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PLANEJAMENTO E GERÊNCIA DE INFORMÁ TICA: UMA BIBLIOGRAFIA COMENTADA Antonio Carlos M. Mattos Professor do Departamento de Informática e Métodos Quantitativos da EAESP/FGV. Não há área na empresa que esteja passando por alte- rações rápidas e profundas como o setor de informática. O computador tem modificado o comportamento das pessoas, a forma de administrar as empresas e até mes- mo a própria empresa, tomando obsoletas aquelas que 96 Revista de Administração de Empresas ainda insistem em formas tradicionais de gerência . Hoje, um executivo de informática que não procura se atualizar mensalmente sobre os progressos da área, está condenado à aposentadoria precoce. Será rapidamente substituído por outro profissional que esteja a par das últimas novidades, não só a nível de hardware e software, mas também a nível de técnicas administrativas. Esta pesquisa bibliográfica procura, dessa forma, fornecer um conjunto de informações atualizadas so- bre o tema Planejamento e Gerência de Informática na empresa, que todo executivo de informática deve co- São Paulo, 32(5):96-107 Nov./Dez.1992

PLANEJAMENTO E GERÊNCIA DE INFORMÁ TICA: UMA … · car o fenômeno do downsizing. A revolução foi tão grande que atémesmo aempresa líder do setor- aBig Blue - acabou por entrar,

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PLANEJAMENTO EGERÊNCIA DE INFORMÁ TICA:UMA BIBLIOGRAFIA COMENTADA

• Antonio Carlos M. MattosProfessor do Departamento de Informática e MétodosQuantitativos da EAESP/FGV.

Não há área na empresa que esteja passando por alte-rações rápidas e profundas como o setor de informática.O computador tem modificado o comportamento daspessoas, a forma de administrar as empresas e até mes-mo a própria empresa, tomando obsoletas aquelas que

96 Revista de Administração de Empresas

ainda insistem em formas tradicionais de gerência .Hoje, um executivo de informática que não procura seatualizar mensalmente sobre os progressos da área, estácondenado à aposentadoria precoce. Será rapidamentesubstituído por outro profissional que esteja a par dasúltimas novidades, não só a nível de hardware e software,mas também a nível de técnicas administrativas.

Esta pesquisa bibliográfica procura, dessa forma,fornecer um conjunto de informações atualizadas so-bre o tema Planejamento e Gerência de Informática naempresa, que todo executivo de informática deve co-

São Paulo, 32(5):96-107 Nov./Dez.1992

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PLANEJAMENTO E GERÊNCIA DE INFORMÁTlCA. ..

nhecer para poder bem gerir sua área. Está baseadoem uma bibliografia selecionada e comentada, obtidanas melhores fontes disponíveis, e voltada para os mi-crocomputadores. Pois foram estes guerrilheiros dotradicional Centro de Processamento de Dados queconseguiram, nos últimos anos, fazer com que equipa-mentos de milhões de dólares - os mainframes - fos-sem transformados em relíquias de museu, ao provo-car o fenômeno do downsizing. A revolução foi tãogrande que até mesmo a empresa líder do setor - a BigBlue - acabou por entrar, pela primeira vez em sua his-tória, no vermelho, provocando um verdadeiro venda-val em sua estrutura corporativa, a ponto de Dvorakperguntar: "A anarquia está em marcha na IBM, ou a em-presa que fez o mainframe tem planos radicais para o futu-ro?".

Um outro terremoto (embora menos notado), quetambém se processa nos dias de hoje no setor, é a re-volução ocorrida no cargo de Gerente de Sistemas, quese transforma em um mais nobre, o de Chief Informa-tion Ofticer (CIO, Executivo Principal de Informações).Para entender melhor essa transformação, é precisoanalisar rapidamente o processo histórico em que estáinserida essa mudança.

Com o advento da Revolução Industrial, surgiutambém a primeira tentativa de tornar a administraçãoalgo mais científico e menos empírico, aleatório e pes-soal. Taylor, um engenheiro industrial, com seu Princí-pios de Administração Científica, publicado no início doséculo, procurou dar uma forma mais organizada aosprocessos industriais e burocráticos das empresas.Essa racionalização, também aplicada ao processa-mento das informações, deu origem à área de Organi-zação e Métodos (O&M)que, embora tenha quase umséculo de existência, ainda perdura em muitas empre-sas brasileiras de hoje.

Mas, com a introdução do computador nas organi-zações, nos anos 60, e a conseqüente mudança da for-ma de tratar e distribuir os dados, essa área foi conde-nada ao ostracismo, sendo substituída pela área deprocessamento de dados (PD). No entanto, o conflitoO&M x CPD, embora já ultrapassado nos países de-senvolvidos, ainda existe entre nós. O enfoque do Ge-rente do CPD era o de automatizar as rotinas burocrá-ticas, minimizar os custos, desenvolver programas rá-pidos e eficientes etc.

Nos anos 80, com o lançamento do primeiro micro-computador para uso profissional pela IBM (1981),osusuários, até então mantidos afastados e totalmentedependentes do CPD, começaram a vislumbrar a pos-sibilidade de adquirir uma máquina de uns poucosmil dólares e usá-la para resolver os problemas de seudepartamento, literalmente mandando o pessoal doCPD para o inferno. Hoje, naturalmente, isto já é roti-na, sendo comum verem-se profissionais carregandoseus próprios notebooks nos aviões. Isto, como era de se

esperar, provocou outra revolução na empresa. Osusuários se unem e criam o Centro de Informações, ouseja, o seu próprio CPD, só que agora constituído pe-los microcomputadores espalhados na empresa. Essegolpe foi mortal, e os jornais americanos mostram queo número de Gerentes de CPD desempregados estáaumentando. Também o CPD está sumindo, surgindoem seu lugar a área de Informática, de relacionamentomais eqüidistante entre os mainframes e os micros.

Mas os vendavais não pararam por aí. Com ma infra-mes ou com micros, os investimentos e os custos naárea de Informática sempre foram altos, da ordem devários milhões de dólares. Ora, valores dessa ordemsempre levam os acionistas a perguntar: "Que retornoisto está me dando?", ou, mais precisamente, "Emque me-dida esses altos investimentos estão tendo um retorno satis-fatório em termos de lucratividade?". O pessoal da área deInformática, normalmente oriundo de escolas de enge-nharia, física ou matemática, não conseguia entenderdireito o significado empresarial de Retorno de Inves-timento. Suas análises e justificativas sempre enfatiza-vam o "gastar menos" (redução de custos), maior efi-ciência no uso do computador, maior rapidez no fluxode informações etc., transformando a conversa muitasvezes em diálogo de surdos.

Foi aí que entrou a figura do Chief InformationOfficer. Esse novo executivo da área de informáticatem por preocupação principal fazer com que os siste-mas sejam utilizados de modo a aumentar a competiti-vidade e a lucratividade da empresa. Ou seja, a tradi-cional Análise de Sistemas (System Analysis), um fimem si mesma, evolui para a Análise de Negócios (Busi-ness Analysis), onde o sistema agora se torna um meiode alavancar a empresa. Essa mudança de mentalida-de ainda levará algum tempo para poder ser bem assi-milada pelos profissionais de Informática, hoje aindamuito preocupados com metodologias de sistemas,otimização de redes, bancos de dados distribuídos erelacionais etc. e pouco sensíveis ao aumento da com-petitividade da empresa que toda essa tecnologia podee deve produzir. O observador atento também irá no-tar que esse novo perfil passa a excluir os engenheiros,físicos e matemáticos da área executiva, substituídosagora por profissionais oriundos de escolas de admi-nistração de empresas. Aliás, não é sem razão que umnúmero cada vez maior desses profissionais está pro-curando os cursos de pós-graduação destas escolas.

Saviani, em seu primeiro livro no Brasil sobre CIO,cita dez características que esse novo executivo deveter. Claro está que, por ser uma função nova, essa listanão é nem completa nem definitiva.

• Ingrediente básico: o elemento humanoO CIO deve se relacionar com as pessoas como sereshumanos e não como meros "usuários de sistemas"(afinal, todos os funcionários são usuários).

© 1992, Revista de Administração de Empresas / EAESP / FGV, São Paulo, Brasil. 97

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i1~~PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

• A comunicação deve ser aberta e não criptografadaNo relacionamento com as pessoas, o CIO deve co-nhecer não somente a tecnologia da Informática,mas também os negócios em que a empresa está en-volvida, de modo a poder entender os dois lados daquestão: o sistema de informações e o departamentoque o utiliza.

• Gerenciamento das mudançasA informática provoca mudanças constantes no seioda organização, e o CIO deve ser hábil o bastantepara saber administrá-las, sem pôr em xeque a suacultura organizacional.

• Integrante da alta direçãoO CIO deve ser integrante da alta administração daempresa, e não um mero assessor ou conselheiro daDiretoria.

• A tecnologia deve auxiliar e não atravancarOs problemas que podem surgir com o uso do soft-ware e hardware não devem levar a impedimentos dotipo "isso não dá para fazer porque o computador nãopermite", mas devem ser resolvidos pelo CIO da me-lhor forma possível.

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• Deve promover mudanças e não acomodaçõesO CIO deve ser agente de mudança e de melhoriana empresa, e não apenas mais um burocrata.

