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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR CÂNCER DE
PRÓSTATA NO ESTADO DO PIAUÍ
CARLA MARIANA GONÇALVES CARVALHO E SILVA
JOSÉ EVANDRO DE CARVALHO JÚNIOR
TERESINA-PI
2019
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR CÂNCER DE
PRÓSTATA NO ESTADO DO PIAUÍ
CARLA MARIANA GONÇALVES CARVALHO E SILVA
JOSÉ EVANDRO DE CARVALHO JÚNIOR
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Curso de Medicina do Centro Universitário
UNINOVAFAPI como requisito parcial para a
obtenção de título de Bacharel em Medicina.
Orientador: Me. Mauro Carvalho e Silva
TERESINA-PI
2019
3
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR CÂNCER DE
PRÓSTATA NO ESTADO DO PIAUÍ
EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF PROSTATE CANCER MORTALITY IN
THE STATE OF PIAUÍ
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE LA MORTALIDAD POR CÁNCER DE
PRÓSTATA EN EL ESTADO DEL PIAUÍ
Carla Mariana Gonçalves Carvalho e Silva1, José Evandro de Carvalho Júnior2 e Mauro
Carvalho e Silva3
RESUMO
Este estudo buscou desenvolver um trabalho sobre os fatores que tangem o câncer
de próstata, e assim fazer uma análise sobre a mortalidade devido à doença no estado do
Piauí entre os anos de 1986 e 2016. Câncer de próstata é uma patologia na glândula do
sistema reprodutor masculino. A maioria dos cânceres de próstata é assintomático; no
entanto, alguns desenvolvem rápido com ação agressiva. As células cancerosas podem
espalhar da próstata para outras áreas do corpo, por via óssea e linfática. Pode inicialmente
não causar sintomas. Em fases posteriores, pode levar a disúria, hematúria, dor na pélvica e
lombar.
ABSTRATC
This study sought to develop a work on the factors that affect prostate cancer, and
thus make an analysis of mortality due to the disease in the state of Piauí between the years
1986 and 2016. Prostate cancer is a pathology in the gland of the reproductive system male.
Most prostate cancers are asymptomatic; however, some develop fast with aggressive action.
Cancer cells can spread from the prostate to other areas of the body, through the bone and
lymph. It may initially cause no symptoms. In later stages, it can lead to dysuria, hematuria,
pelvic and lumbar pain.
4
RESUMEN
Este estudio buscó desarrollar un trabajo sobre los factores que tangen el cáncer de
próstata y así hacer un análisis sobre la mortalidad debido a la enfermedad en el estado de
Piauí entre los años 1986 y 2016. Cáncer de próstata es una patología en la glándula del
sistema reproductor masculina. La mayoría de los cánceres de próstata son asintomáticos;
sin embargo, algunos desarrollan rápido con acción agresiva. Las células cancerosas pueden
propagarse de la próstata a otras áreas del cuerpo, por vía ósea y linfática. Puede no causar
síntomas. En fases posteriores, puede llevar la disuria, hematuria, dolor en la pélvica y
lumbar.
1Acadêmico de Medicina do Centro Universitário de Saúde, Ciências Humanas e
Tecnológicas do Piauí-PI – UNINOVAFAPI, Teresina-PI ([email protected])
2Acadêmico de Medicina do Centro Universitário de Saúde, Ciências Humanas e
Tecnológicas do Piauí-PI – UNINOVAFAPI, Teresina-PI ([email protected])
3Mestre em Epidemiologia em Saúde Pública pela Fundação Osvaldo Cruz
5
INTRODUÇÃO
A população masculina apresenta altos índices de morbimortalidade, fato
representativo de um grande problema de saúde pública em que os indicadores e dados
básicos para saúde demonstram que os coeficientes de mortalidade masculina são maiores
quando comparados aos coeficientes de mortalidade feminina (BRASIL, 2009)
O câncer de próstata é o segundo tumor mais comum na população masculina no
Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma, e umas das principais causas
de morte entre os homens. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para o
biênio 2018/2019 é que tenha 68 mil casos novos para cada ano. Considerado o mais
incidente em todos os estados do Brasil. Esses valores correspondem a um risco estimado de
66,12 casos novos a cada 100 mil homens (INCA, 2018).
