177
ANTONIO CARLOS PASQUALE DE SOUZA AMORIM O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E SUAS IMPLICAÇÕES NO DESEMPENHO DAS ESCOLAS DE SÃO PAULO Projeto de pesquisa apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas da Universidade Presbiteriana Mackenzie, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Administração de Empresas. Professor: Dr. George Rossi São Paulo 2004

Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Dissertação de Mestrado de Antonio Carlos Pasquale de Souza Amorim. Unicersidade Presbiteriana Mackenzie

Citation preview

Page 1: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

ANTONIO CARLOS PASQUALE DE SOUZA AMORIM

O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E SUAS

IMPLICAÇÕES NO DESEMPENHO DAS ESCOLAS DE

SÃO PAULO

Projeto de pesquisa apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas da Universidade Presbiteriana Mackenzie, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Administração de Empresas.

Professor: Dr. George Rossi

São Paulo 2004

Page 2: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

2

REITOR DA UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

Professor Doutor Manassés Claudino Fonteles.

COORDENADORA GERAL DA PÓS-GRADUAÇÃO

Professora Doutora Sandra Maria Dotto Stump.

COORDENADOR DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

Professor Doutor Reynaldo Cavalheiro Marcondes

Page 3: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

3

“Não há vento favorável para o homem que não sabe para onde vai”

Lucius Aneus Sêneca

Page 4: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

4

Dedicatória

À minha esposa Kátia pelo incentivo e apoio; às minhas filhas Amanda e Stella pelo esforço em aceitar minha ausência.

Page 5: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

5

Agradecimentos

Agradeço a todos que, de uma forma ou de outra, participaram deste projeto, com idéias,

apoio ou incentivo, pois sem eles o caminho teria sido muito mais longo e difícil:

Ao caríssimo Prof. Silvio Popadiuk pelos dois anos de contatos, orientações, idéias e

especialmente pela incansável cobrança por trabalhos elaborados com seriedade e qualidade.

Ao meu orientador de emergência Prof. George Rossi por aceitar e conduzir o final deste

trabalho com tão pouco tempo.

À Profa. Eliane Brito pelas inúmeras horas de dedicação, sugestão e co-orientação, sem as

quais este estudo não seria possível.

Ao Prof. Moisés Ary Zilber pelas discussões que criaram a linha central deste estudo.

Ao Prof. Reynaldo Marcondes por sempre estar à disposição com seu apoio, direcionamento e

motivação quando necessários.

Aos professores Roberto Gardesani, Walter Miyabara, Marcos Franklin, pelas conversas,

idéias, sugestões e incentivos nos inúmeros encontros nos últimos três anos no Mackenzie

À minha irmã Cynthia e aos funcionários da MasterCard, por todos os pesados livros que

trouxeram em seu retorno dos EUA para o Brasil em suas malas, isto não teve preço.

A meus pais Denise e Edemar, pelo apoio constante.

E especialmente a minha esposa Kátia e filhas Amanda e Stella, por tudo.

Page 6: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

6

SUMÁRIO

RESUMO.................................................................................................................................11

ABSTRACT ............................................................................................................................12

INTRODUÇÃO ......................................................................................................................13

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................18

1.1 VISÃO GERAL DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO............................................................18

1.2 DEFINIÇÃO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.................................................................21

1.3 NATUREZA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ................................................................23

1.3.1 Benefícios do Planejamento Estratégico.................................................................23

1.3.2 Erros de interpretação do Planejamento Estratégico.............................................25

1.4 PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO..................................................................27

1.4.1 Planejando o plano..................................................................................................30

1.4.2 Formulando a Missão e a Visão..............................................................................31

1.4.3 Planejando ações.....................................................................................................33

1.4.4 Planejamento de contingências ...............................................................................35

1.4.5 Implementação ........................................................................................................36

1.4.6 Outros Modelos .......................................................................................................41

1.5 ANÁLISE DOS MODELOS DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO. ..........................................43

1.5.1 Semelhança de Modelos de Planejamento ..............................................................44

1.6 MENSURAÇÃO DE DESEMPENHO ......................................................................................49

1.6.1 Indicadores de desempenho ....................................................................................49

1.6.2 Uso de Indicadores de desempenho organizacional ...............................................52

1.6.3 O Balanced Scorecard (BSC) ..................................................................................57

1.6.4 Indicadores subjetivos .............................................................................................68

2 PROBLEMA, OBJETIVO E VARIÁVEIS DA PESQUISA ..........................................70

2.1 PROBLEMA DE PESQUISA. ................................................................................................70

2.2 OBJETIVOS.......................................................................................................................71

2.2.1 Objetivos específicos ...............................................................................................71

2.3 DEFINIÇÃO OPERACIONAL DAS VARIÁVEIS ......................................................................73

2.3.1 Variável independente .............................................................................................73

2.3.2 Variável dependente ................................................................................................76

Page 7: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

7

2.4 HIPÓTESES. ......................................................................................................................78

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .....................................................................80

3.1 TIPO.................................................................................................................................80

3.2 POPULAÇÃO.....................................................................................................................80

3.2.1 Amostra....................................................................................................................81

3.2.2 Descrição da Amostra .............................................................................................81

3.3 SUJEITO DE PESQUISA ......................................................................................................84

3.4 INSTRUMENTO DE COLETA ...............................................................................................85

3.4.1 Grau de Planejamento.............................................................................................85

3.4.2 Sofisticação do Planejamento Estratégico..............................................................90

3.4.3 Indicadores de desempenho. .................................................................................107

3.5 COLETA DE DADOS.........................................................................................................109

3.6 TRATAMENTO DOS DADOS .............................................................................................109

3.7 LIMITAÇÕES DO ESTUDO................................................................................................110

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS .............................................................111

4.1 METODOLOGIA DE ANÁLISE ..........................................................................................111

4.1.1 Hipóteses ...............................................................................................................112

4.1.2 Estatística de teste .................................................................................................112

4.1.3 Nível de Significância............................................................................................113

4.2 GRAU DE PLANEJAMENTO..............................................................................................114

4.3 INDICADORES DE DESEMPENHO.....................................................................................116

4.3.1 Indicadores de Desempenho Financeiro...............................................................116

4.3.2 Indicadores de Desempenho de Clientes...............................................................121

4.3.3 Indicadores de Desempenho Aprendizado e Crescimento ....................................126

4.3.4 Indicadores de Processos Internos........................................................................132

4.4 ANÁLISE DOS DADOS.....................................................................................................137

4.5 SOFISTICAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.........................................................139

4.5.1 Sofisticação da Preparação ..................................................................................139

4.6 SOFISTICAÇÃO DO PLANEJAMENTO................................................................................141

4.7 SOFISTICAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO .............................................................................142

4.8 SOFISTICAÇÃO TOTAL....................................................................................................144

5 CONCLUSÕES..................................................................................................................145

Page 8: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

8

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................152

7 APÊNDICES ......................................................................................................................161

7.1 APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO DE PESQUISA..................................................................161

7.2 APÊNDICE B - RELATÓRIO DE ESCOLAS PESQUISADAS ..................................................169

Lista de Quadros

QUADRO 1 - EVOLUÇÃO PERCENTUAL DO NÚMERO DE MATRÍCULAS E DE ESTABELECIMENTOS DE ENSINO NO

ESTADO DE SÃO PAULO................................................................................................................................ 14 QUADRO 2 – MEDIÇÃO DOS TEMAS FINANCEIROS ESTRATÉGICOS......................................................................... 62 QUADRO 3 – RELAÇÃO DE PERGUNTAS POR HIPÓTESE ........................................................................................... 79 QUADRO 4 - PARTICIPAÇÃO DA ESCOLA EM GRUPO DE EMPRESAS.......................................................................... 82 QUADRO 5 - TIPO DE ADMINISTRAÇÃO DA ESCOLA ................................................................................................ 82 QUADRO 6 - MÉTODO DE ENSINO........................................................................................................................... 82 QUADRO 7 - ORIENTAÇÃO RELIGIOSA.................................................................................................................... 82 QUADRO 8 - TOTAL DE ALUNOS DA ESCOLA........................................................................................................... 83 QUADRO 9 - IDADE DA ESCOLA .............................................................................................................................. 83 QUADRO 10 - TOTAL DE EMPREGADOS................................................................................................................... 83 QUADRO 11 - CARGO DO RESPONDENTE................................................................................................................. 84 QUADRO 12 - IDADE DO RESPONDENTE .................................................................................................................. 84 QUADRO 13 - GRAU DE INSTRUÇÃO DO RESPONDENTE .......................................................................................... 84 QUADRO 14 – ESPECIFICAÇÃO DA ESCALA UTILIZADA PARA OS INDICADORES DE DESEMPENHO ......................... 107 QUADRO 15 - CONJUNTO DE INDICADORES UTILIZADOS NA PESQUISA. ................................................................ 108 QUADRO 16 - FREQÜÊNCIAS DA SOFISTICAÇÃO DE PLANEJAMENTO..................................................................... 114 QUADRO 17 – ESTATÍSTICAS DE AVALIAÇÃO DA INTENSIDADE DE ASSOCIAÇÃO ENTRE O DESEMPENHO E DOS

GRAUS DE PLANEJAMENTO INTUITIVO E OPERACIONAL ............................................................................. 115 QUADRO 18 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE RECEITA LÍQUIDA E O GRAU DE PLANEJAMENTO ........................... 117 QUADRO 19 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE MARGEM BRUTA E EXISTÊNCIA O GRAU DE PLANEJAMENTO......... 118 QUADRO 20 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE MARGEM LÍQUIDA E O GRAU DE PLANEJAMENTO .......................... 118 QUADRO 21 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE VENDAS POR FUNCIONÁRIO E O GRAU DE PLANEJAMENTO............ 119 QUADRO 22 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE LIQUIDEZ E O GRAU DE PLANEJAMENTO ........................................ 120 QUADRO 23 - ESTATÍSTICAS DE AVALIAÇÃO DA INTENSIDADE DE ASSOCIAÇÃO ENTRE O DESEMPENHO FINANCEIRO

E A EXISTÊNCIA DE PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO .............................................................. 121 QUADRO 24 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES E O GRAU DE PLANEJAMENTO............. 122 QUADRO 25 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE TOTAL DE NOVOS CLIENTES E O GRAU DE PLANEJAMENTO........... 122

Page 9: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

9

QUADRO 26 -TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE NÚMERO DE NOVOS PRODUTOS E CURSOS E O GRAU DE

PLANEJAMENTO.......................................................................................................................................... 123 QUADRO 27 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE TOTAL DE RECLAMAÇÕES E O GRAU DE PLANEJAMENTO............... 124 QUADRO 28 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES E O GRAU DE PLANEJAMENTO............ 125 QUADRO 29 - ESTATÍSTICAS DE AVALIAÇÃO DA INTENSIDADE DE ASSOCIAÇÃO ENTRE O DESEMPENHO DE

CLIENTES E A EXISTÊNCIA DE PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.............................................. 126 QUADRO 30 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE CURSOS PATROCINADOS PELA EMPRESA E O GRAU DE

PLANEJAMENTO.......................................................................................................................................... 127 QUADRO 31 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE CURSOS REALIZADOS E PAGOS PELOS FUNCIONÁRIOS E O GRAU DE

PLANEJAMENTO.......................................................................................................................................... 128 QUADRO 32 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE PROPORÇÃO DE PESSOAL QUALIFICADO/TITULADO E O GRAU DE

PLANEJAMENTO.......................................................................................................................................... 128 QUADRO 33 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE SATISFAÇÃO DOS E O GRAU DE PLANEJAMENTO ............................ 129 QUADRO 34 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE INCENTIVOS CONCEDIDOS AOS FUNCIONÁRIOS E O GRAU DE

PLANEJAMENTO.......................................................................................................................................... 130 QUADRO 35 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS E O GRAU DE PLANEJAMENTO ..... 131 QUADRO 36 - ESTATÍSTICAS DE AVALIAÇÃO DA INTENSIDADE DE ASSOCIAÇÃO ENTRE O DESEMPENHO DE

APRENDIZADO E CRESCIMENTO E A EXISTÊNCIA DE PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO............ 131 QUADRO 37 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE ATIVIDADES TERCEIRIZADAS E O GRAU DE PLANEJAMENTO.......... 132 QUADRO 38 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE QUANTIDADE DE INOVAÇÕES E O GRAU DE PLANEJAMENTO ......... 133 QUADRO 39 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE DESPERDÍCIO DE MATERIAIS E O GRAU DE PLANEJAMENTO .......... 134 QUADRO 40 - TABULAÇÃO CRUZADA UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA E O GRAU DE PLANEJAMENTO. 134 QUADRO 41 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE CUSTOS DE PRODUTOS E SERVIÇOS E O GRAU DE PLANEJAMENTO 135 QUADRO 42 - TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE PRAZOS DE ENTREGA E O GRAU DE PLANEJAMENTO...................... 136 QUADRO 43 -TABULAÇÃO CRUZADA ENTRE CONTROLE DE QUALIDADE E O GRAU DE PLANEJAMENTO.............. 136 QUADRO 44 - ESTATÍSTICAS DE AVALIAÇÃO DA INTENSIDADE DE ASSOCIAÇÃO ENTRE O DESEMPENHO DE

PROCESSOS INTERNOS E A EXISTÊNCIA DE PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO .......................... 137 QUADRO 45 – CONSOLIDAÇÃO DE CORRELAÇÕES ENCONTRADAS........................................................................ 138 QUADRO 46 - FREQÜÊNCIAS DA SOFISTICAÇÃO DA FASE DE PREPARAÇÃO DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO ............................................................................................................................................. 140 QUADRO 47 - ESTATÍSTICAS DE AVALIAÇÃO DA INTENSIDADE DE ASSOCIAÇÃO ENTRE O DESEMPENHO DA ESCOLA

E A SOFISTICAÇÃO DA FASE DE PREPARAÇÃO DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO................. 140 QUADRO 48 - FREQÜÊNCIAS DA SOFISTICAÇÃO DA FASE DE PLANEJAMENTO DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO ............................................................................................................................................. 141 QUADRO 49 - ESTATÍSTICAS DE AVALIAÇÃO DA INTENSIDADE DE ASSOCIAÇÃO ENTRE O DESEMPENHO DA ESCOLA

E A SOFISTICAÇÃO DA FASE DE PLANEJAMENTO DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ............ 141 QUADRO 50 - FREQÜÊNCIAS DA SOFISTICAÇÃO DA FASE DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO ............................................................................................................................................. 142 QUADRO 51 - ESTATÍSTICAS DE AVALIAÇÃO DA INTENSIDADE DE ASSOCIAÇÃO ENTRE O DESEMPENHO DA ESCOLA

E A SOFISTICAÇÃO DA FASE DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.......... 143

Page 10: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

10

QUADRO 52 - FREQÜÊNCIAS DA SOFISTICAÇÃO TOTAL DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO............ 144 QUADRO 53 - ESTATÍSTICAS DE AVALIAÇÃO DA INTENSIDADE DE ASSOCIAÇÃO ENTRE O DESEMPENHO DA ESCOLA

E A SOFISTICAÇÃO TOTAL DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.............................................. 144 QUADRO 54 - RELAÇÃO DE CUMPRIMENTO DE OBJETIVOS ................................................................................... 146

Lista Figuras

FIGURA 1 - MODELO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO APLICADO....................................................................... 29 FIGURA 2 - MATRIZ DE PROBABILIDADE – IMPACTO .............................................................................................. 35 FIGURA 3 - MODELO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EDUCACIONAL SEGUNDO KAUFMAN, HERMAN E WATERS

(2002)........................................................................................................................................................... 45 FIGURA 4 - MODELO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SEGUNDO STEINER (1979)............................................... 46 FIGURA 5 - MODELO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SEGUNDO DAVID (2001) ................................................. 47 FIGURA 6 - MODELO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SEGUNDO PEARCE E ROBINSON (1997)............................ 48 FIGURA 7 – CIRCUNSCREVENDO O DOMÍNIO DO DESEMPENHO DO NEGÓCIO........................................................... 54 FIGURA 8 – O BALANCED SCORECARD FORNECE A ESTRUTURA PARA A TRADUÇÃO DA ESTRATÉGIA EM TERMOS

OPERACIONAIS. ............................................................................................................................................. 58 FIGURA 9 – MEDIDAS ESSENCIAIS À PERSPECTIVA DO CLIENTE. ........................................................................... 64 FIGURA 10 - A PERSPECTIVA DOS PROCESSOS INTERNOS – O MODELO DA CADEIA DE VALOR GENÉRICA............ 65 FIGURA 11 - A ESTRUTURA DE MEDIÇÃO DO APRENDIZADO E CRESCIMENTO....................................................... 67 FIGURA 12 – OPERACIONALIZAÇÃO DA VARIÁVEL INDEPENDENTE “GRAU DE SOFISTICAÇÃO DO PLANEJAMENTO”

..................................................................................................................................................................... 75 FIGURA 13 OPERACIONALIZAÇÃO DA VARIÁVEL DEPENDENTE "DESEMPENHO DA ESCOLA”................................ 76 FIGURA 14 - ASSERTIVA DO ELEMENTO DA DIMENSÃO PLANEJAMENTO DESESTRUTURADO.................................. 86 FIGURA 15 - ASSERTIVAS DOS ELEMENTOS DA DIMENSÃO PLANEJAMENTO INTUITIVO.......................................... 88 FIGURA 16 - ASSERTIVAS DOS ELEMENTOS DA DIMENSÃO PLANEJAMENTO OPERACIONAL ESTRUTURADO........... 90 FIGURA 17 - ELEMENTOS DA DIMENSÃO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ESTRUTURADO....................................... 91 FIGURA 18 - ASSERTIVAS DOS ELEMENTOS DA DIMENSÃO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ESTRUTURADO (FASE DE

PREPARAÇÃO)............................................................................................................................................... 93 FIGURA 19 - ASSERTIVAS DOS ELEMENTOS DA DIMENSÃO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ESTRUTURADO (FASE DE

PLANEJAMENTO)........................................................................................................................................... 94 FIGURA 20 - ASSERTIVAS DOS ELEMENTOS DA DIMENSÃO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ESTRUTURADO (FASE

IMPLEMENTAÇÃO) ........................................................................................................................................ 97

Page 11: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

11

Resumo

A crescente concorrência do setor educacional na cidade de São Paulo, tem forçado as escolas a adotarem uma postura mais profissional em sua gestão. Afim de manterem suas instituições competitivas, utilizando técnicas modernas de administração, os mantenedores têm de preparar suas empresas para o futuro e suas constantes mudanças. O objetivo deste estudo é identificar a relação positiva do processo de planejamento e o desempenho da escola. Foram utilizados conhecimentos teóricos de planejamento estratégico e indicadores de desempenho na elaboração de um instrumento de pesquisa que, aplicado junto a mantenedores, diretores e gerentes, determinou o grau de planejamento que a escola adota, a sofisticação do processo utilizado e seu desempenho para um período de 2 anos. Os resultados apontam para a existência de correlação entre o grau de planejamento e do processo de implantação do plano com o melhor desempenho das escolas pesquisadas.

Palavras Chave: planejamento estratégico, indicadores de desempenho, gestão escolar

Linha de pesquisa: Estratégias Empresariais

Page 12: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

12

Abstract

The competition increase in the educational industry, has forced private schools in the city of São Paulo, to adopt a more professional approach in school management. In order to maintain their institutions competitivity, their boards and directors has to prepare them to face a constant changing future. This research’s objective is to identify a positive relationship between the planning process and school’s performance. Knowledge in Strategic Planning and Business Performance has been used to elaborate a research instrument to be applied to school principals, managers and owners, and determine what planning process they follow, how sophisticate this process is and the school’s performance in the past two years. The results indicate a correlation between the planning process, its implementation process and the researched schools’ performance.

Keywords: strategic planning, performance measurement, school management

Research line: Business Strategies

Page 13: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

13

INTRODUÇÃO

A estabilização econômica e o controle da inflação pelo governo na segunda metade da

década de 90 obrigaram as empresas a fazer grandes mudanças a fim de se tornarem mais

competitivas e sobreviver. A entrada de novos competidores, o controle rigoroso de custos, a

atenção ao serviço e atendimento ao cliente, tornaram-se fatores críticos para o sucesso no

lugar dos repasses de custos, gestão de caixa e aplicações de fundos no mercado financeiro.

O setor privado de ensino básico não é uma exceção à regra, com muita lentidão as escolas

acordaram para a dura realidade de seu mercado, e vêm enfrentando problemas como o

aumento de estabelecimentos concorrentes, baixo crescimento populacional, redução da renda

familiar, diminuição do número de crianças por família (CAFARDO, 2002).

Combinados às últimas crises financeiras, estes fatores resultaram em perdas de até 40% no

número de alunos de algumas escolas tradicionais e geraram previsões pessimistas do

fechamento de cerca de 25% dos estabelecimentos na cidade de São Paulo até 2005.

(CAFARDO, 2002).

O Quadro 1 mostra a evolução das matrículas e dos estabelecimentos de ensino fundamental e

médio no Estado de São Paulo, onde se pode- observar o crescimento no número de

instituições muito superior ao de matrículas. No caso dos Ensinos Médio Privado e

Fundamental Público, houve queda nas matrículas enquanto novas escolas surgiam para

competir num mercado estagnado. O caso do ensino médio é mais grave, pois o crescimento

de estabelecimentos em cerca de 25% foi acompanhado por uma pequena alteração total de

matrículas, mas com uma migração de alunos das escolas particulares para as públicas.

Page 14: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

14

Quadro 1 - Evolução percentual do número de matrículas e de estabelecimentos de ensino no Estado de São Paulo

Fonte Censo Escolar 1998 a 2002 – Ministério da Educação

Apesar deste quadro, poucas instituições têm tomado alguma atitude séria para enfrentar o

problema e se tornarem empresas lucrativas, adotando práticas profissionais de gestão e

prestando um atendimento eficaz ao cliente. A grande maioria ainda se considera uma

instituição especial onde a qualidade de ensino e a assistência filantrópica superam o

desempenho financeiro em importância. (CAFARDO 2002)

Para Kaufman, Herman e Waters (2002), nunca antes os educadores foram tão exigidos a

fazer cada vez mais, devendo apaziguar pais, lidar com traficantes de drogas e oficiais da lei,

bem como dirigir instrutores, nutricionistas e profissionais da saúde. A Legislação atribui

cada vez mais deveres e responsabilidades às escolas, que dispõem cada vez menos de menos

recursos para isto.

Líderes educacionais devem estar preparados para criar e gerenciar o futuro da escola.

D’Onofrio e Jackson (1999) afirmam que as novas tecnologias de comunicação estão

transformando o ambiente da educação na transmissão e gestão do conhecimento.

EVOLUÇÃO DE MATRÍCULAS E ESTABELECIMENTOS DE ENSINO

Ensino Médio Ensino Fundamental

Matrículas Estabelecimentos Matrículas Estabelecimentos

Pública Privada Pública Privada Pública Privada Pública Privada

1998-1999 7,80% -0,42% 8,23% 10,88% -1,19% -0,38% 2,28% 8,02%

1999-2000 2,67% -5,06% 4,84% 4,75% -1,85% 0,38% 0,87% 6,82%

2000-2001 -2,14% -2,69% 3,64% 2,69% -2,54% 0,77% 1,86% 5,58%

2001-2002 2,05% -1,47% 8,36% 2,86% -1,92% 0,45% 1,15% 5,45%

1998-2002 10,54% -9,36% 27,44% 22,69% -7,29% 1,23% 6,30% 28,46%

Page 15: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

15

A falta de professores qualificados requer novas maneiras das escolas formarem seus alunos,

a base de conhecimento exigida expande-se rapidamente, incluindo habilidades tecnológicas

bem como fundamentos sólidos de leitura, redação, matemática e ciências sociais.

Segundo Moxley (2003, p.3) as pressões geradas por estas condições e a “tolerância zero” do

público na busca por um ambiente seguro e ordeiro, têm colocado as escolas num estado de

gestão de crise, e um plano pode prover uma direção clara para o líder educacional manter a

estabilidade na escola.

A autora afirma que a esperança para as instituições de ensino hoje seria o desenvolvimento

de um plano estratégico para o futuro, pois os pais estão exigindo retorno completo de seu

investimento.

Segundo Fox (1998, p.41) “se o sistema escolar pretende ter sucesso, deve superar este

modelo reativo e apavorado de operação”, e as idéias de Prosise (1999, p.10) completam o

raciocínio de como as escolas devem atuar para sobreviverem, quando afirma que: “a falta de

continuidade levará à frustração, e a ausência de acompanhamento de objetivos e programas

levará à baixa produtividade da escola”.

Sarason e Tegarden (2003) dizem que existem diferentes conclusões sobre se o planejamento

estratégico melhora o desempenho das empresas, sendo este um debate com advogados em

ambos os lados. As autoras citam Ansoff (1965 e 1991), Mintzberg (1991 e 1994) e vários

estudos que apontam em muitas direções. Porém completam que algumas revisões de

literatura e meta-análises mostram uma relação positiva, ainda que modesta, entre

Planejamento Estratégico e Desempenho.

Page 16: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

16

Boyd (1991) aponta para a evidência tênue de relação entre Planejamento Estratégico e

desempenho, porém mostra a existência de estudos sobre a adoção ou não de processos de

planejamento, excluindo-se a qualidade do plano elaborado. O autor completa afirmando que

os indicadores de desempenho utilizados poderiam subestimar os efeitos do planejamento.

Miller e Cardinal (1994 p.1662), ao analisarem 36 estudos concluem que o Planejamento

Estratégico afeta positivamente o desempenho da empresa; Schwenk e Schrader (1993 p.60)

chegam à mesma conclusão e acrescentam que os processos de planejamento devem ser

adotados por pequenas empresas, com possível impacto positivo.

A pergunta: “O Planejamento Estratégico reflete-se positivamente no desempenho?”,

marca então o início deste estudo que, por meio de uma pesquisa de campo nas escolas da

cidade de São Paulo, procurou identificar a adoção de um processo formal de planejamento

estratégico e sua influência no desempenho medido por indicadores baseados na metodologia

do Balanced Scorecard de Kaplan e Norton (1997).

Demonstrando assim que o posicionamento em relação à estratégia pode ser um fator decisivo

no sucesso das escolas, pois como afirma Cook (1990): “excelência - ela não acontece

simplesmente”. Os resultados poderão servir como um estímulo ao segmento de educação, no

sentido de sinalizar que o planejamento, como uma ferramenta gerencial, pode contribuir com

o seu desempenho e sua sobrevivência.

Em termos acadêmicos o estudo ajuda na discussão sobre a contribuição do planejamento

formal para o desempenho de pequenas e médias empresas num ambiente competitivo

específico como o que será analisado.

Page 17: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

17

A pesquisa está dividida em cinco partes: a primeira contendo uma revisão bibliográfica sobre

planejamento estratégico; a segunda apresentando o problema de pesquisa, objetivos,

hipótese, variáveis da pesquisa e delimitações; a terceira apresenta os procedimentos

metodológicos utilizados na pesquisa de campo, a quarta apresenta a análise dos dados

obtidos no campo, e a última conclusão.

Page 18: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

18

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Como descrito na introdução, este estudo procura determinar se a prática do Planejamento

Estratégico por meio de um método formal é utilizada pelas escolas de São Paulo, e se este

processo traz benefícios às instituições de ensino.

A fundamentação teórica examina o processo de planejamento estratégico e os indicadores de

desempenho e estará dividido da seguinte nas seguintes seções: Visão geral do Planejamento

Estratégico; Definição do Planejamento Estratégico; Natureza do Planejamento Estratégico;

Processo do Planejamento Estratégico; e Mensuração de Desempenho.

1.1 Visão Geral do Planejamento Estratégico

Segundo Schlechty (1997) o planejamento estratégico, executado corretamente, é útil, e nas

mãos de líderes hábeis e persistentes é uma ferramenta poderosa.

Já Kaufman e Herman (1991) alertam para o perigo do Planejamento Estratégico se tornar

uma moda educacional passageira, apesar de ser um avanço muito importante para este

destino, pois alguns educadores abraçaram uma causa emprestada dos livros dos empresários

sem uma clara idéia do que é, do que deveria produzir e como difere dos outros tipos de

planos. Segundo os autores, é vital para o futuro das crianças bem como de todos os

envolvidos na escola que um planejamento estratégico sensível, válido e útil seja cumprido.

Tinto (1993) afirma que não há soluções fáceis para o problema da evasão de alunos, e que o

comprometimento de toda instituição com seus alunos é a base de qualquer programa de

retenção de estudantes bem sucedido. Para o autor este comprometimento não está nas

publicações, apresentações e brochuras, mas no duradouro compromisso do corpo docente e

Page 19: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

19

da administração com a educação de seus alunos. Atualmente os ganhos altos na retenção de

alunos são derivados de programas temporários ou de curto prazo e de circunstâncias

derivadas de um esforço concentrado para reter alunos. Uma política séria de retenção de

alunos depende de uma grande mudança na estrutura e no funcionamento da instituição.

Para Kotler e Fox (1994) há diversos graus de sofisticação nos sistemas de planejamento

utilizados pelas escolas, de simples orçamentos a processos formais de planejamento a longo

prazo. Para os autores o planejamento e controle orientam as operações da instituição em seu

mercado, e embora muitos educadores resistam a processos formais e sofisticados, estes

podem contribuir para a eficácia institucional.

Kaufman e Grisé (1995) enumeram seis fatores críticos para o sucesso do planejamento

estratégico: 1) sair da zona de conforto para definir e alcançar destinos melhores, 2)

diferenciar entre fins e meios, focando no “o que”e não “como”, 3) usar e integrar todos os

níveis de resultados, Mega (sociedade e comunidade), Macro (Organização) e Micro

(indivíduos e pequenos grupos), 4) preparar objetivos que incorporem medidas de como serão

atingidos, 5) definir as necessidades e “brechas” entre os resultados correntes e os desejados,

e 6)usar uma visão ideal como base para planejar, não restringindo o processo à organização.

Segundo Alexander e Serfass (1998) o desenvolvimento de um futuro estratégico é muito

importante para a eficiência e sobrevivência das organizações, porém a determinação do

futuro por meio de um processo de visão e previsão não é conhecido e praticado largamente

pelas escolas. Os autores identificam dois tipos de líderes organizacionais, o primeiro

composto por aqueles guiados pela tradição ao tomar decisões autoritárias “de cima para

baixo”, e o segundo composto por líderes que monitoram as necessidades dos estudantes e

stakeholders e respondem a elas para manter consistência de propósito. De acordo com os

Page 20: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

20

autores as instituições do primeiro grupo tendem a se limitar a aprender com os investimentos

e esforços do segundo.

Os autores afirmam também que os planejadores educacionais se apoiaram demasiadamente

em planos de curto prazo e planos operacionais por décadas que, usualmente, eram

desenvolvidos pelos mantenedores e em níveis hierárquicos superiores e enviados para os

departamentos responsáveis. Após os anos 70 o planejamento estratégico, que tinha ganho

força na indústria, encontra seu espaço em algumas instituições por meio de lideranças

empreendedoras que acreditam em planejamento para o futuro de forma a garantir uma

consistência de propósito.

Colombo (1999) define três níveis de planos, o Estratégico mais estático, genérico, de longo

prazo, abordando a escola em sua totalidade, o Tático, mais analítico, de médio prazo,

abordando cada aspecto separadamente, e o Operacional, detalhado, de curto prazo, focado

nas rotinas e tarefas isoladamente.

Kaplan e Beinhocker (2003) defendem que poucas decisões verdadeiramente estratégicas são

tomadas dentro do contexto de um processo formal, porém completam que, se encarado com

seriedade e definidor de objetivos claros, o planejamento estratégico formal pode se tornar

uma fonte de vantagem competitiva ao invés de perda de tempo.

Page 21: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

21

1.2 Definição de Planejamento Estratégico

Steiner (1979) afirma que o Planejamento Estratégico lida com o futuro das decisões atuais, é

um processo, uma filosofia e um conjunto inter-relacionado de planos, não há um modelo

único e cada empresa deve desenvolver seu sistema de planejamento que atenda suas

características únicas. O autor ainda afirma que o planejamento estratégico está

profundamente entrelaçado em todo o tecido do gerenciamento, não é algo separado ou

distinto do processo de gestão. O planejamento estratégico é fundamental no auxílio aos

executivos para descarregar suas responsabilidades de gestão estratégica. O planejamento

estratégico é vital para o sucesso das empresas.

Pearce II, Freeman e Robinson (1987) definem planejamento estratégico como o processo de

determinar a missão, principais objetivos, estratégias e políticas que dirijam a alocação e

aquisição de recursos para atingir a metas organizacionais. Quando o termo Planejamento

Estratégico é utilizado a intenção é demonstrar que o processo de planejamento envolve a

utilização de procedimentos explícitos e sistemáticos para angariar o comprometimento e

envolvimento de todos os stakeholders afetados pelo plano.

Para Alexander e Serfass (1998) o planejamento estratégico permite que a empresa se

reorganize continuamente com visão de seu futuro, identificando o que compõe seu negócio e

onde ele se encontra no momento; permite também a determinação dos objetivos e estratégias

necessários para orientar a organização para o futuro. O Planejamento Estratégico trabalha

bem quando os educadores reexaminam em qual negócio estão e quais são as necessidades de

seus clientes e stakeholders, e também define como todos os componentes da organização se

relacionam entre si e com os ambientes internos e externos, fornecendo direcionamento e

limites nos planos de curto, médio e longo prazo.

Page 22: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

22

O Planejamento Estratégico, para Kaufman e Herman (1991), é um processo ativo que analisa

realidades atuais e oportunidades para produzir estratégias e táticas úteis a fim de alcançar um

futuro melhor. Não é um processo linear derivado ou implantado de maneira autoritária, nem

intuitivo ou construído sobre palpites e sentimentos, ele envolve parceiros na definição e

suporte aos propósitos e missões, provendo planos para progresso orientado a resultados.

