que vai de Touros até
Macau, caracterizando-se por sua baixa densidade demográfica, clima seco e vegetação
de caatinga até bem próximo à costa.
IV- Zona Oriental Seridoense – Inclui os municípios situados no reverso da Serra
da Borborema, que constitui um importante divisor de águas para algumas das bacias do
leste e do próprio Seridó.
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V- Zona das Serras Centrais – Envolve as serras dos Quintos, de Santana e João
do Vale. Nas áreas elevadas, o clima é ameno, com altas temperaturas no restante da
zona.
VI- Zona Centro-Sul Ocidental – É a maior das zonas fisiográficas,
compreendendo os municípios da região serrana do estado, os altos cursos dos rios
Apodi-Mossoró e parte da bacia do Piranhas-Açu na porção Seridó Ocidental e também
trechos do sertão de Angicos.
VII- Zona do Baixo Apodi-Açu – Refere- -se à área dos baixos cursos dos rios
Apodi-Mossoró e Piranhas-Açu, e parte da Chapada do Apodi. Abrange grande parte
dos municípios envolvidos na economia salineira, na produção de frutas tropicais e
ainda na extração de petróleo e gás.
MAPA 3: ZONAS FISIOGRÁFICAS DO RIO GRANDE DO NORTE
Fonte: IBGE.
2.1.1.2- Microrregiões Homogêneas
No ano de 1970, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
estabeleceu critérios para a divisão do Estado em 10 Microrregiões Homogêneas. Esta
nova regionalização procurou agrupar em pequenas regiões os municípios que
apresentavam semelhanças e certa homogeneidade não só no quadro natural, mastambém do ponto de vista econômico.
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I- Microrregião Salineira Norte-Riograndense- Corresponde aos tradicionais
municípios da região produtora de sal, como Mossoró, Areia Branca e Macau,
estendendo-se desde Baraúna até Guamaré.
II- Microrregião Litoral de São Bento do Norte – É uma das menores
microrregiões e sua extensão vai de Galinhos a Touros, sendo uma área que, no tempo
em que essa regionalização foi feita, era voltada principalmente para agricultura de
subsistência e pesca.
III- Microrregião de Natal – É a microrregião da capital e dos municípios
localizados às suas proximidades. É a mais habitada e onde se concentram as atividades
econômicas mais significativas, constituindo a planície litorânea, com clima quente e
sub-úmido, com chuvas concentradas de março a junho e cujo verão seco e ensolarado
propicia a exploração da atividade turística.
IV- Microrregião de Açu e Apodi – Corresponde basicamente à área da Chapada
do Apodi e parte dos municípios do baixo Açu. Têm em comum as duas bacias
hidrográficas mais importantes do estado.
V- Microrregião do Sertão de Angicos – É a microrregião mais central do
Estado, e envolve municípios como Afonso Bezerra, Santana dos Matos e Angicos.
Caracteriza-se principalmente pela baixa pluviosidade, sendo uma das áreas mais secas
e quentes do Rio Grande do Norte.
VI- Microrregião da Serra Verde – Resulta da divisão da região agreste, sendo
uma região seca e das mais quentes, ocupando parte da depressão sertaneja do Estado.
João Câmara é o município mais importante.
VII- Microrregião Agreste Potiguar – Limita-se a leste com a microrregião de
Natal, sendo uma área de pluviosidade média em torno de 800 a1000 mm por ano, com
clima predominantemente quente, úmido e sub-úmido. Nova Cruz é a sua cidade mais
importante.VIII- Microrregião Borborema Potiguar – Abrange os chamados contrafortes da
Serra da Borborema, sendo uma área de transição entre o sertão seco e o agreste.
Concentra alguns pontos mais elevados do relevo do estado.
IX- Microrregião Seridó – É uma das regiões mais secas do Estado e que
apresenta certos contrastes paisagísticos, com importantes vales fluviais, como os dos
rios Seridó e Piranhas-Açu, algumas das mais importantes serras do estado como as de
João do Vale, da Coruja, das Queimadas, da Garganta, dos Quintos e São Bernardo.
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X- Microrregião Serrana Norte-Riograndense – Envolve os municípios da área
conhecida como “Tromba do Elefante” e que tem como principal característica a
existência de um relevo com altitudes significativas, denominado localmente como
serras.
MAPA 4: MICRORREGIÕES HOMOGÊNEAS DO RIO GRANDE DO NORTE
Fonte IBGE.
2.1.1.3 - Mesorregiões Geográficas
No ano de 1989, o IBGE realizou mais uma divisão regional do Brasil. O Estado
foi dividido em quatro mesorregiões geográficas, subdivididas em microrregiões que
agrupam os municípios, apresentando semelhanças em seus aspectos físicos e humanos.
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MAPA 5: MESOREGIÕES DO RN
Fonte: IDEMA.
As microrregiões do Rio Grande do Norte são: Agreste Potiguar, Angicos, Baixa
Verde, Borborema Potiguar, Chapada do Apodi, Litoral Sul, Mossoró, Pau dos Ferros,
Serra de Santana, Serra de São Miguel e Umarizal.
MAPA 6: MICROREGIÕES DO RIO GRANDE DO NORTE
Fonte: IDEMA.
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2.1.1.4 - Regiões de Desenvolvimento
O Estado do Rio Grande do Norte está dividido em oito Regiões de
Desenvolvimento: Agreste, Potengi e Trairi; Alto Oeste; Litoral Norte; Médio Oeste;
Mossoroense; Metropolitana; Seridó e Vale do Açu.
MAPA 7: REGIÕES DE DESENVOLVIMENTO
Em 1997 foi desenvolvido o primeiro Plano de Desenvolvimento Sustentável
com uma visão sistêmica de todo o Estado.
Assegurar a sustentabilidade depende dos processos econômico-sociais e da
proteção aos recursos ambientais continuados. O grande esforço tem o seu foco final
fundamentado na redução da pobreza de seus habitantes.
As regiões foram divididas de acordo com as características das potencialidades
locais, apresentadas a seguir:
I - Região Agreste, Potengi e Trairi
A Região Agreste, Potengi e Trairi são formadas pela união de 41 municípios.
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MAPA 8: REGIÃO AGRESTE, POTENGI E TRAIRI
Potencialidades da Região:
Existência de arranjos produtivos locais;
Presença de solo fértil propício à agricultura;
Existência de feiras livres;
Atividades e festas religiosas;
Recursos naturais, culturais e arqueológicos com potencial turístico;
Manifestações artísticas, artesanais, e folclóricas; Habilidades profissionais básicas em atividades tradicionais;
Presença de técnicos qualificados em áreas específicas;
Instituições de ensino superior e de formação técnica;
Disponibilidade de recursos hídricos;
Surgimento de empresas com potencial inovador (indústria têxtil, de laticínios e
na avicultura);
Segmentos Dinâmicos da Economia Regional:
Turismo (ecoturismo, serrano);
Agropecuária (pecuária leiteira, abacaxi, caprino e ovinocultura, mandioca,
avicultura, cajucultura);
Indústria (confecções, agroindústria: mandioca, laticínios, castanha de caju)
Água marinha;
Comercial (varejista).
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II - Região Alto Oeste
A Região Alto Oeste é formada pela união de trinta e sete municípios.
MAPA 9: REGIÃO ALTO OESTE
Potencialidades
Recursos hídricos;
Relevo (vales, serras, lajedos);
3. Solos de boa qualidade; 4. Instituições de ensino superior;
Instituições e profissionais de assistência técnica agropecuária;
Prefeitos municipais e funcionários públicos com elevado grau de escolaridade;
Organizações da sociedade civil: conselhos, associações urbanas e rurais,
sindicatos de trabalhadores rurais, grupo de jovens e idosos;
Meios de comunicação, principalmente rádios comunitárias;
Manifestações culturais; Cultura do artesanato diversificada.
Segmentos Dinâmicos da Economia Regional:
Turismo (serrano, religioso, ecoturismo);
Agropecuária (culturas alimentares, arroz, feijão, fava e milho, suinocultura,
cajucultura, caprinocultura, apicultura);
Indústria (agroindústria: castanhas de caju e doces, torrefação, mel de abelha,
confecções, carrocerias para caminhão);
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Mineral (água marinha);
Comercial (varejista);
III - Região Litoral Norte
A Região do Litoral Norte é formada pela união de 19 municípios.
MAPA 10: REGIÃO LITORAL NORTE
Potencialidades: Atividades econômicas: turismo, artesanato, carcinicultura, assentamentos,
fruticultura irrigada, pesca, cajucultura, caprino e ovinocultura, apicultura,
comércio, mineração;
Beleza natural das praias, clima tropical, luminosidade e ventos;
Solo fértil em algumas áreas;
Água proveniente de lençóis subterrâneo, açudes, lagoas e rios;
Ecoturismo (Pico do Cabugi, serras, cavernas e cachoeiras); Recursos naturais para energias alternativas;
Instituições de ensino superior e de formação técnica;
Existência de capital humano e social nos municípios
Segmentos Dinâmicos da Economia Regional:
Turismo (sol e mar, ecoturismo);
Agropecuária (caprino e ovinocultura, pecuária leiteira, apicultura, abacaxi,
sisal);
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Indústria (laticínios);
Mineral (petróleo, sal, ouro, calcário);
Comercial (varejista);
IV - Região Médio Oeste
A Região Médio Oeste é formada pela união de 8 municípios.
MAPA 11: REGIÃO MÉDIO OESTE
Potencialidades:
Disponibilidade de água superficial e subterrânea;
Solo fértil;
Existência de instituições provedoras de assistência técnica;
Instituições de ensino superior e de formação técnica;
Agricultura diversificada;
Artesanato diversificado; Bovinocultura, caprino e ovinocultura, apicultura piscicultura;
Disponibilidades de fonte de energia;
Mão de obra qualificada em atividades específicas;
Canais e instrumentos para comercialização de produtos regionais;
Existência de associativismo, cooperativismo, fóruns e conselhos institucionais
Segmentos Dinâmicos da Economia Regional: Turismo (ecoturismo);
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Agropecuária (culturas alimentares: milho e feijão; cajucultura, alho,
piscicultura, caprino e ovinocultura);
Indústria (agroindústria: castanha de caju, laticínios, frutas, mel de abelha);
Mineral (água mineral, calcário, gipsita, petróleo, água marinha);
Comercial (varejista);
V - Região Mossoroense
A Região Mossoroense é formada pela união de 6 municípios.
MAPA 12: REGIÃO MOSSOROENSE
Potencialidades:
Disponibilidade de água superficial de subterrânea;
Diversificados recursos minerais (petróleo, gás natural, calcário, sal, argila,
gipsita, água mineral, areia);
Condições climáticas e geográficas favoráveis; Ambientes com potencial turístico e econômico;
Recursos humanos disponíveis;
Instituições de ensino superior e de formação técnica;
Destaque na atuação do associativismo (cooperativas e associações) para
produção e comercialização;
Atuação de instituições de controle e participação social;
Base produtiva diversificada: agricultura, apicultura, sal, petróleo, pequenos
negócios, fruticultura, e aqüicultura;
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Eventos socioculturais e religiosos.
Segmentos Dinâmicos da Economia Regional:
Turismo (sol e mar, cultura, negócios, eventos);
Agropecuária (fruticultura irrigada: melão, manga e melancia; cajucultura,
caprino e ovinocultura, apicultura; culturas alimentares: milho e feijão; pecuária
leiteira e de corte);
Indústria (cimento, minerais metálicos, movelaria, papel e papelão, indústria
química, vestuário, calçados, tecidos, produtos alimentícios: beneficiamento de
castanha de caju e frutas; rações, indústria mecânica, cerâmica fina, indústria
salineira, torrefação);
Mineral (petróleo, gás, calcário, água mineral);
Comercial (atacadista, varejista, supermercados).
VI - Região Metropolitana de Natal
A Região Metropolitana de Natal é formada pela união de 10 municípios
MAPA 13: REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL
Potencialidades:
Físico-Territorial
Riqueza do patrimônio natural;
Riqueza da paisagem; Riqueza do patrimônio histórico e ambiente construído;
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Diversidade e riqueza cultural;
Liderança estadual em pesquisa;
Densidade de recursos humanos qualificados;
Integração metropolitana
Socioeconômica
Dinamismo econômico;
Turismo e lazer;
Construção civil;
Indústria de transformação (alimentos e bebidas, têxtil e confecções);
Atividade pesqueira;
Carcinicultura;
Comércio em crescimento;
Posição geográfica estratégica;
Diversas instituições de ensino superior;
Segmentos Dinâmicos da Economia Regional:
Turismo (sol e mar, eventos religiosos, esporte radical);
Agropecuária (cana de açúcar, carcinicultura, floricultura, pecuária leiteira,
mandioca, avicultura, fruticultura irrigada, culturas de vazante, cajucultura);
Indústria (têxtil, confecções, bebidas, álcool, açúcar, movelaria, construção civil,
cerâmica, casa de farinha);
Mineral (água mineral, argila);
Comercial (atacadista, varejista, supermercados).
VII - Região do Seridó
A Região do Seridó é formada pela união de 28 municípios.
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MAPA 14: REGIÃO DO SERIDÓ
Potencialidades:
Ambiental
Biodiversidade.
Rede de açudes.
Otimização das áreas irrigáveis do Seridó.
Gerenciamento dos recursos hídricos.
Solos férteis.
Manejo florestal da caatinga.
Modificação do balanço energético.
Recursos minerais.
Aproveitamento do lixo urbano.
Participação social e preservação ambiental
Tecnológica
Base de recursos humanos. Disponibilidade de núcleos de recursos humanos, capacitados a nível de
mestrado e doutorado.
Existência de cultura pautada por inovações.
Campo para a interação dos esforços de C&T e meio ambiente.
Demanda social pela expansão da capacidade tecnológica.
Econômica
Presença na região da segunda bacia leiteira do Estado Dinamismo e diversidade da base econômica urbana local
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Potencial para expansão de diversas atividades e sua cadeia produtiva
Conceito positivo entre os consumidores da "marca SERIDÓ"
Tradição comercial da região
Riqueza mineral
Relativamente boa base educacional
Melhoria da capacidade tecnológica
Existência de uma base inicial de cooperativas
Sociocultural
Os avanços ocorridos na oferta de alguns serviços
A existência de um programa abrangente de redução do déficit de moradia.
Político-institucional
Envolvimento da Sociedade.
Nível de Organização Comunitária.
Alterações Positivas no Sistema Municipal de Governo.
Organização da Produção.
Aparato Institucional de Apoio Técnico.
Segmentos Dinâmicos da Economia Regional:
Turismo (ecoturismo, serrano rural, negócios, eventos, caverna);
Agropecuária (pecuária leiteira e de corte, piscicultura, mandioca, cajucultura,
caprinocultura, culturas de vazante);
Indústria (confecções, cerâmica, laticínios, sapatos, indústria artesanal, pedra,
couro, madeira);
Mineral (feldspato, caulim, ferro, tungstênio);
Comercial (atacadista, varejista, supermercados);
VIII - Região do Vale do Assú
A Região do Vale do Assú é formada pela união de 11 municípios.
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MAPA 15: REGIÃO VALE DO ASSÚ
Potencialidades:
Disponibilidade de água superficial e subterrânea;
Condições climáticas e geográficas favoráveis;
Indústria salineira;
Eventos socioculturais e religiosos;
Agricultura familiar em expansão;
Ambientes com potencial turístico e econômico; Existência de organizações sociais;
Recursos humanos disponíveis;
Indústria petrolífera;
Instituições de ensino superior e de formação técnica;
Agroindústria
Segmentos Dinâmicos da Economia Regional: Turismo (sol e mar, ecoturismo);
Agropecuária (fruticultura irrigada: melão, manga, melancia e banana;
piscicultura e carcinicultura);
Indústria (cerâmica agroindústria: frutas e laticínios; mármore, salineira,
petrolífera, termoelétrica);
Mineral (petróleo, gás, calcário, sal, argila);
Comercial (varejista);
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2.1.2 Vegetação e Ecossistemas Estaduais
As formações vegetais estão diretamente relacionadas aos fatores climáticos, ao
tipo de solo e ao relevo. No Rio Grande do Norte, essas formações vegetais determinamsete ambientes ecológicos, também denominados de ecossistemas, os quais são:
Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado, Floresta das Serras, Floresta Ciliar de Carnaúba,
Vegetação das Praias e Dunas e os Manguezais. Ao longo dos séculos as formações
vegetais que caracterizavam o Rio Grande do Norte foram vítimas de muitas agressões.
A cobertura vegetal primitiva foi quase toda destruída. O que hoje existe é uma
vegetação secundária, apresentando um porte bastante inferior em relação ao passado.
A Caatinga, palavra de origem indígena, significa “mato branco” (tupi) ou seridó(cariri), refere-se à aparência da vegetação no período seco. Existem outras
denominações populares – carrasco, sertão etc. É a vegetação que caracteriza o semi-
árido norte-riograndense, com uma predominância de 80% da cobertura vegetal no
Estado. O clima Semi-Árido ou Semi-Árido Rigoroso que prevalece na maior parte do
território estadual, associado a uma constituição predominante de solos pedregosos:
Litólicos Eutróficos e os Brunos não cálcicos são elementos definidores da flora da
caatinga. Esses solos são rasos, bem drenados, situados em relevo plano a ondulado,
originados a partir de diversas rochas, como os calcários, granitos e migmatitos como
representa o mapa da geologia potiguar. A terra pedregosa, calcinada por sucessivos
dias de sol forte e pela ausência ou escassez de chuvas, gera arbustos ou pequenas
árvores. Nos raros períodos de chuva, aparece alguma folhagem, que logo cai durante a
longa estação seca. Nestas condições climáticas a oferta d’água é sempre crítica, já que
os rios ou riachos presentes nesse ecossistema, de acordo com o mapa de bacias
hidrográficas, são temporários, estando secos na maior parte do ano.
As caatingas estão representadas no Rio Grande do Norte por duas formações: a
Caatinga Hipoxerófila ou arbustiva arbórea e a Caatinga Hiperxerófila ou arbustiva. A
Caatinga Hipoxerófila é formada predominantemente por árvores e arbustos. Essa
vegetação perde as suas folhas e torna-se ressequida na época seca. Sem as folhas, as
plantas não perdem água por transpiração e não fazem fotossíntese, reduzindo o
metabolismo; esse fenômeno é chamado de estivação. Estão localizadas
predominantemente no Agreste do Estado, em áreas de clima Sub-úmido seco e
Semiárido.
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A Caatinga Hiperxerófila trata-se de uma formação vegetal resistente a grandes
períodos de estiagem, é um tipo de vegetação mais seca, rala, de porte baixo, de solo
pedregoso, raso e pouco fértil. Ela também se caracteriza por sua grande capacidade de
adaptação à falta de água (ou xerofitismo) através de diferentes estratégias. São plantas
quase todas espinhosas (bromeliáceas e cactáceas) a justificarem a roupa de couro que
no passado os vaqueiros vestiam para arrebanhar o gado nas trilhas abertas na caatinga.
Essa formação vegetal encontra-se nas áreas de clima Semi-árido e Semi-árido
Rigoroso, localizadas de acordo com o mapa de clima do Rio Grande do Norte, portanto
nas áreas mais quentes e secas do semi-árido norteriograndense. A estação chuvosa,
também chamada de inverno, não é a estação fria, mas é menos quente do que o verão.
O nordestino usa a palavra inverno não para indicar estação fria, de baixas temperaturas,
mas para designar o período das chuvas. No período seco a vegetação da Caatinga
torna-se ressequida. Algumas plantas como a barriguda, o xique-xique, a palmatória-de-
espinhos e as coroas de frades retêm água em seus tecidos por mais tempo que outras.
São mecanismos de suas estruturas para acumular água, servindo de sustento para o
gado e o homem. As suas raízes profundas são uma forma de buscar água no solo. As
espécies vegetais mais comuns são: o pereiro, o juazeiro, a catingueira, a jurema-preta,
o marmeleiro, o xique-xique, a macambira, entre outras.
Quanto à Fauna, é composta principalmente por animais de pequeno porte e
adaptados às condições locais, como o tatu-verdadeiro, o peba, o preá e o mocó. Na
caatinga ainda vive o primata sagüi-do-nordeste, e um cervídeo, o veado-catingueiro
(atualmente em processo de extinção). A utilização de queimadas para limpar áreas
destinadas a roçados, bem como o aproveitamento da madeira na construção civil, nos
fornos das cerâmicas, olarias e padarias, na produção do carvão vegetal e na construção
de cercas, vem contribuindo para o desaparecimento progressivo da vegetação da
caatinga. Os desmatamentos talvez sejam hoje o problema ambiental de maiorgravidade no estado.
A Mata Atlântica é um ecossistema formado pelo conjunto de vegetais e animais
que se estende ao longo de toda a costa brasileira, do Rio Grande do Norte até o Rio
Grande do Sul, avançando pelo interior, ocupando os Estados do Espírito Santo, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. No Rio Grande do Norte essa mata
originalmente estendia-se pela costa litorânea, de Baía Formosa até Ceará-
Mirim/Maxaranguape, hoje estando restrita numa faixa do Litoral Leste do Estado, a pequenos fragmentos em decorrência do intenso desmatamento, historicamente para o
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cultivo da cana-de-açúcar, mas também para a construção civil, para a indústria de
móveis e pela expansão das cidades litorâneas. São florestas perenifólias, e sua
ocorrência está ligada à pluviosidade e à umidade que condicionam a uma formação
vegetal de maior porte e densidade, possibilitando uma variedade de espécies
pertencentes a várias formas biológicas e extratos, dos quais os inferiores dependem do
extrato superior.
No Rio Grande do Norte, em 1500, época do descobrimento do Brasil, a área da
mata original era aproximadamente de 3.000 Km², 6% da área total do Estado. As
primeiras referências sobre a Mata Atlântica brasileira estão na carta de Pero Vaz de
Caminha escrita ao El-Rei de Portugal, ao descrever os nativos chamados pelos
portugueses de índios.
A sua destruição vem ocorrendo desde o período colonial com a extração do
pau-brasil e em seguida, para dar lugar ao cultivo da cana-de-açúcar, coco, caju, bem
como a urbanização,construção de estradas, indústrias e a prática do turismo predatório.
Ainda assim, podemos notar a sua fisionomia exuberante em alguns trechos, no sul da
Bahia, norte do Espírito Santo e na Serra do Mar. Dos 3.000 Km² de florestas primitivas
no Rio Grande do Norte, restam atualmente cerca de 840Km² de remanescentes
florestais, distribuídos geralmente em pequenos fragmentos em diferentes áreas.
Um dos mais extensos fragmentos de Mata Atlântica do Rio Grande do Norte é a
Mata da Estrela, localizada no município de Baía Formosa. Trata-se de uma reserva
particular do patrimônio natural, contando com cerca de 2.040 hectares de florestas. Em
Natal, temos a área de preservação ambiental Parque das Dunas, conhecido também
como Bosque dos Namorados, que foi criado em 1977 através do decreto estadual nº
7.237 de 22 de Novembro de 1977, sendo a primeira unidade de conservação
implantada no Rio Grande do Norte. Outras áreas estão protegidas em parques ou
reservas, particulares ou públicas.A Mata Atlântica se constitui num dos ecossistemas de maior diversidade
biológica do planeta, pois abriga uma flora e fauna autóctones, com espécies raras,
endêmicas, ou seja, que não podem ser encontradas em nenhuma outra parte e muitas
delas em processo de extinção. Destacamos das espécies arbóreas de maior porte: Pau-
brasil, Jatobá, Sucupira, Maçaranduba, Gameleira, Sapucaia, Pau-ferro, Peroba e a
Amescla, além das orquídeas e trepadeiras.
Quanto à fauna podemos encontrar mamíferos como o timbu, o gato-maracajá-de-manchas- pequenas e o macaco guariba; aves, como a Choca barrada, o Beija-flor, o
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Aracuá e o raro pássaro Pintor verdadeiro; répteis, o Bico-doce e o Tejuaçu, além de
uma riqueza de insetos herbívoros, aranhas arbo-rícolas e entre as formigas destaca-se a
Tocandira, uma das maiores do mundo e encontrada no Parque Estadual das Dunas de
Natal. A preservação desse ecossistema se deve à sua importância ambiental, que
envolve: regulação e o fluxo dos mananciais hídricos, assegura a fertilidade do solo,
controla o clima das cidades e protege as encostas das serras e dunas da erosão.
Os Cerrados são conhecidos regionalmente também como “tabuleiros” ou
“tabuleiros costeiros ou litorâneos”. O aspecto fitofisionômico caracter ístico são de
árvores tortuosas, esparsas, e intercaladas por um manto inferior de gramíneas e
principalmente a presença de dois extratos, um arbóreo-arbustivo, com elementos
isolados ou em grupos formando ilhas de vegetação como a mangabeira, a lixeira, o
cajueiro; e um herbáceo ralo e descontínuo, caracterizado basicamente por gramíneas
(capim).
O Cerrado ocupa os baixos platôs (tabuleiros) do Litoral Oriental, ocorrendo em
manchas muitas vezes associadas com vegetação de restinga e caatinga. As áreas mais
extensas dessa vegetação podem ser encontradas na porção sudeste do Rio Grande do
Norte, em Canguaretama, Baía Formosa, Tibau do Sul e Pedro Velho e também na
porção nordeste, próximo a Touros. Sua devastação vem se dando principalmente para o
suprimento de lenha às cidades próximas e também para dar lugar às monoculturas da
cana-de-açúcar, coco, caju e à expansão urbana, de maneira que poucas são as áreas
originais de cerrado no Rio Grande do Norte.
As Serras são terrenos elevados com fortes desníveis e esse ambiente apresenta
um ecossistema bastante diversificado, caracterizado pela Floresta das Serras, também
chamada brejos de altitude. É composta de vegetais de grande porte. Desenvolve-se no
Rio Grande do Norte nas partes mais altas das serras de topo plano, como as Serras de
João do Vale, Santana, Martins, São Miguel e Luiz Gomes, e também numa estreitafaixa entre a zona úmida e o Agreste do estado, na região denominada de Borborema
Potiguar. As regiões serranas podem ser facilmente localizadas no Mapa 16 de relevo do
Rio Grande do Norte a seguir.
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MAPA 16: RELEVO DO RIO GRANDE DO NORTE
Fonte: IDEMA.
A sua flora está fortemente relacionada ao tipo de clima e ao relevo, podendo ser
típicas de caatinga arbórea no Sertão, com predominância de Pereiros, Marmeleiros e
Aroeiras ou ainda caracterizadas por formações associadas à Mata Atlântica, como os
brejos de altitude nas serras úmidas do Rio Grande do Norte, com predominância das
espécies Mulungu, Sabiá e Jatobá. Dessa forma percebe-se uma relação direta do porte e
das características desse tipo de vegetação com os diferentes tipos de climas
apresentados no mapa de clima potiguar. Quanto à fauna, é composta por inúmeras
espécies de aves, como o Galo-de-campina, o Gavião pé-de-serra, o Concriz, as
Rolinhas e os Juritis. Em face da ação antrópica está reduzida em quase sua totalidade,
pela extração da madeira para obtenção da lenha ou ainda pela agricultura de
subsistência.
A Floresta Ciliar de Carnaúba, também chamada de mata de galeria, é um
domínio vegetal formado pela palmeira carnaúba. Ocorrem nas baixadas mais úmidas e
nas várzeas dos rios Apodi-Mossoró e Piranhas-Açu (ver mapa de vegetação e
hidrografia).Envolvem árvores de grande porte, isoladas ou agrupadas e entremeadas
por uma vegetação herbácea não muito densa, ocorrendo sobre solos arenosos num
relevo de plano a suave ondulado. Pode ocorrer também em pequenas várzeas da zona
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úmida costeira oriental. É um tipo de vegetação que se adapta bem aos solos de várzea,
mesmo aqueles salinos, daí sua destruição para aproveitamento de áreas para a produção
de sal, dada sua localização nas várzeas terminais ou nos estuários. Essa formação
vegetal é derrubada também para a extração de madeira. Vale ressaltar que uma
quantidade expressiva dessa mata de carnaúbas foi submersa com a construção da
barragem Armando Ribeiro Gonçalves, nas várzeas dos rios Piranhas-Açu.
As Dunas são um ecossistema frágil diante das ações modificadoras impostas
pelos homens, comprometendo o equilíbrio ecológico e uma função importante para as
populações desses espaços, que é a recarga das águas subterrâneas. É constituída pela
acumulação de areias, denominadas Quartzosas Distróficas Marinhas, depositadas pela
ação dos ventos provenientes dos solos desestruturados, classificados no mapa de solos
do Rio Grande do Norte.
A cobertura vegetal que se fixa nas dunas,as Vegetações das Praias e Dunas são
essencialmente rasteiras, resistentes às condições ambientais: umidade, nutrientes
escassos e evaporação intensa. As plantas mais conhecidas são o Bredo de Praia, a
Salsa-Roxa e a Ameixa. À medida que se afasta da praia, subindo as dunas, a vegetação
aumenta de porte, surgindo arbustos que às vezes formam matas fechadas ou de pouca
densidade, como exemplo o Guajiru, espécie bastante comum. Sua localização se
estende ao longo de toda a costa, de Baía Formosa, no Litoral Oriental até Tibau no
Litoral Norte. Os principais impactos sobre essa vegetação estão intimamente
relacionados à urbanização com a retirada da cobertura vegetal, desestabilizando as
dunas, provocando o assoreamento de rios, riachos e lagoas.
Os Manguezais são um ecossistema costeiro composto por vegetais
essencialmente arbóreos, e ocorrem na zona de transição entre os ambientes terrestres e
marinhos. Característicos de regiões tropicais e subtropicais da terra estão sujeitos ao
regime das marés. Os solos são salinos e ricos em matéria orgânica.O Manguezal ocorre nas margens de baías, enseadas, barras, desembocaduras de
rios, lagunas e reentrâncias costeiras, onde haja encontro das águas dos rios e do mar, ou
diretamente exposto à linha da costa. A cobertura vegetal, ao contrário do que acontece
nas praias arenosas e nas dunas, instala-se em substratos de formação recente, de
pequena declividade, sendo inundados alternadamente por água salgada e por água
doce. As espécies mais encontradas são o mangue manso, mangue ratinho e o mangue
vermelho ou sapateiro. A riqueza biológica desse ecossistema costeiro faz com que
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essas áreas se jam os grandes “berçários” naturais de várias espécies de organismos
marinhos.
MAPA 17: VEGETAÇÃO DO RIO GRANDE DO NORTE
Fonte: IDEMA.
A fauna é composta principalmente de caranguejos e ostras, além de camarões,
siris e moluscos. Peixes, aves e outros animais migram para os manguezais apenas
durante a época da reprodução, depositando ali seus ovos, e os filhotes permanecem no
local até estarem desenvolvidos o suficiente para deixar o manguezal e completar seu
ciclo de vida no mar. No Rio Grande do Norte, de acordo com o mapa de vegetação, os
manguezais mais representativos estão distribuídos ao longo do Litoral Oriental:
Curimataú/Cunhaú, Potengi, Ceará-Mirim, Nísia Floresta/Papeba/Guaraíra e ao longo
do Litoral Norte: Apodi/Mossoró, Açu e Guamaré/Galinhos.
Esses remanescentes apresentam-se em faixas estreitas e descontínuas,
acompanhando paredões de salinas ou em bosques ribeirinhos pouco adensados. Apesar
de protegidos por lei, os manguezais vêm sendo desmatados há muito tempo. A
atividade salineira e a carcinicultura são os principais responsáveis pela sua destruição,
respectivamente para a construção de cristalizadores e viveiros. Portanto, a situação de
preservação dos manguezais é bastante conflitante, haja vista o setor econômico
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persistir em utilizar os solos indiscriminadamente para expansão de suas atividades. Os
manguezais que ficam mais próximos das áreas urbanas são indevidamente utilizados
como depósitos de lixo.
