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Exercício 8: A produção de soja no Brasil é responsável por 49% da área utilizada para o plantio de grãos e, de acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a ferrugem asiática já provocou perdas nas safras estimadas em US$ 20 bilhões, desde 2001. A Syngenta anunciou recentemente o lançamento no Brasil do fungicida ELATUS™, uma das mais importantes inovações já produzidas para o controle da ferrugem asiática. Diante desse esforço que a Syngenta vem fazendo para trazer produtos cada vez mais eficientes e mais seguros, elabore um planejamento de uma propriedade rural tendo como foco as estratégias de soja da empresa. Fique à vontade para definir o tamanho dessa propriedade. Não esqueça de montar o planejamento envolvendo o plantio de milho (exercício 1), pois normalmente o produtor realiza safrinha com milho para aumentar a lucratividade. Faça a recomendação de dessecação, controle de plantas daninhas, insetos, fungos e nematoides. A meta é que a propriedade seja o mais eficiente possível. Resposta: 1. Característica da propriedade: A área escolhida foi a mesma indicada no exercício 1 do modulo milho na qual possui as seguintes características: a. Produtor do Centro-Oeste de 500 ha. b. Localização: Sorriso/MT; Latitude: 12º 41’ 50” S; Longitude: 55º 42’ 02” O; Altitude 400m. c. Área sem irrigação. d. Safra em período normal para soja.

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Page 1: phytus.s3.amazonaws.com · Web viewA época de plantio da soja para o ano 14 pode variar de 15 setembro a 15 de outubro em função do início das chuvas. Essa variação irá interferir

Exercício 8:

A produção de soja no Brasil é responsável por 49% da área utilizada para o plantio de grãos e, de acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a ferrugem asiática já provocou perdas nas safras estimadas em US$ 20 bilhões, desde 2001.

A Syngenta anunciou recentemente o lançamento no Brasil do fungicida ELATUS™, uma das mais importantes inovações já produzidas para o controle da ferrugem asiática. Diante desse esforço que a Syngenta vem fazendo para trazer produtos cada vez mais eficientes e mais seguros, elabore um planejamento de uma propriedade rural tendo como foco as estratégias de soja da empresa.

Fique à vontade para definir o tamanho dessa propriedade. Não esqueça de montar o planejamento envolvendo o plantio de milho (exercício 1), pois normalmente o produtor realiza safrinha com milho para aumentar a lucratividade. Faça a recomendação de dessecação, controle de plantas daninhas, insetos, fungos e nematoides. A meta é que a propriedade seja o mais eficiente possível.

Resposta:

1. Característica da propriedade:

A área escolhida foi a mesma indicada no exercício 1 do modulo milho na qual possui as seguintes características:

a. Produtor do Centro-Oeste de 500 ha.b. Localização: Sorriso/MT; Latitude: 12º 41’ 50” S; Longitude: 55º 42’ 02” O; Altitude 400m.c. Área sem irrigação.d. Safra em período normal para soja.e. Solo de média a baixa fertilidade.f. Safrinha com milho;g. Baixa disponibilidade de mão-de-obra e máquinas.h. Presença de Nematoides i. Plantas daninhas: capim-carrapicho, Brachiaria decumbens, sorgo-de-alepo e corda-de-viola. j. Pragas identificadas para milho: lagarta-do-cartucho, lagarta-das-espigas e pulgões. k. Doenças típicas para milho: diplodia, mancha-branca, ferrugem polissora.l. Principais pragas e doenças de soja presentes.m. Pousio

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2. Planejamento agrícola:

A rotação de cultura é a prática mais recomendada pelos pesquisadores e agrônomos. Para tal, o produtor deve ter um bom planejamento de longo prazo. Essa atividade de rotação visa minimizar as pressões de pragas e doenças, além de melhorar a qualidade do solo (estrutura) e disponibilidade de nutrientes para as plantas. O planejamento propostos contempla um período de três anos.