• As definições são dos usuáriosAs alterações e mudanças a serem implementadasnos sistemas devem ser decididas pelos usuários. OCIO deverá conciliar seus interesses com as possibi-lidades técnicas que o computador oferece.

• A responsabilidade é da DiretoriaO sucesso ou o fracasso dos sistemas implantadosdeve ser de responsabilidade da alta administraçãoe não dos técnicos envolvidos.

• Custo e benefício devem ter consenso geralOs custos dos sistemas são tangíveis e palpáveis,mas os benefícios são geralmente imponderáveis. Asconclusões sobre as vantagens e desvantagens de-vem ser portanto consensuais, na falta de um instru-mento de medida mais preciso.

• Os sistemas devem ter auditadosOs sistemas, uma vez implantados, não devem serabandonados à própria sorte, mas devem sofrer umacompanhamento constante por parte do CIO.

LIVROS

1992

01. BLOOMBECKER, B. Crimes espetacula-res de computação. São Paulo, LTC, 1992.

Mostra o que são e como chegam acustar meio bilhão de dólares por ano àeconomia americana. Relato ágil e bem hu-morado de alguns dos mais extraordinárioscrimes de computação cometidos sob asmais estranhas motivações, este livroconstitui uma advertência. Leitura obriga-tória para todos os profissionais que utili-zam computadores no trato de qualquercoisa de valor - gerentes, auditores e con-tadores - bem como para projetistas, pro-gramadores e analistas de sistemas.

02. PFAFFENBERGER, B. Dicionário dosusuários de microcomputadores. Rio deJaneiro, Campus, 1992. 524p.

Embora com o nome de Dicionário, estelivro é na realidade um glossário dos termosutilizados na microinformática, explicadosna linguagem do usuário (e não do especia-lista). Contém uma lista em inglês-portu-guês. A tradução usa os termos normalmen-te empregados na área, ao contrário dos an-tigos dicionários elaborados por reservistasde mercado, onde hardware é traduzido pormaterial, software por logicial, byte por oc-teto etc. (termos que ninguém usa), copian-do o infantil purismo lingüístico do francês.Mais de 300.000 exemplares vendidos (nos

EUA). Edição americana de 1990. Um vade-mécum obrigatório na Era da Informática.

03. SAVIANI, J.R. O analista de negócios eda informação. São Paulo, Atlas, 1992.

O executivo responsável pela área de sis-temas tem sofrido uma evolução, desde oaparecimento do computador. Originaria-mente um Chefe do Setor de Organização eMétodos, ele evoluiu para a fase do Gerentedo CPD, e hoje está se transformando emum Chief Information Officer (CIO, ou Exe-cutivo Principal de Informática), seus subor-dinados são os Business Analysts (Analistasde Negócios). A principal diferença entreessa nova postura do profissional de Infor-mática e a antiga (tipo Gerente do CPD), éque agora o executivo está preocupado emutilizar a Informática tendo em vista o au-mento da competitividade da empresa, enão mais a mera redução dos custos comos formulários ou a otimização do uso damemória do computador. A origem dessenovo enfoque é que os acionistas percebe-ram que os altos investimentos da área desistemas deveria ter como retorno o aumen-to da lucratividade da empresa, ao invés deser mais um centro de custo burocrático.

1990

04. CIDALE, R.A. Virus digital. São Paulo,McGraw-HiII, 1990, 105p.

Aborda o problema dos vírus de formamais técnica. No capítulo 6, faz autópsia de

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PLANEJAMENTO E GERÊNCIA DE INFORMÁTlCA. ..

vários tipos de vírus, mostrando em deta-lhe o seu funcionamento.

05. RODGERS, F.G. The IBM way. São Pau-lo, Harbra, 1990, 266p.

Desvenda aspectos inéditos da organi-zação de marketing de maior sucesso nomundo, ajudando a entender por que a IBMdomina os mercados de Informática e é aconcorrente mais temida pelos fabricantesde computadores do Terceiro Mundo. NoBrasil, suas vendas foram de US$ 1,5 bi-lhões em 1991, contra US$ 350 milhõespara o 2º colocado (SERPRO).

1989

06. GIL, Antonio de Loureiro. Auditoria decomputadores. São Paulo, Atlas, 1989,203p.

O Prof. Gil, da FEA-USP, foi um dos pio-neiros na introdução da Auditoria de Siste-mas no Brasil, após o escândalo da EquityFunding americana, em 1973. Com efeito,essa fraude de US$ 2 bilhões mostrou aomundo que a profissão de auditor contábiljá é coisa do passado na era da Informáti-ca, pois o crime só poderia ter sido desco-berto por auditores de sistemas. Os des-vios de dinheiro se passavam dentro docomputador, e eram impossíveis de seremdetectados pela simples análise convencio-nai dos relatórios emitidos.

07. KANE, P. Virus protection. New York,Bantan Books, 1989, 477p.

Livro bastante completo sobre os vírusde computador, um dos maiores proble-mas de segurança da atualidade, pois nãohá nenhuma maneira absolutamente segurade preveni-los. Todo mês novos tipos devírus são descobertos, e as vacinas paraesses casos sempre chegam depois (umadas mais famosas vacinas, o vírus Scan daMcAfee, em sua versão 91, de maio de 92,contém inclusive um alerta para trocar oprograma por versão mais recente, apósdecorridos sete meses). Contém disquetecom programas de prevenção.

08. *TORRES, Norberto Antonio. Planeja-mento de Informática na empresa. SãoPaulo, Atlas, 1989, 218p.

Uma abordagem abrangente e didáticasobre o tema, escrito pelo Professor daEAESP/FGV que há muitos anos atua emconsultoria de Informática.

1988

09. *CARVALHO, Luis Carlos de Sá. Análisede sistemas: o outro lado da Informática.Rio de Janeiro, Livros técnicos e Científi-cos/Sociedade Cultural e Beneficente Gui-

Iherme Guinle, 1988, 223p.Os livros sobre análise de sistemas en-

sinam o que deve ser, deixando geralmen-te de lado como é na prática. Esta obramostra o que é a análise de sistemas narealidade, os vícios mais comuns, e as me-didas para saná-los, são temas incômodospara o analista, mas necessários, pois aprimeira medida que deve ser tomada peloadministrador para resolver um problemaé (embora nem todos saibam) conhecer oproblema.

1o.*MEIRELLES, Fernando de Souza. Infor-mática: novas aplicações com microcom-putadores. São Paulo, Makron, 1988, 444p.

O Professor Meirelies, da EAESP/FGV,fornece uma abordagem bastante amplasobre os micros e, principalmente, sobre arealidade brasileira, com base em um ban-co de dados bem atualizado por ele desen-volvido. Sua abordagem é prática e profis-sional, em oposição aos enfoques teóricose acadêmicos.

1987

11. NAVARRO, P.L.K.G. Centro de informa-ções. Rio de Janeiro, Campus, 1987, 111p.

Os Centros de Informações (CI), con-ceito criado pela IBM na década de 70,visa a estabelecer um local onde as pes-soas leigas em Informática usam o com-putador diretamente, sem intermediários.O CI foi resultado da disseminação dos mi-cros entre os usuários, agora não mais de-pendentes do tradicional Centro de Pro-cessamento de Dados (CPD) para resolveros seus problemas, que podem ser enca-minhados diretamente ao CI, que nadamais é que seu próprio clube. Naturalmen-te, o pessoal do CPD tem custado a engoliressa pílula.

12. OLIVEIRA JR., J. O caos vem computa-dorizado. São Paulo, Cartograf, 1987,7.

Os cursos e os livros de administraçãode Informática quase sempre abordam ape-nas como deve ser gerenciada a área desistemas na empresa, mas raramente mos-tram como é na prática. As metodologiasde sistemas quase nunca são seguidas, oplanejamento é quase inexistente, a seleçãode pessoal é feita sem muitos critérios, acompetência administrativa é substituídapela competência matemática etc. O resul-tado disso tudo, também quase nuncamencionado, é o caos.

Não são poucos os casos de empresasque quase fecharam seu CPD, ou que tro-caram os seus funcionários, por teremchegado a uma situação insustentável naárea de Informática. Esta é a novidade des-te livro. Ao abordar, de uma forma práticae realista, o que ocorre em grande parte

das empresas brasileiras, o autor levantaum alerta, ao concluir sua exposição: Pla-neje e administre com competência. Foraisso, só resta gritar: Socorro, comprei umcomputador!

1979

13.*KORDA, Michael. O jogo do poder naempresa. Rio de Janeiro, Francisco Alves,1979,238p.

Por que, na empresa, os que são pro-movidos não são necessariamente os maiscompetentes? Por que aqueles que mais seesforçam nem sempre são reconhecidos?Por que um funcionário que dedicou váriosanos à sua organização é sumariamentedespedido e substituído por outro recémchegado? Este livro, um best-seller ameri-cano, tem uma resposta simples a essasquestões: a promoção é um jogo - o Jogodo Poder - e somente quem sabe jogá-lopode subir na hierarquia.

O autor procura descrever em detalhesas regras desse jogo obscuro, depois deconviver por vários anos ao lado do poder,observando todos os pequenos detalhesque geralmente passam despercebidos,como um sapato engraxado, uma mesanum local escondido e sombrio, ou asmãos sempre vazias.