2.1.3 Clima
Segundo os autores do Atlas – Rio Grande do Norte – Estudo Geo-Histórico e
Cultural, nos anos em que as chuvas caem com regularidade, como é o caso dos anos de
2006 e 2010 e levando-se em consideração entre os diversos fatores climáticos, apenas
as médias anuais de precipitações e as isoietas por estas determinadas, o território doRio Grande do Norte pode ser dividido em cinco tipos climáticos:
I - Clima úmido – é o clima de uma pequena área do litoral do Estado que vai do
Município de Baía Formosa ao de Nísia Floresta, onde a média anual de chuvas fica
acima de 1.200 milímetros. Esse clima, na classificação de KOPPEN, equivale ao
tropical chuvoso, com verão seco e com a estação chuvosa prolongando-se até os meses
de julho/agosto.
II - Clima sub-úmido – esse clima vai do litoral de Parnamirim/Natal até o litoral
de Touros, abrange também trechos da região serrana de Luís Gomes, Martins,
Portalegre e as partes mais elevadas da Serra João do Vale. As médias pluviométricas
anuais situam-se entre 800 e 1.200 milímetros de chuvas. Equivale na
CLASSIFICAÇÃO DE KOPPEN ao clima tropical chuvoso, com inverno seco e com a
estação chuvosa prolongando-se até o mês de julho.
III - Clima sub-úmido seco – esse tipo de clima abrange áreas da Chapada do
Apodi e das Serras de Santana, São Bernardo e Serra Negra do Norte. As médias de
precipitação situam-se entre 600 e 800 milímetros de chuvas por ano. Na classificação
de KOPPEN esse clima equivale à transição entre o Tropical Típico (Aw) e o Semi-
árido (Bs).1
IV - Clima semiárido – esse clima abrange o Vale do Açu, parte do Seridó e do
Sertão Central e o litoral que vai de São Miguel do Gostoso ao município de Areia
Branca. Portanto, é o de maior abrangência no território estadual. Neste clima as médias
1
Classificação Climática de KOPPEN: Sistema de classificação climática global dos tipos climáticosmais utilizados na geografia, climatologia e ecologia, dividindo os climas em cinco grandes grupos ediversos tipos e subtipos.
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de precipitação variam de 400 a600 milímetros de chuvas por ano. Na Classificação de
KOPPEN equivale ao clima semi-árido (Bs).
V - Clima semiárido intenso – é o clima mais seco do Estado, pois a média anual
fica em torno 400 de milímetros de chuvas. Esse tipo climático equivale na classificação
de KOPPEN ao Clima-Árido (Bw) e abrangem os territórios municipais de Equador,
Parelhas e Carnaúba dos Dantas no Seridó e São Tomé, Lajes, Pedro Avelino, Fernando
Pedrosa, Angicos e Afonso Bezerra.
MAPA 18: CLIMA DO RIO GRANDE DO NORTE
Fonte: IDEMA
2.2 Aspectos Urbanos
2.2.1 Planejamento Urbano
De forma geral, o espaço urbano materializa-se através das relações do homem
com o meio, definindo áreas de usufruto diferenciado e com funções específicas como:
áreas comerciais, industriais, residenciais diferenciadas em termos de forma e conteúdo
social, de serviços e gestão, lazer, além de áreas destinadas a reservas para futuras
expansões espaciais ou à preservação ambiental.
Não diferentemente ocorre com o espaço urbano no Rio Grande do Norte, pois o
leque extenso de atividades e relações torna dinâmico o espaço, que seja ele planejado
de forma eficaz.
Para tanto, são necessários instrumentos e órgãos de planejamento, a fim de que
o espaço seja ordenado de acordo com as necessidades econômicas e sociais.
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No âmbito da Administração Direta, pode-se dizer que as Secretarias de Estado
estão, mesmo que indiretamente, ligadas ao planejamento urbano no Rio Grande do
Norte. Algumas delas podem ser citadas como principais órgãos marcantemente
relacionados a tal planejamento, dentre as quais: Secretaria de Infraestrutura (SIN);
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH);
Secretaria de Estado do Planejamento e das Finanças Públicas (SEPLAN); Secretaria de
Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (SETHAS); Secretaria
Extraordinária para assuntos relativos à Copa do Mundo de 2014 (SECOPA).
Na Administração Indireta, podem ser citados o Instituto de Desenvolvimento
Sustentável e Meio Ambiente do RN (IDEMA); Companhia de Águas e Esgotos do RN
(CAERN); Companhia Estadual de Habitação e Desenvolvimento (CEHAB); Instituto
de Gestão de Águas do RN (IGARN).
Além disso, o Rio Grande do Norte conta com Legislações específicas acerca do
tema. Deve-se citar como essencial o Plano Diretor de cada município, obrigatório para
municípios com mais de 20 (vinte) mil habitantes, integrantes de Região Metropolitana,
em área de Interesse Turístico e municípios situados em áreas de influência de
empreendimentos ou atividades de significativo impacto ambiental na região ou no país
(de acordo com o artigo 41 da Lei 10.257/2001).
Nesse aspecto ainda é necessário que muitos municípios avancem na elaboração
de seu Plano Diretor, mesmo em casos em que não sejam obrigatórios, a fim de evitar
que o rápido desenvolvimento de alguns municípios do Estado se dê de forma
desregrada e sem qualquer planejamento prévio.
A Tabela 2 abaixo elenca os municípios que, de acordo com o IBGE, possuíam
Plano Diretor em 2009.
TABELA 2: MUNICÍPIOS QUE POSSUEM PLANO DIRETOR – 2009
Açu Natal
Apodi Nísia Floresta
Areia Branca Nova Cruz
Baraúna Parnamirim
Caicó Santa Cruz
Canguaretama Santo Antônio
Ceará-Mirim São Gonçalo do Amarante
Currais Novos São José de Mipibu
Extremoz São Miguel
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João Câmara São Miguel do Gostoso
Jucurutu São Paulo do Potengi
Macaíba Senador Georgino Avelino
Maxaranguape Tibau
Monte Alegre Tibau do SulMossoró Touros
Fonte: IBGE.
TABELA 3: MUNICÍPIOS DO RN – PLANO DIRETOR/2009
Total de Municípios 167
Total de Municípios com Plano Diretor 30
Total de Municípios com Plano Diretor Orientado pelasregras previstas nas normas técnicas deacessibilidade parapessoas com deficiência e mobilidade reduzida
27
Total de municípios em fase de revisão de Plano Diretor 5
Total de municípios em fase de elaboração do Plano Diretor 25
Fonte: IBGE.
A Tabela 4 a seguir apresenta os municípios que, por apresentarem determinadas
características, deveriam possuir Plano Diretor por determinação do Estatuto das
Cidades (Lei 10.257/2001).
TABELA 4: MUNICÍPIOS COM MAIS DE 20 MIL HABITANTESAçu Monte Alegre
Apodi Mossoró
Areia Branca Nísia Floresta
Baraúna Nova Cruz
Caicó Parelhas
Canguaretama Pau dos Ferros
Ceará-Mirim Santa Cruz
Currais Novos Santo Antônio
Extremoz São Gonçalo do Amarante
Goianinha São José de Mipibu
João câmara São Miguel
Macaíba Touros
Macau
Natal
Fonte: IBGE
2.2.2 Transportes – Vias de Transportes
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36
O aumento na quantidade de veículos tornou-se uma preocupação em todo o
Brasil. No Rio Grande do Norte o crescimento se deu de forma tão rápida que não foi
possível haver um planejamento eficaz para que houvesse o crescimento da malha
urbana. Como resultado, tem-se o caos no trânsito, estradas inapropriadas e,
conseqüentemente, o crescimento no número de acidentes.
Essa questão passou a ser alvo de políticas estaduais, tanto no tocante à melhoria
da infraestrutura das estradas quanto à aderência do Governo Estadual à Campanha
Trânsito na Paz.
O crescimento do número de financiamentos de veículos no Estado é um dos
grandes fatores que colaboram para o contexto apresentado. De acordo com dados do
Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (DETRAN/RN), em 2010 o
Rio Grande do Norte apresentava 57.905 veículos zero quilômetro financiados e 17.381
não financiados, sendo que a maior parte dos financiamentos ocorria no interior do
estado, com 35.018 carros financiados, em contraponto aos 22.887 financiados em
Natal.
Ainda de acordo com o DETRAN RN, em 2000 a frota de veículos do Rio
Grande do norte era em valores absolutos 304.458 veículos, estando 163.180 presentes
na capital e 141.278 no interior do estado.
Já em 2010 o mesmo órgão informa que a frota do Rio Grande do norte era
composta por 787.105 veículos, estando 307.436 na capital e 479.669 no interior. No
início de 2012 a frota de veículos no estado era de 868.761, sendo 37,86% em Natal e
62,14% nas demais cidades. Os dados podem ser percebidos com mais clareza na
Tabela 5 abaixo:
TABELA 5: FROTA DE VEÍCULOS DO RN
LOCAL QUANTIDADE DEVEÍCULOS NO ANO 2000
QUANTIDADE DEVEÍCULOS NO ANO DE2010
Rio Grande do Norte 304.458 787.105Capital do Estado 163.180 307.436Interior do Estado 141.278 479.669Fonte: DETRAN/RN
Como se pode perceber, os anos 2000 e 2010 com relação à frota de carros no
RN, o aumento da quantidade de veículos foi significativo. Contudo, o que também
chama bastante atenção é o fato de que em 2000 a quantidade de carros no interior do
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Estado era menor que a da capital, situação que se inverte no ano de 2010, já que a
quantidade de carros no interior ultrapassa bastante a frota de veículos da capital.
Esses dados podem ser explicados por meio da conjugação de uma série de
fatores. Deve-se citar o crescimento rápido de várias cidades norteriograndenses dentro
do período analisado e o aumento do número de financiamentos de veículos no interior.
No tocante às motocicletas, deve-se ressaltar a grande quantidade existente no
Estado. Por ser um veículo com valor mais acessível que o carro e por facilitar o acesso
ao trânsito, crescem cada vez mais o número de motocicletas, principalmente no interior
do estado. De acordo com o DETRAN/RN, no início de 2012 a frota de motocicletas no
Estado era de 303.499, sendo que 23,65% circulavam em Natal e 76,35% nos demais
municípios, sem deixar de ressaltar a frota da cidade de Mossoró que corresponde a
42.958, representando 14,15% de toda a frota de motocicletas do Estado. Este aumento
do número de motocicletas repercute diretamente na grande quantidade de acidentes
envolvendo condutores, que nem sempre dirigem suas motocicletas com a prudência
necessária.
Em relação à malha aérea do Estado, o Rio Grande do Norte possui três opções
de embarque e desembarque: o Aeroporto Internacional Augusto Severo, localizado no
município de Parnamirim, onde circulam diariamente entre 2.446 e 3.463 usuários de
acordo com a Infraero; O Aeroporto de São Gonçalo do Amarante que está em fase de
construção, com previsão de conclusão para Março de 2014. A previsão de fluxo é de
6,2 milhões de passageiros por ano, com oito pontos de embarque, quarenta e cinco
posições para check-in e terminal de cargas de 2.700m². Seu custo total está orçado em
70 milhões de reais; e o Aeroporto Dix-sept Rosado que realiza vôos domésticos e fica
localizado na cidade de Mossoró, no interior do Estado.
No que tange ao sistema portuário, o Rio Grande do Norte possui três portos: O
Porto de Natal que foi construído em 1932 e se destaca na exportação de frutas, querepresenta 30% da movimentação do terminal, recebendo com regularidade navios para
exportação de açúcar e importação de trigo.
Trânsito
No que se refere aos acidentes de trânsito, o Rio Grande do Norte vem
avançando em campanhas educativas e ações interventivas a fim de evitar acidentes e
conscientizar a população. Mesmo assim, é necessária uma alerta para a quantidade deacidentes que ainda ocorrem por imprudência dos motoristas.
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38
Durante o ano de 2008, o DETRAN/RN registrou 9024 acidentes de trânsito
apenas em Natal, o que representou um aumento com relação ao ano de 2007, no qual
foram registrados 8950 acidentes.
Rodovias
A malha viária do Rio Grande do Norte é composta por rodovias federais e
estaduais que interligam as principais cidades do estado. O Mapa 19 abaixo apresenta as
rodovias federais que cortam o Estado do Rio Grande do Norte.
MAPA 19: RODOVIAS FEDERAIS DO RIO GRANDE DO NORTE
FONTE: Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT).
De acordo com dados da Pesquisa CNT de Rodovias (2011) da Confederação
Nacional de Trânsito (CNT), dos 1.762 km de rodovias federais e estaduais analisados,
32,6% foram considerados regulares, 27,5% ruins e 8,1% em péssimas condições,
restando apenas 31,8% em boas ou ótimas condições.Os dados podem ser observados
na Tabela 6 a seguir:
TABELA 6: EXTENSÃO TOTAL DAS RODOVIAS FEDERAIS E ESTADUAIS
ESTADO GERAL KM %Ótimo 111 6,3
Bom 449 25,5Regular 574 32,6
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39
Ruim 485 27,5Péssimo 143 8,1TOTAL 1.762 100,0
Fonte: Confederação Nacional de Trânsito – CNT. Rodovias 2011.
OBS: Ótimo e Bom = 31,8% Regular, Péssimo e Ruim = 68,2%.
De uma forma mais detalhada, o quadro seguinte permite vislumbrar as
condições gerais, de pavimentação, sinalização e geometria das rodovias estaduais e
federais que interligam o Rio Grande do Norte. As condições apresentadas apontam
para rodovias, em sua maioria, no seu estado geral ruim ou regular. No tocante à
pavimentação, metade das rodovias analisadas estão em condições regulares. Quanto à
sinalização, item de estrema importância para a segurança do tráfego, a maioria das
rodovias estão no parâmetro regular ou ruim.
TABELA 7: RESULTADOS POR RODOVIAS PESQUISADAS NO RIO GRANDE DO NORTE
RODOVIAEXTENSÃO
- KM
ESTADO
GERALPAVIMENTO SINALIZAÇÃO GEOMETRIA
RN-023 32 Ruim Regular Regular Péssimo
RN-023/BR-104 7 Ruim Regular Ruim Péssimo
RN-079 33 Péssimo Ruim Péssimo Péssimo
RN-117 56 Ruim Ruim Ruim Péssimo
RN-118 72 Regular Regular Regular Ruim
RN-223 42 Péssimo Regular Péssimo Péssimo
RN-405 21 Ruim Regular Ruim Péssimo
RNT-104/BR-104 21 Ruim Regular Ruim Péssimo
RNT-110/BR-110 5 Péssimo Ruim Péssimo Péssimo
RNT-226/BR-226 42 Ruim Regular Regular Péssimo
BR-101 179 Regular Bom Regular Regular
BR-104 40 Bom Ótimo Bom Regular
BR-110 82 Regular Bom Regular Regular
BR-226 368 Regular Bom Regular Ruim
BR-304 325 Bom Bom Bom Regular
BR-405 191 Ruim Regular Ruim Ruim
BR-406 181 Regular Bom Regular Regular
BR-427 161 Regular Regular Ruim Ruim
Fonte: Confederação Nacional de Trânsito – CNT. Rodovias 2011.
Os dados apresentados demonstram a necessidade de investimentos nainfraestrutura de rodovias federais e estaduais no Rio Grande do Norte. As condições
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constatadas nas tabelas implicam inclusive para o aumento do número de acidentes nas
estradas, o que somado à imprudência de alguns motoristas, reflete diretamente no setor
de saúde, devido aos custos do acidentado para o estado.
2.2.3 Saneamento Básico
O Rio Grande do Norte já tem 95% dos domicílios com acesso à água tratada.
Mas esse bom indicador de saneamento básico empalidece diante da baixíssima taxa de
cobertura do serviço de esgotamento sanitário que corresponde a apenas 22%. Isso
produz conseqüências negativas para a saúde pública, com o aumento dos custos com o
tratamento de doenças causadas pela falta de água potável ou redes de esgotos, prejudicando o desenvolvimento social e econômico. Entretanto o Governo do Estado
tem investido nessa área através dos programas Pró-Saneamento e Água para Todos.
Em 2008, foi lançada pelo IBGE a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico
(PNSB 2008). De acordo com este estudo, pode-se constatar a realidade do Rio Grande
do Norte.
No tocante aos Resíduos Sólidos, constatou-se que, dos 167 municípios que
compõem o estado, todos possuíam o serviço, sendo que em 111 deles a Prefeitura era aúnica executora, em 31 deles o serviço ficava por conta de outras entidades e em 25
cidades a Prefeitura e outras Entidades dividiam as responsabilidades. Em 65
municípios do universo analisado foi constatada a presença de catadores de resíduos
sólidos na zona urbana.
Quanto ao abastecimento de água, existe a predominância sob a responsabilidade
de outras entidades executoras do serviço (contabilizando 141 municípios), ficando
essas prefeituras sem a responsabilidade. Nesse aspecto, vale ainda ressaltar que apenas
16 municípios possuem instrumento legal para regular o abastecimento de água, e
apenas 1 possui Plano Diretor de Abastecimento de Água.
Quanto ao esgotamento sanitário, apenas 59 municípios possuem o serviço,
sendo que em 20 deles, o executor é a Prefeitura e em 39 outras unidades o serviço é
executado por outras entidades. Em apenas 7 (sete) unidades existe instrumento legal
regulador do serviço de esgotamento sanitário.
Por fim, quanto ao Manejo das Águas pluviais, todos os 167 municípios
possuem o serviço. A Tabela 8 a seguir apresenta os dados.
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TABELA 8: MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS DO RN
SERVIÇOQUANTIDADE DE MUNICÍPIOS DO RN
QUE POSSUIAM O SERVIÇO
Rede Geral de Distribuição de água 167
Rede Coletora de Esgoto 59
Manejo de Resíduos Sólidos 167
Manejo de Águas Pluviais 167
Fonte: Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 - IBGE
Em 2011, o Governo retomou várias paralisadas. A Estação de Tratamento do
Baldo, em Natal, já funciona com 50% da sua capacidade, seguindo o planejamento de
operação gradual do projeto. As obras e da Barragem Oiticica, em Jucurutu, foram
garantidas sendo executadas. As obras de saneamento nas praias de Pium, Pirangi e
Cotovelo também voltaram a ser executadas, assim como em Areia Branca, Assu, NovaCruz, Parnamirim, Goianinha, Tibau do Sul e Currais Novos.
Para 2012, o plano de trabalho da SEMARH - Secretaria de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos - prevê obras novas como a continuação e/ou conclusão de redes de
saneamento nos municípios bem como as adutoras e outras obras de ampliação da oferta
de água para consumo humano e uso em irrigação.
Na área de abastecimento de água, há 21 obras em andamento ou em fase de
contratação em municípios de todas as regiões do RN. Para Natal está previsto entreoutros investimentos, a construção da nova adutora ETA-R8 e a substituição de parte da
rede atual, na Zona Norte; ampliação do abastecimento no bairro Planalto; captação
com a adutora do Rio Doce, na Zona Norte de Natal; e a elaboração Plano Diretor do
Sistema de Abastecimento de Água.
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MAPA 20: REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO RIO GRANDE DO NORTE
Na área de esgotamento sanitário, há 38 projetos em andamento ou já em fase de
contratação. Entre os municípios beneficiados, estão: Apodi, Areia Branca, Nova Cruz,
Assu, Pau dos Ferros, Tibau do Sul e Pipa, Parnamirim (Pium, Cotovelo e Pirangi),
Caicó (Conjunto Nova Caicó), Goianinha, Jardim de Piranhas, João Câmara, Mossoró
(Alto de São Manoel; Substituição do Coletor tronco da Estação das Artes) e Natal
(emissário de Candelária; esgotamento sanitário dos bairros de Mãe Luiza, Morro
Branco, Redinha e Nova Descoberta).
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MAPA 21: REDE COLETORA DE ESGOTO DO RIO GRANDE DO NORTE
No tocante ao Manejo de Resíduos Sólidos, destaca-se inicialmente a baixa
porcentagem de participação do Setor Público, já que o Atlas de Saneamento 2011
(IBGE) destaca um índice de apenas 34,8% de participação de empresas de natureza
pública nesse serviço. O Mapa 22 abaixo auxilia na análise do Manejo de Resíduos
Sólidos no Rio Grande do Norte.
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MAPA 22: MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO RIO GRANDE DO NORTE
O mapa demonstra que ainda existem muitas providências a serem realizadas
com relação à gestão dos Resíduos Sólidos no Rio Grande do Norte. A título de
exemplificação cabe analisar a grande quantidade de municípios norteriograndenses que
despejam seu lixo a céu aberto.
É necessário perceber a gravidade da questão para a saúde pública e o Meio
Ambiente, principalmente a partir da Lei 12.305/2010 da Política Nacional de Resíduos
Sólidos que proíbe a queima e a destinação dos resíduos aos chamados lixões (artigo,
47, Lei 12.305/2010), determinando ainda que os mesmos devam ser erradicados até o
ano 2014 (artigo 54, Lei 12.305/2010).
Observa-se, de acordo com o mapa, que a taxa de reciclagem ainda é baixa, já
que são poucas as unidades de triagem e reciclagem no Estado, quantidade que nem
chega a ser representada no mapa.
O Plano Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos inclui várias ações, como por
exemplo, a conclusão dos estudos técnicos para construção dos aterros sanitários do
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Seridó, Alto Oeste e Vale do Açú; a construção dos aterros sanitários de Caicó e Pau
dos Ferros e a elaboração dos Planos Intermunicipais dos cinco Consórcios Regionais
de Resíduos Sólidos do Estado, beneficiando todas as regiões do Estado, à exceção da
cidade de Mossoró e da Região Metropolitana de Natal que já são atendidos por aterros.
No tocante ao Manejo de Águas Pluviais, o Mapa 23 apresentado pelo IBGE no
Atlas do Saneamento 2011 resume a situação do Estado do Rio Grande do Norte,
demonstrando que existem áreas em que as condições de drenagem ainda são regulares
ou precárias.
MAPA 23: MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS DO RIO GRANDE DO NORTE
2.2.4 Comunicação
Internet e Telefonia
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No tocante ao serviço de telefonia, dados do IBGE (Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios - PNAD) apontam que em 2008 49,8% da população do estado,
com 10 (dez) anos ou mais de idade possuíam telefone celular para uso pessoal.
Já com relação à internet, 19,2% da população não utilizava a internet (dentro
dos três meses anteriores à pesquisa) por não ter acesso a um micro-computador. A
Tabela 9 abaixo, com dados do IBGE (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios –
PNAD), permite que seja feito um panorama geral do acesso a telefone e a internet no
Rio Grande do Norte em 2008 e 2009.
TABELA 9: PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES NOBRASIL. DADOS REFERENTES AO ACESSO A COMPUTADORES, INTERNET E
TELEFONES EXISTÊNCIA DE
MICROCOMPUTADOR,ACESSO À INTERNET E
TIPO DE TELEFONE
BRASIL(%)
RIO GRANDE DO NORTE(%)
2008 2009 2008 2009
Total 100 100 100 100
Possuíam Microcomputador 31,18 34,69 19,96 20,8
Possuíam Microcomputadorcom acesso à internet
23,83 27,39 13,43 15,17
Não PossuíamMicrocomputador
68,82 65,31 80,04 79,2
Possuíam Telefone 82,05 84,27 74,31 79,9Possuíam somente telefone
Celular37,64 41,19 52,81 59,2
Possuíam somente telefone fixoconvencional
6,57 5,75 2,44 2,33
Possuíam telefone celular e fixoconvencional
37,84 37,33 19,06 18,36
Não Possuíam Telefone 17,95 15,73 25,69 20,1
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD 2008/2009
Por meio de uma breve análise percebe-se que no Rio Grande do Norte, entre2008 e 2009, diminuiu o percentual de domicílios particulares que não tinham
microcomputador, embora se considere que o número apresentado ainda representa um
percentual elevado. No mesmo período, aumentou o percentual de domicílios com
microcomputador incluindo o acesso a internet, que foi de 13,48% para 15,17%.
Com relação à telefonia, a realidade do Rio Grande do Norte acompanha a
tendência apresentada pelo Brasil: diminuiu o percentual dos domicílios sem telefone
(em 2008, 25,69% e em 2009, 20,10%), tendo aumentado o percentual dos domicílios
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que tinham apenas celular (em 2008, 52,81% e em 2009, 59,20%), diminuindo o
percentual dos que tinham somente fixo convencional ou celular e fixo convencional.
2.2.5 Energia
Elétrica – Consumo Residencial
O consumo residencial de Energia Elétrica no Rio Grande do Norte obteve um
aumento significativo entre os anos de 2001 a 2010. Tal realidade pode ser explicada
por diversos motivos, dentre eles as altas temperaturas e as fortes chuvas, o que aumenta
a utilização de aparelhos de refrigeração, além da utilização cada vez maior deeletrodomésticos em geral.
A Tabela 10 abaixo, elaborada com dados fornecidos pelo Ministério de Minas e
Energia no Balanço Energético Nacional (2011), demonstra a evolução nos níveis de
consumo de eletricidade no Brasil e no Rio Grande do Norte, de 2001 a 2010.
TABELA 10: COMPARAÇÃO DOS NÍVEIS DE CONSUMO RESIDENCIAL DEELETRICIDADE (EM GWh) ENTRE O BRASIL E O RN
Fonte: Balanço Energético Nacional 2011 (ano base 2010) – Empresa de Pesquisa Energética.
Energia Eólica
Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do
Rio Grande do Norte, o Brasil, em janeiro de 2012, possuía 1.509 GW instalados,ocupando a 11ª colocação mundial em capacidade instalada. Dessa forma, o parque
eólico nacional cresce a passos largos, podendo ser comprovado por todo o país.
Em razão das boas condições naturais, como a força e intensidade dos ventos,
muitas empresas estão investindo em parques eólicos no Rio Grande do norte. Em 2001,
o estado possuía três parques eólicos localizados em Rio do Fogo, gerando 49MW,
Guamaré com 51 MW e Macau com 1,8 MW. Em 2011, a potência instalada aumentou
151,8 MW com o advento dos parques eólicos Alegria I e II.
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010Brasil 73.621 72.661 76.144 78.577 83.193 85.810 90.881 95.585 101.779 108.457RioGrandedo Norte
768 756 850 898 951 1.063 1.138 1.198 1.312 1.468
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O bom desempenho do Rio Grande do Norte em diversos leilões resultará na
instalação de, pelo menos, 23 parques eólicos resultantes do Leilão de Energia de
Reserva (A-3) e mais 9 parques do Leilão de Agentes Livres, ambos realizados em
dezembro de 2009.
A Tabela 11 a seguir, fornecida pela Secretaria de Desenvolvimento do Rio
Grande do Norte, aponta potencial eólico instalado (em MW) no estado, bem como
demonstra as expectativas para os próximos anos.
TABELA 11: EVOLUÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA EM PARQUES EÓLICOS NO RN
(MW)
ANO
POTÊNCIA
INSTALADA(MW)
POTÊNCIAINSTALADA
ACUMULADA(MW)
EVENTO
2004 1,8 1,8 Parque Eólico Petrobrás
2006 49,3 51,1 Parque Eólico Rio do Fogo
2011 151,8 202,9 Parque Eólico Alegria I e II
2012 875 1077,9
23 Parques Eólicos - Resultado do 1º Leilãode Energia de Reserva A-3 (Dez/2009
09 Parques Eólicos - Resultado do 1º Leilãode Agentes Livres (dez/2009)
2013 1064,6 2142,5
30 Parques Eólicos - Resultado do 2º Leilão
de Fontes Alternativas A-3 (dez/2009)09 Parques Eólicos - Resultado do 4º Leilãode Energia de Reserva (ago/2011)
2014 458,2 2600,7
02 Parques Eólicos - Resultado do 2º Leilãode Energia Nova A-3 (ago/2011)
15 Parques Eólicos - Resultado do 4º Leilãode Energia de Reserva (ago/2011)
2016 321 2921,712 Parques Eólicos - Resultado do Leilão
A-5 (dez/2011)
TABELA 12: PARQUES EÓLICOS DO RN – LEILÕES 2009/2011
MUNICÍPIO EMPREENDIMENTO LEILÃOPOTÊNCIA
(MW)
AREIA BRANCA
CGE Areia Branca LER 2009 27,3CGE Mar e Terra LER 2009 23,1
Parque Eólico Mel 02 LFA 2010 20Carcará II LER 2011 28,8Carcará II A-5 2011 28,8
Terral A-5 2011 28,8
BODÓ
Serra de Santana III LER 2010 28,8Parque Eólico Calango 1 LFA 2010 30Parque Eólico Calango 2 LFA 2010 30
Parque Eólico Calango 3 LFA 2010 30Parque Eólico Calango 4 LFA 2010 30
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Parque Eólico Calango 5 LFA 2010 30Parque Eólico Pelado LER 2011 20
CAIÇARA DO NORTE
Aratuá 3 LFA 2010 28,8Caiçara 2 LER 2011 28,8Miassaba 4 LER 2011 28,8Caiçara do Norte 1 LER 2011 28,8
GALINHOS CGE Rei dos Ventos 1 LER 2009 48,6CGE Rei dos Ventos 3 LER 2009 48,6
GUAMARÉ
CGE Aratuá 1 LER 2009 14,4CGE Miassaba 3 LER 2009 50,4CGE de Mangue Seco 1 LER 2009 25,2CGE de Mangue Seco 2 LER 2009 25,2CGE de Mangue Seco 3 LER 2009 25,2CGE de Mangue Seco 5 LER 2009 25,2
JANDAIRABaixa do Feijão A-5 2011 30Baixa do Feijão III A-5 2011 30Baixa do Feijão IV A-5 2011 30
JARDIM DE ANGICOS/ PEDRA
PRETA Parque Eólico Cabeço Preto V A-5 2011
28,8
JOÃO CÂMARA
CGE Morro dos Ventos I S.A. LER 2009 28,8CGE Morro dos Ventos III S.A. LER 2009 28,8CGE Morro dos Ventos IV S.A. LER 2009 28,8CGE Morro dos Ventos VI S.A. LER 2009 28,8CGE Cabeço Preto LER 2009 19,8CGE Eurus VI LER 2009 7,2Parque Eólico Asa Branca VI LFA 2010 30Macacos LFA 2010 20,7Pedra Preta LFA 2010 20,7Costa Branca LFA 2010 20,7Juremas LFA 2010 16,1Parque Eólico Campos dos
Ventos II LER 2010 30Parque Eólico Cabeço Preto IV LER 2010 19,8Parque Eólico Eurus I LER 2010 30Parque Eólico Eurus II LER 2010 30Santa Helena LER 2011 30SM LER 2011 30Modelo I LEN 2011 28,8Modelo II LEN 2011 24Baixa do Feijão II A-5 2011 30Parque Eólico Cabeço Preto III A-5 2011 28,8Parque Eólico Cabeço Preto VI A-5 2011 19,8Morro dos Ventos II A-5 2011 28,8
LAGOA NOVA Serra de Santana I LER 2010 19,8Serra de Santana II LER 2010 28,8
PARAZINHO
CGE Morro dos Ventos IX S.A. LER 2009 28,8CGE Santa Clara I LER 2009 28,8CGE Santa Clara II LTDA. LER 2009 30CGE Santa Clara III LER 2009 28,8CGE Santa Clara IV LER 2009 28,8CGE Santa Clara V LER 2009 28,8CGE Santa Clara IV LER 2009 28,8Parque Eólico Renascença I LFA 2010 30Parque Eólico Renascença II LFA 2010 30Parque Eólico Eurus IV LFA 2010 30Parque Eólico Renascença III LFA 2010 30Parque Eólico Renascença IV LFA 2010 30Parque Eólico Asa Branca I LFA 2010 30
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Parque Eólico Asa Branca II LFA 2010 30Parque Eólico Asa Branca III LFA 2010 30Parque Eólico Asa Branca IV LFA 2010 30Parque Eólico Asa Branca V LFA 2010 30Parque Eólico Asa Branca VII LFA 2010 30Parque Eólico Asa Branca VIII LFA 2010 30
Parque Eólico Ventos de SãoMiguel LFA 2010
30
Parque Eólico Eurus III LER 2010 30Parque Eólico Renascença V LER 2010 30
RIO DO FOGO Arizona 1 LFA 2010 28,8PEDRA GRANDE Dreen Boa Vista LFA 2010 12,6
SANTANA DOS MATOSMacambira I A-5 2011 20Macambira II A-5 2011 18
SÃO BENTO DO NORTEDreen Olho D'gua LFA 2010 30Dreen São Bento do Norte LFA 2010 30CGE Farol LFA 2010 19,8
SÃO MIGUEL DO GOSTOSO
Carnaúbas LER 2011 27,2
Reduto LER 2011 28,8São João Eol LER 2011 28,8TENETENTE LAURENTINO Parque Eólico Lancinha LER 2011 28
TIBAUFamosa I LER 2011 22,5Rosada LER 2011 30
TOUROSVentos de Santo Uriel LER 2011 16,1Santo Cristo LER 2011 28,8
TOTAL 2.503,6
LEGENDA:LER 2009 - Leilão de Energia de Reserva 2009 Início/Operação 2012LFA 2010 - Leilão de Fontes Alternativas 2010 Início/Operação 2013LER 2010 - Leilão de energia de Reserva 2010 Início/Operação 2013LER 2011 - Leilão de Energia de Reserva 2011 Início/Operação 2014LEN 2011 - Leilão de Energia Nova 2011 Início/Operação 2014A-5 2011 - Leilão A-5 Dezembro/2011 Início/Operação 2016Fonte: Secretaria De Desenvolvimento Econômico do RN (SEDEC) 2012
Para bem aproveitar o potencial eólico, o Governo do Estado do Rio Grande do
Norte, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, FAPERN e
IDEMA, os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação e de Minas e
Energia, CTGAS-ER, UFRN, UFERSA, UERN, IFRN, Universidade Potiguar, FIERN,
SEBRAE, empreendedores em energia eólica e instituições empresariais e acadêmicas,
nacionais e internacionais, conveniadas, pretendem estruturar o Instituto de Tecnologia
em Energias Renováveis - ITERN, para formar profissionais em energia eólica e energia
solar.