Safra (ano)

Cultura Ano MesesJ F M A M J J A S O N D

14/15 Soja precoce/Milho safrinha 1415/16 Soja tardia /Crotalária 1516/17 Milho precoce /Algodão 1617/18 Soja precoce / milho safrinha 17

Soja precoceMilho safrinhaSoja tardiaCrotalaria spectabilisMilho precoceAlgodãoVazio sanitário

A época de plantio da soja para o ano 14 pode variar de 15 setembro a 15 de outubro em função do início das chuvas. Essa variação irá interferir no plantio da safrinha, que poderá variar entre 15 de janeiro à 15 de fevereiro.

Para a segunda safra a escolha foi a soja tardia devido sua maior produtividade, minimizando o impacto na lucratividade uma vez que foi sugerido a sucessão com Crotalaria spectabilis. A escolha por Crotalaria visou a redução da pressão de nematoide na área.

Para o ano três vem o plantio de milho precoce para a cultura de verão com sucessão com algodão. O período de plantio do algodão variará entre o final de dezembro e início de janeiro conforme regime hídrico para o plantio do milho. Após a cultura do algodão, retornasse a proposta do ano 14, com as culturas da soja precoce/milho safrinha.

Essa proposta visa atender as recomendações de rotação de cultivos preconizadas por grande parte dos pesquisadores do setor. Essa proposta pode não atender o quesito de lucratividade máxima em curto prazo, porém em longo prazo tende-se a ter um ganho, já que essa prática visa minimizar as perdas de produtividade inerentes a má conservação do solo, nutrientes disponíveis e perdas por altas pressões

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de pragas, doenças e nematoide, que acometem quando não há uma rotatividade de culturas numa mesma área.

A crotalária tem por finalidade a minimização das perdas por nematoides presentes na área. Sua escolha deve-se ao fato de ser a cultura mais indicada para controle, segundo o pesquisador Jaime Maia dos Santos, referencia em nematoide no país.

A seguir, segue a proposta de cultivo para a “safra 14/15” (Soja Precoce sucedida de milho safrinha), contemplando a escolha da variedade, época de plantio e as recomendações da Syngenta para dessecação, controle de plantas daninhas, insetos, fungos e nematoides. As demais safras citadas anteriormente, não serão contempladas nesse exercício, pois o foco será a cultura da soja e milho precoce.

3. Soja

a. Épocas de plantio:Como dito, a época de plantio será entre os dias 15 de setembro a 15 de

outubro, dependendo do regime hídrico da região para o ano em questão.

b. Escolha da variedade

SYN1183

Benefícios

• Permite safrinha no MT

Especificações técnicas

Grau Maturação 8.3

Hábito de Crescimento Indeterminado

Cor do Hilo Marrom Claro

Cor da Flor Roxa

Pubescência Marrom

Altura das Plantas 105 cm

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Meso região Recomendada 408

Recomendações Agronômicas

Época de Plantio 15/Out - 15/Nov (MT)

População (plantas/ha) 220 - 280 ( MT)

Ciclo Médio (dias) 110 -135

Resistência/ Tolerância Cancro da Haste, Olho de rã, Oídio

Cancro da haste

Mancha Olho de Rã

Pustula Bacteriana

Phytophthora

Nematóide do Cisto

M. incognita

M. javanica

:Resistente :Sucetível

c. Correção do solo:

Como não temos parâmetro de qualidade do solo, a análise seria o primeiro passo. De posse da análise de solo realizar a correção seguindo as orientações a seguir:

Calcário e Condições de Uso

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Nos estados da Região Central, formados basicamente por solos sob vegetação de Cerrado, o valor adequado de saturação é de 50%. Para que a calagem atinja os objetivos de neutralização do alumínio trocável e/ou de elevação dos teores de cálcio e magnésio, algumas condições básicas devem ser observadas:o calcário deverá passar 100% em peneira com malha de 0,3 mm; o calcário deverá apresentar teores de CaO + MgO > 38%, dando preferência ao uso de calcário dolomítico (> 12,0% MgO) ou magnesianos (entre 5,1% e 12,0% MgO), em solos com larga relação Ca/Mg; no caso de haver interesse no uso de calcário calcítico, aplicar outras fontes de Mg para atender o suprimento do nutriente; a reação do calcário no solo se realiza eficientemente sob condições adequadas de umidade; recomenda-se a aplicação do calcário com antecedência mínima de 60 dias da semeadura, preferencialmente.