Na presente Bibliografia, esta é a únicareferência que não faz parte do tema Infor-mática, mas foi aqui incluída porque denada adianta o conhecimento dos assuntosabordados, se eles não puderem ser colo-cados em prática. E isto só é possível paraaqueles que detêm algum poder de mandona organização.

1977

14. *PARKER, Donn B. Crime por computa-dor. Rio de Janeiro, Agents, 1977, 259p.

Esta foi a primeira obra a abordar siste-maticamente o problema das fraudes e fur-tos de dinheiro através do computador (cri-me do colarinho branco), assunto que to-mou conta dos jornais pela primeira vez nomundo em 1973, com a falência da EquityFunding, que provocou um rombo de 2 bi-lhões de dólares, a segunda maior da histó-ria econômica americana.

No capítulo 7, o autor procura traçar operfil do fraudador, geralmente com idadeentre 18 a 30 anos. Embora o livro já sejaantigo (quase não havia microcomputado-res na época, só mainframes) o problemalevantado no livro continua bastante atual.É uma obra clássica sobre o assunto.

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i1~l2PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

1976

15. PARKER, Donn B. Crime by computer.New York, Charles Scribner's Sons, 1976.(Ver referência nº 14.)

1975

16. *KORDA, Michael. Power! How to get it,how to use it. New York, Random House,1975, 268p. (Ver referência nº 13.)

PERIODlCOS

1992

17. *BRIEFS. PC Magazine, Boulder,11(4):32, Feb. 251992.

Nessa nota, a revista alerta os usuáriospara que, em se tratando de vírus, descon-fiem também dos disquetes originais for-necidos pelos fabricantes de software: emdezembro de 91, a Novel, fornecedora desistemas operacionais para redes LAN, en-viou carta a cerca de 3.800 clientes, aler-tando-os para o fato de que alguns de seusdisquetes originais haviam sido infectadospelo vírus Stoned 111.

18. * DERFLER JR., Frank J. Connectivitysimplified. PC Magazine, Boulder,11(6):251-2+, Mar. 31 1992.

A tendência é que todos os micros tra-balhem em rede. Nesse artigo o autor ex-plica, de forma simplificada, todos os con-ceitos relativos às redes de micros.

19.*DVORAK, John C. Inside track. PC Ma-gazine, Boulder, 11(11):95, June 16 1992.

O que existe por trás da compra da FoxSoftware pela Microsoft? Esta operaçãovisa a enfraquecer a Borland, obrigando-a aalocar recursos limitados tanto ao Paradoxcomo ao dBase.Obs.: O mercado de bancos de dados, aterceira maior aplicação dos micros, estáhoje na mão dessas duas empresas con-correntes.

20. *DVORAK, John C. New stealth viruses:a menace to users. PC Magazine, Boulder,11 (7):93, Apr. 141992.

Os programadores da ex-URSS e daBulgária, talvez por não terem o que fazer,desenvolveram três novas tecnologias paraos vírus, que já causou muitos problemasnos EUA, pois os detectores existentes nãoconseguiam identificá-los. Trata-se dos ví-rus Stealth (furtivos), polimórficos e multi-partites. O autor sugere dois softwaresque. em suas últimas versões, já conse-guem atenuar os efeitos: o Vírus Scan da

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McAfee versão 91 de maio de 92, e o Novida Certus. Quando surgem novas geraçõesde vírus, como foi o caso, todos os progra-mas anti-vírus existentes podem ser des-cartados.

21. *DVORAK, John C. The software piracybluff. PC Magazine, Boulder, 11(9):93, May121992.

Os fabricantes de software alegam pre-juízos de US$ 10 bilhões por ano com a pi-rataria, para um faturamento de igual valor.Ou seja, a cada dólar vendido, um dólar épirateado. Na lista dos maiores piratas, es-tão em primeiro lugar a Alemanha, seguidada Itália e Taiwan. Mas, Dvorak mostra queessa indústria já está ganhando muito,usando o exemplo do proprietário da Mi-crosoft, BiII Gates, o homem mais rico dosEUA (patrimônio pessoal de US$ 7 bilhõesem 15 anos, ou 1,3 milhões por dia) e per-gunta: Afinal, quem está roubando quem?Se os usuários resolvessem adquirir as al-ternativas mais baratas vendidas em regi-me de shareware (onde uma planilha ele-trônica custa US$ 20) a indústria de soft-ware seria obrigada a baixar seus altos pre-ços, e o prejuízo seria maior.Obs.: No Brasil, a Maple Informática vendenas bancas de jornais software americanoobtido em regime de shareware.

22.*DVORAK, John C. Will IBM dump themainframe? PC Magazine, Boulder, 11(11 ):93, June 16 1992.

A IBM está sofrendo profundas reorga-nizações em sua estrutura. Seus departa-mentos foram transformados em empresasautônomas sob controle da holding. Poroutro lado, há a tendência do downsizing,onde os mainframes estão sendo substituí-dos por redes de micros, ou pelos minisRisk da própria IBM. Nesse quadro, Dvorakpergunta: 'f1 anarquia está em marcha naIBM, ou a empresa que fez o mainframetem planos radicais para o futuro?" Em ou-tras palavras, a IBM vai jogar o mainframeno lixo? Parece que ela pretende se dedicarapenas a tecnologias de ponta e viver desuas patentes, de acordo com o velho jogo:patentes, processos judiciais, licenciamen-to, processos, lucros, mais processos.

23. *FERSKO-WEISS, Henry. Project rnan-agement software gets a grip on usability. PCMagazine, Boulder, 11(13):323-6+, July 1992.

Um benchmark com oito softwares paraa administração de projetos é realizado. Osescolhidos são o MS Project for Windows3.0 e o Time Line 5.0.

24. *JONES, M. From print to PC: OCR getsyou from there to here. PC Magazine, Boul-der, 11(13):267-71+, July 1992.

A profissão de digitador (operador dedata-entry) tende a desaparecer, substituí-

da pelo Scanner (hardware que grava umafolha de papel com textos e gráficos nodisco) e pelo OCR (Optical CharacterRecognition, software que converte o textodo formato gráfico TlF para formato ASCII,efetuando uma leitura e interpretação dasletras fotografadas pelo Scanner). UmScanner e um OCR podem ser adquiridospor US$ 1.500. A revista analisa 9 OCRs eescolhe como os melhores o OmniPageProfessional 2.0 e o WordScan Plus 1.1.

25. *MENDELSON, Edward. 7 windowsWord processors. PC Magazine, Boulder,11(4):113-16+, Feb. 25 1992.

São analisados sete processadores detexto para o ambiente Windows. Os escolhi-dos como melhores são o Ami Pro 2.0 da Lo-tus e o Word for Windows 2.0 da Microsoft.

26.*MILLER, Michael J. Windows entersits prime; OS/2 is a fascinating technologybut a dubious challenger. PC Magazine,Boulder, 11(8):113-14+, Apr. 28 1992.

Coincidindo com o lançamento do Win-dows 3.1 pela Microsoft, este artigo forne-ce uma visão detalhada das característicasdessa nova versão de interface gráfica,comparando-a também com o sistemaoperacional OS/2 2.0 da IBM.

27. *QUAIN, J.R. Power gets cheaper. PCMagazine, Boulder, 11(3):113-16+, Feb. 111992.

O microcomputador mais rápido atual-mente é o baseado no chip 486DX de 33MHz da Intel, podendo chegar a 66 MHz,com o chip dobrador de freqüência. No ar-tigo, são analisados 24 modelos dessa má-quina. Os escolhidos pelo laboratório daPCM foram o Austin 486/33i Winstationpara ambiente Windows (US$ 2.700), oTangent 433e, EISA bus para trabalharcomo servidor de rede (US$ 5.000) e oZeos 486-33 para DOS (US$ 3.500).

28. * ROSCH,Winn L. The perfect PC. PC Ma-gazine, Boulder, 11(13):110-14, July 1992.

Um PC é constituído de vários compo-nentes - gabinete, motherboard, placa de ví-deo etc. - que podem ser adquiridos de vá-rios fornecedores diferentes - Seagate, DTK,ATI etc. - e montados em inúmeras configu-rações alternativas. Tais PCs não têm marcade nenhum fabricante: não são um microIBM, Zeos ou Compaq, e qualquer pessoapode montá-los, desde que saiba escolhercomponentes compatíveis em termos deperformance (por exemplo, não adiantamontar uma placa baseada no 486~33 comum Winchesterde 60 ms). Esse artigo mos-tra exatamente como escolher os compo-nentes, e sugere três configurações monta-das e testadas: uma sem limite de custos (sóconsiderada a performance), uma worksta-tion para Windows, e uma econômica.

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PLANEJAMENTO E GERÊNCIA DE INFORMÁTlCA. ..

29. "SEYMOUR, Jim. Platforms: how thePC stacks up. PC Magazine, Boulder,11(9):133-17 +, May 12 1992.

Há quem prefira Macintosh, outrosNeXT, SUN, ou IBM-PC. Oual a melhor es-colha? Os laboratórios da PC Magazine es-colheram quatro representantes de cadauma das quatro plataformas e realizaramuma série de testes, mostrando o desem-penho de cada uma.

