Unidade I

PSICOLOGIA JURÍDICA

Profa. Miriam Garavelli

Psicologia JurídicaConceito:

Psicologia Jurídica é a“Psicologia aplicada aomelhor exercício do direito”.(1967, Mira y Lopez:)

Psicologia – É a ciência queestuda o comportamento do ser humano, seus processos psíquicos, atos e reações, sentimentos e emoções, atitudes pensamentos, percepções.

Direito – conjunto de normas b i tó i t i ê iobrigatórias que garante a convivência

social.

Psicologia JurídicaConsiderações

A Psicologia Criminal preocupa-se fundamentalmente com o estudo da investigação e análise do delinquenteem si mesmo, no sentido de entendero psiquismo e tipos de personalidadesq e delinq iramque delinquiram.

“Toda investigação deve partir dapsicologia individual.”

Ed Gein

Daí se deduz a importância doDaí se deduz a importância do conhecimento da personalidade do delinquente em todo seu desenvolvimento psicológico e as circunstanciasem que se processou sua vida.

Psicologia Jurídica

Na cooperação entre as duas ciências vemos que é preciso entender todo um conjunto de fatores comportamentais, sociais, individuais e analisar os aspectos legais, para então ser classificada e j lgada ma cond ta peloclassificada e julgada uma conduta pelo aparelho jurídico.

Importância paraO advogado.

Estrutura da Policia Estadual

SSP

PC PM DETRANSPTC

SPTC

IC IML

Direito X Psicologia Jurídica

1. Direito Penal

Exame Criminológico – (Insanidade mental)

Avaliação farmaco-dependência.

Cessação de periculosidade Cessação de periculosidade.

Psicologia do Testemunho.

Simulação de loucura.

Áreas do Direito e Psicologia Jurídica

2. Direito Civil:

Capacidade civil para:

anulação de ato jurídico - venda de bens

ação indenizatória - capacidade contrair herança.herança.

Mudança de guarda de filhos

3. Direito Administrativo/Trabalho:

Avaliação psicológica em perícias de concessão de licença para tratamento de saúde ou aposentadoria por doençasaúde ou aposentadoria por doença mental. (simulação)

Avaliação psicológica em perícias de acidente do trabalho decorrentesdas condições do mesmo.

Ex.: Homicídio

História do crime;

iter criminis

modus operandi;

Pode ser um fatoisolado na vida do agente;isolado na vida do agente;

Estrutura da personalidade;

Acompanhar a execução dasentença;

Necessidade de psicoterapia;

Exclusão da condutaCoação Física Irresistível; 2. Ato reflexo; 3. Estado de inconsciência– Ex: sonambulismo, epilepsia;4. Caso fortuito forte emoção

Progressão de medida.“Iter criminis é uma expressão em latim, que significa "caminho do delito", utilizada no direito penal para se referir ao processo de evolução do delito, ou seja, descrevendo as etapas que se sucederam desde o momento em que surgiu a idéia do delito até a sua consumação.”

Imputabilidade

Imputáveis: capacidade de entendimento e de determinação

Semi-imputáveis: não são inteiramente capazes de entender ou de determinar-se

Inimputáveis: inteiramente incapazes de entender o caráter ilícito e de determinar-se

A imputabilidade requer:

• INTELIGÊNCIACapacidade de compreender

• VONTADECapacidade de querer

Critério biopsicológico - CP

As exigências da Lei Penal são, portanto:

Ação ou omissão contemporânea ao transtorno biopsicológico.

Concomitância do transtorno mental e a inteira ou parcial incapacidade para entender e/ou se autodeterminar.

Nexo causal entre a prática delituosa e o transtorno ou alteração mental patológica geradora da inteira ou parcial incapacidade para entendimento ou autodeterminação.

Art 149 – CPP – Insanidade Mental

Art 26 – Imputabilidade do agente.

Interatividade

A avaliação psicológica em exames de incidente de insanidade mental, se refere:

a) a avaliação de rotina feitos em todos os presos, sem distinção.

b) avaliação realizada sempre que houverb) avaliação realizada sempre que houver duvida sobre higidez mental do réu.

c) a avaliação realizada nos casos de suspeita de vitimas de tortura.

d) a avaliação obrigatória nos casos de interdição civilinterdição civil.

e) nenhuma das anteriores.

A personalidade

Padrão único de pensamentos, sentimentos e condutas de um indivíduo que persiste através do tempo e das situacões, que determina sua forma de pensar, sentir e agir.

Níveis da Personalidade

Consciente

Nosso pensamento corrente:

“Minha conta bancária estazerada!”.

Pré-conscientePré consciente

Pensamentos ou informaçõesque, para acessá-los usamosa memória.

“Ontem foi terça-feira”.

InconscienteInconsciente

Depósito de impulsos, medos, desejos e memórias inacessíveis, mas que afetam nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos.

“Nossos sonhos”.