O gesso deve ser utilizado em áreas onde a análise de solo, na profundidade de 30 a 50 cm, apresentar a saturação por alumínio maior que 20% e/ou quando a saturação por cálcio for menor que 40% (cálculo feito com base na capacidade de troca de cátions efetiva). A dose de gesso agrícola (15% de S) a aplicar é de 700, 1.200, 2.200 e 3.200 kg/ha para solos de textura arenosa, média, argilosa e muito argilosa, respectivamente. O efeito residual destas dosagens é de, no mínimo, cinco anos. Caso o gesso seja utilizado apenas como fonte de enxofre, a dosagem deve ser ao redor de 200 kg/ha/cultivo.

d. Adubação:

A recomendação de adubação deve-se sempre basear em análise de solo, com a correção. Uma vez não se tendo a analise pode utilizar doses de manutenção:

Nitrogênio:O elemento mais requerido pela soja é o nitrogênio. Portanto, para uma

produção de 3.000 kg/ha, há a necessidade de 246 kg de nitrogênio, que são obtidos, em pequena parte, do solo (25% a 35%) e, na maior parte, pela fixação simbiótica do nitrogênio (65% a 85%). Por estes dados pode-se avaliar a importância de se fazer uma inoculação bem feita, com inoculante de boa qualidade, para ter eficiência na fixação simbiótica do nitrogênio do ar a custo zero, através das bactérias nos nódulos das raízes da soja. Por isso, devesse evitar a adubação com nitrogênio mineral, pois além de causar a inibição da nodulação e reduzir a eficiência da fixação simbiótica do nitrogênio atmosférico não aumenta a produtividade da soja. Quando a adubação for feita com adubo formulado, cuja fórmula possua nitrogênio e esta seja de menor custo que a mesma fórmula sem nitrogênio, pode-se utilizá-la na semeadura desde que não ultrapasse 20 kg de N/ha. Para que a fixação simbiótica seja eficiente, há a necessidade de se corrigir a acidez do solo e fornecer os nutrientes que estejam em quantidades limitantes.

Fosfato:

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A adubação de manutenção é indicada quando o nível de P no solo está classificado como médio ou bom, a qual, para a cultura da soja, é de 60 kg de P2O5/ha, para uma expectativa de produção de 3.000 kg/ha. Na maioria dos casos, para produtividade maiores, a adubação de manutenção deve ser proporcionalmente aumentada, ou seja, 20 kg de P2O5/ha para cada tonelada de grãos/ha de expectativa de colheita.

Potassio:Como a cultura da soja retira grande quantidade de K nos grãos

(aproximadamente 20 kg de K2O/t de grãos), fazer adubação de manutenção com 60 kg/ha de K2O, se a expectativa de produção for de três toneladas de grãos/ha, independentemente da textura do solo.

Micronutrientes:Para a prevenção da deficiência em micronutrientes em solos sob Cerrado,

recomenda-se sua aplicação nas seguintes dosagens: Zn: 4 a 6 kg/ha; B: 0,5 a 1,0 kg/ha; Cu: 0,5 a 2,0 kg/ha; Mn: 2,5 a 6,0 kg/ha; Mo: 50 a 250 g/ha; Co: 50 a 250 g/ha. As fontes podem ser solúveis ou insolúveis em água, desde que o produto satisfaça a dose indicada. Para reaplicação de qualquer um desses micronutrientes, utilizar a análise foliar como instrumento indicador. A análise foliar pode ser feita a cada dois anos. O efeito residual das dosagens indicadas atinge pelo menos um período de cinco anos.

e. Tratamento de sementes:Recomenda-se o uso da plataforma Avicta Completo que oferece proteção

contra nematoides, pragas e doenças através da combinação de três produtos: Avicta 500 FS (Abamectina), Cruiser 350 FS (Thiamethoxam) e Maxim XL – (Fludioxonil + Mefenoxam).