Goodstein, Nolan e Pfeiffer (1993, tradução nossa) definem Planejamento Estratégico como

“o processo pelo qual os membros dirigentes de uma organização vêem seu futuro e

desenvolvem as operações e procedimentos necessários para alcançar este futuro”. Os

autores defendem que esta visão do estado futuro da organização oferece tanto a direção

quanto energia para que ela se mova, e que este processo de visão futura se diferencia do

planejamento de longo-prazo, que não passa de uma extrapolação das tendências atuais do

negócio, por ser mais uma tentativa de antecipação e preparação para o futuro, fundamentado

na crença que o futuro pode ser alterado ou influenciado pelas ações presentes.

Para Bryson (1995), Planejamento Estratégico é um esforço disciplinado para a produção de

decisões e ações fundamentais, que moldará e guiará o que uma organização é, o que ela faz e

porque o faz, a coleta ampla e efetiva de informações, o desenvolvimento e exploração de

alternativas estratégicas e a ênfase, no futuro, das decisões presentes. O Planejamento pode

facilitar a comunicação e participação, acomodar as divergências de interesses e valores,

desenvolver a tomada de decisão analítica sábia e racional, e promover a implantação bem

sucedida da estratégia.

Larsen, Tonge e Ito (2000, tradução nossa) definem para seu estudo que planejamento

estratégico é “uma revisão formal das competências e fraquezas da empresa e de

oportunidades futuras levando a decisões voltadas ao crescimento da empresa”.

Page 23: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

23

1.3 Natureza do Planejamento Estratégico

De acordo com Steiner (1979) o Planejamento Estratégico inclui quatro pontos de referência,

o autor afirma que primeiro o planejamento lida com as conseqüências futuras das decisões,

em segundo é um processo que a organização experimenta e mantém ao longo do tempo, em

terceiro o autor acredita que o planejamento é um filosofia de vida para a organização, e por

ultimo é a estrutura que conecta os planos estratégicos, programas de médios prazo e

orçamentos e planos operacionais de curto prazo.

Para Cook (1990) o Planejamento Estratégico tem auxiliado escolas na criação do futuro

focando sua energia e atividades num plano compreensivo de longo prazo com revisões

cuidadosas dos resultados presentes.

Alexander e Serfass (1999 tradução nossa) declaram que:

“Planejamento estratégico permite a uma organização se regenerar continuamente pela visão de seu futuro, assumindo o que é e onde se encontra no momento, e determinando quais objetivos e estratégias são necessários para mover-se em direção a seu futuro”

1.3.1 Benefícios do Planejamento Estratégico

De acordo com Steiner (1979) o Planejamento Estratégico formal introduz na organização um

conjunto de forças e ferramentas para a tomada de decisões por toda a empresa. Entre as mais

importantes, ele cita que: simula o futuro, aplica a visão sistêmica da empresa, força a

definição de objetivos, revela futuras oportunidades e ameaças, apresenta diretrizes para

tomada de decisão em toda empresa, é base para outras funções gerenciais, indicador de

desempenho, acelera para a alta gerência resultados e temas estratégicos. O autor completa

que resultados diretos, substanciais e importantes devem ser esperados de um sistema de

Page 24: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

24

planejamento efetivo e que valores comportamentais como a criação de um canal de

comunicação, a atuação como ferramenta de treinamento gerencial e crescimento de um

sentido de participação, poderiam ser esperados também.

Goodstein, Nolan e Pfeiffer (1993) defendem que o Planejamento Estratégico fornece o

modelo e as diretrizes para que todos na organização tratem situações estratégicas de forma

similar, discutam o assunto na mesma linguagem e tomem decisões baseados em um mesmo

conjunto de valores, dentro de prazos razoáveis. O planejamento estratégico permite aos

líderes organizacionais liberar a energia da organização orientada por uma visão comum e a

crença de que esta visão pode ser alcançada.

Os autores completam dizendo que o Planejamento Estratégico auxilia a organização a

desenvolver, organizar e utilizar uma melhor compreensão do ambiente competitivo em que

está inserida, avaliando suas potencialidades e fraquezas face à indústria e mercado em que

compete e das necessidades de seus clientes atuais e potenciais.

Em seu estudo, Miller e Cardinal (1994) concluem que planejamento estratégico afeta

positivamente o desempenho das empresas. Segundo os autores a inconsistência de

conclusões deve-se a questões metodológicas, grandes responsáveis pelos debates a respeito

do valor do Planejamento Estratégico.

O Planejamento Estratégico para Bryson (1995) é uma maneira de ajudar organizações e

comunidades a lidar com as circunstâncias da mudança, tem a intenção de melhorar a

habilidade da organização de pensar e agir estrategicamente, ajuda a construir com base em

seus pontos fortes e aproveitar as grandes oportunidades enquanto superam suas fraquezas e

ameaças à sua existência.

Page 25: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

25

De acordo com Larsen, Tonge e Ito (2000), o planejamento estratégico melhora a

lucratividade, o “mix” de produtos, tomada de decisões e comunicação. Para os autores

benefícios como motivação gerenciamento de operações, alocação de recursos, controles e

crescimento de ativos podem ser incluídos na lista.

1.3.2 Erros de interpretação do Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico porém não é a resposta para todos os problemas gerenciais,

obviamente tem suas limitações. Segundo Steiner (1979) há vários aspectos críticos para o

sucesso do plano: o ambiente pode demonstrar ser diferente do esperado, Resistências

Internas; Planejar é caro; Crises imediatas; Planejar é difícil; Limitação de escolhas dentro do

plano; Limitações impostas pelo processo.

Para Goodstein, Nolan e Pfeiffer (1993), o planejamento estratégico não é previsão, pois esta

não passa de uma simples extrapolação das tendências atuais para o futuro: planejamento

estratégico é mais preciso, pois a simples extrapolação para o futuro, mesmo em períodos

curtos, raramente mostra-se correta, pois os ambientes interno e externo estão em constante

mudança.

O planejamento estratégico também não lida com decisões futuras, na verdade, está focado

nas decisões presentes que afetarão a organização e seu futuro, auxiliando os executivos a

identificar o risco necessário para atingir seus objetivos e compreender os parâmetros

envolvidos em suas decisões.

Davies e Ellison (1998) afirmam que as escolas devem resistir às pressões de estender seus

planos operacionais para prazos mais longos de dois ou três anos, pois isto não os torna

Page 26: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

26

estratégicos. Segundo os autores o planejamento é frequentemente considerado como

desejado, necessário e erroneamente a solução para o mau gerenciamento.

Para Colombo (1999) a crença na impossibilidade de se planejar e organizar-se diante de um

cenário cheio de mudanças e incertezas leva os profissionais a se acomodarem, abandonando

uma postura pró-ativa e empreendedora.

Mara (2000) defende em seu estudo que o processo de planejamento consome muito tempo e

recursos que pequenas organizações não dispõem, e que o processo geralmente utilizado é

tedioso e gera planos que são descartados antes de sua implementação. A autora propõe no

entanto um novo processo que pode facilitar e produzir um plano estratégico de forma rápida

e interessante para pequenas organizações.

Kaplan e Beinhocker (2003) discutem a afirmação de Mintzberg de que o Planejamento

Estratégico é um paradoxo pois, apesar de seu estudo mostrar que poucas decisões

estratégicas são tomadas no contexto de um processo formal com o objetivo correto em

mente, o planejamento formal pode ser uma fonte de vantagem competitiva.

Page 27: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

27

1.4 Processo de Planejamento Estratégico

Bracker e Pearson (1986) identificam oito componentes de um processo de planejamento em

empresas de pequeno porte: Definição de objetivos; análise do ambiente; análise SWOT;

formulação da estratégia; projeções financeiras; orçamentos funcionais; medidas de

desempenho operacional e; procedimentos de controle e correção. Os autores, baseados nestes

componentes, identificaram quatro níveis distintos do processo de planejamento estratégico:

1. Desestruturado, não é possível identificar o planejamento estruturado na empresa

2. Intuitivo, o planejamento é desenvolvido de acordo com a experiência e intuição dos

proprietários da empresa, é composto de planos de curto prazo, geralmente não

escritos e dependentes do ambiente presente da empresa e dos objetivos dos

proprietários, para um período máximo de 1 ano.

3. Planos operacionais estruturados, o planejamento é composto por planos de ação e

orçamentos operacionais documentados, de curto prazo. O plano típico inclui dados de

controle como cotas de produção, restrições de custos e necessidade de pessoal,

geralmente dentro do ano fiscal corrente.

4. Planos estratégicos estruturados, planos formais, escritos, de longo prazo que

cobrem o processo de determinar os principais interesses externos focados na

organização, as expectativas dos interesses internos dominantes, informação sobre

desempenho passado, presente e futuro da empresa, análise ambiental e determinação

dos pontos fortes e fracos da empresa, com horizontes entre 3 e 15 anos

Page 28: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

28

Goodstein, Nolan e Pfeiffer (1993) apresentam uma visão mais completa do processo de

planejamento estratégico; seu modelo, também útil para pequenas e médias empresas,

organizações sem fins lucrativos e órgãos governamentais e não somente para grandes

organizações e indústrias, oferece uma diretriz para as organizações lidarem com as partes

mais problemáticas do planejamento estratégico conforme a Figura 1.

O modelo dos autores segue uma orientação prática do planejamento com uma grande

preocupação com o uso e implantação, não apenas após completo, mas a cada passo ao longo

do processo, o modelo também difere de outros pela ênfase nas decisões orientadas pelos

valores e seu pesado foco na visão ideal do futuro da organização.

A Figura 1 apresenta os componentes do processo de planejamento identificados por

Goodstein, Nolan e Pfeiffer (1993): Planejar o plano; Estabelecimento dos valores;

Formulação da missão; Modelagem estratégica do negócio; Avaliação do desempenho;

Analise de falhas; Integração dos planos; Planejamento de contingências; e Implementação.

Segundo os autores seu modelo difere dos demais no seguintes aspectos: na continuidade das

fases de análise ambiental e considerações de uso, que se estendem por todo processo; na

divisão da análise interna em duas fases, que englobam aspectos diferentes de uma única; em

seu enfoque da identificação de valores; na modelagem estratégica do negócio e da integração

dos planos de ação; e na escolha após a análise de falhas, que acelera o processo se as

diferenças entre a modelagem estratégica do negócio e avaliação do desempenho forem

facilmente resolvidas.

Page 29: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

29

Consideraçõesde Uso

Monitoramentodo Ambiente

Planejando oplano

Identificaçãodos Valores

Formulaçãoda Missão

ModelagemEstratégica do

Negócio

Avaliação deDesempenho

Análise deFalhas

Planejamentode

Contingências

Implementação

Integração dosPlanos de

Ação

Figura 1 - Modelo de Planejamento Estratégico Aplicado

Fonte: Goodstein, Nolan e Pfeiffer (1993)

Larsen, Tonge e Ito (2000) identificam como componentes do processo de planejamento

estratégico a identificação de objetivos; plano financeiro; missão de valores; estratégia de

marketing; analise da concorrência; competências corporativas; estrutura organizacional;

analise do ambiente; analise de portfolio; avaliação corporativa; e processos de produção.

Page 30: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

30

1.4.1 Planejando o plano

O primeiro passo do processo consiste na preparação do processo de Planejamento

Estratégico, onde a organização estabelece seu comprometimento e define a equipe

responsável, prazos, procedimentos, tarefas do comitê, facilitadores e treinamento básico para

o sucesso do plano (GOODSTEIN; NOLAN; PFEIFFER,1993).

Steiner (1979) coloca que as aspirações, interesses, expectativas, atitudes e filosofias pessoais

são importantes no planejamento, pois essas originam as crenças e valores, que podem e

freqüentemente determinam as escolhas gerenciais no processo de planejamento.

Para Kaufman e Herman (1991) a identificação de valores e crenças organizacionais são as

primeiras tarefas de um processo de planejamento, para os autores valores, crenças e desejos

afetam a forma com que a equipe conduz o planejamento. Desta forma, é necessário que

sejam identificados e partilhados formalmente entre os participantes do processo para

obtenção de consenso. O sucesso do processo dependerá da habilidade dos participantes em

absorver novas filosofias ou reconsiderar crenças e valores básicos sobre pessoas, sociedade e

educação. Alexander e Serfass (1999) afirmam que é função da equipe pesquisar os valores

individuais, analisá-los e certificar-se de seu compartilhamento com toda a organização.

A identificação de valores é para Goodstein, Nolan e Pfeiffer (1993) o segundo passo no

processo de planejamento, onde a equipe identifica seus valores individuais e os da

organização como um todo, sua filosofia de operação, sua cultura interna e dos stakeholders

no futuro da empresa, a atividade se dá pela ampliação do foco da equipe de planejamento do

pessoal para um exame amplo do papel da organização e seu funcionamento como um sistema

social.

Page 31: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

31

Schlechty (1997) diz que crenças sobre propósitos, produtos, clientes e estrutura são

componentes essenciais de onde a visão da escola emerge, porém tais crenças devem estar

lastreadas por valores claramente articulados e suportados pelo expresso compromisso de

realização nas ações da escola. Para Alexander e Serfass (1999) a declaração de missão vem

do estatuto da empresa suportado pelos valores compartilhados por seus membros.

1.4.2 Formulando a Missão e a Visão

Para Steiner (1979) em toda organização há uma rede de objetivos e sua fundação é a

formulação dos propósitos básicos e da missão da empresa, sua especificação é uma função

muito importante da alta gerência. Não há um consenso em seu formato e o que deve conter,

mas, em geral, inclui uma declaração dos propósitos sócio econômicos da companhia,

mercados e produtos, características, práticas gerenciais, relacionamento com a comunidade e

desejos da alta gerência com respeito da conduta dos negócios a vários códigos de

comportamento.

Kaufman e Herman (1991) acreditam que a declaração de missão é uma ampla descrição geral

do propósito da organização, ela pode ser motivadora, inspiradora e direcionadora, a

declaração de missão é um resumo do propósito e da operação da empresa definindo em sua

essência a empresa e porque ela deve ser suportada pelos stakeholders.

Goodstein, Nolan e Pfeiffer (1993) e Bryson (1995) afirmam que um dos mais importantes, e

freqüentemente difíceis, aspectos do processo de planejamento é a formulação de uma

declaração de missão, pois ela apresenta à organização sua “razão de ser”, “[...]a justificativa

social de sua existência”, ela indica claramente o escopo e a direção das atividades da

empresa e, dentro do possível, propõe uma formatação para a tomada de decisão em todos os

níveis da empresa. Uma missão bem formulada prevenirá a formulação,por parte das pessoas,

Page 32: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

32

de planos e projetos que não estejam alinhados com os objetivos e direcionamento da

organização.

Bryson (1995) completa ainda que, mais do justificar sua existência, a missão clarifica o

propósito e elimina um grande número de conflitos desnecessários e ajuda a canalizar as

discussões e atividades produtivamente. Além disto, uma missão importante e socialmente

justificável é fonte de inspiração para os principais stakeholders, especialmente os

empregados. O autor coloca que é duvidoso que alguma organização já chegou a alcançar

excelência ou grandeza sem um consenso básico entre os stakeholders sobre uma declaração

missão inspiradora.

De acordo com Senge (2000) todos sabem o que querem da educação, pais, alunos

professores, mantenedores, a visão comum alinha estes interesses diversos em torno da escola,

criando um sentido de comprometimento e desenvolvendo a imagem do futuro que todos

querem criar juntos. Sem um processo sustentado para construir esta visão a escola não pode

articular seu sentido de propósito.

Segundo Larsen, Tonge e Ito (2000) declarações de missão, apesar da falta de uma definição

formal, são uma descrição da filosofia e propósito da empresa, podendo ser utilizadas de

diversas formas, tais como motivação de empregados pela melhor compreensão sobre os

objetivos do negócio ou pela especificação dos mercados-alvos da empresa. Declarações de

missão podem auxiliar no clima organizacional ou no desenvolvimento das relações da

organização com seus fornecedores.

Page 33: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

33

1.4.3 Planejando ações

Steiner (1979) coloca que a grande estratégia é definida pela missão, propósito, objetivos e

políticas, o planejamento de médio prazo é o processo onde os planos funcionais específicos

são preparados e inter-relacionados a fim de mostrar, em detalhe, como a estratégia será

executada para atingir os objetivos de longo prazo. O passo seguinte é o desenvolvimento de

planos operacionais de curto prazo em detalhes muito mais profundos que os de médio prazo.

Segundo Goodstein, Nolan e Pfeiffer (1993) a Modelagem Estratégica do Negócio é o

processo pelo qual a organização define o sucesso no contexto do negócio em que ela quer

estar, como será medido, como será alcançado e que tipo de cultura será necessário para isto,

dentro dos parâmetros da missão estabelecida. Nesta fase a equipe completa uma série de

atividades que requerem uma visão criativa do futuro da organização, por meio da projeção de

cenários e a identificação dos passos, responsabilidades e prazos para alcançar estes cenários

a equipe desenha modelos estratégicos do negócio que refletem os valores e a missão criados

em fases anteriores do processo. Para os autores os resultados desta fase determinam o perfil

estratégico da organização, incluindo posicionamento quanto à inovação, risco e relação com

a concorrência. Determinam também a linha de negócios atual e proposta, uma lista de

indicadores críticos de sucesso com prazos, ações estratégicas necessárias para alcançar os

objetivos, e especificam a cultura que a organização precisa ter para cada um dos objetivos.

Porém antes de qualquer plano a organização deve determinar seu estado presente. A

avaliação acontece por meio de uma análise SWOT (do inglês Strengths, Weakness,

Opportunities, Threats). Essa análise, como o nome já aponta identifica os pontos fortes, e

fracos, as oportunidades e as ameaças da empresa. A análise do desempenho tem o objetivo

de prover as coordenadas para esta localização (GOODSTEIN; NOLAN; PFEIFFER, 1993),

Page 34: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

34

De acordo com Kaufman e Herman (1991) uma vez que o processo desenhou o futuro

desejado da organização e os objetivos definidos e aceitos, uma análise SWOT deve ser

completada, a fim permitir aos planejadores analisar as competências disponíveis para

implementar estratégias e táticas, identificar as fraquezas a serem corrigidas, identificar as

oportunidades existentes no ambiente e descobrir as ameaças que devem ser evitadas ou ter

seu impacto negativo diminuído.

Bryson (1995) diz que a exploração dos ambientes internos e externos da organização

combinada com a orientação da missão formam a fundação para identificar as questões

estratégicas envolvidas e o desenvolvimento de estratégias efetivas que crescerão nas

competências internas aproveitando as oportunidades minimizando as fraquezas e ameaças.

Para Bryson a organização deve realizar análises SWOT periodicamente, criando métodos e

sistemas para facilitar este processo.

Alexander e Serfass (1999) defendem que para a escola definir “onde ela quer estar” deve

proceder uma análise dos ambientes internos e externos a fim de determinar sua competências

e fraquezas bem como das oportunidades e ameaças externas que impactarão o futuro da

organização. A análise interna é feita pelo exame crítico de fatores como: cultura

organizacional, gerenciamento da escola, corpo docente, equipe, programas internos,

currículos, recursos financeiros, tecnologia, relações com a comunidade, rituais, tradições,

processos, expectativas dos com clientes/stakeholders entre outros.

A análise externa requer um estudo cuidadoso das tendências demográficas, econômicas,

políticas, sócio-culturais, tecnológicas, educacionais e outras que podem impactar o futuro

organizacional. De posse deste conhecimento a equipe de planejamento pode desenvolver um

cenário do que pode ser o futuro da empresa (ALEXANDER; SERFASS, 1999).

Page 35: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

35

1.4.4 Planejamento de contingências

Segundo Steiner (1979), o Planejamento Estratégico formal é baseado em eventos com a

grande probabilidade de acontecer, porém existem certas condições que podem prejudicar

seriamente o futuro da organização se vierem a ocorrer. O planejamento de contingências

trata destas ocorrências, os planos são, na verdade, uma preparação para tomada de decisões e

ações específicas no caso da ocorrência de eventos não planejados.

O autor completa que o planejamento de contingência visa melhorar a posição dos gerentes

para enfrentar eventos inesperados, reduzindo o tempo de resposta e a incerteza na resposta a

emergências, os lados negativos seriam a tendência a subestimar o impacto das ocorrências ou

criar cenários muito pessimistas, e o efeito negativo no moral e na motivação internos se

forem divulgados.

Para Goodstein, Nolan e Pfeiffer (1993) dois conceitos são importantes, probabilidade e

impacto, o planejamento de contingências, para os autores, envolve eventos com potencial de

alto-impacto no futuro da organização, porém com baixa probabilidade de ocorrer. A Figura 2

é uma representação gráfica do posicionamento do planejamento de contingência em relação a

outros processos de planejamento

Alto

QUADRANTE 1

Planejamento de Contingência

QUADRANTE 2

Planejamento Estratégico Aplicado

Bai

xo

QUADRANTE 3

Não requer Planejamento

QUADRANTE 4

Planejamento Operacional

Baixa Alta

Impa

cto

Probabilidade Figura 2 - Matriz de Probabilidade – Impacto

Fonte: Goodstein, Nolan e Pfeiffer (1993)

Page 36: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

36

De acordo com Goodstein, Nolan e Pfeiffer (1993) o desenvolvimento de um processo de

identificação e reação a eventos imprevistos é a maior contribuição do planejamento de

contingências a uma organização, pois é praticamente impossível de antecipar e preparar para

todos os eventos de baixa probabilidade de ocorrência.

1.4.5 Implementação

Para Kaufman, Herman e Waters (2003) qualquer plano é tão bom quanto os resultados que

ele gera, mas a maioria após sua elaboração “aguarda na sala de espera”(tradução nossa)

para impressionar visitantes.

Steiner (1979) diz que, antes da implementação dos planos, há algumas tarefas a serem

cumpridas pela gerência, a organização de todo o empreendimento deve estar a altura das

ações, tamanho e vontade da empresa. As tarefas chaves e seqüência das ações devem ser

comunicadas, as responsabilidades distribuídas, recursos materiais e humanos assegurados,

sistemas de motivação e incentivo organizados, programas de treinamento desenhados,

sistemas de informação instalados e a liderança gerencial que irá guiar efetivamente o esforço

coletivo deve estar assegurada.

Steiner (1979) afirma que o desenvolvimento e a utilização de técnicas de controle para a

implantação dos planos são necessários e envolvem algumas considerações em relação à

gestão de pessoas: tipos de controle, o estabelecimento de padrões, a mensuração do

desempenho em relação aos padrões estabelecidos e avaliação do desempenho das ações

corretivas.

Em seu estudo, Alexander (1989) conclui que alguns fatores são fundamentais na

implementação da estratégia: comunicação, iniciar com uma boa estratégia, obtenção do

Page 37: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

37

comprometimento e envolvimento dos funcionários, prover recursos suficientes e desenvolver

um plano de implementação.

Para Kaufman e Herman (1991) a implementação não é apenas a operacionalização dos

planos, ela envolve a gestão estratégica da organização, ou seja o monitoramento e a

avaliação do plano durante sua operação, tornando assim todo o processo em um processo

cíclico e contínuo. A implementação do plano envolve o desenvolvimento de estruturas dentro

da organização para atingir as estratégias, o monitoramento das atividades e estratégias e suas

avaliações, o desenvolvimento de sistemas integrados de informação gerencial, a modificação

e adaptação das estratégias, táticas ou atividades de acordo com seu monitoramento e

avaliação, assegurar da eficácia das atividades e sucesso da estratégia adotada.

Goodstein, Nolan e Pfeiffer (1993) enfatizam que o benefício do planejamento estratégico

está em sua implementação, que varia de acordo com a estratégia escolhida pela empresa,

porém a implementação não marca o fim do processo de planejamento estratégico, é uma fase

contínua que atravessa todas as outras dentro de um processo cíclico. Os autores defendem

que toda a organização deverá ser preparada para esta fase, pois se o planejamento estratégico

é o mapa do caminho a ser seguido, seu valor só existirá se a organização segui-lo.

A comunicação do plano e sua apresentação e discussão deve, segundo Goodstein, Nolan e

Pfeiffer (1993), envolver toda a organização levando aos stakeholders um sentimento de

propriedade do plano antes de sua implementação iniciar, os autores ainda completam que

também são necessárias à identificação e adequação: dos sistemas de controle gerencial, dos

programas de motivação e recompensa, dos sistema de informação gerencial e dos programas

de treinamento e desenvolvimento de habilidades dos funcionários.

Page 38: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

38

Para Hussey (1996) o sucesso da estratégia requer inicialmente uma estratégia apropriada,

porém isto não é o suficiente, ela tem de ser implementada com sucesso, para isto sugere um

modelo de implantação composto de oito variáveis que, de acordo com o autor, se mantido em

harmonia melhoram as chances de sucesso.

O modelo de Hussey (1996) é composto pelas seguintes variáveis:

• Estratégia – A visão estratégica e as estratégias devem estar claramente definidas

dentro do possível.

• Tarefas – O que a companhia deve ser capaz de fazer para implementar a estratégia.

• Pessoas – Identificar as habilidades, competências e motivação necessárias para o

sucesso e desenvolvê-las nos funcionários quando não encontradas.

• Estrutura – Identificar se a estrutura organizacional é adequada para a implementação

da estratégia, ou se deve ser mudada para tal.

• Processo de decisão – Os processo de decisão devem ser aproximados dos clientes a

fim de tornar a empresa mais ágil e responsiva

• Cultura – A cultura da organização deve suportar a estratégia, caso contrario pode

atuar no sentido contrário, a mudança cultural da organização é necessária para

garantir a implementação da estratégia.

Page 39: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

39

• Sistemas de Informação – Um sistema de informações eficaz deve garantir que a

informação certa chegue às pessoas certas, no caso de um sistema em conflito com a

estratégia, um dos dois será alterado.

• Sistemas de Controle – Os sistemas de controle estão relacionados aos principais

elementos da estratégia, devendo ser os mais apropriados para aquela a ser

implementada.

• Sistemas de Recompensas – Os sistemas de recompensas são fatores críticos para o

sucesso porque orientam o comportamento, pois na dissonância entre as recompensas

e as ações da gerência, são as recompensas que orientam os acontecimentos.

Para Wright e Kroll (2000) a implementação eficaz exige que os administradores considerem

principalmente como a organização deve ser estruturada para isto, e como a liderança, o poder

e a cultura da empresa devem ser administrados para que os stakeholders trabalhem em

conjunto para atingir os resultados esperados.

Mintzberg e Quinn (2001) defendem que a implementação da estratégia é composta das

seguintes atividades: mobilização dos recursos, adequação da estrutura organizacional e

sistemas de informação, reorganização dos processos de controle, avaliação de desempenho,

remuneração e desenvolvimento gerencial.

Segundo Hitt (2001) os fatores mais influentes na implementação da estratégia são:

• Governança corporativa, onde o relacionamento entre os stakeholders determinará a

maneira pela qual a empresa monitora e controla as decisões e ações dos gerentes.

Page 40: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

40

• A estrutura organizacional, pois para cada estratégia é necessária uma estrutura

diferente.

• Liderança estratégica efetiva, capaz de antecipar eventos, identificar oportunidades,

manter a flexibilidade e delegar poderes a fim de criar condições para a mudança

estratégica.

• Administração da inovação, é uma capacidade vital para a implementação bem

sucedida da estratégia da empresa.

Thompson e Strikland (2001) elencam oito tarefas principais que os gerentes tem de cumprir

para a implementação da estratégia:

1. Construir uma organização com competências, capacidade e recursos para

levar a estratégia;

2. Desenvolver orçamentos para direcionar os recursos nas atividades críticas

para o sucesso da estratégia;

3. Estabelecer procedimentos e políticas que suportem a estratégia;

4. Instituir um sistema de incentivo à melhoria contínua;

5. Instalar sistemas operacionais, de comunicação, comércio eletrônico e de

gestão de informações.

6. Desenvolver um sistema de recompensas atrelado ao comprimento de objetivos

de desempenho.

7. Criar um ambiente e cultura corporativos que apóiem a estratégia.

8. Exercer a liderança interna necessária para dirigir a implementação, e manter a

o desenvolvimento da execução da estratégia.

Page 41: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

41

1.4.6 Outros Modelos

Bryson (1995) Apresenta um modelo de planejamento com dez passos construídos numa

forma ordenada e deliberada para forçar a participação dos stakeholders:

1. A organização deve concordar no processo utilizado para o planejamento e então

iniciá-lo;

2. As responsabilidades da organização devem ser definidas;

3. Missão e Visão devem ser esclarecidas

4. Os ambientes externo e interno devem ser avaliados pela utilização de um processo

SWOT;

5. Estabelecimento dos assuntos a serem debatidos;

6. Desenvolvimento de estratégias para dirigir os debates;

7. Rever e aceitar os planos estratégicos;

8. Estabelecer a visão;

9. Desenvolver o processo de implementação;

10. Reavaliar as estratégias do plano e o processo.

Kaufman e Herman (1991) e Kaufman (1995) propõem um modelo para sistemas

educacionais públicos ou privados, incluindo do berçário ao ensino superior composto de

quatro áreas com várias tarefas em cada uma, Escopo, Coleta de dados, Planejamento e

Implementação e Avaliação.

Page 42: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

42

• Escopo – definição do tamanho do planejamento, Mega, Macro Micro.

• Coleta de dados – Identificar os valores e crenças, Identificar Visões,

Identificar a missão corrente, análise ambiental interna e externa e

identificação de necessidades

• Planejamento – Integrar a visão, identificar um futuro consensual, identificar

missões, análise SWOT, determinar regras para decisões e desenvolver planos

de ação.

• Implementação e avaliação – Implementar a estratégia, conduzir avaliações

formais, conduzir avaliações conjuntas da estratégia e tática e a continuação ou

revisão dos planos.

Kotler e Fox (1995) sugerem um modelo de planejamento estratégico que deve ser utilizado

em cada nível institucional importante, uma vez que cada um tem suas metas, recursos e

oportunidades distintas, segundo os autores no processo de planejamento de uma instituição

de ensino os conselhos departamentais ou representantes dos professores tem papel de

importância, pois face à variedade de restrições institucionais a serem consideradas não pode

ser selecionada a estratégia de menor custo como é feito na administração de empresas.

O processo de Kotler e Fox (1995) envolve as seguintes fases:

1. Análise Ambiental – ambiente interno, ambiente de mercado, ambiente competitivo,

ambiente público, Macro ambiente (oportunidades e ameaças).

2. Análise de Recursos – recursos Humanos, recursos financeiros, instalações, sistemas

(pontos fortes e fracos).

Page 43: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

43

3. Formulação de Meta – missão, metas, objetivos.

4. Formulação de Estratégia – Estratégia de portfolio acadêmico, Estratégia de

oportunidades produto/mercado, estratégia competitiva, estratégia de posicionamento,

estratégia de mercado alvo.

5. Projeto Organizacional – estrutura, pessoas, cultura.

6. Projeto de Sistemas – informações, planejamento, controle.

1.5 Análise dos Modelos de Planejamento Estratégico.

A fundamentação teórica deste estudo procurou demonstrar que o processo formal de

planejamento estratégico tem um formato muito similar na visão de diversos autores, e que os

elementos do modelo de Goodstein, Nolan e Pfeffer (1993) da Figura 1 na página 29,

utilizado como base para a construção do capítulo 1.4, podem ser identificados em outros

modelos, inclusive o modelo educacional de Kaufman, Herman e Waters (2002).

A classificação do planejamento estratégico estruturado de Bracker e Pearson da Página 27

deste estudo, que foi utilizada como base para este estudo também apresenta elementos

similares aos modelos utilizados.

O modelo de Kaufman, Herman e Waters (2002) apresenta a divisão do processo de

planejamento em três fases: a preparação para o processo, o planejamento e a implementação

do plano. Esta divisão foi utilizada para a segunda parte do estudo que buscou identificar o

impacto de fase do processo de planejamento no desempenho da escola.

Page 44: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

44

1.5.1 Semelhança de Modelos de Planejamento

As figuras 3, 4, 5 e 6 a seguir apresentam os modelos de planejamento de Kaufman et alli.,

Steiner, David, Pearce e Robinson respectivamente. As fases do processo de planejamento de

Kaufman, Herman e Waters descritas anteriormente foram inseridas nos outros modelos para

ilustrar a semelhança entre eles.

A fase de preparação é composta pelos procedimentos de preparação para o processo. Para

Kaufman et alli esta fase é composta pela definição da visão, da missão, das necessidades da

empresa e dos objetivos derivados da missão. No modelo de Goodstein, Nolan e Pfeffer

(Figura 1 na Pág..29) os elementos seriam planejando o plano, identificação de valores e a

formulação da Missão, Steiner (Figura 4) apresenta somente um elemento Planejar o plano,

para David (Figura 5) a declaração de missão e de visão são os elementos iniciais do processo,

o modelo de Pearce e Robinson inicia com a definição da missão da empresa.

A fase de preparação então pode ser identificada como todos os procedimentos que são

tomados até a formulação das declarações de visão e missão da empresa.

A fase seguinte segundo o modelo de Kaufman, Herman e Waters (Figura 3) é a do

planejamento, que parte da análise ambiental ou SWOT, define uma missão de curto prazo e

elabora o plano estratégico.

Steiner (Figura 4) parte também da análise SWOT e inclui elementos de análise do ambiente

interno e externo, e conclui com a elaboração do planejamento estratégico (divido entre

estratégias de longo e médio prazos).

Page 45: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

45

David (Figura 5) também inicia com auditorias internas e externas, define os objetivos de

longo prazo e gera, avalia e seleciona a estratégia da empresa.

Pearce e Robinson (Figura 6) também iniciam nas análises ambientais (chamadas de externa e

perfil da empresa), analisa e seleciona uma estratégia e define ao objetivos e estratégias de

longo prazo.

Figura 3 - Modelo de Planejamento Estratégico Educacional segundo Kaufman, Herman e Waters (2002)

Page 46: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

46

A fase de planejamento para todos os modelos também é muito similar e todos os modelos

analisados seguem a mesma metodologia de analisar o ambiente, definir estratégias e

objetivos de longo prazo.