O Macintosh se destacou para trabalhosgráficos, desktop e multimidia. O SunSPARCstation primou pela rapidez nos cál-culos matemáticos. O NeXT combinou ascaracterísticas do Macintosh e do UNIX,além de seu design elegante. Mas o PCcontinuou como a melhor escolha, pois ne-nhuma outra plataforma conta com tãogrande aceitação, uma vasta gama de op-ções de software os mais baixos preços. Atabela 1 mostra como o mercado está dis-tribuído.

Distribuição do mercadopor plataformas

(em % de unidades; 100% = 9,8milhões de unidades instalada

IBM-PC 82Macintoch 13Apple,Tandyetc. 2Motorola 68000 (neXTetc.) 2RISC(Sun, HP, IBM etc.) 1

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30. "TOP retail software. PC Magazine,Boulder, 11 (13):31, July 1992.

Mensalmente, a revista PCM publica arelação dos softwares mais vendidos nosEUA, o que acaba ditando um padrão mun-dial. (Ver tabela 2.)

31. USED PCs: Cheaper than never, PC Ma-gazine, Boulder,31, Sept. 1992.

O preço dos PCs usados tem caído bas-tante. Um 386-SX, que custava US$ 2.000em 1989, custa US$ 775 em 1992. O preçodo AT-286 baixou de US$ 1.300 para 500,o XT-8088, de US$ 800 para 200, no mes-mo período. No Brasil, um XT usado, comode costume, custa três vezes mais.

32. "VENDIDO, Gus. Free at last: dBase fu-ture is secure. PC Magazine, Boulder,11(3):30, Feb. 11 1992.

A compra da Ashton-Tate (dBase) pelaBorland (Paradox) foi resultado da perdade uma ação judicial movida pela primeiracontra a Fox-Software (Fox-Pro). O artigomostra como ficaram os acordos finais najustiça. O dBASE não será descontinuadopela Borland.

33."ZACHMANN, William F. Upgrade fever. PCMagazine,Boulder, 11(3):107, Feb.111992.

E próprio da cultura americana a avidezpela novidade e pela atualização. No softwa-re, isso se dá através de upgrades (porexemplo, trocar a versão 5.0 do MS Wordpela versão 5.5). No hardware, pela modula-ridade (trocar um módulo da placa para au-mentar a velocidade, desde que o móduloseja do mesmo fornecedor).

O autor alerta para o fato de que essesupgrades às vezes são mera perfumaria demarketing, não trazendo nenhuma novidaderelevante para o usuário, que gasta algumascentenas de dólares na troca pela nova ver-são. Os novos lançamentos às vezes sãoapenas uma forma de aumentar a lucrativi-dade do fabricante, que trabalha com altasmargens nos upgrades. Tal foi o caso doMS Word, onde a versão 5.5 (hoje vendidacom um brinde: o analisador sintáticoGrammatick, pela loja ComputAbility, EUA)não trouxe nenhuma novidade, a não seruma interface gráfica mais para Windowsque para o Word 5.0. Desse modo, a febredo upgrade deve ser conduzida com cautela:o novo produto deve realmente ser dotadode inovações que justifiquem o empate decapital.

1991

34. COMPAO flops, HP tops in HP relia-bility studies. PC Week, Boston, Feb. 111991.

Interessante estudo, embora incômodopara alguns fabricantes, mostra a percenta-gem de microcomputadores que apresen-

taram defeitos no primeiro ano de uso.(Ver tabela 3.)

35.*DVORAK, John C. Myth, mystique, ma-nia and Microsoft. PC Magazine, Boulder.10(7):81, Apr. 161991.

Como a Microsoft, líder mundial do mer-cado de software para PCs, tenta mantersua liderança, constantemente ameaçadapelos parceiros comerciais, lançando produ-tos semelhantes e com os números das ver-sões também acompanhando os da concor-rência, embora muitas vezes a nova versãodo software seja apenas perfumaria (comoocorreu com o editor de textos MS-Word5.5). É uma estratégia de marketing bem di-ferente da lotus e da Ashton-Tate (dBase),que tentam manter a liderança processandojudiCialmente seus concorrentes.

36.*EDITORS' choice: FoxPro, Paradoxo PCMagazine,Boulder, 10(10):108, May 281991.

Um benchmark é realizado entre os soft-wares de banco de dados, sendo seleciona-dos como os melhores o FoxPro (Microsoftem 1992), para o desenvolvimento de novosbancos de dados, e o Paradox 3.5 (Borland),para ser utilizado diretamente pelo usuáriofinal, sem necessidade de se conhecer pro-gramação (embora também o permita). Am-bos custam US$ 795. O dBASE (Borland em1992), líder do mercado, não foi recomen-dado por apresentar sérios problemas nosmódulos OBE e SOL e em seu Control Cen-ter, além de não possuir vários recursosexistentes em seus concorrentes. A revistacita também um processo judicial de no-vembro/88, onde a Ashton-Tate (proprietáriado dBASE), ao invés de melhorar o produtopara vencer a concorrência, resolveu acionarseu competidor, alegando que a FoxPro ha-via copiado seu produto patenteado. A Corteamericana decidiu, em dezembro/90, que ocopyright do dBASE era inválido, pois:1. A Ashton-Tate omitiu dados importantespor ocasião da submissão do pedido de pa-tente ao United States Copyright Office;2. Copiou o dBASE de um outro produto dedomínio público, o Jet Propulsion labora-tory Data Management and InformationSystem (fato também omitido pela Ashton-Tate por ocasião do pedido de patente);

Microcomputadorescom defeitos no primeiro

ano de uso

Compaq 17ASTResearch 13DellComputer 13IBM 9Hewlett-Packard 4

101

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11~~PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

3. Participou e incentivou o desenvolvi-mento do FoxPro, em seus primórdios.Obs.: Mais tarde, a Corte voltou atrás, masa Borland já havia adquirido a Ashton-Tate,e um acordo entre esta e a Fox Softwareencerrou a disputa. Posteriormente, a Foxfoi comprada pela Microsoft. Nessa briga,todos os contendores saíram perdendo.Ganharam os advogadOs.

37. *ELLlSON, Carol. On guard: 20 utilitiesthat battle the virus threat. PC Magazine,Boulder, 10(18):199-201+, Oct. 291991.

Os laboratórios da PC Magazine reali-zam um benchmark com 20 antivirus e es-colhem os melhores: Central Point antiví-rus (do fabricante do PCTools) e Dr. Solo-mon's antivirus Toolkit.Obs.: Mensalmente surgem cerca de qua-tro novos vírus no mundo. Assim, a rapi-dez com que um fabricante atualiza seusoftware pode tornar um dado produto ra-pidamente obsoleto.

38.*FORESTER, Tom & MORRISON, Perry.A insegurança do computador e a vulnera-bilidade social. Revista de Administraçãode Empresas, São Paulo, 31(4):73-83,out./dez., 1991.

Muitos têm mencionado que as socie-dades industriais estão cada vez mais setornando dependentes de tecnologia e as-sim se tornando mais vulneráveis às falhastecnológicas. Não obstante à difusão datecnologia do computador, pouco é conhe-cido sobre as suas falhas, exceto, talvez,que são muito comuns. Esse artigo analisaas origens da inconfiabilidade do computa-dor e revê a extensão e o custo dos com-putadores inconfiáveis. Ao contrário de ar-tigos já escritos anteriormente, os autoresargumentam que os computadores sãoinerentemente inconfiáveis por duas ra-zões: primeiro, são passíveis de falhas to-tais, ao invés de parciais; e, segundo, suaenorme complexidade significa que nãopodem ser amplamente testados antes deserem utilizados. Os autores descrevem vá-rias tentativas institucionais para melhorara confiabilidade e as possíveis soluçõespropostas pelos cientistas da computação,mas concluem que ainda são inadequadas.Em conseqüência, recomendam que oscomputadores não devem ser utilizados emaplicações onde haja risco de vida (hospi-tais, automóveis, aviões etc.).

39.*MATZKIN, Jonathan. Palmtop PCs:power by the ounce. PC Magazine, Boulder,PCM, jul-91, p. 19.

Últimas novidades em Palmtop calcula-tors (calculadoras de mão, 2,5 x 16 x 8,4cm3), indicando a tendência do mercado. AHP lança a calculadora 95LX (US$ 500),com tela de 16 linhas por 40 colunas, ba-seada em um processador NEC V-20H

102

(compatível com o 8088 do PC-XT), DOS3.22, 512 KB de RAM, e Lotus 123 v.2.2 in-cluído). A calculadora por excelência doexecutivo (PCM Editors' Choice), obsole-tando completamente o PC-XT, equipa-mento mais vendido no Brasil.

40. *MENDELSON, Edward. Scalable fontsfor the PC. PC Magazine, Boulder, 10(16):111-12+, Sept. 24 1991.

As alternativas para a escolha de tiposde letras para as impressoras a laser.

41.*NOCAUTE tecnológico. Veja, São Pau-lo, 24 (25):36-41, 19 jun. 1991.

Mostra como a reserva de mercado noBrasil serviu para mantê-lo atrasado no se-tor de Informática. Compara também o usodo computador em vários países. (Ver ta-bela 4.)