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f. Herbicidas:

Recomenda-se a associação de herbicidas de contato e residual, conforme quadro abaixo:

Para tal, a Syngenta disponibiliza um amplo portifólio de herbicidas para o controle de plantas daninhas. O quadro a seguir apresenta a recomendação da Syngenta para a variedade escolhida:

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Para eliminação das plantas tigueras, após a colheita da soja, fazer a incorporação das sementes que permaneceram na área com grade niveladora para acelerar a germinação, e fazer a dessecação com 2.4d ou Paraquat (Gramoxone).

g. Inseticida:

Para se obter sucesso no Maneja Estratégico de Pragas são necessárias medidas como:

- Manejo químico entre-safras e em pré–plantio;- Utilização de culturas OGM-Bt na safrinha;- Monitoramento de pragas (3-5 dd);- Controle no “cedo”:

- Realizar monitoramento de lagartas e aplicações em estádios menores, favorecendo a performance.

- H. armigera: 1 a 2 lagartas < 8 mm por batida de pano.> L2 – Controle inferior a 60%

- Iniciar quando a coloração dos ovos das lagartaspassarem de claros para escuros (lagartas já formadas)- Bateria de aplicação

- Principalmente sob stress hídrico- Reduzir o intervalo entre as aplicações- Aplicações sequenciais são mais “eficazes”

- Rotação entre princípios ativos

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- Tecnologia de Aplicação: Momento da Aplicação (Horário).

h. Fungicida:Os materiais que predominam no campo hoje possuem ciclo mais curto, têm

área foliar menor (IAF < 5) e são bem mais produtivos que os anteriores. Por outro lado, sua suscetibilidade à maioria das doenças também é maior, especialmente para aquelas causadas por fungos necrotróficos, onde a resistência é difícil de ser obtida pelo melhoramento convencional. Com menos funcionários na fábrica planta, a produção de grãos se tornou mais intensiva por unidade de tempo e de área foliar. Por isso, a margem de tolerância aos fatores de danos é mínima e o foco do manejo é mais direcionado à prevenção das doenças e à manutenção da área foliar da planta, para que ela possa expressar seu potencial produtivo. Assim, a Syngenta vem com um pacote completo de proteção de cultivo, com sua maior novidade para o combate a ferrugem asiática, o Elatus®. A seguir segue a recomendação da Syngenta para o controle de doenças da soja:

i. Colheita:

A soja é uma cultura que, dependendo da cultivar utilizada, produz grãos desde alguns centímetros acima do solo, até a extremidade superior da planta. Seu grão

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parte-se facilmente durante a colheita, principalmente quando estiver com baixo grau de umidade. Por isso, as colheitadeiras devem estar equipadas com plataformas de corte flexível para acompanhar as ondulações do terreno e de cilindro de trilha com barras corrugadas, além de esparramador de palha.

A colheita deve iniciar quando os teores de água dos grãos estiverem em torno de 15% a 16%. Acima disso, implica em secagem pós-colheita e, abaixo, em quebra exagerada dos mesmos. A regulagem da colheitadeira deve ser a melhor possível para evitar perdas. Observar a regulagem adequada da altura de corte, abertura e velocidade do cilindro, abertura das peneiras e o controle da aeração. Outros fatores que aumentam as perdas da colheita são: mau preparo de solo; população de plantas inadequadas; cultivares não adaptadas; ocorrências de plantas daninhas; retardamento da colheita; umidade inadequada; e má regulagem e condução da colheitadeira.