Figura 4 - Modelo de Planejamento Estratégico segundo Steiner (1979)

A terceira e última fase do modelo de Kaufman, Herman e Waters é a implementação do

plano, seu modelo inicia com a elaboração dos planos táticos, busca recursos, implementa e

busca a melhoria contínua, e finaliza com avaliação da eficácia e eficiência do plano, o

modelo ainda prevê a realimentação do processo com os novos dados para correções e ajustes.

Page 47: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

47

Figura 5 - Modelo de Planejamento Estratégico segundo David (2001)

O modelo de Steiner (Figura 4) também inicia com a elaboração dos planos táticos, a

implementação do plano estratégico e a revisão e avaliação do processo.

Para o modelo de David (Figura 5) são implementadas as estratégias de gestão, os planos

táticos por departamento e a medição e avaliação do desempenho do plano.

No modelo de Pearce e Robinson (Figura 6) são definidos os planos de curto prazo, as táticas

funcionais e as políticas para suportara a ação, que fornecem a base para a reestruturação e

reengenharia da organização para então efetuar o controle e avaliação da estratégia.

Os modelos também são muito similares quanto à implementação do plano estratégico,

partindo da elaboração do plano tático, implementando o plano estratégico e realizando a

avaliação dos resultados para posterior correção e ajustes.

Page 48: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

48

As variações existentes não apresentam diferenças de metodologia, são na verdade mudanças

de terminologia ou desmembramentos de processos. Isto sugere que a adoção do modelo de

Bracker e Pearson (1986) para o processo de planejamento e das fases de Kaufman, Herman

e Waters (2002) usados neste estudo são adequados.

Figura 6 - Modelo de planejamento Estratégico segundo Pearce e Robinson (1997)

Page 49: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

49

1.6 Mensuração de desempenho

1.6.1 Indicadores de desempenho

De acordo com a Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade – FPNQ (2002, p.54):

“Indicadores são dados ou informações numéricas que quantificam as entradas (recursos ou insumos), saídas (produtos) e o desempenho de processos, produtos e da organização como um todo. Os indicadores são utilizados para acompanhar e melhorar os resultados ao longo do tempo e podem ser classificados em: simples (decorrentes de uma única medição) ou compostos; diretos ou indiretos em relação à característica medida; específicos (atividades ou processos específicos) ou globais (resultados pretendidos pela organização); e direcionadores (drivers) ou resultantes (outcomes)”

“Desempenho são resultados obtidos dos principais indicadores de processos e de produtos que permitem avaliá-los e compará-los em relação às metas, aos padrões, aos referenciais pertinentes e a outros processos e produtos. Mais comumente, os resultados expressam satisfação, insatisfação, eficiência e eficácia e podem ser apresentados em termos financeiros ou não”.

Para MEYER (1994) o objetivo principal de um sistema de indicadores de desempenho deve

ser o de ajudar a administração a medir o seu progresso.

Segundo Atkinson et al. (2000), os indicadores de desempenho podem ser utilizados para:

• Controle: controle do comportamento do processo e de melhorias a serem adotadas.

• Auto-avaliação: avaliação do comportamento do processo e determinação das

melhorias a serem implementadas;

• Melhoria contínua: identificação de tendências de processos, fontes e prevenção de

defeitos, determinação da eficiência e efetividade dos processos, e oportunidades para

sua melhoria:

Page 50: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

50

• Avaliação administrativa: identificar o valor agregado, efetividade e eficiência.

Para os autores, as medições podem ainda ser classificadas de acordo com o uso da

informação que fornecem, em:

• Medição para visibilidade: indicadores de avaliação utilizados para identificar pontos

fortes e fracos ou diferenças, demonstrando o desempenho atual a fim de possibilitar a

proposição de ações de melhoria, esta avaliação, neste caso, dá-se pela comparação

dos dados médios do setor ou de concorrentes;

• Medição para controle: Indicadores para controlar o desempenho em relação a um

padrão estabelecido, a avaliação se dá pela comparação dos resultados com padrões

adotados ou convencionados;

• Medições para melhoria: Indicadores para comparar a implantação de uma melhoria

em relação à meta estabelecida, identificando as oportunidades de melhoria e o

impacto das intervenções no processo, podendo ser utilizadas para assegurar a

implantação de estratégias; a avaliação dá-se pela comparação do desempenho do

objeto da medição em relação à meta estabelecida.

Segundo Atkinson et al. (2000) os indicadores de desempenho constituem num instrumento

de planejamento, gerenciamento e motivação, pois direcionam a empresa para os objetivos,

organizam ações e conferem visibilidade aos resultados alcançados. As medidas utilizadas

pela administração contribuem efetivamente para a motivação e envolvimento das pessoas

com a melhoria, pois lhes possibilita um feedback quanto ao seu próprio desempenho.

Page 51: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

51

De acordo com Kanji (2002) o gerenciamento efetivo é dependente de um sistema de medida

de desempenho e resultados efetivos, pois sabendo como atingir a excelência, a empresa pode

identificar oportunidades de melhoria e melhor utilizar recursos limitados de forma eficaz no

processo.

O autor defende que o papel imediato de um sistema de medidas de desempenho é controlar o

progresso em direção aos objetivos estabelecidos, porém seu uso não pode ser limitado a este

papel, pois sistemas de medição devem ser utilizados como ferramentas de gestão e

motivação mostrando a cada indivíduo como sua participação afeta a empresa. Devem ser

utilizados também como ferramentas de comunicação apontando às pessoas o que é

importante para o crescimento da empresa e onde devem ser feitas melhorias.

Para Crandall (2002) o desempenho para ser melhorada precisa, antes de tudo, ser medido,

porém o desenvolvimento de indicadores que satisfaçam todas as partes envolvidas e seus

diferentes interesses é uma tarefa difícil, mas novos índices são necessários por diversas

razões: insatisfação com metodologias tradicionais de mensuração, crescimento da

necessidade de dar suporte à busca por excelência, a integração de ações estratégicas e

sistemas de medição auxilia a eficácia gerencial e a inabilidade dos sistemas atuais em focar

objetivos de custo e pessoal.

Crandall (2002) mostra que, dentre vários problemas dos sistemas de medição atuais, 10 são

mais comumente associados aos atuais sistemas em uso:

1. Os índices refletem apenas desempenho financeiro e não serviço ao cliente ou

qualidade.

Page 52: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

52

2. Inconsistências entre indicadores usados para definir objetivos e planos, e os utilizados

em medir desempenho.

3. Indicadores adotados de forma desigual em todos os níveis da organização.

4. Indicadores não são aplicados uniformemente por todas as áreas da empresa.

5. Dificuldade em obter resultados atuais para comparar com os objetivos de

desempenho.

6. Sistemas rígidos que dificultam a mudança nos indicadores.

7. Indicadores atuais mostram controle, mas não melhorias.

8. Muitos sistemas de medição não conseguem diferenciar entre poucos índices vitais e

muitos índices triviais.

9. Alguns índices podem promover objetivos departamentais ao invés de objetivos

corporativos ou globais.

10. Pessoas avaliadas podem não aceitar o conceito básico da avaliação de desempenho

1.6.2 Uso de Indicadores de desempenho organizacional

Hofer (1983, p.44) diz:

“...parece claro que diferentes campos de estudo devem e utilizarão diferentes medidas de desempenho organizacional devido às diferenças em seus questionários de pesquisa”

Schrader, Taylor e Dalton (1984 p.149-150) argumentam que diversos estudos apontaram a

sensibilidade do uso do desempenho como variável dependente nas pesquisas, pois há uma

grande variedade de indicadores utilizados, sendo que alguns podem apresentar mais

Page 53: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

53

suscetibilidade à intervenção do planejamento estratégico do que outros. O desempenho

organizacional é o resultado de várias variáveis, e a atenção excessiva a uma única ou grupo

pode levar erros na apuração de resultados.

De acordo com Venkatraman e Ramanujan (1986) o conceito de desempenho do negócio

reflete uma parte do conceito geral da eficácia organizacional (Figura 7). Os autores

consideram que assumir que indicadores financeiros refletem o cumprimento dos objetivos

financeiros da empresa como a visão mais limitada da eficácia organizacional, tipicamente

esta visão utiliza índices como crescimento de vendas, rentabilidade, ganhos por ação entre

outros.

Uma conceitualização mais ampla adicionaria indicadores de desempenho operacional aos

financeiros, sendo mais lógico então incluir índices como market-share, lançamento de novos

produtos, qualidade de produtos, eficácia de marketing, valor agregado entre outros dentro do

domínio do desempenho do negócio

Porém, completam os autores, uma conceitualização mais ampla seria bem-vinda, pois a

maioria dos estudos em estratégia foca apenas nos dois círculos internos da Figura 7 (p.804).

Page 54: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

54

Domínio do Desempenho Financeiro

Domínio do Desempenho Financeiro e Operacional

(desempenho do negócio)

Domínio do Eficácia Organizacional

Desempenho Financeiro

Desempenho Financeiro + Operacional

Eficácia Organizacional

Domínio do construto de desempenho na maioria das pesquisa de estratégia

Domínio ampliado nas mais recentes pesquisa de estratégia

Domínio abrangente refletido na maioria da literatura de gerenciamento estratégico e teoria da organização

Figura 7 – Circunscrevendo o domínio do desempenho do negócio

Fonte: Venkatraman e Ramanujam (1986, p.803)

Bracker, Keats e Pearson (1988) afirmam que poucos pesquisadores utilizaram indicadores de

desempenho financeiro específicos para cada indústria como variável dependente. O que

impediu determinar o sucesso das empresas.. Os autores completam que, normalmente as

considerações sobre o desempenho das empresas pesquisadas têm sido limitadas aos aspectos

financeiros e que, na maioria das vezes, falta consistência nas definições destes aspectos.

Para os autores o desempenho deve ser medido por índices precisos disponíveis, a

investigação intra-indústrias é confundida pela utilização de medidas genéricas

comprometendo os resultados dos estudos.

Page 55: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

55

Para Eccles (1991), um número cada vez maior de gerentes está mudando seu sistema de

indicadores de desempenho da empresa para controlar os parâmetros não financeiros e

reforçar novas estratégias competitivas. Críticas aos efeitos do pensamento de curto prazo

estimulado pelo uso de indicadores financeiros vêm crescendo constantemente, resultantes da

pressão dos investidores por lucros trimestrais maiores e a curta duração dos mandatos dos

gerentes, estimulando uma visão imediatista por parte dos executivos.

A diversidade na metodologia de adoção de indicadores de desempenho é apontada por Miller

e Cardinal (1994) como uma das causas da quantidade de conclusões inconsistentes na

literatura de planejamento estratégico e desempenho organizacional, e altamente responsável

pelo debate a respeito do valor do planejamento estratégico.

Larsen, Tonge e Ito (2000) tratam dos benefícios do planejamento estratégico, comparando

empresas de alto crescimento com o mercado em geral, e concluem que os indicadores

financeiros são os preferidos por ambos grupos, porém a adoção de indicadores não

financeiros vêm crescendo entre eles.

Kaplan e Norton (2001) colocam que numa economia dominada por ativos tangíveis,

indicadores financeiros eram adequados para mostrar os investimentos nos balanços das

empresas, demonstrativos de resultados podiam capturar as despesas associadas com o uso de

ativos tangíveis para produzir receitas e lucros. Porém no final do século XX os ativos

intangíveis tornaram-se a maior fonte de vantagem competitiva, mudando a orientação das

estratégias de gerenciamento de ativos tangíveis para estratégias baseadas em conhecimento

que criam e movimentam os ativos intangíveis da empresa. Isto inclui o relacionamento com o

cliente, serviços e produtos inovadores, processos de alta qualidade e operacionalmente

responsáveis, conhecimento e habilidades da força de trabalho, a tecnologia de informação

Page 56: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

56

que apóia os empregados e conecta a empresa a seus fornecedores e clientes e um ambiente

organizacional que estimula a inovação, solução de problemas e melhoria.

Tradicionalmente indicadores de performance focam em índices financeiros como receitas de

vendas, lucros, custos e retornos em investimentos (KANJI 2002). Porém, um sistema efetivo

deve fornecer uma visão holística e balanceada olhando para outros aspectos não relacionados

ao desempenho financeiro, pois não é mais suficiente olhar para a quantidade de lucro ou

prejuízo, é necessário entender e explicar as forças que orientam o sucesso e fracasso da

empresa.

De acordo com Kanji (2002), um sistema deve: apresentar o desempenho de um ponto de

vista amplo e inter-relacionado; estar conectado com os valores e estratégias da empresa; ser

baseado em fatores críticos para o sucesso; ser válido, confiável e fácil de usar; permitir

comparações e monitoramento do progresso; estar ligado a sistemas de recompensas e

encorajar comportamentos adequados; ressaltar oportunidades de melhoria; e sugerir

estratégias de desenvolvimento.

Crandall (2002) defende que indicadores chaves para o desempenho organizacional devem ser

aqueles que consigam responder ao maior número de críticas. Eles:

• Provêem medidas tanto físicas quanto financeiras.

• Podem ser usados tanto como medidas de planejamento quanto de avaliação.

• Podem ser utilizados em todos os níveis da organização.

• Podem ser adotados por todas as áreas da organização.

• São fáceis de entender e apresentar.

• São substituíveis, quando necessário.

• Focam na melhoria e não somente no controle.

• Diferentes prioridades podem ser atribuídas.

Page 57: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

57

• Podem ser escolhidos pelas pessoas avaliadas para ganhar aceitação e uso.

• Podem ser utilizados como indicadores comuns para deferentes funções para estimular

relacionamentos interfuncionais.

Sarason e Tegarden (2003) também utilizam vários indicadores de performance em seu estudo

para compor os índices de desempenho financeiro e crescimento de vendas. Tegarden,

Sarason e Banbury (2003) utilizam três componentes para determinar o desempenho

organizacional em seu estudo: o financeiro, composto por rentabilidade e crescimento de

vendas, o operacional, composto pelo desenvolvimento de novos produtos, diversificação em

novos mercados e antecipação de novos produtos, e o organizacional, composto pela

qualidade dos produtos e serviços, satisfação de empregados, adaptabilidade e desempenho

geral da empresa.

1.6.3 O Balanced Scorecard (BSC)

Conceito introduzido por KAPLAN e NORTON (1992 e 1997) procurava fornecer ao

mercado uma nova metodologia para descrever as estratégias de criação de valor que

relacionasse, tanto os ativos tangíveis quanto os intangíveis, com a preocupação de não criar

valor aos ativos intangíveis da empresa, porém medi-los em uma unidade não monetária.

O BSC descreve como estes ativos são mobilizados e combinados com outros para criar

proposições de valor ao cliente diferenciadoras, bem como resultados financeiros superiores.

A metodologia do BSC enfoca quatro perspectivas de objetivos estratégicos em sua

composição:

• Financeira – Estratégia para crescimento, rentabilidade e risco vistos do ponto de

vista do acionista

Page 58: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

58

• Clientes – Estratégia de geração de valor e diferenciação vistos da perspectiva do

cliente

• Processos Internos de Negócio – Prioridades estratégicas para diferentes processos

de negócio que criam satisfação tanto ao cliente quanto ao acionista.

• Aprendizado e Crescimento – Prioridades para criar o clima que suporte mudanças

organizacionais, inovação e crescimento.

Figura 8 – O Balanced Scorecard fornece a estrutura para a tradução da estratégia em termos operacionais.

Fonte: Kaplan e Norton (1997)

O BSC mostra claramente que as medidas financeiras e não-financeiras devem participar de

todos os níveis da organização. Seus objetivos e índices não formam um conjunto aleatório de

indicadores de desempenho, derivam sim de um processo hierárquico baseado na missão e na

estratégia da empresa, traduzindo-os em medidas tangíveis que representem o equilíbrio entre

Page 59: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

59

indicadores externos voltados a acionistas e clientes e os indicadores internos dos processos

de negócio, inovação, aprendizado e crescimento.

Anderson (2000) conclui que “entre os indicadores de performance que se ligam diretamente

a direcionadores de valor estratégicos, está provado que o uso efetivo do Balanced

Scorecard é bastante eficaz”.

Kanji (2002) defende que o BSC é uma significativa contribuição de seus autores, pois supera

as limitações dos sistemas tradicionais relacionando-os à estratégia, fornecendo uma visão

holística da organização ao olhar simultaneamente para os quatro aspectos citados

anteriormente. Além disso, permite à empresa acompanhar seus resultados financeiros,

enquanto simultaneamente monitora o progresso da construção de capacidades e aquisição de

ativos necessários para seu crescimento.

Crandall (2002) acredita que os indicadores do BSC são orientados pela missão e estratégia da

organização e não apenas uma coleção organizada de índices financeiros e não financeiros. Os

índices devem ser balanceados entre as medidas externas para os acionistas e clientes e

internas para uso gerencial. Para o autor o Balanced Scorecard é um sistema de gerenciamento

estratégico.

Segundo Jallbert e Landry (2003) o BSC é baseado no conceito de que apenas as variáveis

financeiras são insuficientes para medir o desempenho de uma organização, pois estas tendem

a restringir seu foco de comparação em períodos curtos, geralmente em bases anuais, levando

os executivos a tomar medidas de maximização de resultados mais imediatos e

comprometendo os de longo prazo. A adoção de indicadores não financeiros tais como,

satisfação do cliente, inovação e perspectivas de aprendizado, introduz uma visão e longo

Page 60: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

60

prazo na medição de desempenho forçando os executivos a tomar decisões que podem até

impactar negativamente nos indicadores financeiros.

Os autores identificam algumas vantagens na adoção da metodologia do Balanced Scorecard:

a melhor compreensão dos elementos críticos para o cumprimento dos objetivos estratégicos,

a integração de objetivos de longo prazo aos de curto e a explicitação da contribuição dos

empregados ao bem estar da empresa. É feita a ressalva de que o desenvolvimento de uma

conexão harmônica entre os diferentes indicadores e os objetivos de maximização da riqueza

dos acionistas pode ser difícil.

As quatro perspectivas do BSC são descritas a seguir:

A Perspectiva Financeira

A elaboração do BSC deve incentivar a vinculação dos objetivos financeiros à estratégia da

empresa, servindo de foco para os objetivos dos outros indicadores e perspectivas do BSC,

onde qualquer um selecionado está relacionado de tal forma que o desempenho financeiro é

melhorado.

Na maioria das empresas os objetivos financeiros são adotados de forma uniforme às unidades

de negócio, desrespeitando suas diferenças de estratégias, tornando assim muito pouco

provável que um único indicador seja adequado. Os executivos devem escolher medidas de

desempenho mais adequadas à sua estratégia e com o BSC elas têm o duplo papel de definir o

desempenho financeiro esperado e servir de meta principal para as outras perspectivas.

Kaplan e Norton (1997) ressaltam que as empresas podem se encontrar em diferentes fases de

seu ciclo de vida, podendo adotar diferentes estratégias. Os autores identificam então três

Page 61: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

61

delas para auxiliar o estudo: Crescimento; Sustentação e Colheita, onde é bem claro que os

indicadores de endividamento, liquidez, investimentos e taxas de retorno não poderão ser os

mesmos.

Empresas em crescimento devem enfatizar o aumento de vendas em novos mercados e

clientes, gerados por novos produtos e serviços. Já aquelas em fase de sustentação ou

consolidação, as medidas tradicionais como retorno sobre capital empregado, receita

operacional e margem bruta. Na avaliação de projetos indicadores tradicionais como fluxo de

caixa descontado e orçamentos de capital entram em cena junto a algumas medidas

inovadoras como Valor Econômico Agregado (EVA) e o valor para os acionistas,

representando assim o objetivo financeiro clássico, a maximização do retorno sobre o capital

investido.

Na fase de colheita ou de maturação, onde os investimentos são pequenos, a meta passa a ser

maximizar a geração de caixa em benefício da empresa como conseqüência dos investimentos

passados.

O Quadro 2 é um exemplo da escolha dos indicadores financeiros mais adequados em cada

fase da empresa levando-se em conta três temas financeiros que podem ser utilizados em

qualquer uma das fases.

O aumento de receita refere-se à ampliação da oferta de produtos e serviços, aumentando o

valor agregado e a modificação de preços, já a redução de custos diretos de produtos e

melhoria da produtividade referem-se a ações voltadas a redução de custos diretos e indiretos,

compartilhamento de recursos e aumento de produtividade. A utilização de ativos visa a

Page 62: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

62

otimização dos recursos da empresa, aumentando o uso da base de ativos fixos que não opera

em plena capacidade.

O Quadro 2 mostra ainda a flexibilidade que os executivos têm dentro da perspectiva

financeira para especificar seus índices para avaliação a longo prazo, os indicadores estão, na

verdade, condicionados pelo mercado, ambiente competitivo e estratégia da empresa, o BSC

permite a flexibilização dos objetivos de acordo com os diferentes ciclos de vida e

crescimento da empresa.

Temas Estratégicos

Aumento e Mix de Receita Redução de Custos / Aumento de Produtividade

Utilização de Ativos

Cre

scim

ent

o

Aumento da taxa de vendas por segmento Percentual de receita gerado por novos produtos serviços e clientes

Receita / funcionário Investimento (percentual de vendas) P&D (percentual de vendas)

Sust

enta

ção

Fatia de clientes e contas-alvo Vendas cruzadas Percentual de receita gerado por novas aplicações Lucratividade por clientes e linhas de produtos

Custos versus custos dos concorrentes Taxas de redução de custos Despesas indiretas (percentual de vendas)

Índice de capital de giro (ciclo de caixa a caixa) ROCE por categoria-chave de ativo Taxas de utilização dos ativos

Est

raté

gia

da E

mpr

esa

Col

heita

Lucratividade por clientes e linhas de produtos Percentual de clientes não lucrativos

Custos unitários (por unidade de produção, por transação)

Retorno Rendimento

Quadro 2 – Medição dos Temas Financeiros Estratégicos

Fonte: Kaplan e Norton (1997)

Page 63: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

63

A Perspectiva dos Clientes

De acordo com Kaplan e Norton (1997) a perspectiva do cliente permite às empresas alinhar

seus indicadores de resultados relacionados aos de seus clientes, satisfação, fidelidade,

retenção, captação e lucratividade, com os segmentos de mercado específicos nos quais vai

competir, permitindo também a identificação clara dos direcionadores de tendência da

perspectiva dos clientes.

Os autores afirmam que, para obter um desempenho financeiro superior a longo prazo, as

empresas precisam criar e oferecer produtos e serviços valorizados pelos clientes, mas que

aquelas empresas que “tentam ser tudo para todo mundo, acabam não sendo nada para

ninguém”. Além de aspirar satisfazer e encantar os clientes, os executivos devem traduzir

suas declarações de visão e missão em objetivos específicos baseados no mercado e nos

clientes, devem identificar os segmentos de mercado e populações atuais e potenciais de

clientes e selecionar em quais vai atuar. Portanto, completam os autores: “A perspectiva do

cliente traduz a missão e a estratégia da empresa em objetivos específicos para segmentos

focalizados de clientes e mercados que podem ser comunicados a toda a organização”

(KAPLAN; NORTON, 1997,p.68).

A Figura 9 apresenta na visão dos autores o grupo de medidas essenciais dos clientes para

qualquer tipo de empresa, podendo também ser agrupadas em uma cadeia formal de relações

de causa e efeito.

Page 64: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

64

Participaçãode Mercado

Lucratividadedos Clientes

Captação deClientes

Retenção deClientes

Satisfação dosClientes

Participação de Mercado

Reflete a proporção de negócios num determinado mercado (em termos de clientes, valores gastos ou volume unitário vendido).

Captação de Clientes

Mede, em termos absolutos ou relativos, intensidade com que uma unidade de negócios atrai ou conquista novos clientes ou negócios.

Retenção de Clientes

Controla, em termos absolutos ou relativos, a intensidade com que uma unidade de negócios retém ou mantém relacionamentos contínuos com seus clientes.

Satisfação de Clientes

Mede o nível de satisfação dos clientes de acordo com critérios específicos de desempenho dentro da proposta de valor

Lucratividade dos Clientes

Mede o lucro líquido de cliente ou segmento, depois de deduzidas despesas específicas necessárias para sustentar esses clientes

Figura 9 – Medidas Essenciais à Perspectiva do Cliente.

Fonte: Kaplan e Norton (1997)

Apesar de aparentarem ser muito genéricas a todos os tipos de empresas, esta situação altera-

se após sua adequação para cada grupo específico de cliente, em cada segmento de mercado,

em que a empresa ou unidade de negócio espera obter seu maior crescimento e lucratividade.

Com a definição dos parâmetros da perspectiva do cliente, os indicadores oferecerão metas

para diversas áreas da empresa: operações, logística, marketing, e desenvolvimento de

produtos e serviços, porém estes indicadores revelam também as falhas das medidas

financeiras tradicionais, pois estas são medidas passadas, que não apontam a direção e ações

que os funcionários da empresa devem tomar para obter os resultados desejados.

Page 65: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

65

A Perspectiva dos Processos Internos da Empresa

A perspectiva de processos internos requer dos executivos a identificação dos processos mais

críticos para a realização dos objetivos dos clientes e acionistas, Normalmente os objetivos e

indicadores desta perspectiva são desenvolvidos após a formulação das medidas financeiras e

de clientes, permitindo assim, nesta seqüência, que as métricas dos processos estejam

focalizadas naqueles que levem aos objetivos dos clientes e acionistas.

Os sistemas de medida de desempenho da maioria das empresas estão baseados na melhoria

dos processos operacionais já existentes. Kaplan e Norton (1997) recomendam que seja

desenvolvida uma cadeia de valor completa dos processos internos que inicie com o processo

de inovação, identificando as necessidades do cliente (atuais e futuras), e o desenvolvimento

de novas soluções para elas. (Figura 10).

Satisfação dasNecessidades

dos Clientes

Identificação dasNecessidades dosClientes

Identificar

oMercado

IdealizarOferta deProdutos/Serviços

GerarProdutos/Serviços

EntregarProdutos/Prestar

Serviços

Serviçosaos

Cliente

Processo deInovação

Processo deOperações

Processo deServiço Pós-venda

Figura 10 - A Perspectiva dos Processos Internos – O Modelo da Cadeia de Valor Genérica

Fonte: Kaplan e Norton (1997)

Prosseguindo com os processos de operações, entrega de produtos e prestação de serviços aos

clientes, e terminando com o serviço pós-venda, ofertando serviços e produtos pós-venda

complementando o valor proporcionado ao cliente.

Page 66: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

66

De acordo com Kaplan e Norton (1997) a cadeia de valor da Figura 10 mostra que a

excelência operacional é apenas um dos componentes e não o mais importante de toda uma

cadeia baseada em objetivos financeiros e de clientes.

A perspectiva de aprendizado e crescimento

Kaplan e Norton (1997) colocam que as perspectivas anteriores mostram onde a empresa deve

se destacar para obter um excelente desempenho, mas a perspectiva de aprendizado oferece a

infra-estrutura que permite o cumprimento de objetivos ambiciosos nas outras três.

A avaliação por critérios financeiros num escopo de curto prazo, dificulta aos executivos

defender investimentos no aumento da capacidade de seu pessoal, em sistemas e processos

organizacionais, pois tais investimentos são tratados como despesas no exercício, onde sua

redução produz ganhos rapidamente. Porém, as conseqüências negativas a longo prazo da

falta de aprimoramento das capacidades organizacionais, de pessoal e sistemas não aparecerão

no imediatamente.

O BSC mostra a importância do investimento a longo prazo em áreas não tradicionais de

infra-estrutura, pessoal, sistemas e procedimentos se houver interesse em atingir objetivos

ambiciosos de crescimento financeiro no futuro.

A Figura 11 mostra que as empresas extraem seus objetivos de desempenho dos funcionários

de uma base comum com três medidas de resultados, a satisfação dos funcionários, a retenção

de funcionários e a produtividade deles, mostra também que a satisfação dos funcionários é o

vetor das outras medidas,

Page 67: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

67

Resultados

Produtividade dosFuncionários

Retenção dosFuncionários

Satisfação dosFuncionários

Infra-estruturaTecnológica Clima para a Ação

Competências doQuadro de

Funcionários

IndicadoresEssenciais

Vetores

Figura 11 - A Estrutura de Medição do Aprendizado e Crescimento

Fonte: Kaplan e Norton (1997)

A motivação e habilidades dos funcionários, no entanto, podem ser necessárias no alcance dos

objetivos da empresa, porém as informações passaram a ter um papel relevante na eficácia do

desempenho da empresa, pois os funcionários necessitam de informações precisas sobre os

negócios e clientes. Medidas viáveis sobre a disponibilização de informações estratégicas são

importantes.

Porém mesmo os funcionários habilitados, com excelente acesso às informações, deixam de

contribuir para o sucesso organizacional se não estiverem ou forem motivados a agir no

melhor interesse da empresa, ou se não possuírem autonomia e liberdade para decidir e agir, o

clima organizacional para motivação e iniciativa dos funcionários é o terceiro direcionador

dos objetivos de desempenho. (KAPLAN E NORTON 1997)

Page 68: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

68

1.6.4 Indicadores subjetivos

Um grande problema que os pesquisadores enfrentam em seus estudos é a obtenção de dados

reais e indicadores objetivos de desempenho, pois a grande maioria das empresas é

constituída de pequenas e médias companhias, de capital fechado, que não se dispõem a

fornecer números exatos de seu negócio. Dess e Robinson (1984) demonstram que, apesar de

dados objetivos serem preferíveis, os pesquisadores podem considerar a utilização de

indicadores subjetivos em duas condições: 1) indisponibilidade de indicadores objetivos

precisos, 2) a remoção do estudo do desempenho da empresa da pesquisa ser a única

alternativa.

Os autores completam também que indicadores subjetivos são úteis na operacionalização de

dimensões não econômicas mais abrangentes, recomendam, porém, que o uso de indicadores

subjetivos é susceptível a diferenças de parâmetros entre indústrias sendo mais apropriados no

estudo de desempenho relativo dentro de empresas de um único ramo.

Pearce II, Robbins e Robinson (1987), em um estudo que comparou a relação entre

indicadores objetivos e subjetivos em 42 empresas, apontam forte suporte para a validade da

substituição de medidas objetivas por técnicas subjetivas para avaliação de desempenho,

confirmando assim as pesquisas anteriores de Dess e Robinson (1984).

Page 69: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

69

Sarason e Tegarden (2003) defendem a utilização de indicadores subjetivos em seus estudos

por duas razões específicas, a análise de dados intra-indústrias é dificultada por diferenças

internas entre rentabilidade e crescimento, e a grande participação de empresas de capital

privado na pesquisa, dificultando o acesso a dados financeiros objetivos.

Os capítulos 2.3.2 e 3.4.3 apresentam, na operacionalização da variável dependente e na

elaboração do instrumento de pesquisa, a utilização dos indicadores de desempenho.

Page 70: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

70

2 PROBLEMA, OBJETIVO E VARIÁVEIS DA PESQUISA

2.1 Problema de Pesquisa.

A atual crise do setor educacional exposta na Introdução deste estudo, leva à duvida do que

fazer para tornar uma escola competitiva, e se o planejamento de longo prazo seria uma

alternativa viável.

Os estudos de Sarason e Tegarden (2003), Boyd (1991), Miller e Cardinal (1994 p.1662) e

Schwenk e Schrader (1993 p.60) concluem que há evidências, em alguns casos tênues, de que

o planejamento estratégico é responsável por um melhor desempenho para as empresas.

Este estudo inicia-se na necessidade das escolas buscarem formas de enfrentar este ambiente

turbulento, tornando-se empresas competitivas., e nas idéias de Moxley (2003) que defende o

planejamento com forma de prover estabilidade à escola.

Desta forma o problema desta pesquisa é:

A adoção do planejamento estratégico formal impacta positivamente no desempenho das

escolas de ensino fundamental e médio de São Paulo?

Page 71: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

71

2.2 Objetivos

O objetivo geral, definido a partir o problema de pesquisa, orientará a mecânica da pesquisa, a

elaboração do instrumento de pesquisa e os procedimentos de análise. Este objetivo reflete a

necessidade de se determinar qual a metodologia de planejamento utilizado pelas escolas

pesquisadas e se este processo de planejamento produz resultados positivos em seu

desempenho, como afirmam em seu estudo Schwenk e Shrader (1993) onde também foi

utilizada a metodologia de Bracker e Pearson (1986).

A análise dos resultados apurados permitirá então atingir o objetivo geral que ficou definido

da seguinte forma:

O Objetivo Geral do presente estudo é identificar o impacto do processo formal de

planejamento estratégico no desempenho das escolas de ensino fundamental e médio de

São Paulo

2.2.1 Objetivos específicos

Para atingir o objetivo geral deste estudo algumas etapas necessitam ser cumpridas, a primeira

seria a identificação de processo de planejamento estratégico nas escolas segundo a

classificação de Braker e Pearson (1986) apresentada no item 2.3.1 a seguir.

A segunda seria, utilizando a classificação de Kaufman, Herma e Waters (2002), identificar

quais tarefas são cumpridas e quanto do processo de planejamento estratégico é realizado.

Page 72: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

72

A terceira etapa seria medir a o desempenho das escolas pesquisadas utilizando a metodologia

do BSC de Kaplan e Norton (1997), e vários indicadores de desempenho dentro das quatro

perspectivas do BSC.

Os objetivos específicos estabelecidos para este estudo atingir o objetivo geral acima são:

1. Utilizando a definição de Bracker e Pearson (1986) do item 1.4 da p. 27 deste estudo,

que classifica o planejamento como desestruturado, intuitivo, operacional e

estratégico:

Identificar dentre as escolas pesquisadas a existência de um processo completo de

planejamento estratégico.

2. Identificando cada fase do processo de planejamento estratégico: Preparação,

Planejamento e Implementação, segundo o modelo de Kaufman, Herman e Waters

(2002) do item 1.5 da p. 43 deste estudo:

Medir a sofisticação do processo de planejamento estratégico nos casos

identificados como tal.