O câncer de próstata tem como seus principais fatores de risco a idade avançada,
herança genética, raça negra, história familiar e dieta rica em gorduras e carnes vermelhas
defumadas. Em nossa realidade, o Brasil e principalmente o Piauí, temos todos os fatores
presentes para o desenvolvimento de câncer de próstata na nossa população. Isso corrobora
com o fato do Piauí estar entre os estados com maior incidência de câncer de próstata (INCA,
2018).
Os tumores de próstata apresentam-se em mais de 95% como adenocarcinomas,
afetando homens em fase economicamente ativa e reprodutiva. As lesões pré-malignas do
câncer de próstata são chamadas de Neoplasias Intraepiteliais Prostáticas. O câncer de
próstata em sua maioria é primário, sendo as metástases para a próstata raras (LOPES et al,
2013).
A gênese do câncer de próstata tem sido atribuído à inflamação, porque boa parte
dele cresce ao redor de uma área conhecida como atrofia inflamatória proliferativa. O grau
histológico no momento do diagnóstico influencia no prognóstico, logo a detecção precoce
e tratamento adequado são de muita importância para uma maior chance de cura do paciente
(LOPES et al, 2013).
O câncer de próstata pode ser assintomático inicialmente, já em fases mais
avançadas pode acarretar sintomas obstrutivos e irritativos, hematúria, edema de membros
inferiores por compressões de linfonodos pélvicos. Devido aos casos de câncer de próstata
inicial serem assintomáticos e em estágios mais avançados apresentarem grandes
6
complicações, o rastreio é determinante para um prognóstico de sucesso e direcionamento
de conduta (LOPES et al, 2013).
O rastreamento de câncer de próstata é polêmico, pois estudos recentes publicados
em 2009 no New England Journal of Medicine mostram conflitos entre o benefício ou não
de se fazer rastreio. O rastreio é feito com o toque retal e dosagem sérica de PSA. Após
indicação, a confirmação é realizada com ultrassonografia transretal com biópsia (VIEIRA,
2016).
Baseando-se no critério de idade para a indicação do rastreio de câncer de próstata
é que esse estudo se faz de grande valia para a comunidade, uma vez que define o perfil
etário dos pacientes que vão a óbito devido ao câncer de próstata, podendo se estimar assim
a idade de maior ocorrência da doença na população masculina no estado do Piauí.
Com o presente, objetiva-se descrever a situação da mortalidade por câncer de
próstata no Estado do Piauí no período de 1986 a 2016, constatando os índices de
mortalidade e classificando os índices de mortalidade por câncer de próstata por faixa etária
nos anos estudados.
7
REFERENCIAL TEÓRICO
O tipo histológico adenocarcinoma corresponde a 95% de todos os casos de câncer
de próstata, por isso, esses termos por muitas vezes acabam sendo utilizados como
sinônimos, e devido sua incidência representa um problema de saúde pública. O número de
casos de tal afecção tem aumentado devido vários fatores, como o envelhecimento da
população e de uma maior efetividade para o diagnóstico da mesmo, com o uso de técnicas
sensíveis como a dosagem sérica do antígeno prostático específico (PSA). Em contrapartida,
tem-se uma redução da mortalidade devido à uma maior eficácia dos tratamentos.
(COLESMAN et al, 2008)
Para os anos de 2016 e 2017 foi estimado um número de 61.200 novos casos de
câncer de próstata no Brasil, o que representa a um risco estimado de 61,82 casos novos para
cada 100 mil homens. É o segundo tumor mais frequente entre a população masculina,
ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Mundial, também é a segunda
neoplasia mais comum em homens e tem aproximadamente 70% dos casos diagnosticados
em regiões mais desenvolvidas. No Brasil, sua incidência varia de acordo com a região,
sendo que a Sul e Sudeste apresentam uma maior concentração. (INCA, 2015)
Dentre os fatores de risco para o câncer de próstata, três estão bem definidos e se
sobrepõe aos demais em importância: idade, tipo individual negro e história familiar. (WEIN
et al)
Quanto à idade, é raro o acometimento de homens com menos de 40 anos, e acomete
principalmente indivíduos após os 65 anos, o que corresponde a 75% dos casos (INCA,
2010). A raça negra apresenta uma maior prevalência, sugerindo uma insuficiência genética
para o aparecimento desta afecção (POTTS et al, 2010). A história familiar também aumenta
o risco desta neoplasia, sendo o risco relativo de 2,17 para filhos de homens acometidos e
de 3,37 para irmãos (KLEIN et al, 2007). Apesar disso o tumor familiar apresenta menor
agressividade quando comparado ao esporádico (KEETCH et al, 1996).