Medidas para reduzir as perdas na colheita:

a) trocar as navalhas quebradas, alinhar os dedos das contra-navalhas substituindo os quebrados e ajustar as folgas da barra de corte. A folga entre uma navalha e a guia da barra de corte é de, aproximadamente, 0,5 mm. A folga entre as placas de desgaste e a régua da barra de corte é de 0,6 mm;

b) opere mantendo a barra de corte o mais próximo possível do solo. Esse cuidado é disponível na utilização de combinadas com plataformas flexíveis que, automaticamente, controlam a altura de corte;

c) use velocidade de trabalho entre 4 a 5 Km/h para colhedoras com barra de corte que operam com mil golpes por minuto e velocidade de trabalho de no máximo 6 Km/h para colhedoras com barra de corte. Entretanto, só utilize velocidade de trabalho considerada alta depois de avaliar se as perdas não estão ultrapassando os níveis toleráveis. Para estimar a velocidade da combinada, de forma prática, conte o número de passos largos (cerca de 90 cm) tomados em 20 segundos, caminhando na mesma velocidade e ao lado da combinada. Multiplique o número encontrado por 0,16, para obter a velocidade em Km/h;

d) use a rotação do molinete um pouco superior à velocidade da colhedora. Para ajustar a rotação ideal, faça uma marca em um dos pontos de acoplamento dos travessões na lateral do molinete e regule a rotação do mesmo para cerca de 9,5 voltas em 20 segundos (molinetes com 1 m a 1,2 m de diâmetro) e para cerca de 10,5 voltas em 20 segundos (molinetes com 90 cm de diâmetro) se a velocidade da colhedora for de até 5,0 Km/h. Outra forma prática de ajustar a rotação é pela observação da ação do mesmo. Caminhando-se ao lado da combinada, a rotação ideal é obtida quando o

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molinete toca suavemente e inclina a planta ligeiramente sobre a plataforma antes da mesma ser cortada pela barra de corte; e,

e) a projeção do eixo do molinete deve ficar de 15 a 30 cm à frente da barra de corte e a altura do molinete deve permitir que os travessões com os pentes toquem na metade superior da planta, preferencialmente no terço superior, quando a uniformidade da lavoura assim o permitir. Dessa forma, o impacto dos travessões contra as planta será mais suave e evitará o tombamento das plantas para frente da combinada no momento do corte.

4. Milhos Safrinha

a. Escolha do Híbrido: Baseando-se nas informações da área a ser plantado o híbrido escolhido é o

IMPACTO VIP3 plantado em 80% área para proteção da tecnologia Bt com 20% plantados com milho convencional (IMPACTO TG ou outro de mesma estatura e ciclo).

A escolha se deu em virtude de sua resistência de moderada à alta ao nematoide (resistente a Pratylenchus brachyurus e moderada resistência a Meloidogyne incognita e javanica), ciclo precoce, com excelente teto produtivo x médio nível de investimento, apresenta ótima sanidade foliar e de grãos e estabilidade, além que pode ser plantado mais tarde na safra verão. A tecnologia VIP3 é uma tecnologia de ponta com excelente desempenho contra o complexo de lagartas do milho. Apesar de não ser usual, o plantio tardio, é uma estratégia para fugir das épocas mais chuvosas na região durante o período de polinização x fertilização, na qual pode afetar a produtividade e a qualidade de espigas. O plantio tardio, por outro lado, sofre o problema de gargalos para armazenagem, pois a maioria dos armazéns ainda estará mantendo a soja recém-colhida na safrinha.

A densidade populacional deve seguir a recomendação do hibrido escolhido (50 a 60 mil plantas/ha), mas para as condições especificadas (época e região), pode-se trabalhar com altas populações, acima de 70 mil plantas/ ha.

b. Adubação: Como não possuímos parâmetros de fertilidade, somente media a baixa fertilidade

a análise de solo seria o primeiro passo. No entanto, sem a análise de solo, a recomendação deve-se basear no histórico da região. Sendo assim, para a região de Sorriso/MT, é usual seguir a seguinte recomendação de adubação: calagem 3 meses antes da semeadura; 25kg/ha Nitrogênio + 100 kg/ha de Fósforo na base. Duas aplicações em cobertura (V4 e V8) de Potássio (60 kg/ha) e Nitrogênio (60 kg/ha).