3. Por meio de indicadores de desempenho, escolhidos segundo a metodologia do

Balanced Scorecard, dentro das perspectivas financeira, de clientes, de processos

internos e de aprendizado e crescimento, de Kaplan e Norton (1997) item 1.6.3 na p.

57deste estudo:

Medir o desempenho da escola, pela variação dos indicadores escolhidos.

Page 73: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

73

2.3 Definição operacional das Variáveis

Para a elaboração do instrumento de pesquisa e das hipóteses de forma precisa as variáveis

independente e dependente devem ser definidas operacionalmente para a definição das

hipóteses de forma precisa, e a elaboração do questionário de pesquisa.

2.3.1 Variável independente

O processo formal de planejamento estratégico

Definição Operacional:

Bracker e Pearson (1986) identificaram quatro níveis de sofisticação de planejamento, planos

desestruturados, planos intuitivos, planos operacionais estruturados, planos estratégicos

estruturados, definidos a seguir:

• Planejamento desestruturado – Não há estrutura de planejamento mensurável na

empresa.

• Planos Intuitivos – Planos informais desenvolvidos e implementados com base na

intuição e experiência do proprietário da empresa, em sua maioria são planos não

escritos, existindo na memória do proprietário, são de curta duração, não mais que um

ano e dependentes dos objetivos do proprietário e do ambiente presente da empresa

Page 74: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

74

• Planejamento Operacional Estruturado – Planos de ação e orçamentos operacionais

para o ano fiscal corrente, o típico plano operacional deve incluir controles básicos

como cotas de produção, restrições de custos e necessidades de pessoal.

• Planejamento Estratégico Estruturado – Planos de longo prazo formalizados e

escritos compreendendo o processo de determinação de interesses focados na

organização, expectativas dos interesses internos dominantes, informações sobre o

desempenho passado, presente e futuro, análise ambiental e determinação das

competências e fraquezas da empresa.

Hussey (1996) coloca que apenas uma estratégia apropriada não garante o sucesso da

empresa, pois sua implementação tem de ser bem sucedida também. Foi então

acrescentada à teoria de Bracker e Pearson a implementação do plano estratégico

completando assim a Dimensão “Planejamento Estratégico Estruturado”.

A

Figura 12 mostra a operacionalização da Variável Independente de acordo com a metodologia

proposta por Sekaran (1992), que decompõe a variável, a partir de seu conceito, em

dimensões e elementos. Estes elementos são utilizados na formulação das assertivas do

instrumento de coleta.

O conceito “Grau de Sofisticação de Planejamento” é definido pelas quatro dimensões de

Bracker e Pearson. Estas dimensões foram então decompostas nos elementos definidos pelos

autores. No entanto os autores focaram-se apenas no processo de formulação dos planos, não

incluindo a implementação destes planos.

Page 75: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

75

Segundo Pearce e Robinson (1997) e Hussey (1996) a implementação do plano é fator

fundamental para o sucesso da estratégia, e por isto foram incluídos na classificação de

Bracker e Pearson os elementos referentes à implementação na operacionalização desta

variável.

Grau de Sofisticação de Planejamento

Planejamento Desestruturado

Planejamento Intuitivo

Planejamento Operacional Estruturado

Planejamento Estratégico Estruturado

Formulação da estratégia do negócio

Análise do ambiente externo identificando oportunidades e

ameaças

Análise do ambiente interno determinando as competências

e fraquezas da empresa

Informações sobre o desempenho passado,

presente e futuro

Planos de longo prazo formalizados e escritos

Processo de determinação dos valores da organizaçãoO tipico plano operacional

deve incluir controles básicos como cotas de produção,

restrições de custos e necessidades de pessoal.

Planos de ação e orçamentos operacionais para o ano fiscal

corrente,

Planos informais

São planos não escritos, existindo na memória do

proprietário

São de curta duração, não mais que um ano

Dependentes dos objetivos do proprietário e do ambiente presente

da Empresa

Desenvolvidos e implementados com base na intuição e experiência do

propietário da empresa

Não há estrutura de planejamento mensurável na

empresa.

Dimensão

Elementos

Conceito

Definição dos planos de ação

Providencia de implantação

Figura 12 – Operacionalização da Variável Independente “Grau de Sofisticação do Planejamento”

Fonte: Elaborado de acordo com modelo de Bracker e Pearson (1986).

Page 76: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

76

2.3.2 Variável dependente

Desempenho das escolas de ensino fundamental e médio de São Paulo.

Definição Operacional:

O modelo do Balanced Scorecard de Kaplan e Norton (1997) define quatro perspectivas para

a mensuração do desempenho de uma empresa: Financeira, Clientes, Processos Internos do

Negócio e Aprendizado e Crescimento, cada uma composta por um conjunto de indicadores,

que formam os Grupos de Medidas de cada perspectiva.

A Figura 13 mostra a operacionalização da Variável Dependente segundo a metodologia de

Sekaran (1992). O conceito “Desempenho da Escola” foi decomposto nas dimensões

representadas pelas perspectivas de Kaplan e Norton. Os elementos são formados pelos

“Grupos de Indicadores” da teoria do BSC.

Figura 13 Operacionalização da Variável Dependente "Desempenho da Escola”

Fonte: Elaborado de acordo com modelo do Balanced Scorecard de Kaplan e Norton (1997).

Page 77: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

77

Para definir o grau de desempenho das escolas pesquisadas foram selecionados os seguintes

indicadores em cada perspectiva:

1. Perspectiva Financeira

o Crescimento de Receita

Receita líquida

Capacidade de pagar contas no vencimento

o Redução de Custos / Melhoria de Produtividade

Margem bruta sobre vendas

Margem líquida sobre vendas

o Utilização de Ativos

Volume de receitas por funcionário (Indica um maior número de alunos por sala de aula, e um melhor uso da infra-estrutura da escola)

2. Perspectiva do Cliente

o Retenção de Clientes

Taxa de fidelização de clientes (rematrícula)

o Captação de Clientes

Novos clientes

o Satisfação dos Clientes

Criação e lançamento de novos produtos/serviços

Percentual de reclamações de produtos/serviços

Nível de satisfação dos clientes

3. Perspectiva dos Processos Internos

o Processo de Inovação

Quantidade de inovações em todas as áreas da empresa

o Processo de Operações

Proporção de atividades terceirizadas

Taxa de desperdício de material

Prazo de entrega de produtos e serviços

Page 78: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

78

Custo médio dos produtos e serviços

Utilização da capacidade instalada

o Processo de Serviços de Pós venda

Controle de Qualidade

4. Perspectiva de Aprendizado e Crescimento

o Produtividade dos Funcionários

Quantidade cursos internos e externos patrocinados pela empresa

Quantidade de incentivos concedidos aos empregados

Quantidade de cursos externos feitos por iniciativa dos próprios funcionários

o Satisfação dos Funcionários

Grau de satisfação dos funcionários com a carreira

o Retenção dos Funcionários

Proporção de pessoal qualificado

Avaliação de competências individuais

2.4 Hipóteses.

A conclusão final deste estudo deverá responder então se o processo de planejamento

estratégico traz benefícios ou não para a empresa que o adota, e se o grau de cumprimento das

fases do processo de planejamento também traz resultados positivos.

As quatro Hipóteses a seguir foram elaboradas para responder ao estudo, e o Quadro 3

apresenta a relação entre cada uma das hipóteses e as assertivas do instrumento de pesquisa

elaboradas para respondê-la

Page 79: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

79

As Hipóteses deste estudo são:

H 1 - A existência de um processo formal de planejamento estratégico tem impacto

positivo no desempenho das escolas.

H2 – O Grau de sofisticação da fase de Preparação do processo de planejamento

estratégico tem impacto positivo no desempenho das escolas.

H3 – O Grau de sofisticação da fase de Planejamento do processo de planejamento

estratégico tem impacto positivo no desempenho das escolas.

H4 – O Grau de Sofisticação da fase de Implantação do processo de planejamento

estratégico tem impacto positivo no desempenho das escolas.

Hipótese Perguntas do Instrumento de pesquisa

H1 1-2-3-4-5-6-7-8-9-10-11-12-13

H2 3-4-5-14-15-16-17-18

H3 19-20-21-22-23-24-25-26-27-28-29-30

H4 31-32-33-34-35-36-37-38-39-40-41-42-43-44-45-46-47

48-49-50-51-53-54-55-59-60-61-62-63-64-65-66-67-68

Quadro 3 – Relação de perguntas por hipótese

Page 80: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

80

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este capítulo apresenta os procedimentos metodológicos utilizados no trabalho como: tipo da

pesquisa, definição da população, amostra e sujeitos da pesquisa, método de coleta de dados,

planejamento do tratamento dos dados e limitações do estudo.

Este estudo foi dividido em duas partes, a primeira focou na confirmação de H1 procurando

demonstrar existência de uma relação entre os graus de planejamento da teoria de Bracker e

Pearson, e o desempenho das escolas segundo a metodologia do BSC de Kaplan e Norton.

A segunda parte focou na confirmação de H2, H3 e H4 procurando demonstrar a existência de

relação entre a sofisticação do planejamento estratégico em três fases: preparação,

planejamento e implementação e o desempenho das escolas.

3.1 Tipo

O presente estudo tem caráter descritivo pois, de acordo com Barros e Lehfeld (1986), Köche

(1997) e Gil (1999), estuda as relações entre duas variáveis de um fenômeno sem que haja a

manipulação delas, havendo apenas a constatação e avaliação das relações na medida em que

ocorrem espontaneamente em condições existentes.

3.2 População

A população estudada é formada por escolas de ensino fundamental e médio das principais

cidades da região Metropolitana de São Paulo: o ABCD, Osasco, Guarulhos e a cidade de São

Paulo. Para a obtenção dos cadastros foram utilizadas duas fontes principais, o cadastro do

Page 81: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

81

Sindicato dos Professores, SINPRO, e do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do

Estado de São Paulo, SIEEESP.

Para a composição do universo de escolas da região, foram escolhidas as escolas com mais de

500 alunos, o que de acordo com o SIEESP são consideradas Escolas Grandes. Os dados

cadastrais iniciais revelam a existência de cerca de 300 escolas nesse entorno geográfico que

atendiam as condições estabelecidas.

3.2.1 Amostra

A seleção e distribuição inicial da amostra foram feitas por meio de um sorteio aleatório,

entretanto, a recusa em participar por parte das escolas sorteadas forçou o uso de busca

sistemática. O que, de acordo com Richardson (1999), torna esta amostra em uma amostra

acidental, pois é composta pelo conjunto dos dados que foi possível obter, e não há segurança

que seja representativa do universo a que pertence.

Por esta ser uma amostra acidental, foram incluídos nos itens 3.2.2 e 3.3 a seguir, a

qualificação da amostra e do respondente, identificando o perfil os pesquisados quanto a:

o Forma de administração.

o Método de ensino e formação.

o Dados quantitativos.

o Perfil do respondente.

3.2.2 Descrição da Amostra

Das 327 escolas contatadas, que compõem a população escolhida, 55 aceitaram participar da

pesquisa e fornecer os dados solicitados, sendo que em vários casos algumas variações dos

indicadores de desempenho não foram fornecidas, o Apêndice B contém o relatório de

justificativas dos respondentes.

Page 82: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

82

Escola

Das escolas pesquisadas 54,5% são instituições isoladas e não fazem parte de um grupo de

empresas (Quadro 4). O tipo de administração 63,6% do total tem uma estrutura não familiar

gerindo a escola (Quadro 5) .

Parte de Grupo Freqüência Percentual não 30 54,5 sim 25 45,5

Total 55 100,0

Quadro 4 - Participação da escola em grupo de empresas

Tipo de Admnistração Freqüência Percentual Percentual

Válido Familiar 17 30,9 32,7

Não Familiar 35 63,6 67,3 Total 52 94,5 100,0

Faltantes 3 5,5 Total 55 100,0

Quadro 5 - Tipo de administração da escola

Método de Ensino e Formação

A maioria das escolas possui metodologia própria de ensino (69,1%, Quadro 6) e 41,8% segue

uma determinada orientação religiosa (Quadro 7)

Método de Ensino Freqüência Percentual Percentual

Válido Próprio 38 69,1 70,4

Terceirizado 15 27,3 27,8 Total 54 98,2 100,0

Faltantes 1 1,8 Total 55 100,0

Quadro 6 - Método de Ensino

Orientação Religiosa Freqüência Percentual

não 32 58,2 sim 23 41,8

Total 55 100,0

Quadro 7 - Orientação Religiosa

Page 83: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

83

Dados Quantitativos

Segundo o Quadro 8 a seguir, 30,8% das escolas tem menos de 1000 alunos, 59,6% entre

1001 e 3000 alunos e apenas 9,6% tem mais de 3000 alunos.

A maioria das escolas 92,5% são instituições com mais de 10 anos de idade, sendo que quase

a metade (49,1%) são instituições com mais de 40 anos (Quadro 9)

Quanto ao total de funcionários 70,9% tem mais de 100 empregados, sendo que deste total

58,2% tem entre 101 e 300 funcionários (Quadro 10).

Total de Alunos Freqüência Percentual Percentual

Válido até 1000 alunos 16 29,1 30,8

de 1001 a 3000 alunos 31 56,4 59,6 acima de 3000 alunos 5 9,1 9,6

Total 52 94,5 100,0 Faltantes 3 5,5

Total 55 100,0

Quadro 8 - Total de alunos da escola

Anos de Existência Freqüência Percentual Percentual Válido

até 10 anos 4 7,3 7,5 11 a 20 anos 9 16,4 17,0 21 a40 anos 13 23,6 24,5 41 a 60 anos 10 18,2 18,9

acima de 61 anos 17 30,9 32,1 Total 53 96,4 100,0

Faltantes 2 3,6 Total 55 100,0

Quadro 9 - Idade da escola

Total de Empregados Freqüência Percentual

Menos de 100 16 29,1 De 101 a 300 32 58,2 Acima de 301 7 12,7

Total 55 100,0

Quadro 10 - Total de empregados

Page 84: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

84

3.3 Sujeito de pesquisa

Devido à necessidade de uma visão ampla do desempenho e dos processos administrativos da

escola, esta pesquisa foi realizada com ocupantes de cargos da alta gerência da escola,

diretores ou mantenedores, de preferência da área administrativa.

Respondentes

Conforme Quadro 11, a maioria dos respondentes, 67,3% são diretores das instituições

pesquisadas. 65,1% têm mais de 45 anos (Quadro 12), e apenas um respondente não possui

nível Superior (Quadro 13).

Cargo Freqüência Percentual

Mantenedor 9 16,4 Diretor 37 67,3 Gerente 9 16,4 Total 55 100,0

Quadro 11 - Cargo do respondente

Idade Freqüência Percentual 35 anos ou menos 6 10,9 de 36 a 45 anos 13 23,6 de 46 a 55 anos 20 36,4

acima de 56 anos 16 29,1 Total 55 100,0

Quadro 12 - Idade do respondente

Grau de Instrução Superior Freqüência Percentual

sim 54 98,2 não 1 1,8

Total 55 100,0

Quadro 13 - Grau de Instrução do respondente

Page 85: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

85

3.4 Instrumento de coleta

O instrumento de coleta de dados consistiu se num questionário estruturado fechado que, por

meio de 68 assertivas relativas ao modelo de planejamento estratégico de Bracker e Pearson,

conforme a Figura 12 na página 75, e 23 sobre indicadores de desempenho segundo a

metodologia do BSC conforme a Figura 13 da página 76, contemplou as duas variáveis da

pesquisa.

3.4.1 Grau de Planejamento

Seguindo a estrutura da

Figura 12 foram elaboradas assertivas a fim de mensurar os elementos que compõem cada

dimensão do conceito.

Foi utilizada uma escala tipo Likert de 6 pontos, onde 1 representava o nível máximo de

discordância com a assertiva e 3 o mínimo, já 4 representava o nível mínimo de concordância

e 6 o máximo. A necessidade de uma posição concordante ou discordante nas assertivas foi a

razão da escolha de uma escala sem valor neutro.

Planejamento Desestruturado.

Bracker e Pearson (1986) definem o planejamento desestruturado como a situação onde não

pode ser identificada uma estrutura formal de planejamento, a assertiva ficou definida como:

1. A escola possui um plano estratégico. (Figura 14). A discordância com a assertiva é

considerada como evidência de que o planejamento é desestruturado. A concordância é um

indicador de que a escola pertence à outra categoria.

Page 86: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

86

Figura 14 - Assertiva do elemento da dimensão Planejamento Desestruturado

Fonte: Elaborado de acordo com modelo de Bracker e Pearson (1986).

Planejamento Intuitivo.

Bracker e Pearson (1986) definem o planejamento intuitivo como a situação onde os planos

são informais, desenvolvidos e implementados com base na intuição e experiência do

proprietário da empresa, em sua maioria são planos não escritos, existindo na memória do

proprietário, são de curta duração, não mais que um ano e dependentes dos objetivos do

proprietário e do ambiente presente da empresa.

As assertivas da dimensão Planejamento Intuitivo são as seguintes (Figura 15):

• Planos Informais - Planos não escritos, existindo na memória do proprietário:

A discordância deste item combinada com a resposta da primeira assertiva colocam a

escola no grupo de Planejamento Desestruturado ou no Grupo Intuitivo.

2. O Plano estratégico é formalizado por escrito.

Page 87: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

87

• São de Curta duração não mais que um ano:

O conjunto de assertivas neste caso visa definir o período do planejamento, entre o

médio e o longo prazo. A discordância de todas indica o Planejamento Desestruturado, a

concordância com a no. 3 indica o Planejamento Intuitivo, a concordância com a no. 3 e

a no. 4 indica Planejamento Operacional Estruturado, a concordância com as três

assertivas indicam então o Planejamento Estratégico Estruturado.

3. Os planos atuais foram elaborados para este ano fiscal. (2004)

4. Os planos atuais foram elaborados para os próximos 3 anos. (2004 – 2006)

5. Os planos atuais foram elaborados para um período superior a 5 anos.(2004-

2008)

• Desenvolvidos e implementados com base na intuição e experiência do proprietário da

empresa :

Este conjunto de assertivas visa estabelecer quem participa do processo de planejamento

estratégico, pois segundo Bracker e Pearson (1986) o processo Intuitivo está

centralizado no proprietário da empresa (no caso das escolas, os mantenedores). A

discordância de todas indica o Planejamento Desestruturado, a concordância com a no. 6

indica Planejamento Intuitivo, a concordância com as nos. 6 e 7 e 8 indicam o

Planejamento Operacional ou Estratégico.

6. Os mantenedores participam da elaboração dos planos estratégicos.

7. Os Diretores participam da elaboração dos planos estratégicos.

8. Para a elaboração dos planos estratégicos é criada uma equipe.

9. Para a elaboração dos planos estratégicos são contratados consultores.

Page 88: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

88

• Dependentes dos objetivos do proprietário e do ambiente presente da Empresa

As assertivas visam então identificar se o processo de planejamento é restrito ao

proprietário ou mantenedor ou se há a participação de outras pessoas da empresa. A

discordância indica Planejamentos Desestruturado ou Intuitivo e a concordância indica

Planejamento Operacional ou Estratégico.

10. Os planos da escola são divulgados a todos os funcionários.

11. O fluxo de informação pode ser considerado de “baixo para cima”.

Figura 15 - Assertivas dos elementos da dimensão Planejamento Intuitivo

Fonte: Elaborado de acordo com modelo de Bracker e Pearson (1986).

Page 89: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

89

Planejamento Operacional Estruturado.

Bracker e Pearson (1986) definem que o Planejamento Operacional Estruturado é composto

por planos de ação e orçamentos operacionais de curto prazo (o ano fiscal corrente). Onde o

típico plano operacional incluir controles básicos como cotas de produção, restrições de

custos e necessidades de pessoal.

As assertivas da dimensão Planejamento Estratégico Estruturado foram definidas da seguinte

forma (Figura 16):

• Planos de ação e orçamentos operacionais para o ano fiscal corrente.

Definido de acordo com as respostas das assertivas 3, 4 e 5, que determinam o horizonte

de planejamento da empresa.

• O típico plano operacional deve incluir controles básicos como cotas de produção,

restrições de custos e necessidades de pessoal.

As duas assertivas elaboradas visam identificar se há a elaboração de orçamentos de

curto e longo prazo para todas as áreas da escola, a concordância com a no. 12 indica o

Plano Operacional, a concordância com as duas (12 e 13) indica Planejamento

Estratégico.

12. Os orçamentos formais de curto prazo são elaborados por área da escola

(administrativa, pedagógica, etc.).

13. O planejamento inclui planos ou orçamentos de longo prazo para cada área

da escola

Page 90: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

90

Figura 16 - Assertivas dos elementos da dimensão Planejamento Operacional Estruturado

Fonte: Elaborado de acordo com modelo de Bracker e Pearson (1986).

3.4.2 Sofisticação do Planejamento Estratégico

A segunda parte desta pesquisa visa identificar o impacto de cada fase do planejamento

estratégico no desempenho da escola. As assertivas a seguir visam determinar quais atividades

do processo são executadas e quão completa é a execução.

Planejamento Estratégico Estruturado.

A Figura 17 mostra o desenho da operacionalização da dimensão Planejamento Estratégico

Estruturado. Os elementos foram agrupados em três fases (preparação, planejamento e

implementação) que serão analisadas separadamente na seção 4.5 Sofisticação do

Planejamento Estratégico.

Os elementos seguem a teoria de Bracker e Pearson (1986) que define que o Planejamento

Estratégico Estruturado é composto por planos de longo prazo formalizados e escritos

compreendendo o processo de determinação de interesses focados na organização,

Page 91: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

91

expectativas dos interesses internos dominantes, informações sobre o desempenho passado,

presente e futuro, análise ambiental e determinação das competências e fraquezas da empresa.

Foram também incorporados os oito elementos de Hussey (1996) que compõem o processo de

implementação do planejamento: Estratégia, Tarefas, Pessoas, Estrutura, Processo de decisão,

Cultura, Sistemas de Informação, Sistemas de Controle, Sistemas de Recompensas.

Figura 17 - Elementos da dimensão Planejamento Estratégico Estruturado

Fonte: Elaborado de acordo com modelo de Bracker e Pearson (1986) e Hussey (1996).

As assertivas para a dimensão Planejamento Estratégico Estruturado foram definidas a seguir:

Fase de Preparação (Figura 18):

• Planos de longo prazo formalizados e escritos:

Definido de acordo com as respostas das assertivas 3, 4 e 5, que determinam o horizonte

de planejamento da empresa.

Page 92: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

92

• Processo de determinação dos Valores da Organização:

Nos modelos de Goodstein, Nolan e Pfeffer (1993), Pearce e Robinson (1997) , David

(2001), e Kaufman, Herman, Waters (2002) a determinação dos valores e a existência de

uma declaração formal de missão são os pontos de partida do processo de planejamento

estratégico. As assertivas a seguir visam identificar esta fase do processo.

15. A escola tem uma declaração formal dos valores.

16. A escola tem uma declaração formal de missão.

• Informações sobre o desempenho passado, presente e futuro da organização:

Bracker e Pearson (1986) definem como informações sobre desempenho, Goodstein,

Nolan, e Pfeffer (1993) definem com auditoria de desempenho, David (2001) de

auditoria interna, as assertivas seguem a definição de Bracker e Pearson, e visam

identificar o volume de informações internas que os planejadores utilizam.

14. Para o planejamento são coletadas e analisadas informações sobre o

desempenho passado da escola .

17. No planejamento são coletadas e analisadas informações sobre o desempenho

atual da escola.

18. No planejamento são feitas estimativas de desempenho futuro da escola .

Page 93: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

93

Figura 18 - Assertivas dos elementos da dimensão Planejamento Estratégico Estruturado (fase de preparação)

Fonte: Elaborado de acordo com modelo de Bracker e Pearson (1986).

Fase de Planejamento (Figura 19):

• Análise do ambiente interno determinando as competências e fraquezas da empresa:

Kaufman e Herman (1991), Goodstein, Nolan e Pfeffer (1993), Bryson (1995) e Pearce

e Robinson (1997) afirmam que na analise interna é necessária uma análise SWOT para

identificar os pontos fortes e fracos da organização, e as oportunidades e ameaças do

ambiente externo.

Para Goodstein, Nolan e Pfeffer (1993) deve ser feito também um diagnóstico da cultura

da empresa, afim de identificar sua compatibilidade com a estratégia escolhida.

O conjunto de assertivas a seguir visa avaliar os procedimentos de análise interna no

processo de Planejamento Estratégico. Quanto maior a pontuação do respondente, mais

completa é sua análise.

Page 94: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

94

19. No planejamento são utilizadas informações sobre a satisfação de pais e

alunos.

20. No planejamento são utilizadas informações sobre as principais

competências da escola e seus pontos fortes

21. No planejamento são utilizadas informações os pontos fracos da escola.

22. É realizado um diagnóstico da cultura (conjunto de crenças comuns dos

membros da organização) da escola

Planejamento Estratégico Estruturado

Formulação da estratégia do negócio

Análise do ambiente externo identificando oportunidades e

ameaças

Análise do ambiente interno determinando as competências e

fraquezas da empresa

No planejamento são utilizadas informações demográficas

(crescimento populacional, renda média) .

No planejamento são utilizadas informações sobre a satisfação

de pais e alunos.

No planejamento são utilizadas informações financeiras (taxa de juros, projeções de crescimento

e inflação, etc.).

No planejamento são utilizadas informações sobre os

concorrentes (preços, alunos, campanhas de marketing etc.).

No planejamento são utilizadas informações sobre o mercado

(desempenho das escolas, novas tecnologias e produtos,

estratégias de marketing etc) .

No planejamento são utilizadas informações sobre as principais competências da escola e seus

pontos fortes

No planejamento são utilizadas informações os pontos fracos da

escola.

No planejamento é definido o perfil estratégico da escola (o

posicionamento em relação ao risco, à inovação, atitude

competitiva) .

No planejamento são identificados os fatores críticos

para o sucesso da escola

No processo de planejamento as principais linhas de negócios da

escola estão definidas.

No planejamento é determinada e especificada a cultura

necessária para a escola atingir sua missão.

É realizado um diagnóstico da cultura (conjunto de crenças

comuns dos membros da organização) da escola

Dimensão

Elementos

Assertivas

Figura 19 - Assertivas dos elementos da dimensão Planejamento Estratégico Estruturado (fase de planejamento)

Fonte: Elaborado de acordo com modelo de Bracker e Pearson (1986).

Page 95: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

95

• Análise do ambiente externo, identificando oportunidades e ameaças:

Segundo David (1996) e Pearce e Robinson (1997), várias forças externas oferecem

oportunidades e ameaças para a sobrevivência da empresa, as assertivas foram então

definidas a fim de identificar quais grupos são mais utilizados pelas escolas em seus

processos de planejamento.

As maiores notas atingidas neste conjunto de assertivas indicarão um processo de

análise do ambiente externo mais abrangente.

23. No planejamento são utilizadas informações demográficas (crescimento

populacional, renda média) .

24. No planejamento são utilizadas informações sobre os concorrentes (preços,

alunos, campanhas de marketing etc.).

25. No planejamento são utilizadas informações financeiras (taxa de juros,

projeções de crescimento e inflação, etc.).

26. No planejamento são utilizadas informações sobre o mercado (desempenho

das escolas, novas tecnologias e produtos, estratégias de marketing etc.) .

• Formulação da estratégia do negócio:

Goodstein, Nolan e Pfeffer (1993) afirmam que o resultado do processo de formulação

da estratégia do negócio é a identificação dos fatores críticos de sucesso da organização,

a determinação das principais linhas de negócio, a definição do perfil estratégico da

empresa e a especificação da cultura necessária para a organização atingir seus

objetivos.

Page 96: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

96

Este grupo de assertivas foi elaborado de acordo com esta teoria e procura identificar a

amplitude do processo de elaboração da estratégia das escolas. Quanto maior for a

pontuação atingida mais completo será o processo.

27. No planejamento é definido o perfil estratégico da escola (o posicionamento

em relação ao risco, à inovação, atitude competitiva) .

28. No planejamento são identificados os fatores críticos para o sucesso da escola

29. No processo de planejamento as principais linhas de negócios da escola estão

definidas.

30. No planejamento é determinada e especificada a cultura necessária para a

escola atingir sua missão.

Fase de Implementação (Figura 20):

A implementação dos planos estratégicos não faz parte da classificação de Bracker e Pearson

porém, diversos autores (Kaufman e Herman, Bryson, Goodstein, Nolan e Pfeffer, Hussey)

consideram que o processo de planejamento isolado não pode garantir o sucesso da estratégia

escolhida se não for adotado com sucesso.

Os elementos desta fase foram elaborados de acordo com o modelo de Pearce e Robinson

(1997) de implementação por meio de planos de ação, e do modelo de implementação

composto por oito variáveis de Hussey (1997).

A soma dos pontos de cada grupo de assertivas dividido pelo total possível indica

percentualmente quanto do processo é realizado.

Page 97: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

97

Figura 20 - Assertivas dos elementos da dimensão Planejamento Estratégico Estruturado (fase Implementação)

Fonte: Elaborado de acordo com modelo de Hussey (1996).

Page 98: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

98

• Definição dos planos de ação

Este conjunto de assertivas visa identificar a elaboração de planos de ação para as

principais áreas da empresa. PEARCE E ROBINSON (1997)

31. São elaborados planos e orçamentos detalhados para a área administrativa e

financeira.

32. São elaborados planos e orçamentos detalhados para a área comercial e de

marketing.

33. São elaborados planos e orçamentos detalhados para a área de produção ou

pedagógica.

34. São elaborados planos e orçamentos detalhados para a área operacional e de

manutenção

35. São elaborados planos e orçamentos detalhados para a área de sistemas e de

informação.

• Sistemas de controle

Os sistemas de controle são fundamentais para o monitoramento da estratégia escolhida

e correções ao longo do tempo GOOSTEIN, NOLAN E PFEFFER (1993) PEARCE E

ROBINSON (1997)

Este elemento é composto pela definição dos objetivos, responsabilidade pela definição

e pela freqüência de monitoramento, os grupos de assertivas foram elaborados para cada

um dos componentes.

Page 99: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

99

• Objetivos definidos

Pearce e Robinson (1997) e David (2001) afirmam que os objetivos devem ser definidos

de para todas as áreas da organização, pois representam a base para alocação de

recursos, são o principal instrumento de avaliação dos executivos e estabelecem as

prioridade das unidades, departamentos e da organização.

Este grupo de assertivas visa identificar se são elaborados planos para toda a empresa ou

somente para algumas áreas, quanto maior a pontuação neste grupo mais completo o

conjunto de planos elaborados.

36. São definidos objetivos financeiros (receitas, despesas, lucratividade, retorno

sobre investimento).

37. No planejamento são definidos objetivos comerciais (participação de

mercado, satisfação de clientes, matrículas novas, rematrícula).

38. No planejamento são definidos objetivos operacionais (controle de qualidade,

reclamações, novos produtos, desperdício de material).

39. No planejamento são definidos objetivos para os funcionários (treinamento e

qualificação, retenção e satisfação de funcionários).

• Responsabilidades

Para David (2001) a definição dos objetivos é uma atividade descentralizada que

envolve diretamente todos os gerentes da organização, gerando assim aceitação e

comprometimento com o plano.

Page 100: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

100

As assertivas a seguir visam identificar o grau de participação de todos dentro da

organização na definição dos objetivos. Quanto maior a pontuação neste grupo maior a

participação ativa dos membros da escola.

40. Os mantenedores participam da definição dos objetivos operacionais

41. A equipe de gerenciamento participa da definição dos objetivos operacionais.

42. Os supervisores e subordinados participam da definição dos objetivos

operacionais.

• Freqüência

A freqüência de monitoramento alerta a empresa para eventuais problemas ou desvios

da estratégia de forma que as medidas corretivas possam ser tomadas. Quanto maior a

freqüência de monitoramento, ações corretivas poderão ser tomadas antes do problema

se tornar crítico. O monitoramento é vital para a sobrevivência da empresa. DAVID

(2001)

As assertivas a seguir visam identificar a freqüência com que a escola monitora os

objetivos definidos. Quanto maior a pontuação neste grupo maior a freqüência.

43. O monitoramento do desempenho da escola é realizado anualmente.

44. O monitoramento do desempenho da escola é realizado semestralmente.

45. O monitoramento do desempenho da escola é realizado mensalmente.

Page 101: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

101

• Estrutura

David (2001) afirma que mudanças na estratégia requerem mudanças na forma em que a

empresa está estruturada por duas razões: 1) a estrutura define em grande parte o

estabelecimento dos objetivos e 2) a estrutura define a alocação dos recursos.

As assertivas a seguir visam identificar se a escola fez alterações em sua estrutura para a

implementação do plano estratégico. A maior pontuação indicaria um grau maior de

mudança na estrutura da empresa, e consequentemente um processo mais abrangente de

implementação neste item.

46. Para atender a implantação do plano estratégico foram criados novos cargos.

47. Para atender a implantação do plano estratégico foram alteradas as funções

de alguns cargos.

48. Para atender a implantação do plano estratégico foram eliminados alguns

cargos.

• Cultura

Para David (2001) é mais fácil adequar a cultura da empresa para suportar sua

estratégia, do que elaborar uma estratégia adequada à cultura existente. Para Pearce e

Robinson (1997) é fundamental a avaliação da cultura da empresa e sua necessidade de

adequação à estratégia adotada.

As assertivas deste grupo visam identificar se o processo de planejamento e

implementação considerou a cultura da escola e fez as adequações necessárias para o

sucesso da estratégia escolhida.

Page 102: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

102

49. Para o sucesso da estratégia foi realizada uma avaliação das mudanças

necessárias na cultura da escola.

50. Para suportar a estratégia escolhida são tomadas medidas necessárias para

efetuar um processo de mudança na cultura da escola.