O rastreio populacional do câncer de próstata é realizado de forma fácil e simples
através da dosagem do PSA e da realização do toque retal. Contudo, sua prática é um tanto
controversa, pois ainda é questionável sua validade como método diagnóstico dessa
neoplasia em estágios iniciais e portanto sua eficácia na redução da mortalidade. As chances
de um homem ser diagnosticado com câncer de próstata em vida é de 16%, enquanto que o
8
risco de mortalidade por este câncer é de apenas 3,4%, o que demonstra uma indolência em
uma grande parte dos casos diagnosticados. (KATTAN et al, 1998)
Tal rastreamento não é recomendado pelo Ministério da Saúde do Brasil, por
considerar que não há evidencias que comprovem que o tratamento de tumores em estágio
inicial seja efetivo ao ponto de superar os riscos dos efeitos adversos deste. (INCA, 2014)
O principal desafio no diagnóstico é conseguir fazê-lo de maneira precoce em
pacientes que possuem tumores com maior potencial de agressividade, a fim de que se tenha
um tratamento mais específico, oportuno, necessário em com baixa taxa de mortalidade de
forma a se aumentar a expectativa de vida com qualidade. (ANKERST et al, 2013 &
SCARDINO et al, 1992)
Tem-se a suspeita do mesmo com a realização do toque retal e dosagem do PSA. O
diagnóstico definitivo só é estabelecido através da biópsia prostática. Em algumas situações
específicas, lança-se mão de novos marcadores e exames de imagem.
O momento ideal da realização da biópsia vai variar de paciente para paciente de
acordo com os fatores de risco associados, sintomas urinários, bem como o toque retal
alterado associado ao valor do PSA e da relação PSA livre sobre o PSA total. Desta forma,
tenta-se reduzir o número de biópsias desnecessárias, uma vez que consiste em procedimento
invasivo e que portanto apresenta risos, mas não deixando de detectar os casos de neoplasia
prostática de maneira precoce (SHARIAT et al, 2009, ROOBOL et al, 2010).
A escolha do tratamento para o câncer de próstata é individualizado para cada
paciente a depender de suas individualidades e da agressividade do tumor. Dentre as opções
terapêuticas temos: observação apenas; vigilância ativa (em casos de bom prognóstico ou
presença de comorbidades); e conduta invasiva (cirurgias como a prostatectomia radical) ou
radioterapia na presença de tumores mais agressivos (SECRETARIA DE ATENÇÃO À
SAÚDE, 2016)
9
METODOLOGIA
O presente estudo será do tipo descritivo, exploratório de natureza quantitativa. Os
dados serão extraídos da base de dados do INCA. Essas informações são de domínio público.
Serão analisados óbitos decorrente do câncer de próstata do ano de 1986 até 2016.
Trata-se de uma pesquisa com abordagem descritiva das características de
determinada população ou fenômeno detalhadamente, buscando abranger as características
de um indivíduo, uma situação ou um grupo, bem como desvendar a relação entre os eventos,
a partir de técnica padronizada para a coleta de dados (OLIVEIRA, 2011).
A pesquisa será desenvolvida no estado do Piauí que possui uma população
estimada de 3.118.360 habitantes, área de 251.616,823 Km2, densidade demográfica de
12,40 habitantes/Km2, tem 224 municípios sendo Teresina a capital do estado (IBGE, 2010).
Em 2010, a população masculina do Estado correspondeu a 1.528.796 habitantes (IBGE,
2010).
A coleta de dados ocorrerá no mês de maio de 2019. Os dados serão coletados na
base da dados do INCA, sendo utilizado a classificação CID N61, referentes ao ano de 1986 a 2016.
As variáveis do estudo selecionadas foram faixa etária e local de ocorrência de óbito.
Os dados serão processados no programa Microsoft Excel® e posteriormente será
descrito em frequência relativa apresentadas em gráficos com os testes estatísticos
adequados. A análise será descritiva por meio da leitura das frequências absolutas (Nº) e
relativas (%).
Quanto aos aspectos éticos e legais, considerando que a pesquisa será realizada em
base de dados e não envolve diretamente seres humanos, não será necessário a submissão
deste projeto ao Comitê de Ética em Pesquisa, conforme estabelece a Resolução CNS n°.
466/2012.