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Pode-se optar pelo uso de adubação foliar, como micronutriente MnCo, visando maior desempenho a melhora na qualidade de grão.

c. Manejo Fitossanitário:

i. Tratamento de Sementes:

Oportunidade para Avicta Completo – pacote de tratamento que contém: Avicta (70mL/60.000 sementes): é altamente recomendado para regiões

com histórico de nematoides, principalmente os do grupo Meloidogynes, além de oferecer uma grande proteção contra Pratylenchus brachyurus;

Cruiser 350FS (120-150ml/60.000 sementes): considerando dose maior para melhor controle sob alta pressão de sugadores (percevejo barriga verde – Dichelops sp.), além do efeito de vigor. A aplicação do inseticida Cruiser produz maior vigor porque seu ingrediente ativo (TMX) estimula o metabolismo primário e secundário das sementes, atuando sobre a síntese de proteínas e a atividade de enzimas chaves, durante os processos de germinação, emergência e crescimento inicial; e

Maxim Advanced (30mL/60.000 sementes): pacote para proteção contra amplo espectro de fungos de solo (principalmente Pythium e Fusarium).

ii. Herbicida:

Dessecação em pré-semeadura: (15-20 dias antes do plantio) com Paraquat+Diuron (Gramocil 2,0L/ha);

Pós-emergência fazer 2x aplicações de Callisto (0,15L/ha) + Primoleo (2,0L/ha). Para áreas com manejo só glifosato utilizar Glifosato+Atrazina (1,5-2,0L/ha) no estágio V2 e o Primestra Gold (3,0L/ha) no pós-emergência normal no estágio V4.

iii. Fungicidas:

A duas doenças de importância para a região do MT são a mancha de diplodia e mancha branca. Por isso, a escolha do fungicida deve-se basear no controle dessas. A utilização de fungicidas com os ativos: Azoxystrobin, Ciproconazole e Propiconazole, vêm apresentando bons resultados de controle para a mancha de diplodia e ferrugem polissora.

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Segundo a recomendação da Syngenta é aconselhável o uso de 2 aplicações de Priori Xtra 0,3L/ha + adjuvante Nimbus (0,6L/ha) quando em baixa infestação e para alta infestação 2 aplicações de Priori Xtra (0,3L/ha) +Tilt (0,4L/ha) + adjuvante Nimbus (0,6L/ha).

Para mancha branca, os fungicidas do grupo do Mancozeb, seriam os mais eficazes. Aplicação de Dithane (2 kg/ha) vem se tornando pratica comum para controle desse fungo, mesmo não havendo registro deste fungicida para a cultura do milho.

iv. Inseticidas:

Com o uso de GM com o evento VIP3 (Bt11 -Cry1Ab e MIR162 - Vip3a), e que conferem melhor espectro de controle das lagartas, o alvo para os inseticidas deve ser os pulgões. Portanto, o manejo com 2x aplicações de Engeo Pleno (0,15 L/ha), além do controle efetivo do pulgão, também ajudarão na supressão das lagartas.

As aplicações poderão ser feitas junto à calda do fungicida, em aplicação preventiva (até VT), mediante monitoramento quando 20% das plantas estiverem infestadas com 100 pulgões/colônia.

d. Colheita:

É indicado realizar a colheita quando a umidade dos grãos está entre 18 e 20%. Entretanto, todos os anos nós nos deparamos com os problemas logísticos para colheita das safras: mão-de-obra, disponibilidade de máquinas, dificuldade de transporte e a falta espaço nos armazéns para pré-processamento dos grãos. Desta forma, o planejamento de colheita deve levar em consideração esses percalços, o que muitas vezes impede que seja feito no momento ideal (umidade ideal de colheita) aumentando o risco de perda de qualidade e gastos de energia para secagem, afetando os custos e a lucratividade do produto. Isso remete a necessidade de uma estratégia que vai desde o momento da semeadura do milho à decisão do momento de colheita.