• Tarefas

De acordo com Hussey (1997), o sucesso do plano depende da boa execução das tarefas

de implementação. David (2001) afirma que as empresas devem buscar eficiência e

eficácias em seus processos por meio de reestruração e reengenharia para competir no

mercado atual.

As assertivas a seguir procuram identificar se a escola é capaz de determinar o que é

necessário ser feito para a implementação bem sucedida de sua estratégia. A maior

pontuação significa um processo mais completo de implementação.

51. A escola identifica quais tarefas que precisam ser aceleradas para o sucesso

do plano.

52. A escola identifica quais tarefas precisam ser cumpridas mais eficientemente

para o sucesso do plano.

53. A escola identifica quais novas tarefas precisam ser cumpridas para o

sucesso do plano.

54. A escola identifica quais tarefas precisam ser modificadas para o sucesso do

plano.

Page 103: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

103

• Sistemas de informação

Para Hussey (1997) um sistema de informações eficaz deve garantir que a informação

certa chegue às pessoas certas e, no caso de um sistema em conflito com a estratégia, um

dos dois será alterado.

As assertivas a seguir identificam se há um sistema de informações que suporte a

estratégia da escola e se seu conteúdo é utilizado pelos funcionários. A pontuação mais

alta indica um sistema mais adequado.

55. Os sistemas de informação da escola visam facilitar o acesso às informações

da escola pelos funcionários.

56. Os sistemas de informação da escola estão preparados para suportar a

estratégia da escola .

• Recompensas

Pearce e Robinson (1997) afirmam que a estratégia depende em última instância de

indivíduos e alguns gerentes chave, portanto a recompensa por desempenho individual e

das unidades de negócio é fundamental para uma implementação efetiva. Para Hussey

(1998) os sistemas de recompensas são fatores críticos para o sucesso pois orientam o

comportamento e na dissonância entre as recompensas e as ações da gerência, são as

recompensas que orientam os acontecimentos.

As assertivas deste grupo visam identificar a existência de um plano de recompensas por

desempenho e seu formato, quanto maior a pontuação neste grupo mais completo será o

sistema de recompensas utilizado.

Page 104: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

104

57. Existe um sistema de recompensas pelo desempenho de todos (funcionários e

professores) na escola.

58. O Sistema de recompensas por desempenho foi elaborado com base no plano

estratégico.

59. O desempenho dos funcionários é recompensado com bônus, comissões ou

outra forma de pagamento.

60. O desempenho dos funcionários é recompensado com reconhecimento

público de seu desempenho.

61. O desempenho dos funcionários é recompensado com promoções em sua

carreira.

• Processos de decisão

Segundo Hussey (1998) a estratégia da empresa deve estar refletida em seus processos

de decisão, pois não adianta a organização adotar uma estratégia que exija agilidade

mantendo processos burocráticos e lentos. Para o autor as pessoas também devem estar

preparadas para desempenhar seus novos papeis e tomar decisões dentro da nova

orientação escolhida pela empresa.

As assertivas a seguir visam identificar a adequação dos processos de decisão e das

pessoas para atender as necessidades estratégicas da empresa.

62. Os processos de decisão foram adequados para a estratégia da escola.

63. As pessoas estão treinadas e capacitadas para tomar decisões de acordo com

a estratégia da escola.

Page 105: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

105

• Pessoas

Para Goodstein, Nolan e Pfeffer (1993) é preciso fornecer às pessoas as habilidades

necessárias para o gerenciamento estratégico da empresa. Hussey (1998) afirma que a

empresa deve identificar as habilidades, competências e motivação necessárias para o

sucesso e desenvolvê-las nos funcionários quando não encontradas.

As assertivas a seguir visam identificar se a escola desenvolve e contrata pessoas com as

competências necessárias para o sucesso de seu plano estratégico. Quanto maior a

pontuação, mais adequada é a gestão das pessoas para o sucesso da estratégia.

64. Os funcionários são treinados para atender às necessidades de competências

do plano estratégico

65. O processo de recrutamento e seleção é adequado às novas necessidades

estratégicas.

66. Os processos de trabalhos foram adequados às novas necessidades

estratégicas.

• Estratégias

Para Pearce e Robinson (1997) e David (2001) o monitoramento da implantação e a

flexibilidade na adequação dos planos garantem a correção da estratégia antes dos erros

se tornarem críticos.

As assertivas a seguir visam identificar a esta flexibilidade e o monitoramento da

estratégia.

Page 106: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

106

67. A estratégia da escola é revista durante o processo de implantação para

eventuais correções.

68. O plano estratégico tem flexibilidade para ser modificado a qualquer

momento.

Page 107: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

107

3.4.3 Indicadores de desempenho.

Como o desempenho das empresas não pode ser avaliado segundo indicadores contábeis

precisos, face à dificuldade de obtenção de dados numéricos, foi utilizada então uma escala

para medir apenas a variação dos indicadores num período de dois anos, de Janeiro de 2002

até Janeiro de 2004.

A escala utilizada é do tipo Likert de 5 pontos onde notas 1 e 2 apresentam uma queda nos

indicadores, 3 uma pequena variação para cima ou para baixo, e 4 e 5 o crescimento nos

números apurados. (Quadro 14)

1 2 3 4 5

1) Caiu mais de 15,1%

2) Caiu entre 5,1% e 15%

3) Variou entre -5% e +5%

4) Cresceu entre 5,1% e 15%

5) Cresceu mais de 15,1%

Quadro 14 – Especificação da escala utilizada para os indicadores de desempenho

O conjunto de indicadores apresentado no Quadro 15 segue o conceito do Balanced

Scorecard, envolvendo as dimensões associadas com características financeiras, gestão de

processos, aprendizagem e clientes.

As empresas são classificadas de acordo com a pontuação atingida em cada dimensão, o que

possibilita a comparação por dimensão e pelo conjunto delas.

Page 108: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

108

DESEMPENHO FINANCEIRO A receita líquida no período 1 2 3 4 5 A margem bruta sobre vendas (% do lucro bruto sobre as vendas) 1 2 3 4 5 A margem líquida sobre vendas (% de lucro líquido sobre vendas) 1 2 3 4 5 A capacidade de pagar as contas em dia no vencimento 1 2 3 4 5 O volume de receitas por funcionário 1 2 3 4 5

GESTÃO DE CLIENTE O nível de satisfação dos clientes 1 2 3 4 5 A taxa de fidelização de clientes (rematrícula) 1 2 3 4 5 A quantidade de novas Matrículas 1 2 3 4 5 A quantidade de lançamentos de novos produtos (cursos) 1 2 3 4 5 O percentual de reclamações de produtos / serviços por parte dos alunos 1 2 3 4 5

GESTÃO DE PROCESSOS INTERNOS A proporção de atividades terceirizadas (segurança, cantina, limpeza, etc.) 1 2 3 4 5 A quantidade de inovações em todas as áreas da escola 1 2 3 4 5 A taxa de desperdício de material 1 2 3 4 5 O grau de utilização da capacidade instalada 1 2 3 4 5 O prazo de entrega de produtos / serviços (notas, avaliações, boletos etc.) 1 2 3 4 5 O custo médio dos produtos / serviços 1 2 3 4 5 O controle de qualidade para os clientes 1 2 3 4 5

APRENDIZAGEM E CRESCIMENTO A quantidade de cursos internos e externos patrocinados pela escola para seus funcionários 1 2 3 4 5

A quantidade de cursos externos feitos por iniciativa dos funcionários 1 2 3 4 5 A proporção de pessoal qualificado / titulado 1 2 3 4 5 A quantidade de incentivos concedidos aos empregados 1 2 3 4 5 A avaliação das competências individuais 1 2 3 4 5 O grau de satisfação dos funcionários com a carreira 1 2 3 4 5

Quadro 15 - Conjunto de indicadores utilizados na pesquisa.

Page 109: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

109

3.5 Coleta de dados

A coleta de dados foi feita com o auxílio de um instituto de pesquisa especializado, nos

período de Julho a Setembro de 2004, e envolveu as seguintes etapas:

1. Obtenção de cadastros das instituições com potencial para participar da pesquisa.

2. Agendar visitas com os potenciais informantes por meio de contatos telefônicos e por

correio eletrônico.

3. Enviar, em alguns casos, carta de confirmação com o Timbre do Mackenzie para

confirmar o projeto e explicar sua finalidade.

4. Visitar as empresas que concordaram em participar da pesquisa ou enviar e-mail para

as que solicitaram.

5. Realizar novo contato telefônico com os pesquisados após o retorno dos questionários,

para controle de qualidade.

3.6 Tratamento dos dados

Os questionários respondidos foram digitados e armazenados em uma planilha MS-Excel para

o tratamento das respostas e classificação dos processos de planejamento da escolas.

O resultado desta apuração formou a base de dados utilizada pelo software SPSS v10.0 nos

cálculos das freqüências e estatísticas de associação entre as variáveis, o resultado está

apresentado no capítulo 4.

Page 110: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

110

3.7 Limitações do Estudo

O número de escolas contatadas que aceitaram participar da pesquisa é limitação deste estudo,

o total de 55 respondentes (17%) esta dentro do intervalo entre 30 e 500 amostras que Sekaran

(1992) considera apropriado em uma pesquisa.

A validade da amostra é confirmada pelo Teorema do Limite Central que, segundo Black

(2000), diz que independente do tipo de distribuição de uma população, a distribuição de sua

amostra será do tipo normal se esta for grande o bastante. Black afirma também que amostras

superiores a 30 são suficientes para atender esta condição.

Nem todas as escolas responderam todas as assertivas de desempenho, alguns respondentes

alegaram não possuírem os dados, outros alegaram não poder divulgá-los.

A maior resistência encontrada foi a de fornecer dados sigilosos a uma concorrente (Escola

Americana), várias escolas manifestaram preocupações sobre o uso dos dados pelo

Mackenzie.

A divulgação dos resultados deste estudo, aliado uma nova tentativa de contato com as

escolas poderia no futuro alterar este quadro e produzir resultados mais precisos.

Page 111: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

111

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

A seguir são apresentados os resultados dos questionários respondidos e os procedimentos

estatísticos para determinar a intensidade de associação entre as variáveis. Este capítulo foi

dividido em quatro partes, na primeira é apresentada metodologia de análise utilizada.

Na segunda é analisada as freqüências da classificação dos processos de planejamento e a

relação aos graus de planejamento Intuitivo e Operacional com o desempenho da escola.

Na terceira é determinada a relação da existência de um processo formal de planejamento

estratégico e o desempenho da escola.

Na última é analisada a relação entre a sofisticação do planejamento estratégico e o

desempenho da escola, onde é calculada a correlação de cada fase do processo: preparação,

planejamento, implementação com as variáveis de desempenho.

4.1 Metodologia de Análise

Para Malhotra (2001) o processo geral de teste de uma hipótese é composto por fases:

• Formular a hipótese nula H0 e a hipótese alternativa H1 .

• Escolher uma técnica estatística apropriada e a estatística de teste correspondente.

• Escolher o nível de significância.

• Determinar o valor crítico das estatísticas de teste.

• Determina se o Valor crítico se enquadra nas regiões de Rejeição ou Não-Rejeição.

• Rejeitar ou não H0.

Page 112: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

112

4.1.1 Hipóteses

Segundo Malhotra (2001) a Hipótese nula é uma afirmação da qual não se espera qualquer

diferença ou efeito, se não for rejeitada não serão feitas alterações.

Para este estudo Ho foi assumida como a igualdade do desempenho para o grau de

planejamento. Na primeira parte comparamos o Planejamento Intuitivo (PI) e o Planejamento

Operacional (PO), e na segunda o Planejamento Estratégico (PE) e o Não Estratégico (PN).

A Hipótese alternativa H1 foi assumida como a existência de correlação entre o desempenho e

o grau de planejamento da escola, na primeira parte entre PI e PO e na segunda entre PE e PN.

4.1.2 Estatística de teste

A escolha das estatísticas de teste seguiu os critérios de Sekaran (1992) e Malhotra (2001)

que, de acordo com as seguintes condições: Dados não Métricos (Desempenho e Grau de

planejamento são variáveis Ordinais) e Amostras únicas (uma para cada escola),

recomendam:

• Sekaran (1992) – Coeficiente de correlação de Spearman e Tau b e Tau c de Kendall

• Malhotra (2001) – Análise de Freqüências, ,Estatísticas de Tabulações cruzadas: Qui-quadrado, V de Cramer, Tau c de Kendall e Gamma.

Malhotra no entanto recomenda a utilização do Qui-quadrado somente se as freqüências

esperadas ou teóricas forem iguais ou maiores a cinco, e do Tau b para tabelas quadradas.

Como este estudo apresenta tabelas de forma retangular e freqüências inferiores a cinco, as

seguintes estatísticas foram escolhidas para medir a intensidade de associação entre as

variáveis independente e dependente:

Page 113: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

113

• V de Crammer – medida da intensidade da associação em tabelas de tamanho

superior a 2x2.

• Tau c – Estatística de Teste que mede a associação entre duas variáveis ordinais, faz

ajuste entre empates, e é mais recomendada para tabelas retangulares

• Gamma – Estatística de teste que mede a associação entre duas variáveis ordinais, não

faz ajustes para empates.

• Coeficiente de Correlação Não Métricos (tau de Kendall e rho de Spearman) –

Coeficientes de correlação para duas variáveis não-métricas, que se baseiam em

classificações para calcular a correlação. Segundo Malhotra (2001) deve-se escolher o

tau de Kendall quando o número de categorias é pequeno e há uma tendência maior

para ocorrerem empates.

Neste estudo usaremos o Tau c e o Gamma para definir a rejeição ou aceitação da hipótese

nula. Porém devido à natureza da Amostra e o pequeno volume de casos serão calculados

também o V de Cramer e o rho de Spearman.

4.1.3 Nível de Significância

Segundo Malhotra (2001) O nível de significância é a probabilidade de rejeitar uma hipótese

nula que é, de fato, verdadeira (Erro tipo I). O estabelecimento de um nível tolerável de risco

controla o Erro tipo I, para este estudo o Nível de significância foi estabelecido em 0,05.

Page 114: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

114

4.2 Grau de Planejamento

A seguir são apresentados os resultados da classificação das escolas de acordo com seu grau

de planejamento. O Quadro 16 apresenta as freqüências encontradas, onde não foram

identificadas instituições com Planejamento Desestruturado.

Apenas 16 escolas (29,1%) apresentavam um processo de Planejamento Estratégico formal,

dos 71% restantes metade das escolas pesquisadas (50,9%) possui um processo de

planejamento Operacional.

Grau de Planejamento Freqüência Percentual Percentual Válido Acumulado

Planejamento Intuitivo 11 20,0 20,0 20,0 Planejamento Operacional 28 50,9 50,9 70,9 Planejamento Estratégico 16 29,1 29,1 100,0

Total 55 100,0 100,0

Quadro 16 - Freqüências da sofisticação de planejamento

O Quadro 17 a seguir visa estabelecer a existência de relação entre o desempenho da escola e

a adoção de um processo de planejamento Operacional ou Intuitivo, este estudo visou

determinar se seria possível agrupar as escolas destes grupos em um grupo único de escolas:

Aquelas que não possuem um processo de Planejamento Estratégico.

Foram calculados: Tau c, o Gamma e o coeficiente de Spearman, para cada indicador de

desempenho individualmente, e a hipótese foi rejeitada ou aceita de acordo com os valores de

Tau c e Gamma, e conforme o nível de significância de cada estatística. Foram rejeitadas as

hipóteses cujo risco de erros do tipo I ficaram abaixo de 0,05

Page 115: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

115

De acordo com o Quadro 17 em apenas 3 casos a hipótese nula pode ser rejeitada, porém o

indicador “Cursos Próprios” apresentou Tau c inferior a 0,300. O que demonstra um grau de

associação muito fraco.

Estatísticas de avaliação

Indicador de Desempenho Tau c p Gamma p Coef. de Corr. de Spearman p Casos

Válidos

Aceitar H0

PI = PO

Controle de Qualidade ,446 ,001 ,763 ,001 ,451 ,007 34 não Cursos Patrocinados ,356 ,018 ,649 ,018 ,368 ,025 37 não

Cursos Próprios ,275 ,048 ,553 ,048 ,295 ,076 37 não Prazos de Entrega ,281 ,053 ,478 ,053 ,279 ,104 35 sim

Liquidez ,320 ,069 ,510 ,069 ,314 ,085 31 sim Satisfação Funcionários ,250 ,077 ,523 ,077 ,269 ,113 36 sim

Avaliação das Competências ,241 ,089 ,521 ,089 ,260 ,115 38 sim Desperdício Material ,245 ,103 ,488 ,103 ,262 ,118 37 sim

Incentivos aos Funcionários ,222 ,122 ,452 ,122 ,236 ,160 37 sim Utilização de Capacidade ,225 ,167 ,382 ,167 ,229 ,178 36 sim Atividades Terceirizadas ,196 ,191 ,405 ,191 ,211 ,224 35 sim

Margem Liquida -,201 ,342 -,319 ,342 -,197 ,357 24 sim Novos Clientes -,139 ,361 -,241 ,361 -,140 ,414 36 sim

Fidelização -,131 ,446 -,215 ,446 -,132 ,451 35 sim Pessoal Qualificado ,111 ,487 ,233 ,487 ,120 ,474 38 sim

Custo Produtos e Serviços ,092 ,592 ,172 ,592 ,094 ,602 33 sim Reclamações -,080 ,593 -,158 ,593 -,083 ,619 38 sim

Inovações ,070 ,632 ,150 ,632 ,076 ,656 37 sim Satisfação Clientes ,072 ,633 ,141 ,633 ,075 ,653 38 sim

Novos Produtos ,048 ,753 ,099 ,753 ,051 ,775 34 sim Receita Liquida -,058 ,773 -,082 ,773 -,055 ,769 31 sim

Vendas/Funcionário -,045 ,828 -,081 ,828 -,045 ,837 23 sim Margem Bruta -,042 ,862 -,057 ,862 -,039 ,857 24 sim

Quadro 17 – Estatísticas de avaliação da intensidade de associação entre o Desempenho e dos graus de Planejamento Intuitivo e Operacional

A Conclusão preliminar desta fase foi a de aceitar a Hipótese nula e considerar que os casos

de planejamento Intuitivo e Operacional têm um comportamento semelhante, não havendo

correlação entre o desempenho da escola e os graus de planejamento estudados.

Para as fases seguintes serão classificadas como Planejamento Não Estratégico (PN) todas as

escolas que se enquadrarem como planejamento Operacional ou Intuitivo.

Page 116: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

116

4.3 Indicadores de Desempenho

A seguir são apresentados os resultados e análise referentes à relação entre a existência de um

processo de planejamento Estratégico (PE) e o desempenho da escola. Esta análise está divida

em quatro partes, uma para cada conjunto de indicadores: Financeiros, Clientes, Aprendizado

e Crescimento e Processos Internos. Inicialmente são apresentadas as tabulações cruzadas

com as freqüências de cada variável. Ao final da seção está o quadro de estatísticas para

rejeição ou não da hipótese nula para todos os indicadores que compõem aquela perspectiva.

A análise das tabelas de tabulação cruzada procura identificar diferenças nas distribuições dos

casos classificados pelo grau de planejamento nas categorias de desempenho. A relação entre

Planejamento Estratégico (PE) e Não-estratégico (PN) para cada item de desempenho deve

ser semelhante à relação total, ou seja, PE entre 24% e 32% e PN entre 76% e 68%. As

composições dos indicadores de crescimento ou queda que não estiverem nestas proporções

indicam uma tendência de associação.

4.3.1 Indicadores de Desempenho Financeiro

Os Quadros 17, 18, 19, 20 e 21 a seguir apresentam as freqüências dos indicadores financeiros

de acordo com o grau de planejamento das escolas. A análise mostra uma tendência das

escolas que adotam um processo de Planejamento Estratégico (PE) obterem melhores

resultados financeiros, explicada caso a caso a seguir.

O Quadro 18 mostra a relação do planejamento e a Receita Líquida da escola. Do grupo PE

71,4% apresentou crescimento de receita sendo que apenas 25,8% do grupo PN cresceu.

Page 117: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

117

Nenhuma escola de PE apresentou queda de receita contra 45,2% do grupo PN que apresentou

queda de pelo menos 5%.

A proporção de desempenho de Receita Líquida, que deveria ser de 31,1% para PE e 68,9%

para PN, foi muito favorável a PE , confirmando a tendência das freqüências com o

crescimento em 55,56% dos casos PE e apenas 44,44% dos casos de PN.

Planejamento Estratégico Receita Liquida Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu mais de 15,1% Casos 3 3 % de R. Liquida 100,0% 100,0%

% do P. Estratégico 9,7% 6,7% Caiu entre 5,1% e 15% Casos 11 11

% de R. Liquida 100,0% 100,0% % do P. Estratégico 35,5% 24,4%

Variou entre -5% e 5% Casos 4 9 13 % de R. Liquida 30,8% 69,2% 100,0%

% do P. Estratégico 28,6% 29,0% 28,9% Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 8 7 15

% de R. Liquida 53,3% 46,7% 100,0% % do P. Estratégico 57,1% 22,6% 33,3%

Cresceu mais de 15,1% Casos 2 1 3 % de R. Liquida 66,7% 33,3% 100,0%

% do P. Estratégico 14,3% 3,2% 6,7% Total Casos 14 31 45

% de R. Liquida 31,1% 68,9% 100,0% % do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 18 - Tabulação cruzada entre Receita Líquida e o Grau de Planejamento

Para a Margem Bruta (Quadro 19) a situação é muito similar 63,7% dos casos de PE

apresentaram crescimento e não houve registro de quedas. Nos casos de PN somente 25%

apresentou crescimento e 37,5% apresentou queda de pelo menos 5%.

A proporção do desempenho da Margem Bruta, que deveria ser de 31,4% para PE e 68,6%

para PN, foi muito favorável a PE com 53,85% dos casos de PE com crescimento e apenas

46,15% de PN.

Page 118: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

118

Planejamento Estratégico Margem Bruta Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu mais de 15,1% Casos 2 2 % de M. Bruta 100,0% 100,0%

% do P. Estratégico 8,3% 5,7% Caiu entre 5,1% e 15% Casos 7 7

% de M. Bruta 100,0% 100,0% % do P. Estratégico 29,2% 20,0%

Variou entre -5% e 5% Casos 4 9 13 % de M. Bruta 30,8% 69,2% 100,0%

% do P. Estratégico 36,4% 37,5% 37,1% Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 4 4 8

% de M. Bruta 50,0% 50,0% 100,0% % do P. Estratégico 36,4% 16,7% 22,9%

Cresceu mais de 15,1% Casos 3 2 5 % de M. Bruta 60,0% 40,0% 100,0%

% do P. Estratégico 27,3% 8,3% 14,3% Total Casos 11 24 35

% de M. Bruta 31,4% 68,6% 100,0% % do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 19 - Tabulação cruzada entre Margem Bruta e existência o Grau de Planejamento

Para a Margem Líquida (Quadro 20) continua-se observando uma maior proporção de

crescimento nas escolas do grupo PE com 63,7% e nenhuma com queda, contra 16,7% de

crescimento e 37,5% de queda no grupo PN.

Planejamento Estratégico Margem Liquida Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu mais de 15,1% Casos t 3 3 % de M. Líquida 100,0% 100,0%

% do P. Estratégico 12,5% 8,6% Caiu entre 5,1% e 15% Casos 6 6

% de M. Líquida 100,0% 100,0% % do P. Estratégico 25,0% 17,1%

Variou entre -5% e 5% Casos 4 11 15 % de M. Líquida 26,7% 73,3% 100,0%

% do P. Estratégico 36,4% 45,8% 42,9% Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 5 3 8

% de M. Líquida 62,5% 37,5% 100,0% % do P. Estratégico 45,5% 12,5% 22,9%

Cresceu mais de 15,1% Casos 2 1 3 % de M. Líquida 66,7% 33,3% 100,0%

% do P. Estratégico 18,2% 4,2% 8,6% Total Casos 11 24 35

% de M. Líquida 31,4% 68,6% 100,0% % do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 20 - Tabulação cruzada entre Margem Líquida e o Grau de Planejamento

Page 119: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

119

A proporção do desempenho da Margem Líquida, que deveria ser de 31,4% para PE e 68,6%

para PN, foi muito favorável a PE , apresentando crescimento em 58,33% dos casos PE e

41,67% dos casos PN.

As Vendas por Funcionários (Quadro 21) seguem o mesmo padrão dos indicadores anteriores,

e apresentam para o grupo PE crescimento em 60% dos casos sem nenhum registro de queda,

contra 39,1% de crescimento e 30,4% de queda do grupo de PN.

Planejamento Estratégico Vendas por Funcionário Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu entre 5,1% e 15% Casos 7 7 % de V. Funcionário 100,0% 100,0% % do P. Estratégico 30,4% 21,2%

Variou entre -5% e 5% Casos 4 7 11 % de V. Funcionário 36,4% 63,6% 100,0%

% do P. Estratégico 40,0% 30,4% 33,3% Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 6 9 15

% de V. Funcionário 40,0% 60,0% 100,0% % do P. Estratégico 60,0% 39,1% 45,5%

Total Casos 10 23 33 % de V. Funcionário 30,3% 69,7% 100,0%

% do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 21 - Tabulação cruzada entre Vendas por Funcionário e o Grau de Planejamento

A proporção do desempenho das Vendas por Funcionário, que deveria ser de 30,3% para PE e

69,7% para PN, foi mais favorável a PE, porém menos do que nos indicadores anteriores. O

Crescimento dos casos PE foi de 40,0% e 60,0% nos casos de PN.

Já a Liquidez (Quadro 22) tem uma relação menos acentuada, onde 59,6% do grupo de PE

apresentaram crescimento contra 51,6% do grupo PN, que também apresentou percentual de

queda menor (9,7% dos casos).

Page 120: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

120

Planejamento Estratégico Liquidez Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu entre 5,1% e 15% Casos 3 3 % de Liquidez 100,0% 100,0%

% do P. Estratégico 9,7% 6,8% Variou entre -5% e 5% Casos 5 12 17

% de Liquidez 29,4% 70,6% 100,0% % do P. Estratégico 38,5% 38,7% 38,6%

Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 6 5 11 % de Liquidez 54,5% 45,5% 100,0%

% do P. Estratégico 46,2% 16,1% 25,0% Cresceu mais de 15,1% Casos 2 11 13

% de Liquidez 15,4% 84,6% 100,0% % do P. Estratégico 15,4% 35,5% 29,5%

Total Casos 13 31 44 % de Liquidez 29,5% 70,5% 100,0%

% do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 22 - Tabulação cruzada entre Liquidez e o Grau de Planejamento

A proporção do desempenho da Liquidez, que deveria ser de 29,5% para PE e 70,5% para PN,

foi pouco mais favorável a PE, porém em menor intensidade que os casos anteriores. O

crescimento dos casos de PE foi de 33,33% e de PN 66,67%.

O Quadro 23 apresenta as estatísticas de avaliação da correlação entre as variáveis. Foram

calculados o V de Crammer, o Tau c de Kendall, o Gamma e o Coeficiente de correlação de

Spearman e seus níveis de significância. A decisão de aceitação ou não da Hipótese Nula foi

feita de acordo com o Tau C e o Gamma. onde em três casos há uma forte correlação entre

elas (nível de significância p é menor ou igual a 0,01).

Os coeficientes negativos mostram que o desempenho é maior quanto menor for o valor

atribuído ao planejamento. Como neste estudo foi atribuído, para efeito de cálculo, ao PE

valor 1 e ao PN valor 2, a relação negativa mostra que o desempenho do grupo PE cresceu .

Page 121: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

121

Estatísticas de avaliação Indicador de Desempenho

V de Crammer p Tau C p Gamma p Coef. de Corr.

de Spearman p Aceitar H0

PE = PN

Receita Liquida ,507 ,021 -,514 ,000 -,765 ,000 -,500 ,000 não Margem Bruta ,457 ,121 -,464 ,001 -,689 ,001 -,450 ,007 não

Margem Liquida ,524 ,048 -,526 ,000 -,793 ,000 -,516 ,002 não Vendas/Funcionário ,344 ,142 -,279 ,056 -,514 ,056 -,284 ,110 sim

Liquidez ,363 ,121 ,002 ,988 ,003 ,988 ,002 ,989 sim

Quadro 23 - Estatísticas de avaliação da intensidade de associação entre o Desempenho Financeiro e a existência de Processo de Planejamento Estratégico

Como conclusão parcial deve ser Rejeitada H0 nos casos de Receita Líquida, Margem Bruta e

Margem Líquida, pois as escolas que tem um processo de Planejamento Estratégico

apresentaram melhor desempenho. Para as Vendas por Funcionário o resultado é muito

próximo ao limite de rejeição porém H0 deve ser aceita. O baixo número de casos pode ter

influência nesta aceitação. Quanto à liquidez os valores estão muito acima dos limites

portanto H0 deve ser aceita.

4.3.2 Indicadores de Desempenho de Clientes

Os Quadros 23, 24, 25, 26 e 27 mostram as freqüências dos indicadores de desempenho de

Clientes de acordo com o grau de planejamento. Não há no entanto, uma tendência clara das

escolas que adotam um processo de Planejamento Estratégico apresentarem melhores

resultados no grupo todo.

O Quadro 24 a seguir mostra relação do grau de planejamento e a Fidelização dos clientes

(rematrícula). É possível identificar a tendência do grupo PE ter melhores resultados, pois

crescimento em 68,8% dos casos e apenas 11,1% de queda. Já o grupo PN obteve 28,5% de

crescimento e 28,6% de queda.

Page 122: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

122

Planejamento Estratégico Fidelização Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu mais de 15,1% Casos 2 2 % de Fidelização 100,0% 100,0%

% do P. Estratégico 5,7% 3,9% Caiu entre 5,1% e 15% Casos 1 8 9

% de Fidelização 11,1% 88,9% 100,0% % do P. Estratégico 6,3% 22,9% 17,6%

Variou entre -5% e 5% Casos 4 15 19 % de Fidelização 21,1% 78,9% 100,0%

% do P. Estratégico 25,0% 42,9% 37,3% Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 8 4 12

% de Fidelização 66,7% 33,3% 100,0% % do P. Estratégico 50,0% 11,4% 23,5%

Cresceu mais de 15,1% Casos 3 6 9 % de Fidelização 33,3% 66,7% 100,0%

% do P. Estratégico 18,8% 17,1% 17,6% Total Casos 16 35 51

% de Fidelização 31,4% 68,6% 100,0% % do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 24 - Tabulação cruzada entre Fidelização de Clientes e o Grau de Planejamento

A proporção do desempenho da Fidelização de Clientes que deveria ser de 31,4% para PE e

68,6% para PN, foi muito mais favorável a PE, que apresentou 52,4% de casos com

crescimento contra 47,6% de PN.

Planejamento Estratégico Novos Clientes Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu mais de 15,1% Casos 1 1 % de N. Clientes 100,0% 100,0%

% do P. Estratégico 2,8% 2,0% Caiu entre 5,1% e 15% Casos 1 7 8

% de N. Clientes 12,5% 87,5% 100,0% % do P. Estratégico 6,7% 19,4% 15,7%

Variou entre -5% e 5% Casos 5 13 18 % de N. Clientes 27,8% 72,2% 100,0%

% do P. Estratégico 33,3% 36,1% 35,3% Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 6 11 17

% de R. Liquida 35,3% 64,7% 100,0% % do P. Estratégico 40,0% 30,6% 33,3%

Cresceu mais de 15,1% Casos 3 4 7 % de N. Clientes 42,9% 57,1% 100,0%

% do P. Estratégico 20,0% 11,1% 13,7% Total Casos 15 36 51

% de N. Clientes 29,4% 70,6% 100,0% % do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 25 - Tabulação cruzada entre Total de Novos Clientes e o Grau de Planejamento

Page 123: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

123

A conquista de Novos clientes (Quadro 25) também apresenta uma tendência do grupo PE

atingir melhores desempenhos, pois 60,0% dos casos de PE cresceram contra 41,7% de PN

A proporção do desempenho da conquista de Novos Clientes que deveria ser de 29,4% para

PE e 70,6% para PN, foi pouco mais favorável a PE. com 37,50% dos casos de PE

apresentando crescimento contra 62,50% para PN.

Para o lançamento de Novos Produtos (Quadro 26) as freqüências foram de 54,6% de casos

com crescimento e apenas 9,1% de queda para PE, e 33,3% de crescimento e 11,7% de queda

para PN. Estas percentagens ainda mostram uma vantagem para o grupo PE

Planejamento Estratégico Novos Produtos Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu mais de 15,1% Casos 1 1 2 % de N. Produtos 50,0% 50,0% 100,0%

% do P. Estratégico 9,1% 2,9% 4,4% Caiu entre 5,1% e 15% Casos 3 3

% de N. Produtos 100,0% 100,0% % do P. Estratégico 8,8% 6,7%

Variou entre -5% e 5% Casos 4 18 22 % de N. Produtos 18,2% 81,8% 100,0%

% do P. Estratégico 36,4% 52,9% 48,9% Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 4 11 15

% de N. Produtos 26,7% 73,3% 100,0% % do P. Estratégico 36,4% 32,4% 33,3%

Cresceu mais de 15,1% Casos 2 1 3 % de N. Produtos 66,7% 33,3% 100,0%

% do P. Estratégico 18,2% 2,9% 6,7% Total Casos 11 34 45

% de N. Produtos 24,4% 75,6% 100,0% % do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 26 -Tabulação cruzada entre número de Novos Produtos e Cursos e o Grau de Planejamento

Page 124: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

124

A proporção do desempenho do lançamento de Novos Produtos que deveria ser de 24,4% para

PE e 75,6% para PN, foi pouco mais favorável a PE, que apresentou crescimento em 33,3%

dos casos contra 66,7% de PN.

As reclamações (Quadro 27) apresentam proporção inversa, onde a queda significa menor

número de queixas. Desta forma PE apresentou 56,3% de casos de queda e nenhum aumento,

e PN caiu 52,7% e cresceu em 2%. A variação dos resultados foi pequena para determinar

uma tendência para cada grupo.