Uma vez que o presente trabalho se propõe a demonstrar o perfil etário da
mortalidade pela neoplasia prostática, a análise desses dados permitirá um melhor
entendimento a respeito do perfil etário da população acometida por tal afecção. E, por
utiliza-se de base de dados pública, não apresenta risco à população.
10
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir dos dados e embasamentos teóricos expostos acima, analisou-se com base
no Instituto Nacional do Câncer (2018) os dados apresentados sobre incidências e estatísticas
sobre o câncer de próstata. Deste modo, foi elaborado gráfico com dados específicos a fim
de sintetizar e aprimorar o entendimento das informações fornecidas. Realizou-se também
análises específicas no estado do Piauí.
Gráfico 1 - Número de óbitos por câncer de próstata no estado do Piauí nos anos de
1986 a 2016
Segundo o gráfico 1, pode-se observar um aumento no número de óbitos de câncer
de próstata, principalmente na faixa etária com mais de 80 anos. Isso pode ser um reflexo do
aumento da expectativa de vida ou uma melhora no sistema público de saúde, com melhor
eficiência do sistema de epidemiologia no Brasil, ou a soma dos dois fatores.
0
50
100
150
200
250
300
1 9 8 6 1 9 9 1 1 9 9 6 2 0 0 1 2 0 0 6 2 0 1 1 2 0 1 6
NÚ
MER
O D
E Ó
BIT
OS
ANO
Total 0-49 anos 50-59 anos 60-69 anos
70-79 anos 80 anos ou mais Ignorado
11
Gráfico 2 - Taxas de mortalidade por câncer de próstata ajustada por idade pela
população brasileira, por 100.000, segundo faixa etária no Piauí nos anos de 1986 a
2016
Do ano de 1986 até 2016, onde temos os últimos dados disponíveis no INCA, a
faixa etária até 49 anos comportou-se no mesmo padrão de incidência atuais, fruto da
característica da doença, que acomete homens de mais idade. Nas faixas etárias acima de 50
anos, mostrou o maior crescimento na taxa de incidência de mortalidade (gráfico 2), os dados
mostram que quanto maior a idade, maior a taxa de mortalidade.
De um modo global, tem-se um registro de maior ocorrência da doença levando ao
óbito, o que é um reflexo também de uma maior eficácia no diagnóstico desses pacientes,
uma vez que muitas pessoas iam a óbito sem se saber a causa primária.
No decorrer dos próximo parágrafos, vamos discriminar e comentar, ano por ano:
No ano de 1986, a faixa etária entre 0 a 49 anos não houve nenhum caso, de 50 a
59 anos houveram 2 casos, entre 60 a 69, 6 casos, de 70 a 79, 10 casos e na faixa de 80 anos,
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1 9 8 6 1 9 9 1 1 9 9 6 2 0 0 1 2 0 0 6 2 0 1 1 2 0 1 6
ÓB
ITO
S P
OR
10
0 M
IL H
AB
ITA
NTE
S
ANO
Total 0-49 anos 50-59 anos 60-69 anos
70-79 anos 80 anos ou mais Ignorado
12
apenas 2 casos. Há também outro indicador denominado como “idade ignorada”, ao qual
apresentou apenas 1 caso.
1987, a faixa etária entre 0 a 59 apresentou apenas 1 caso, de 60 a 69, 6 casos, 70 a
79 anos, 18 casos, e a faixa etária de 80 anos ou mais, 6 casos.
Em 1988, a faixa etária entre 0 a 59 anos apresentou apenas 2 casos, de 60 a 69
anos, 7 casos, de 70 a 79, 6 casos, a faixa etária de 80 anos ou mais, apenas 3 casos.
No ano de 1989, a faixa etária entre 0 a 59 anos apresentou apenas 2 casos, de 60 a
69 anos, 4 casos, de 70 a 79 anos, 9 casos e a faixa etária de 80 anos ou mais, 6 casos. Neste,
houve apenas 1 registro com idade ignorada.
Em 1990, a faixa etária entre 0 a 49 anos apresentou apenas 1 caso, de 50 a 59
anos, 4 casos, de 60 a 69 anos, 8 casos, de 70 a 79 anos, 13 casos e na faixa etária de 80 ou
mais, 5 casos.
No ano de 1991, na faixa etária entre 0 a 59 anos registrou-se apenas 1 caso, de 60
a 69 anos, 8 casos, entre 70 a 79 anos, 12 casos, e na faixa etária de 80 anos ou mais, 8 casos.