LAS ESTRUCTURAS DE LA PERSONALIDAD •reservatório da energia instintiva e libido•representado pelos “Desejos” e “Impulsos” •Age pelo PRINCÍPIO DO PRAZER •Nao tem consciência da realidadeImpulsos biológicos básicos:Comer, eliminar resíduos,

evitar e obter prazer.

ID

evitar e obter prazer.

•Controlador do raciocinio

•Age pelo PRINCIPIO DA REALIDADE

•É a parte que planeja, organiza e pensa

•É o executivo da personalidade: ele decide que impulsos do ID serão satisfeitos e de que maneira

EGOimpulsos do ID serão satisfeitos e de que maneira

•Esta entre a vontade do ID e a imposições do SUPEREGO.

•Aspecto moral da personalidade

•Interiorização dos valores e normas da sociedadePEREG •Tenta inibir completamente o ID.

•Julga se as ações são certas ou erradas

•Nos pune através do remorso.• “cão de guarda de FREUD”.•EGO ideal

SUPEREGO:

Como funciona?

ID ID SUPEREGO:

Equilíbrio x Patologia

Quanto mais fortalecida for a estrutura do EGO, maior equilíbrio possui a pessoa.

Interatividade

Se refere ao EGO, conforme a teoria dinâmica da personalidade, proposta por Freud.

a) age pelo principio do prazer .

b) esta ligado a todos nossos valoresb) esta ligado a todos nossos valores morais.

c) esta representado pelos Desejos e Impulsos.

d) esta entre as vontades do Id e imposições do Superegoimposições do Superego.

e) nenhuma das anteriores.

Noções de imputabilidade penal

Imputável:

Quando uma pessoa prática um ato com pleno discernimento, do que é certo e errado. Isto significa ter o ato sido praticado dentro de condições de normalidade psíquica, implicando em consciência, compreensão e voluntariedade.

Imputabilidade Penal:

É o conjunto de condições pessoais queÉ o conjunto de condições pessoais que dão ao agente capacidade para lhe ser juridicamente imputada a prática de um fato punível.

Imputabilidade

Imputáveis: capacidade de entendimento e de determinação

Semi-imputáveis: não são inteiramente capazes de entender ou de determinar-se

Inimputáveis: inteiramente incapazes de entender o caráter ilícito e de determinar-se

A imputabilidade requer:

• INTELIGÊNCIACapacidade de compreender

• VONTADECapacidade de querer

Critério biopsicologico - CP

Três casos

Mateus Meira

Imputável

Francisco de Assis Pereira

Semi-imputável

Gustavo Napolitano

Inimputável

As exigências da Lei Penal são, portanto:

Ação ou omissão contemporânea ao transtorno biopsicológico.

Concomitância do transtorno mental e a inteira ou parcial incapacidade para entender e/ou se auto determinar.

Nexo causal entre a prática delituosa e o transtorno ou alteração mental patológica geradora da inteira ou parcial incapacidade para entendimento ou autodeterminação.

Art 149 – CPP – Insanidade Mental

Art 26 – Imputabilidade do agente.

Art. 149 Código Processo Penal

Toda vez que, durante o processo surgem dúvidas quanto a sanidade mental do indiciado, o procedimento jurídico é o de suspensão do processo e instauração de Incidente de Insanidade Mental seja por alegação de doençaMental, seja por alegação de doença mental ou dependência psicológica.

Legislação pertinentecódigo penal

Artigo 26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato o de determinar secaráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimentosaúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Noções de imputabilidade penal

O comprometimento da capacidade de imputação, de forma parcial ou total, admite, juridicamente, quatro formas:

a) Doença mental.

b) Desenvolvimento mental incompletob) Desenvolvimento mental incompleto

c) Desenvolvimento mental retardado.

d) Perturbação da Saúde Mental.

Doença mental

São doenças que:

alteram o comportamento do indivíduo

Influindo negativamente em seu rendimento intelectual

Em sua voliçãoç

Em seu aprendizado

Em sua capacidade laborativa

Em seu relacionamento social

E em sua adaptação às normas da moral vigentevigente.

Acham-se incluídas no rol das doenças mentais:

As Psicoses (loucura)

As Oligofrenias

As demências

Interatividade

De acordo com o Artigo 26 (CP). É isento de pena o agente que, por doença mental, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento Com issoacordo com esse entendimento. Com isso, é correto afirmar que o agente:

a) fica em liberdade provisória.

b) é apenado com um bandido comum.

c) fica em regime semi-aberto.c) fica em regime semi aberto.

d) é absolvido e encaminhado a um tratamento em Casa de Custódia.

e) nenhuma das anteriores.