2.3 Aspectos Ambientais
2.3.1 Unidades de Conservação
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Unidade de Conservação é o espaço territorial e seus recursos ambientais,
incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, instituída
legalmente pelo Poder Público, sob regime especial de administração, ao qual se
aplicam garantias adequadas de proteção ambiental.
2.3.2 Áreas de Proteção Ambiental no Rio Grande do Norte (APAS)
I - APA Bonfim Guaraíras
A APA Bonfim Guaraíras foi criada pelo Decreto Estadual nº 14.369 de 22 de
março de 1999, com o objetivo de ordenar o uso e proteger os recursos naturais de uma
área em que são realizadas diversas atividades impactantes como ocupação antrópica,
cultivo de cana-de-açúcar e camarão.
A APA está localizada nos municípios de Nísia Floresta, São José de Mipibu,
Arês, Senador Georgino Avelino, Goianinha e Tibau do Sul, o que a insere dentro da
principal rota dos turistas no Estado, o que torna ainda mais importante sua
conservação.
II - APA GenipabuA APA de Genipabu foi instituída pelo Decreto Estadual n.º 12.620 de 17 de
maio de 1995/ IDEMA-RN, estando localizada nos municípios de Natal e Extremoz. O
objetivo principal é a conservação de espécies vegetais e animais; dunas; ecossistemas
de Praias, Manguezal e Mata Atlântica, além dos recursos hídricos.
III - APA dos Recifes de Corais
A APA dos Recifes de Corais foi instituída pelo Decreto nº 15.476, de 06 deJunho de 2001 e está localizada nos municípios de Maxaranguape, Rio do Fogo e
Touros.
Essa APA surgiu da necessidade de conservação da área diante do crescimento
da atividade turística na área dos recifes de corais ou parrachos, a fim de compatibilizar
a necessidade do desenvolvimento das atividades econômicas com a conservação dos
recursos naturais.
IV - APA do Piriqui-Una
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52
Criada por meio do Decreto nº 10.682, de 06 de junho de 1990 e ampliada pelo
Decreto n° 22.182, de 22 de março de 2011, a APA do Piriqui-Una insere-se nos
municípios de Pedro Velho, Canguaretama, Espírito Santo, Goianinha e Várzea.
Essa APA tem o objetivo de conservar os recursos hídricos das bacias do Jacú,
Catú e Curimataú, além de biomas Mata Atlântica e Caatinga.
De acordo com o IDEMA, foi criada recentemente a Unidade de Conservação
Morro do Careca, e outras Unidades de Conservação no Rio Grande do Norte estão em
fase de criação: APA das Carnaúbas; APA Dunas do Rosado; Parque Estadual Mangues
do Potengi; Parque Estadual do Jiqui e Cavernas - Região de Martins.
2.3.3 Zonas de Proteção Ambiental
Pode-se definir uma Zona de Proteção Ambiental (ZPA), de forma geral, como
uma área de uso restrito em relação à ocupação do solo devido às características físicas,
sendo necessária a proteção de seus aspectos paisagísticos, históricos, arqueológicos e
científicos.
No município de Natal, capital do Estado, podem ser elencadas as Zonas de
Proteção Ambiental, conforme demonstra o Mapa 24 a seguir, elaborado pela Secretaria
Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMURB).
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MAPA 24: ZONAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
A Tabela 13 abaixo estabelece uma comparação entre a quantidade de Unidades
de Conservação no Brasil e no Rio Grande do Norte no ano de 2009, demonstrando a
importância que ainda é dispensada a essas áreas no Estado.
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TABELA 13: UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO BRASIL E NO RN
TIPO DE USO E CATEGORIA DE MANEJOQUANTIDADE
BRASIL RN
De Proteção Integral: Estação Ecológica 58 -
De Proteção Integral: Reserva Biológica 28 -
De Proteção Integral: Parque Estadual 191 3
De Proteção Integral: Refúgio de Vida Silvestre 6 -
De Proteção Integral: Monumento Natural 13 -
De Proteção Integral: Marinhas 8 -
De uso sustentável: área de relevante interesse ecológico 24 -
De uso sustentável: Floresta estadual 47 -
De uso sustentável: Reserva de desenvolvimento sustentável 27 1
De uso sustentável: Reserva Extrativista 28 -De uso sustentável: Marinhas 2 -
Área de Proteção Ambiental - Terrestre 179 3
Área de Proteção Ambiental - Marinha 8 1
Fonte: IBGE/2009
O Mapa 25 abaixo, elaborado pelo IDEMA, apresenta a localização das
Unidades de Conservação Federais no Rio Grande do Norte, das Reservas Particulares
do Patrimônio Natural e das Unidades de Conservação Estaduais.
MAPA 25: UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO RIO GRANDE DO NORTE
Fonte: IDEMA.
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TABELA 14: MUNICÍPIOS QUE ABRANGEM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
Serra Negra do Norte Macaíba
Timbaúba dos Batistas Natal
Caicó Extremoz
Parelhas AngicosMartins Guamaré
Pedro Velho Macau
Canguaretama Porto do Mangue
Goianinha Areia Branca
Espírito Santo Pendências
Várzea Carnaubais
Tibau do Sul Alto do Rodrigues
Arês Açu
Senador Georgino Avelino Ipanguaçu
Nísia Floresta Itajá
São José de Mipibu Mossoró
Parnamirim Baraúna
Macaíba
Fonte: IDEMA.
Com o objetivo de transformar a realidade apresentada e colaborar com a
conservação dos recursos ambientais no Rio Grande do Norte, foi criado o Núcleo de
Gestão de Unidades de Conservação (NUC), instituído no âmbito interno do IDEMA,
com a finalidade de dar cumprimento ao Sistema Nacional de Unidades de
Conservação. A missão principal do NUC é planejar, propor a criação e gerir as
Unidades se Conservação, sempre levando em consideração a gestão participativa para a
preservação ambiental e bem estar da população.
2.3.4 Recursos Hídricos
O Rio Grande do Norte dispõe de reservas hídricas concentradas para abastecer
a sua população e atender as demandas de irrigação. O Estado apresenta-se com
reservas substanciais de águas superficiais no interior, destacando-se o açude Armando
Ribeiro Gonçalves no rio Açu, que se configura como a segundamaior barragem do
Nordeste, com capacidade de acumulação de 2,4 bilhões de m³, sendo que 90% das
reservas hídricas do Estado estão concentradas nos dois maiores rios: Açu e Apodi.
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O RN também possui reservas de águas subterrâneas no litoral, no sistema
Dunas-Barreiras e na Chapada do Apodi, no Arenito Açu. O Estado do Rio Grande do
Norte conta com 46 açudes monitorados pela Secretaria de Meio Ambiente e dos
Recursos Hídricos, distribuídos no Mapa 26 a seguir.
MAPA 26: AÇUDES DO RIO GRANDE DO NORTE
Fonte: SEMARH.
O Estado possui ao todo 16 Bacias Hidrográficas. São elas: Apodi/Mossoró,
Piranhas/Açu, Boqueirão, Punaú, Maxaranguape, Ceará-Mirim, Doce, Potengi, Pirangi,
Trairí, Jacú, Catú, Curimataú, Guaju, Faixas Litorâneas Norte e Leste de escoamentos
difusos.
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MAPA 27: BACIAS HIDROGRÁFICAS DO RIO GRANDE DO NORTE
Fonte: SEMARH.
Os sistemas adutores de grande porte também continuarão a receber
investimentos. A ampliação da Adutora Monsenhor Expedito tem previsão de término
para outubro, aumentando a oferta de água em 30 municípios. Irão ser concluídos
também o Sistema Adutor do Seridó, beneficiando os municípios de Acari e Currais
Novos, além do Sistema Adutor Alto Oeste, e a captação nos reservatórios de Santa
Cruz (Apodi) e Pau dos Ferros é composto por duas adutoras, com 320 km de extensão
e abastecerá com água tratada 178 mil moradores de 24 municípios.
O Governo irá concluir a barragem Tabatinga para aumentar a oferta de água e
melhorar a contenção de enchentes de Macaíba; perfurar 300 poços e recuperar 50;
elaborar estudo e projeto básico do Canal do Sal, no rio Apodi-Mossoró para evitar que
as águas desse rio diminuam a salinidade das águas captadas pelas salinas da região;
definir ações de recuperação de 19 açudes do estado; realizar estudos hidrogeológicos
para o manejo das águas subterrâneas na região de Natal e municípios litorâneos ao
norte e ao sul da capital.
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MAPA 28: ADUTORAS DO RIO GRANDE DO NORTE
Fonte: IDEMA
O Governo definirá este ano marcos legais e institucionais importantes para
consolidar o Sistema Estadual de Recursos Hídricos, integrando o RN ao Sistema
Nacional e às diretrizes da Agência Nacional de Águas. Isso será feito através dos projetos, a serem enviados à Assembleia Legislativa, da Lei Estadual de Recursos
Hídricos, Lei de Recriação do Instituto de Gestão de Águas do RN (IGARN) e Lei de
Regulamentação da SEMARH.
As águas subterrâneas, assim como já acontece com as águas de superfície,
passarão a ser classificadas de acordo com suas características hidrogeoquímicas
naturais e seus níveis de poluição, que vão indicar a que tipo de uso cada aqüífero é
adequado. A classificação foi determinada por resolução do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) na sua 89ª Reunião Extraordinária, realizada na sede do
IBAMA, em Brasília.
A classificação, segundo o arrazoado da resolução, visa entre outros fins,
prevenir e controlar a poluição e promover a proteção da qualidade das águas
subterrâneas que, uma vez contaminadas, demandam processos lentos e onerosos para
recuperação. De acordo com suas características hidrogeoquímicas naturais e os efeitos
das ações antrópicas sobre sua qualidade, as águas subterrâneas serão enquadradas em
classes de 1 a 5, além da "classe especial", reservada aos aqüíferos destinados à
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preservação de ecossistemas em unidades de conservação de proteção integral ou que
alimentem corpos d'água superficiais também classificados como "especiais".
Para garantir a qualidade da água dentro de sua classificação, os órgãos ambientais
devem promover implementação de Áreas de Proteção de Aqüíferos e Perímetros de
Proteção de Poços de Abastecimento. A resolução também prevê a criação de Áreas de
Restrição e Controle do Uso da Água Subterrânea, a serem implementadas em caráter
excepcional e temporário quando a captação em determinados corpos de água
representar risco para a saúde humana, para ecossistemas ou para os próprios aqüíferos.
No Rio Grande do Norte os Municípios abastecidos com águas subterrâneas
estão relacionados na Tabela 15.
TABELA 15: MUNICÍPIOS DO RN ABASTECIDOS POR AQÜÍFERO SUBTERRÂNEO
Afonso Bezerra Cobé (Vera Cruz)
Água Nova Emaús (Parnamirim)
Apodi Tibau do Sul
Areia Branca Senador Georgino Avelino
Arês Jandaíra
Baia Formosa Mulungu (Pendências)
Baraúna Vera Cruz
Bom Jesus CanguaretamaCampo Santana Carnaúba (G. Avelino)
Carnaúba dos Dantas Goianinha
Encanto Macaíba
Felipe Guerra Monte Alegre
Grossos Vila Flor
Ipanguaçu Natal
Ipueira Nísia Floresta
João Dias Parnamirim
Mossoró Boa Saúde
Ouro Branco Pipa
Santana do Seridó São José do Mipibu
Tibau São José do Seridó
Upanema Lagoa Salgada
Fonte: CAERN.
2.3.5 Principais Impactos Ambientais do Rio Grande do Norte
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Os principais motivos para a existência de impactos ambientais e o desequilíbrio
entre a busca pelo lucro e a preservação dos recursos naturais são:
I - Impactos relacionados ao uso do solo
A impermeabilização do solo urbano é um impacto relevante que gera
alagamentos nos períodos de chuva; perda de solo (causada pelo desmatamento e
queimadas, por exemplo), e a desertificação do semi-árido e uso inapropriado dos
recursos da terra devido ao uso intensivo do solo.
O processo de desertificação merece destaque por apresentar altos índices no Rio
Grande do Norte e tratar-se da degradação das zonas áridas, semi-áridas e subúmidas da
terra devido à ação do homem e variações climáticas. No Mapa 29 abaixo estão
identificadas as principais áreas atingidas pela desertificação no Rio Grande do Norte de
acordo com a intensidade do impacto.
MAPA 29: OCORRÊNCIA DA DESERTIFICAÇÃO NO RN
FONTE: Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Recursos Hídricos. Programa de ação de combate àDesertificação e mitigação dos efeitos da seca - PAN Brasil, 2004
II - Destruição da biodiversidade e da vegetação original
A devastação dos manguezais (vegetação típica das áreas de encontro de águas
continentais) dá-se pela ocupação humana, carcinicultura, mineração, extração demadeira e poluição, gerada por esgotos e lançamento de detritos.
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A destruição das dunas, que acontece desde o início da ocupação do Estado, é o
alvo do setor imobiliário buscando a verticalização a qualquer custo, mesmo que, para
tanto, fosse necessário o sumiço daquela paisagem.
III - Degradação dos Recursos Hídricos
Nesse aspecto, pode ser citada a poluição de rios e mananciais, o desmatamento
de matas ciliares, assoreamentos e a destruição de ecossistemas de rios e mares. Como
por exemplo a poluição do Rio Potengi.
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3. EIXO ECONÔMICO
3.1 Produto Interno Bruto (PIB)
Atualmente o Estado do Rio Grande do Norte participa com cerca de 6% do
Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste e 0,9% da produção do país. Desde 1985 até
meados dos anos 2000, houve crescimento econômico acima da média regional e
nacional, o que gerou ganho de peso relativo do Estado nos dois contextos. Dados
recentes do IBGE revelam que o setor que mais contribui para o produto interno
potiguar é o de serviços com 74,8% de participação. O setor industrial e agropecuário
contribui, respectivamente, com 19,9% e 5,3% da produção estadual.
Algumas atividades têm exercido papel fundamental para a geração de riqueza
em território potiguar ao se observar cada setor isoladamente. No setor de serviços o
destaque é a atividade turística que nos últimos anos vem apresentando significativa
taxa de expansão, sendo assim uma importante fonte de emprego e renda, já que tem a
capacidade de impactar positivamente em diversos ramos produtivos. Ultimamente tem-
se observado uma gama de novos serviços surgindo no Estado sob influência ou não da
atividade turística, o que tem proporcionado uma ampla diversificação na prestação de
serviços e tornado o setor o mais dinâmico da economia.Com relação ao segmento industrial, três grandes grupos são considerados de
maior relevância para a economia do Estado: 1) a indústria extrativa mineral, que se
destaca pela produção de petróleo e gás, sal marinho e scheelita; 2) a indústria de
transformação, com ênfase na produção de bens de consumo não-duráveis; e 3) a
construção civil, que vem apresentando expressivas taxas de crescimento.
Já o setor agropecuário tem apresentado oscilação acentuada em sua
contribuição para a produção potiguar. Nos anos de 1999 a 2009 sua média de participação no PIB foi de 5,2%, porém houve picos de cerca de 8% e quedas para o
patamar de 2,5%. Esses movimentos estão diretamente ligados à conjuntura
internacional e às variáveis macroeconômicas como, por exemplo, a taxa de câmbio, já
que parcela significativa da produção agrícola é destinada ao mercado externo. Além da
pecuária tradicional, as principais atividades do setor giram em torno da fruticultura,
carcinicultura, piscicultura e da produção de cana-de-açúcar.
No período recente, a expansão da economia norteriograndense tem ocorrido
através de um processo de reestruturação, diversificação e modernização da sua base
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63
produtiva. O Estado conta atualmente com um dos mais importantes pólos
agroindustriais do Nordeste, um parque têxtil moderno, que nos últimos anos vem
recebendo significativos investimentos em energias renováveis, com destaque para os
parques eólicos que vêm sendo instalados estrategicamente na região do Litoral Norte,
onde o potencial de ventos é excelente.
Nas áreas rurais os principais exemplos de transformação da estrutura produtiva
são os projetos de irrigação no Baixo Açu, e no Vale do Apodi/Mossoró, onde o modelo
agropecuário tradicional vem dando espaço a atividades mais modernas e diversificadas.
É possível citar também os casos dos projetos de floricultura e apicultura.
No meio urbano a Região Metropolitana de Natal atua como principal centro de
expansão do Estado, respondendo por uma importante fatia do PIB estadual: cerca de
50%. O processo de urbanização do Rio Grande do Norte, concentrado em sua capital,
tem resultado em cidades médias bastante heterogêneas, tanto que a rede urbana é
relativamente dispersa em termos espaciais. Entretanto, pode-se falar que no período
mais recente vem ocorrendo um ligeiro movimento de interiorização do
desenvolvimento, sobretudo na direção da Região Mossoroense e, em menor medida,
rumo ao Litoral Norte do Estado.
3.1.1 O Rio Grande do Norte no contexto nacional e regional
Analisando dados das Contas Regionais é possível perceber que o Nordeste foi à
região que mais ganhou participação no PIB brasileiro em termos relativos. O acréscimo
total foi 1,1% na comparação de 1999 com 2009, enquanto as regiões Norte e Centro-
Oeste avançaram 0,8%. Já a região Sudeste – a mais rica do país – perdeu cerca de três
pontos percentuais de participação. A região Sul oscilou e praticamente manteve suacontribuição ao PIB brasileiro no período estudado.
TABELA 16 - PARTICIPAÇÃO (%) DAS GRANDES REGIÕES E UNIDADES DA
FEDERAÇÃO NO PIB DO BRASIL - ANOS SELECIONADOS
UNIDADE DA FEDERAÇÃO 1999 2004 2009
NORDESTE 12,4 12,7 13,5
Maranhão 0,97 1,11 1,23
Piauí 0,51 0,51 0,59Ceará 1,95 1,9 2,03
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Rio Grande do Norte 0,76 0,8 0,86
Paraíba 0,79 0,77 0,89
Pernambuco 2,34 2,27 2,42
Alagoas 0,65 0,66 0,66
Sergipe 0,56 0,63 0,61Bahia 3,93 4,07 4,23
NORTE 4,2 4,9 5
SUDESTE 58,2 55,8 55,3
SUL 16,4 17,4 16,5
CENTRO-OESTE 8,8 9,1 9,6
BRASIL 100 100 100Fonte: IBGE - Contas Regionais
Observando apenas a região Nordeste constata-se que os estados de Maranhão e
Bahia foram os que mais ganharam participação relativa no PIB regional avançando,
respectivamente 0,30% e 0,26% de 1999 para 2009. Em terceiro lugar aparecem
empatados Rio Grande do Norte e Paraíba com 0,10% de acréscimo no mesmo período.
Os dados das Contas Regionais (IBGE) mostram que desde a década passada
vem ocorrendo um ligeiro processo de desconcentração e redistribuição de renda no
território brasileiro. Contudo, apesar desse movimento, a economia brasileira ainda
apresenta um alto grau de concentração: em 2009 os oito estados mais ricos detinham
78% do PIB nacional. Apenas o estado de São Paulo respondeu por 33,5% do produto
naquele ano. Essas informações reforçam a necessidade de políticas públicas voltadas
para a integração regional do país e para redução das desigualdades, sejam elas
econômicas ou sociais.
Ainda que desigual, a distribuição da riqueza em território nacional vem
mudando. O bom desempenho alcançado pela região Nordeste nos últimos anos é
resultado do considerável incremento no dinamismo de sua estrutura econômica,
processo este influenciado pela combinação de dois elementos: 1) grandes
investimentos públicos e privados; e 2) programas de transferência de renda que
concretizam uma política pública específica de combate à pobreza.
Os investimentos e as transferências, por funcionarem como geradores de
demanda na economia, têm causado impactos positivos no nível de produção e
emprego. As classes de menor poder aquisitivo passaram a ingressar no mercado
consumidor de massa, o que contribuiu para aquecer a economia em diversos elos da
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cadeia produtiva regional. Esse processo tem norteado um modelo de desenvolvimento
baseado no mercado interno e propiciado melhoria nos indicadores regionais de renda.
A manutenção dessas políticas ainda tem muitos desafios pela frente, como o de
reduzir as disparidades existentes entre a base econômica e a base demográfica do
Nordeste, além de diminuir diferenciais socioeconômicos em relação às demais regiões
do país. Contando com 34% da população brasileira, o Nordeste alcança apenas 13,5%
da renda nacional. De forma similar, essa desigualdade se repete dentro da própria
região, principalmente quando se observa a base demográfica do semiárido
relativamente à renda gerada.
A presença de grandes projetos estruturantes é de fundamental importância para
a economia e vem contribuindo para a redução dos desequilíbrios regionais. É possível
citar o Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante (RN), a duplicação da BR-
101, a construção da Ferrovia Transnordestina e o Projeto de Revitalização e Integração
das Bacias do São Francisco. Esses projetos têm gerado um impulso na economia da
região, preparando a infraestrutura necessária para um crescimento econômico mais
consistente no futuro próximo. Outros investimentos públicos e privados também têm
exercido papel relevante para alavancar a economia regional, a exemplo das construções
de refinarias, estaleiros, montadoras de automóveis, fábricas de alimentos, entre outros.
Em termos nominais, a Tabela 17 mostra que a soma de todas as riquezas
produzidas no Nordeste ficou próxima dos R$ 438 bilhões em 2009. No mesmo ano o
produto do Rio Grande do Norte alcançou cerca de R$ 28 bilhões, sendo, portanto, a
sexta economia da região. Bahia e Pernambuco são os estados mais ricos. Em relação ao
Brasil o RN ocupa a décima nona posição em Produto Interno Bruto.
TABELA 17 - PIB A PREÇOS CORRENTES DE ESTADOS DO NORDESTE
ANOS SELECIONADOS (R$ 1.000.000)
UNIDADE DAFEDERAÇÃO
1999 2004 2009
Alagoas 6.429 12.891 21.235
Bahia 42.040 79.083 137.075
Ceará 19.511 36.866 65.704
Maranhão 7.918 21.605 39.855
Paraíba 7.937 15.022 28.719
Pernambuco 26.021 44.011 78.428
Piauí 4.734 9.817 19.033
Rio Grande do Norte 7.648 15.580 27.905
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Sergipe 5.434 12.167 19.767
NORDESTE 127.672 247.042 437.721
BRASIL 1.064.999 1.941.948 3.239.404Fonte: IBGE - Contas Regionais.
Considerando o PIB per capita do ano de 2009, a Tabela 18 indica que o Rio
Grande do Norte é o quarto colocado entre os estados do Nordeste atingindo R$ 8.894,
valor superior à média regional. Neste indicador o estado de Sergipe aparece em
primeiro. Em nível nacional o RN encontra-se na vigésima primeira colocação.
TABELA 18 – PIB PER CAPITA DE ESTADOS DO NORDESTE ANOS SELECIONADOS (R$)
UNIDADE DA
FEDERAÇÃO1999 2004 2009
Alagoas 2.289 4.324 6.728
Bahia 3.230 5.780 9.365
Ceará 2.643 4.622 7.687
Maranhão 1.409 3.588 6.259
Paraíba 2.312 4.210 7.618
Pernambuco 3.301 5.287 8.902
Piauí 1.672 3.297 6.051
Rio Grande do Norte 2.771 5.260 8.894
Sergipe 3.068 6.289 9.787NORDESTE 2.688 4.899 7.921
BRASIL 5.771 10.692 16.917Fonte: IBGE - Contas Regionais
3.1.2 Distribuição da produção no território potiguar
A distribuição espacial das riquezas produzidas no Rio Grande do Norte é
influenciada basicamente pela dotação de recursos naturais de cada região, tendo em
vista que o crescimento econômico do Estado continua dependendo da exploração
desses recursos. Além disso, alguns elementos como solo e clima acabam gerando
volatilidade no valor produzido, principalmente nas atividades agrícolas do meio rural.
Uma das conseqüências dessas características é o elevado grau de concentração na
distribuição espacial da riqueza. Os dados do IBGE apontam que em 2009 os dez
municípios com maior participação no PIB concentravam quase 70% da produção
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estadual, ou seja, uma pequena parcela do território detém alta parcela da riqueza. A
Tabela 19 apresenta a participação desses municípios no PIB estadual.
TABELA 19 – RIO GRANDE DO NORTE
DEZ MUNICÍPIOS COM MAIOR PARTICIPAÇÃO NO PIB 2009 (R$1.000)
MUNICÍPIO 2005 % PIB 2005 2009 % PIB 2009
Natal 6.643.983 37,18% 10.369.581 37,16%
Mossoró 1.919.783 10,74% 2.910.956 10,43%
Parnamirim 1.124.276 6,29% 1.963.383 7,04%
Guamaré 342.902 1,92% 1.133.152 4,06%
São Gonçalo do Amarante 562.448 3,15% 816.909 2,93%
Macaíba 467.365 2,62% 708.534 2,54%
Caicó 282.708 1,58% 484.226 1,74%
Areia Branca 419.662 2,35% 352.249 1,26%
Macau 317.692 1,78% 351.046 1,26%
Ceará Mirim 207.192 1,16% 350.788 1,26%
PIB TOTAL RN 17.869.516 68,77% 27.904.989 69,67%Fonte: IBGE - Contas Nacionais
A capital do Estado historicamente tem a maior participação no PIB. Em 2009 o
produto de Natal atingiu R$ 10,4 bilhões, o que representa 37% de toda riqueza
produzida em território potiguar. Em seguida aparecem Mossoró (R$ 2,9 bilhões) eParnamirim (R$ 2 bilhões). Esses três municípios juntos somam quase 55% do PIB.
Analisando a Tabela 19 acima, percebe-se que Natal e Mossoró praticamente
mantiveram sua participação no PIB de 2005 para 2009, enquanto Parnamirim obteve
ligeiro aumento.
Um fato que chama atenção é que dois municípios produtores de petróleo
(Macau e Areia Branca) perderam participação no PIB estadual, o que parece estar
ligado à queda do volume produzido. Entretanto, Guamaré – um dos principais
produtores – aumentou significativamente sua participação, fato este associado aos
investimentos no polo petroquímico daquela região.
Quinze municípios produzem petróleo em território potiguar: Alto do Rodrigues,
Apodi, Areia Branca, Assú, Caraúbas, Carnaubais, Felipe Guerra, Governador Dix-Sept
Rosado, Guamaré, Macau, Mossoró, Pendências, Porto do Mangue, Serra do Mel e
Upanema. A área de produção pode ser identificada no Mapa 30 abaixo.
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68
MAPA 30 – LOCALIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS PRODUTORES DE PETRÓLEO
Fonte: Elaboração própria pelo autor.
TABELA 20 – DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NO RN
NO ANO 2012
MÊS PETRÓLEO (bbl/d) GÁS NATURAL (Mm³/d)PRODUÇÃO TOTAL
(boe/d)
Janeiro 57.195 1.556 66.980
Fevereiro 59.491 1.536 69.154
Março 59.444 1.536 69.105
Abril 60.108 1.565 69.953Maio 60.523 1.613 70.668
Junho 59.643 1.529 69.260
Julho 59.358 1.450 68.476
Agosto 59.598 1.508 69.083
Setembro 59.378 1.514 68.899
Outubro 58.259 1.521 67.827
Novembro 59.788 1.514 69.314
Dezembro
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69
Não por acaso, seis desses municípios apontados no mapa acima aparecem entre
os dez que possuem o maior PIB per capita no Rio Grande do Norte, o que não
significa, porém, que os índices de desenvolvimento e qualidade dos serviços públicos
sejam diretamente proporcionais aos indicadores apresentados na Tabela 21.
TABELA 21 - RIO GRANDE DO NORTEDEZ MUNICÍPIOS COM MAIOR PIB PER CAPITA EM 2009 (R$)
MUNICÍPIO 2005 2009
Guamaré 36.309 90.233
Porto do Mangue 41.121 19.176
Galinhos 13.095 18.379
Baía Formosa 10.568 17.588
Alto do Rodrigues 11.617 14.159
Areia Branca 17.970 13.871
Natal 8.539 12.862
Arês 10.350 12.766
Macau 12.448 12.467
Mossoró 8.444 11.916
RIO GRANDE DO NORTE 5.950 8.894Fonte: IBGE - Contas Nacionais
Outras regiões com PIB per capita relativamente alto podem ser identificadas no
Mapa 31. Destacam-se, além da área produtora de petróleo, as Regiões Mossoroense,
Seridó e a Metropolitana.
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70
MAPA 31 – RIO GRANDE DO NORTE – PIB PER CAPITA DOS MUNICÍPIOS
3.1.3 Atividades que se destacaram nos municípios (2005-2009)
No setor agropecuário, o maior destaque é Mossoró com a fruticultura irrigada,
sendo o melão a principal fruta da produção. O município de Touros se destacou pela
expressiva atividade agrícola, ligada principalmente ao cultivo do abacaxi. Apodi teve
bom desempenho em razão da expansão da produção de arroz e do crescimento do
rebanho de caprinos e ovinos. Em Ceará Mirim a principal atividade é a produção de
cana-de-açúcar, seguida de outras culturas, como a mandioca e o mamão. Já em São
José do Mipibu, além da cana, o mamão e a manga são culturas relevantes.