Em 1992, na faixa etária de 0 a 59 ocorreu apenas 1 caso, de 60 a 69 anos, 8 casos,
de 70 a 79 anos, 13 casos, e na faixa etária de 80 anos ou mais, 10 casos. O outro indicador
denominado como “idade ignorada” apresentou apenas 1 caso.
No ano 1993, a faixa etária de 0 a 49 anos apresentou apenas 1 caso, entre 50 a 59
anos, 2 casos, de 60 a 69 anos, 9 casos, 80 anos ou mais, 11 casos. Houve apenas um registro
com idade ignorada.
Em 1994, a faixa etária entre 0 a 49 anos registrou apenas 1 caso, de 50 a 59 anos,
3 casos, de 60 a 69 anos, 8 casos, de 70 a 79 anos, 10 casos e a faixa etária de 80 anos ou
mais, 14 casos.
No ano de 1995, na faixa etária entre 0 a 59 anos tem-se a ocorrência de 2 casos, de
60 a 69 anos, 10 casos, de 70 a 79 anos, 13 casos e na faixa etária de 80 anos ou mais, 10
casos.
Em 1996, na faixa etária entre 0 a 49 não se notificou nenhum caso, de 50 a 59 anos
foram notificados 3 casos, de 60 a 69 anos, 11 casos, de 70 a 79 anos, também 11 casos e na
faixa etária de 80 anos ou mais, 7 casos.
13
No ano de 1997, a faixa etária entre 0 a 49 anos apresentou apenas 1 caso, de 50 a
59 anos, 4 casos, de 60 a 69 anos, 13 casos, de 70 a 79, 30 casos e de 80 anos ou mais, 14
casos.
Em 1998, a faixa entre 50 a 59 anos registrou apenas 1 caso, a de 60 a 69 anos, 13
casos, de 70 a 79 anos, 24 casos e a faixa etária de 80 anos ou mais, 11 casos.
No ano de 1999, a faixa etária entre 0 a 49 não apresentou nenhum caso, entre 50 a
59 anos houve 5 casos, entre 60 a 69 anos, 17 casos, 70 a 79 anos, 33 casos e de 80 anos ou
mais, 24 casos.
Em 2000, na faixa etária entre 0 a 49 anos não se relatou a ocorrência de nenhum
caso, de 50 a 59 foram relatados 3 casos, de 60 a 69 anos, 19 casos, de 70 a 79 anos, 28 casos
e na faixa etária com 80 anos ou mais, 30 casos. Houve apenas 1 registro com idade ignorada.
No ano de 2001, a faixa etária entre 0 a 59 anos apresentou apenas 1 caso, de 60 a
69 anos, 18 casos, de 70 a 79 anos, 47 casos e a faixa etária de 80 anos ou mais, 32 casos.
Em 2002. A faixa etária de 0 a 49 anos não registrou ocorrência de nenhum caso,
de 50 a 59 registrou 5 casos, de 60 a 69 anos, 22 casos, de 70 a 79 anos, 45 casos e a faixa
etária de 80 anos ou mais, 57 casos. O indicador “idade ignorada” apresentou a ocorrência
de apenas 1 caso.
No ano de 2003, a faixa etária de 0 a 49 anos e de 40 a 49 anos apresentam apenas
1 caso cada, de 50 a 59 anos, 6 casos, de 60 a 69 anos, 14 casos, de 70 a 79 anos, 36 casos e
de 80 anos ou mais, 40 casos.
Em 2004, a faixa etária de 0 a 49 anos não apresenta nenhum caso, de 50 a 59 anos
apresentou 8 casos, de 60 a 69 anos, 21 casos, de 70 a 79 anos, 44 casos e a faixa etária entre
80 anos ou mais, 39 casos.
No período de 2005, a faixa etária de 0 a 49 anos possui registro de 1 caso, de 50 a
59 anos, de 6 casos, de 60 a 69 anos, de 25 casos, de 70 a 79 anos, de 48 casos e na faixa
etária de 80 anos ou mais, de 49 casos.
No ano de 2006, a faixa etária entre 0 a 49 anos não apresentou nenhum caso, de
50 a 59 anos apresentou-se a ocorrência de 10 casos, de 60 a 69 anos, 30 casos, de 70 a 79
anos, 64 casos, e a faixa etária acima de 80 anos ou mais, 65 casos. Registrou-se neste ano,
apenas um caso com idade ignorada.