Simplificando estudaremos:

I. Oligofrenias

II. Psicoses

III. Demências

I - Oligofrenias

De origem hereditária, se caracteriza pela falta ou atraso das faculdades psíquicas, que coloca o indivíduo em situação de inferioridade e dependência no ambiente social, além de torná-lo incapaz para certos atos da ida ci il e de alg ma formaatos da vida civil e de alguma forma perigoso á comunidade em que vive.

Pode ser dividida em três tipos:

1. Os idiotas

2. Os imbecis2. Os imbecis

3. Os débeis mentais

1 - Os idiotas

1 - Os idiotas – O viver se restringe quase que exclusivamente á esfera das necessidades instintivas, são seres que vivem segregados do convívio social.

Não falam e mal compreendem o que lhes é dito.

São insensíveis, apáticos desprovidos de afetividade, em geral, não riem não choram.

QI - abaixo de 20 – idade cronológica deQI abaixo de 20 idade cronológica de 3 anos

2 - Os imbecis

2 - Os imbecis – Dotados de certa capacidade de discernimento podem adaptar-se a vida e mesmo, ser educados em escolas especializadas, podendo aprender a ler, falar e escrever, o que os distingue dos idiotas.

P d áti itá i N Podem ser apáticos ou excitáveis. No segundo grupo, podem tornar-se grosseiros, brutais e agressivos quando contrariados em seus desejos e impulsos, sobre os quais não exerce controle. (Pequenos furtos, agressividade e até(Pequenos furtos, agressividade e até homicídio) –

QI entre 20 e 40 – idade cronológica 6 anos

Com relação aos idiotas e imbecis, impõe-se indiscutivelmente a interdição total (

3 - Os débeis mentais

3 - Os débeis mentais – São indivíduos que se situam um pouco aquém da normalidade psíquica. Alguns deles insensíveis, destituídos de sentimentos afetivos, anti-sociais, sem desejos nem ambições maiores; outros são desarmônicos excêntricos ou ainda irritáveisdesarmônicos, excêntricos, ou ainda irritáveis, violentos, egoístas e intolerantes.

São imputáveis, plena ou parcialmente pelas infrações penais que venham a cometer, por serem possuidores de alguma capacidade crítica e podendo até certo p pponto, controlar seus impulsos.

Quanto a capacidade civil podem revelar-se inaptos para se conduzir com autonomia e eficiência na vida e reger satisfatoriamente sua pessoa e bens

II – Doenças mentais (Psicoses)

Psicose – enfermidade mental, que se caracteriza pelas graves alterações de personalidade, com a alienação do indivíduo, privando-o de sua capacidade de autodeterminação e tornando-o socialmente inadaptá elsocialmente inadaptável.

Psicótico é quem sofre de uma psicose.

Divide-se em :

Endógenas e Exógenas

Psicoses Endógenas

São distúrbios funcionais hereditários aos quais pertencem:

Transtorno Afetivo Bipolar,

Esquizofrenia e

Paranoia Paranoia

Transtorno afetivo bipolar

Enfermidade mental caracterizada pela alternância de crises periódicas de excitação maníaca (hiperatividade mental e agitação motora) e de depressão melancólica.

Esquizofrenia

Psicose caracterizada por uma dissociação das faculdades psíquicas, que se debilitam gradativamente, conduzindo ao indivíduo a um estado de demência total e irreversível.

Trata-se de um desajuste entre as funções intelectivas, afetivas e volitivas, ou seja uma quebra de harmonia entre o pensamento os sentimentos e a ação.

Paranoia

Ao contrário dos esquizofrênicos, onde as idéias delirantes são desconexas, as idéias se unem num determinado contexto lógico para formar um sistema delirante total, rigidamente estruturado e organi adoorganizado.

Um paciente, por exemplo, convencido de que será assassinado por perseguidores implacáveis pode desenvolver isolamento social e abandonar o empregoabandonar o emprego.

Psicose Exógena

São aquelas que acometem as faculdades mentais sendo provocadas por paralisia geral, demência traumática, tumores encefálicos, psicose tóxica –psicotrópicos.

III - Demências

Perda ou enfraquecimento acentuado das faculdades intelectivas, resultante de danos ocasionados ao tecido cerebral.

Ou seja, deterioração progressiva e irreversível da inteligência depois de ter alcançado o nível de desenvolvimento mental do adulto. Difere do oligofrênico.

O estado demencial implica em Incapacidade para os atos da vida civil e elide a imputabilidade do agente.

Demência Senil

Processo que se desenvolve em resultado da involução mental das pessoas idosas e que se caracteriza por uma lenta, gradual e irreversível desintegração da personalidade. Cost ma manifestar se após 70 anosCostuma manifestar-se após 70 anos.

Interatividade

Se caracteriza pela falta ou atraso das faculdades psíquicas, colocando o individuo em situação de inferioridade e dependência no ambiente social:

a) a Esquizofrenia.

b) a Oligofrenia.

c) a Paranoia.

d) a Demência Senil.

e) nenhuma das anteriores.

ATÉ A PRÓXIMA!