42.*PASTRICK, Greg. 286 notebooks. PCMagazine, Boulder, 10 (5):226+, Mar. 121991.

Existematualmente oito tipos decomputadores:1. Supercomputadores (de grande porte eextremamente rápidos, custando vários mi-lhões de dólares, como o da Cray Re-search);2. Mainframes (de grande porte, acima deUS$ 500.000: IBM, CDC etc.);3. Minis (um pouco menores, incluindo su-per-minis, super-micros etc., até uns US$500.000: IBM, VAX, HP, DEC);4. PCs (de mesa, a partir de US$ 500, IBMe clones);5. Laptops (portáteis, do tamanho de umamala 007, já obsoletados pelos Notebooks,US$ 3.000: IBM e clones);6. Notebooks (portáteis, do tamanho deum caderno grande, US$ 2.000: IBM eclones);7. Palmtops (do tamanho da palma damão, US$ 500: HP, Casio);8. Calculadoras de bolso (US$ 300 ou me-nos: HP, Casio).

Nesse artigo, a PCM analisa os Note-books baseados nos microprocessadores286 (do PC-AT) e 386 à venda no mercado,e seleciona como os melhores 286 (todosem torno de US$ 2.300) os seguintes:CompuAdd Companion, Ogivar Internote

286, Sanyo MBC-17NB, Sharp PC-6220,TravelMate 2000 e Zeos Notebook 286. En-tre os baseados no 386, os melhores fo-ram: Compaq LTE 386s/20 (US$ 6.500),Dell 316LT e 320L T ($3.900), e ToshibaT3100SX ($5.700).Obs.: Em julho/92, um notebook 386SX-20da ZEOS (PCM Editor's Choice) podia sercomprado por US$ 1.500.

43. *PRINTER decision guide: what to buy.PC Magazine, Boulder, 10 (20):112, Nov.261991.

Analisa os prós e contras, velocidade,preço, custo por página impressa, qualida-de de impressão, cor, ruído de impressão,tamanho e tipo de papel, para impressorasdo tipo matriz de pontos, jato de tinta, laserde mesa, laser compartilhada em rede, epostscript a cores, fornecendo úteis subsí-dios para a escolha do tipo de impressora.

44. *RAPPAPORT, A.S & HALEVI, S. Thecomputerless computer company. HarvardBusiness Review, Boston, 69(4):69, July1991.

Este foi considerado por muitos como omelhor artigo publicado na Harvard em1991, tendo recebido várias críticas e elo-gios, através de cartas dos leitores (publi-cadas na edição de set./91 , p. 140). Basica-mente, o paper argumenta que as empre-sas americanas não mais devem fabricarhardware para microcomputadores, pois aconcorrência japonesa está fazendo comque a margem de lucro fique cada vez me-nor. Ao contrário, devem se dedicar a ou-tros nichos de alta tecnologia, onde nãohaja concorrência, permitindo maioresmargens.Obs.: É interessante notar que o Brasil,com sua Reserva de Mercado, está justa-mente querendo concorrer com os EUA eJapão nesse mercado. A idéia aqui só foiem frente porque os consumidores foramobrigados a pagar preços absurdos porequipamentos nacionais obsoletos, propici-ando aos fabricantes grandes margens delucro. E, ao que parece, a IBM pode seguira linha descrita no artigo.

45.ROSCH, W.L. Choosing and using harddisks. PC Magazine, Boulder, 10(22):313,

Porcentagem de utilização dos microcomputadores

Brasil Japão Alem.Oc. França EUAIndústria automobilística 4 38 30 30 31Empresas médias e pequenas 10 44 90 76 75Empresas grandes 12 91 98 90 90Atendimento a clientes em hospitais 4 100 100 75 98Salas de aula do 1º e 2º graus 0,5 64 100 80 96

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PLANEJAMENTO E GERÊNCIA DE INFORMÁ TlCA. ..

Dez. 31 1991.Uma completa abordagem sobre a sele-

ção e o uso de discos rígidos.Obs.: Em 92 a HP lança um winchester dotamanho de uma caixa de fósforos, com21MB, por US$ 250, para uso em nova sé-rie de Palmtops.

46. 'SALEMI, Joe. Advisor. PC Magazine,Boulder, 10(16):460, Sept. 24 1991.

Informa sobre a existência de um soft-ware de tradução automática, GlobalinkTranslation System, para as línguas espa-nhola, francesa, alemã, italiana, portuguesae russa. É especializado em textos científi-cos, técnicos e legais. Custa US$ 2.000.

47.*SEYMOUR, Jim. How Microsoft blew itwith Word 5.5. PC Magazine, Boulder, 10(8):87-8, Apr. 30 1991.

Quando o usuário se acostuma com umsoftware, por exemplo, o editor de textosWord 5.0, qualquer versão ulterior devemanter a mesma interface, pois do contrá-rio o usuário não irá querer realizar um up-grade (mudar para uma versão mais nova),já que teria que reaprender a utilizar o pro-grama, o que é bastante penoso e time-consuming. Mas foi exatamente isso o queocorreu com o Word 5.5, um upgrade do5.0. Mudando a interface do programa (tor-nando-a compatível com a do Windows), emantendo as mesmas funções do 5.0,criou um descontentamento entre 2/3 deseus usuários, muitos dos quais resolve-ram abandonar o Word e migrar para o

• Word Perfect, fazendo com que a Microsoftperdesse mercado para seu maior concor-rente nesse segmento. Seymour sintetizaesse erro estratégico da Microsoft na frase"Eladeu um tiro em seu próprio pé. "Obs.: No entanto, após o sucesso do Win-dows, os usuários terão necessariamentede se acostumar com a sua nova interfacegráfica com mouse, abandonando os hábi-tos do modo texto do DOS.

48. 'SEYMOUR, JIM. PCs and privacy is-sues. PC Magazine, Boulder, 10 (14):89-90, Aug. 1991.

Os computadores estão sendo acusadosde serem os principais instrumentos de vio-lação das liberdades individuais e do direitoà privacidade. Nossa renda mensal, endere-ço, propriedades, e outros dados pessoaisestão passando de um para outro computa-dor, através de malas-diretas, serviços deconcessão de crédito, bancos etc., não sesabendo que tipo de uso esses dados po-dem estar tendo, nem se estão todos corre-tos. Uma medida imediata que Seymourpropõe é não fornecer tais dados quando serecebe formulários para preencher. Diz oautor que, em 20 anos, ninguém reclamoudo não preenchimento em 2/3 dos casos, enos 1/3 restantes, quando solicitado a for-

necê-Ios, ele sempre indagou "Para que vo-cês querem esses dados?", obtendo nor-malmente a resposta: "Oh! eu não sei... issosempre constou dos formulários. "

49. 'SIMON, Barry. Squeeze play, PC Ma-gazine, Boulder, 10 (17):291-2+, Oct. 151991.

Os arquivos podem geralmente sercomprimidos em até 70% de seu tamanho,reduzindo o custo da transmissão via mo-dem, ou liberando mais espaço no disco. Oartigo analisa seis programas de compres-são, sugerindo LHA como o que mais com-prime os arquivos, e PKZIP como o maisrápido.Obs.: O Stacker (um dos programas maisvendidos) faz isso automaticamente (é re-sidente).

50.*STINSON, Craig. Lotus 1-2-3 add-ins:building the perfect spredsheet. PC Maga-zine, Boulder, 10(7):101-4, Apr. 161991.

A terceira maior aplicação dos microssão as planilhas eletrônicas e, dentre es-tas, a Lotus é a que domina o mercado, naproporção de 2:1. Embora não seja a pla-nilha mais moderna e nem a de maioresrecursos gráficos, seu sucesso se deveem parte à existência de uma miríade defornecedores de programas que realizamfunções não previstas na Lotus, mas quepara o usuário é transparente: são os Add-ins (programas acessórios). A PCM anali-sa 21 Add-ins, tais como analisadores fi-nanceiros, controladores de orçamentos,simuladores de fluxo de caixa, realizado-res de previsões financeiras, programaçãolinear, otimizações em geral, e escolhecomo os melhores: Financiai Analyst, Fi-nanciai Toolkit, ForeCalc e What-If Solver.Os Add-ins não são portáteis entre ver-sões diferentes (um Add-in da versão 2não roda na versão 3 nem na versão parao Windows), o que dificulta os upgrades(talvez por isso a versão 2.xx continuesendo a mais vendida nos EUA, a despeitode já ter sido lançada a versão 3 e a ver-são 1 para Windows).

51.*STONE, M. David. Processor perfor-mance compared. PC Magazine, Boulder,10 (11):157, June 11 1991. (Ver tabela 5.)

52. 'VENDIDO, Gus. Pipeline: a look at thetrends shaping the personal computer mar-ket. PC Magazine, Boulder, 10 (20):29-30,Nov. 26 1991.

Duas pesquisas, entre 1.143 profissio-nais da Informática, mostraram que o DOS ea linguagem C são os preferidos para o de-senvolvimento de aplicações. Os resultadospodem ser observados nas tabelas 6 e 7.