14
Em 2007, a faixa etária de 0 a 49 anos possui relato de 3 casos, de 50 a 59 anos,
de11 casos, de 60 a 69 anos, de 34 casos, de 70 a 79 anos, de 81 casos e a faixa etária de 80
anos ou mais, de 89 casos.
No ano de 2008, a faixa etária de 0 a 49 anos não apresentou a ocorrência de nenhum
caso, de 50 a 59 anos apresentou 5 casos, de 60 a 69 anos, 37 casos, de 70 a 79 anos, 80
casos e a faixa etária de 80 anos ou mais, 101 casos.
Em 2009, a faixa etária de 0 a 49 anos registrou apenas 1 caso, de 50 a 59 anos, 8
casos, de 60 a 69 anos, 27 casos, de 70 a 79 anos, 73 casos e a faixa etária de 80 anos ou
mais, 94 casos. Houve apenas um registro com idade ignorada.
No ano de 2010, a faixa etária de 0 a 49 anos não relatou a ocorrência de nenhum
caso, de 50 a 59 anos houve relato de 8 casos, de 60 a 69 anos, de 28 casos, de 70 a 79 anos,
de 71 casos e a faixa etária de 80 anos ou mais, de 118 casos.
Em 2011, na faixa etária de 0 a 49 notificou-se apenas 1 caso, de 50 a 59 anos, 8
casos, de 60 a 69 anos, 40 casos, de 70 a 79 anos, 68 casos e na faixa etária de 80 anos ou
mais, 91 casos.
No ano de 2012, a faixa etária de 0 a 49 anos apresentou apenas 2 casos, de 50 a 59
anos, 6 casos, de 60 a 69 anos, 34 casos, de 70 a 79 anos, 70 casos e a faixa etária de 80 anos
ou mais, 109 casos.
Em 2013, a faixa etária de 0 a 49 anos registrou a ocorrência de 2 casos, de 50 a 59
anos, 14 casos, de 60 a 69 anos, 41 casos, de 70 a 79 anos, 86 casos e a faixa etária de 80
anos ou mais, 112 casos.
No ano de 2014, a faixa etária de 0 a 49 anos relatou-se a ocorrência de apenas 1
caso, de 50 a 59 anos, 8 casos, de 60 a 69 anos, 41 casos, de 70 a 79 anos, 79 casos e a faixa
etária entre 80 anos ou mais, 117 casos, o indicador de “idade ignorada” apresentou apenas
1 caso.
Em 2015, a faixa etária entre 0 a 49 anos apresentou a ocorrência de 2 casos, de 50
a 59 anos, de 10 casos, de 60 a 69 anos, de 51 casos, de 70 a 79 anos, de 70 casos e a faixa
etária de 80 anos ou mais, de 113 casos.
15
Por fim, no ano de 2016, a faixa etária de 0 a 49 anos registrou a ocorrência de
apenas 1 caso, de 50 a 59 anos, de 8 casos, de 60 a 69 anos, 41 casos, de 70 a 79 anos, 79
casos e a faixa etária de 80 anos ou mais, 105 casos.
16
CONCLUSÃO
A partir do desenvolvimento apresentado com a análises sobre os gráficos gerados
pela pesquisa, o principal fator a ser levado em consideração é o aumento na taxa de
mortalidade por câncer de próstata no estado do Piauí. Claro, um fator determinante deste
fato é que a expectativa de vida da população aumentou significativamente nos últimos 30
anos, tanto na população piauiense quanto na população nacional. Com isso, em homens
com mais de 80 anos no primeiro ano de análise o número de casos de mortalidade pela
doença foi 2, enquanto em 2010, ano com maior índice, esse número chegou a 118 casos.
As formas de tratamento para esse tipo de câncer têm se expandido e se modificado
ao longo dos anos de modo a salvar milhares de vidas no Brasil. Contudo, a melhor forma é
prevenir o surgimento do câncer, ao se começar com hábitos de vida saudáveis e exames
preventivos periodicamente. Com isso, é possível garantir uma boa qualidade de vida ao
indivíduo, já que o câncer quando descoberto em seu estágio inicial possui grandes chances
de cura.
17
REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS
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ANEXO – DECLARAÇÃO DE CADASTRO NA COORDENAÇÃO DE PESQUISA