Planejamento Estratégico Reclamações Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu mais de 15,1% Casos 4 5 9 % de Reclamações 44,4% 55,6% 100,0%

% do P. Estratégico 25,0% 13,2% 16,7% Caiu entre 5,1% e 15% Casos 5 15 20

% de Reclamações 25,0% 75,0% 100,0% % do P. Estratégico 31,3% 39,5% 37,0%

Variou entre -5% e 5% Casos 7 17 24 % de Reclamações 29,2% 70,8% 100,0%

% do P. Estratégico 43,8% 44,7% 44,4% Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 1 1

% de Reclamações 100,0% 100,0% % do P. Estratégico 2,6% 1,9%

Total Casos 16 38 54 % de Reclamações 29,6% 70,4% 100,0%

% do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 27 - Tabulação cruzada entre Total de Reclamações e o Grau de Planejamento

A proporção de reclamações que deveria ser de 29,6% para PE e 70,4% para PN, foi muito

similar com PE apresentando uma queda em 31,0% dos casos contra 69,0% de PN.

A Satisfação dos clientes (Quadro 28) apresentou indicadores de crescimento muito similares

para ambos os casos – 71,5% para PE e 76,% para PN – apenas 1 caso de queda (2,6%) para

grupo PN. Sem uma tendência clara de associação

Page 125: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

125

Planejamento Estratégico Satisfação dos Clientes Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu entre 5,1% e 15% Casos 1 1 % de N. Produtos 100,0% 100,0%

% do P. Estratégico 2,6% 1,9% Variou entre -5% e 5% Casos 4 8 12

% de N. Produtos 33,3% 66,7% 100,0% % do P. Estratégico 28,6% 21,1% 23,1%

Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 6 20 26 % de N. Produtos 23,1% 76,9% 100,0%

% do P. Estratégico 42,9% 52,6% 50,0% Cresceu mais de 15,1% Casos 4 9 13

% de N. Produtos 30,8% 69,2% 100,0% % do P. Estratégico 28,6% 23,7% 25,0%

Total Casos 14 38 52 % de N. Produtos 26,9% 73,1% 100,0%

% do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 28 - Tabulação cruzada entre Satisfação dos Clientes e o Grau de Planejamento

A proporção do desempenho da Satisfação dos clientes que deveria ser de 26,9% para PE e

73,1% para PN, foi muito próxima do observado com um crescimento de 25,6% dos casos de

PE e 74,4% de PN, confirmando a similaridade do desempenho dos dois grupos.

O Quadro 29 apresenta as estatísticas de avaliação dos indicadores da perspectivas de

Clientes. Sua análise seguiu a mesma metodologia do Quadro 23,, com cálculo do V de

Cramer, Tau c de Kendall, Gamma e o Coeficiente de correlação de Spearman com os

respectivos níveis de significância.

A conclusão parcial para este conjunto de indicadores de desempenho é a de rejeitar a

Hipótese Nula para apenas um indicador: Fidelização de Clientes, pois atingiu um nível de

significância alto (0,01) para o Tau c e o Gamma. Os outros indicadores não apresentaram

níveis de significância aceitáveis e suas estatísticas de avaliação são muito próximas de zero,

o que indica não haver qualquer correlação entre o desempenho e o grau de planejamento.

Page 126: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

126

Estatísticas de avaliação Indicador de Desempenho

V de Crammer p Tau C p Gamma p Coef. de Corr.

de Spearman p Aceitar H0

PE = PN

Fidelização ,454 ,032 -,332 ,010 -,489 ,010 -,322 ,021 não Novos Clientes ,218 ,656 -,209 ,115 -,349 ,115 -,208 ,143 sim Novos Produtos ,336 ,279 -,168 ,257 -,333 ,257 -,184 ,226 sim

Reclamações ,171 ,665 ,088 ,520 ,162 ,520 ,090 ,518 sim Satisfação Clientes ,132 ,822 -,006 ,965 -,012 ,965 -,006 ,965 sim

Quadro 29 - Estatísticas de avaliação da intensidade de associação entre o Desempenho de Clientes e a existência de Processo de Planejamento Estratégico

4.3.3 Indicadores de Desempenho Aprendizado e Crescimento

Os Quadros 29, 30, 31, 32, 33 e 34 mostram as freqüências dos indicadores de desempenho de

Aprendizado e Crescimento de acordo com o grau de planejamento. Como no caso dos

indicadores de Clientes não há uma tendência clara das escolas do grupo PE apresentaram

indicadores superiores em todas as variáveis.

O Quadro 30 mostra as freqüências de casos de Cursos Patrocinados pela escola para seus

funcionários, com uma leve tendência de melhor desempenho para o grupo PE com 56,3% de

casos com crescimento e 12,5% com queda, já PN atingiu 43,2% de casos com crescimento e

5,2% de queda.

A proporção do desempenho dos Cursos Patrocinados que deveria ser de 30,2% para PE e

69,8% para PN, revelou uma leve tendência de associação entre o desempenho e grau de

planejamento das escolas pesquisadas. O grupo PE obteve um crescimento em 36,0% dos

casos contra PN com64%.

Page 127: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

127

Planejamento Estratégico Cursos Patrocinados Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu mais de 15,1% Casos 1 1 % de C. Patrocinados 100,0% 100,0%

% do P. Estratégico 2,7% 1,9% Caiu entre 5,1% e 15% Casos 2 1 3

% de C. Patrocinados 66,7% 33,3% 100,0% % do P. Estratégico 12,5% 2,7% 5,7%

Variou entre -5% e 5% Casos 5 19 24 % de C. Patrocinados 20,8% 79,2% 100,0%

% do P. Estratégico 31,3% 51,4% 45,3% Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 7 10 17

% de C. Patrocinados 41,2% 58,8% 100,0% % do P. Estratégico 43,8% 27,0% 32,1%

Cresceu mais de 15,1% Casos 2 6 8 % de C. Patrocinados 25,0% 75,0% 100,0%

% do P. Estratégico 12,5% 16,2% 15,1% Total Casos 16 37 53

% de C. Patrocinados 30,2% 69,8% 100,0% % do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 30 - Tabulação cruzada entre Cursos Patrocinados pela Empresa e o Grau de Planejamento

O Quadro 31 apresenta as freqüências dos Cursos realizados pelos funcionários com recursos

Próprios, revelando um comportamento similar ao anterior pois o grupo PE atingiu 53,4% de

crescimento e 13,3% de queda, enquanto PN obteve 45,9% de crescimento e 8,1% de queda

A proporção do desempenho dos Cursos Patrocinados que deveria ser de 28,8% para PE e

71,2% para PN, como no caso anterior, revela haver uma leve tendência de associação

definida entre as variáveis. PE obteve crescimento em 32,0% dos casos contra 68,0% de PN.

Page 128: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

128

Planejamento Estratégico Cursos Próprios Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu mais de 15,1% Casos 3 3 % de C. Próprios 100,0% 100,0%

% do P. Estratégico 8,1% 5,8% Caiu entre 5,1% e 15% Casos 2 2

% de C. Próprios 100,0% 100,0% % do P. Estratégico 13,3% 3,8%

Variou entre -5% e 5% Casos 5 17 22 % de C. Próprios 22,7% 77,3% 100,0%

% do P. Estratégico 33,3% 45,9% 42,3% Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 7 16 23

% de C. Próprios 30,4% 69,6% 100,0% % do P. Estratégico 46,7% 43,2% 44,2%

Cresceu mais de 15,1% Casos 1 1 2 % de C. Próprios 50,0% 50,0% 100,0%

% do P. Estratégico 6,7% 2,7% 3,8% Total Casos 15 37 52

% de C. Próprios 28,8% 71,2% 100,0% % do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 31 - Tabulação cruzada entre Cursos Realizados e Pagos pelos Funcionários e o Grau de Planejamento

As freqüências referentes à quantidade de Pessoal Qualificado (Quadro 32) demonstram uma

tendência a favor do grupo PE com 78,6% de crescimento contra 57,9% de PN.

Planejamento Estratégico Pessoal Qualificado Sim (PE) Não (PN) Total

Variou entre -5% e 5% Casos 3 16 19 % de P. Qualificado 15,8% 84,2% 100,0% % do P. Estratégico 21,4% 42,1% 36,5%

Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 6 20 26 % de P. Qualificado 23,1% 76,9% 100,0% % do P. Estratégico 42,9% 52,6% 50,0%

Cresceu mais de 15,1% Casos 5 2 7 % de P. Qualificado 71,4% 28,6% 100,0% % do P. Estratégico 35,7% 5,3% 13,5%

Total Casos 14 38 52 % de P. Qualificado 26,9% 73,1% 100,0% % do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 32 - Tabulação cruzada entre Proporção de Pessoal Qualificado/Titulado e o Grau de Planejamento

Page 129: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

129

A proporção do desempenho da quantidade de Pessoal Qualificado que deveria ser de 26,9%

para PE e 73,1% para PN, apresentou uma pequena tendência do grupo PE obter um melhor

desempenho com uma participação de 33,0% do total dos casos de crescimento contra 67%

para PN.

A Satisfação dos Funcionários (Quadro 33) apresentou freqüências que não demonstram

tendência do grupo PE ter melhores índices de desempenho do que PN, 50% de crescimento

para o primeiro contra 52,8 do segundo

A proporção do desempenho da Satisfação dos Funcionários que deveria ser de 30,8% para

PE e 69,2% para PN, foi muito próxima do observado - 29,3% para PE e 70,7% para PN -

revelando não haver uma tendência de associação definida entre as variáveis.

Planejamento Estratégico Satisfação dos Funcionários Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu mais de 15,1% Casos 1 1 % de S. Funcionários 100,0% 100,0%

% do P. Estratégico 2,8% 1,9% Caiu entre 5,1% e 15% Casos 1 1

% de S. Funcionários 100,0% 100,0% % do P. Estratégico 6,3% 1,9%

Variou entre -5% e 5% Casos 7 16 23 % de S. Funcionários 30,4% 69,6% 100,0%

% do P. Estratégico 43,8% 44,4% 44,2% Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 8 17 25

% de S. Funcionários 32,0% 68,0% 100,0% % do P. Estratégico 50,0% 47,2% 48,1%

Cresceu mais de 15,1% Casos 2 2 % de S. Funcionários 100,0% 100,0%

% do P. Estratégico 5,6% 3,8% Total Casos 16 36 52

% de S. Funcionários 30,8% 69,2% 100,0% % do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 33 - Tabulação cruzada entre Satisfação dos e o Grau de Planejamento

Page 130: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

130

Para os Incentivos dados aos Funcionários não há uma tendência definida também, PE

apresentou um crescimento de 33,3% e queda de 6,7% e PN 32,4% de crescimento e 10,8%

de queda. A proporção dos resultados que deveria ser de 28,8% para PE e 71,2% para PN foi

muito semelhante – 29,4% e 70,6% - indicando comportamento similar do desempenho em

ambos grupos.

Planejamento Estratégico Incentivos aos Funcionários Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu entre 5,1% e 15% Casos 1 4 5 % de Incentivos 20,0% 80,0% 100,0%

% do P. Estratégico 6,7% 10,8% 9,6% Variou entre -5% e 5% Casos 9 21 30

% de Incentivos 30,0% 70,0% 100,0% % do P. Estratégico 60,0% 56,8% 57,7%

Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 5 10 15 % de Incentivos 33,3% 66,7% 100,0%

% do P. Estratégico 33,3% 27,0% 28,8% Cresceu mais de 15,1% Casos 2 2

% de Incentivos 100,0% 100,0% % do P. Estratégico 5,4% 3,8%

Total Casos 15 37 52 % de Incentivos 28,8% 71,2% 100,0%

% do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 34 - Tabulação cruzada entre Incentivos Concedidos aos Funcionários e o Grau de Planejamento

A Avaliação de Competências apresentou resultados de freqüências que indicam uma

significativa associação entre as variáveis pois o 85,7% das escolas do grupo PE declararam

crescimento contra 55,3% de PN.

A proporção da Avaliação das Competências, que deveria ser de 25,9% para PE e 7,1% para

PN, ficou em 36,4% para PE e 63,6% para PN , confirmando uma tendência para o

desempenho de PE ser superior ao de PN

Page 131: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

131

Planejamento Estratégico Avaliação das Competências Sim (PE) Não (PN) Total

Variou entre -5% e 5% Casos 2 17 19 % de A. Competências 10,5% 89,5% 100,0%

% do P. Estratégico 14,3% 44,7% 36,5% Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 7 19 26

% de A. Competências 26,9% 73,1% 100,0% % do P. Estratégico 50,0% 50,0% 50,0%

Cresceu mais de 15,1% Casos 5 2 7 % de A. Competências 71,4% 28,6% 100,0%

% do P. Estratégico 35,7% 5,3% 13,5% Total Casos 14 38 52

% de A. Competências 26,9% 73,1% 100,0% % do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 35 - Tabulação cruzada entre Avaliação de Competências e o Grau de Planejamento

O Quadro 36 apresenta as estatísticas de avaliação dos indicadores de desempenho de

Aprendizado e Crescimento. O cálculo seguiu a mesma metodologia dos anteriores.

A conclusão parcial é rejeitar a Hipótese Nula para os casos de quantidade de Pessoal

Qualificado e da Avaliação das Competências, pois os dois indicadores apresentaram

correlação entre as variáveis, sendo que no segundo indicador o Nível de Significância é

muito inferior do limite de 0,01 (99,% de confiança).

Para os outros indicadores as estatísticas não permitem a rejeição de H0, e não demonstram

correlação entre as variáveis.

Estatísticas de avaliação

Indicador de Desempenho

V de Crammer p Tau C p Gamma p Coef. de Corr.

de Spearman p Aceitar H0

PE = PN

Pessoal Qualificado ,403 0,15 -,293 ,029 -,559 ,029 -,315 ,023 não Avaliação das Competências ,431 ,008 -,359 ,004 -,685 ,004 -,387 ,005 não

Cursos Próprios ,367 ,135 -,055 ,691 -,104 ,691 -,057 ,687 sim Satisfação Funcionários ,263 ,462 ,059 ,649 ,122 ,649 ,062 ,662 sim

Cursos Patrocinados ,288 ,355 -,041 ,766 -,070 ,766 -,042 ,767 sim Incentivos aos Funcionários ,150 ,761 -,015 ,904 -,032 ,904 -,016 ,910 sim

Quadro 36 - Estatísticas de avaliação da intensidade de associação entre o Desempenho de Aprendizado e Crescimento e a existência de Processo de Planejamento Estratégico

Page 132: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

132

4.3.4 Indicadores de Processos Internos

Os Quadros 36, 37, 38, 39,40,41 e 42 mostram as freqüências dos indicadores de desempenho

dos Processos Internos da escola de acordo com o grau de planejamento. Como nos casos dos

indicadores de Clientes e Aprendizado e Crescimento não há uma tendência clara das escolas

do grupo PE apresentarem indicadores superiores em todas as variáveis.

O Quadro 37 mostra as freqüências das Atividades Terceirizadas, tanto estas quanto as

proporções apresentam uma leve tendência de melhor desempenho para PE, os resultados

foram:

o Freqüência – PE obteve 41,7% de crescimento contra 31,4% de PN

o Proporção – que deveria ser de 25,5% para PE e 74,5% para PN foi de 31,3% e

68,7% respectivamente

Planejamento Estratégico Atividades Terceirizadas Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu mais de 15,1% Casos 4 4 % de A. Terceirizadas 100,0% 100,0%

% do P. Estratégico 11,4% 8,5% Variou entre -5% e 5% Casos 7 20 27

% de A. Terceirizadas 25,9% 74,1% 100,0% % do P. Estratégico 58,3% 57,1% 57,4%

Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 5 9 14 % de A. Terceirizadas 35,7% 64,3% 100,0%

% do P. Estratégico 41,7% 25,7% 29,8% Cresceu mais de 15,1% Casos 2 2

% de A. Terceirizadas 100,0% 100,0% % do P. Estratégico 5,7% 4,3%

Total Casos 12 35 47 % de A. Terceirizadas 25,5% 74,5% 100,0%

% do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 37 - Tabulação cruzada entre Atividades Terceirizadas e o Grau de Planejamento

Page 133: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

133

Para a quantidade de Inovações (Quadro 38) as freqüências foram muito similares, 80% de

crescimento para PE e 81,1% para PN,. Este resultado não demonstra correlação ente as

variáveis. As proporções também foram muito similares, dos 28,8% esperados para PE o

resultado foi de 28,6%.

Planejamento Estratégico Inovações Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu entre 5,1% e 15% Casos 1 1 % de Inovações 100,0% 100,0%

% do P. Estratégico 6,7% 1,9% Variou entre -5% e 5% Casos 2 7 9

% de Inovações 22,2% 77,8% 100,0% % do P. Estratégico 13,3% 18,9% 17,3%

Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 8 20 28 % de Inovações 28,6% 71,4% 100,0%

% do P. Estratégico 53,3% 54,1% 53,8% Cresceu mais de 15,1% Casos 4 10 14

% de Inovações 28,6% 71,4% 100,0% % do P. Estratégico 26,7% 27,0% 26,9%

Total Casos 15 37 52 % de Inovações 28,8% 71,2% 100,0%

% do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 38 - Tabulação cruzada entre Quantidade de Inovações e o Grau de Planejamento

O Desperdício de Material apresenta uma leve tendência de associação favorável em relação à

PN, pois as freqüências foram de 50% de queda para PE e 54% para PN.

A proporção também demonstra esta tendência, pois do resultado esperado de 30,2% para PE

e 69,8% para PN foram obtidos 28,6% e 71,4% respectivamente.

Esta variável foi avaliada de forma inversa, pois o desperdício de material só pode ser

considerado como bom resultado no caso de queda.

Page 134: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

134

Planejamento Estratégico Desperdício de Material Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu mais de 15,1% Casos 4 3 7 % de D. Material 57,1% 42,9% 100,0%

% do P. Estratégico 25,0% 8,1% 13,2% Caiu entre 5,1% e 15% Casos 4 17 21

% de D. Material 19,0% 81,0% 100,0% % do P. Estratégico 25,0% 45,9% 39,6%

Variou entre -5% e 5% Casos 8 15 23 % de D. Material 34,8% 65,2% 100,0%

% do P. Estratégico 50,0% 40,5% 43,4% Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 1 1

% de D. Material 100,0% 100,0% % do P. Estratégico 2,7% 1,9%

Cresceu mais de 15,1% Casos 1 1 % de D. Material 100,0% 100,0%

% do P. Estratégico 2,7% 1,9% Total Casos 16 37 53

% de D. Material 30,2% 69,8% 100,0% % do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 39 - Tabulação cruzada entre Desperdício de Materiais e o Grau de Planejamento

As freqüências da Utilização de Capacidade instalada (Quadro 40) mostram uma leve

tendência a PE obter um melhor desempenho com 53,4% de crescimento contra 50% de PN

Planejamento Estratégico Utilização de Capacidade Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu mais de 15,1% Casos 1 1 % de U. Capacidade 100,0% 100,0% % do P. Estratégico 2,8% 2,0%

Caiu entre 5,1% e 15% Casos 1 4 5 % de U. Capacidade 20,0% 80,0% 100,0% % do P. Estratégico 6,7% 11,1% 9,8%

Variou entre -5% e 5% Casos 6 13 19 % de U. Capacidade 31,6% 68,4% 100,0% % do P. Estratégico 40,0% 36,1% 37,3%

Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 4 13 17 % de U. Capacidade 23,5% 76,5% 100,0% % do P. Estratégico 26,7% 36,1% 33,3%

Cresceu mais de 15,1% Casos 4 5 9 % de U. Capacidade 44,4% 55,6% 100,0% % do P. Estratégico 26,7% 13,9% 17,6%

Total Casos 15 36 51 % de U. Capacidade 29,4% 70,6% 100,0% % do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 40 - Tabulação cruzada Utilização da Capacidade instalada e o Grau de Planejamento

Page 135: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

135

A Proporção esperada entre PE e PN, que deveria ser de 29,4% e 70,6%, foi de 30,8% e

69,2% , o que confirma a pequena vantagem de PE.

Os Custos de Produtos e Serviços apresentou uma clara tendência do grupo PE obter um

crescimento maior que o grupo PN. Este crescimento, no entanto, é inverso pois se considera

um bom resultado a queda dos custos.

A proporção entre os dois grupos, que deveria ser de 29,8% para PE e 70,2% para PN, ficou

em 36,4% e 63,6% respectivamente, confirmando os resultados das freqüências.

Planejamento Estratégico Custo de Produtos e Serviços Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu entre 5,1% e 15% Casos 1 1 % de Custo 100,0% 100,0%

% do P. Estratégico 3,0% 2,1% Variou entre -5% e 5% Casos 2 11 13

% de Custo 15,4% 84,6% 100,0% % do P. Estratégico 14,3% 33,3% 27,7%

Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 7 18 25 % de Custo 28,0% 72,0% 100,0%

% do P. Estratégico 50,0% 54,5% 53,2% Cresceu mais de 15,1% Casos 5 3 8

% de Custo 62,5% 37,5% 100,0% % do P. Estratégico 35,7% 9,1% 17,0%

Total Casos 14 33 47 % de Custo 29,8% 70,2% 100,0%

% do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 41 - Tabulação cruzada entre Custos de Produtos e Serviços e o Grau de Planejamento

Quanto aos Prazos de Entrega (Quadro 42) não foi possível identificar associação entre as

variáveis, pois PE apresentou crescimento em 61,6% dos casos e PN em 65,6%. As

proporções que deveriam ser de 27,1% para PE e 72,9% para PN foram de 25,8% e 74,2%.

Page 136: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

136

Planejamento Estratégico Prazos de Entrega Sim (PE) Não (PN) Total

Caiu mais de 15,1% Casos 1 1 % de P. de Entrega 100,0% 100,0%

% do P. Estratégico 2,9% 2,1% Variou entre -5% e 5% Casos 5 11 16

% de P. de Entrega 31,3% 68,8% 100,0% % do P. Estratégico 38,5% 31,4% 33,3%

Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 5 15 20 % de P. de Entrega 25,0% 75,0% 100,0%

% do P. Estratégico 38,5% 42,9% 41,7% Cresceu mais de 15,1% Casos 3 8 11

% de P. de Entrega 27,3% 72,7% 100,0% % do P. Estratégico 23,1% 22,9% 22,9%

Total Casos 13 35 48 % de P. de Entrega 27,1% 72,9% 100,0% % do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 42 - Tabulação cruzada entre Prazos de Entrega e o Grau de Planejamento

O último indicador analisado foi o Controle de Qualidade, e as freqüências observadas não

apontam para uma tendência de PE obter melhores Resultados que PN. Os casos que

apresentaram crescimento foram 70,4% para PE e 70,6% para PN.

A proporção de casos, que deveria ser de 29,2% para PE e 70,8% para PN foi de 29,4% e

70,6% respectivamente, concordando com o resultado das freqüências.

Planejamento Estratégico Controle de Qualidade Sim (PE) Não (PN) Total

Variou entre -5% e 5% Casos 4 10 14 % de C. Qualidade 28,6% 71,4% 100,0%

% do P. Estratégico 28,6% 29,4% 29,2% Cresceu entre 5,1% e 15% Casos 5 17 22

% de C. Qualidade 22,7% 77,3% 100,0% % do P. Estratégico 35,7% 50,0% 45,8%

Cresceu mais de 15,1% Casos 5 7 12 % de C. Qualidade 41,7% 58,3% 100,0%

% do P. Estratégico 35,7% 20,6% 25,0% Total Casos 14 34 48

% de C. Qualidade 29,2% 70,8% 100,0% % do P. Estratégico 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro 43 -Tabulação cruzada entre Controle de Qualidade e o Grau de Planejamento

Page 137: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

137

O Quadro 44 apresenta as estatísticas de avaliação da associação entre o desempenho nos

processos internos e o grau de planejamento. Em apenas um caso, o Custo dos produtos e

serviços, foi observada correlação entre as variáveis. Esta correlação, apesar de fraca, é

negativa, onde o PE resultaria num aumento dos custos de produtos e serviços.

Os outros indicadores apresentam correlações muito fracas e níveis de significância muito

acima dos limites aceitáveis para a rejeição de H0.

Estatísticas de avaliação Indicador de Desempenho

V de Crammer p Tau C p Gamma p Coef. de Corr.

de Spearman p Aceitar H0

PE = PN

Custo Produtos e Serviços ,353 ,119 -,313 ,020 -,579 ,020 -,327 ,025 não

Atividades Terceirizadas ,245 ,420 -,110 ,350 -,260 ,350 -,124 ,407 sim

Utilização de Capacidade ,195 ,748 -,105 ,459 -,176 ,459 -,104 ,466 sim

Controle de Qualidade ,263 ,462 -,094 ,528 -,171 ,528 -,096 ,516 sim Desperdício Material ,299 ,314 ,068 ,631 ,122 ,631 ,070 ,620 sim

Inovações ,226 ,447 ,019 ,886 ,038 ,886 ,020 ,886 sim Prazos de Entrega ,195 ,748 ,016 ,911 ,030 ,911 ,016 ,913 sim

Quadro 44 - Estatísticas de avaliação da intensidade de associação entre o Desempenho de Processos Internos e a existência de Processo de Planejamento Estratégico

A conclusão parcial é a rejeição da Hipótese Nula apenas para o indicador Custos de Produtos

e Serviços, aceitando a igualdade de desempenho para os outros indicadores.

4.4 Análise dos Dados

Análise de Freqüências

As freqüências dos casos de Planejamento Estratégico (PE) e Não-Estratégico (PN)

apresentaram resultados diferentes para cada indicador de desempenho escolhido, porém em

11 indicadores (47,83%) foi possível identificar uma relação entre grau de planejamento e o

Page 138: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

138

desempenho: Receita Líquida, Margem Bruta, Margem Líquida, Vendas por Funcionário,

Fidelização, Novos Clientes, Novos Produtos, Pessoal Qualificado, Avaliação de

Competências, e Custos de Produtos e Atividades Terceirizadas.

Em outros quatro casos (17,39): Utilização de Capacidade, Desperdício de Materiais, Cursos

Próprios e Liquidez, foi possível identificar uma relação, apesar de fraca, entre desempenho e

o grau de planejamento da escola.

Em apenas oito indicadores (34,8%) o desempenho dos dois grupos de escolas foi

considerado similar, não sendo possível determinar relação entre as variáveis analisadas.

Estatísticas de Avaliação

As estatísticas de avaliação confirmaram em sete casos (30,4%) a existência de correlação

entre o grau de planejamento e o desempenho das escolas.

Em todas as perspectivas de desempenho houve pelo menos um indicador que apresentou

correlação com o grau de planejamento. O Quadro 45 mostra um resumo dos casos cuja

correlação foi identificada ou não, e sua participação no total de casos de cada conjunto de

indicadores.

Indicadores de Desempenho Apresentou Correlação Não apresentou correlação Financeiros 3 60% 2 40% Clientes 1 20% 4 80% Aprendizado e Crescimento 2 33,3% 4 66,7% Processos Internos 1 14,3% 6 85,7% Total 7 30,4% 16 69,6% Quadro 45 – Consolidação de correlações encontradas

Page 139: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

139

4.5 Sofisticação do Planejamento Estratégico

Esta parte tem como objetivo analisar se há alguma correlação entre o desempenho das

escolas e o grau de sofisticação de seu processo de planejamento estratégico. As respostas

para cada assertiva foram somadas em três grupos (preparação, planejamento e

implementação) e classificadas de acordo com o percentual de pontos atingidos em relação ao

máximo possível.

Esta classificação permitiu a elaboração de uma tabela de freqüências e o cálculo das

estatísticas de avaliação da mesma forma que as análises anteriores. Foram utilizados para a

elaboração das tabelas o Tau c de Kendall, o Gamma e o rho de Spearman, a decisão de

rejeitar ou não H0 foi feita baseada nos resultados do Tau c e do Gamma.

Além das três categorias foi elaborada também uma tabela de comparação do desempenho

com a sofisticação do processo completo de planejamento, obtida pelo percentual da soma de

todas as notas das respostas das assertivas em relação ao máximo possível.

4.5.1 Sofisticação da Preparação

A distribuição de freqüências da sofisticação da preparação (Quadro 46) mostra que 43,8%

das escolas afirmaram que cumpriram mais de 90% do processo de preparação, e que a

totalidade das escolas afirmou cumprir mais de 70% do processo.

As altas pontuações obtidas (acima de 70%), o baixo número de categorias (apenas três) e o

pequeno número de casos não apresentaram estatísticas que suportassem a rejeição de Ho para

o grupo todo.

Page 140: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

140

Sofisticação da Preparação Freqüência Percentual Acumulado

de 70% a 79% 4 25,0 25,0 de 80% a 89% 5 31,3 56,3 acima de 90% 7 43,8 100,0

Total 16 100,0

Quadro 46 - Freqüências da sofisticação da fase de Preparação do processo de Planejamento Estratégico

O Quadro 47 mostra que em apenas quatro casos (17%) foi possível rejeitar Ho, e aceitar a

existência de correlação entre as variáveis.

A conclusão parcial é a de que o nível de sofisticação da fase de Preparação do processo

formal de Planejamento Estratégico não tem influência no desempenho da escola.

Estatísticas de avaliação

Indicador de Desempenho Tau C p Gamma p Coef. de Corr. de Spearman p Casos

Validos

Aceitar H0

Reclamações -,469 ,017 -,667 ,017 -,515 ,041 16 não Novos Produtos ,521 ,007 ,636 ,007 ,577 ,063 11 não

Cursos Patrocinados -,434 ,008 -,607 ,008 -,489 ,054 16 não Vendas/Funcionário ,640 ,009 ,800 ,009 ,602 ,065 10 não

Satisfação Funcionários ,375 ,054 ,640 ,054 ,442 ,086 16 sim Margem Liquida ,077 ,347 ,583 ,077 ,440 ,176 11 sim

Desperdício Material -,340 ,118 -,527 ,118 -,380 ,147 16 sim Cursos Próprios -,320 ,153 -,500 ,153 -,366 ,180 15 sim Novos Clientes ,253 ,256 ,358 ,256 ,285 ,302 15 sim

Controle de Qualidade ,260 ,300 ,395 ,300 ,292 ,310 14 sim Fidelização -,211 ,341 -,310 ,341 -,249 ,352 16 sim

Liquidez -,195 ,389 -,333 ,389 -,234 ,442 13 sim Utilização de Capacidade -,187 ,443 -,269 ,443 -,219 ,432 15 sim

Incentivos aos Funcionários ,133 ,479 ,263 ,479 ,169 ,546 15 sim Margem Bruta ,198 ,494 ,308 ,494 ,216 ,524 11 sim

Pessoal Qualificado ,153 ,513 ,250 ,513 ,177 ,546 14 sim Satisfação Clientes -,122 ,634 -,190 ,634 -,140 ,633 14 sim

Inovações ,067 ,775 ,106 ,775 ,076 ,788 15 sim Atividades Terceirizadas -,083 ,788 -,130 ,788 -,078 ,809 12 sim

Prazos de Entrega ,071 ,791 ,111 ,791 ,090 ,769 13 sim Receita Liquida ,061 ,799 ,105 ,799 ,062 ,832 14 sim

Avaliação das Competências ,046 ,825 ,081 ,825 ,059 ,841 14 sim Custo Produtos e Serviços ,031 ,914 ,048 ,914 ,031 ,915 14 sim

Quadro 47 - Estatísticas de avaliação da intensidade de associação entre o Desempenho da Escola e a sofisticação da fase de Preparação do Processo de Planejamento Estratégico

Page 141: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

141

4.6 Sofisticação do Planejamento

As freqüências da sofisticação da fase de planejamento foram iguais às da fase anterior. O

Quadro 48 mostra que 100% dos entrevistados afirmaram que cumprem pelo menos 70% dos

processos desta fase, com 43,8% afirmando cumprir mais de 90% do processo.

Sofisticação do Planejamento Freqüência Percentual Acumulado

de 70% a 79% 5 31,3 31,3 de 80% a 89% 4 25,0 56,3 acima de 90% 7 43,8 100,0

Total 16 100,0

Quadro 48 - Freqüências da sofisticação da fase de Planejamento do processo de Planejamento Estratégico

As estatísticas mostram, como no item anterior, um volume muito baixo de rejeições de Ho,

apenas cinco casos (22%). A Conclusão Parcial é a de aceitar H0 e que não há evidências da

correlação entre as variáveis.

Estatísticas de avaliação

Indicador de Desempenho Tau C p Gamma p Coef. de Corr. de Spearman p Casos

Validos

Aceitar H0

Vendas/Funcionário ,760 ,000 ,905 ,000 ,746 ,013 10 não Margem Liquida ,521 ,003 ,913 ,003 ,649 ,031 11 não

Desperdício Material -,504 ,003 -,729 ,003 -,571 ,021 16 não Satisfação Funcionários ,398 ,029 ,680 ,029 ,475 ,063 16 não

Cursos Patrocinados -,363 ,038 -,525 ,038 -,414 ,111 16 não Reclamações -,328 ,077 -,483 ,077 -,389 ,137 16 sim

Margem Bruta ,372 ,126 ,600 ,126 ,485 ,130 11 sim Liquidez -,284 ,126 -,444 ,126 -,359 ,229 13 sim

Pessoal Qualificado ,367 ,138 ,545 ,138 ,400 ,157 14 sim Incentivos aos Funcionários ,227 ,296 ,436 ,296 ,277 ,317 15 sim

Receita Liquida ,184 ,309 ,316 ,309 ,234 ,421 14 sim Novos Clientes ,187 ,356 ,259 ,356 ,219 ,432 15 sim Novos Produtos ,223 ,451 ,310 ,451 ,230 ,496 11 sim

Prazos de Entrega ,195 ,453 ,282 ,453 ,265 ,382 13 sim Satisfação Clientes -,153 ,481 -,227 ,481 -,191 ,513 14 sim

Cursos Próprios -,147 ,515 -,224 ,515 -,177 ,528 15 sim Inovações ,133 ,566 ,217 ,566 ,092 ,743 15 sim

Controle de Qualidade ,092 ,711 ,136 ,711 ,116 ,692 14 sim Fidelização -,070 ,743 -,100 ,743 -,075 ,781 16 sim

Avaliação das Competências ,061 ,791 ,100 ,791 ,079 ,789 14 sim Custo Produtos e Serviços -,031 ,901 -,053 ,901 -,031 ,915 14 sim Utilização de Capacidade -,013 ,955 -,019 ,955 -,008 ,977 15 sim Atividades Terceirizadas ,000 1,000 ,000 1,000 ,000 1,000 12 sim

Quadro 49 - Estatísticas de avaliação da intensidade de associação entre o Desempenho da Escola e a Sofisticação da fase de Planejamento do Processo de Planejamento Estratégico

Page 142: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

142

4.7 Sofisticação da Implementação

A distribuição de freqüências da fase de Implementação não seguiu o padrão das anteriores,

nesta fase cinco categorias puderam ser identificadas, com casos a partir da faixa de 50% .