53. 'ZACHMANN, William F. For once, astudy worth studying. PC Magazine, Boul-

Processor PerformanceCompared

proc MHz seg vezes US$8088 xr 4,8 32,9 9

286Al 8 9,06 3,6 15386 SX 16 4,38 2,1 150386 DX 16 4,07 1,1 199386SX 20 3,26 1,3 160386 DX 20 3,16 1,03 225386 DX 25 2,32 1,36 250386 DX 33 1,67 1,39 300486 DX 25 1,47 1,14 700486 DX 33 1,1 1,34 825

Vezes=rapidez em relação ao modelo ante-rior, US$=preço do chip nos EUA em jul-91

Para qual ambiente vocêdesenvolve aplicações

(em %)

DOS 90Windows 39UNIX 14Mainframe/Minis 8Outros 8OS/2 7Macintosh 5

Qual a linguagem usadano desenvolvimento

(em %)

C 51BASIC 44Paradox 36Compatíveis com dBase 26CC++ e outras OOP 26PASCAL 24dBase 22Outras 21Macros para 123 20Visual Basic (Windows) 20Sal 14COBOl 12FORTRAN 9Assembler 7

103

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.i1~12PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

der, 10(11):97-8, June 111991.Pesquisa feita nos EUA, mostra que o

fator-chave de sucesso do Windows-3(para 58% dos respondentes) não foramos aplicativos (Excel, PageMaker. ..) nemsua interface gráfica colorida, mas sim ahabilidade de usar memória estendida. E oprincipal fator de fracasso da versão ante-rior ao OS/2 2.0 foi a inabilidade de rodaraplicações DOS.

54. *ZACHMANN, William F. Who controlsPC acquisitions? PC Magazine, Boulder, 10(7):95-6, Apr. 16 1991.

Após breve análise, Zachmann concluique "Na verdade, ninguém sabe", indicandoa existência de um movimento de descen-tralização e democratização da Informáticanas empresas americanas.

. 1990

55. 1975-1990: 15 years of bits, bytes, andother great moments. Byte Magazine, Pe-tersborough, 15:369-400, Sept. 1990.

Interessante artigo comemorativo, bemilustrado, mostra a história da Informática,desde o lançamento do Altair 8800, em1975, considerado o primeiro microcom-putador de uso comercial, passando peloApple e o PC, até os recentes laptops epalmtops. Em paralelo, acompanha tam-bém os lançamentos de softwares.

56. BARKER, C. Personal computing inEastern Europe. Byte Magazine, Peterbo-rough, 15:401-2+, Sept. 1990.

Descreve a situação de atraso em quese encontram os países comunistas, mos-trando que em economias fechadas e re-servadas a Informática não prospera.Como no Brasil.

57. BRADLEY, D.J. The criation of the IBMPC. Byte Magazine, Peterborough,15:414+, Sept. 1990.

A história do PC da IBM, contada porum de seus criadores, cujo produto se tor-nou hoje um padrão mundial, a ponto detodos os outros similares fazerem questãode frisar que são IBM compatíveis (leia-secopiado da IBM).

58. *DUNCAN, Ray. Power programming: aprescription for the operating system of thefuture. PC Magazine, Boulder, 9(18):395-98+, Oct. 30 1990.

DOS (Disk Operating System) é o siste-ma operacional mais utilizado no mundo in-teiro. Vendeu 11 milhões de cópias em1989, e a previsão para 1995 é de 100milhões de cópias em uso. No entanto, oDOS não tem acompanhado a evolução quehouve desde o lançamento do IBM-PC atéos modernos IBM-PC-486. Duncan propõe

104

várias melhorias para o DOS (algumas já in-cluídas na recente versão 5.0 de junho/91 ),mas outras, como a utilização dos recursosespecíficos dos microprocessadores 386-486 (uso dos registros de 32 bits, que tor-nariam o DOS muito rápido), talvez só se-jam implementadas em uma futura versão6.0 (embora já existam no OS/2 2.0). Dequalquer modo, o DOS ainda continuarásendo o sistema operacional padrão para osmicrocomputadores, a despeito da existên-cia de outros três concorrentes: o UNIX daATI (12% do mercado, com bom desempe-nho em redes, mas sem recursos para con--trole em tempo-real e sem qualquer padro-nização), o OS/2 da IBM (ainda pouco usa-do), e o System 6 e 7 do Macintosh da Ap-pie (com menos de 10% do mercado demicros e poucas chances de sucesso; a Ap-pie se encontra em 1992 em negociaçõescom a IBM). Pelas atuais tendências domercado, talvez o caminho a ser seguidopara os próximos anos seja o seguinte:DOS 5.0 (16 bits) e Windows 3.1 (16 bits),OS/2 2.0 da IBM (32 bits) ou Windows NT(32 bits) da Microsoft.

59. * DVORAK, John C. Copy protectionnightmare. PC Magazine, Boulder, 9(9):73,May 151990.

Os esquemas de proteção das cópiascontra pirataria de software não funcionamna prática, nem são aceitas pelos usuários.O Banco de Dados Paradox, ao ser lançadocom proteção contra cópia, acabou sendorejeitado, embora fosse um excelente pro-duto. A empresa foi vendida para a Bor-land, que o relançou sem proteção contrapirataria. Os softwares protegidos são fon-tes de problemas de incompatibilidade comos sistemas operacionais, BIOS etc. sendopor isso rejeitados pelos usuários. A ques-tão foi levantada porque, com a dissemina-ção dos Notebooks, os usuários estãousando cópias de originais em seus portá-teis, para o desagrado dos fabricantes desoftware.

Obs.: É interessante notar nas revistasamericanas, na seção de anúncios, propa-ganda sobre firmas especializadas em es-quemas de proteção contra cópias (antipi-rataria) e, ao lado, anúncios de softwarespara efetuar cópias de programas protegi-dos ou para quebrar proteções (do tipottsrd-lock. por exemplo, onde se colocauma ROM na saída serial RS-232).

60. FORESTER,Tom & MORRISON, Perry.A insegurança do computador e a vulnera-bilidade social. Op. cit. (Ver nota 38.)

61.*HOWARD, Bill. Printers: 7th AnnualSpecial Issue. PC Magazine, Boulder,9(19):102, Nov. 13 1990.

Neste artigo especial sobre impresso-

ras, verifica-se que o mercado se encontradividido entre 73% de impressoras de agu-lhas e 27% de impressoras a laser, paraum total de 6,42 milhões de unidades ven-didas em 1989. Ou 42% do faturamentopara impressoras de agulhas e 58% paraimpressoras a laser, para um total de US$6,2 milhões de vendas em 1989. Os princi-pais fornecedores de impressoras de agu-lhas foram: 1. Epson, 2. Panasonic, 3. Oki-data. Para impressoras a laser: 1. Hewlett-Packard, 2. Apple, 3. Panasonic. Como re-sultado do benchmark realizado pela PCM,as impressoras de agulhas selecionadasforam: Citizen GSX-140 (24 agulhas, US$300), Citizen 200 GX (9 agulhas, US$200),Epson DFX-8000 (9 agulhas, trabalho pesa-do, US$3.700), Epson LO-850 e LO-1050(24 agulhas, US$750 e US$1.100) e NECPinWriter P6200 e P6300 (24 agulhas,US$800 e US$1.100). As impressoras a la-ser selecionadas como as melhores foram:HP LaserJet 111 (US$1.600), LaserJet 1110(US$2.800), IBM LaserPrinter E(US$1.000), NEC SilentWriter2-90(US$2.500) e OMS PS-2210 (US$12.000).

62. KENNER,H. Stomping the nasties. ByteMagazine, Peterborough, 15:466, Nov.1990.

Descreve os quatro tipos de invasoresde micros: Worm (verme), um pequeno có-digo inserido em um programa, que pode,por exemplo, fazer com que todo mês sejaautomaticamente transferida uma certaquantia para a conta bancária do autor doverme; Logic Bomb (bomba lógica), ondeum funcionário despedido pode deixar in-serida uma rotina em um sistema, de talmodo que dentro de dois meses todo o sis-tema seja destruído; Trojan Horse (Cavalode Tróia), um programa com título sugesti-vo (por exemplo, Como acertar na loteria)mas que, ao ser executado, destrói os ar-quivos do disco; vírus, que pode executaras mesmas funções dos três invasores aci-ma, mas com uma característica adicional:a duplicação automática, isto é, vai infec-tando todos os disquetes que forem sendoinseridos no micro, os quais, por sua vez,vão introduzir o vírus em outros computa-dores, repetindo o processo (a duplicaçãotambém se dá através da rede onde o mi-cro se acha instalado). Após analisar al-guns estragos causados pelos vírus emsistemas instalados nos EUA, Kenner suge-re' alguns remédios, como o Virus Scan daMcAfee e o livro Computer Virus Hand-book, da McGraw-HiII.

63. *MACHRONE, Bill. A practically perfectPC. PC Magazine, Boulder, 9(15):69-70,Sept. 11 1990.

Os cuidados a serem tomados ao adqui-rir computadores, principalmente os fabri-cados em fundos de quintal. Ressalta o rá-

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PLANEJAMENTO E GERÊNCIA DE INFORMÁTlCA. ..

pido desenvolvimento do setor, afirmandoque os convencionais métodos contábeisde depreciação para os computadoresestão superados: um computador com umano de lançamento já está obsoleto tecno-logicamente.

64.*MENDELSON, Edward. Word proces-sors: the best and the brightest. PC Maga-zine, Boulder, 9(21):152, Dec. 11 1990.