A indústria tem a Região Metropolitana como principal foco de expansão,
sobretudo devido à importância da construção civil (e serviços imobiliários) e da
indústria de transformação (alimentos e bebidas). No município de Mossoró predominaa indústria extrativa mineral com a extração de petróleo e sal marinho. Já em
Parnamirim está instalado um parque industrial com atividades bastante diversificadas,
com destaque para o segmento têxtil da indústria de transformação. Esta mesma
atividade foi responsável pelo bom desempenho dos municípios de São Gonçalo do
Amarante e Macaíba.
No setor de serviços, Natal tem apresentado uma expansão acelerada das
atividades de comércio e serviços de informação. Em Mossoró, além do comércio, oramo de transportes tem crescido, sobretudo devido à presença da Petrobras. No
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71
município de Parnamirim, o comércio também é preponderante, assim como as
atividades imobiliárias decorrentes do expressivo crescimento populacional. Já
Guamaré se destaca pela comercialização de produtos derivados de petróleo, que são
fabricados no pólo petroquímico. Por fim, São Gonçalo do Amarante tem se destacado
no ramo dos transportes e ganhará ainda mais importância com o novo Aeroporto
Internacional que está sendo construído, além das vias de integração ao município
3.2 Principais atividades econômicas
O Produto Interno Bruto do Rio Grande do Norte referente ao ano de 2009demonstrou uma participação de 74,8% das atividades de serviços, 19,9% da indústria e
5,3% do setor agropecuário, como demonstrado na Tabela 22 e no Gráfico 1.
TABELA 22 – PIB DO RN
SERVIÇOS 74,8%
INDÚSTRIA 19,9%
AGROPECUÁRIA 5,3%
Fonte: IBGE – Contas Regionais, 2009.
GRÁFICO 1 – PARTICIPAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS NO PIB DO RN
Fonte: IBGE - Contas Regionais, 2009.
Destaque para as atividades relacionadas à administração, saúde, educação
pública e seguridade social que contribuem com 28,4% e para o comércio e serviços de
manutenção e reparação que ajudam com 17,7% do total do PIB do Estado. As
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atividades imobiliárias e aluguéis também possuem relevante impacto ao concorrerem
com 7,9%. Estes três conjuntos de atividade s representam nada menos que 54% do PIB
do RN.
Convém destacar, ainda, os 6,8% referentes à indústria da construção civil, bem
como os 6,7% das indústrias de transformação. Na agropecuária, a pecuária e a pesca
integram a economia do Estado com 3,1% e a agricultura, silvicultura e exploração
florestal contribuem com 2,2%. Uma análise mais detalhada destas atividades será
realizada a seguir.
3.3 Agropecuária
3.3.1 Agricultura
A pesar de a Agricultura constituir-se na atividade que menos contribui para o
PIB do RN, a produção agrícola rendeu cerca de 780 milhões de reais em 2010,
conforme Pesquisa Agrícola Municipal do IBGE. O Gráfico 2 permite visualizar a
evolução histórica desta produção.
GRÁFICO 2 – EVOLUÇÃO DO VALOR DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO RN / 2000 - 2010
Fonte: IBGE - Pesquisa Agrícola Municipal.
Como visto, a lavoura temporária2 é predominante no Estado. Em 2010
representou aproximadamente 76% do valor da produção do RN. Para este tipo de
2 O IBGE define como lavoura temporária as “culturas de longo ciclo vegetativo, que permitem
colheitas sucessivas, sem necessidade de novo plantio”. E lavoura permanente seriam “culturas de curta
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cultura, a cana-de-açúcar foi responsável por 32% do rendimento, o melão por 25% e a
mandioca e o abacaxi por 9% cada. Ou seja, as quatro culturas contribuíram com
aproximadamente 75% do valor da produção da lavoura temporária naquele ano.
Situação interessante é a tendência de crescimento apresentada nos últimos anos
pelos principais produtos da cultura temporária do RN. O Gráfico 3 permite visualizar
esta situação.
GRÁFICO 3 – EVOLUÇÃO DO VALOR DA PRODUÇÃO DOS PRINCIPAIS PRODUTOS DA
LAVOURA TEMPORÁRIA DO RN
Fonte: IBGE - Pesquisa Agrícola Municipal.
Dos quatro produtos apenas a mandioca apresentou queda. Por outro lado, o
melão e a cana-de-açúcar desde o ano 2000 vêm ampliando rapidamente a renda de sua
produção.
Na lavoura permanente, que contribui com apenas 24% da renda obtida através
da agricultura no RN, destaque para banana que responde por 36%, seguida pelo mamão
com 19%, pela castanha de caju com14%, pelo coco-da-baía com 13% e pela manga
com 10%.
Nos últimos 10 anos, alguns produtos vêm diminuindo sua participação na
agricultura do RN enquanto outros vêm ampliando sua importância, vejamos o Gráfico
4 abaixo.
ou média duração, geralmente com ciclo vegetativo inferior a um ano, que após a colheita necessita denovo plantio para produzir”. (IBGE. Produção Agrícola Municipal, v. 37, 2010, p. 13)
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
2000 2005 2010
Abacaxi
Cana-de-açúcar
Mandioca
Melão
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74
GRÁFICO 4 – PARTICIPAÇÃO NO VALOR PRODUZIDO DA LAVOURA PERMANENTE NO
RN
Fonte: IBGE - Pesquisa Agrícola Municipal
É notória a queda na participação da castanha de caju na agricultura do Estado,
bem como do coco-da-baía. Em contrapartida, o mamão expandiu consideravelmente
sua atuação na economia agrícola norte-riograndense, ampliando em quase cinco vezes
sua contribuição.
Deve ficar claro, por outro lado, que a diminuição ou elevação na participação
não significa perda ou ampliação do valor da produção. O que está sendo analisado é
simplesmente o percentual de participação. A quantidade produzida pode não ter sofrido
qualquer alteração, podendo a ampliação do valor da produção ser resultado de
alterações no mercado.
Desta forma, além do olhar para a contribuição da agricultura na renda do estado
faz-se necessário analisarmos o histórico da quantidade produzida destes produtos. Tal
visualização permitirá identificar o real crescimento produtivo da lavoura norte-
riograndense nos últimos anos, vez que as alterações no valor da produção podem ser
resultado de flutuações nos valores de mercado destes produtos.
Os números da quantidade produzida da lavoura temporária do RN demonstram
um significativo crescimento da cultura da cana-de-açúcar. Esta cresceu em 2010
aproximadamente 66% em relação ao produzido em 2000. As estatísticas mostram,
ainda, ínfima variação na quantidade produzida do abacaxi, da mandioca e do melão. O
que indica que a ampliação dos valores da produção, apresentada no Gráfico 5,
decorreram de mudanças no mercado.
35,22
29,3
14,32
22,51
17,2
13,3
4,666,87
19,69
0
5
10
15
20
25
30
35
40
2000 2005 2010
Castanha de caju
Coco-da-baía
Mamão
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GRÁFICO 5 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA QUANTIDADE PRODUZIDA DOS PRINCIPAIS
PRODUTOS DA LAVOURA TEMPORÁRIA DO RN
Fonte: IBGE - Pesquisa Agrícola Municipal.
Outro indicador expressivo da lavoura temporária do Estado está na histórica
retração da produção de algodão, feijão e milho. Essa situação pode indicar a
transferência dos produtores para a fruticultura. O Gráfico 6 aponta uma retração
vertiginosa destes produtos, com destaque especial para o milho que chegou a produzir
em torno de 57 mil toneladas em 2000, chegando a apenas 8 mil toneladas em 2010.
GRÁFICO 6 – PRODUTOS DA LAVOURA TEMPORÁRIA DO RN COM MAIORRETRATAÇÃO NA QUANTIDADE PRODUZIDA
Fonte: IBGE - Pesquisa Agrícola Municipal.
A lavoura permanente também apresentou uma constância na quantidade
produzida das suas principais culturas. Destaque para o aumento do cultivo da banana,
57.564
23.116
8.119
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
2000 2005 2010
Algodão herbáceo (em caroço)
(Toneladas)
Feijão (em grão) (Toneladas)
Milho (em grão) (Toneladas)
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76
que apresentou em 2010 uma produção vinte e nove vezes maior em relação ao ano de
2000. Outro produto que aos poucos se expande no mercado agrícola do RN é o
Mamão, tendo cultivado cerca de 10 mil toneladas em 2000, passando a uma produção
de 86 mil toneladas em 2010.
GRÁFICO 7 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA QUANTIDADE PRODUZIDA DOS PRINCIPAISPRODUTOS DA LAVOURA PERMANENTE DO RN
Fonte: IBGE - Pesquisa Agrícola Municipal.
Portanto, os números apresentados indicam para uma expansão da produção
agrícola no RN. A fruticultura domina a pauta dos produtores do RN, com destaque
para a rápida disseminação da cultura da cana-de-açúcar e a valorização do melão, produtos mais rentáveis para a agricultura do Estado.
3.3.2 Pecuária e outros produtos de origem animal
A pecuária é outra atividade importante para economia do RN. Estatísticas da
Pesquisa Pecuária Municipal do IBGE apontam que em 2010 a produção de origem
animal3 gerou cerca de 330 milhões de reais para seus produtores. O Gráfico 8
vislumbra uma evolução do valor da produção desta atividade.
3 A pesquisa considera como produto de origem animal o leite, ovos de galinha, ovos de codorna,mel de abelha, casulos do bicho da seda e lã.
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GRÁFICO 8 – EVOLUÇÃO DO VALOR DA PRODUÇÃO DE ORIGEM ANIMAL NO RN
Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal.
Dentre as atividades que compõem a produção animal no estado destaca-se a
pecuária leiteira que contribuiu com aproximadamente 210 milhões de reais (62%), bem
como a venda de ovos de galinha que participou com cerca de 117 milhões (35%). No
que concerne à quantidade produzida percebe-se uma pequena variação destas duas
atividades ao longo dos últimos anos. Por outro lado, a produção do mel de abelha, cuja
participação na renda da produção animal ainda é ínfima, apresentou um aumento
significativo no seu volume de produção, vejamos o Gráfico 9 a seguir.
GRÁFICO 9 – EVOLUÇÃO DA QUANTIDADE PRODUZIDA DE MEL E ABELHA NO RN(MIL LITROS)
Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal
Como visto, a produção de mel no Rio Grande do Norte em 2010 apresentou um
aumento de mais de cinco vezes em relação ao produzido em 2000. Essa situação
R$ 95.762.000,00
R$ 233.088.000,00
R$ 333.158.000,00
R$ -
R$ 50.000.000,00
R$ 100.000.000,00
R$ 150.000.000,00
R$ 200.000.000,00
R$ 250.000.000,00
R$ 300.000.000,00
R$ 350.000.000,00
2000 2005 2010
171.084
447.882
885.835
0
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
2000 2005 2010
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78
permite afirmar que o mel é o produto de origem animal que mais cresceu nos últimos
10 anos.
Em se tratando do rebanho norte-riograndense a Tabela 23 apresenta o
quantitativo existente no Estado.
TABELA 23 – EFETIVO DOS REBANHOS POR TIPO DE REBANHO NO RN
TIPO DE REBANHOANO
2000 2005 2010
Bovino 803.948 978.494 1.064.575
Equino 38.618 41.979 43.112
Bubalino 31 485 2.107
Asinino 60.089 62.586 53.598
Muar 20.686 21.848 20.722Suíno 130.900 169.100 192.553
Caprino 325.031 439.400 405.983
Ovino 389.706 490.310 583.661Galináceos (galos, frangas, frangos e
pintos)2.075.389 2.906.662 2.529.135
Galinhas 1.840.208 2.247.523 2.080.823
Codornas 28.102 56.299 48.150
Coelhos 273 256 599Fonte: IBGE - Pesquisa Agrícola Municipal.
Como visto os rebanhos que mais se destacam em termos quantitativos são o
bovino e o galináceos (galinhas e galos, frangas, frangos e pintos). Além disso, é
perceptível a pequena variação histórica na quantidade do rebanho do RN. Merecendo
destaque apenas o interessante crescimento da presença dos bubalinos.
3.3.2 Pesca e Aqüicultura
A atividade pesqueira, assim como a produção aquícola, são atividades que vêm
apresentando significativo peso na economia do RN. De acordo com o IBGE, esta
atividade cresceu 1,3% de 2008 para 20094. Esta informação foi retirada do “Boletim
Estatístico da Pesca e Aquicultura” divulgado pelo Ministério da Pesca e Aqüicultura
em parceria com o IBGE. Segundo o Boletim, a produção nacional de pescado
apresentou em 2009 um crescimento de aproximadamente 7% em relação ao ano
4 IBGE. Contas Regionais do Brasil, 2005-2009, n.35.
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79
anterior. O RN acompanhou o cenário nacional incrementando sua produção com o
mesmo percentual de aumento.
Porém, o Estado não acompanhou a elevação apresentada pelo Nordeste, cerca
de 10%. Em números absolutos a produção é de 56.689 toneladas de pescado, entre
pesca extrativista e aqüicultura.
A produção pesqueira marinha no Brasil foi em torno de 585 mil toneladas, o
que representa um aumento de 8,5% em relação a 2007, e um decréscimo de 1,9%,
quando comparado a 2009. Este tipo de pesca foi o que apresentou o maior crescimento
dentre as atividades pesqueiras do RN. O Gráfico 10 permite visualizar a situação
supracitada.
GRÁFICO 10 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA PRODUÇÃO PESQUEIRA MARINHA DO RN
(EM TONELADAS)
Fonte: MPA – Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura, 2008-2009.
Como podemos observar, de 2007 para 2009 o Estado apresentou um
crescimento de 37% na extração de pescado marinho. Um percentual similar
apresentado pela região Nordeste (38%) e bastante superior a taxa de crescimento
nacional, que foi de apenas 0,8%.
Por outro lado, ao analisarmos a produção pesqueira continental do Estado nos
últimos 3 anos, percebe-se uma estagnação, vez que demonstrou um volume de 4.238t
em 2007, caiu em 2008 para 3.789t, e restabeleceu-se em 2009 com 4.236t.
Na aqüicultura é onde o RN se destaca a nível nacional, principalmente por meio
da carcinicultura. Na modalidade marinha, o Estado é o maior produtor nacional ao
responder por 33% da produção. Em números absolutos significa 26.478 toneladas de
pescado produzido em cativeiro. Apesar disso, a produção norte-riograndense caiu cerca
18.157 18.933
24.888
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
2007 2008 2009
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80
de 7% em relação a 2008 (28.434t). Essa retração parece ter sido resultado de fatores
climáticos, visto que o Estado passou por problemas com enchentes no ano de 2009.
No que concerne a valor da produção pesqueira, dados do IBAMA5 revelam que
em 2007 o RN apurou cerca de 260 milhões de reais com a venda de pescado. Este valor
representa 18% do total produzido no Nordeste, deixando o RN com o 3º maior
faturamento da região. Números da mesma pesquisa colocam que em 2007 o RN foi
líder na exportação de pescados, contribuindo com 17,97% (US$ 55,8 milhões) das
exportações globais.
Situação que merece destaque é a acentuada queda na exportação do camarão.
Estimativas da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão (ABCC)6 apontam que
em 2004 o RN exportou cerca de 21 mil toneladas do produto. Este número caiu para
apenas 1.500 toneladas em 2010. A retração foi nacional, prova disso é que o Estado
continua como principal exportador do país respondendo por cerca de 68% das vendas
ao exterior.
3.4 Serviços
3.4.1 Comércio
Na última década o setor de serviços, que já tinha um grande peso no Valor
Adicionado Bruto (VAB) do Rio Grande do Norte, aumentou ainda mais essa
participação. O componente que mais avançou neste segmento foi o comércio, saltando
de 10,5% em 1999 para 16,8% em 2009. Este fenômeno pode ser atribuído à elevação
do rendimento médio da população, sobretudo daqueles trabalhadores que têm sua renda
vinculada ao salário mínimo – que nos últimos anos apresentou significativo incrementoem termos reais. Com efeito, muitas pessoas que não tinham acesso a determinados
bens de consumo passaram a tê-lo. As políticas de transferência de renda também têm
contribuído para o aquecimento do comércio e para o aumento na demanda por serviços.
O Gráfico 11 apresenta a evolução da participação do comércio no PIB do Estado.
5 IBAMA – Estatística da Pesca, 2007.6 ABCC – Estatísticas do setor pesqueiro e da carcinicultura brasileira. Disponível em:www.abccam.com.br/
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81
GRÁFICO 11 – EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DO COMÉRCIO NO PIB DO RN (%)
Fonte: IBGE – Contas Regionais.
Ainda no âmbito do Comércio, a Pesquisa Anual do Comércio de 20097
registrou a existência de 18.929 unidades locais com receita de revenda, que empregava
cerca 110 mil pessoas. Naquele mesmo ano a pesquisa apontou que as empresas
obtiveram 18 bilhões em receita bruta. Participaram desta receita o comércio varejista
com 53%, o comércio atacadista com 31% e o comércio de veículos, peças e
motocicletas com 16%. A receita bruta de revenda vem apresentando um histórico de
crescimento. Vejamos o Gráfico 12 a seguir.
GRÁFICO 12 – EVOLUÇÃO DA RECEITA BRUTA DO COMÉRCIO DO RN POR ATIVIDADE
(MIL REAIS)
3.4.2 Serviços Públicos
IBGE – Pesquisa Anual do Comércio (PAC), 2009.
10,5
10,8
10,3
9,7
11,1
10,311,8
11,8
13,4
14,216,8
-
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0 12,0
14,0
16,0
18,0
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
13 104 772
15 416 470
18 373 943
2 000 000
4 000 000
6 000 000 8 000 000
10 000 000
12 000 000
14 000 000
16 000 000
18 000 000
20 000 000
2007 2008 2009
Comércio de veículos,
peças e motocicletas
Comércio por atacado
Comércio varejista
Total
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82
Outro fator que chama atenção na estrutura econômica do Estado é a forte
dependência que existe em relação aos gastos públicos, que por sinal cresceram no
período analisado. A Tabela 24 mostra que a participação do componente
Administração Pública (Saúde, Educação e Seguridade Social) atingiu 28,4% do VAB
em 2009, configurando-se como o componente de maior peso em todos os setores da
economia potiguar.
TABELA 24 - PARTICIPAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS NO VAB A PREÇOS
BÁSICOS, POR UNIDADES DA FEDERAÇÃO - ANOS SELECIONADOS
ATIVIDADESANOS
1999 2004 2009RIO GRANDE DO NORTE
AGROPECUÁRIA 3,5 7,2 5,3INDÚSTRIA 22,9 25,7 19,9
Indústria extrativa 5,9 8 4,6
Indústria de transformação 7,5 7,1 6,7
Produção e distribuição de eletricidade, gás, água e esgoto elimpeza urbana
1,7 3 1,8
Construção civil 7,7 7,6 6,8
SERVIÇOS 73,6 67,1 74,8
Comércio 10,5 10,3 16,8
Intermediação financeira, seguros e previdência complementare serviços relacionados 4,4 3,1 3,6
Administração, saúde e educação públicas e seguridade social 27,7 25,3 28,4
Outros serviços 31,1 28,3 25,9
TOTAL 100 100 100Fonte: IBGE - Contas Regionais.
Se observarmos o VAB a preços correntes destas atividades, o crescimento
torna-se mais perceptível. Podemos afirmar que nos últimos 10 anos este númeroaumentou em mais de 3 vezes.
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83
GRÁFICO 13 – EVOLUÇÃO DO VAB A PREÇOS CORRENTES DOS SERVIÇOS PÚBLICOSNO RN (MIL REAIS)
Fonte: IBGE – Contas Regionais.
3.4.3 Outros Serviços
A Pesquisa Anual de Serviços8 registrou cerca de 6 mil empresas de serviço
instaladas no RN em 2009. Estas contemplavam aproximadamente 85 mil pessoas
empregadas e uma receita bruta anual de 4,8 bilhões de reais. Assim como em outras
atividades, o faturamento do setor de serviços também vem apresentando um histórico
de crescimento. O Gráfico 14 demonstra a evolução da receita bruta de prestação de
serviços no Estado.
GRÁFICO 14 – EVOLUÇÃO DA RECEITA BRUTA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NO RN
(MIL REIAIS)
Fonte: IBGE – Pesquisa Anual de Serviços.
8 IBGE – Pesquisa Anual de Serviços (PAS).
2.003.348
7.022.009
0
1.000.000
2.000.000
3.000.000
4.000.000
5.000.000
6.000.000
7.000.000
8.000.000
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
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84
3.5 Indústria
Desde 1995 a participação da indústria no VAB tem oscilado entre 20% e 26%,
percentual compatível com os demais estados nordestinos que, como o RN, têm maior peso no setor de serviços. Em 2009 o valor adicionado da indústria atingiu 19,9%, um
dos mais baixos da série histórica estudada. O fraco desempenho naquele ano esteve
associado à crise econômica internacional que ocasionou queda nas exportações e
diminuição dos investimentos estrangeiros.
GRÁFICO 15 – HISTÓRICO DA PARTICIPAÇÃO DA INDÚSTRIA NO VAB DO RN (%)
Fonte: IBGE – Contas Regionais.
Apesar da crise, dois segmentos industriais tiveram bom desempenho no ano de
2009: a construção civil e a indústria de transformação. A construção civil foi o
componente mais significativo naquele ano, contribuindo para a geração de emprego e
de demanda em uma ampla cadeia de suprimentos necessários para realização de obras
civis. Em 2005 esta atividade apresentou participação de 5,8% no PIB estadual,
crescendo para 6,8% no ano de 2009. Ainda em 2009 a Pesquisa Anual da Indústria da
Construção9 (PAIC) registrou 641 empresas, cuja principal atividade está relacionada
com obras e serviços de engenharia. Foi identificado ainda um volume de 21.170
pessoas ocupadas nesta atividade10.
A indústria de transformação, por sua vez, aparece logo em seguida –
participando com 6,7% no VAB – com sua produção pautada em bens de consumo não-
duráveis. Os segmentos têxteis, alimentos e bebidas, calçados, confecções e indústria
9 IBGE - Pesquisa Anual da Indústria da Construção, 2009.10 Estes dados referem-se a empresas de construção com 5 ou mais pessoas ocupadas.
22,9
26,3
25,5 25,0
22,7
25,7
26,0
25,5
24,1
25,4
19,9
-
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
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85
química respondem pela maior parte da produção. Estatísticas da Pesquisa Industrial
Anual11 apontam que em 2009, 23,4% do valor bruto da produção industrial adveio da
fabricação de produtos alimentícios. Este ramo da indústria norteriograndense vem
apresentando rápido crescimento, como podemos ver no Gráfico 16 abaixo.
GRÁFICO 16 – PARTICIPAÇÃO DA FABRICAÇÃO DE ALIMENTOS NA INDÚSTRIA DE
TRANSFORMAÇÃO DO RN (%)
Fonte: IBGE – PIA Empresa.
Se analisarmos os dados do valor bruto da produção, o crescimento é ainda mais
latente. Em 2008 a fabricação de produtos alimentícios rendeu cerca de 1,1 bilhão de
reais. Valor que cresceu para 2,1 bilhão em 2009. Ou seja, um crescimento de quase100%.
O setor têxtil é outro destaque na composição da Indústria de Transformação do
Estado, participando com 7,8% da produção industrial do RN. No entanto, esta
atividade vem apresentando queda de participação em relação a 2007 e 2008, quando
registrou taxas de 12,2% e 10,5%, respectivamente. O valor da produção industrial, no
entanto, não decaiu tanto, saindo de aproximadamente 710 milhões em 2008, para 700
milhões em 2009.
A confecção de artigos de vestuário e acessórios - se enquadra o setor de
calçados – compõe a produção industrial com 7% de participação. A atividade também
vem apresentando queda na contribuição para a Indústria, no entanto o valor bruto da
produção registrou ligeira retração com relação ao ano de 2008.
A indústria extrativa mineral é outro ramo que historicamente apresenta
importante participação na produção estadual. A despeito da queda em 2009 – caiu de
9,4% para 4,6% de participação no VAB – , sua contribuição média foi de 8% entre
IBGE - Pesquisa Industrial Anual, 2009.
18,5517,08
23,41
0
5
10
15
20
25
2007 2008 2009
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86
1999 e 2009. O RN possui grande potencial mineral e se destaca pela produção de sal
marinho, sendo responsável por 95% da oferta do produto no Brasil.
Além do sal, o Estado possui a maior mina de sheelita da América do Sul,
localizada no município de Currais Novos, e é considerado o maior produtor nacional.
Outro mineral que vem ganhando importância na economia e contribuindo para
diversificação da produção é o ferro, extraído principalmente no município de Jucurutu.
Entretanto, a principal atividade da indústria extrativa mineral continua sendo a
exploração e industrialização de petróleo e gás – 36,7% de participação na produção
industrial. O Estado está entre os maiores produtores em terra do Brasil. Desde a década
de 1980 a atividade petrolífera vem contribuindo significativamente para a geração de
emprego e renda nas regiões de Mossoró e do Litoral Norte. Contudo, apesar da
atividade continuar aumentando seu valor produzido (ver Gráfico 17 abaixo) e gerando
altas receitas com o pagamento de royalties, vem ocorrendo uma desaceleração no nível
de produção em termos físicos, processo ligado ao natural esgotamento das reservas
petrolíferas. Especialistas advertem que a maioria dos campos da Bacia Potiguar já está
em fase madura e apenas a descoberta de novas áreas poderão trazer de volta o nível de
produção para o auge alcançado no ano de 1998.
GRÁFICO 17 – HISTÓRICO DO VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO DA EXTRAÇÃO
DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL DO RN (MIL REAIS)
Fonte: IBGE – PIA Empresa.
Apesar da desaceleração na produção de óleo cru o Estado vem avançando na
indústria petroquímica. Na Unidade de Tratamento e Processamento de Fluídos,
localizada no município de Guamaré, são produzidos querosene de aviação (QAV), óleo
diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP). E a mesma planta vem sendo ampliada dando
espaço para as instalações da Refinaria Potiguar Clara Camarão, que atualmente já
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produz gasolina automotiva e nafta e há previsão de que o volume produzido aumente
nos próximos anos. Aquela região vem se configurando como o principal pólo industrial
do Estado, contando também com vultosos investimentos em energia eólica.
3.6 Recursos Minerais
O RN tem uma produção diversificada e significativa de bens minerais. Dentre
os minérios produzidos, destacam-se granito, diatomita, calcário, caulim, mica,
tantalita-columbita e as gemas, utilizadas no setor de joalheria. A produção mineral do
Rio Grande do Norte também dispõe de reservas consideráveis de scheelita, porém, sua
produção está praticamente paralisada em decorrência de fatores a serem superados em
médio prazo.
As reservas minerais do RN são diversificadas, indo desde o sal, maior produto
mineral do Estado, até o Molibdênio, cuja produção ainda se encontra na fase inicial.
O Estado destaca-se como o maior produtor nacional de sal marinho, com uma
produção equivalente a cerca de 90% do total extraído no Brasil. Os investimentos
nesse setor são significativos, devido principalmente, pela utilização em larga escala do
sal, tanto como complemento alimentar, como na indústria química para produção de
cloro e derivados, além de ser utilizado como ração para os animais. Entre os
investimentos no setor salineiro do Estado, destaca-se a construção de uma fábrica de
barrilha, que estará localizada no município de Macau. A localização da Fábrica em
Macau foi escolhida pela proximidade das fontes de abastecimento de matérias-primas,
sal e calcário. A Tabela 25 apresenta as reservas minerais contidas no Estado.
TABELA 25 – RESERVAS MINERAIS/ RN 2009
CLASSE/ SUBSTÂNCIARESERVAS
MEDIDA INDICADAINDEFERID
ALAVRÁVE
L
METÁLICOS
Bismuto t 134.650 20.716 - -
Ferro t 141.763.337 64.246.000 34.367.000 205.629.884
Molibdênio t Mo 168 38 272 -
Ouro (Primário) Kg Au 1.418 220 - 547
Tungstênio t WO3 19.421 15.565 30.438 13.703
NÃOMETÁLICOS Areia t n.d. n.d. n.d. n.d.
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Argilas Comuns t 1.702.510 4.489.396 - 6.191.906
Argilas Plásticas t 2.027.184 420.801 - -
Calcário (Rochas) t 1.787.554.263 1.400.804.746 938.810.374 598.040.807
Caulim t 729.008 249.640 - 153.654
Diatomita t 388.998 600 15.000 263.034
Feldspato t 32.300.435 4.492.073 398.876 5.640.436
Gipsita t 3.884.686 1.968.843 - 936.804
Mica t 2.086.124 1.126.000 295.256 1.309
Quartzito Industrial t 5.383.802 - - -
Quartzito Ornamental t 65.316 - - -
Quartzo t 105.384 37.000 3.182 105.384Rochas (Britadas) eCascalho t n.d. n.d. n.d. n.d.Rochas Ornamentais – Outras t 1.314.099 2.432.378 403.445 642.770
Rochas Ornamentais(Granito e afins) t 748.612.136 557.955.267 237.932.642 272.601.669Rochas Ornamentais(Mármore e afins) t 54.691.179 8.204.518 202.164.413 42.750
Talco t 963.396 21.278 - 984.675Fonte: Anuário Mineral Brasileiro 2010. Departamento Nacional de Produção Mineral. Ministério de
Minas e Energia.
Segundo o Anuário Mineral Brasileiro 2010, a produção mineral bruta do RN,
em 2009, teve como destaque a produção de sal (4.222.000 toneladas) e de areia
(3.759.431 toneladas).
TABELA 26 – PRODUÇÃO BRUTA DE MINÉRIO/ RN 2009
CLASSE/SUBSTÂNCIA QUANTIDADE (ROM) CONTIDO TEOR MÉDIO
METÁLICOS
Ferro 10.359 t 92,00 t 0,89% Fe
Ouro (Primário) - 627,47 Kg -
Tungstênio 33.299 t 279,84 t 0,84% WO3
NÃOMETÁLICOS Areia 3.759. 431 t - -
Argilas Comuns 187. 949 t - -
Calcário (Rochas) 467.031 t - -
Caulim 6.200 t - -
Diatomita 334 t - -
Dolomito 37 t - -
Rochas (Britadas) e Cascalho 781.246 t - -
Rochas Ornamentais (Granito e afins) 10.586 t - -
Rochas Ornamentais (Mármore e afins) 16 t - -
Saibro 102. 645 t - -
Sal Marinho 4.122.000 t - -
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Talco 12.753 t - -
GEMAS E DIAMANTES
Gemas (Primária) n.d. n.d. n.d.Fonte: Anuário Mineral Brasileiro 2010. Departamento Nacional de Produção Mineral. Ministério de
Minas e Energia
A produção mineral beneficiada tem como destaques a produção de rochas
britadas e Cascalho (2.779.220 toneladas) e calcário (463.867 toneladas).