O maior volume dos casos (62,5%) são de escolas que admitiram cumprir menos de 80% .das

tarefas e processo de implementação do plano estratégico

Sofisticação da Implementação Freqüência Percentual Acumulado

de 50% a 59% 1 6,3 6,3 de 60% a 69% 3 18,8 25,0 de 70% a 79% 6 37,5 62,5 de 80% a 89% 5 31,3 93,8 acima de 90% 1 6,3 100,0

Total 16 100,0

Quadro 50 - Freqüências da sofisticação da fase de Implementação do processo de Planejamento Estratégico

As estatísticas da fase de implementação também não seguiram o padrão das outra duas fases,

em 11 casos (43,8%) foi determinada a correlação entre o grau de sofisticação do

planejamento e o desempenho da escola e Ho foi rejeitada, A conclusão parcial é aceitar a

relação entre a Implementação da estratégia e o desempenho da escola.

Page 143: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

143

Estatísticas de avaliação

Indicador de Desempenho Tau C p Gamma p Coef. de Corr. de Spearman p Casos

Validos

Aceitar H0

Pessoal Qualificado ,689 ,000 ,918 ,000 ,749 ,002 14 não Satisfação Funcionários ,609 ,000 ,897 ,000 ,686 ,003 16 não

Incentivos aos Funcionários ,453 ,001 ,773 ,001 ,567 ,028 15 não Reclamações -,516 ,003 -,710 ,003 -,566 ,022 16 não

Inovações ,367 ,005 ,585 ,005 ,492 ,062 15 não Prazos de Entrega ,426 ,006 ,522 ,006 ,515 ,071 13 não

Avaliação das Competências ,398 ,008 ,565 ,008 ,470 ,090 14 não Utilização de Capacidade ,403 ,008 ,586 ,008 ,516 ,049 15 não

Controle de Qualidade ,505 ,021 ,647 ,021 ,540 ,046 14 não Vendas/Funcionário ,640 ,035 ,667 ,035 ,606 ,063 10 não

Atividades Terceirizadas ,528 ,045 ,655 ,045 ,487 ,108 12 não Novos Produtos ,419 ,061 ,613 ,061 ,511 ,108 11 sim

Satisfação Clientes ,367 ,089 ,480 ,089 ,402 ,154 14 sim Desperdício Material -,316 ,123 -,443 ,123 -,368 ,161 16 sim

Fidelização -,135 ,150 -,194 ,150 -,193 ,474 16 sim Cursos Próprios ,190 ,225 ,276 ,225 ,287 ,300 15 sim Margem Liquida ,322 ,262 ,419 ,262 ,345 ,298 11 sim

Liquidez -,160 ,366 -,209 ,366 -,178 ,561 13 sim Margem Bruta ,223 ,438 ,273 ,438 ,241 ,476 11 sim

Custo Produtos e Serviços ,153 ,523 ,208 ,523 ,169 ,563 14 sim Novos Clientes ,071 ,599 ,111 ,599 ,091 ,748 15 sim

Cursos Patrocinados ,073 ,660 ,111 ,660 ,110 ,686 16 sim Receita Liquida -,015 ,947 -,024 ,947 -,026 ,930 14 sim

Quadro 51 - Estatísticas de avaliação da intensidade de associação entre o Desempenho da Escola e a Sofisticação da fase de Implementação do Processo de Planejamento Estratégico

Page 144: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

144

4.8 Sofisticação Total

Com a soma de todas as fases a distribuição de freqüências apresentou um comportamento

próximo a uma distribuição normal e quatro categorias, com 56,3% entre 60% e 79% de

sofisticação do processo de planejamento

Sofisticação da Implantação Freqüência Percentual Acumulado

de 60% a 69% 1 6,3 6,3 de 70% a 79% 8 50,0 56,3 de 80% a 89% 6 37,5 93,8 acima de 90% 1 6,3 100,0

Total 16 100,0

Quadro 52 - Freqüências da sofisticação Total do processo de Planejamento Estratégico

As estatísticas mostram que em apenas seis casos (26%) H0 pode ser rejeitada, é um

coeficiente maior que nas duas fases iniciais, porém muito inferior se comparado à fase de

implementação a conclusão parcial seria de há uma relação tênue entre as variáveis.

Estatísticas de avaliação

Indicador de Desempenho Tau C p Gamma p Coef. de Corr. de Spearman p Casos

Validos

Aceitar H0

Vendas/Funcionário ,800 ,000 1,000 ,000 ,786 ,007 10 não Pessoal Qualificado ,520 ,000 ,895 ,000 ,630 ,016 14 não

Satisfação Funcionários ,586 ,000 ,926 ,000 ,695 ,003 16 não Reclamações -,504 ,003 -,782 ,003 -,579 ,019 16 não

Incentivos aos Funcionários ,413 ,011 ,838 ,011 ,537 ,039 15 não Desperdício Material -,410 ,027 -,686 ,027 -,482 ,059 16 não

Liquidez -,320 ,075 -,529 ,075 -,379 ,201 13 sim Novos Produtos ,353 ,118 ,571 ,118 ,453 ,162 11 sim

Avaliação das Competências ,291 ,119 ,487 ,119 ,346 ,226 14 sim Fidelização -,208 ,129 -,385 ,129 -,296 ,265 16 sim

Controle de Qualidade ,337 ,140 ,524 ,140 ,381 ,179 14 sim Inovações ,225 ,222 ,422 ,222 ,314 ,255 15 sim

Margem Liquida ,248 ,291 ,417 ,291 ,304 ,364 11 sim Prazos de Entrega ,231 ,298 ,351 ,298 ,283 ,349 13 sim

Utilização de Capacidade ,200 ,408 ,306 ,408 ,230 ,410 15 sim Receita Liquida -,122 ,548 -,250 ,548 -,160 ,584 14 sim

Satisfação Clientes ,153 ,558 ,238 ,558 ,178 ,542 14 sim Atividades Terceirizadas ,139 ,620 ,238 ,620 ,138 ,670 12 sim

Margem Bruta ,124 ,655 ,185 ,655 ,149 ,662 11 sim Cursos Próprios ,093 ,665 ,149 ,665 ,121 ,667 15 sim

Cursos Patrocinados -,073 ,681 -,127 ,681 -,081 ,766 16 sim Custo Produtos e Serviços -,077 ,763 -,128 ,763 -,094 ,748 14 sim

Novos Clientes -,013 ,947 -,023 ,947 -,022 ,937 15 sim Quadro 53 - Estatísticas de avaliação da intensidade de associação entre o Desempenho da Escola e a Sofisticação Total do Processo de Planejamento Estratégico

Page 145: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

145

5 CONCLUSÕES

Este estudo buscou identificar a relação do processo formal de planejamento estratégico e o

desempenho das escolas da região Metropolitana da cidade de São Paulo. Utilizando

conceitos de planejamento estratégico, onde o processo foi classificado em quatro tipos

(desestruturado, intuitivo, operacional e estratégico) e dividido em três fases (preparação,

planejamento e implementação), e a metodologia do Balanced Scorecard, foi desenhado um

instrumento de pesquisa para aplicação nas grandes escolas desta região, com a intenção de

identificar os efeitos positivos do planejamento estratégico em seu desempenho.

Os objetivos da pesquisa foram atingidos em sua totalidade (ver Quadro 54) com a

confirmação das Hipóteses H1 - A existência de um processo formal de planejamento

estratégico tem impacto positivo no desempenho das escolas - e H4 - O Grau de Sofisticação

da fase de Implantação do processo de planejamento estratégico tem impacto positivo no

desempenho das escolas - do item 2.4 na p. 78 deste estudo, pois foi possível:

• Identificar o impacto do processo formal de planejamento estratégico no desempenho

das escolas de ensino fundamental e médio de São Paulo – objetivo geral do estudo

(item 2.2. p. 71)

• Identificar dentre as escolas pesquisadas a existência de um processo completo de

planejamento estratégico, utilizando a classificação de Bracker e Pearson (1986) –

objetivo específico do estudo (item 2.2.1 p. 71)

• Medir a sofisticação do processo de planejamento estratégico nos casos identificados

como tal, segundo a classificação de Kaufman, Herman e Waters (2002) - objetivo

específico do estudo (item 2.2.1 p. 71)

Page 146: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

146

• Medir o desempenho da escola, pela variação dos indicadores escolhidos, de acordo

com a metodologia do Balanced Scorecard de Kaplan e Norton (1997). objetivo

específico do estudo (item 2.2.1 p. 71)

Obj. Descrição Não Cumprido

Cumprido Parcialmente

Cumprido Totalmente

Geral Identificar o impacto do processo formal de planejamento estratégico no desempenho das escolas de ensino fundamental e médio de São Paulo

1 Identificar dentre as escolas pesquisadas a existência de um processo completo de planejamento estratégico.

2 Medir a sofisticação do processo de planejamento estratégico nos casos identificados como tal.

3 Medir o desempenho da escola, pela variação dos

indicadores escolhidos

Quadro 54 - Relação de cumprimento de objetivos

Correlação entre as Variáveis

Pode-se concluir então que, segundo a análise de freqüências que apontou existir relação entre

65,2% das variáveis analisadas, e segundo também as estatísticas de avaliação que mostraram

existir uma correlação entre 34,8% das variáveis. Há fortes indícios que o grau de

planejamento reflete positivamente nos resultados das escolas, e que a adoção de um processo

formal de Planejamento Estratégico influenciará o desempenho geral da empresa.

A pesquisa também conclui que, para outras formas de planejamento não estratégico

(operacional e intuitivo) não há impacto no desempenho das escolas, pois a análise das

estatísticas de avaliação do Quadro 17 na p. 115 deste estudo, mostra que em apenas três

indicadores: Controle de Qualidade, Cursos Próprios e Cursos patrocinados há uma relação

entre os graus de planejamento não estratégico e o desempenho da escola,

Page 147: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

147

Quanto a relação do grau de planejamento estratégico e o não estratégico e o desempenho, a

pesquisa apresentou os seguintes conclusões:

1. Análise de Freqüências

As freqüências apontam para a existência de uma correlação entre grau de

planejamento e indicadores de desempenho dentro de todas as perspectivas analisadas:

o A analise isolada da perspectiva financeira, apresenta quatro indicadores

influenciados pelo grau de planejamento: Receita Líquida, Margem Bruta,

Margem Líquida e Vendas por Funcionários, o maior número dentre todas as

perspectivas.

o A análise das outras perspectivas mostra que este relacionamento pode ser

confirmado ou não de acordo com o indicador utilizado, na perspectiva de

clientes: Fidelização, Novos Clientes e Novos Produtos, confirmam relação entre

as variáveis. Na perspectiva de aprendizado e crescimento: Pessoal Qualificado,

Cursos Próprios e Avaliação de Competências, também confirmam a relação e

na perspectiva de processos internos: Desperdício de Materiais, Utilização de

Capacidade e Atividades Terceirizadas. Apresentam relação com o grau de

planejamento

2. Estatísticas de Avaliação

De acordo com as estatísticas de avaliação pode-se concluir que foram confirmados os

resultados da análise de freqüências. Os cálculos do coeficiente de Spearman, o V de

Crammer,o Tau C e o Gamma apresentaram:

Page 148: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

148

o Aqueles indicadores que apresentaram uma fraca relação com o grau de

planejamento no item anterior foram rejeitados pelas estatísticas., sendo então

comprovada relação entre oito indicadores (34,8%): Receita Líquida, Margem

Bruta, Margem Líquida, Fidelização, Pessoal Qualificado, Avaliação de

Competências e Custos de produtos e Serviços e o grau de planejamento.

Portanto, face ao número de indicadores que apresentaram relação com o grau de

planejamento em ambas metodologias de análise, a hipótese H1 - A existência de um

processo formal de planejamento estratégico tem impacto positivo no desempenho das

escolas – pode ser aceita confirmando assim os estudo de Schwenk e Shrader (1993), Miller e

Cardinal (1994) e Sarason e Tegarden (2003), citados na Introdução (p.16 e 17 deste estudo),

afirmando haver uma relação, mesmo que tênue, entre o Planejamento Estratégico e o

Desempenho das Empresas.

Correlação da Sofisticação do Processo

A segunda parte da pesquisa evidenciou o impacto da Implementação do plano elaborado no

desempenho das escolas, mostrando que apenas elaborar o plano não garante melhores

resultados, pois as escolas com um processo de implementação do plano mais completo,

apresentaram crescimento em um número maior de indicadores. Por meio de uma análise

estatística das três fases do planejamento: Preparação, Planejamento e Implementação e da

sofisticação total do Processo, pode-se concluir que:

o As freqüências de sofisticação das fases de Preparação e Planejamento mostram

que um número elevado de escolas (mais de 70%) cumprem um número alto de

Page 149: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

149

atividades de cada fase (cima de 80% das atividades). Porém apenas 40% das

escolas cumprem o mesmo percentual das atividades de implementação.

o As duas fases iniciais apresentaram uma relação entre indicadores baixa em

relação ao grau de planejamento. A Preparação apresentou quatro indicadores

(17,4%) e o Planejamento cinco (21,7%), enquanto a Implementação apresentou

11 indicadores (47,8%) relacionados à sofisticação do planejamento.

Portanto, o cumprimento do processo não é garantia de um bom desempenho da organização,

o processo de implementação deve ser realizado para que isto aconteça.

Assim as hipóteses H2:

O Grau de sofisticação da fase de Preparação do processo de planejamento estratégico

tem impacto positivo no desempenho das escolas- e

H3: O Grau de sofisticação da fase de Planejamento do processo de planejamento

estratégico tem impacto positivo no desempenho das escolas - não são válidas.

Já Hipótese H4: O Grau de Sofisticação da fase de Implantação do processo de

planejamento estratégico tem impacto positivo no desempenho das escolas – no entanto

foi considerada válida .

Assim exposto podemos concluir que:

• A adoção de um processo de planejamento estratégico trouxe benefícios e um melhor

desempenho para as escolas analisadas.

Page 150: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

150

• O Grau de implementação do plano estratégico também interferiu nos resultados

positivos do grupo, mostrando que a implementação é o fator decisivo para o sucesso

da empresa.

• A maior complexidade dos processos de planejamento de curto prazo, (planejamento

operacional ou desestruturado) não produziu melhores resultados no grupo

pesquisado.

• A escolha de indicadores de desempenho deve estar vinculada à estratégia da

empresa, pois os indicadores podem interferir nos resultados medidos e influenciar

nas alterações do plano, por não medir corretamente sua eficácia.

Indicadores de Desempenho

A utilização da metodologia do Balanced Scorecard, e a análise individual de cada indicador

de desempenho mostrou-se acertada para este formato de pesquisa. A escolha de um número

limitado de indicadores poderia influir no resultado final da pesquisa, pois em cada uma das

perspectivas do BSC há indicadores que são influenciados de maneira mais forte ou fraca pelo

grau de planejamento, e indicadores que não sofrem influência alguma.

Isto leva à confirmação do estudo de Boyd (1991) citado Introdução deste estudo na p. 17,

pois estudou o processo de planejamento independente da qualidade do plano elaborado,

demonstrando a tênue relação entre as variáveis, e demonstrando também que a adoção dos

indicadores de desempenho pode interferir nos resultados,.

Page 151: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

151

Limitações e Recomendações

A limitação do número de escolas pesquisada neste estudo no entanto, impede a extrapolação

dos resultados e a conclusão de que são válidos para as outras escolas. Porém novas tentativas

de repetir esta pesquisa podem ser feitas junto ao mercado educacional para confirmação de

suas conclusões.

O conjunto de indicadores escolhidos teve como objetivo oferecer uma visão ampla da real

situação da escola pesquisada, porém poucas escolas pesquisadas apresentaram todos os

dados solicitados.

A dificuldade de apresentar dados numéricos precisos também foi um limitador, menos de

50% dos pesquisados não apresentou o faturamento bruto da empresa, e um número ainda

maior informou um total estimado de alunos.

Sugere-se a repetição deste estudo para outros segmentos do setor de serviços ou para outros

setores como indústria ou comércio para validar o modelo de pesquisa, e fornecer um

referencial para estudos futuros.

Esta repetição pode também ser utilizada para o aperfeiçoamento da relação dos indicadores

de desempenho, adequando-a para cada mercado ou setor, e até criar um sistema de

ponderação para determinar uma variável única de desempenho.

Sugere-se também um estudo complementar a este para determinar os motivos que levam as

escolas a não adotar o processo de planejamento estratégico, e propor modelos, metodologias

ou diretrizes que auxiliem estas escolas a adotar e implementar um planejamento estratégico.

Page 152: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

152

6 Referências Bibliográficas

AAKER, David. Administração estratégica de mercado 5a. ed. Porto Alegre: Bookman,

2001.

ACKOFF, Russell L., Planejamento da Pesquisa Social, São Paulo: EPU/EDUSP, 1967.

ALEXANDER, William F., SERFASS, Richard W., Futuring Tools for Strategic Quality

Planning in Education, Milwaukee, WI, USA: ASQ Quality Press, 1998.

ALEXANDER, Larry D., Successfully Implementing Strategic Decisions, In: ASCH, David

(Ed.), BOWMAN, Cliff, (Ed.). Readings in Strategic Management, London, England: 1989.

ANDERSON, Dick. BSC as a Value Driver. Price Waterhouse Coopers, 2000.

ATKINSON, Anthony A.; et al. Contabilidade gerencial. Tradução: André Olímpio

Mosselman Du Chenoy Castro. São Paulo: Atlas, 2000.

BARROS, Aidil Jesus Paes de, LEHFELD, Neidw Aparecida de Souza, Fundamentos de

Metodologia: Um guia para a iniciação científica, São Paulo: Makron Books, 1986.

BRACKER, Jeffrey S., W., PEARSON, John N., Planning and Financial Performance

Among Small Firms, Strategic Management Journal, Vol. 7, p. 503-522, 1986.

BRYSON, John M., Strategic Planning for Public and Nonprofit Organizations, a guide to

strengthening and sustaining organizational achievement, revised edition, San Francisco, CA,

USA: Jossey-Bass, 1995.

Page 153: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

153

BLACK, Ken, Business Statistics: contemporary decision making, 3rd ed, Cincinnati, OH

USA: South-Western College Publishing, 2000

CAFARDO, Renata, Fuga de alunos atinge escolas tradicionais, O Estado de São Paulo,

Seção de Educação, 1º caderno pág. 16, 17/10/2002.

COLOMBO, Sônia S., Escolas de Sucesso, gestão estratégica para instituições de ensino,

São Paulo: Editora STS, 2001.

COOK, W. J., Strategic Planning Training Manual, Arlington, VA, USA: American

Association of School Administrators, 1990.

CRANDALL, Richard E., Keys to Better Performance Measurement, Industrial Management,

p. 19-24, January/February, 2003.

DAVID, Fred R., Strategic Management: concepts 8th ed., Upper Saddle River, NJ, USA:

Prentice Hall, 2001.

DAVIES, Brent, ELLISON, Linda, Strategic Planning in Schools: an Oxymoron?, School

Leadership & Management, vol. 18 no. 4 p. 461-473, 1998.

DESS, Gregory G., ROBINSON Jr., Richard B., Measuring Organizational Performance in

the Absence of Objective Measures: The Case of the Privately held Firm and Conglomerate

Business Unit, Strategic Management Journal, Vol. 5 p. 265-273, 1984.

D’ONOFRIO, Marianne J., JAKSON, Anita L., Strategic Planning for the 21st Century,

Journal of Education for Business, pg 161-164, January/February 1999.

Page 154: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

154

ECCLES, Robert G. Manifesto do Desempenho. Harvard Business Review, jan-fev, 1991.

FPNQ – Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade. Critérios de Excelência 2002.

FPNQ, 2002.

FPNQ – Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade. Planejamento do Sistema de

Medição de Desempenho. FNPQ, 2002.

FOX, J. K., Planning for progress, The American School Board Journal, 185 (10), p. 47-48,

1998.

GIBBS, Paul, KNAPP, Michael, Marketing Higher and Further Education, an educator's

guide to promoting courses, departments and institutions, Sterling, VA, EUA: Stylus

Publishing Inc., 2002.

GIL, Antonio Carlos, Métodos e Técnicas de Pesquisa Social 5ª. Edição, São Paulo: Atlas,

1999.

GOODSTEIN, Leonard D., NOLAN, Timothy M., PFEIFFER, J. William, Applied Strategic

Planning, a comprehensive guide, USA: McGrall-Hill, 1993.

GRAY, L., Marketing Education, Buckingham: Open University Press, 1991.

GRIGGS, Harvey E., Strategic Planning System Characteristics and Organizational

Effectiveness in Australian Small-scale Firms, The Irish Journal of Management, vol. 23, no

1, pg 23-51, 2002.

Page 155: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

155

HARVEY, Janet A., Marketing schools and consumer choice, The International Journal of

Educational Management, 1996.

HITT, Michael, Administração Estratégica: Competitividade e Globalização, São Paulo:

Pioneira Thomson Learning, 2003.

HUSSEY, David, et ali., The Implementation Chalenge, Chichester, Enlgland: John Wiley &

Sons Ltd., 1996.

JALBERT, Terrance, LANDRY, Steven P., Witch Performance Measurement is Best for Your

Company, Management Accounting Quarterly, Vol. 4 No.3, p.32-41, Spring 2003.

KANJI, Gopal K., Performance Measurement system, Total Quality Management, vol. 13 no.

5, p. 715-728, 2002.

KAPLAN, Robert S., NORTON, David P., A Estratégia em Ação: Balanced Scorecard, Rio

de Janeiro: Campus, 1997.

KAPLAN, Sarah, BEINHOCKER, Eric, The Real Value of Strategic Planning, MIT SLOAN

Management Review, pg 71-76, Winter 2003.

KAUFMAN, Roger, Mapping Educational Success, strategic thinking and planning for

school administrators, Thousand Oaks, California: Corwin Press, 1995.

, GRISÉ, Philip, Auditing Your Educational Strategic Plan: making a good

thing better, Thousand Oaks, California: Corwin Press, 1995.

Page 156: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

156

, HERMAN, Jerry, Strategic Planning in Education, rethinking,

restructuring, revitalizing, Lancaster, PA, EUA: Technomic Publishing Company, 1991.

, , WATTERS, Kathi, Educational Planning, strategic,

tactical, and operational, Boston EUA: Scarecrow Press, 2002.

KERLINGER , Fred N., Metodologia da Pesquisa em Ciências Sociais, São Paulo: EPU,

1979.

KÖCHE, José Carlos, Fundamentos de Metodologia Científica: teoria as ciência e prática da

pesquisa, 17a. ed., Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

KOTLER, Philip, FOX, Karen F.A., Marketing Estratégico para Instituições Educacionais,

São Paulo: Atlas, 1994.

LAKATOS, Marina de Andrade, MARCONI, Eva Maria, Técnicas de Pesquisa:

planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração,

análise e interpretação de dados, São Paulo: Atlas, 1999.

LARSEN, Povl, TONGE, Richard, ITO, Midori, Managing the Strategic Planning Process: a

comparative analysis between high-grow medium-sized enterprises and the general business

population, Journal of Applied Management Studies, Vol. 9 No. 2, 2000.

MALHOTRA, Naresh, Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada 3a. ed., Porto

Alegre: Bookman, 2001.

MARA, Cynthia Massie, A Strategic Planning Process for a Nonprofit Organization: A

Hospice Example, Nonprofit Management & Leadership, vol 11, no. 2 Winter 2000.

Page 157: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

157

MARCONI, Eva Maria, LAKATOS, Marina de Andrade, Metodologia Científica, São Paulo:

Atlas, 2000.

MARTINS, José do Prado, Administração Escolar, uma abordagem crítica do processo

administrativo em educação, Rio de Janeiro: Atlas, 1999.

MEYER, Christopher. How the right measures help teams excel. Revista Harvard Business

Review, maio, 1994.

MILLER, C. Chet, CARDINAL, Laura B., Strategic Planning and Firm Performance: A

Synthesis of More than Two Decades of Research, Academy of Management Journal, Vol. 37

No. 6, pg 1649-1665, 1994.

MINTZBERG, Henry, QUINN, James Brian, O Processo da Estratégia - 3a. ed, Porto

Alegre: Bookman, 2001.

MOXLEY, Susan E., Strategic Planning Process Used in School Districts in the Southeastern

United States, tese de Doutorado em Educação apresentada na University of Central Florida,

Orlando USA, 2003.

PEARCE II, John A., FREEMAN, Elisabeth B., ROBINSON Jr, Richard B., The Tenuous

Link Between Formal Strategic Planning and Financial Performance, Academy of

Management Review, vol.12, no. 4, October 1987.

, ROBINSON Jr, Richard B., Strategic Mangement:

formulation, implementation and control, 6th ed., USA: Irwin, 1997.

Page 158: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

158

, , ROBBINS, D. Keith, The impact

of Grand Strategy and Planning Performance on Financial Performance, Strategic

Management Journal, Vol. 8, p.125-134, 1987.

PROSISE, M. L., Strategic Planning for School Administrators, Phi Delta Kappa Fastback,

457, 1999.

RICHARDSON, Roberto Jarry, Pesquisa Social, Métodos e Técnicas, São Paulo: Atlas, 1999.

SANTOS, João A., PARRA, Domingos, Metodologia Científica, São Paulo: Futura, 1998.

SARASON, Yolanda, TEGARDEN, Linda F., The Erosion of the competitive Advantage of

Strategic Planning: A Configuration Theory and Resource Based View, Journal of Business

and Management – Winter 2003, vol. 9 no. 1, pg 1-20.

SEKARAN, Uma, Research Methods for Business: A Skill Building Approach, 2nd ed., New

York, NY, EUA: John Willey & Sons, 1992.

SENGE, Peter et ali., Schools That Learn, a fifth discipline field book for educators, parents,

and everyone who cares about education, New York, NY USA: Doubleday 2000.

SCHLECHTY, Phillip C., Inventing Better Schools, an action plan for educational reform,

San Francisco, CA, EUA: Josey-Bass Publishers, 1997.

, Schools for the 21st Century, leadership imperatives for educational

reform, San Francisco EUA: Josey-Bass Publishers, 1990.

Page 159: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

159

SCHWENK, Charles, SCHRADER, Charles, Effects of Formal Strategic Planning on

Financial Performance in Small Firms: a Meta-Analysis, Entrepreneurship Theory and

Practice, Spring 1993, pg 53-64.

SIMONS, Robert. Performance measurement & control systems for implementing strategy,

New Jersey: Prentice Hall, 2000.

STEINER, George A., Strategic Planning, what every manager must know, a step-by-step

guide, New York, NY, EUA: The Free Press, 1979.

TEGARDEN, Linda, SARASON, Yolanda, BANBURY, Catherine, Linking Strategy

Processes to Performance Outcomes in Dynamic Environments: The Need to Target Multiple

Bull’s Eyes, Journal of Managerial Issues, Vol. XV, no.2, Summer 2003, pg 133-153.

THOMPSON, JR, Arthur, STRICKLAND, III, Alonzo J., Strategic Management: concepts

and cases, New York, NY, USA: McGraw-Hill, 2001.

TINTO, Vincent, Leaving College: Rethinking the causes and cures of student attrition,

Chicago, EUA: The University of Chicago Press, 1993.

TRIVIÑOS, Augusto N. S., Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa

qualitativa em educação, São Paulo: Atlas, 1987.

VAN DOREN, D. C., SMTIH, D. B., Scenario Planning: A new approach to teaching

marketing strategy, Journal of Marketing Education, vol.21, no. 2, p 146-156, 1999.

Page 160: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

160

VENKATRAMAN, N., RAMANUJAN, Vasudevan, Measurement of Business Performance

in Strategy Research: A Comparison of Approaches, Academy of Management Review, Vol

1, no. 4, p. 801-814, 1986.

VERGARA, Sylvia Constant, Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração, São

Paulo: Atlas, 1998.

WRIGHT, Peter, KROLL, Mark J., PARNELL, John, Administração Estratégica: conceitos,

São Paulo: Atlas, 2000.

Page 161: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

161

7 Apêndices

7.1 Apêndice A - Questionário de Pesquisa

Page 162: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

162

QUESTIONÁRIO DE SOFISTICAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E

DESEMPENHO COMPETITIVO

1. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DO INFORMANTE

Nome da empresa (opcional)

Cargo (1) Mantenedor (2) Diretor (3) Gerente

Idade (1) 35 ou menos (2) 36 a 45 (3) 46-55 (4) acima de 56

Grau de Instrução Superior (1) Sim (2) Não

Tipo de administração (1) Familiar (2) Não Familiar

Qual modelo de estrutura organizacional?

(1) Vertical (Pirâmide) (2) Por produtos (3) Por Projetos (4) Outra Qual?

Número aproximado de empregados

Maior parte do capital social (1) Nacional (2) Estrangeiro (3) Estatal

Tipo de Sociedade (1) Individual (2)Ltda. (3) S/A aberta (4) S/A fechada

Ano de fundação

Faturamento em 2003, em Reais (estimado)

Total de alunos em 2003

Método de ensino (1) Próprio (2) de terceiros Qual?

Valor médio da mensalidade

Orientação Religiosa (1) Não (2) Sim Qual?

É parte de um grupo (1) Não (2) Sim

Quantas escolas formam o grupo?

2. GRAU DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Você deverá anotar com um “X” na coluna correspondente ao concordância com a assertiva. Caso esta seja total associar o valor 6, no entanto, se não houver nenhuma concordância, com a assertiva, associe o valor 1.