Um benchmark é realizado entre os pro-cessadores de texto à venda no mercado (aprincipal aplicação dos microcomputado-res), pela revista PCM. Como Editor's Choi-ce são selecionados o MS Word, AMI Pro-fessional, MS Word for Windows e WordPerfect, todos custando em torno de US$500. Este último domina mais que metadedo mercado dos editores de texto.

65. *O'SHEA, Kathleen & MURALlDHAR,Krishnamurty. The function and manage-ment of information centers. Journal ofSystems Management, Cleveland,41(12):7-9, Dec. 1990.

Os Centros de Informação têm mudadoconsideravelmente desde que a IBM inven-tou o termo em 1976. De acordo com umartigo de 1982 no IBM System Journal,quando John Hammond da IBM pela primei-ra vez descreveu os Centros de Informação,eram vistos como dedicado a dar suporteaos usuários dos sistemas de informaçõesem atividades tais como geração de relató-rios, análise e manipulação de dados, con-sultas espontâneas etc. O rápido desenvolvi-mento da tecnologia e a crescente sofistica-ção dos usuários finais ocasionou muitasmudanças no conceito de computação dousuário final, que provocou, por sua vez,mudanças no conceito de Centros de Infor-mação. A facilitação da computação para osusuários finais tem permanecido como oobjetivo principal dos Centros de Informa-ção, mas novas idéias têm surgido com res-

Porcentagem do tempodispendido pelos centros

de informações

Hotline 18Treinamento do usuário 16Análise de situações 16Acesso a dados 12Programação aplicada 9Seleção de hard/software 9Desenvolvimento de sistemas 7Diversos 6Ligação micro-mainframe 5Gráficos 2

peito a como isto deve ser feito. O consensoentre vários pesquisadores hoje é de que oconceito original de Centro de Informaçõesda IBM - o de treinamento e suporte para osusuários finais - deve ser revisto, através daevolução dos Centros de Informação e demudanças organizacionais, para o novoconceito de administração da computaçãodos usuários finais. No nível prático, muitosCentros de informações estão ainda tentan-do definir e justificar sua posição na área dacomputação do usuário final. Esse artigo,procura mostrar, assim, através de umapesquisa de campo, a situação em que seencontram os Centros de Informação nasempresas americanas. Um resultado inte-ressante é destacado na tabela 8.

66. * PETZOLD, Charles. Environments:computing in the 1990's: why Windows 3.0is only a short-term solution. PC Magazine,Boulder, 9(20):469-72, Nov. 271990.

Em 1980 surgiram os microprocessado-res de 16 bits (8088), obsoletando os de 8bits (Z80 e 8080). Houve também uma evo-lução no sistema operacional, com o DOS(16 bits) suplantando o CP/M (8 bits). Emfins de 80, foram lançados os microproces-sadores de 32 bits (386/486), mas continua-ram em uso o DOS e o Windows (ambos de16 bits), que não acompanharam a evoluçãodo hardware. A alternativa seria o OS/2 2.0(32 bits), mas a Microsoft, ao lançar o cam-peão de vendas Windows 3.0, acabou poreclipsar o OS/2. Assim, vemos hoje um mi-croprocessador potente sendo usado ape-nas pela metade. Essa situação naturalmen-te não pode permanecer, pois seria o mes-mo que a indústria automobilística começara vender carros com seis cilindros, mascom apenas três velas de ignição. Petzold,daí conclui que o Windows + DOS é apenasuma solução provisória. O OS/2 2.0 (oumesmo o UNIX, de 32 bits) deverão se im-por com o tempo. A menos que a Microsoftlance um DOS 6.0 de 32 bits, seguido de umWindows 4.0 também de 32 bits. O grandeproblema é que, nesse caso, todas as apli-cações anteriores (Lotus, Word, dBase etc.)não poderão mais rodar, devendo ser total-mente recodificadas para 32 bits, com seusaltos custos de conversão.

67. SCHWARTZ, L.R. Promises, promises.Byte Magazine. Peterborough, 15:468, Nov.1990.

O autor, um promotor de Nova York,adverte que, na prática, os Termos de Ga-rantia existentes nos softwares adquiridospelos usuários não têm qualquer valor, jáque o fabricante se exime de qualquer res-ponsabilidade pelas conseqüências maléfi-cas advindas de um produto mal projetado,ou com erros de programação (bugs). Oautor mostra que os advogados ainda nãochegaram à conclusão se o comércio de

software trata de vendas de serviço ou devendas de bens de consumo, com a conse-qüente dificuldade de enquadramento legal.Cita também casos de como os fabricantestentam burlar as leis que dão ao consumi-dor certos direitos, dos quais eles não po-

Tipo de PC utilizado nosEUA (% do total em USO)

386 43286(AT) 378088(XT) 11Outros (Macintosh etc.) 9

Maiores empresasde software dos

EUA em 1990(faturamento em

US$ milhões)

1 Microsoft 9532 Lotus 556

3 Word Perfect 2814 Ashton Tate 2655 Autodesk 177

6 Adobe Systems 1217 Logitech 112

8 Software Publ 1109 Borland 104

10 Aldus 88

Principal tipo deaplicação dada ao PC

(% das respostas)

Processamento de texto 91Banco de Dados 73Planilha Eletrônica 71Desenvolvimento de software 51Apresentações gráficas 44DeskTop Publishing 43CAD 23Pesquisa Científica 21Desenhos animados 16Projeto gráfiCO 16Controle de processo 5Outros 2

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jJ~lJPESQUISA BIBLIOGRÁFICA

dem se desvencilhar (como o direito de de-volução da mercadoria, por exemplo).

68. *VENDITIO, Gus. Pipeline. PC Magazi-ne, Boulder, 9(11 ):64, June 12 1990.(Vertabelas 9, 10 e 11.)

69.*ZACHMANN, William F. Cost-justifyingcomputers. PC Magazine, Boulder,9(17):93-4, Oct. 16 1990.

Em um artigo anterior, "Mainframe Ma-chismo", Zachmann analisou a tendência deextinção dos tradicionais mainframes, cri-ando naturalmente um impacto entre osprofissionais de equipamentos de grandeporte. Nesse artigo, o autor mostra que,não obstante os mainframes estejam comos dias contados, seus técnicos continua-rão a ser requisitados, pois as novas plata-formas, baseadas em redes de micros, ne-cessitarão dos conhecimentos já utilizadosno desenvolvimento de sistemas de grandeporte, tais como dimensionamento de re-des, projeto de banco de dados distribuído,seleção de hardware etc.

70. *ZACHMANN, William F. Mainframemachismo. PC Magazine, Boulder, 9(3):83-4, Feb. 131990.

Zachmann mostra que os mainframesestão com os dias contados. A'tendência sãoas redes de micros, por uma questão basica-mente econômica: por que rodar um progra-ma em equipamentos de milhões de dólaresse um micro de mil dólares produz o mesmoresultado? Comenta também o fato de queas grandes corporações americanas estãodespedindo seus executivos de mainframe, esubstituindo-os por administradores de sis-temas de menor porte, baseados em micros.Mas ainda existem os machistas do main-frame que acham que uma aplicação queroda em micro não é uma aplicação de ver-dade. O autor mostra que, no fundo, trata-sede uma reação a um semi-monopólio, já queo que caracteriza um mainframe não é pro-priamente seu tamanho, mas o fato de se-rem a arquitetura, o sistema operacional, osprotocolos de comunicação e os softwarestodos patenteados, com o resultante altopreço do sistema. Nos micros, ao contrário,existe a arquitetura aberta, o que permite queos IBM-PC sejam amplamente copiados, ge-rando os chamados IBM compatíveis e cri-ando um mercado competitivo, com resul-tante redução do preço (exceção feita ao Ma-cintosh que, por ser um monopólio - só háum fornecedor: a Apple - é caro e tem ape-nas 10% do mercado).

71. *ZACHMANN, William F. Microsoft's"Window" to OS/2. PC Magazine, Boulder,9(16):89-90, Sept. 25 1990.

Com o sucesso do lançamento do Win-dows 3.0, com mais de um milhão de có-pias vendidas, muitos usuários conjectura-

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ram sobre a morte do OS/2, que se acredi-tava ser o sucessor do DOS. Zachmannmostra que isso é um engano. Ao contrá-rio, o Windows será uma janela para a pas-sagem do DOS para o OS/2. Houve, no en-tanto, uma série de desacertos entre a Mi-crosoft e a IBM, com relação às estratégiasde lançamento do Windows e do OS/2,pois esta aparentemente se arrependeu deter lançado o PC com arquitetura aberta(isto é, podendo ser copiada pelos concor-rentes, o principal motivo do PC ter se tor-nado um padrão mundial) e teria tentadofechá-Ia novamente, através de um OS/2patenteado, e do micro-channel (hardwaretambém patenteado no PS/2). Um esque-ma semelhante é seguido pela IBM emseus mainframes (o sistema operacionalMVS - Multiple Virtual System - é patente-ado, bem como seu hardware). A Micro-soft, por outro lado, seria partidária de ar-quiteturas e sistemas operacionais abertos.

198972. *DVORAK, John C. Dvorak's hall of in-famy. PC Magazine, Boulder, 8(7):71, Apr.111989.