TABELA 27 – PRODUÇÃO BENEFICIADA/ RN 2009
CLASSE/SUBSTÂNCIA QUANTIDADE CONTIDO TEOR MÉDIO
METÁLICOS
Tugstênio 252 t 190,00 t 75,40% WO3NÃO METÁLICOS
Água Mineral 145.340 103 l - -
Arenito Ornamental 8.320 t - -
Argilas Comuns 17.949 t - -
Calcário (Rochas) 463.867 t - -
Caulim 5.610 t - -
Dolomito 37 t - -
Rochas (Britadas) e Cascalho 2.779.220 t - -
Rochas Ornamentais (Mármore e afins) 10 t - -
GEMAS E DIAMANTESFonte: Anuário Mineral Brasileiro 2010. Departamento Nacional de Produção Mineral. Ministério de
Minas e Energia
TABELA 28 - QUANTIDADE E VALOR DA PRODUÇÃO MINERAL COMERCIALIZADA
2009
CLASSE/ SUBSTÂNCIABRUTA BENEFICIADA VALOR
TOTAL (R$)QUANTIDADEVALOR
(R$)QUANTIDADE
VALOR(R$)
RIO GRANDE DO NORTE 499.345.319 95.240.955 594.586.274METÁLICOS 124.320 7.055.591 7.179.911
Ferro 10.359 t 124.320 124.320
Tungstênio - - 210 t WO3 7.055.591 7.055.591
NÃO METÁLICOS 499.220.999 88.119.261 587.340.259
Água Mineral - - 145.340 103 l 10.286.098 10.286.098
Areia 3.751.111 t 19.708.506 - - 19.708.506
Arenito Ornamental - - 8.320 t 43.517 43.517
Argilas Comuns 170.000 t 850.000 17.949 t 12.567 862.587
Calcário (Rochas) 21.732 t 1.358.935 463.867 t 8.606.589 9.965.523
Caulim - - 5.610 t 787.424 787.424
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Diatomita 304 t 45.600 - - 45.600
Dolomito - - 37 t 1.650 1.650
Rochas (Britadas) e Cascalho 540.579 t 5.473.638 - - 4.363.606Rochas Ornamentais(Mármore e afins) - - 10 t 25.575 25.575
Saibro 102.645 m3 1.026.480 - - 1.026.480Sal Marinho 4.122.000 t 466.198.200 - - 466.198.200
Talco 13.069 t 196.035 - - 196.035
GEMAS E DIAMANTES 66.103 66.103
Gemas (Primária) - - 8g Gemas 66.103 66.103Fonte: Anuário Mineral Brasileiro 2010. Departamento Nacional de Produção Mineral. Ministério de
Minas e Energia
(*)Quantidade e valor da produção vendida, consumida ou transferida para industrialização
TABELA 29 –
PRINCIPAIS EMPRESAS PRODUTORAS/2009
EMPRESASPRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS
PRODUZIDASPARTICIPAÇ
ÃO (%)
CONSÓRCIO CONSTRAN/GALVÃO/CONSTRUCAP
Areia, Rochas (Britadas) e Cascalho,Saibro
16,47
ITAPETINGA AGRO-INDUSTRIAL S/A Argilas Comuns, Calcário (Rochas) 14,31
MINERAÇÃO TOMAZ SALUSTINO Tungstênio 10,88MINERAÇÃO CUNHA COMÉRCIOLTDA
Água Mineral 6,74
STER BOM INDÚSTRIA E COMÉRCIOLTDA
Água Mineral 5,46
SERRINHA INDÚSTRIA E COMÉRCIOLTDA Rochas (Britadas) e Cascalho 4,16CAMPEL - CONSTRUÇÃO EMÁQUINAS PESADAS
Rochas (Britadas) e Cascalho 3,77
PJ DE CARVALHO POLI Rochas Ornamentais (Granito e afins) 3,35
DANTAS, GURGEL & CIA LTDA-ME Rochas (Britadas) e Cascalho 2,58
MINA BOCA DE LAGE LTDA Tungstênio 2,57
ROCHEDO MÁRMORES E GRANITOSLTDA
Rochas Ornamentais (Granito e afins) 2,54
MINERAÇÃO SÃO FRANCISCOLTDA-ME
Água Mineral 2,52
COMPANHIA BRASILEIRA DE
EQUIPAMENTO - CBE
Areia, Arenito Ornamental, Calcário
(Rochas)2,29
MINERAÇÃO JU-BORDEAUXEXPORTAÇÃO LTDA
Rochas Ornamentais (Granito e afins) 2,24
CAULIM CAIÇARA LTDA Caulim 1,66
HIDROMINAS SANTA MARIAINDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA
Água Mineral 1,63
MINA BARRA VERDE LTDA Tungstênio 1,41
ÁGUA MINERAL POTIGUAR LTDA Água Mineral 1,21
CALCÁRIO IMAP - AGRO -MINERAÇÃO LTDA
Calcário (Rochas) 1,12
MINERAÇÃO COTO COMÉRCIO
IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃOLTDA
Rochas Ornamentais (Granito e afins) 1,05
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Fonte: Anuário Mineral Brasileiro 2010. Departamento Nacional de Produção Mineral. Ministério deMinas e Energia (*) Participação percentual da empresa no valor total da comercialização da produção mineral da UF.
O RN destaca-se também na produção de petróleo e gás natural. A produção de
petróleo e gás natural no Brasil, segundo o Boletim da Produção de Petróleo e Gás
Natural, publicado em Fevereiro de 2012 e produzido em dezembro de 2011 pela
Superintendência de Desenvolvimento e Produção – SDP – da Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Governo Federal, foi de aproximadamente
2.214 Mbbl/d (mil barris por dia) e 71 MMm³/d (milhões de m³ por dia),
respectivamente, totalizando em torno de 2.663 Mboe/d (mil barris de óleo equivalente
por dia). O setor petrolífero é de suma importância para a economia do RN, porque
além dos royalties pagos pela Petrobrás ao Estado e aos Municípios, há os contratoscom terceiros para prestação de serviços e o pagamento das indenizações aos
proprietários de terras onde são perfurados os poços. O principal produtor de petróleo
no Rio Grande do Norte é o Município de Guamaré.
TABELA 30 – DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL POR
ESTADO
ESTADO
PETRÓLEO
(bbl/d)
GÁS NATURAL
(Mm3/d)
PRODUÇÃO TOTAL
(boe/d)Rio de Janeiro 1.622.603 27.501 1.795.586
Espírito Santo 347.120 12.431 425.312
Amazonas 33.764 11.634 106.940
Bahia 43.191 7.862 92.643
São Paulo 52.332 5.970 89.886Rio Grande do
Norte59.149 1.239 66.943
Sergipe 42.835 2.918 61.186
Alagoas 4.964 1.712 15.733
Ceará 7.972 91 8.544TOTAL 2.213.929 71.359 8.544Fonte: ANP/SDP/SIGEP
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92
GRÁFICO 18 – DISTRIBUIÇÃO DE PETRÓLEO POR ESTADO
Fonte: ANP/SDP/SIGEP
GRÁFICO 19 – DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE GÁS NATURAL POR ESTADO
Fonte: ANP/SDP/SIGEP
TABELA 31 - DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL POR
BACIA
BACIA PETRÓLEO (bbl/d) GÁS NATURAL (Mm3/d) PRODUÇÃO TOTAl (boe/d)
Campos 1.847.519 27.113 2.018.056
Santos 129.982 10.244 193.415
Solimões 33.764 11.634 106.940
Espírito Santo 45.554 8.546 99.312
Potiguar 60.515 1.240 68.316
Sergipe 42.835 2.918 58.923
Recôncavo 42.710 2.578 58.923
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Camamu 468 5.215 33.271
Alagoas 4.964 1.712 15.733
Ceará 6.606 90 7.171
Tucano Sul 12 69 449
TOTAL 2.213.929 71.358 2.662.774Fonte: ANP/SDP/SIGEP
GRÁFICO 20 - DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO POR BACIA
Fonte: ANP/SDP/SIGEP
GRÁFICO 21 – DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE GÁS NATURAL POR BACIA
Fonte: ANP/SDP/SIGEP
A previsão de investimentos em recursos minerais no Rio Grande do Norte para
os próximos três anos é de, aproximadamente, o triplo dos investimentos anuais,
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94
conforme o Anuário Brasileiro Mineral de 2010. A Tabela 32 a seguir demonstra essa
previsão.
TABELA 32 - INVESTIMENTOS NA MINERAÇÃO (REALIZADOS E PREVISTOS) - 2009
CLASSE/SUBSTÂNCIA
REALIZADOS EM 2009 PREVISTOS PARA OS PROX. 3 (TRÊS) ANOS
MINA USINAÁGUA
MINERALTOTAL
(R$)MINA USINA
ÁGUAMINERAL
TOTAL(R$)
RIO GRANDEDO NORTE
14.629.812 37.141.891 - 51.771.703 39.848.783 124.921.367 - 164.770.150
METÁLICOS 3.599.662 35.838.000 - 39.437.662 20.813.332 121.670.574 - 142.483.906
Ferro 2.746.000 35.108.000 - 37.854.000 16.800.000 118.800.000 - 135.600.000
Ouro - - - 795.000 215.000 - 1.010.000
Tungstênio 853.662 730.000 - 1.583.662 3.218.332 2.666.574 - 5.873.906
NÃOMETÁLICOS
10.969.450 1.205.344 - 12.174.794 18.241.951 3.025.709 - 21.267.660
Areia 418.953 - - 418.953 584.711 - - 584.711
Areias Industriais - - - 105.000 - - 105.000
Argilas - - - 63.003 - - 63.003
Calcário 5.648.970 322.650 - 5.971.620 2.107.200 1.233.600 - 3.340.800
Caulim 1.535.200 - - 1.535.200 730.584 - - 730.584
Feldspato,Leucita e
Nefelina-Sienito- - - 617.000 - - 617.000
Rochas
(Britadas) eCascalho
2.295.734 882.694 - 3.178.428 9.349.153 1.767.109 - 11.116.262
RochasOrnamentais
780.335 - - 780.335 3.854.400 25.000 - 3.879.400
RochasOrnamentais -Outras
- - - 206.000 - - 206.000
Saibro 229.258 - - 229.258 338.900 - - 338.900
Talco e outrasCargas Mineirais
61.000 - - 61.000 286.000 - - 286.000
GEMAS E
DIAMANTES60.700 98.547 - 159.247 793.500 225.084 - 1.018.584
Gemas 60.700 98.547 - 159.247 793.500 225.084 - 1.018.584
Fonte: ANP/SDP/SIGEP
3.7 Exportações do RN
As exportações do Rio Grande do Norte, finalmente, apontam para uma saída do
período mais crítico que afetou sensivelmente a venda dos produtos para o exterior,
marcada pela crise financeira internacional em 2008. Naquele ano as exportações norte-
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riograndenses tiveram uma queda de 8,5%, mais agravada ainda em 2009, com uma
acentuada queda, em torno de 25,9%.
Em 2011 os números são bem mais favoráveis para economia exportadora do
Rio Grande do Norte apesar do equilíbrio das vendas em torno de US 281,2 milhões
(pequena redução de 1,2% em relação a 2010, com as exportações estaduais de US
284,7 milhões).
Na última década a economia exportadora do Rio Grande do Norte passou por
algumas mudanças em sua estrutura e pauta de externa, destacando a seguir, o fim dos
ciclos do petróleo e do camarão, bem como o redirecionamento da produção do açúcar
para o mercado interno. Por outro lado, houve o fortalecimento de diferentes setores e a
inclusão de outros produtos exportados abaixo descriminados:
I - Petróleo e camarão: fim dos ciclos de exportação
O ano de 2012 marca uma década do início da primeira exportação de petróleo
extraído no Rio Grande do Norte quando ocorreu o primeiro embarque em junho desse
ano. Foi o início de um ciclo de cinco anos, sem a venda de petróleo de 2007 a 2011.
As primeiras exportações do óleo bruto foram de US 24,1 milhões (em 2002)
tendo atingindo o pico no ano de 2004 quando a Petrobrás exportou US 284,2 milhões,
correspondente a 49,5% de todas as vendas internacionais do RN. Mas em 2006, últimoano do petróleo exportado, o valor ficou apenas um pouco maior, cerca de US 27,9
milhões. Apesar desse aumento em valores entre o início e o fim do ciclo do petróleo, o
peso na pauta de exportação do Estado foi de 10,8% e de 7,9%, respectivamente, para
os anos de 2002 e 2006. Em outras palavras, o Estado diversificou e ampliou suas
vendas para o exterior durante o ciclo do petróleo exportado.
O camarão também teve seu apogeu no ano de 2004. Á época, ficou atrás apenas
do petróleo e, com as vendas da ordem de US 82,6 milhões, desbancava o líder
tradicional no Rio Grande do Norte, o melão. O primeiro grande contrato de
fornecimento de camarão para o mercado europeu começou no ano de 2000, mas a
exemplo do petróleo, também encerrou seu ciclo externo, embora mais tardiamente: a
última exportação do camarão foi no início de 2011 e somou menos de US 400 mil.
II - Mercado interno aquecido
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O mercado interno aquecido também afetou diretamente as exportações do Rio
Grande do Norte, principalmente em 2011, impedindo que a curva de crescimento
continuasse a recuperar mais rapidamente os efeitos da crise financeira internacional.
O açúcar, com suas vendas de apenas US 7,6 milhões, puxou para baixo o índice
de desempenho estadual em 2011. Basta comparar com 2010 quando foi exportado US
27,6 milhões desse item: a queda e a ausência desses US 20 milhões impediram o
crescimento da pauta comercial internacional. Sua produção, no entanto, não perdeu
espaço. O mercado interno, aquecido com a venda recorde de veículos nos últimos anos
e a pressão por mais álcool combustível transformaram o mercado interno bem mais
rentável do que a oferta de compra por parte dos tradicionais compradores estrangeiros.
As empresas do RN privilegiaram, portanto, o comprador local e a média exportada dos
últimos anos (em torno de US 23 milhões) foi sensivelmente puxada para baixo.
III - 2011: agronegócio e minérios.
O ano que passou manteve equilibrada, suas exportações, trouxe alguns bons
resultados para a economia internacional do Estado com destaques para o melão, o
pescado, o granito, o mel, a sheelita e o ferro, por exemplo.
O setor mineral recuperou sua força econômica e tem demonstrado no períodomais recente uma maior vitalidade na conquista de novos mercados. Foi assim que em
2011 constatou-se um crescimento elevado nas exportações de granito (28,7%), sheelita
(365,2%) e ferro que desde o ano de 2008 não era mais exportado. Foram os novos
investimentos recebidos no RN de empresas locais ou nacionais, mas também de capital
estrangeiro, que reativaram o setor de extração mineral na região do Seridó. Esses
produtos minerais responderam por US 14,4 milhões em exportações no ano de 2011:
um significativo crescimento de 110,6% em relação ao ano de 2010 (US 6,8 milhões). Aexpectativa é de que essa evolução seja contínua nos próximos meses.
A fruticultura trouxe em 2011 uma boa notícia a ser comemorada pelo setor
produtivo: o melão voltou a apontar um crescimento em suas exportações, atingindo a
marca de US 50,6 milhões, com um aumento de 19,6% em relação ao ano passado.
Embora ainda menor do que seus índices históricos, o crescimento da concorrência em
outros Estados e a queda do consumo na Europa afetaram a produção local sem, no
entanto, diminuir sua importância para a economia norte-riograndense.
Continuando com as boas notícias do agronegócio em 2011 há de se destacar o
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pescado e o mel. Este último marcou US 4,5 milhões na pauta externa do Estado com
um expressivo crescimento de 145,9% em relação a 2010; a característica de sua
capilaridade e sua diversidade geográfica na produção contribuem para uma maior
distribuição dessa nova riqueza no RN.
O pescado recebeu investimentos de empresas japonesas que, com sua
tecnologia e conhecimento de mercado, aliada à experiência de empresas locais,
permitiu um impulso bastante significativo nas exportações de peixes (principalmente
do atum): US 17,9 milhões no ano passado, com um aumento de 83,4% em relação ao
ano anterior. No ano passado o pescado foi o quarto maior item da pauta de exportação
e a expectativa é que esse valor possa ainda duplicar nos próximos anos.
IV - Crescimento na pauta
A expectativa é de que 2012 apresente um crescimento sustentável da economia
exportadora do RN. Os dados do ano de 2011 apontam nesse sentido. E, embora seja
ainda muito cedo para fazer uma projeção em médio prazo, os primeiros dados deste
ano, referentes ao mês de janeiro, deixam uma expectativa mais animadora: em
comparação com janeiro do ano passado já houve um aumento de 50,8% nas
exportações, aproximando-se dos US 27,9 milhões em vendas. O melão continua comsua liderança e, já na terceira posição, aparece o pescado e a castanha de caju em
segundo lugar no ranking parcial. A Tabela 33 apresenta os principais produtos
exportados pelo RN no período de 2010 a maio de 2012.
TABELA 33 – PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS PELO RIO GRANDE DO NORTE
(ANUAL (US FOB))
ITENS PRODUTOS 2010 (*) 2009 2008 JAN/MAIO 2012
1 Castanha de caju R$ 45.945.003,00 R$ 41.874.760,00 R$ 44.644.627,00 R$ 19.437.369,002 Melão R$ 45.708.351,00 R$ 45.645.595,00 R$ 64.993.158,00 R$ 13.820.351,00
3 Açúcar R$ 27.623.476,00 R$ 18.165.271,00 R$ 28.191.061,00 R$ 10.055.751,00
4 Banana R$ 17.644.906,00 R$ 13.906.635,00 R$ 14.411.366,00 R$ 5.881.504,00
5 Sal R$ 14.277.971,00 R$ 15.791.503,00 R$ 4.728.753,00 R$ 937.156,00
6 Confeitaria R$ 13.513.697,00 R$ 16.975.268,00 R$ 20.060.904,00 R$ 9.045.450,00
7 Roupa de cama R$ 11.998.340,00 R$ 10.353.150,00 R$ 74.063.737,00 R$ 1.081.209,00
8 Peixes R$ 9.770.306,00 R$ 7.893.043,00 R$ 8.633.066,00 R$ 6.097.325,00
9 Manga R$ 8.090.563,00 R$ 7.175.572,00 R$ 5.683.840,00 R$ 3.333.599,00
10 Cera de carnaúba R$ 7.706.324,00 R$ 3.021.548,00 R$ 4.782.625,00 R$ 3.292.436,00
11 Chapas plásticas R$ 6.850.699,00 R$ 5.823.627,00 R$ 4.114.813,00 R$ 4.181.795,00
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12 Camarão R$ 6.548.615,00 R$ 16.870.437,00 R$ 24.980.580,00
13 Granito R$ 6.102.932,00 R$ 1.363.171,00 R$ 3.409.083,00 R$ 2.681.949,00
14 Lagosta R$ 4.995.484,00 R$ 3.954.415,00 R$ 13.676.853,00
15 Melancia R$ 4.931.235,00 R$ 4.335.726,00 R$ 5.157.913,00 R$ 918.717,00
16 Mamão R$ 2.743.766,00 R$ 5.116.603,00 R$ 7.667.847,00 R$ 1.540.045,00
17 Mel R$ 1.840.338,00 R$ 4.490.553,00 R$ 2.114.569,00 R$ 635.196,00
O Gráfico 22 mostra a balança comercial do Estado no período de janeiro a
junho (2011 e 2012). Percebe-se que em 2012 houve um superávit comercial, visto que
o montante de exportação foi superior ao de importação, como demonstrado abaixo.
GRÁFICO 22 – BALANÇA COMERCIAL DO RN
Fonte: Federação das Indústrias do RN – FIERN/2012
3.7.1 Zona de Processamento de Exportações (ZPE)
As Zonas de Processamento de Exportações são áreas de livre comercio,
destinadas á instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem
comercializados no exterior. O projeto prevê a possibilidade do percentual de
mercadorias destinado ao mercado interno aumentar. O RN implantará uma ZPE no
Município de Macaíba, o projeto foi desenhado pela Prefeitura de Macaíba, pelo
Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC), e pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), que juntamente com os
empresários formalizaram um espaço para a implantação da ZPE.
O Município de Macaíba está localizado próximo tanto do Aeroporto
Internacional Augusto Severo, em Parnamirim, quanto do aeroporto de São Gonçalo do
Amarante, que está em construção, e que, junto à ZPE, promete transformar a Região
Metropolitana de Natal em um dos principais pólos exportadores do Nordeste. A área
escolhida tem mais de 160 hectares e está localizada na Reta Tabajara, rodovia que ligaMacaíba a Natal e aos Municípios do Interior do Estado, pela BR-101.
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Apesar de ter como principal finalidade atrair investimentos estrangeiros, as
ZPE's acabam também fortalecendo o mercado interno, dexiando as empresas nacionais
em igualdade de condições com os concorrentes de outros países. O desenvolvimento da
economia local acaba vindo naturalmente por uma sucessão de fatores interligados. O
incremento de novas tecnologias, o aumento do valor agregado dos produtos e
conseqüentemente, o aumento do fluxo de mercado, e a geração de empregos.
3.8 Turismo
O turismo é uma das principais atividades econômicas do Estado que mais geraemprego e renda, apresentando em 2010 um fluxo turístico de mais de 2,5 milhões de
turistas, o que representa uma variação de 10,3% em relação a 2009, e uma receita de
R$ 2.028,0 milhões de reais. A permanência do turista no Estado chega há 7,7 dias e, o
seu gasto diário é de R$ 122,96, dado revelado pela Secretaria de Turismo do Rio
Grande do Norte (SETUR-RN).
Para desenvolver o turismo do Estado a SETUR tem a responsabilidade de
formular a política de turismo do Estado; desenvolver estudos e pesquisas para avaliar a
potencialidade turística do Estado; articular-se com os Municípios e os demais Órgãos
da Administração Estadual, com o objetivo de desenvolver a infraestrutura de
saneamento básico, transportes e energia, nas áreas de atividades turísticas; e promover
ações voltadas para a ocupação da infraestrutura de turismo do Estado, principalmente
nos períodos de baixa estação.
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MAPA 32 – TURISMO DE SOL E PRAIA
Fonte: Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável - PDITS 2011
Nos últimos anos, os problemas da crise econômica mundial, variação cambial, e
realização de tímidas campanhas de divulgação e promoção, ocasionaram a perda devôos charters e, conseqüentemente, a diminuição do fluxo turístico internacional. O
turismo nacional tornou-se o grande emissor de turistas para o RN. Em 2011, o Governo
priorizou o trabalho de divulgação e promoção do destino RN, na mídia regional e
nacional, participando das feiras e outros eventos promocionais no Brasil e principais
mercados internacionais, visando reverter à situação do turismo internacional e
incrementar cada vez mais o turismo nacional. Além disso, o Governo liderou a luta
para garantir Natal como sede da Copa do Mundo 2014, que atrairão turistas efuncionará como janela de divulgação da cidade e do Estado.
O RN apresenta um grande potencial turístico com atrativos naturais que
revelam o turismo de sol e mar, agregados a outros segmentos como turismo cultural,
aventura, religioso e ecoturismo. O Estado tem uma costa litorânea de 400 km, com
belíssimas praias, parrachos, falésias, dunas e lagoas naturais. Além disso, conta com a
riqueza dos manguezais, zonas preservadas de Mata Atlântica, cuidadas sob a égide da
política de proteção ao meio-ambiente praticada pelo Governo do Estado, que preservae fortalece o compromisso em torno do desenvolvimento sustentável e responsável.
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O Estado é dotado de excelente infraestrutura turística, tendo Natal um dos
maiores e melhores parques hoteleiros do Brasil, contando com restaurantes e bares que
apresentam a irresistível gastronomia potiguar, como o camarão e a carne de sol, bem
como a culinária internacional.
TABELA 34: MUNICÍPIOS COM ÁREA ESPECIAL DE INTERESSE TURÍSTICO
Acari São Gonçalo do Amarante
Apodi São Miguel
Arês São Miguel do Gostoso
Baía Formosa Serra de São Bento
Caicó Serra Negra do Norte
Canguaretama Serrinha dos Pintos
Caraúbas Parelhas
Ceará-Mirim Parnamirim
Currais Novos Passa e Fica
Extremoz Patu
Felipe Guerra Pedro Velho
Florânia Poço Branco
Goianinha Portalegre
João Câmara Presidente Juscelino
Jucurutu Rio do FogoLagoa Nova Santa Cruz
Luís Gomes Tibau
Macau Tibau do Sul
Maxaranguape Timbaúba dos Batistas
Mossoró Touros
Natal Upanema
Nísia Floresta Vila Flor
Fonte: IBGE.
Essa estrutura turística encontra-se em processo de modernização, objetivando o
planejamento integrado das ações para a manutenção e preservação dos patrimônios
turísticos e ecológicos; a promoção à cultura – com destaque, na valorização da cultura
local; o apoio à interiorização do turismo - estimulando o desenvolvimento dos pólos
turísticos e, junto à iniciativa privada, o incentivo a inserção do estado no turismo de
negócios e de eventos, uma vez que esse segmento tem elevada importância para um
destino. O turismo de eventos incentiva o desenvolvimento socioeconômico local, pois possibilita contornar os efeitos da "alta e baixa estação", visando fomentar o turismo em
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diferentes épocas do ano, permitindo um maior equilíbrio da demanda. Um evento
movimenta um grande número de profissionais durante a sua realização, provocando
uma grande movimentação econômica porque o turista de eventos é motivado por
interesses profissionais, mesclando atividades de trabalho e lazer.
3.8.1 Pólos Turísticos
Pela diversidade de potencial natural, cultural, estrutural e econômico o RN está
dividido em cinco Pólos turísticos, cada um mapeado de acordo com suas
especificidades locais atrativas. O Mapa 33 abaixo permite visualizar os pólos turísticos
do RN.
MAPA 33 – PÓLOS TURÍSTICOS DO RN
Fonte: SETUR
I - Polo Costa das Dunas: situado no litoral oriental, foi o primeiro Polo
Turístico do RN, e tem grande parte da dinâmica turística assentada nos atrativos
naturais, representados por praias, dunas, lagoas, mangues, falésias, mata atlântica, entre
outros elementos paisagísticos naturais, distribuídos pelos municípios que o compõem.
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Essa imagem natural sagrou-se como a imagem do destino turístico de Natal que, nesse
aspecto, representa também a imagem do Rio Grande do Norte do Brasil e
internacionalmente, sendo os segmentos de lazer com sol e praia, os principais nichos
mercadológicos do Estado.
Além disso as condições climáticas impulsionam e favorecem o aproveitamento
dos atrativos naturais para a atividade turística, já que se tem um grande número de dias
de sol ao ano e praias com águas mornas e calmas. Dos 18 municípios que integram o
Polo Costa das Dunas, 14 deles são litorâneos, denotando já o grande potencial para o
turismo de sol e praia, atualmente a tipologia de turismo mais aproveitada no Polo. Por
esse fato, as praias são os elementos mais comuns na oferta turística de atrativos no
Pólo. Com destaque para a capital Natal e praias internacionalmente conhecidas, como
Ponta Negra, Jenipabu, Maracajaú e Pipa, aliadas aos passeios de buggy e barcos,
mergulhos, visita ao maior cajueiro do mundo, gastronomia regional e internacional,
folclore, artesanato, festividades e monumentos históricos e turísticos, tornam o Pólo
Costa das Dunas um dos destinos mais procurados pelo turista nacional e internacional.
Integram o Pólo Costa das Dunas os municípios de Arez, Baía Formosa, Canguaretama,
Ceará-Mirim, Extremoz, Macaíba, Maxaranguape, Natal, Nísia Floresta, Parnamirim,
Pedra Grande, Rio do Fogo, São Gonçalo do Amarante, São José de Mipibu, São
Miguel do Gostoso, Senador Georgino Avelino, Tibau do Sul e Touros.
II - Polo Costa Branca:Situa-se na Zona Oeste do Estado, caracteriza-se de um
lado, pela vegetação típica da caatinga, repleta de xique-xiques e juremas, do outro, o
mar, praias, dunas multicoloridas, mangues, falésias, rios, lagos, lagoas e águas termais.
É conhecido como o lugar onde o mar encontra o sertão e o sertão literalmente vira mar.
Destaca-se pelas cidades produtoras de sal, petróleo e fruticultura, pela presença de
sítios arqueológicos e paleontológicos.A faixa litorânea do Costa Branca, com 170 km de extensão, é caracterizada por
ser ainda bastante rústica, pouco adensada, ideal para turistas que procuram destinos
mais preservados e tranqüilos, onde a atividade turística é ainda incipiente, mas com
abundantes recursos para desenvolver um turismo de caráter natural, com maior contato
com a natureza e com a comunidade. O destaque maior é nas salinas de Macau e Areia
Branca que são atrativos diferenciados, uma vez que o RN é o maior produtor de sal do
país.
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Algumas praias, já recebem fluxos de brasileiros e estrangeiros freqüentes, como
é o caso de Galinhos que mantém aquele aspecto de vilarejo rústico “perdido da
civilização”, a Praia de Ponta do Mel, em Areia Branca, destaca-se por sua beleza
selvagem e por apresentar aspectos de serra, sertão e mar. As dunas brancas misturam-
se às falésias vermelhas, fenômeno que origina dunas de coloração rosada, como as de
Redonda e as do Rosado (Porto do Mangue). Os cactos e a vegetação da caatinga
chegam à praia, caracterizando o “encontro do mar com o sertão”. Tibauque tem como
grande diferencial seus morros de areia colorida. O município de Macau tem na praia de
Diogo Lopes o seu grande destaque, que tem aproximadamente 8 km de extensão com
dunas ainda inexploradas, reserva de manguezais e belos coqueirais.
Saindo um pouco do litoral, tem-se como destaque entre os atrativos naturais as
águas termais de Mossoró. Entre as lagoas sertanejas, pode-se mencionar a Lagoa do
Piató, em Assú,que já conta com um terminal turístico e recebe fluxos de visitantes das
comunidades vizinhas especialmente nos finais de semana.
A região onde se encontra a Lagoa Formosa, em São Rafael, constitui-se num
diferencial ao sol e praia do Pólo Costa Branca. A grande formação rochosa em granito
é ideal para a prática de trilhas e esportes de aventura como trekking , rapel, parapente,
etc.
Entre os principais atrativos culturais do Polo, pode-se destacar a cidade de
Mossoró que está bastante ligada à cultura, sendo inclusive conhecida como a “Capital
Cultural do Rio Grande do Norte”, diante do grande investimento em eventos de caráter
cultural, na valorização do patrimônio e história locais. O patrimônio Cultural de
Mossoró está em boa parte ligado à história de resistência da cidade ao bando de
Lampião. Dentre os pontos de destaque estão: a Igreja de São Vicente, o Palácio da
Resistência, a Estação das Artes (antiga estação de trens), o Museu Lauro da Escócia e o
Memorial da Resistência: lugar que conta a história do cangaço, bem como a trajetóriade Lampião em Mossoró. Durante os festejos de São João, é apresentado anualmente o
espetáculo “Chuva de Bala no País de Mossoró” que teatraliza no átrio da Igreja São
Vicente, esse importante momento para a história de Mossoró, sendo uma das atrações
de maior destaque no evento, e atrai um grande fluxo de turistas.
Outro destaque é o Lajedo de Soledade e seu Museu, em Apodi. Esse sítio
arqueológico abrange cerca de 1 km² de dimensão, incrustado numa formação rochosa
calcária do período paleolítico, com idade geológica estimada em 90 milhões de anos
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Em Assú, existe um casario histórico encravado no centro da cidade tombado pelo
Patrimônio Histórico-Cultural.
Além de todos esses atrativos, um dos grandes motivadores das viagens para o
Polo Costa Branca são as suas festas populares, como o Carnaval, os Festejos Juninos e
as Festas Religiosas. Os municípios que compõem o Polo Costa Branca são: Angicos,
Apodi, Areia Branca, Caiçara do Norte, Carnaubais, Galinhos, Grossos, Guamaré, Itajá,
Lages, Macau, Mossoró, Pendências, Porto do Mangue, São Bento do Norte, São
Rafael, Serra do Mel e Tibau.