Fique à vontade para associar qualquer outros dos 5 valores caso você entenda que a sua resposta não esteja situada em qualquer um dos extremos

Page 163: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

Discordo Concordo

V01 A escola possui um plano estratégico. 1 2 3 4 5 6

V02 O plano estratégico é formalizado por escrito . 1 2 3 4 5 6

V03 Os planos atuais foram elaborados para este ano fiscal. (2004) 1 2 3 4 5 6

V04 Os planos atuais foram elaborados para os próximos 3 anos. (2004 – 2006) 1 2 3 4 5 6

V05 Os planos atuais foram elaborados para um período superior a 5 anos.(2004-2008) 1 2 3 4 5 6

V06 Os mantenedores participam da elaboração dos planos estratégicos. 1 2 3 4 5 6

V07 Os Diretores participam da elaboração dos planos estratégicos. 1 2 3 4 5 6

V08 Para a elaboração dos planos estratégicos é criada uma equipe. 1 2 3 4 5 6

V09 Para a elaboração dos planos estratégicos são contratados consultores. 1 2 3 4 5 6

V10 Os planos da escola são divulgados a todos os funcionários. 1 2 3 4 5 6

V11 O fluxo de informação pode ser considerado de “baixo para cima”. 1 2 3 4 5 6

V12 Os orçamentos formais de curto prazo são elaborados por área da escola (administrativa, pedagógica, etc.) . 1 2 3 4 5 6

V13 O planejamento inclui planos ou orçamentos de longo prazo para cada área da escola. 1 2 3 4 5 6

V14 Para o planejamento são coletadas e analisadas informações sobre o desempenho passado da escola . 1 2 3 4 5 6

V15 A escola tem uma declaração formal dos valores. 1 2 3 4 5 6

V16 A escola tem uma declaração formal de missão. 1 2 3 4 5 6

V17 No planejamento são coletadas e analisadas informações sobre o desempenho atual da escola . 1 2 3 4 5 6

V18 No planejamento são feitas estimativas de desempenho futuro da escola . 1 2 3 4 5 6

V19 No planejamento são utilizadas informações sobre a satisfação de pais e alunos. 1 2 3 4 5 6

V20 No planejamento são utilizadas informações sobre as principais competências da escola e seus pontos fortes. 1 2 3 4 5 6

V21 No planejamento são utilizadas informações os pontos fracos da escola. 1 2 3 4 5 6

V22 É realizado um diagnóstico da cultura (conjunto de crenças comuns dos membros da organização) da escola. 1 2 3 4 5 6

Page 164: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

164

Discordo Concordo

V23 No planejamento são utilizadas informações demográficas (crescimento populacional, renda média) . 1 2 3 4 5 6

V24 No planejamento são utilizadas informações sobre os concorrentes (preços, alunos, campanhas de marketing etc.). 1 2 3 4 5 6

V25 No planejamento são utilizadas informações financeiras (taxa de juros, projeções de crescimento e inflação, etc.). 1 2 3 4 5 6

V26 No planejamento são utilizadas informações sobre o mercado (desempenho das escolas, novas tecnologias e produtos, estratégias de marketing etc.) . 1 2 3 4 5 6

V27 No planejamento é definido o perfil estratégico da escola (o posicionamento em relação ao risco, à inovação, atitude competitiva) . 1 2 3 4 5 6

V28 No planejamento são identificados os fatores críticos para o sucesso da escola. 1 2 3 4 5 6

V29 No processo de planejamento as principais linhas de negócios da escola estão definidas. 1 2 3 4 5 6

V30 No planejamento é determinada e especificada a cultura necessária para a escola atingir sua missão. 1 2 3 4 5 6

V31 São elaborados planos e orçamentos detalhados para a área administrativa e financeira. 1 2 3 4 5 6

V32 São elaborados planos e orçamentos detalhados para a área comercial e de marketing. 1 2 3 4 5 6

V33 São elaborados planos e orçamentos detalhados para a área de produção ou pedagógica. 1 2 3 4 5 6

V34 São elaborados planos e orçamentos detalhados para a área operacional e de manutenção. 1 2 3 4 5 6

V35 São elaborados planos e orçamentos detalhados para a área de sistemas e de informação. 1 2 3 4 5 6

V36 São definidos objetivos financeiros (receitas, despesas, lucratividade, retorno sobre investimento) no planejamento. 1 2 3 4 5 6

V37 No planejamento são definidos objetivos comerciais (participação de mercado, satisfação de clientes, matrículas novas, rematrícula). 1 2 3 4 5 6

V38 No planejamento são definidos objetivos operacionais (controle de qualidade, reclamações, novos produtos, desperdício de material ) no planejamento. 1 2 3 4 5 6

V39 No planejamento são definidos objetivos para os funcionários (treinamento e qualificação, retenção e satisfação de funcionários) no planejamento. 1 2 3 4 5 6

Page 165: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

165

Discordo Concordo

V40 Os mantenedores participam da definição dos objetivos operacionais 1 2 3 4 5 6

V41 A equipe de gerenciamento participa da definição dos objetivos operacionais. 1 2 3 4 5 6

V42 Os supervisores e subordinados participam da definição dos objetivos operacionais. 1 2 3 4 5 6

V43 O monitoramento do desempenho da escola é realizado anualmente. 1 2 3 4 5 6

V44 O monitoramento do desempenho da escola é realizado semestralmente. 1 2 3 4 5 6

V45 O monitoramento do desempenho da escola é realizado mensalmente. 1 2 3 4 5 6

V46 Para atender a implantação do plano estratégico foram criados novos cargos. 1 2 3 4 5 6

V47 Para atender a implantação do plano estratégico foram alteradas as funções de alguns cargos. 1 2 3 4 5 6

V48 Para atender a implantação do plano estratégico foram eliminados alguns cargos. 1 2 3 4 5 6

V49 Para o sucesso da estratégia foi realizada uma avaliação das mudanças necessárias na cultura da escola. 1 2 3 4 5 6

V50 Para suportar a estratégia escolhida são tomadas medidas necessárias para efetuar um processo de mudança na cultura da escola. 1 2 3 4 5 6

V51 A escola identifica quais tarefas que precisam ser aceleradas para o sucesso do plano. 1 2 3 4 5 6

V52 A escola identifica quais tarefas precisam ser cumpridas mais eficientemente para o sucesso do plano. 1 2 3 4 5 6

V52 A escola identifica quais novas tarefas precisam ser cumpridas para o sucesso do plano. 1 2 3 4 5 6

V54 A escola identifica quais tarefas precisam ser modificadas para o sucesso do plano. 1 2 3 4 5 6

V55 Os sistemas de informação da escola visam facilitar o acesso às informações da escola pelos funcionários. 1 2 3 4 5 6

V56 Os sistemas de informação da escola estão preparados para suportar a estratégia da escola . 1 2 3 4 5 6

V57 Existe um sistema de recompensas pelo desempenho de todos (funcionários e professores) na escola. 1 2 3 4 5 6

V58 O Sistema de recompensas por desempenho foi elaborado com base no plano estratégico. 1 2 3 4 5 6

V59 O desempenho dos funcionários é recompensado com bônus, comissões ou outra forma de pagamento. 1 2 3 4 5 6

V60 O desempenho dos funcionários é recompensado com reconhecimento público de seu desempenho. 1 2 3 4 5 6

Page 166: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

166

Discordo Concordo

V61 O desempenho dos funcionários é recompensado com promoções em sua carreira. 1 2 3 4 5 6

V62 Os processos de decisão foram adequados para a estratégia da escola. 1 2 3 4 5 6

V63 As pessoas estão treinadas e capacitadas para tomar decisões de acordo com a estratégia da escola. 1 2 3 4 5 6

V64 Os funcionários são treinados para atender às necessidades de competências do plano estratégico. 1 2 3 4 5 6

V65 O processo de recrutamento e seleção é adequado às novas necessidades estratégicas. 1 2 3 4 5 6

V66 Os processos de trabalhos foram adequados às novas necessidades estratégicas. 1 2 3 4 5 6

V67 A estratégia da escola é revista durante o processo de implantação para eventuais correções. 1 2 3 4 5 6

V68 O plano estratégico tem flexibilidade para ser modificado a qualquer momento. 1 2 3 4 5 6

Page 167: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

167

INDICADORES DE DESEMPENHO Você deve opinar sobre o desempenho da escola onde trabalha. As suas respostas deverão refletir uma análise de toda a escola com base no período dos últimos 2 anos, de Janeiro de 2002 a Janeiro de 2004

Todas as respostas deverão ser anotadas com um “X” numa escala de 5 pontos, conforme segue

Variação estimada 1) Caiu mais de 15,1%

2) Caiu entre 5,1% e 15%

3) Variou entre -5% e +5%

4) Cresceu entre 5,1% e 15%

5) Cresceu mais de 15,1%

A receita líquida no período 1 2 3 4 5 A margem bruta sobre vendas (% do lucro bruto sobre as vendas): 1 2 3 4 5 A margem líquida sobre vendas (% de lucro líquido sobre vendas) 1 2 3 4 5 O volume de receitas por funcionário 1 2 3 4 5 A taxa de fidelização de clientes (rematrícula) 1 2 3 4 5 A quantidade de novas Matrículas 1 2 3 4 5 A quantidade e o lançamento de novos produtos (cursos) 1 2 3 4 5 O percentual de reclamações de produtos / serviços por parte dos alunos 1 2 3 4 5 A quantidade de cursos internos e externos patrocinados pela escola para seus funcionários 1 2 3 4 5 A quantidade de cursos externos feitos por iniciativa dos funcionários 1 2 3 4 5 A proporção de pessoal qualificado / titulado 1 2 3 4 5 A proporção de atividades terceirizadas (segurança, cantina, limpeza, etc.) 1 2 3 4 5 A quantidade de inovações em todas as áreas da escola 1 2 3 4 5 A taxa de desperdício de material 1 2 3 4 5 O grau de utilização da capacidade instalada 1 2 3 4 5 O grau de satisfação dos funcionários com a carreira 1 2 3 4 5 A quantidade de incentivos concedidos aos empregados 1 2 3 4 5

Page 168: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

168

Caso seja de seu interesse receber os resultados da pesquisa, anote seus dados abaixo

Nome:

Endereço:

Cidade: Estado: CEP:

Telefone: E-mail:

Variação estimada 1) Caiu mais de 15,1%

2) Caiu entre 5,1% e 15%

3) Variou entre -5% e +5%

4) Cresceu entre 5,1% e 15%

5) Cresceu mais de 15,1%

A capacidade de pagar as contas em dia, no vencimento 1 2 3 4 5 O nível de satisfação dos clientes 1 2 3 4 5 O custo médio dos produtos / serviços 1 2 3 4 5 A avaliação das competências individuais 1 2 3 4 5 O prazo de entrega de produtos / serviços (notas, avaliações, boletos etc.) 1 2 3 4 5 O controle de qualidade para os clientes 1 2 3 4 5

Page 169: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

7.2 Apêndice B - Relatório de Escolas Pesquisadas

Nome da Escola Status 14 DE JULHO COLEGIO Responsável não quis atender

ABACO COLEGIO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

ADELIA COSTA E SILVA E.E.I E EF Responsável não quis atender ADJETIVO CENTRO DE ESTUDOS Responsável não quis atender ADVENTISTA CIDADE ADEMAR ESCOLA Responsável não quis atender ADVENTISTA DE CAMPO LIMPO COLEGIO Responsável não quis atender ADVENTISTA DE DIADEMA COLEGIO Responsável não quis atender

ADVENTISTA DE ENSINO INSTITUTO Responsáveis sempre ocupados em todos os contatos

ADVENTISTA DE GUARULHOS ESCOLA Responsável não quis atender ADVENTISTA DE INTERLAGOS ESCOLA Responsável não quis atender ADVENTISTA DE TUCURUVI COLEGIO Responsável não quis atender ADVENTISTA DE VILA GALVAO COLEGIO EFM Responsável não quis atender ADVENTISTA DE VILA NOVA CACHOEIRINHA COLEGIO Responsável não quis atender

ADVENTISTA ELLEN G WHITE COLEGIO Concluída ADVENTISTA SANTO AMARO COLEGIO Responsável não quis atender ADVENTISTA SANTO ANDRE COLEGIO Responsável não quis atender ALBERT EINSTEIN COLEGIO Concluída ALBERT SABIN COLEGIO Concluída ALCANCE COLEGIO Fora do perfil do estudo ALIADO COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo ALVORADA PLUS INSTITUTO EDUCACIONAL Concluída ANCHIETA COLEGIO Responsável não quis atender

ANGLO LATINO COLEGIO Visita realizada, mas responsável recusou a preencher

ANHEMBI COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo ANJOS EDUCANDARIO DOS Responsável recusou a participar do estudo APLICACAO DE OSASCO COLEGIO Não foi possível contato com responsável

APOLLO COLEGIO não deu tempo para marcar estava interessada

ARBOS COLEGIO ENS.FUND.UNID I Responsável recusou a participar do estudo

ARGUMENTO COLEGIO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

ARQUIDIOCESANO DE S.PAULO COLEGIO MARISTA Concluída

ASSIS CHATEAUBRIAND EMB.ESCOLA EDUC.INF.E ENS.FUND.

Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

ASSIS CHATEAUBRIAND EMBAIXADOR ESC.ENS.MED.PROF.JOV.ADULT. Não foi possível contato com responsável

AUGUSTO DOMINGUES ALVES MAIA PROF.COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo

AUGUSTO LARANJA COLEGIO - UNID I Responsável não quis atender AUGUSTO LARANJA COLEGIO UNID II Concluída AVANCO ESCOLA DE ENS.SUPLETIVO Responsável recusou a participar do estudo

BANDEIRANTES COLEGIO EFM Responsável com tempo hábil após 12 de setembro

BARAO DE MAUA INSTITUTO DE ENSINO Responsável não quis atender

Page 170: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

170

Nome da Escola Status

BATISTA BRASILEIRO COLEGIO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

BATUIRA NUCLEO SERVICO DE PROMOCAO DA FAMILIA Responsável não quis atender

BEATISSIMA VIRGEM MARIA INSTITUTO DE EDUCACAO Responsável recusou a participar do estudo

BENJAMIN CONSTANT COLEGIO Responsável não quis atender BIALIK COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo BOM JESUS SANTO ANTONIO DO PARI COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo

BONI CONSILII INSTITUTO EDUCACAO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

BRASILIA COLEGIO Responsável não quis atender BRASILIA DE SAO PAULO COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo BRITANICA DE SAO PAULO ESCOLA ST.PAUL'S SCHOOL Concluída

CADEM SUPLETIVOS Não foi possível contato com responsável

CAMILO CASTELO BRANCO LICEU Responsável com tempo hábil após 12 de setembro

CAMPOS SALLES COLEGIO UNID I Responsável recusou a participar do estudo CAMPOS SALLES COLEGIO UNID II Responsável não quis atender CANADA COLEGIO Responsável não quis atender CARDEAL MOTTA COLEGIO UNID I Responsável não quis atender CARDEAL MOTTA COLEGIO UNID II Responsável não quis atender CARLOS BRUNETTI ESCOLA Não foi possível contato com responsável CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo CASA PIA SAO VICENTE DE PAULO EXTERNATO Concluída CASINHA DO SABER E EXTERNATO ELVIRA RAMOS

Responsável com tempo hábil após 12 de setembro

CASTRO ALVES COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo CEAD CENTRO DE ENSINO A DISTANCIA Fora do perfil do estudo

CECILIA MEIRELES INSTITUTO DE ENSINO Responsável com tempo hábil após 12 de setembro

CEFACS DA CRUZ VERMELHA BRASILEIRA Responsável recusou a participar do estudo CENTRAL COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo CERMAC - COLEGIO Responsável não quis atender CETEC - COLEGIO Não foi possível contato com responsável CIDADE CANCAO COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo CIDADE DOS MENINOS CENTRO DE EDUC.INTEGRADA Responsável não quis atender

CIDADE MAIA COLEGIO Responsável com tempo hábil após 12 de setembro

CIVITATIS COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo CLOVIS BEVILACQUA DR COLEGIO Concluída COC COLEGIO Não foi possível contato com responsável COC OSASCO Responsável não quis atender COMECINHO DE VIDA E CENTRO ED.BRANDAO EEIEF Não foi possível contato com responsável

COMPANHIA DE MARIA COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo CONCORDIA DE SAO PAULO INSTITUTO EIFM Fora do perfil do estudo CORACAO DE JESUS INSTITUTO Responsável recusou a participar do estudo

CORACAO DE JESUS LICEU Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

COSTA BRAGA INSTITUTO DE EDUCACAO Responsável recusou a participar do estudo COSTA ZAVAGLI COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo CRESCER SEMPRE ASSOCIACAO Fora do perfil do estudo

Page 171: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

171

Nome da Escola Status CRISTO REI COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo

CRUZEIRO DO SUL COLEGIO UNID I Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

CRUZEIRO DO SUL COLEGIO UNID II Responsável recusou a participar do estudo

DANTE ALIGHIERI COLEGIO Visita realizada, mas responsável recusou a preencher

DAS NACOES UNIFICADAS COLEGIO Responsável não quis atender

DIMENSAO COLEGIO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

DISCERE LABORATUM COLEGIO Não foi possível contato com responsável DIVINA PASTORA INSTITUTO Responsável não quis atender DOMINANTE COLEGIO Responsável não quis atender DOMINUS VIVENDI COLEGIO EIFM Responsável não quis atender

DOMUS SAPIENTIAE ESCOLA Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

DOTTORI COLEGIO UNID I Responsável não quis atender DOURADO COLEGIO Responsável não quis atender DOZE DE OUTUBRO COLEGIO Responsável não quis atender EBRAE ESCOLA BRASILEIRA DE ENS.A DISTANCIA Responsável não quis atender

ECO COLEGIO Concluída EDUARDO GOMES COLEGIO Responsável não quis atender ELIAS MAAS COLEGIO Concluída ELIAS ZARZUR COLEGIO Responsável não quis atender ELITE COLEGIO Responsável não quis atender ELITE ESCOLA DE EDUCACAO INFANTIL E 1 GRAU Responsável não quis atender

EMECE COLEGIO UNID I Responsável não quis atender EMILIE DE VILLENEUVE COLEGIO Concluída ENIAC COLEGIO DE INFORMATICA Concluída ESCOLA DA VILA Concluída ESPERANCA COLEGIO Responsável não quis atender ESPIRITO SANTO COLEGIO Responsável não quis atender ESTRELA SIRIUS COLEGIO Responsável não quis atender ETAPA COLEGIO DE EFM Responsável recusou a participar do estudo ETIP CENTRO EDUCACIONAL Concluída F.I.T.O ESCOLA DE 1 E 2 GRAUS Responsável recusou a participar do estudo FECAP COLEGIO Responsável não quis atender FERNAO DIAS PAIS COLEGIO Não foi possível contato com responsável FLAMINGO COLEGIO Responsável não quis atender FLORESTA COLEGIO Responsável não quis atender FREI GALVAO ESCOLA TECNICA Não foi possível contato com responsável FUTURO COLEGIO Responsável não quis atender GRADUADA DE SAO PAULO ASSOCIACAO ESCOLA Responsável não quis atender

GRAJAU COLEGIO Responsável não quis atender GUARAPIRANGA COLEGIO Responsável não quis atender GUARARAPES ED.INF.ENS.FUND.ENS.MEDIO E TECNICO COL. Responsável não quis atender

GUILHERME DE ALMEIDA COLEGIO UNID I Responsável não quis atender GUILHERME DUMONT VILLARES COLEGIO Responsável não quis atender HUMBOLDT COLEGIO Concluída I.L.PERETZ COLEGIO EEIPSG UNID.II Responsável não quis atender IAVNE COLEGIO EFM Responsável não quis atender

Page 172: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

172

Nome da Escola Status

IMPERATRIZ LEOPOLDINA COLEGIO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

INOVACAO COLEGIO UNID.I Responsável não quis atender INTEGRADO DE OSASCO COLEGIO ENS FUND E MEDIO Responsável não quis atender

ISAAC NEWTON ESCOLA Responsável não quis atender ISAAC NEWTON SIR COLEGIO Concluída ISAAC NEWTON UNIDADE II ESCOLA Responsável não quis atender JARDIM BONFIGLIOLI EXTERNATO Responsável não quis atender JARDIM S.PAULO UNID CANTAREIRA COLEGIO Responsável não quis atender JARDIM SAO PAULO COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo JERONIMO GRANERO GARCIA PROF ESCOLA ADVENTISTA Responsável não quis atender

JESUS MARIA JOSE COLEGIO Responsável não quis atender JOANA D'ARC COLEGIO Responsável não quis atender JOAO PAULO I COLEGIO Responsável não quis atender JOAO PAULO I COLEGIO TECNICO Responsável não quis atender

JOAO XXIII COLEGIO Visita realizada, mas responsável recusou a preencher

JOAO XXIII CRECHE Responsável não quis atender JOSE DE PAIVA NETTO INSTITUTO DE EDUCACAO Responsável não quis atender JULIO MESQUITA COLEGIO Responsável não quis atender LAPA COLEGIO Responsável não quis atender LEONARDO ANGLO COLEGIO Responsável não quis atender LOURENCO CASTANHO I ESCOLA NOVA UNID I Responsável não quis atender LUTERANO COLEGIO SAO PAULO Responsável não quis atender MACKENZIE ESCOLA AMERICANA COLEGIO Não foi possível contato com responsável MACUNAIMA TEATRO ESCOLA Concluída MADRE ALIX COLEGIO Responsável não quis atender MADRE CABRINI COLEGIO EEIFM Responsável recusou a participar do estudo MADRE MAZZARELLO INSTITUTO Concluída MAGISTER COLEGIO Responsável não quis atender

MAGNO COLEGIO Responsável com tempo hábil após 12 de setembro

MAHA DEI DE ESCOLA DESENVOLVIMENTO E EDUCACAO Responsável não quis atender

MANOEL MARCONDES GALVAO UNIDADE II Responsável não quis atender MARCO ZERO COLEGIO Responsável não quis atender MARGARIDA MARIA ORG EDUCACIONAL-OEMAR Responsável não quis atender MARIA CONCEICAO IMACULADA COLEGIO FUNDAMENTAL Responsável não quis atender

MARIA IMACULADA CHAPEL SCHOOL Responsável não quis atender MARIA IMACULADA COLEGIO DR PIERO ROVERSI Responsável não quis atender MARIA IMACULADA COLEGIO EEIFM Responsável não quis atender MARILENA FUNARI COLEGIO Responsável não quis atender MARQUES DE MONTE ALEGRE COLEGIO'S Responsável não quis atender MARUPIARA COLEGIO Responsável não quis atender MARY WARD COLEGIO Concluída MATER AMABILIS COLEGIO Responsável não quis atender MATER AMABILIS COLEGIO Responsável não quis atender MENDEL COLEGIO AGOSTINIANO Responsável não quis atender METODISTA COLEGIO Concluída METODO CENTRO DE ENSINO Responsável não quis atender MIRANDA COLEGIO DE EIFM Responsável não quis atender

Page 173: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

173

Nome da Escola Status

MIGUEL DE CERVANTES COLEGIO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

MIUDINHO CENTRO EDUCACIONAL Responsável não quis atender MOBILE ESCOLA PRATICA EST ELEMENTARES Responsável não quis atender MODULO COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo MONITOR INSTITUTO Responsável não quis atender MORUMBI SUL COLEGIO Concluída

MONTESSORI SANTA TEREZINHA COL. UNID II Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

N.S.L.COLEGIO Responsável não quis atender NEOLATINO COLEGIO Responsável não quis atender NOSSA SENHORA APARECIDA COLEGIO Concluída NOSSA SENHORA DA GLORIA COLEGIO Responsável não quis atender NOSSA SENHORA DAS DORES COLEGIO Responsável não quis atender NOSSA SENHORA DAS GRACAS ESCOLA Responsável não quis atender NOSSA SENHORA DAS GRACAS ESCOLA EFM Responsável não quis atender NOSSA SENHORA DE SION COLEGIO Concluída NOSSA SENHORA DOS REMEDIOS COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo NOSSA SRA APARECIDA EDUCANDARIO Responsável não quis atender NOSSA SRA AUXILIADORA INSTITUTO Responsável não quis atender NOSSA SRA DA CONSOLATA COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo NOSSA SRA DAS MERCES ESCOLA Responsável não quis atender NOSSA SRA DE FATIMA COLEGIO Concluída NOSSA SRA DE FATIMA ESCOLA PROFISSIONAL Responsável não quis atender

NOSSA SRA DE LOURDES COLEGIO Visita realizada, mas responsável recusou a preencher

NOSSA SRA DO CARMO EXTERNATO Responsável não quis atender

NOSSA SRA DO ROSARIO COLEGIO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

NOSSA SRA DO SAGRADO CORACAO COLEGIO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

NOSSA SRA MENINA EXTERNATO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

NOSSA SRA.DE MISERICORDIA COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo NOTRE DAME RAINHA DOS APOSTOLOS COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo NOVA CACHOEIRINHA COLEGIO Responsável não quis atender NOVA ERA COLEGIO Responsável não quis atender

NOVA ESTRELA GUIA ESCOLA UNIDADE I Visita realizada, mas responsável recusou a preencher

NOVA LOURENCO CASTANHO II ESCOLA Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

NOVO HORIZONTE COLEGIO Responsável não quis atender OBJETIVO C.I UNID TEODORO Responsável recusou a participar do estudo OBJETIVO CENTRO INTERESCOLAR UNID PAULISTA Responsável não quis atender

OLIVEIRA TELLES COLEGIO UNID.III Responsável não quis atender OPEC.ORG.PENHENSE DE EDUC.E CULT.UNID.II Concluída OSASCO ESCOLA EDUCACAO BASICA DA FUND TECNOLOGICA Concluída

OSWALDO CRUZ ESCOLA TECNICA UNID II Fora do perfil do estudo PADRE ANCHIETA COLEGIO UNID I Responsável não quis atender PADRE MOYE COLEGIO Concluída

PALMARES COLEGIO EFM Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

PALMARINO CALABREZ COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo

Page 174: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

174

Nome da Escola Status PAN TERRA COLEGIO E PRE ESCOLA Não foi possível contato com responsável PANAMERICANA ESCOLA DE ARTE E DESIGN Não foi possível contato com responsável PAPA MIKE CURSOS SUPL.REGULARES Concluída PARAISO COLEGIO Responsável não quis atender PARALELO DE ENSINO INSTITUTO Concluída PARQUE CONTINENTAL EXTERNATO Não foi possível contato com responsável

PASCHOAL DANTAS COLEGIO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

PASCHOAL DANTAS II COLEGIO Responsável não quis atender

PASTEUR LICEU Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

PAULA MONTALT MADRE COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo PAULISTA COLEGIO Concluída PAULISTA DE EDUCACAO BASICA ESCOLA Responsável não quis atender

PAULISTA ESCOLA Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

PENHENSE ORGANIZACAO EDUCACAO E CULTURA Concluída

PENTAGONO COLEGIO UNID. NOVO ORATORIO Responsável não quis atender PENTAGONO COLEGIO UNIDADE CAIUBI Responsável não quis atender PENTAGONO INSTITUTO DE ENSINO UNID I E II Responsável não quis atender PEQUENOPOLIS Responsável não quis atender

PETROPOLIS COLEGIO Responsável com tempo hábil após 12 de setembro

PIAGET COLEGIO Fora do perfil do estudo PINHEIRO ESCOLA Concluída PIO XII COLEGIO Concluída PIONEIRO CENTRO EDUCACIONAL Concluída

POLICIA MILITAR COLEGIO DA Responsável com tempo hábil após 12 de setembro

POLICIA MILITAR COLEGIO DA Responsável não quis atender POLICIA MILITAR COLEGIO DA UNID.VILA TALARICO

Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

POLICIA MILITAR COLEGIO UNIDADE PENHA Responsável não quis atender POLIGONO INSTITUTO DE ENSINO Responsável não quis atender POLIGONO INSTITUTO DE ENSINO UNID JARDIM Responsável não quis atender POP COLEGIO ESC PSG E SUPLETIVOS Concluída PORTO SEGURO VISCONDE COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo PORTO UNIAO COLEGIO Não foi possível contato com responsável PRE-MEDICO COLEGIO Não foi possível contato com responsável

PRESTES MAIA INSTITUTO EDUCACIONAL Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

PRIGULE COLEGIO Responsável não quis atender

PRISMA COLEGIO I Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

PRISMA ESCOLA DE EDUCACAO INTEGRAL Responsável não quis atender PRO-CONHECER ESCOLA Responsável não quis atender PROGRESSO COLEGIO - UNIDADE II Responsável não quis atender PROJETO VIDA ESCOLA ENS.FUND. Responsável não quis atender PUERI DOMUS ESCOLA - VERBO DIVINO UNID I Concluída PUERI DOMUS ESCOLA UNID II Responsável não quis atender

RADIAL COLEGIO - UNIDADE G Visita realizada, mas responsável recusou a preencher

RADIAL COLEGIO - UNIDADE J Visita realizada, mas responsável recusou a preencher

Page 175: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

175

Nome da Escola Status RAINHA DA PAZ COLEGIO EIFM Responsável recusou a participar do estudo

REGINA MUNDI COLEGIO Visita realizada, mas responsável recusou a preencher

RENASCENCA HEBRAICO BRASILEIRO COLEGIO UNID II

Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

RENASCER COLEGIO Responsável não quis atender RENASCER NUCLEO HAB ASSOCIACAO DOS MORADORES Responsável não quis atender

RENOVACAO COLEGIO Concluída

RIO BRANCO EXTERNATO Visita realizada, mas responsável recusou a preencher

RIO BRANCO HIGIENOPOLIS COLEGIO Visita realizada, mas responsável recusou a preencher

ROBERTO SIMONSEN ESCOLA SENAI Responsável não quis atender

ROUSSEAU COLEGIO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

RUMO INICIAL COLEGIO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

SAA COLEGIO Concluída SAGRADA FAMILIA INSTITUTO DE ENSINO Responsável recusou a participar do estudo

SAGRADO CORACAO DE JESUS COLEGIO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

SALETE COLEGIO - UNID I Responsável não quis atender SALGUEIRO COLEGIO Responsável não quis atender SANTA AMALIA COLEGIO Concluída SANTA BARBARA COLEGIO Concluída SANTA CASA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA Responsável não quis atender SANTA CATARINA COLEGIO Concluída

SANTA CLARA COLEGIO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

SANTA CRUZ COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo SANTA GEMA GINASIO Responsável não quis atender SANTA INES COLEGIO Responsável não quis atender SANTA ISABEL COLEGIO Responsável não quis atender SANTA IZILDINHA ESCOLA Responsável não quis atender SANTA MARCELINA COLEGIO Responsável recusou a participar do estudo SANTA MARIA COLEGIO Concluída SANTA MARIA ESCOLA Responsável não quis atender SANTA MARIA GORETTI COLEGIO TECNICO Responsável não quis atender SANTA MARINA ESCOLA Responsável recusou a participar do estudo SANTA RITA COLEGIO Responsável não quis atender

SANTA RITA DE CASSIA EDUCANDARIO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

SANTA TERESA INSTITUTO DE EDUCACAO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

SANTA TERESINHA COLEGIO SALESIANO Não foi possível contato com responsável SANTA TEREZA ESCOLA DE EFM Responsável não quis atender SANTANA COLEGIO EIFM Concluída SANTO AGOSTINHO COLEGIO Concluída SANTO AMERICO COLEGIO Concluída

SANTO ANDRE COLEGIO FUNDACAO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

SANTO ANTONIO DE LISBOA COLEGIO Não foi possível contato com responsável SANTO ANTONIO EEI.ENS.FUND.E MEDIO DO EXTERNATO Responsável não quis atender

Page 176: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

176

Nome da Escola Status SANTO IVO COLEGIO Responsável não quis atender SANTOS ANJOS COLEGIO Responsável não quis atender SAO BERNARDO ESCOLA DE ENFERMAGEM Responsável não quis atender SAO CAETANO DO SUL INSTITUTO DE ENSINO Responsável não quis atender SAO CAMILO COLEGIO UNIDADE II Responsável não quis atender SAO DOMINGOS COLEGIO Responsável não quis atender SAO FRANCISCO DE ASSIS COLEGIO Responsável não quis atender SAO FRANCISCO DE ASSIS COLEGIO Responsável não quis atender SAO FRANCISCO XAVIER COLEGIO Responsável não quis atender SAO JOAO GUALBERTO COLEGIO Responsável não quis atender SAO JOSE CENTRO DE ENSINO Responsável não quis atender SAO JOSE COLEGIO Responsável não quis atender SAO JOSE COLEGIO Responsável não quis atender

SAO JOSE COLEGIO AGOSTINIANO Visita realizada, mas responsável recusou a preencher

SAO JOSE DE V MATILDE ESCOLA Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

SAO JOSE DOS PADRES DE SION ESCOLA Responsável não quis atender

SAO JUDAS TADEU COLEGIO Visita realizada, mas responsável recusou a preencher

SAO LUIS COLEGIO EIFM Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

SAO MATHEUS COLEGIO Responsável não quis atender

SAO MIGUEL ARCANJO INSTITUTO EDUCACAO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

SAO PAULO DA CRUZ EDUCANDARIO Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

SAO PAULO INSTITUTO EDUCACIONAL INTESP Responsável não quis atender SAO PIO X INSTITUTO Responsável recusou a participar do estudo SAO SABAS COLEGIO Concluída SAO TEODORO DE N SRA DE SION ESCOLA Concluída

SAO VICENTE DE PAULO COLEGIO - PENHA Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

SAO VICENTE DE PAULO ESCOLA Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

SATELITE COLEGIO Responsável não quis atender SENA DE MIRANDA COLEGIO UNIDADE II Responsável não quis atender SERRANO GUARDIA COLEGIO Concluída SESI 064 CENTRO EDUCACIONAL Responsável não quis atender SESI 071 CENTRO EDUCACIONAL Responsável não quis atender SESI 074 CENTRO EDUCACIONAL Concluída SESI 111 CENTRO EDUCACIONAL Responsável não quis atender SESI 211 CENTRO EDUCACIONAL Responsável não quis atender SESI 329 CENTRO EDUCACIONAL Responsável não quis atender SESI 376 CENTRO EDUCACIONAL Responsável não quis atender SESI 388 CENTRO EDUCACIONAL Responsável não quis atender SESI 398 CENTRO EDUCACIONAL Responsável não quis atender SESI 414 CENTRO EDUCACIONAL Responsável não quis atender SESI 425 CENTRO EDUCACIONAL Responsável não quis atender SESI 427 CENTRO EDUCACIONAL Responsável não quis atender

SINGULAR COLEGIO Visita realizada, mas responsável recusou a preencher

SINGULAR COLEGIO Responsável não quis atender SINGULAR JUNIOR COLEGIO Responsável não quis atender

Page 177: Planejamento Estratégico e o Desempenho das Escolas de São Paulo

177

Nome da Escola Status SOPHIA MARCHETTI ESCOLA FORM PROFIS SAUDE Responsável não quis atender

SOUZA LOPES COLEGIO Responsável não quis atender SPINOSA COLEGIO UNIDADE II Responsável não quis atender STAGIUM INSTITUTO EDUCACIONAL Responsável não quis atender STELLA MARIS COLEGIO SOC.INSTRUCAO E BENEFICENCIA

Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

STELLA RODRIGUES COLEGIO Responsável não quis atender SUICO BRASILEIRA ESCOLA SENAI Responsável não quis atender SUICO BRASILEIRA S.PAULO ESCOLA Responsável não quis atender T. PARTHENON COLEGIO UNID I Responsável não quis atender

TABOR ESCOLA FILATROMPICA Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

TERMOMECANICA COLEGIO Não foi possível contato com responsável TERRAMAR COLEGIO Responsável não quis atender TIJUCUSSU INSTITUTO DE EDUCACAO E CULTURA Responsável não quis atender

TOBIAS DE AGUIAR COLEGIO Responsável não quis atender TORRICELLI COLEGIO Concluída UNIAO BRASILEIRA INSTITUTO DE EDUCACAO Responsável não quis atender UNIDADE CANTAREIRA COLEGIO DE ENSINO DE EIFM Responsável não quis atender

UNIDADE JARDIM Responsável recusou a participar do estudo UNIVERSAL BRASILEIRO INST.C.ENS.SUP A DISTANCIA

Visita realizada, mas responsável recusou a preencher

VERA CRUZ ESCOLA Somente via e-mail. E-mail enviado várias vezes sem retorno

VERA CRUZ ESCOLA II Responsável não quis atender VERUSKA COLEGIO Responsável não quis atender VILA YARA COLEGIO ADVENTISTA DE Responsável não quis atender

VIP COLEGIO Pesquisa realizada mas o responsável não retornou o questionário

VIP UNIDADE IMIRIM COLEGIO Responsável não quis atender VIRGEM DO PILAR ESCOLA DIOCESANA Responsável não quis atender VIRGEM PODEROSA COLEGIO Concluída VISCONDE DE PORTO SEGURO COLEGIO UNID III Responsável recusou a participar do estudo VIVA ESCOLA DE EDUC INF E FUNDAMENTAL Responsável recusou a participar do estudo WALDORF RUDOLF STEINER ESCOLA Concluída WALTER BELIAN ESCOLA TECNICA Responsável não quis atender WELLINGTON CENTRO DE ENSINO INTEGRADO Responsável não quis atender