Após discorrer sobre alguns produtosque fracassaram no mercado, como o soft-ware TopView da IBM, Lightning da Bor-land, planilha Jazz da Lotus, PCjr da IBM,Lisa e Apple 111 da Apple, chips 80186/188e 8085 da Intel, 32032 da National e Z-8000 da Zilog, editor de textos WordStar2000, sistema operacional CPM-86, bancode dados R:Base, cartão Hércules InColor eoutros, Dvorak lista oito maneiras segurasde fracassar:1. Lance um produto inferior em um mer-cado onde já exista um similar de melhorqualidade;2. Ignore as preferências do usuário e lan-ce aquilo que você acha que os outros vãoquerer;3. Use cocaína e decida com base na lógicainduzida por ela;4. Projete um produto que você não consi-ga construir;5. Promova um produto novo e lance-ocom anos de atraso;6. Produza um produto que ninguém con-siga explicar direito;7. Dê um nome bobo a um bom produto;8. Guarde segredo do produto, especial-mente com relação à imprensa.

73. *NANOBYTES (Is it a revolution?). ByteMagazine, Peterborough, 14(5):16, May1989.

Informa, baseado numa pesquisa entre45.000 executivos americanos, que 70%não utiliza pessoalmente microcomputado-res para a tomada de decisões. E, entre es-tes, apenas 9% pretende adquirir um no

próximo ano. Os softwares destinados àsdecisões executivas são genericamente cha-mados de Sistemas de Apoio às Decisões.

198874. AMIRREZVANI, A. Should you buy aservice contract for your PC? PC World,San Francisco, 207, Apr. 1988.

Após analisar os custos, o autor concluique não é interessante ter contratos de ma-nutenção de micros. É mais barato chamaro técnico quando o problema ocorrer.

75.*MATIOS, Antonio Carlos M. "Reservade mercado de Informática: o estado daarte". Revista de Administração de Empre-sas, São Paulo, 28(3):75-8, jul./set. 1988.

Mostra os resultados práticos da políti-ca protecionista de Informática em vigor noBrasil: equipamentos obsoletos vendidos apreços três vezes superiores à média inter-nacional.

76. RYAN, C.R. "Measure the costs of PCownership". PC World, San Francisco: 202+,Apr. 1988.

Apresenta uma metodologia para o cálcu-lo dos custos de se ter um microcomputador.

198777. *HODGES, Parker. What are you worth?Datamation, Denver, 33(19):78+, Oct.11987.

Descreve cargos, funções e salários dopessoal da área de Informática (mainfra-mes). Os salários oscilam em torno de US$61.000/ano para vice-presidente,US$43.000 para gerente de aplicações,US$22.021 para analista de sistemas júniore US$19.860 para chefe dos operadores.

197878.*MATIOS, Antonio Carlos M. "O impac-to do computador na empresa" Revista deAdministração de Empresas, Rio de Janei-ro, 18(4):53-8, out/dez. 1978.

Assim como no homem, também naempresa o sistema de informações consti-tui seu sistema nervoso, responsável pelobom funcionamento e desempenho.

Assim, qualquer cirurgia realizadanessa rede provoca profundas alteraçõesno comportamento da organização comoum todo. E precisamente isso que ocorrequando um computador é introduzido.Atuando diretamente no sistema de infor-mações existente, irá gerar inúmeras mu-danças, algumas positivas, outras negati-vas. Entre as positivas, o artigo cita: au-mento da capacidade da empresa de tra-

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PLANEJAMENTO E GERÊNCIA DE INFORMÁTlCA. ..

tar suas próprias informações; rapidez naobtenção de informações; confiabilidadedos resultados; integração de subsiste-mas; deslocamento do poder na empre-sa; maior controle sobre a organização;economia; redução dos casos de subor-no; símbolo de status; necessidade deplanejamento.

Os impactos negativos citados são:submissão à máquina; diluição de respon-sabilidade; inflexibilidade e rigidez; deslo-camento do poder para o CPD; poluiçãode informações; evasão de informações;temor de desemprego; possibidade defraude; conflitos salariais; desorganizaçãoe ineficiência; conflito com o pessoal daárea de Organização e Métodos.

1976

79.*KORDA, Michael. O poder - como con-quistá-lo, como utilizá-lo. São Paulo, Abril,11 jul. 1976. 98p. (Exame, Edição Especial).KORDA, Michael. O jogo do poder nas em-presas. Op. cit.

JORNAIS

1992

80. CONSUMO de COBOl ainda é maior noBrasil. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 3fev. 1992. Caderno de Informática, p.3

A tabela 12 mostra a participação em %das famílias de linguagens de programaçãono faturamento da Microsoft no Brasil.

OBSERVAÇOES:

• CobolÉ a linguagem mais antiga (1960) paraaplicações administrativas (Folha de Paga-mentos, Contabilidade etc.), tendo criadouma ampla base instalada no país. Como aconversão de programas em COBOl paraoutra linguagem é muito cara e demorada

(ou mesmo impossível, se o programa nãoestiver documentado), os gerentes acabampreferindo permanecer com COBOl emsuas instalações. E uma linguagem lenta,mas autodocumentável. Usada principal-mente em computadores de grande porte.O COBOl mais usado é o da IBM e o daMicrosoft.

• Assembler (ou Assembly, termo maiscorreto mas pouco usado)É utilizada nos casos em que as linguagensnão possuem os recursos necessários parauma dada aplicação (como em rotinas dosistema operacional). É a única que temacesso a todos os recursos oferecidos pelaCPU e a mais rápida. Os mais usados são oTASM da Borland e o MASM da Microsoft.

• FortranCriada em 1955, é utilizada em aplicaçõescientíficas e de engenharia. Vem sendosubstituída por C. E uma linguagem bas-tante rápida.

• BasicÉ uma linguagem para amadores, fácil deaprender. A Microsoft tem se esforçadopara transformá-Ia em profissional (QuickC e Visual Basic, compiladas), tendo obtidosucesso com o Visual Basic (para Win-dows). Este interesse provavelmente sedeve a que essa linguagem foi o primeiroproduto oferecido pela Microsoft e o que atornou conhecida. É muito utilizada emcomputadores pessoais. Os mais usadossão o QuickBasic da Microsoft (vem juntocom o DOS 5.0 e não é compilada) e o Vi-sual Basic para Windows.

• C ou C++É a linguagem por excelência dos progra-madores profissionais. É a.mais rápida, sóperdendo para o Assembler (em C++, aslinguagens C e Assembler podem ser mis-turadas em um mesmo programa). É utili-zada em mais de 70% das sott-tiousesamericanas. Se caracteriza pela portabilida-de (é fácil transportá-Ia de uma instalaçãopara outra), pela padronização (não há vá-rias versões diferentes como no UNIX) epela simplicidade (possui cerca de 10 ins-

Participação dos compiladores no faturamentoda Microsoft do Brasil (em %)

Linguagem 1990 1991

Assembler 4 3Basic 8 11Fortran 14 11C 25 35Cobol 49 40

truções apenas). Foi criada por programa-dores para programadores. Para dominá-la, é necessário conhecer Assembler. Qua-se todos os softwares lançados hoje nomercado (Quattro, DBASE, Paradox, C,UNIX, Windows etc.) são programados emC. As mais usadas são o Turbo C e o C++(OOP) da Borland e o C da Microsoft.

• Pascal (não mencionada no jornal)É utilizada em aulas, por ser fácil de ser en-sinada. Possui razoáveis recursos, mas élenta. É derivada do Algol francês. Algunsjá a estão substituindo pela Modula-2, domesmo autor. A mais usada é o Turbo Pas-cal da Borland.

• dBASE e Clipper (Borland e Nantucket,respectivamente)São muito usadas em aplicações envolven-do Bancos de Dados em microcomputado-res. Suas instruções são parecidas comBasic. São linguagens profissionais.

1988

81. DIAS, R. "Equipamentos Vaporware sãoum vício nacional'. Folha de S. Paulo, SãoPaulo, 29 jun. 1988. Caderno de Informáti-ca, p. B-3

Mostra os lançamentos nacionais, prin-cipalmente nas Feiras de Informática, queou nunca chegam ao mercado ou demoramanos para aparecer.

OBRA NAo PUBLICADA

1991

82. GIANNINI, M. Centro de informaçõesSão Paulo, Nantucket do Brasil Ltda., 1991.n.p. (material não publicado)

Mauro Giannini, Diretor Técnico da Nan-tucket (Clipper), foi o responsável pela im-plantação de Centros de Informações emempresas brasileiras. Sua experiência noassunto foi transmitida através dessa apos-tila, onde se encontram temas como: a po-pularidade dos Ois e das linguagens de 4ªgeração, serviços oferecidos, relacionamen-to com usuários e com desenvolvimento desistemas, direitos e deveres do usuário e doCI, implantação de um CI, gerência e avalia-ção de desempenho, funções e tarefas doCI, qualificação do pessoal do CI, çerencía-mento de micros, packagesparamicros, re-des locais (lÁNs), comunicação micro-mainframe, OOP (Object Oriented Program-ming), CASE (Computer Aided Software En-gineering), inteligência artificial, EDI (Elec-tronic Data Interchange) e UNIX-XENIX. O

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