MAPA 34 – SEGMENTAÇÃO DO TURISMO DO RN
Fonte: Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS/2011
III - Polo Seridó: localizado no semi-árido do RN é constituído por ecossistemas
naturais, como o bioma caatinga, único no mundo, que aliado a majestosas serras,
formações rochosas, trilhas, rios, açudes, tanques naturais e cavernas misteriosas, sítios
arqueológicos, que registram a presença do homem pré-histórico, através de enigmáticas
inscrições rupestres, conferem a região uma beleza selvagem que encanta os visitantes.
Somados a tudo isso, tem a beleza do artesanato da região, com destaque para os
famosos bordados por sua qualidade, e belos arranjos que adornam variados tipos de
conjuntos de cama, mesa e banho, assim como artigos para vestuário. A culinária típica,
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como a famosa carne de sol, queijos, biscoitos, manteiga da terra, e a cultura sacra, que
inspira a fé do sertanejo.
Entre os atrativos naturais, existem as serras, o relevo acidentado e as formações
rochosas, destacando-se o Bico das Araras e Serra da Formiga em Acari, que
emolduram o Açude de Gargalheiras, a Gruta da Caridade e Serra de São Bernardo em
Caicó, Vale Vulcânico em Cerro Corá e Lagoa Nova, Serra do Chapéu, Pico do Totoró,
Cânion dos Apertados, Serra da Mina Brejuí, Pedra do Sino e do Navio em Currais
Novos, Serra dos Quintos e Pedra da Boca em Parelhas.
Além da religiosidade do povo do Seridó, outros atrativos histórico-culturais
existem no Polo Seridó como sítios arqueológicos, museus, sítios históricos
urbanísticos, igrejas, capelas, fazendas, festas populares e religiosas, artesanato e a
gastronomia. O que chama grande atenção são os sítios arqueológicos que apresentam
vestígios da ocupação do homem pré-histórico que deixaram suas marcas em cavernas,
grutas, sendo os de maior representatividade: Sítios Mirador, em Parelhas, Pedra do
Alexandre, Talhado do Gavião, Casa Santa e Xiquexique I e II em Carnaúba dos
Dantas, estes últimos já estruturados para receber visitantes.
Outros dos atrativos turísticos histórico-culturais do Polo Seridó são os seus
castelos, um deles está localizado em Caicó, o Castelo de Engady e o outro, o Castelo
de Bivar encontra-se em Carnaúba dos Dantas. Um dos grandes, motivadores das
viagens para o Polo Seridó são as suas festas religiosas e populares, amplamente
conhecidas, como o Carnaval e a Festa de Sant’Ana, em Caicó, tendo sido construído
um espaço de eventos no município, conhecido como Ilha de Santana, para melhor
estruturar o evento. Em Carnaúba dos Dantas, a encenação da Paixão de Cristo, no
Monte do Galo, é destaque no calendário religioso da cidade. Em Acari, no aspecto
cultural destacam-se a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e o Museu do Sertanejo,
ambos tombados pelo Patrimônio Histórico.O Polo Seridó abrange as cidades de Acari, Caicó, Carnaúba dos Dantas, Cerro
Corá, Currais Novos, Equador, Florânia, Jardim do Seridó, Jucurutu, Lagoa Nova, Ouro
Branco, Parelhas, Santana do Seridó, São João do Sabugi, São José do Seridó, Serra
Negra do Norte, Tenente Laurentino Cruz e Timbaúba dos Batistas.
IV- Polo Serrano: Situa-se no semiárido nordestino, caracteriza-se pelo clima
ameno, durante boa parte do ano, presença de grutas, belas e mais altas serras do RN,
sendo um paraíso para os amantes da natureza, da aventura e do ecoturismo, comtrilhas, mirantes, sítios arqueológicos, formações rochosas e vistas deslumbrantes e
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também o turismo religioso. Entre julho e agosto, as temperaturas ficam entre 16 e 26º
C, o que torna o clima propício para a realização dos Festivais de Inverno, com
programações culturais diversificadas e festivais gastronômicos com ênfase na culinária
Potiguar.
Destaque para as cidades de Martins, com os Mirantes da Carranca e do Canto,
Casa de Pedra, Pedra do Sapo, Pedra Rachada com a silhueta de Cristo, a Igreja Matriz
de Nossa Senhora da Conceição e seu famoso Festival Gastronômico, que já atrai
grande fluxo turístico, Portalegre cujas principais atrações são a Fonte da Bica (de água
mineral), no Terminal Turístico, a Cachoeira do Pinga, com quase 100 metros de altura,
Casas de Farinha, Mirante Boa Vista, os Sítios Arqueológicos da Furna do Pelado e
Pedra do Letreiro e, recentemente, o Festival Gastronômico, Patu com a Serra e
Santuário do Lima, onde o turismo religioso com romarias, acontece durante todo o ano,
Pedra da Bocada, Casa do Cangaceiro Jesuíno Brilhante, Cruzeiro de São Sebastião e a
Rampa de Vôo Livre, onde acontece anualmente grande campeonato, por ser um dos
melhores lugares do mundo para a prática desse esporte.
Municípios que compõem o Polo Serrano: Alexandria, Antônio Martins, Campo
Grande, Caraúbas, Doutor Severiano, Felipe Guerra, Lucrécia, Luís Gomes, Major
Sales, Martins, Patu, Pau dos Ferros, Portalegre, Riacho da Cruz, São Miguel, Venha
Ver, Viçosa e Pilões.
V- Polo Agrestre/Trairi: Situado num belo trecho do sertão nordestino, o Polo
Agreste/Trairi atrai visitantes tanto pelo seu cenário magnífico como pelas
demonstrações de fé e religiosidade de seu povo. O Polo tomou grande impulso no
Turismo Religioso com a construção do Complexo Turístico Religioso Alto de Santa
Rita de Cássia, no município de Santa Cruz, maior estátua religiosa do mundo, com 53
metros de altura, constando de área para missas e eventos, restaurantes, lojas de
artesanato e estacionamento. Devido à beleza de suas serras, formações rochosas, trilhase lajedos, a região é de grande interesse para o desenvolvimento do turismo de aventura.
Multidões de todas as partes do Estado participam dos festejos juninos e religiosos. As
tradicionais vaquejadas e os festivais gastronômicos também são outros atrativos para
quem visita a região.
Os principais atrativos turísticos do Polo Agreste/Trairi encontram-se nas
cidades de Santa Cruz, com o já citado Complexo Turístico Religioso Santa Rita de
Cássia, Vila de Todos (complexo de apoio ao turismo, com quiosques, bares e músicaao vivo) casa da Cultura e eventos como o Serra de São Bento Festival de Quadrilhas,
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Espetáculo Rita Senhora dos Impossíveis e os Festejos da Padroeira, com suas serras,
cavernas, clima ameno que favorece a realização do já consolidado Festival de Inverno,
Sítio Novo com o Castelo de Zé dos Montes, Inscrições Rupestres na Pedra do Letreiro,
Balneário, Passa e Fica devido a proximidade do Parque Ecológico Pedra da Boca, que
fica na Paraíba, se beneficia desse atrativo, com trilhas e deslumbrante visual e Serra
Caiada, com a Serra do mesmo nome, formação rochosa mais antiga das Américas, que
é bastante utilizada para escaladas, além da praça com Concha Acústica para realização
de eventos.
Compõem o Polo Agreste/Trari: Coronel Ezequiel, Jacanã, Japi, Montanhas,
Monte das Gameleiras, Nova Cruz, Passa e Fica, Santa Cruz, São Bento do Trairi, Serra
Caiada, Serra de São Bento, Sítio Novo e Tangará.
3.8.2 Investimentos Turísticos
O Governo executa projetos de obras e investimentos para melhorar a
infraestrutura, qualificar a mão de obra e implementar o projeto de interiorizar cada vez
mais o turismo. Para 2012, o plano de metas da Secretaria de Turismo e da Emprotur
prevê investimentos em obras e programas para fortalecer o setor, multiplicando suacapacidade de gerar trabalho e renda. Essas ações são executadas (obras viárias,
saneamento) por diversas áreas do Governo, dentro do projeto de gestão articulada, em
que várias secretarias somam esforços para viabilizar as ações da gestão.
Com recursos do Prodetur, o Governo tem investido recursos em ações, como:
qualificação de profissionais do turismo nos municípios do Polo Costa das Dunas;
elaboração dos projetos de pavimentação dos acessos às praias e lagoas; elaboração do
projeto do Parque do Cajueiro, implantação dos acessos RN 313/Alcaçuz/Nísia Floresta,BR 101 (Nísia Floresta)/Alcaçuz, RN 063 e do acesso RN 063/ Lagoa de Arituba;
conclusão do sistema do esgotamento sanitário de Cotovelo e Pium.
Além das ações acima, estão programadas com recursos do Prodetur Nacional a
elaboração do Projeto do Museu da RAMPA; contratação do projeto de reforma e
ampliação do Centro de Turismo de Natal; Projeto de Reabilitação Urbana do Centro
Histórico de Natal; Projeto para visitação e conservação dos sítios arqueológicos do
Seridó; Projeto de Urbanização das Orlas (Cotovelo, Pirangi do Norte, Pitangui,
Jacumã, Muriú, Tibau do Sul e Pipa), Implantação do Sistema de Esgotamento de San
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Vale, entre outras. O montante dos recursos do Prodetur Nacional é de 75 milhões de
dólares, sendo o valor de empréstimo pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento -
BID o valor de U$ 45 milhões, recursos de convênios com o Ministério do Turismo –
MTUR no valor de U$ 27 milhões e a contrapartida estadual no valor de U$ 3 milhões.
Atualmente, o Estado do Rio Grande do Norte está em fase de planejamento
para realização do Projeto RN Sustentável que tem ações programadas ao apoio a
investimentos de infraestrutura voltados ao fortalecimento do turismo regional
sustentável, prevendo atividades de investimentos em melhorias da infraestrutura
urbanística e acessibilidade às praias, lagoas, açudes e atrativos naturais; melhorias no
índice de saneamento de municípios turísticos, criação e estruturação de novos roteiros
turísticos e de apoio ao turista. As ações serão realizadas com recursos oriundos de
contrato de empréstimo assinado entre o Governo do Estado e o Banco Mundial,
prevendo um total de U$ 58 milhões para o incremento do turismo.
O Programa de Regionalização do Turismo prevê investimentos de R$ 2
milhões, com recursos próprios, para, entre outras ações, elaboração do Plano
Estratégico Sustentável do Turismo; implantação de Sinalização Turística Interpretativa
de Natal; implantação do Projeto Turístico Rota 33, entre o RN, PB e AL; e contratação
de consultoria para desenvolver ações de acesso ao mercado.
3.8.3 Dados do Turismo do RN
Para bem acomodar os turistas, o RN dispõe de uma das maiores redes
hoteleiras, com mais de 42.000 mil leitos. Destaque para a capital do RN (Natal), que
tem 19.532 mil leitos, sendo a sexta do país e terceira do Nordeste em número de leitos.
Segundo a Pesquisa Serviços de Hospedagem divulgada pelo IBGE (2011), Natal tem
capacidade para receber, em média, 140 hóspedes por estabelecimento, posicionando-se
acima da média nacional (110) e, ficando atrás do Rio de Janeiro, que tem a capacidade
de receber, em média, 157 hóspedes por estabelecimentos. A capital tem a quarta maior
média de unidades habitacionais – suítes, apartamentos, quartos e chalés – por
estabelecimento do país. Possui a segunda maior proporção de estabelecimentos de luxo
do país (4,2% dos meios de hospedagem) e a quarta maior proporção de
estabelecimentos nacionais na categoria superior/muito confortável (15,6% dos meios).
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A Tabela 35 apresenta o movimento de aeronaves e passageiros no Aeroporto
Internacional Augusto Severo no Rio Grande do Norte, nota-se, que nos últimos anos, o
crescimento tem sido diminuto.
TABELA 35 – MOVIMENTO DE AERONAVES E PASSAGEIROS NO AEROPORTO
AUGUSTO SEVERO
AERONAVE (UNIDADE) PASSAGEIROS (UNIDADE)
ANO DOMÉSTICO INTERNACIONAL DOMÉSTICO INTERNACIONAL
2011 29.247 1.068 2.463.183 123.037
2010 27.755 868 2.297.778 118.055
2009 21.978 1.037 1.766.387 127.726
2008 18.886 1.360 1.479.256 164.113Fonte: Infraero. 2011.
Um dos indicativos para tal situação seria, por exemplo, o crescimento da
demanda e a não adequação da estrutura dos terminais aeroportuários. Recentemente, o
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou em um estudo que o
Aeroporto Internacional Augusto Severo tem funcionando acima da capacidade
operacional - a taxa apontada no estudo foi de 138%.
Para minimizar esta situação, um novo aeroporto está em construção, o
Aeroporto Internacional da Grande Natal, situado na Região Metropolitana de Natal,
especificamente no município de São Gonçalo do Amarante, distante 40 quilômetros do
centro da capital do Estado. Projetado para ser um aeroporto intermodal (passageiros e
cargas), o complexo terá a maior pista de pouso do Nordeste e tem a pretensão de ser “o
maior terminal da América Latina”, por isso está sendo criada uma ZPE - Zona de
Processamento de Exportações – distrito industrial para a instalação de empresas
voltadas essencialmente para o mercado externo. Além da ZPE, haverá área de Livre
Comércio (ALC). A previsão de inauguração é para abril de 2014. Assim, o RN tem buscado desenvolver um turismo sustentável de forma a
articular um conjunto de atitudes, comportamentos, estratégias, planos, leis e
regulamentações em resposta às necessidades econômicas, sociais e ambientais, visando
promover o desenvolvimento local/regional.
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4. EIXO INSTITUCIONAL
4.1 Organização Político-administrativa
Conforme disposto na Constituição Federal de 1988, os Estados, juntamente
com União, Municípios e Distrito Federal constituem-se Entes Federados da República
Federativa do Brasil, com responsabilidades no desenvolvimento e promoção das
políticas públicas.
No Rio Grande do Norte, o desenho institucional da Administração Direta e
Indireta, envolve autarquias, fundações públicas, órgãos de regime especial, empresas
públicas e sociedades de economia mista representada no organograma da estrutura
organizacional do Poder Executivo Estadual.
ORGANOGRAMA 1: ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO PODER EXECUTIVO DO RN
Fonte: Catálogo do poder executivo estadual, 2011.
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A Administração Direta é composta por 15 (quinze) Secretarias: Secretaria de
Estado do Esporte e do Lazer, Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos
Humanos, Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania, Secretaria de Estado da
Educação e da Cultura, Secretaria de Estado da Tributação, Secretaria de Estado do
Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Secretaria de Estado de Infraestrutura,
Secretaria de Estado de Agricultura, da Pecuária e da Pesca, Secretaria de Estado do
Desenvolvimento Econômico, Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da
Assistência Social, Secretaria de Estado do Turismo, Secretaria de Estado de Assuntos
Fundiários e Apoio à Reforma Agrária e a Secretaria de Estado da Segurança Pública e
da Defesa Social.
Como integrantes da Administração Direta há ainda a Controladoria Geral do
Estado, Procuradoria Geral do Estado, Consultoria Geral do Estado, Gabinete Civil do
Governador do Estado, Assessoria de Comunicação Social do Estado e a Defensoria
Pública Geral do Estado.
A Administração Indireta, por sua vez, é composta por 11 (onze) autarquias:
Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do RN, Instituto de
Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN, Instituto de Educação Superior
Presidente Kennedy, Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do RN,
Departamento Estadual de Trânsito, Departamento de Estradas e Rodagens, Agência
Reguladora de Serviços Públicos, Instituto da Gestão das Águas do Estado do RN,
Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural, Instituto de Pesos e Medidas e a
Junta Comercial do Estado do RN.
Dentre as Fundações Públicas estão a Fundação José Augusto, a Universidade
do Estado do Rio Grande do Norte, Fundação Estadual da Criança e do Adolescente e a
Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do RN. São5 (cinco) os Órgãos de Regime
Especial: Departamento Estadual de Imprensa, Instituto Técnico e Científico, PolíciaCivil, Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar.
A Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN e a Empresa Gestora de Ativos do
RN constituem-se nas únicas Empresas Públicas do Estado. Por outro lado, existem 6
(seis) Sociedades de Economia Mista: Companhia de Águas e Esgotos do RN, Centrais
de Abastecimento do RN, Companhia Potiguar de Gás, Agência de Fomento do RN,
Companhia de Processamento de Dados do RN, Companhia Estadual de Habitação e
Desenvolvimento Urbano e Empresa Potiguar de Promoção Turísticas.
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113
Todas essas instituições possuem atribuições e responsabilidades inerentes a
determinadas áreas de atuação do Estado, que interferem na sociedade a partir de
recursos administrativos (Pessoal, Material e Financeiro) impactando significativamente
nas Finanças Estaduais. É exatamente sobre o orçamento público estadual que nos
deteremos a seguir 12.
4.2 Finanças Públicas
As receitas são classificadas em duas amplas categorias: Receitas Correntes e de
Capital. Nas Receitas Correntes é importante destacar as seguintes subcategorias:
Receita Tributária que corresponde à soma dos recursos decorrentes da arrecadação dos
impostos, taxas e contribuições de melhorias; Receita Patrimonial que corresponde ao
resultado financeiro da movimentação do patrimônio, seja decorrente de bens
mobiliários e imobiliários, seja advindo da participação societária; Transferências que
são recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado,
independentemente da contraprestação. Vale salientar que os governos estaduais e
municipais registram neste item as participações em tributos federais.
As Receitas de Capital são aquelas provenientes da realização de recursos
financeiros, via constituição de dívidas da conversão de bens e direitos em espécie, e
dos recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado destinados a
atender despesas classificadas como em Despesas de Capital. Estão também nesta
categoria as “Operações de Crédito” que englobam o volume de recursos decorrentes da
colocação de títulos públicos ou de empréstimos obtidos junto a entidades estatais ou
particulares internas ou externas.
As despesas classificam-se em Despesas Correntes e de Capital. As DespesasCorrentes constituem o grupo de Despesas Operacionais realizadas pela Administração
Pública destinadas a promover a manutenção e o funcionamento dos órgãos que a
compõem. Nesta categoria, destaca-se o item “Pessoal”, que compreende os gastos com
vencimentos, diárias, ajudas de custo, gratificações, honorários, entre outros.
As Despesas de Capital são aquelas cujo propósito é criar novos bens a se
incorporarem ao patrimônio público. Destaca-se o item “Investimentos”, que
12 Para maiores informações sobre as atribuições de cada órgão ou entidade do executivo estadualconsultar www.rn.gov.br
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114
compreende as dotações para o planejamento e execução de obras, aquisição de
instalações, equipamentos e material permanente, e constituição ou aumento de capital
de empresas que compõe a estrutura estadual. Na Tabela 36 abaixo consta o Balanço
Patrimonial de 2011.
TABELA 36: RECEITA E DESPESA ARRECADADA, SEGUNDO A NATUREZA – 2011
BALANÇO ORÇAMENTÁRIO
RECEITA DESPESA
TÍTULOS PREVISÃO EXECUÇÃO DIFERENÇA TÍTULOS FIXAÇÃO EXECUÇÃO DIFERENÇA
RECEITASCORRENTES
8.529.291.000,00 8.077.054.149,13 452.236.850,87
CréditosOrçamentários
eSuplementares
Receita Tributária
3.648.658.000,00 3.883.992.157,79 235.334.157,79Créditos
Especiais
9.909.144.564,27 7.656.353.593,53 2.252.790.970,74
Receita deContribuções
269.477.000,00 270.707.578,06 1.203.578,06 0 0 0
Receita Patrimonial 48.621.000,00 103.319.067,04 54.698.067,04
ReceitaAgropecuária
2.470.000,00 1.304.721,82 1.435.278,18
Receita Industrial 10.969.000,00 3.924.632,62 7.044.367,38
Receita de Serviços 192.127.000,00 79.591.418,24 112.535.581,76
TransferênciasCorrentes
4.313.477.000,00 3.703.614.526,72 609.862.473,28
Outras ReceitasCorrentes
43.492.000,00 30.870.046,84 12.621.953,16
RECEITAS DECAPITAL 1.435.302.000,00 139.474.962,87 1.295.827.037,13
Operações de Crédito408.829.000,00 121.129.372,35 287.699.627,65
Alienação de Bens 20.006.000,00 177.500,00 19.828.500,00
Amortização deEmpréstimos
0,00 2.546.323,23 2.546.323,23
Transferências deCapital
986.630.000,00 14.712.148,93 971.917.851,07
Outras Receitas deCapital
19.837.000,00 909.618,36 18.927.381,64
RECEITASINTRA-
ORÇAMENTÁRIAS
528.469.000,00 554.799.987,43 26.330.987,43
DEDUÇ O DARECEITA
CORRENTE994.681.000,00 992.908.736,96 1.772.263,04
Dedução Receita p/form. FUNDEB
994.681.000,00 992.908.736,96 1.772.263,04
SOMA 9.488.381.000,00 7.778.420.362,47 1.719.980.637,53 SOMA 9.909.684,27 7.858.353.593,53 2.252.790.970,00
DÉFICIT 0,00 0,00 0,00 SUPERÁVIT -410.763.684,27 122.066.768,94 532.830.333,21
TOTAL 9.488.381.000,00 7.778.420.362,47 1.719.980.637,53 TOTAL 9.498.381.000,00 7.778.420.362,47 1.719.880.637,53
Fonte: Controladoria Geral do Estado – CONTROL
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5. EIXO SOCIAL
5.1 Demografia
O Rio Grande do Norte é o décimo sexto Estado mais populoso do Brasil
com 3.168.027 habitantes. A Tabela 37 abaixo apresenta que o último Censo/2010
indica um crescimento de 14,3% da população do Rio Grande do Norte em relação à
década passada.
TABELA 37 - POPULAÇÃO RECENSEADA DO RIO GRANDE DO NORTE
CENSO POPULAÇÃO
2000 2.771.538
2010 3.168.027
Fonte: IBGE, SIDRA, 2011.
Segundo o IBGE, a população do RN em 2011 foi estimada13 em 3.198.657 mil
habitantes, o que corresponde a um aumento de mais de 300 mil habitantes em relação
ao total de habitantes do Censo 2010.
O Estado concentra grande parte da sua população em três municípios (Mossoró,
Natal e Parnamirim) com população superior a 200 mil habitantes. Esses municípios,que constituem cidades pólo no leste e oeste do Rio Grande do Norte, detêm acessos a
serviços e bens públicos, não encontrados noutras localidades, o que ocasiona
constantes deslocamentos da população adjacente para o atendimento dos serviços
ofertados nesses centros. A Tabela 38 a seguir apresenta o ranking das vinte cidades
mais populosas do Rio Grande do Norte, e o Mapa 35 apresenta a população do RN por
número de habitantes.
TABELA 38 - AS 20 CIDADES MAIS POPULOSAS DO RIO GRANDE DO NORTE
POSIÇÃO CIDADEPOPULAÇÃOESTIMADA
1 Natal 810.7802 Mossoró 263.3443 Parnamirim 208 .4254 São Gonçalo do Amarante 89. 0445 Macaíba 70. 5866 Ceará-Mirim 68. 5807 Caicó 63. 1478 Assu 53. 636
13 IBGE. Estimativas da população residente com data de referência 1o de julho de 2011.
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9 Currais Novos 42. 79510 São José de Mipibu 40.14911 Santa Cruz 36. 14312 Nova Cruz 35. 61713 Apodi 34. 80814 João Câmara 32. 456
15 Touros 31. 33516 Canguaretama 31. 21617 Macau 29. 20418 Pau dos Ferros 27. 97419 Areia Branca 25. 52920 Extremoz 24. 953
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais.
MAPA 35 - POPULAÇÃO DO RIO GRANDE DO NORTE POR NÚMEROS DE HABITANTES
Fonte: IBGE. Censo Demográfico, 2010.
Do total da população do Estado, 2.464.991 habitantes estão na zona urbana,
representando aproximadamente 78% e, 703.036 habitantes encontram-se na zona rural,
que corresponde a 22 % da população do Estado. Ao comparar esses dados com a
população do Nordeste e do Brasil, verifica-se que o mesmo quadro que ocorre ao nível
do Brasil e do Nordeste, repete-se no Rio Grande do Norte.
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GRÁFICO 23 - POPULAÇÃO RESIDENTE POR SITUAÇÃO DE DOMICÍLIO
Fonte: IBGE. Censo Demográfico, 2010.
Essa constatação revela-se em virtude da estagnação das relações de trabalho no
campo em face à modernização da agricultura – setor primário – ocasionada pela
disseminação das atividades oriundas do segundo e terceiro setor da economia. As
populações rurais têm migrado para os centros urbanos, em busca de melhor qualidade
de vida e condições mais favoráveis de trabalho, assim como acesso a bens e serviços
públicos.
No Rio Grande do Norte 1.548.887 habitantes são do sexo masculino e,
1.619.140 do sexo feminino. Na área urbana 1.183.327 homens e 1.281.664 mulheres e,
na área rural 365.560 homens e 337.476 mulheres. Comparando com o Brasil e a
Região Nordeste, nota-se que há uma semelhança quanto à proporção do número de
pessoas por sexo.
GRÁFICO 24 - POPULAÇÃO RESIDENTE POR SEXO
Fonte: IBGE. Censo Demográfico, 2010.
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O Censo/2010 registrou também um aumento na densidade demográfica do
Estado, que passou de 52,22hab./km², em 2000 para 59,99 hab./km² em 2010. No Brasil
e na região Nordeste é possível observar também um aumento na densidade
populacional nos últimos dez anos.
GRÁFICO 25 - DENSIDADE DEMOGRÁFICA E CENSOS DEMOGRÁFICOS
Fonte: IBGE, SIDRA, 2011.
No ranking dos estados brasileiros, em relação à densidade demográfica, o Rio
Grande do Norte ocupa a décima posição. Em relação ao ranking da região Nordeste, o
Estado ocupa a quinta posição.
GRÁFICO 26 - DENSIDADE DEMOGRÁFICA: RANKING DOS ESTADOS DO NORDESTE
Fonte: IBGE, SIDRA, 2011.
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A maior concentração demográfica do Estado situa-se na Região Metropolitana
de Natal14, conforme mostra a Tabela 39 a seguir:
TABELA 39 - OS 30 MUNICÍPIOS DO RN COM MAIOR DENSIDADE DEMOGRÁFICA
(HAB./KM2)
MUNICÍPIO TOTALÁREA
TOTAL -KM²
DENSIDADEDEMOGRÁFICA
- HAB./KM²
1 Natal* 803.739 167,2 4808,2
2 Parnamirim* 202.456 123,6 1638,14
3 São Gonçalo do Amarante* 87.668 249,1 351,91
4 Passa e Fica 11.100 42,1 263,43
5 Brejinho 11.577 61,6 188,07
6 Extremoz* 24.569 139,6 176,03
7 Senador Georgino Avelino 3.924 25,9 151,31
8 Jaçanã 7.925 54,6 145,25
9 Montanhas 11.413 82,2 138,82
10 São José de Mipibu* 39.776 290,3 137
11 Macaíba* 69.467 510,8 136,01
12 São Miguel 22.157 171,7 129,05
13 Vera Cruz* 10.719 83,5 128,43
14 Nova Cruz 35.490 277,7 127,82
15 Canguaretama 30.916 245,4 125,98
16 Mossoró 259.815 2099,3 123,7617 Lucrécia 3.633 30,9 117,45
18 Goianinha 22.481 192,3 116,92
19 Arês 12.924 115,5 111,89
20 Tibau do Sul 11.385 101,8 111,81
21 Major Sales 3.536 32 110,6
22 Pau dos Ferros 27.745 260 106,73
23 Monte Alegre* 20.685 211,3 97,87
24 Lagoa Salgada 7.564 79,3 95,37
25 Ceará-Mirim* 68.141 724,4 94,0726 Jundiá 3.582 44,6 80,24
27 Maxaranguape 10.441 131,3 79,51
28 Lagoa Nova 13.983 176,3 79,31
29 Bom Jesus 9.440 122 77,35
30 Nísia Floresta* 23.784 307,8 77,26Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.(*) Municípios que compõe a região metropolitana do Rio Grande do Norte.
14
Criada pela Lei Complementar nº 152, de 16 de janeiro de 1997, DOE de 6 de fevereiro de 1997.Atualmente é constituída por 10 municípios, sendo a décima quinta maior aglomeração urbana do Brasil,com 1 350 840 habitantes.
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120
A Região Metropolitana de Natal (RMN)
apresenta-se como uma das regiões de maior dinamismo
econômico e social do Rio Grande do Norte, por suas
características urbanas e constituir o principal pólo
industrial - construção civil, indústria de transformação/
têxtil – alimentos – bebidas – atividade pesqueira em
produção industrial, e um diversificado complexo de
bens e serviços, concentrando inclusive nas atividades
administrativas, ao incluir entre seus municípios, a
capital do Estado.
Atualmente a RMN compreende 10 municípios,sendo a décima quinta maior aglomeração urbana do
Brasil, com 1 350 840 habitantes, o que representa 42%
da população do Rio Grande do Norte. Sua área
territorial abrange uma superfície de
2.819,11quilômetros quadrados, o que corresponde a
5,3% do território estadual.
Analisando a estrutura etária, formada pelos dados do Censo 2000 e 2010, as pirâmides mostram que o Rio Grande do Norte segue a mesma tendência nacional, isto
quer dizer, um incremento na população jovem, redução da população infantil,
sobretudo nos primeiros dois grupos etários e aumento da população de idades mais
avançadas.
MAPA 36 - MUNICÍPIOS DA REGIÃO
METROPOLITANA
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GRÁFICO 27 - DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR SEXO SEGUNDO OS
GRUPOS DE IDADE
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000/2010.
Na pirâmide etária do Rio Grande do Norte, nota-se um estreitamento na base,
onde a faixa populacional com idade de até 19 anos reduziu, motivado pelo declínio dos
níveis de fecundidade e queda da mortalidade.
Em relação à taxa de fecundidade15 no Rio Grande do Norte, os dados
divulgados pelo IBGE, revelam queda. Em 2000, a taxa de fecundidade foi de 2,54
15A taxa de fecundidade total fornece o número médio de filhos que teria uma mulher ao final de seu período fértil.
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122
filhos por mulher. Já no último Censo 2010, registrou-se uma taxa de 1,99 filhos por
mulher.
GRÁFICO 28 - TAXA DE FECUNDIDADE DO RIO GRANDE DO NORTE
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
No Gráfico 28 acima se observa que no período compreendido entre os Censos
Demográficos de 1940 e 2010 a diminuição no número de filhos nascidos vivos por
mulher foi de 6,38. Este fato é o resultado das intervenções da Política Pública de
Saúde, que com o uso de métodos contraceptivos, laqueadura e o incentivo ao
planejamento familiar, contribuiu para o declínio desta taxa.Outro fator que influenciou também o estreitamento da base da pirâmide etária
do Estado foi o declínio da taxa de mortalidade infantil, que decresceu de 52,4% (1999),
para 32,2% (2009). Esta diminuição foi resultante de alguns fatores, como melhoria no
acesso aos serviços de saúde, água potável e uma melhor nutrição.
GRÁFICO 29 - TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL
Fonte: MS/DATASUS/SIM.
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123
No topo da pirâmide etária vê-se o alargamento, com uma população idosa cada
vez maior. O Censo 2010 registrou no Rio Grande do Norte um aumento na população
com 65 anos ou mais e com 80 anos ou mais de idade. O índice de envelhecimento do
Estado, que mede o número de pessoas idosas em uma população, para cada grupo de
100 pessoas jovens em 2010 foi de 27,86, o que significa que se tem 27,86 idosos para
cada 100 jovens com 14 anos ou menos. A expectativa de vida do norteriograndense
passou de 67,1 para 71,1 anos em ambos os sexos, que fica um pouco acima da média
nordestina, porém, ainda abaixo da média nacional. Destarte, nota-se o reflexo do
aumento da longevidade da população combinado à redução dos níveis da fecundidade.
De acordo com o Censo 2010, a composição étnica do Rio Grande do Norte
apresenta mais de 90% da população que se declara de cor branca ou parda, enquanto
5% se consideram de cor preta.
TABELA 40 - POPULAÇÃO RESIDENTE NO RN POR COR
HOMENS MULHERES TOTAL
BRANCA 617.865 685.727 1.303.592
PRETA 89.318 76.772 1.660.90
AMARELA 13.620 19.176 32.796
PARDA 826.520 836.125 1.662.645
INDÍGENA 1.272 1.325 2.597SEM
DECLARAÇÃO292 15 307
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
Esta caracterização étnica resulta da influência de três povos: negros, indígenas e
portugueses desde o processo de formação do Estado Rio Grande do Norte. Hoje, é
perceptível no Estado a presença destas raças/cor não só em seu aspecto físico, mas
visualizam-se características marcantes destes povos na cultura, na religião, na
educação, na culinária, além de outros traços evidentes destes grupos étnicos.
5.2 Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
O Índice de Desenvolvimento Humano – IDH tem como objetivo medir o grau
de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice
é calculado com base em dados econômicos e sociais. O IDH vai de 0 (nenhum
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124
desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo
do valor 1, maior o desenvolvimento no local. No cálculo do IDH são computados os
seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida
da população) e Renda Nacional Bruta. Segundo o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento – PNUD, o Brasil apresenta IDH de 0,816, valor considerado alto,
atualmente ocupa a 84º lugar no ranking mundial. O Nordeste possui IDH 0,749 e o RN
0,753, conforme apresentado na Tabela 41 abaixo.
TABELA 41 – IDH BRASIL, NORDESTE E RN
DISCRIMINAÇÃOANO
2005 2006 2007
Brasil 0,794 0,803 0,816
Nordeste 0,72 0,733 0,749
Rio Grande do Norte 0,738 0,742 0,753Fonte: PNUD
O IDH dos municípios do RN (IDH-M) distribui-se conforme Mapa 37. Nota-se
que no Rio Grande do Norte, nenhum município atingiu IDH em alto estágio de
desenvolvimento (IDH entre 0,8 e 1,0). Majoritariamente os municípios do RN estão na
posição de desenvolvimento moderado (IDH entre 0,6 e 0,8).
MAPA 37 – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – MUNICIPAL
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil .
5.3 População Economicamente Ativa (PEA)
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125
De acordo com os dados divulgados pelo IBGE e pela Pesquisa Nacional de
Amostra por Domicílios (PNAD), a População em Idade Ativa (PIA) no Rio Grande do
Norte, em 2009, chegou a 2.691 milhões de pessoas com 10 ou mais anos de idade.
Deste total, 1.635 milhões de pessoas compõem a População Economicamente Ativa
(PEA) do Estado, ou seja, estavam inseridas no mercado de trabalho e, 1.056 milhões de
Pessoas Não Economicamente Ativas (PNEA).
Observada sob a perspectiva de gênero, a PIA do RN é formada por 1.325
milhões homens e 1.366 milhões mulheres. Estas são em maior número, pois
representam 51% da população do total do Estado. Já quando se analisa a PEA do Rio
Grande do Norte, a situação fica inversa, quando se têm 970 mil homens e 665 mil
mulheres. Isso significa que a participação das mulheres no mercado de trabalho, apesar
de estar crescendo, ainda está marcada por uma forte diferença em relação à taxa de
participação dos homens.
TABELA 42 - POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA E NÃO ECONOMICAMENTE
ATIVA POR GÊNERO E SITUAÇÃO DOMICILIAR
SITUAÇÃO DODOMICÍLIO
PESSOAS DE 10 ANOS OU MAIS DE IDADE (1.000 pessoas)
Total
SexoCondição de atividade na semana de
referência
Homens MulheresEconomicamente
ativas
Nãoeconomicamente
ativasESTADO 2.691 1.325 1.366 1.635 1.056URBANA 1.963 945 1.019 1.190 774RURAL 728 381 347 445 282Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD. 2009.
Analisando os dados por faixa etária percebe-se que em 2009 a maioria da
população ativa está na faixa etária de 30 a 39 anos, seguida da faixa etária de 40 a 49anos. Esta situação também é semelhante no Brasil e na região Nordeste.
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126
GRÁFICO 30 - PERCENTUAL DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA POR FAIXA
ETÁRIA NO RN
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD 2001/2009.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, na
composição da PEA do RN estão ocupadas 1.473 milhões de pessoas e, segundo a
posição na ocupação, o maior grupo de destaque são os assalariados representando
60,3% dos ocupados.
GRÁFICO 31 - DISTRIBUIÇÃO DOS OCUPADOS SEGUNDO POSIÇÃO DA
OCUPAÇÃO DO RN (EM %)
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD. 2009.*Inclui empregados com carteira, militares, estatutários, empregados sem carteira,trabalhadores domésticos com e sem carteira.
5.4 Domicílio
O Censo Demográfico 2010 registrou para o Rio Grande do Norte, 899.513
domicílios particulares permanentes, dos quais 712.246 estão na área urbana e, 187.267
na área rural.
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MAPA 38 - DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
Em relação à condição de ocupação, do total de domicílios particulares
permanentes, 632.836 são próprios e quitados (70,4%), 27.501 são próprios em
aquisição, 166.073 alugados (18,5%), e 13.110 (1,5%) cedidos por empregador, cedidos
de outra forma 56.153 (6,2%) e 3.840 (0,4%) em outras condições. No tocante ao tipo
de domicílio, registrou-se 830.446 (9,2%) casas, 26.873 (3%) casa de vila ou em
condomínio e 41.072 (4,6%) apartamentos.
GRÁFICO 32 - DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES POR TIPO E
CONDIÇÃO DE OCUPAÇÃO
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
No Censo de 2000, haviam 671.993 moradores em domicílios particulares permanentes. No último Censo (2010) foi registrado um aumento de aproximadamente
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128
1,3% no número de moradores em domicílios particulares permanentes, totalizando
899.513 moradores.
Observando o Gráfico 33 abaixo, percebe-se que em 2010 o número de
moradores com um, dois, três, quatro ou cinco moradores cresceu. Esse dado é um dos
fatores que justifica a diminuição do número médio de pessoas nas famílias do Rio
Grande do Norte, que é 3,5 pessoas/família.
GRÁFICO 33 - DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES E QUANTIDADE DE
MORADORES
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
O arranjo familiar vem passando por mudanças, pois as famílias têm diminuídoem decorrência, por exemplo, das ações da política de saúde no controle da fecundidade
e da inserção da mulher no mercado de trabalho, assumindo novos papéis sociais e
sendo parte integrante da renda familiar.
A família é um grande instrumento de reprodução da sociedade. Sua organização
e composição é que define o acesso aos bens e serviços. Além disso, a constituição da
renda familiar define as necessidades e possibilidades de cada membro da família. No
Rio Grande do Norte, em 2010, a renda per capita média mensal total foi de R$ 475.Quando destacamos o ranking classificando por rendimento mensal total domiciliar per
capita nominal dos Estados do Brasil, o RN marcou a 16º posição, superando todos os
demais estados da Região do Nordeste Brasileiro.
Em face ao ranking supracitado, tem-se o Índice de Gini16 do Rio Grande do
Norte, que de acordo com o Censo 2000, o Estado tinha a 12ª melhor distribuição de
renda do país e, no último Censo 2010 ficou com a 20ª posição na distribuição de renda
16Mede o grau de desigualdade existente na distribuição deindivíduos segundo a renda, cujo valor varia dezero (a perfeita igualdade)até 1 (a desigualdade máxima).
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entre os 26 Estados Brasileiros e o Distrito Federal, o que revela existir grandes
disparidades socioeconômicas entre a população.
GRÁFICO 34 - ÍNDICE DE GINI NO RIO GRANDE DO NORTE
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
A concentração de renda no Estado está na classe dos mais ricos. Isso fica
perceptível, quando se observa, por exemplo, que nos domicílios particulares
permanentes do Rio Grande do Norte, aproximadamente 3% – o que corresponde a
27.985 domicílios – tem ganhado mais de cinco salários mínimos. Em contraposição, os
que ganham entre metade a um salário mínimo têm a maior representação (29%) norendimento mensal domiciliar per capita.
GRÁFICO 35 - DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES POR CLASSES DE
RENDIMENTO NOMINAL MENSAL DOMICILIAR PER CAPITA NO RN
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
Para minimizar as disparidades socioeconômicas, é necessário a adoção de políticas públicas distributivas eficazes, ao lado de ações que imprimam
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desenvolvimento associado ao crescimento socioeconômico, na medida em que haja
uma transformação qualitativa, para que os resultados desse desenvolvimento e
crescimento sejam experimentados pela população ao garantir o desenvolvimento
nacional, bem como reduzir as desigualdades sociais e regionais.
5.5 Segurança
A Segurança Pública do Rio Grande do Norte conta com um efetivo de 11.398
policiais, sendo que 9.600 são Policiais Militares, 648 são Bombeiros Militares e 1.150
são Policiais Civis.
Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Justiça entre 2003 e 2007, revelou
que o efetivo das policias civil e militar no Rio Grande do Norte teve variações para
mais e para menos ao longo do período que refletiram na segurança do Estado como um
todo.
TABELA 43 - EFETIVO DE POLICIAIS CIVIS E MILITARES NO RIO GRANDE DO NORTE Unidade daFederação
POLÍCIA CIVIL POLÍCIA MILITAR
2003 2004 2005 2006 2007 2003 2004 2005 2006 2007
Rio Grandedo Norte
2.424 1.329 1.417 1.394 1.395 10.000 8.222 . 7.926 .
Fonte:Ministério da Justiça
Segundo a Polícia Militar do Rio Grande do Norte, os crimes de homicídios
cresceram 10% na capital potiguar e 13% na Região Metropolitana de Natal quando
comparados o intervalo de 1º de janeiro a 17 de setembro de 2011 e o mesmo período
de 2012. Os registros de ocorrências e assassinatos em relatórios são oriundos da
Subcoordenadoria de Estatística e Análise Criminal da Secretaria da Segurança Públicae da Defesa Social (SESED).
TABELA 44 – HOMICÍDIOS REGISTRADOS PELA POLÍCIA MILITAR (2011/2012)
CAPITAL REGIÃO METROPOLITANA
ANO 2011 2012 2011 2012
NÚMERO DEHOMICÍDIOS
211 232 335 379
CRESCIMENTO % 9,90% 13,10%
Fonte: SESED, 2012.
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I - Policia Civil do Rio Grande Do Norte
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte é responsável pela parte investigativa da
atividade policial e conta com um efetivo de 1.150 policiais divididos em:
MAPA 39 - DELEGACIAS REGIONAIS
Fonte: SESED.2012
10 Delegacias Regionais, cada uma delas responsável por um determinado
numero de municípios do Estado.
16 Delegacias Especializadas:
1. DAME - Delegacia Especializada de Armas, Munições e Explosivos
2. DEA - Delegacia Especializada de Atendimento ao Adolescente
3. DEPREMA - Delegacia Especializada de Proteção e o Meio Ambiente
4. DEATUR – Delegacia Especializada em Assistência ao Turista
5. DEAV - Delegacia Especializada em Acidentes de Veículos
6. DEC - Delegacia Especializada de Costumes
7. DECAP - Delegacia Especializada de Capturas
8. DECON - Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor
9. DEDAM - Delegacia Especializada em Defesa da Mulher
10. DEDEPP - Delegacia Especializada em Defesa do Patrimônio Público
11. DEFD - Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações
12. DEFUR - Delegacia Especializada em Furtos e Roubos
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13. DEHOM - Delegacia Especializada de Homicídios
14. DEPROV - Delegacia Especializada de Defesa da Propriedade de Veículos
e Cargas
15. DETE - Delegacia Especializada em Tóxicos e Entorpecentes
16. DCA - Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente
Delegacias Distritais
02 Delegacias de Plantão – Localizadas nas Zonas Norte e Sul da Capital
Delegacias Municipais
Outros órgãos que fazem parte da estrutura organizacional da Polícia Civil do
Rio Grande do Norte:
Delegacia Geral de Polícia Civil (DEGEPOL)
Conselho Superior de Polícia Civil (CONSEPOL)
Colegiado de Delegados de Polícia Civil (COLDEPOL)
Secretaria Executiva e de Comunicação Social (SECOMS)
Núcleo de Inteligência Policial - NIP
Academia de Polícia Civil (ACADEPOL)
Divisão Especializada de Investigações e Combate ao Crime Organizado -
DEICOR
Assessoria Técnico-Jurídica (ATJUR)
Diretoria de Polícia Civil da Grande Natal
Diretoria de Polícia Civil do Interior
Divisão de Polícia Especializada - DIVIPOE
Diretoria Administrativa (setores de pessoal, transportes, almoxarifado, arquivo,
patrimônio, compras e rádio)
Diretoria de Planejamento e Finanças
II - Policia Militar Do Rio Grande Do Norte
A Polícia Militar do Rio Grande do Norte conta com um corpo efetivo de mais
de 9.600 policiais na ativa, que se dividem em Batalhões, Companhias Regionais,
Companhias Independentes e Comandos, localizados em diversas regiões do estado:
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Batalhões:
1º BPM - Batalhão Felipe Camarão - Zona Leste de Natal
2º BPM - Batalhão 30 de Setembro - Mossoró
3º BPM - Batalhão Trampolim da Vitória - Parnamirim 4º BPM - Batalhão Potengi - Zona Norte de Natal
5º BPM - Batalhão Câmara Cascudo - Zona Sul de Natal
6º BPM - Batalhão Dinarte Mariz - Caicó
7º BPM - Batalhão Cel André Fernandes – Pau dos Ferros
8º BPM – Nova Cruz
9º BPM - Zona Oeste de Natal
10º BPM - Batalhão Del. Pedro Soares de Macedo Neto - Assu 11º BPM - Batalhão Auta de Sousa - Macaíba
12º BPM - Batalhão Cel PM Sebastião de Souza Revoredo – Mossoró
BPCHOQUE - Batalhão de Policia de Choque;
Companhias:
Companhia de Polícia de Choque (CPChoque)
Companhia de Policiamento com Cães (CPCães)
Companhia de Patrulhamento Tático Móvel (CPATAMO)
CIPAM - Companhia Independente de Proteção Ambiental.
CIPTur - Companhia Independente de Policiamento Turístico;
CPFem - Companhia de Polícia Feminina;
CIPGD - Companhia Independente de Policiamento de Guardas
1ª CIPM (Companhia independente de Policia Militar) - Macau;
2ª CIPM (Companhia independente de Policia Militar) - João Câmara;
3ª CIPM (Companhia independente de Policia Militar) - Currais Novos;
4ª CIPM (Companhia independente de Policia Militar) - Santa Cruz
5ª CIPM (Companhia independente de Policia Militar) - Jardim de Piranhas
Comandos
Comando de Policiamento do Interior - (CPI)
Comando de Policiamento Regional I, sediado em Mossoró;
Comando de Policiamento Regional II, sediado em Caicó;
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Comando de Policiamento Regional III - Sediado em Santa Cruz;
Outras
Regimento de Polícia Montada - Regimento João Fernandes de Almeida;
ROCAM - Rondas Ostensivas Com Apoio de Motocicletas;
III- Instituto Técnico e Científico de Polícia – ITEP
O Instituto Técnico e Cientifico de Policia do Rio Grande do Norte é
subordinado diretamente a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado e
é responsável pela coordenação das atividades desenvolvidas pelas pericias criminais, as
quais são realizadas por três órgãos:
Instituto de Criminalística (IC) – Órgão responsável pela realização de exames
periciais e tem como função principal auxiliar a Justiça, fornecendo provas
técnicas para a instrução de processos criminais;
Instituto de Identificação (II) – Órgão responsável por necropsias e laudos
cadavéricos, além de exames de corpo de delito, de lesões corporais, de
constatação de violência sexual, de embriaguez, de uso de substâncias
entorpecente, exames de sanidade mental e outras perícias de interesse da
Justiça;
Instituto Médico-Legal (IML) – Órgão responsável por processar a identificação
civil e criminal, além de elaborar e expedir documento de identificação e
armazenar a base civil e criminal de impressões digitais do Estado.
O Instituto Técnico e Cientifico de Policia do Rio Grande do Norte está sediado
em Natal e atende à capital e as cidades da Região Metropolitana. O ITEP atualmente
possui duas unidades regionais, a Unidade Regional de Mossoró que atende a 57
municípios e a Unidade Regional de Caicó, que atende a 23 municípios.
Além das unidades regionais, existem postos de atendimento do ITEP para
requerimento de carteiras de identidade nas Centrais do Cidadão localizadas em Natal e
em cidades como Parnamirim, Mossoró, Caicó, Currais Novos, Nova Cruz, Assu, São
José do Mipibu, Macau e João Câmara.
IV - Policia Rodoviária Federal
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A Polícia Rodoviária Federal também está presente no Rio Grande do Norte,
com efetivo dividido em 05 Distritos:
1. 1º Distrito de Polícia Rodoviária Estadual, em Natal
2. 2º Distrito de Polícia Rodoviária Estadual, em Mossoró
3. 3º Distrito de Polícia Rodoviária Estadual, em Caicó
4. 4º Distrito de Polícia Rodoviária Estadual, em Pau dos Ferros
5. 5º Distrito de Polícia Rodoviária Estadual, em Nova Cruz
V- Corpo de Bombeiros Militar – CBMRN
O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte foi criado em 1917 e
emancipou-se da Policia Militar do estado em 2002, passando a ter autonomia
financeira e administrativa. Sua missão principal é a prevenção e o combate a incêndios,
mas o efetivo atua também em atividades de defesa civil, tais como buscas e
salvamentos (aquáticos, aéreos e terrestres), além de atendimentos pré hospitalares em
caso de acidentes automobilísticos (especialmente nos casos em que é necessário
desencarceramento da vítima), atendimento à parturientes, dentre outros.
Unidades Do CBMRN:
Quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do
Norte:
Oferece suporte operacional nas zonas sul e oeste da capital, além da Região
Metropolitana e agreste. É no Quartel do comando geral que funciona toda a parte
administrativa do CBMRN.
Unidade de Bombeiros de Mossoró - RN 2º SGB (Subgrupamento de Bombeiro)
/ 2ºGB (grupamento de Bombeiro):Atende as ocorrências de Mossoró, da região Oeste e do Litoral Setentrional do Estado.
Unidade de Bombeiros De Caicó - RN 3º SGB/2º GB:
Atende as ocorrências de Caicó e da Região Seridó do Estado.
Unidade de Bombeiros SCI Infraero - Aeroporto 1º SGB/2º GB:
É uma Seção Contra Incêndio – SCI - que funciona no Aeroporto Internacional AugustoSevero, em Parnamirim e é o resultado de uma parceria entre o Corpo de Bombeiros
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Militar e a Infraero. Essa seção tem a missão de atender possíveis ocorrências em
aeronaves e também as que ocorrem num raio de até 8 quilômetros do Aeroporto.
Unidade de Bombeiros Tenal - 3º SGB/1º GB:
Atende as ocorrências da região localizada nas proximidades dos depósitos de
combustível da Petrobrás no bairro de Santos Reis.
Unidade de Bombeiros Coteminas - 2º SGB/1º GB:
Atende as ocorrências de toda a zona norte da capital, além dos municípios do litoral
norte.
De acordo com o Ministério da Justiça, houve uma queda no efetivo do Corpo de
Bombeiros Militares do Rio Grande do Norte, passando de um efetivo de 925 homens
em 2003 para 525 homens em 2006. Em 2010 esse efetivo já tinha superado o de 2003,
passando a 648 militares.
TABELA 45 - EFETIVO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITARES POR UNIDADE DA
FEDERAÇÃO (2004-2010)
UNIDADE DA
FEDERAÇÃO
TOTAL DO EFETIVO EXISTENTE
2004 2006 2008 2010
536 539 514 648
Fonte: Ministério da Justiça - 2010
5.6 Saúde
As Unidades Regionais de Saúde Pública (URSAP’s) são instâncias
administrativas da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), que atuam junto aos
municípios de sua jurisdição, assessorando e monitorando as ações desenvolvidas.
Assim, exercem um papel fundamental no processo de regionalização da saúde e
descentralização do Sistema Único de Saúde (SUS). As sedes das regionais estão
localizadas em São José de Mipibu (I URSAP), Mossoró (II URSAP), João Câmara (III
URSAP), Caicó (IV URSAP), Santa Cruz (V URSAP) e Pau dos Ferros (VI URSAP).
As URSAP’s participam da formulação das políticas de saúde voltadas para a atenção
7/21/2019 Perfil Do Rn
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137
básica, em consonância com as diretrizes propostas pelo Ministério da Saúde, além de
coordenarem e avaliarem as ações implementadas pelos municípios, buscando a
atualização permanente e a troca de experiências, com vistas à melhoria da qualidade de
vida. O Mapa 40 indica as Regiões de Saúde em toda extensão do Estado.
MAPA 40 – REGIONAIS DE SAÚDE DO RN
Fonte: Elaboração própria do autor
De acordo com o IBGE, no Censo 2010, os dados dos Serviços de Saúde em
2009 no RN, são os seguintes:
TABELA 46 - SERVIÇOS DE SAÚDE
ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE (TOTAL) 1.932
Estabelecimentos de Saúde público total 1.294Estabelecimentos de Saúde público federal 15Estabelecimentos de Saúde público estadual 34
Estabelecimentos de Saúde público municipal 1.245Estabelecimentos de Saúde privado total 638Estabelecimentos de Saúde privado com fins lucrativos 576Estabelecimentos de Saúde privado sem fins lucrativos 62
Estabelecimentos de Saúde privado SUS 226Fonte: IBGE - 2010.
O Programa Saúde da Família atinge cerca de 75% da população, conforme
Gráfico 36 divulgado pelo Governo do Estado:
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138
GRÁFICO 36- PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO COBERTA PELO PROGRAMA DE SAÚDE
DA FAMÍLIA RN
Fonte: SIAB-SUAS/CPS/SESP-RN
O Estado conta, ainda, com a UNICAT (Unidade Central de Agentes
Terapêuticos), que foi criada com o objetivo de atender as demandas por medicamentos
de alto custo dos hospitais do Estado. Atualmente esta Unidade atende cerca de 30 mil
pessoas no Estado, através da parceira com o Ministério da Saúde no programa
“Componente de Medicamentos de Dispensação Excepcional” que fornece remédios de
alto custo e de uso contínuo ao paciente, especialmente os utilizados para doenças como
osteoporose, asma e insuficiência renal, de acordo com a Secretaria de Saúde Pública.
TABELA 47 - LEITOS EXISTENTES NA REDE HOSPITALAR DO SUS POR
ESPECIALIDADE CLÍNICA
Unidade daFederação
LEITOS EXISTENTES DA REDE HOSPITALAR DO SUS
TotalEspecialidades Clínicas
Cirúrgicos Clínicos Obstétricos Pediátricos OutrosRio Grande do
Norte6.531 1.306 2.445 1.101 1.215 664
Fonte: Ministério da Saúde – DATASUS 2010
TABELA 48 - NÚMERO DE LEITOS COMPLEMENTARES EXISTENTES POR TIPO DE
PRESTADOR SEGUNDO TIPO DE LEITO COMPLEMENTAR
CIRÚRGICOSPÚBLICO FILANTRÓPICO PRIVADO SINDICATO TOTAL
Existente SUS Existente SUS Existente SUS Existente SUS Existente SUS
Unidade Intermediária 52 52 2 2 - - - - 54 54
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
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139
Unidade Intermediárianeonatal
26 26 - - 3 2 - - 29 28
Unidade isolamento 21 21 6 6 26 21 - - 53 48
UTI adulto I 31 8 - - 141 5 - - 172 13
UTI adulto II 33 28 8 4 85 69 - - 126 101
UTI adulto II 10 10 - - - - - - 10 10
UTI infantil I 6 - - - 9 - - - 15 -
UTI infantil II 7 7 - - 18 13 - - 25 20
UTI infantil III - - - - 6 - - - 6 -
UTI neonatal I - - - - 15 - - - 15 -
UTI neonatal II 39 25 - - 7 5 - - 46 30
UTI neonatal III - - - - - - - - -
UTI queimados - - - - - - - - - -
Total 225 177 16 12 310 115 - - 551 304
Fonte: CNES. Situação da base de dados nacional - 2010.
TABELA 49- NÚMERO DE LEITOS DE INTERNAÇÃO EXISTENTES POR TIPO DE
PRESTADOR SEGUNDO ESPECIALIDADE
Especialidade PÚBLICO FILANTRÓPICO PRIVADO SINDICATO TOTAL
Existentes SUS Existentes SUS Existentes SUS Existentes SUS Existentes SUS
Cirúrgicos 653 635 153 138 946 569 - - 1.752 1.342
Clínicos 1.601 1.553 373 321 626 349 - - 2.600 2.223
Obstétrico 729 718 192 185 331 246 - - 1.252 1.149
Pediátrico 773 767 147 135 386 305 - - 1.306 1.207Outras
especialidades514 468 107 107 387 260 - - 1.008 835
Hospital/DIA 14 14 --
25 4 - - 39 18
Total 4.284 4.155 972 886 2.7011.73
3- - 7.957 6.774
Fonte: CNES. Situação da base de dados nacional - 2010.
TABELA 50 - NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS POR TIPO DE PRESTADOR SEGUNDO
TIPO DE ESTABELECIMENTO TIPO DE ESTABELECIMENTO PÚBLICO FILANTROPICO PRIVADO SINDICATO TOTAL
Central de Regulação de Serviços deSaúde
7 - - - 7
Centro de Atenção Hemoterapia e ouHematológica
2 - - - 2
Centro de Atenção Psicossocial 25 1 - - 26
Centro de Apoio a Saúde da Família - - - - -
Centro de Parto Normal - - - - -
Centro de Saúde/Unidade Básica deSaúde
603 - 4 4 611
Clinica Especializada/AmbulatórioEspecializado
53 3 340 - 396
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140
Consultório Isolado 20 - 894 3 917
Cooperativa - - 6 - 6
Farmácia Medica Excepcional ePrograma Farmácia Popular
6 - - - 6
Hospital Dia - - 2 - 2
Hospital Especializado 9 2 18 - 29Hospital Geral 54 12 20 - 86
Laboratório Central de Saúde Pública – LACEN
- - - - -
Policlínica 18 3 17 1 39
Posto de Saúde 429 - 1 - 430
Pronto Socorro Especializado 2 - 3 - 5
Pronto Socorro Geral 3 1 5 - 9
Secretaria de Saúde 44 - - - 44
Unid. Mista – atend. 24h: atenção básica, internação/urgência
72 12 14 - 98
Unidade de Atenção à Saúde Indígena - - - - -
Unidade de Serviço de Apoio deDiagnose e Terapia
25 - 195 - 220
Unidade de Vigilância em Saúde 28 - - - 28
Unidade Móvel Fluvial - - - - -
Unidade Móvel Pré Hospitalar -Urgência/Emergência
5 - 1 - 6
Unidade Móvel Terrestre 7 - 2 - 9
Tipo de estabelecimento não informado - - - - -
Total 1.412 34 1.522 8 2.976
Fonte: CNES. Situação da base de dados nacional em 10/04/2010. Nota: Número total de estabelecimentos, prestando ou não serviços ao SUS
TABELA 51 - NÚMERO DE EQUIPAMENTOS EXISTENTES, EM USO E DISPONÍVEIS AOSUS, SEGUNDO GRUPO DE EQUIPAMENTOS
CATEGORIA EXISTENTES EM USODISPONÍVEIS
AO SUS
Equipamentos de diagnóstico por imagem 942 898 567
Equipamentos de infra-estrutura 379 369 141
Equipamentos por métodos ópticos 316 302 121
Equipamentos por métodos gráficos 391 371 221
Equipamentos de manutenção da vida 3.900 3.612 766Equipamentos de Odontologia 3.468 3.416 1.810
Outros equipamentos 1.017 997 193
Fonte: CNES. Situação da base de dados nacional - 2010.
TABELA 52 - RECURSOS HUMANOS (VÍNCULOS) SEGUNDO CATEGORIASSELECIONADAS
CATEGORIATOTA
LATENDEAO SUS
NÃOATENDEAO SUS
PROF./1.000HAB.
PROF. SUS/ 1.000HAB
Médicos11.352 9.346 2.006 3,6 3
Anestesista 689 659 30 0,2 0,2
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Cirurgião Geral 795 717 78 0,3 0,2
Clínico Geral 1.948 1.739 209 0,6 0,6
Gineco Obstetra 1.057 816 241 0,3 0,3
Médico de Família 985 981 4 0,3 0,3
Pediatra 956 782 174 0,3 0,2
Psiquiatra 185 158 27 0,1 0,1
Radiologista 480 365 115 0,2 0,1
Cirurgião dentista 2.322 1.681 641 0,7 0,5
Enfermeiro 2.486 2.391 95 0,8 0,8
Fisioterapeuta 645 458 187 0,2 0,1
Fonoaudiólogo 298 233 65 0,1 0,1
Nutricionista 497 459 38 0,2 0,1
Farmacêutico 1.352 1.145 207 0,4 0,4
Assistente social 562 551 11 0,2 0,2
Psicólogo 417 318 99 0,1 0,1Auxiliar deEnfermagem
5.982 5.579 403 1,9 1,8
Técnico deEnfermagem
2.109 1.980 129 0,7 0,6
Fonte: CNES. Situação da base de dados nacionais – 2010 Nota: Se um profissional tiver vínculo com mais de um estabelecimento, ele será contato tantas vezes quantosvínculos houver.
TABELA 53 - COBERTURA VACINAL (%) POR TIPO DE IMUNOBIOLÓGICO
MENORES DE 1 ANO
IMUNOBIOLÓGICOS2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
BCG (BCG) 103,4 107,3 114,2 113,3 111,5 112,2 117,7 113,4 107,9 107
Contra Febre Amarela (FA) 3,7 2,7 1,8 2 1,2 1,3 0,9 0,6 0,3 0,4
Contra Haemophilus influenzae tipo b (Hib) 56,3 81,3 30,8 2,4 0 0 0 0 0 0
Contra Hepatite B (HB) 86,4 88 97,6 97,6 95,4 94,6 102 97,7 91,9 96,7
Contra Influenza (Campanha) (INF) 70,5 73,2 76,1 80 85,4 84,6 83,5 81,9 78,2 87,5
Contra Sarampo 101,4 96,8 93,6 2,9 - - - - - -
Dupla Viral (SR) - - - - - - 0,2 0,1 0 0,2
Oral Contra Poliomielite (VOP) 86,8 91,5 94,4 97,4 98,7 98,4 103 99 92,9 94,8
Oral Contra Poliomielite (Campanha 1ª etapa)
(VOP) 94,9 98,9 96,2 98,4 97 92,5 93 98,8 97,5 94,5Oral Contra Poliomielite (Campanha 2ª etapa)(VOP)
99 101,9 98,8 98,9 98,8 95,2 94,7 100,2 94,1 96,6
Oral de Rotavírus Humano (RR) - - - - - - 35,2 67,5 72,2 75,5
Tetravalente (DTP/Hib) (TETRA) - - 60,8 96,8 98,4 97 103,9 99 93,1 97,4
Tríplice Bacteriana (DTP) 88,3 92 40,2 2,6 0,5 0,2 - 0,5 0,3 0,3
Tríplice Viral (SCR) 46,6 39,5 75,4 116,8 107,1 103,4 98,9 107,1 98,1 99,7
Tríplice Viral (campanha) (SCR) - - - - 41,3 - - - - -
Totais das vacinas contra tuberculose - - - - - - 117,7 113,4 107,9 107
Totais das vacinas contra hepatite B - - - - - - 102 97,7 91,9 96,7
Totais das vacinas contra poliomielite - - - - - - 103 99 92,9 94,8Totais das vacinas Tetra + Penta +Hexavanlente
- - - - - - 103,9 99 93,1 97,4
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142
Totais das vacinas contra sarampo e rubéola - - - - - - 99,2 107,2 98,2 99,9
Totais das vacinas contra difteria e tétano - - - - - - 103,9 99,5 93,4 97,7
Fonte: SI/PNI. Situação da base de dados nacional - 2010.
TABELA 54 - INDICADORES DA ATENÇÃO BÁSICA
Ano
Modelode
Atenção
Populaçãocoberta (1)
%população
cobertapelo
programa
Médiamensal devisitas porfamília (2)
% decrianças c/esq.vacinalbásico em
dia (2)
% decriançasc/aleit.
maternoexclusivo
(2)
% decobertura
deconsultasde pré-natal (2)
Taxamortalidadeinfantil pordiarréia (3)
Prevalênciade
desnutrição
(4)
Taxahospitalização
porpneumonia (5)
Taxahospitalização
pordesidratação
(5)
2004
PACS 829.818 28,4 0,08 87,3 69,5 88,4 4,6 5,8 12,8 8,5
PSF 1.504.462 51,5 0,09 90,2 67,9 89,1 2,7 5,6 21,1 15,1
Outros 27.464 0,9 0,1 85,5 65,5 86,5 7 6,8 5,9 9,1
Total 2.361.744 80,8 0,09 89,7 68,1 89 3 5,6 19,4 13,8
2005
PACS 603.785 20,1 0,08 90 72,3 89,1 4,5 4,4 17,1 10,8
PSF 1.875.748 62,5 0,09 91,1 70,1 90,8 2,5 4,5 18,2 12,8
Outros 14.209 0,5 0,09 96,6 63,8 96,2 - 1,7 - -
Total 2.493.742 83 0,09 91 70,3 90,7 2,7 4,5 18 12,6
2006
PACS 450.333 14,8 0,08 90,7 74,3 90,1 3,6 3,9 11,8 11
PSF 2.116.610 69,5 0,09 92,2 69,9 92,2 1,5 3,7 15,7 12,1
Outros 6.592 0,2 0,14 92,3 100 80 - 5 - -
Total 2.573.535 84,6 0,09 92,1 70,2 92 1,6 3,7 15,4 12
200
7
PACS 209.640 6,8 0,08 91,1 73,6 90,9 - 2,8 20,6 12,9
PSF 2.334.634 75,7 0,1 93 70,7 92,9 1,6 2,8 16,3 9,1
Outros - - 0,09 93,2 73,1 90,2 - 6,7 - -
Total 2.544.274 82,5 0,1 92,9 70,8 92,8 1,5 2,8 16,5 9,3
2008
PACS 187.720 6 0,08 91,9 73,1 91,8 1,5 1,9 13,7 10,1
PSF 2.358.446 75,9 0,09 93,9 71 93,4 1,3 2 12,7 7,1
Outros - - - - - - - - - -
Total 2.546.166 82 0,09 93,8 71,1 93,4 1,3 2 12,7 7,2
2009
PACS 248.083 7,9 0,07 93,4 75,7 90,7 1,6 1,7 12,7 4,4
PSF 2.379.431 75,8 0,09 94,2 71,5 94 2,8 1,7 12,4 5,2
Outros - - - - - - - - - -
Total 2.627.514 83,7 0,09 94,2 71,7 93,8 2,8 1,7 12,4 5,1
Fonte: Fonte: SIAB. Situação da base de dados nacional 2010
Um estudo sobre a Demografia Médica no Brasil, desenvolvido pelo Conselho
Federal de Medicina – CFM e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São
Paulo - CREMESP, confirma que a tese de que faltam médicos no país, defendida pelos
Ministérios da Saúde e da Educação, é “equivocada", afirmou o presidente do
CREMESP, Renato Azevedo Júnior . Segundo ele, a falta de políticas públicas nas áreas
de formação e trabalho médico, além do baixo investimento no setor, é que contribuem para a má distribuição de profissionais pelo país, acentuando as desigualdades.
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143
O Rio Grande do Norte segue com o mesmo problema da desigualdade na
distribuição dos profissionais, onde existe uma maior concentração de profissionais na
capital que resulta na razão de 3,44 enquanto que o restante do Estado é de 1,39,
demonstrados nas Tabelas 55 e 56.
Essa relação médico versus população e a falta de estrutura nos municípios do
interior do Estado, resultam nos problemas enfrentados atualmente pela Secretaria
Municipal de Saúde do Município de Natal e pela Secretaria Estadual de Saúde do
Estado do RN, com a superlotação nos Hospitais, Maternidades e Postos de atendimento
da Capital.
TABELA 55: MÉDICOS REGISTRADOS POR 1.000 HAB. SEGUNDO UNIDADES DAFEDERAÇÃO – BRASIL/2011
UF/BRASIL MÉDICO CFM* POPULAÇÃO** RAZÃO***Distrito Federal 10.300 2.562.963 4,02
Rio de Janeiro 57.175 15.993.583 3,57
São Paulo 106.536 41.252.160 2,58
Rio Grande do Sul 24.716 10.695.532 2,31
Espírito Santo 7.410 3.512.672 2,11
Minas Gerais 38.680 19.595.309 1,97
Santa Catarina 11.790 6.249.682 1,89
Paraná 18.972 10.439.601 1,82
Goiás 9.898 6.004.045 1,65
Mato Grosso do Sul 3.983 2.449.341 1,63
Pernambuco 13.241 8.796.032 1,51
Rio Grande do Norte 4.392 3.168.133 1,39
Sergipe 2.804 2.068.031 1,36
Roraima 596 451.227 1,32
Paraíba 4.886 3.766.834 1,3
Tocantins 1.771 1.383.453 1,28
Mato Grosso 3.735 3.033.991 1,23
Bahia 17.014 14.021.432 1,21
Alagoas 3.659 3.120.922 1,17Rondonia 1.738 1.560.501 1,11
Ceará 9.362 8.448.055 1,11
Amazonas 3.828 3.480.937 1,1
Acre 755 732.793 1,03
Piauí 3.125 3.119.015 1
Amapá 643 668.689 0,96
Pará 6.300 7.588.078 0,83
Maranhão 4.486 6.598.683 0,68
BRASIL 371.788 190.732.694 1,95
Fonte: Pesquisa Demográfica Médica no Brasil/2011
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144
* Médicos registrados no Conselho Federal de Medicina: endereço informado de domicílio ou local detrabalho**População Geral IBGE/2011***Razão Médica registrada no CFM/Habitante geral (1.000 hab.)
TABELA 56: DISTRIBUIÇÃO DE MÉDICOS REGISTRADOS POR 1.000 HAB. SEGUNDOCAPITAIS – BRASIL/2011
CAPITAL MÉDICO CFM* POPULAÇÃO** RAZÃO***
Vitória 3.098 297.489 10,41
Porto Alegre 11.378 1.365.039 8,34
Florianópolis 2.733 424.224 6,44
Belo Horizonte 14.195 2.258.096 6,29
Rio de Janeiro 35.791 5.940.224 6,03
Recife 8.038 1.472.202 5,46
Curitiba 8.147 1.678.965 4,85
São Paulo 46.112 10.659.386 4,33Goiânia 5.326 1.256.514 4,24
Salvador 10.394 2.480.790 4,19
Aracaju 2.292 552.365 4,15
João Pessoa 2.592 716.042 3,62
Natal 2.706 785.722 3,44
Maceió 3.012 917.086 3,28
Belém 4.181 1.351.618 3,09
Cuiabá 1.597 530.308 3,01
Campo Grande 2.097 766.461 2,74
Terezina 2.025 797.029 2,54
São Luiz 2.250 966.989 2,33
Brasília 5.743 2.469.489 2,33
Fortaleza 4.824 2.315.116 2,08
Palmas 408 223.817 1,82
Boa Vista 430 277.684 1,55
Porto Velho 634 410.520 1,54
Rio Branco 427 319.825 1,34
Manaus 2.250 1.718.584 1,31
Macapá 409 387.539 1,06Fonte: Pesquisa Demográfica Médica no Brasil/2011* Médicos registrados no Conselho Federal de Medicina: endereço informado de domicílio ou local detrabalho**População Geral IBGE/2011***Razão Médica registrada no CFM/Habitante geral (1.000 hab.)
5.7 Educação
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145
A educação do Rio Grande do Norte está em processo de desenvolvimento, e de
acordo com pesquisa realizada em 2009, o Estado possui 3.175 escolas de ensino
fundamental, das quais 2.084 são municipais, 620 são estaduais, 470 são privadas e duas
são federais. Distribuídos nessa rede de ensino encontram-se 39.867 professores, dos
quais 414 ensinam em escolas federais, 11.677 ensinam em escolas públicas estaduais,
18.661 em escolas municipais e 9.115 em escolas particulares. No mesmo ano, haviam
554.372 alunos, sendo que 469.667 eram estudantes da rede pública estadual e
municipal e 84.705 freqüentavam escolas particulares. Apesar destes números, havia no
Estado uma taxa de analfabetismo em torno de 23%, uma das mais altas do Brasil.
TABELA 57 - CORPO DOCENTE DAS ESCOLAS DO RN
NÍVEL DE ENSINO
CORPO DOCENTE
TOTALDEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA E LOCALIZAÇÃO
Federal Estadual Municipal Privada
Total Rural Total Rural Total Rural Total Rural Total Rural
Ed. Infantil 8.640 1.432 51 . 21 4 5.943 1.402 2.625 26
Ens. Fundamental 24.361 3.933 6 . 6.729 449 12.718 3.460 4.908 24
Ens. Médio 86.866 144 357 62 4.927 74 . . 1.582 8
Fonte: Anuário estatístico do Rio Grande do Norte 2010
As principais instituições públicas de ensino superior do Rio Grande do Nortesão a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a Universidade Federal
Rural do Semi-Árido (UFERSA), o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e
a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Entre as instituições
particulares de ensino superior do Rio Grande do Norte destacam-se a Universidade
Potiguar (UnP), o Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN) e a
Faculdade de Ciências, Cultura e Extensão do Rio Grande do Norte (FACEX).
O Censo 2010 revelou os dados mais recentes sobre a educação no Rio Grandedo Norte conforme Tabela 58.
TABELA 58 – EDUCAÇÃO NO RN
Depêndencia AdministrativaJovens de 16 anos que concluíramo Ensino Fundamental
Jovens de 19 anos queconcluíram o Ensino Médio
Rio Grande do Norte 54,70% 35,20%
Região Nordeste 49,10% 37,10%
Brasil 63,40% 50,20%
Fonte: PNAD/IBGE – 2009
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146
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) do Estado é de 0,738,
classificado como o 21º do Brasil e 3º maior da Região Nordeste, atrás da Bahia e de
Sergipe, de acordo com o Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento
(PNUD) em sua mais recente pesquisa no ano de 2010. O municipio com maior IDH-M
no Rio Grande do Norte é Natal (IDH-M de 0,788) e o que possui o menor IDH-M é
Venha Ver (IDH-M de 0,544).
TABELA 59 – IDHM BRASIL E RN
Depêndencia
Administrativa
IDHM,
2000
IDHM-Renda,
2000
IDHM-Longevidade,
2000
IDHM-Educação,
2000
Brasil 0,766 0,723 0,727 0,849
Rio Grande do Norte
0,705 0,636 0,7 0,779
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é um indicador da
qualidade da Educação, desenvolvido pelo Ministério da Educação - MEC. Seus
valores variam de 1 a 10. O objetivo do MEC é que o Brasil alcance o IDEB“6” no
Ensino Fundamental I até 2022. No Rio Grande do Norte o IDEB ainda não alcançou o
objetivo do MEC, mas se encontra em patamares promissores, conforme pesquisa
realizada pelo proprio MEC.
TABELA 60 - INDÍCE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA - IDEB
DEPÊNDENCIA
ADMINISTRATIVA
Ens. Fundamental –
anos iniciais
Ens. Fundamental –
anos finais Ensino Médio
Rio Grande do Norte 3,9 3,3 3,1
Região Nordeste 3,8 3,4 3,3
Brasil 4,6 4 3,6
Fonte: MEC/INEP - 2009
TABELA 61 - ESTABELECIMENTOS DE ENSINO QUE MINISTRAM ENSINO
FUNDAMENTAL, SEGUNDO DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA TOTAL URBANA RURAL
Estadual 581 481 100
Federal 1 1 0
Municipal 1995 594 1401
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147
Particular 486 480 6
TOTAL 6063 1556 1507
Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE - 2011
I - Matrícula inicial por Nível De Ensino, segundo Dependência Administrativa:
TABELA 62 - EDUCAÇÃO INFANTIL
DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVAEDUCAÇÃO INFANTIL
CRECHE PRÉ-ESCOLA TOTALEstadual 0 0 0
Federal 109 99 208
Municipal 35497 63641 99138
Particular 9497 26321 35818
Total: 45103 90061 135164Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE/RN – 2011
TABELA 63 - ENSINO FUNDAMENTAL
DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVAENSINO FUNDAMENTAL
INICIAIS FINAIS TOTAL
Estadual 55421 80907 136328
Federal 139 0 139
Municipal 188004 109178 297182
Particular 53737 35846 89583
Total: 297301 225931 523232
Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE/RN – 2011
TABELA 64 - ENSINO MÉDIO
DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA ENSINO MÉDIO
Estadual 123.030
Federal 5.378Municipal 9
Particular 20.144
Total 148.561
Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE/RN - 2011
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TABELA 65 - ENSINO PARA JOVENS E ADULTOS – EJA PRESENCIAL
DEPENDÊNCIA
ADMINISTRATIVA
EJA PRESENCIAL
1ª A
4ª
5ª A
8ª
1ª A
8ª
ENS.FUND
.
ENS.MÉDI
O
TOTA
L
Estadual 9502 19.691
258 29.451 12.027 41.478
Federal 0 0 30 30 1255 1.285
Municipal 1845024.05
2840 43342 27 43.369
Particular 1105 851 102 2058 1654 3.712
Total: 29057 44594 1230 74881 14963 89844
Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE/RN – 2011
TABELA 66 - ENSINO PARA JOVENS E ADULTOS – EJA SEMI-PRESENCIAL
DEPENDÊNCIAADMINISTRATIVA
EJA SEMI-PRESENCIAL
1ª A4ª
5ª A8ª
1ª A8ª
ENS.FUND.
ENS.MÉDIO
TOTAL
Estadual 22 386 0 408 1.038 1446
Federal 0 0 0 0 169 169
Municipal 60 56 28 144 0 144
Particular 110 456 0 566 1257 1823
Total: 192 898 28 1118 2464 3582Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE/RN – 2011
TABELA 67 - EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA MAT. PROFIS. TOTAL MATRÍCULA
Estadual 610 302892
Federal 4522 11701
Municipal 0 439842Particular 8464 159544
Total: 13596 913979
Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE/RN - 2011
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149
II - Função Docente por nível de ensino, segundo Dependência Administrativa RN
TABELA 68 - EDUCAÇÃO INFANTIL
DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
EDUCAÇÃO INFANTIL
CRECHE PRÉ TOTAL
Estadual 0 3 3
Federal 28 9 37
Municipal 2233 3282 5327
Privada 51 118 163
Total: 2312 3412 5530
Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE/RN – 2011 Nota: O Docente que ministrar em mais de uma dependência administrativa e em mais de um nível de
ensino é contado mais de uma vez.
TABELA 69 - ENSINO FUNDAMENTAL
DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVAENSINO FUNDAMENTAL
INICIAIS FINAIS TOTAL
Estadual 2256 4165 6309
Federal 16 0 16
Municipal 7200 5291 12085
Privada 476 755 1124
Total: 9948 10211 19534
Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE/RN - 2011 Nota: O Docente que ministrar em mais de uma dependência administrativa e em mais de um nível deensino é contado mais de uma vez.
TABELA 70 - ENSINO DE JOVENS E ADULTOS E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
DEPENDÊNCIA
ADMINISTRATIVA
ENSINO
MÉDIO
EJA
PRESENCIALSEMI
PRESENCIAL
ED.
PROFISSIONAL
Estadual 4662 2342 73 37
Federal 601 259 21 412
Municipal 21 2713 10 0
Privada 524 61 13 13
Total: 5808 5375 117 462
Fonte: INEP/SEEC/ATP/GAEE/RN - 2011 Nota: O Docente que ministrar em mais de uma dependência administrativa e em mais de um nível deensino é contado mais de uma vez.
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150
A educação do Estado está dividida em 16 Diretorias Regionais de Educação,
Cultura e Esportes - DIREDS, que são os órgãos que fazem a ligação entre as escolas e
as determinações da Secretaria Estadual de Educação. As Diretorias Regionais tem
como objetivo:
Coordenar e supervisionar as atividades realizadas nas escolas estaduais;
Supervisionar, prestar assistência e fiscalizar as condições de funcionamento das
escolas (de ensino infantil ao médio, inclusive ensino supletivo);
Assegurar que os serviços de assistência ao aluno estão funcionando;
Tratar de assuntos relacionados aos professores (habilitação, transferência, etc).
O Rio Grande do Norte está dividido em 16 DIREDS, que localizam-se nasseguintes cidades e atendem aos municípios das seguintes regiões:
1ª Diretoria Regional de Educação - Natal
2ª Diretoria Regional de Educação - Parnamirim
3ª Diretoria Regional de Educação - Nova Cruz
4ª Diretoria Regional de Educação - São Paulo do Potengi
5ª Diretoria Regional de Educação - Ceará Mirim
6ª Diretoria Regional de Educação – Macau
7ª Diretoria Regional de Educação - Santa Cruz
8ª Diretoria Regional de Educação – Angicos
9ª Diretoria Regional de Educação - Currais Novos
10ª Diretoria Regional de Educação – Caicó
11ª Diretoria Regional de Educação – Açu
12ª Diretoria Regional de Educação – Mossoró
13ª Diretoria Regional de Educação – Apodi
14ª Diretoria Regional de Educação - Umarizal
15ª Regional de Educação - Pau dos Ferros
16ª Regional de Educação - João Câmara
7/21/2019 Perfil Do Rn
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151
MAPA 41 – DIRETORIAS REGIONAIS DO RN
TABELA 71 – MATRÍCULAS POR DIRED
C r e c h e
P r é - E s c o l a
T O T A L E D .
I N F A N T I L
E n s . F u n d .
( a n o s i n i c i a i s )
1 º a o 5 º a n o
E n s . F u n d .
( a n o s f i n a i s )
6 º a o 9 º a n o
E n s i n o M é d i o
T O T A L E N S .
M É D I O
E J A –
F u n d a m e n t a l
E J A - M é d i o
T O T A L E J A
P r o f i s s i o -
n a l i z a n t e
T O T A L
G E R A L
1ª DIRED707Escolas
9207 25082
34289 80137 67555 48215 147692
21758
7557 29315
6107 265618
2ª DIRED377Escolas
60911092
217013 38394 30758 16239 69152 7997 2054
10051
17911263
4
3ª DIRED335Escolas
3541 5706 9247 21868 15325 8160 37193 6637 1146 7783 0 62383
4ª DIRED178Escolas
1537 3281 4818 11126 7706 4002 18832 3415 594 4009 0 31661
5ª DIRED
218Escolas
1974 5370 7344 18653 12976 6835 31629 4255 99 4354 45 50207
6ª DIRED116Escolas
1744 2546 4290 7492 5610 3947 13102 2686 157 2843 226 24408
7ª DIRED180Escolas
1532 2592 4124 9053 8336 4663 17389 1345 271 1616 204 27996
8ª DIRED92 Escolas
974 1781 2755 5836 3997 2373 9833 1747 173 1920 0 16881
9ª DIRED205Escolas
2841 4028 6869 12886 10284 7189 23170 2471 753 3224 137 40589
10ªDIRED
2406 3662 6068 11391 9413 6596 20804 2770 670 3440 342 37250
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152
216Escolas11ªDIRED144Escolas
1737 3363 5100 11045 8937 6087 19982 2097 197 2294 125 33588
12ªDIRED419Escolas
68711049
317364 31679 25218 16608 56897 7468 2508 9976 2415
103260
13ªDIRED150Escolas
1338 2346 3684 7172 5833 4058 13005 1323 132 1455 287 22489
14ªDIRED212Escolas
1482 2568 4050 8032 5473 3671 13505 2969 0 2969 0 24195
15ªDIRED351Escolas
3314 4759 8073 15934 11247 6974 27181 5601 652 6253 459 48940
16ªDIRED217Escolas
1124 2249 3373 9892 7228 3907 17120 2206 226 2432 213 27045
TOTALESCOLA
S
47713
90748
138461
300590
235896
149524
536486
76745
17189
93934
10739
9291
Fonte: SEEC / ATP Dados do Censo Escolar 2010
No campo da ciência, destacam-se o Instituto Internacional de Neurociências de
Natal, inaugurado em 2006 e idealizado pelo neurocientista Miguel Nicolelis, cujo
principal objetivo é de descentralizar a pesquisa nacional, atualmente restrita às regiões
Sudeste e Sul do Brasil; e o Instituto Internacional de Física, vinculado à Universidade
Federal do Rio Grande do Norte que se caracteriza por ser um Centro de Pesquisa de
caráter nacional que tem o objetivo de contribuir com o desenvolvimento tecnológico e
científico do Brasil, mais especialmente das regiões Norte e Nordeste.
O Instituto Internacional de Física foi criado em outubro de 2009, mas foi
inaugurado definitivamente em maio de 2010, atuando na área de física teórica onde
possui cinco grupos de pesquisas relacionados a seguir, que são coordenados por
professores de renome internacional: Sistemas Fortemente Correlacionados,
Nanoestruturas Fora do Equilíbrio, Teoria de Campos Fenômenos Críticos, Materiais e
Aplicações e Cálculos Ab Initio para Nanoestruturas e Sistemas Correlacionados. As
atividades do Instituto expandir-se-ão para as demais áreas da física teórica, que são:
Partículas Elementares, Astrofísica e Cosmologia, Mecânica Estatística, Teoria de
7/21/2019 Perfil Do Rn
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153
Campos e Teoria de Cordas de forma gradual. O Instituto também vai atuar na
organização de eventos científicos e de workshops de pesquisa de longa duração, além
de proporcionar o diálogo permanente entre várias instituições de pesquisa na área de
física no Brasil e no mundo.
Outra entidade que atua na área de Ciência e Tecnologia é o Instituto do
Cérebro, que tem por objetivo contribuir para a formação multidisciplinar dos alunos de
graduação da UFRN. As pesquisas desenvolvidas no Instituto do Cérebro são
publicadas em periódicos de grande circulação internacional e abrangem diversas linhas
de pesquisa relacionadas à dinâmica do sistema visual, conexões sensorimotoras,
neurobiologia celular, oscilações neurais, comunicação animal, papel cognitivo do sono,
modelos computacionais de circuitos neurais, neuroengenharia, bem como o estudo dos
mecanismos e possíveis tratamentos para epilepsia, doenças vasculares, psicoses,
depressão e outros transtornos neurais.
Foram implantados no Estado diversos Centros Tecnológicos. Esses Centros
integram a rede de ciência e tecnologia como forma de fomentar as potenciais cadeias
produtivas econômicas do interior do Estado investindo em setores estrategicamente
selecionados e visíveis, através de uma parceria com o Ministério de Ciência e
Tecnologia. Foram criados o Centro Vocacional Tecnológico, Centro Tecnológico do
Camarão, Centro Tecnológico do Agronegócio, o Centro Tecnológico Temático da
Apicultura, e o Centro Tecnológico do Queijo do Seridó.
5.8 Habitação
A primeira iniciativa brasileira de criação de uma política habitacional de
abrangência nacional com objetivos e metas definidos, fontes de recursos permanentes emecanismos próprios de financiamento ocorreu em 1964, com a edição da lei nº
4.380/64. Esta lei instituiu o Sistema Financeiro de Habitação - SFH, o Banco Nacional
da Habitação - BNH e a correção monetária nos contratos imobiliários de interesse
social, dentre outras medidas. A partir de então, o Governo Federal passou a ter as
atribuições de formular a política nacional de habitação e coordenar as ações públicas e
privadas para estimular a construção e o financiamento para aquisição de habitações de
interesse social. A política habitacional executada pelo BNH teve por objetivo viabilizar
o acesso à moradia aos diferentes estratos sociais, com foco nas famílias de baixa e
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154
média renda. Essa política foi financiada com recursos do SFH provenientes do Sistema
Brasileiro de Poupança e Empréstimo - SBPE e do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço – FGTS.
A CAIXA elaborou um estudo para aprimorar o conhecimento a respeito da
dinâmica do mercado imobiliário com o objetivo de identificar o comportamento das
principais variáveis que determinam a demanda potencial por habitação. O
embasamento conceitual se fundamenta na premissa de que a demanda por habitação é
constituída por pessoas que pretendem formar um novo arranjo domiciliar (uma pessoa
sozinha, duas pessoas unidas pelo casamento, duas ou mais pessoas com ou sem laços
de parentesco que decidem morar juntas, entre outros) ou que necessitam substituir um
domicílio inadequado. As condições demográficas de um país, especialmente a sua
estrutura etária, são fatores determinantes para a demanda habitacional. Por exemplo, a
demanda habitacional de um país jovem, com alta proporção de crianças em sua
população, geralmente, é inferior a de um país com maior população de adultos. Isto
ocorre porque as crianças não têm autonomia para gerar um novo arranjo domiciliar,
mas os adultos e idosos podem ser potenciais demandantes de habitação.
A Demanda Habitacional Total é constituída pela soma da Demanda
Habitacional Demográfica+ Demanda Habitacional Domiciliar (DHT=DHDE+DHDO).
Estes componentes proporcionam a aferição da carência de moradia de maneira
abrangente, contemplam tanto a demanda decorrente do crescimento da população do
país quanto a necessidade de reposição unidades habitacionais. A Tabela 72 apresenta
os valores absolutos de Demanda Habitacional Demográfica - DHDE e Demanda
Habitacional Domiciliar – DHDO referentes às Unidades da Federação, calculados com
base na PNAD 2009 – IBGE.
A variação da Demanda Habitacional nas Unidades da Federação reflete a
heterogeneidade socioeconômica e cultural do território brasileiro. Em alguns Estados, aDemanda Habitacional Demográfica - DHDE é predominante em todas as faixas de
renda. A Demanda Habitacional Domiciliar - DHDO nos Estados, em geral, concentra-
se nas faixas de menor renda (0 a 5 SM). Esta constatação facilita o estabelecimento de
critérios e a quantificação de metas para programas de habitação de acordo com as
especificidades locais da demanda habitacional. A distribuição dos valores absolutos de
Demanda Habitacional Demográfica - DHDE e Demanda Habitacional Domiciliar –
DHDO pelas unidades da federação, calculada com base na PNAD 2009 – IBGE, podeser observada no Gráfico 37.
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155
GRÁFICO 37 – DEMANDA HABITACIONAL 2009 – UF- ESTRATIFICADA PORSALÁRIOS MÍNIMOS - SM
Fonte: Estudo de Demanda Potencial por Habitação 2009
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156
TABELA 72 – DEMANDA HABITACIONAL POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO
Fonte: PNAD IBGE – Estudo Demanda Habitacional 2009
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157
A seguir serão expostas nas Tabelas 73 e 74 e no Gráfico 38os cálculos da
Demanda Habitacional do Rio Grande do Norte e um estudo da demanda habitacional
para o período de 2001 a 2009.
TABELA 73 - RIO GRANDE DO NORTE – DEMANDA TOTAL - RELATIVA
Fonte: PNAD IBGE
TABELA 74 – DEMANDA HABITACIONAL RN 2009 – ESTRATIFICADA EM SM
Fonte: PNAD IBGE
GRÁFICO 38 – DEMANDA HABITACIONAL RN 2009 – ESTRATIFICADA EM SM
Fonte: PNAD IBGE
5.9 Esporte
O esporte no Rio Grande do Norte encontra-se em fase de desenvolvimento,
especialmente no que se refere ao futebol e aos esportes paraolímpicos, ao qual o estado
tem se destacado com nadadores como Clodoaldo Silva, medalhista em quatro
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158
Paraolimpíadas, três jogos Panamericanos e três campeonatos Mundiais de
Natação.Destacam-se também em outros esportes: Renan Barão e Rony Marques, no
UFC; Alice Melo, ciclista mossoroense e Maria da Apresentação Oliveira de Castro,
campeã estadual de Badminton. Porém, a representante maior do esporte potiguar é
Magnólia Figueiredo, recordista brasileira dos 400 metros (1990). Participou ainda das
Olimpíadas de Seul, em 1988, Atlanta, em 1996 e Atenas, em 2004 (como reserva).
O trabalho de estruturação da política de esportes, atração de grandes eventos
nacionais e internacionais e de apoio a eventos, clubes e atletas do Estado serão
intensificados. Vários convênios serão realizados com o Ministério do Esporte, por
meio da Secretaria Nacional do Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, com a
finalidade de fomentar os esportes de identidade nacional, os radicais e de aventura, que
proporcionarão atividades de lazer orientado às comunidades carentes nos diversos
municípios. Diversos projetos estão em construção, com ênfase na elaboração de
instrumentos legais para implantar um circuito permanente de eventos esportivos no
Estado, entre eles os Jogos Abertos, Jogos do Idoso, Olimpíadas Escolares e os Jogos
Paradesportivos do Rio Grande do Norte, a serem realizados anualmente pela Secretaria
de Estado do Esporte e do Lazer, em parceria com as Secretarias Municipais de Esporte
e Lazer e órgãos afins.
A Copa do Mundo da FIFA ( Fédération Internationale de Football Association)
é um dos maiores eventos esportivos do planeta. A disputa quadrienal entre as melhores
seleções do mundo mobiliza bilhões de pessoas de todos os quadrantes, e de todas as
culturas. Em 2014, o Brasil será novamente a sede do torneio. A vigésima Copa do
Mundo da FIFA ocorrerá 64 anos depois da edição em que a seleção nacional se sagrou
vice-campeã mundial em pleno Maracanã. A capital do RN foi consagrada para ser uma
das cidades que sediarão a copa mundial. Para acomodar a todos com qualidade e
eficiência está em processo de construção o Estádio Arena das Dunas, instalado naantiga localização do Estádio “Machadão” que foi demolido. O investimento será de R$
417 milhões, sendo que R$ 396,5 milhões virão de financiamento federal. O Estádio da
Capital Potiguar terá capacidade para 43 mil torcedores, sendo 10 mil assentos
removíveis. A previsão de entrega do projeto é para dezembro de 2013. Qualquer que
seja o resultado da Copa ficará um relevante legado em infraestrutura, criação de
emprego e renda e promoção da imagem do Rio Grande do Norte e do Brasil em escala
global.
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GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E DAS FINANÇAS -
SEPLAN COORDENADORIA DE ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS
CENTRO ADMINISTRATIVO DO ESTADO, BR 101 – KM 0
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